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AULA 9
(30/07/13)
Prezado(a) aluno(a),
• Atos administrativos:
Armando Mercadante
armando@pontodosconcursos.com.br
PONTO 9
ATOS ADMINISTRATIVOS
9.1. CONCEITO
I) “Declaração”:
1
DI PIETRO, Maria Sylvia. Direito Administrativo. 20ª ed. São Paulo: Atlas, 2007. p. 195
2
Exemplos de agente público da União são os Fiscais da Receita Federal do Brasil e os agentes do Departamento da
Polícia Federal.
3
INSS, IBAMA e Banco Central do Brasil.
4
FUNAI e FUNASA.
5
Caixa Econômica Federal e Correios.
6
Banco do Brasil e Petrobrás.
Dessa frase você pode extrair a conclusão que nem todo ato
administrativo é praticado pela Administração Pública.
7
URBANO DE CARVALHO, Raquel Melo. Curso de Direito Administrativo. 1ª. ed. Salvador: Podivm. 2008. p. 357.
• competência (sujeito)
• forma
• objeto (conteúdo)
• motivo (causa)
• finalidade
COMPETÊNCIA
8
Obra citada, p. 188.
9
Aptidão para ser titular de direitos e obrigações.
10
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 18ª ed. R.J.: Lumen Juris, 2007. p. 97.
Outro ponto que deve ser estudado para a sua prova diz respeito aos
critérios que são levados em conta pelo legislador para a fixação da
competência:
11
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 33ª ed. São Paulo: Malheiros, 2007. p. 152.
12
Demonstrando que a regra é a possibilidade de delegar.
13
Só se admite delegação parcial de competências.
14
Trata-se de ato discricionário, pois a norma faz referência à conveniência da delegação.
15
A doutrina não admite a avocação de competência exclusiva.
16
Significando que o superior hierárquico é quem avoca a competência
- Vícios de competência
• função de fato
17
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 33ª ed. São Paulo: Malheiros, 2007. p. 123.
18
Como exemplo, agente público que tem competência apenas para advertir seus subordinados, aplica
pena de suspensão.
19
O abuso de poder possui duas espécies: excesso de poder (vício de competência) ou desvio de
finalidade (vício de finalidade).
20
DI PIETRO, Maria Sylvia. Direito Administrativo. 20ª ed. São Paulo: Atlas, 2007. p. 222.
que pratica o ato não foi por qualquer modo investida no cargo,
emprego ou função; ela se apossa, por conta própria, do
exercício de atribuições próprias de agente público, sem ter essa
qualidade.
( ... )
A função de fato ocorre quando a pessoa que pratica o ato está
irregularmente investida no cargo, emprego ou função, mas a
sua situação tem toda a aparência de legalidade. Exemplos:
falta de requisito legal para investidura, como certificado de
sanidade vencido; inexistência de formação universitária para
função que a exige, idade inferior ao mínimo legal; o mesmo
ocorre quando o servidor está suspenso do cargo, ou exerce
funções depois de vencido o prazo de sua contratação, ou
continua em exercício após a idade-limite para a aposentadoria
compulsória.
21
Art. 18. É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que: I - tenha
interesse direto ou indireto na matéria; II - tenha participado ou venha a participar como perito,
testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e
FORMA
Outro exemplo é o art. 6226 da Lei 8.666/90 que permite, nos casos
nela previstos, a substituição do instrumento de contrato por nota de
afins até o terceiro grau; III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou
respectivo cônjuge ou companheiro.
22
Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade
notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até
o terceiro grau.
23
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 33ª ed. São Paulo: Malheiros, 2007. p. 152.
24
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 18ª ed. R.J.: Lumen Juris, 2007. p. 102.
25
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 33ª ed. São Paulo: Malheiros, 2007. p. 154.
26
“O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como
nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas
modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros
- Motivação
instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou
ordem de execução de serviço.”
27
Art. 55, da Lei 9.784/99: “Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público
nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela
própria Administração”.
28
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 18ª ed. R.J.: Lumen Juris, 2007. p. 105.
29
DI PIETRO, Maria Sylvia. Direito Administrativo. 20ª ed. São Paulo: Atlas, 2007. p. 196.
30
URBANO DE CARVALHO, Raquel Melo. Curso de Direito Administrativo. 1ª. ed. Salvador: Podivm. 2008. p. 379.
OBJETO
31
DI PIETRO, Maria Sylvia. Direito Administrativo. 20ª ed. São Paulo: Atlas, 2007. p. 191.
32
URBANO DE CARVALHO, Raquel Melo. Curso de Direito Administrativo. 1ª. ed. Salvador: Podivm. 2008. p. 360.
José dos Santos Carvalho Filho33 ilustrando esta lição, cita exemplo de
objeto vinculado a licença para exercer profissão, pois se o
interessado preenche todos os requisitos legais para o exercício da
profissão em todo o território nacional, não pode o agente público
negá-la ou restringir o âmbito do exercício da profissão. Quanto ao
objeto discricionário, seu exemplo é de autorização para
funcionamento de um circo em praça pública, em que o ato pode fixar
o limite máximo de horário em certas circunstâncias, ainda que o
interessado tenha formulado pedido de funcionamento em horário
além do que o ato veio a permitir.
MOTIVO
33
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 18ª ed. R.J.: Lumen Juris, 2007. p. 102.
FINALIDADE
34
ALEXANDRINO, Marcelo. PAULO, Vicente. Direito Administrativo Descomplicado. 14ª ed. Niterói: Impetus. 2007. p. 341.
9.3. ATRIBUTOS
35
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 18ª ed. R.J.: Lumen Juris, 2007. p. 111.
36
DI PIETRO, Maria Sylvia. Direito Administrativo. 20ª ed. São Paulo: Atlas, 2007. p. 184.
37
Hely Lopes Meirelles trata desta conseqüência da seguinte forma: “a presunção de legitimidade autoriza a imediata
execução ou operatividade dos atos administrativos, mesmo que argüidos de vícios ou defeitos que os levem à
invalidade”. (obra citada, p. 159)
- Imperatividade
38
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 23ª ed. São Paulo: Malheiros, 2007. p. 403.
- Autoexecutoriedade
40
DI PIETRO, Maria Sylvia. Direito Administrativo. 20ª ed. São Paulo: Atlas, 2007. p. 185.
- Tipicidade
41
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 23ª ed. São Paulo: Malheiros, 2007. p. 403.
42
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 23ª ed. São Paulo: Malheiros, 2007. p. 403.
9.4. CLASSIFICAÇÃO
Neste tópico será feita uma coletânea das principais classificações dos
atos administrativos, registrando-se que não há uniformidade entre
os administrativistas face à diversidade de critérios existentes.
Justamente por isso não corro esse risco em minhas aulas... prefiro
pecar por excesso.
a) Vinculado:
43
A CF/88 prevê três espécies de aposentadoria para servidores públicos: compulsória aos 70 anos de
idade, por invalidez permanente e voluntária (art. 40, §1º).
b) Discricionário:
destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo
por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de
compra ou ordem de execução de serviço.”
46
Maria Sylvia Di Pietro ensina que o conceito de finalidade pode ser visto em sentido amplo (interesse
público) e em sentido restrito (resultado específico que decorre, explícita ou implicitamente da lei, para
cada ato administrativo). Para essa autora, finalidade em sentido amplo é discricionário e em sentido
restrito vinculado.
47
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 33ª ed. São Paulo: Malheiros, 2007. p. 165.
48
Exemplo é o Decreto 6.690/08 que instituiu, no âmbito da Administração Pública federal direta,
autárquica e fundacional, o Programa de Prorrogação da Licença à Gestante e Adotante que regulamenta
o imposto de renda.
49
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 33ª ed. São Paulo: Malheiros, 2007. p. 165.
50
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 33ª ed. São Paulo: Malheiros, 2007. p. 166.
- QUANTO À EXEQUIBILIDADE
- QUANTO À EXECUTORIEDADE
52
Atentar para o fato de que a aplicação da multa é autoexecutório, ao passo que a cobrança da multa
não.
- QUANTO À RETRATABILIDADE
9.5. ESPÉCIES
ATOS NORMATIVOS
ATOS ORDINATÓRIOS
ATOS NEGOCIAIS
Por fim, vale a pena ressaltar que a professora Maria Sylvia Di Pietro
admite a autorização para prestação de serviços públicos, indicando,
como exemplos, os incisos XI e XII do art. 21 da Constituição
Federal. Tal posição encontra críticas de alguns doutrinadores, como
José dos Santos Carvalho Filho, que rejeitam a possibilidade de
autorização para serviço público, sustentando que as atividades
listadas nos referidos incisos que forem executadas como serviço
público devem ser precedidas de concessão ou permissão. Todavia,
quando executadas no exclusivo interesse do interessado, será
perfeitamente possível a presença da autorização, porém, não se
tratará de serviço público, mas sim de serviço de interesse privado.
56
Hely Lopes Meirelles, defendendo posição minoritária, admite a possibilidade de autorização vinculada.
57
Maria Sylvia Di Pietro, fazendo referência à lição de Oswaldo Aranha Bandeira de Mello, diz que quando prévia
equivale à autorização.
ATOS ENUNCIATIVOS
58
São assegurados, independentemente do pagamento de taxas, a obtenção de certidões em repartições públicas,
para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal.
ATOS PUNITIVOS
- ANULAÇÃO
59
Art. 55 da Lei 9.7884/99: “Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público
nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela
própria Administração”.
Só para que não restem dúvidas para você, os três Poderes do Estado
– Executivo, Legislativo e Judiciário – possuem suas funções típicas,
respectivamente, administrativa, legislativa e jurisdicional. Em
hipóteses autorizadas pela Constituição Federal, um Poder pode
exercer função de outro, como ocorre quando o Chefe do Executivo,
que exerce função administrativa, edita medida provisória, que
decorre da função legislativa. Quando isto ocorre, diz que há exercício
de função atípica. Assim sendo, quando os Poderes Legislativo e
Judiciário formalizam atos administrativos estão exercendo, de forma
atípica, função administrativa.
- REVOGAÇÃO
Por fim, cabe destacar que nem todo ato administrativo discricionário
é passível de revogação. São os chamados atos irrevogáveis.
60
DI PIETRO, Maria Sylvia. Direito Administrativo. 20ª ed. São Paulo: Atlas, 2007. p. 249.
61
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 18ª ed. R.J.: Lumen Juris, 2007. p. 153.
62
DI PIETRO, Maria Sylvia. Direito Administrativo. 20ª ed. São Paulo: Atlas, 2007. p. 232.
63
DI PIETRO, Maria Sylvia. Direito Administrativo. 20ª ed. São Paulo: Atlas, 2007. p. 228.
64
Efeitos ex tunc.
65
Positivação está ligada à expressão “direito positivo”, ocorrendo quando determinada situação passa a
ser prevista em lei.
66
DI PIETRO, Maria Sylvia. Direito Administrativo. 20ª ed. São Paulo: Atlas, 2007. p. 231.
1) (CESPE/2011/Correios/Analista de Correios/Advogado)
Elemento do ato administrativo, o sujeito é aquele a quem a lei
atribui competência para a prática do ato, razão pela qual não pode
o próprio órgão estabelecer, sem lei que o determine, as suas
atribuições.
• Gabarito: correta
• Gabarito: errada
• Gabarito: errada
• Gabarito: correta
• Gabarito: correta
• Gabarito: errada
• Gabarito: errada
• Gabarito: errada
• Gabarito: correta
• Gabarito: errada
• Gabarito: errada
A revogação, por atingir ato que foi praticado de acordo com a lei,
produz efeitos ex nunc (a partir de agora), ou seja, para frente,
respeitando-se os direitos adquiridos (diferentemente da anulação).
• Gabarito: correta
67
Efeitos ex tunc.
• Gabarito: correta
• Gabarito: errada
• Gabarito: errada
• Gabarito: correta
• Gabarito: errada
• Gabarito: errada
• Gabarito: errada
• Gabarito: errada
Gabarito: 01) C; 02) E; 03) C; 04) C; 05) E; 06) C; 07) E; 08) E; 09) E; 10) C; 11) C; 12)
C; 13) C; 14) C; 15) C; 16) C; 17) E; 18) E; 19) C; 20) E; 21) C; 22) C; 23) E; 24) C; 25)
E; 26) C; 27) E; 28) C; 29) E; 30) C; 31) C; 32) E; 33) E.
20) Existe mérito nos atos vinculados. (o mérito está presente nos atos
discricionários)
1) (CESPE/2011/Correios/Analista de Correios/Advogado)
Elemento do ato administrativo, o sujeito é aquele a quem a lei
atribui competência para a prática do ato, razão pela qual não pode o
próprio órgão estabelecer, sem lei que o determine, as suas
atribuições.
Grande abraço
Armando Mercadante
armando@pontodosconcursos.com.br