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  As vivências e
experiências dos surdos
VARIAÇÕES DE SURDEZ
• SURDO SINALIZANTE - É a pessoa que se identifica como
surdo e utiliza Libras (Língua Brasileira de Sinais) para sua
comunicação, independente do grau de sua perda
auditiva, ele pode ou não fazer uso de aparelho auditivo.

• SURDO BILÍNGUE - É a pessoa que se identifica como


surdo e utiliza duas línguas para se comunicar, a Libras
(Língua Brasileira de Sinais) e a oralização da língua
portuguesa, independente do grau de sua perda auditiva,
ele pode ou não fazer uso de aparelho auditivo.

• SURDO BILÍNGUE SINALIZANTE - É a pessoa que se


identifica como surdo e utiliza duas línguas DE SINAIS
para se comunicar.
• SURDO ORALIZADO - É a pessoa que se identifica
como surdo e utiliza a oralização da língua
portuguesa, independente do grau de sua perda
auditiva, de utilização de aparelho ou implante
coclear.

• DEFICIENTE AUDITIVO - Na maioria das vezes não se


identificam como surdo e não participam ativamente
da comunidade surda, porém possuem perda
auditiva e na maioria das vezes utilizam o aparelho
auditivo ou implante e são oralizados.

• SURDOCEGO A Surdocegueira é uma deficiência que


compromete, em diferentes graus, os sentidos da
visão e audição. ... Vale ressaltar que, mesmo com a
presença de resíduos (auditivo e/ou visual), o
indivíduo pode ser considerado uma pessoa com
surdocegueira
7 IDENTIDADES SURDAS
segundo GLADIS PERLIN 
1 - IDENTIDADES SURDAS POLÍTICA 
• Trata-se de uma identidade fortemente • A escrita obedece à estrutura da Língua
marcada pela política Surda. São mais de Sinais, pode igualar-se a língua
presentes em Surdos que pertencem à escrita, com reservas;
comunidade Surda e apresentam
características culturais • Têm suas comunidades, associações,
e/ou órgãos representativos e
• Passam aos outros Surdos sua cultura, compartilham entre si suas
sua forma de ser diferente; dificuldades, aspirações, utopias;
• Assumem uma posição de resistência • Usam tecnologia diferenciada: legenda
e Sinais na TV, telefone especial,
• Assumem uma posição que avança em campainha luminosa;
busca de delineação da identidade
cultural; • Tem uma diferente forma de
relacionar-se com as pessoas e mesmo
• Assimilam pouco, ou não conseguem com animais;
assimilar a ordem da língua falada, tem
dificuldade de entendê-la
• Decodificam todas as mensagens
recebidas em Língua de Sinais
2 - IDENTIDADES SURDAS HÍBRIDAS

• Os Surdos que nasceram ouvintes e com o tempo alguma


doença, acidente, etc. os deixaram Surdos:         
• Usam língua oral ou Língua de Sinais para captar a
mensagem. Esta identidade também é bastante diferenciada,
alguns não usam mais a língua oral e outros usam Sinais
sempre;
• Assumem um comportamento de pessoas Surdas, ex: política
da identidade Surda usa tecnologia para surdos...;
• Convivem pacificamente com as comunidades Surdas;
• Assimilam um pouco mais que os outros Surdos, ou não
conseguem assimilar a ordem da língua falada, tem
dificuldade de entendê-la;
• A escrita obedece à estrutura da Língua de Sinais, pode
igualar-se a língua escrita, com reservas;
3 - IDENTIDADES SURDAS FLUTUANTES
• Os surdos que não têm contato com a comunidade Surda. Ou
Surdos que viveram na inclusão ou que tiveram contato com a
surdez como preconceito ou desconhecimento social. São outra
categoria de Surdos, visto não contarem com os benefícios da
cultura Surda. Eles também têm algumas características
particulares.
• Seguem a representação da identidade ouvinte;
• Estão em dependência no mundo dos ouvintes, seguem os seus
princípios, respeitam-nos, colocam-nos acima dos princípios da
comunidade Surda, às vezes competem com os ouvintes, pois
que são induzidos no modelo da identidade ouvinte;
• Não participam da comunidade Surda, associações e lutas
políticas;
• Desconhecem ou rejeitam a presença do interprete de Língua
de Sinais;
• Orgulham-se de saber falar “corretamente”.
4 - IDENTIDADES SURDAS EMBARAÇADAS

•As identidades Surdas embaraçadas são outros tipos que podemos


encontrar diante da representação estereotipada da surdez ou
desconhecimento da surdez como questão cultural.
•Esta identidade não consegue captar a representação da identidade
Surda, nem da identidade ouvinte como fazem os flutuantes;
•Sua comunicação é por alguns Sinais incompreensíveis às vezes;
•Não tem condição de dizer onde moram, seu nome, sua idade, etc...
•Não tem condições de usar Língua de Sinais, não lhe foi ensinada,
nem teve contato com a mesma;
•São pessoas vistas como incapacitadas;
•Neste ponto, ouvintes determinam seus comportamentos, vida e
aprendizados;
5 - IDENTIDADES SURDAS DE TRANSIÇÃO

• Estão presentes na situação dos Surdos que devido a sua


condição social viveram em ambientes sem contato com a
identidade Surda ou que se afastaram da identidade Surda.
• Vivem no momento de trânsito entre uma identidade para
outra;
• Se a aquisição da cultura Surda não se dá na infância,
normalmente a maioria dos Surdos precisa passar por este
momento de transição, visto que grande parte deles são
filhos de pais ouvintes;
• No momento em que esses Surdos conseguem contato
com a comunidade Surda, a situação muda e eles passam
pela des-ouvintização, ou seja, rejeição da representação da
identidade ouvinte;
6 - IDENTIDADES SURDAS DE DIÁSPORA

• As Identidades de Diáspora divergem das


identidades de transição. Estão presentes entre os
surdos que passam de um país a outro ou, inclusive,
passam de um Estado brasileiro a outro, ou ainda de
um grupo Surdo a outro. Ela pode ser identificada
como o Surdo carioca, o Surdo brasileiro, o Surdo
norte-americano. É uma identidade muito presente
e marcada.  
7 - IDENTIDADES INTERMEDIÁRIAS

• O que vai determinar a identidade Surda é sempre a experiência


visual. Neste caso, em vista desta característica diferente distinguimos a
identidade ouvinte da identidade Surda. Temos também a identidade
intermediária. Geralmente esta identidade é identificada como sendo Surda.
Essas pessoas têm outra identidade, pois tem uma característica que não lhes
permite a identidade Surda, isto é a sua captação de mensagens não é
totalmente na experiência visual que determina a identidade Surda.
•  Apresentam alguma porcentagem de surdez, mas levam uma vida de
ouvintes;
• Para estes são de importância os aparelhos de audição, de aumento de som;
• Assume importância para eles o treinamento do oral, o resgate dos restos
auditivos;
• Busca de amplificadores de som...;
• Não uso de intérpretes de cultura Surda, de Língua de Sinais etc. (alguns
adoram Língua de Sinais por hobby);
OUVINTISMO

Tem a ideia de ser o ouvinte superior ao surdo, da


identidade ouvinte ser superior à identidade surda.
Ao longo do tempo, surdos resistem a essas formas
de opressão, principalmente na área profissional:
eles resistem em seus locais, mostrando quem são,
que existem.
SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO
EDUCAÇÃO INCLUSIVA X EDUCAÇÃO BILÍNGUE

EDUCAÇÃO INCLUSIVA
• Adequação dos alunos surdos no sistema educacional para
ouvintes. Com isso, a pessoa surda estaria em um ambiente
preparado para ouvintes.
• As adaptações de atividades e de envolvimento da cultura
ouvinte, uma vez que são culturas diferentes.
• É insuficiente a inclusão nas escolas preparadas para
ouvintes.
• É preciso que os profissionais tenham condições e
estratégias de ensino preparadas para as pessoas surdas.
• Intérpretes de Libras dentro da sala de aula.
• Adequação de atividades, metodologias e estratégias de
ensino para o aluno surdo.
EDUCAÇÃO BILÍNGUE
• Ensina-se a LIBRAS como primeira língua dos surdos junto
com o português oral-escrito. Sendo a segunda língua que
irão aprender.
• Prepara os alunos para o convívio com os ouvintes
mostrando as dificuldades da realidade vividas na
sociedade falante do português oral.
• O acesso a educação estará garantido, mantendo a
existência de uma cultura diferente da comunidade
ouvinte.
• Interação por meio da comunicação em língua de sinais.
• Respeito entre todos, compartilhando suas vivências com
todos da escola que sabem se comunicar em Libras.
PROBLEMÁTICAS NA EDUCAÇÃO

• Poucos professores Surdos para atuarem na área.


• Intérpretes verdadeiramente capacitados e formados para
atuar com a educação de surdos.
• Professores ouvintes abertos a novos aprendizados da
comunidade surda. 
• Professores ouvintes que compreendam as diferenças
linguísticas da Libras e do português, e respeitar.
• Metodologia e didática visuais para os conteúdos
curriculares, e a conscientização e participação efetiva de
todos os agentes educacionais e alunos da escola.
LEI DO INTÉRPRETE 
LEI Nº 12.319, DE 1º DE SETEMBRO DE 2010
Regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de
Sinais - LIBRAS.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12319.htm

A LEI BRASILEIRA DE INCLUSÃO – LBI


LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015
Também conhecido como Estatuto da Pessoa com Deficiência, é um
conjunto de normas destinadas a assegurar e a promover, em igualdade
de condições, o exercício dos direitos e liberdades fundamentais por
pessoas com deficiência, visando à sua inclusão social e à cidadania.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm
TRADUÇÃO X INTERPRETAÇÃO

TRADUÇÃO
É a atividade que se baseia em transformar um texto ou um discurso
oral já gravado para outra língua, ou vice e versa, porém em tempo
maior, onde acontece um estudo, revisão, regravação, pesquisa de
sinais, utilização de dicionário, enfim, qualquer recurso que consiga
complementar e fazer completo o entendimento da mensagem.

INTERPRETAÇÃO
É a atividade onde fazemos a versão de uma língua oral para Libras
ou vice e versa em tempo real, ou seja simultâneo, podendo contar
com outra pessoa de apoio, para auxílio em sinais para que a
mensagem chegue de forma completa ao receptor.

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