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Universidade Federal do Amazonas – UFAM

Instituto de Ciências Exatas – ICE


Departamento de Química – DQ
Química Bacharelado – IE11

Metais Alcalinos e Alcalino-Terrosos

Manaus
2011
Universidade Federal do Amazonas – UFAM
Instituto de Ciências Exatas – ICE
Departamento de Química – DQ
Química Bacharelado – IE11

Metais Alcalinos e Alcalino-Terrosos

Relatório apresentado à Universidade


federal do Amazonas, como requisito
obrigatório para obtenção de nota
parcial em Química Inorgânica
Experimental I.

Orientador(a): Ivoneide Barros

Manaus
2011
01 - Introdução

Grupo I Da Tabela Periódica: OS METAIS ALCALINOS


O grupo I da Tabela Periódica é constituído por seis elementos muito
semelhantes nas suas propriedades físicas e no seu comportamento químico: o
lítio, o sódio, o potássio, o rubídio, o césio e o frâncio. O sódio e o potássio
aparecem com abundância na natureza; o lítio, o rubídio e o césio são mais
raros; o frâncio só se encontra em vestígios e todos os isótopos que se
conhecem são instáveis (radioativo).

A - Propriedades Físicas
Todos os elementos deste grupo são sólidos à temperatura ambiente,
são pouco duros, excelentes condutores do calor e da eletricidade.

B - Propriedades Químicas
Os metais alcalinos não se encontram livres na natureza devido à sua
extrema reatividade. Expostos ao ar oxidam-se rapidamente; por essa razão,
só as superfícies recém-formadas apresentam brilho metálico. Têm que se
guardar ao abrigo do ar, em petróleo ou tolueno, por exemplo, ou numa
atmosfera inerte. O comportamento químico dos elementos do grupo I é muito
homogêneo. Todos eles apresentam uma primeira energia de ionização
extremamente pequena, o que indica, por parte do núcleo, uma atração fraca,
sobre o elétron de valência.

Grupo II Da Tabela Periódica: OS METAIS ALCALINO-TERROSOS


O grupo II da Tabela Periódica comporta seis elementos, o berílio, o
magnésio, o cálcio, o estrôncio, o bário e o rádio, muito semelhantes entre si,
como acontecia com os metais alcalinos, mas em que a gradação das
propriedades é muito mais acentuada, ao longo do grupo. No elemento de
maior número atômico, o rádio, tal como acontecia, ainda, no grupo I, com o
frâncio, todos os isótopos são instáveis (radioativos).

A - Propriedades Físicas
Todos os elementos deste grupo apresentam caráter metálico
acentuado, embora menos que os do grupo I; designam-se por metais alcalino-
terrosos. São moles, mas menos que os elementos do grupo I; a dureza, como
nos metais alcalinos, decresce ao longo do grupo, à medida que o número
atômico cresce. São sólidos à temperatura ambiente, bons condutores do calor
e da eletricidade.

B - Propriedades Químicas
Os metais alcalino-terrosos, tal como os metais alcalinos, não se
encontram livres na natureza. A causa disso está na grande reatividade que
apresentam, inferior, contudo, à dos elementos do grupo I; reagem com
numerosas substâncias, principalmente com os elementos não metálicos da
parte direita da Tabela Periódica, e reagem, também, com a água; estas
reações diferem, das dos metais alcalinos, no vigor com que se processam. A
família dos metais alcalino-terrosos é uma família de comportamento químico
homogêneo.
Os metais alcalino-terrosos quase sempre reagem formando
compostos nos quais o metal apresenta o estado de oxidação +2. Embora o
berílio mostre uma tendência de formar ligações covalentes, os membros
desse grupo dão tipicamente íons 2+, tanto em compostos sólidos como em
solução aquosa.
Os metais alcalino-terrosos fazem reação branda com a água, mesmo
a frio. Com exceção do berílio, os metais alcalino-terrosos reagem com água
formando hidrogênio.

M(s) + 2H2O              M2+(aq) + H2(g) + 2OH-(aq)


Reação 1: Metais alcalino-terroso com água

Esta reação é tão rápida e exotérmica para os metais alcalinos e


alcalinos terrosos, que faz com que o hidrogênio se inflame, mas, a reação com
berílio e magnésio é muito lenta, devido ao fato que esses elementos formam
rapidamente uma camada fina, protetora de óxido, que efetivamente dificulta a
reação com muitas substâncias, especialmente à temperatura ambiente, e
deste modo, sobrevivem na presença de água e de ar.
Os nitratos dos metais alcalino-terrosos são todos solúveis, mas os
sulfatos CaSO4, SrSO4 e BaSO4 não são; a solubilidade decresce percorrendo
o grupo de cima para baixo. O sulfato de cálcio se cristaliza como dihidratado,
CaSO4 . 2H2O , que ocorre naturalmente como gipsita.
Os carbonatos dos metais do grupo 2 são todos insolúveis em água,
mas solúveis em ácidos diluídos por causa da formação do íon
hidrogenocarbonato (bicarbonato).
Para o carbonato de cálcio a reação é: 

CaCO3 (s) + H+(aq)           Ca2+(aq) + HCO3-(aq)


Reação 2: Formação de carbonato de cálcio

Teste Da Chama
O teste de chama ou prova da chama é um procedimento utilizado em
Química para detectar a presença de alguns íons metálicos, baseado no
espectro de emissão característico para cada elemento. O teste de chama é
baseado no fato de que quando uma certa quantidade de energia é fornecida a
um determinado elemento químico (no caso da chama, energia em forma de
calor), alguns elétrons da última camada de valência absorvem esta energia
passando para um nível de energia mais elevado, produzindo o que chamamos
de estado excitado.
Quando um desses elétrons excitados retorna ao estado fundamental,
ele libera a energia recebida anteriormente em forma de radiação. Cada
elemento libera a radiação em um comprimento de onda característico, pois a
quantidade de energia necessária para excitar um elétron é única para cada
elemento. A radiação liberada por alguns elementos possui comprimento de
onda na faixa do espectro visível, ou seja, o olho humano é capaz de enxergá-
las através de cores. Assim, é possível identificar a presença de certos
elementos devido à cor característica que eles emitem quando aquecidos numa
chama.

Solubilidade e Hidratação
Todos os sais simples se dissolvem em água formando íons, logo,
essas soluções conduzem corrente elétrica.
Todos os sais simples dos metais alcalinos são solúveis em água.
Quando um sal é insolúvel, significa que sua energia reticular é maior que sua
energia de hidratação. A solubilidade em água da maioria dos sais do grupo IA
diminui do Li para o Cs. Para que uma substância dissolva-se, a energia
liberada quando os íons se hidratam (energia de hidratação) deve ser maior
que a energia necessária para romper o retículo cristalino (energia reticular). A
energia reticular dos metais alcalinos diminui ligeiramente de cima para baixo
no grupo, ao passo que a energia de hidratação varia mais acentuadamente —
por causa disso a solubilidade dos metais alcalinos decresce do Li para o Cs.
Os fluoretos e carbonatos do grupo IA são exceções, pois suas
solubilidades aumentam rapidamente de cima para baixo no grupo. Isso porque
a energia reticular apresenta maior variação quando comparada à energia de
hidratação.

Hidrolise dos Sais de Metais Alcalinos


A hidrólise é uma reação química entre um cátion, um ânion ou ambos
e água. A hidrólise é diferente de solvatação. Na solvatação as moléculas de
água se associam aos íons em solução formando camadas de hidratação ao
redor do íon central. Já na hidrólise a reação química entre a espécie (cátion,
ânion ou ambos) e a água, havendo assim quebra de ligações covalentes da
molécula de água enquanto que na solvatação isso não ocorre.
Um sal é formado em uma reação entre um ácido e uma base (reação
de neutralização).

02 - Objetivos

a. Verificar as propriedades metálicas dos elementos dos Grupos IA e IIA;


b. Observar a reatividade do magnésio;
c. Constatar a formação de óxidos e hidróxidos;
d. Verificar a solubilidade de compostos dos elementos dos grupos IA e IIA.
e. Identificar íons dos metais alcalinos e alcalino-terrosos em soluções de sais.
03 - Procedimento Experimental

Materiais e Reagentes
- Algodão; - Ácool Etílico P.A.;
- Arame de aço Inoxidável; - Potássio Metálico;
- Bico de Bunsen; - Carbonato de Cálcio (CaCo3 em
- Cadinho de Porcelana; pó, pedaço de giz;
- Cápsulas de Porcelana; -Cloreto de Estrôncio (SrCl2) e
- Espátula; Cloreto de Bário (BaCl2);
- Estante para tubos de ensaio; - Hidróxidos, Cloretos, Nitratos, e
- Lâmina; Carbonatos de Li, Na, K, Ca e Mg;
- Papel Filtro; - Indicador Fenolftaleína;
- Pinça Metálica; - Magnésio em Fita e em Limalhas;
- Tubos de Enasaio; - Soluções Saturada de LiCl, NaCl,
- Vidro Relógio KCl, MgCl2 e CaCl2;
- Ácido Sulfúrico (H2SO4) 0,1 mol.L-1; - Sulfato de Cobre (CuSO4) 0,1
- Ácido Clorídrico (HCl) mol.L-1;
Concentrado e 0,5 mol.L-1; - Sulfeto de Sódio P.A.

Parte 01: REATIVIDADE


A. Retirou-se com uma pinça metálica, um pedaço de potássio e colocou-o em
vidro de relógio exposto ao ar. Observando logo após 15 minutos, a perda do
brilho característico do metal e um leve ressecamento.
B. Retirou-se com uma pinça metálica, um pedaço de magnésio e colocou-o
em vidro de relógio exposto ao ar. Observando logo após 15 minutos, um leve
ressecamento.
C. Colocou-se 5mL de álcool etílico P.A. em dois tubos de ensaio, em seguida,
adicionou-se raspas de magnésio a um dos tubos e um pequeno pedaço de
potássio à outro, observando, assim, um desgaste do magnésio em solução e
uma pequena explosão seguida de formação de base na solução do tubo de
ensaio com potássio.
D. Colocou-se 5mL de sulfato de cobre (CuSO 4) 0,1 mol.L-1 em dois tubos de
ensaio e adicionou-se raspas de magnésio (Mg) à solução em um dos tubos e
um pequeno pedaço de potássio à outro, observando um leve desprendimento
de bolhas e a formação de sulfato de magnésio (MgSO 4), íons cobre (Cu+) na
solução e um leve tom avermelhado nas raspas de magnésio contidas no
primeiro tubos de ensaio, e, no tubo de ensaio contendo potássio (K), notou-se
uma pequena explosão com faíscas.

Parte 02: PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS DOS COMPOSTOS


A. Calcinou-se um pequeno pedaço de giz (CaCO 3) na chama de um bico de
bunsen, com o apoio de uma pinça metálica, logo após, depositou-o em uma
cápsula de porcelana e adicionou-se gotas de água ao giz já calcinado,
macerando-o e adicionando gotas de indicador fenolftaleína. Observando a
liberação de gás e a formação de uma base.
B. Colocou-se em dois vidros de relógio – separadamente – hidróxido de sódio
(NaOH) sólido e hidróxido de cálcio (Ca(OH)2) sólido, expostos ao ar,
observando uma maior estabilidade do Ca(OH) 2, tendo em vista que o NaOH
absorve a umidade do ar mais rápida que o Ca(OH) 2, devido ao impedimento
estereoquímico do composto Ca(OH)2.

Parte 03: PROPRIEDADES REDUTORAS DO MAGNÉSIO


A. Colocou-se pequenos pedaços de magnésio em dois tubos de ensaio,
adicionando ao primeiro tubo de ensaio, ácido clorídrico (HCl), observando o
desprendimento do gás hidrogênio (H 2) e a formação de cloreto de magnésio
(MgCl), tornando o metal prateado; no segundo tubo de ensaio adicionou-se
água, notando nenhuma aparentemente nenhum indício de reação, apenas a
leve formação de bolhas na superfície do metal.
B e C. Aqueceu-se uma pequena fita de magnésio com o auxílio de uma pinça
metálica, tendo o cuidado de não observar a queima diretamente por causa da
forte reação fotoquímica que ocorreu, logo em seguida, depositou-se os
resíduos da queima em um cadinho de porcelana, adicionando água destilada
e, após agitação da solução formada, adicionou-se o indicador fenolftaleína,
observando a mudança na coloração da solução para rosa.

Parte 04: TESTE DA CHAMA


A. Colocou-se soluções saturadas de cloreto de lítio (LiCl), cloreto de sódio
(NaCl), cloreto de potássio (KCl), cloreto de magnésio (MgCl 2) e cloreto de
cálcio (CaCl2) – separadamente – em tubos de ensaio.
B. Aqueceu-se a cada solução saturada na chama do bico de bunsen com o
auxílio de um pedaço de algodão embebido em cada solução e enrolado à uma
pinça.
C. No ato da combustão das soluções, identificou-se a mudança de coloração
nas chamas, apresentando as seguintes cores:
LiCl + Chama Vermelho
NaCl + Chama Alaranjado
KCl + Chama Lilás
MgCl2 + Chama Violeta
CaCl2 + Chama Laranja avermelhado

Parte 05: HIDRÓLISE DOS SAIS DOS METAIS


A. Colocou-se, respectivamente, em diferentes tubos de ensaio, cristais de
nitrato de sódio (NaNO3), cloreto de potássio (KCl), acetato de sódio
(CH3COONa) e bicarbonato de sódio (NaHCO 3), adicionando 3mL de água em
cada tubo de ensaio e, logo após, gotejando-se o indicador fenolftaleína para
estudo da hidrólise sofrida por cada sal, apresentando as seguintes
características:
NaNO3 + água + fenolftaleína Branco turvo
KCl + água + fenolftaleína Branco turvo
CH3COONa + água + fenolftaleína Levemente róseo turvo
NaHCO3 + água + fenolftaleína Róseo turvo

Parte 06: SOLUBILIDADE DOS COMPOSTOS: HIDRÓXIDOS, CLORETOS,


CARBONATOS E NITRATOS
A. Colocou-se 5mL de água destilada em sete tubos de ensaio, adicionando-se
em seguida uma pequena quantidade dos compostos hidróxido de sódio
(NaOH), hidróxido de cálcio (Ca(OH)2), cloreto de sódio (NaCl), carbonato de
sódio (Na2CO3), carbonato de cálcio (CaCO3), nitrato de sódio (NaNO3) e nitrato
de cálcio (Ca(NO3)2) em tubos de ensaio diferentes, observando assim, a
solubilidades dos compostos:
Alta solubilidade com pequenas partículas
Tubo 01 NaOH + água
depositadas no fundo do tubo de ensaio
Tubo 02 Ca(OH)2 + água Menos solúvel que o NaOH, apresentando
turvidez e cor branca
Tubo 03 NaCl + água Alta solubilidade, cor translúcida
Tubo 04 Na2CO3 + água Alta solubilidade, cor translúcida
Tubo 05 CaCO3 + água Baixa solubilidade, cor branca
Solubilidade média com pequenas
Tubo 06 NaNO3 + água
partículas desprendidas, translúcido
Tubo 07 Ca(NO3) + água Alta solubilidade, cor rósea
B. Colocou-se em quatro tubos de ensaio 2mL dos respectivos cloretos a 0,1
mol.L-1: cloreto de magnésio (MgCl2), cloreto de cálcio (CaCl2), cloreto de
estrôncio (SrCl2) e cloreto de bário (BaCl2) - em tubos diferentes - e adicionou-
se 1 mL de ácido sulfúrico (H2SO4) a 0,1 mol.L-1, observando:
Tubo 01 MgCl2 + H2SO4 Não houve reação visível
Tubo 02 CaCl2 + H2SO4 Não houve reação visível
Observou-se a formação de uma espécie de
Tubo 03 SrCl2 + H2SO4
colóide de coloração branca
Observou-se a mudança de cor na solução –
Tubo 04 BaCl2 + H2SO4
cor branco turvo

04 - Resultados e Discussões

Parte 01: REATIVIDADE


A. A reatividade do potássio (K), tal como a dos restantes metais alcalinos, é
dominada pelo seu baixo potencial de ionização, isto é, a grande facilidade com
que um átomo de potássio (K) cede o seu elétron mais externo. O potássio (K)
oxida-se muito rapidamente ao ar. A superfície resultante do corte de um
pequeno pedaço de potássio (K) metálico é brilhante, no entanto, esta
superfície torna-se rapidamente baça devido à reação com o oxigênio (O 2) do
ar, formando assim, o superóxido de potássio (KO 2), de cor alaranjada.
K(s) + O2 KO2(s)
B. O magnésio possui coloração prateada, perdendo seu brilho quando exposto
ao ar, por formar óxido de magnésio.
Mg(s) + O2(g) MgO2(aq)
C. A velocidade de reação do potássio (K (s)) com o etanol P.A. (álcool etílico –
CH3CH2OH) é bem rápida, devido ao fato de haver maior facilidade de
liberação da hidroxila (OH) da molécula de álcool (CH 3CH2OH), já que se trata
de uma ligação com um caráter puramente covalente.
A reação do magnésio (Mg(s)) com etanol P.A. (álcool etílico –
CH3CH2OH) não ocorre porque os metais alcalinos terrosos não reagem com
alcoóis. Ocorre apenas, a formação de uma fina camada de óxido, que impede
a sua total oxidação,permitindo a sua existência no solvente.
D. O magnésio (Mg(s)) reduz o cobre (Cu)do sulfato com pouca intensidade, o
que torna a reação lenta e quase imperceptível, notando-se a formação de
bolhas e de minúsculas partículas no fundo do tubo de ensaio que é o cobre
(Cu(s)) metálico.
Mg(s) + CuSO4(aq) MgSO4(aq) + Cu(s)

Parte 02: PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS DOS COMPOSTOS


A. O carbonato de cálcio (CaCO 3) é um composto que ocorre com o calcário e
é queimado para qual a cal, o CaO, que combinado com água forma a cal
extinta. Nessa reação, quando o carbonato de cálcio(CaCO 3) é aquecido, ele
libera o óxido de cálcio (CaO) e o gás carbônico (CO 2), assim o óxido não se
dissolve, mas reage espontaneamente com água, formando a base hidróxido
de cálcio ( Ca(OH)2), que foi provada pela mudança de cor quando adicionou-
se o indicador fenolftaleína.

CaCO3(s) CaO(s) + CO2(g)
CaO(s) + H2O(l) Ca(OH)2(aq)
B. Para a análise de higroscopicidade dos hidróxidos de sódio (NaOH) e cálcio
(Ca(OH)2), utiliza-se a regra de Fajans, que fala sobre o poder polarizante de
um íon. E como a água é uma molécula bem polar, isso significa que o cátion
metálico polariza a molécula de água, de modo a aprisioná-la em seu retículo
cristalino. Como o poder polarizante diminui como aumento do tamanho do
cátion, isso significa que o cálcio (Ca) vai ser menos polarizante que o sódio
(Na) e, portanto, vai aprisionar moléculas de água em seus retículos com
menos facilidade. Portanto, o hidróxido de sódio (NaOH) é mis higroscópico
que o hidróxido de cálcio (Ca(OH)2).

Parte 03: PROPRIEDADES REDUTORAS DO MAGNÉSIO


A. O magnésio (Mg(s)) reagiu violentamente, liberando o gás hidrogênio (H 2(g)),
apresentando um aquecimento considerável e desaparecendo em seguida.
Mg(s) + 2H+(aq) + 2Cl-(aq) H2(g) Mg2+(aq) + 2Cl-(aq)
B e C. Após o aquecimento da fita de magnésio e a formação de óxido de
magnésio (MgO), em contato com a água e o indicador fenolftaleína, nota-se a
formação da base hidrósido de magnésio (Mg (OH) 2), devido à coloração rosa.
MgO(aq) + H2O(l) Mg(OH)2(aq)

Parte 04: TESTE DA CHAMA


A, B e C: As cores observadas experimentalmente, na sua maioria, estão de
acordo com a literatura, divergindo apenas no cloreto de magnésio (MgCl 2). A
literatura diz que o magnésio (Mg) deveria emitir uma luz branca brilhante, mas
observou-se a cor violeta. Tal erro pode ter ocorrido, devido à pouca
concentração do íon magnésio (Mg) no cloreto.
Quando certa quantidade de energia é fornecida a um determinado
elemento químico (no caso da chama, energia em forma de calor), alguns
elétrons da última camada de valência absorvem esta energia passando para
um nível de energia mais elevado, produzindo o que chamamos de estado
excitado.
Quando um desses elétrons excitados retorna ao estado fundamental,
ele libera a energia recebida anteriormente em forma de radiação. Cada
elemento libera a radiação em um comprimento de onda característico, pois a
quantidade de energia necessária para excitar um elétron é única para cada
elemento. A radiação liberada por alguns elementos possui comprimento de
onda na faixa do espectro visível, ou seja, o olho humano é capaz de enxergá-
las através de cores.

Parte 05: HIDRÓLISE DOS SAIS DOS METAIS


A. Quanto a hidrolise de sais podemos verificar a turvidez da solução e
constatar que caso tivéssemos medido o pH de cada solução teríamos
constatado que:
Para o nitrato de sódio verificaríamos um pH quase neutro, muito
pouco ácido. Isso ocorreria devido a formação de uma base forte (NaOH) e um
ácido forte (HNO3) e também porque a água já estava levemente ácida, a força
do ácido quase neutralizaria a força da base, mas o pH da água contribuiria
para que o pH resultante ficasse ainda um pouco ácido. Além disso, o nitrato
de sódio é um sal neutro proveniente de ácido e base forte, logo o seu pH não
se alteraria na água, na verdade ele não sofreria e não sofreu hidrólise ,pois,
tanto o ácido quanto a base se dissociam completamente, já que são fortes.
NaNO3 + H2O NaOH + HNO3
Na+ + H2O NaOH + H+
Para o carbonato de potássio observaríamos um pH básico, isso
aconteceria porque haveria formação de um ácido fraco e instável (H 2CO3, que
se decompõe em H2O e CO2) e uma base forte (KOH). Nesse caso a força da
base supera muito a força do ácido, resultando assim num pH muito
básico.Neste caso este sal é um sal básico, proveniente de um ácido fraco e
uma base forte, logo o pH da solução será básico pois somente a base forte
formada se dissocia deixando o meio básico.
K2CO3 + H2O H2CO3 + KOH
CO3-2 + H2O HCO3- + OH-
HCO3- + H2O H2CO3 + OH-

Para o sulfato de sódio constataríamos um pH um pouco básico,


comparado ao da água utilizada no experimento. Este pH seria encontrado
devido a formação de um ácido forte (H 2SO4) e uma base também forte
(NaOH). Isso significa dizer que a força da base superou a força do ácido, e por
isso o pH ficou um pouco básico, quase neutro. Este caso é análogo ao do
nitrato de sódio, já que também é um sal neutro onde não ocorre a hidrólise, já
que tanto o ácido quanto a base se dissociam completamente formando um
ambiente neutro.
Na2SO4 + 2H2O H2SO4 + 2NaOH
Na+ + H2O NaOH + H+
Para o cloreto de potássio verificaríamos que o pH foi inalterado
comparado ao da água utilizada no experimento. Havendo a formação de uma
base forte (KOH) e um ácido forte (HCl). Tendo um sal neutro, caso análogo ao
do nitrato e sulfato de sódio. Para os sais neutros não há hidrolise já que são
provenientes de ácidos e bases fortes que se dissociam completamente na
água deixando o ambiente neutro, ou seja, não há variação do pH em relação
ao da água utilizada no experimento.
KCl + H2O KOH + HCl
Parte 06: SOLUBILIDADE DOS COMPOSTOS: HIDRÓXIDOS, CLORETOS,
CARBONATOS E NITRATOS
A. Para analisar a solubilidade dos compostos, é necessário verificar quais
deles dissociam-se mais, ou seja, aqueles com maior caráter iônico, portanto
se solubilizarão com maior facilidade.
A diferença de eletronegatividade nos cloretos será maior nos alcalinos
em relação aos cloretos de alcalinos terrosos, então o NaCl é mais solúvel que
o CaCl2. Analisando da mesma forma, nos hidretos e carbonatos verifica-se o
mesmo, os compostos de Sódio são mais solúveis.
Agora depende apenas do ânion, aquele mais eletronegativo será o
que possui maior diferença de eletronegatividade, portanto mais iônico, mais
dissociável e mais solúvel.
Nesse sentido a ordem crescente de solubilidade será:
Ca(NO3)2 > CaCO3 > Na2CO3 > Ca(OH)2 > NaOH > CaCl2 > NaCl
B. Todos os sulfatos (SO4-) são solúveis, EXCETO, cálcio (CaSO 4), estrôncio
(SrSO4), bário (BaSO4), chumbo (PbSO4) e mercúrio (HgSO4).
CaCl2 + H2SO4 CaSO4 + Cl2 + H
SrCl2 + H2SO4 SrSO4 + Cl2 + H
BaCl2 + H2SO4 BaSO4 + Cl2 + H
Nas reações com MgCl2, um composto inicialmente incolor, ao adicionar-
se H2SO4 a solução ficou incolor.

05 - Conclusão

Os metais alcalinos são bem mais reativos que os metais alcalino-


terrosos, efeito da eletropositividade desses metais alcalinos, a maior da tabela
periódica, ou seja possuem forte tendência de se oxidar perdem elétrons com
muita facilidade para adiquirirem a configuração de um gás nobre.
Uma grande polarização determina que uma grande quantidade de
moléculas de água irão se prender no retículo desses compostos polarizados,
ou seja, quanto mais polarização mais higroscopicidade.
Os carbonatos de metais alcalino-terrosos são aquecidos e se
transformam em óxidos, que podem reagir violentamente com água para
formar uma base do metal;
Os compostos de metais alcalinos são sempre mais solúveis que os de
mesmo ânion de alcalino-terrosos, porque quanto maior o caráter iônico maior
sua solubilidade.
É possível identificar cátions de alcalinos submetendo-os a excitação
por uma chama pela cor da luz que emitem quando liberam energia ao voltar
de um nível para o qual saltaram ao absorverem e energia transmitida pela
chama.

06 - Referências Bibliográficas
 BACAN, N. et al. Química analítica quantitativa elementar. 2ª ed. São
Paulo: Edgard Blucher, 1979.
 LEE, J.D – Química Inorgânica não tão concisa; tradução da 5a edição
inglesa, Editora Blucher, São Paulo, 1999
 RUSSEL, J. B. Química geral. 2ª ed. São Paulo: Makron Books, 1994. V.1.
 Manual de laboratório de química geral 2010.1 – UFC.
 REIS, MARTHA – Química Integral, São Paulo, Editora FTD, 1993.
 http://www.mundovestibular.com.br/articles/1085/1/TABELA-
PERIODICA/Paacutegina1.html, visitado em: 29/03/2011
 http://www.artigonal.com/quimica-artigos/estudo-dos-metais-alcalino-
terrosos-1006588.html, visitado em: 29/03/2011
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Teste_da_chama, visitado em: 29/03/2011
 SHRIVER, D. F., ATKINS, P.W., QUÍMICA INORGÂNICA. Artmed Editora
S.A., Porto Alegre – RS. 3ª Ed. 2003.

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