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Faculdade de Inovação Técnico e Profissional

Departamento de Engenharia Civil


Graduação em Engenharia Civil

CONSTRUÇÕES E INSTALAÇÕES RURAIS

Prof. Msc. Eng. Henrique César C. Gimenes

2º Semestre
https://meet.google.com/cad-orfy-xov
Construções e Instalações Rurais - Agronomia
Apresentação do Professor:
• Henrique César C. Gimenes;
• Engenheiro Civil;
– Graduação na UEM – 2005/2009
– Pós-graduação em Engenharia de Estruturas na UEL – 2010/2012
– Mestrado PCV/UEM (área de concentração em estruturas) –
2017/2019
• Atuação profissional:
– Projeto estrutural em concreto armado moldado in-loco, pré-
moldado, protendido e projeto estrutural e geotécnico de
fundações;
• Atuação acadêmica:
– Análise estrutural;
– Concreto armado;
– Ligações semi-rígidas;
– Reforço de estruturas em C.A. com perfis.

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Objetivos:
• GERAL:
– Apresentar fundamentos e noções simples de
resistência dos materiais, estruturas simples, materiais
de construção;
– Esclarecer leitura e elaboração de instalações elétricas
e hidro sanitárias simples;
– Apresentar noções de planejamento, gerenciamento e
orçamentação de construções rurais;
– Apresentar noções de energia, eletrificação rural e
construções de interesse rural.
• Específico:
– Habilitar o acadêmico no acompanhamento, gerência e
desenvolvimentos de pequenas obras rurais.

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Programa da disciplina
• Fundamentos de resistência dos materiais e
estruturas simples;
• Fundamentos de materiais de construção;
• Noções de instalações elétricas e hidro
sanitárias;
• Noções de planejamento e construções rurais e
orçamentos;
• Energia e eletrificação rural;
• Avaliações e Perícias.

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Critério de Avaliação
• 1º Bimestre:
– MB1=(T+P)
• 2º Bimestre:
– MB2=(T+P)
• MS = (MB1+MB2)/2
– Se MS>7,0 – Aprovado!
– Se MS<=7,0 - Exame
• Exame:
– MS entre 3,0 e 6,9 e presença mínima de 75%
– Prova única: 0,0 a 10,0
– MF=(MS+Ex)/2
• Se MF>=6,0 – aprovado!
• Se MF< 6,0 – reprovado.

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Critério de Avaliação
• 1º Bimestre:
– P1: Semana de Provas (29/09 a 08/10)
• VALOR: 8,0 pontos;
– T1: No mesmo dia que P1 no início da aula;
• VALOR: 2,0 pontos;
– Aulas 1,2 e 3;
• 2º Bimestre:
– P2: (17/11 a 26/11);
• VALOR: 6,0 pontos;
– T2: No mesmo dia que P2 no início da aula;
• VALOR: 4,0 pontos;
– Aulas 4,5 e 6;
• Exame:
– Exame: 07/12 a 09/12
– Todo o conteúdo.

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Bibliografia Básica
• GERARD, BAUD. Manual de Pequenas
Construções. 5ª edição. Editora HEMUS. 2007.
480p
• BORGES, ALBERTO DE CAMPOS. Práticas das
pequenas construções. 9ª edição revisada e
ampliada. São Paulo. Editora E. Bluncher,
2009. V1
• LEONHARDT, FRITZ; MONNING, EDUARD.
Construções de concreto. Rio de Janeiro.
Editora Interciência, 1977. V3
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Bibliografia Básica
• BAÊTA, Fernando da Costa; SOUZA, Cecília de Fátima. Ambiência em
Edificações Rurais: Conforto Animal. 2ª edição Viçosa: UFV 2010.
• BERTOLINI, Luca. Materiais de Construção: Patologia, reabilitação,
prevenção. São Paulo: Oficina de Textos, 2010.
• BORGES, ALBERTO DE CAMPOS. Práticas das pequenas construções.
9ª edição revisada e ampliada. São Paulo. Editora E. Bluncher, 2009.
V2
• SALGADO, Julio [Org.]. Mestre de Obras: Gestão básica para construção
civil. São Paulo: Érica, 2011.
• SENAI – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL.
Conteúdos básicos para construção civil. São Paulo: SENAI-SP Editora,
2014.

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Faculdade de Inovação Técnico e Profissional
Departamento de Engenharia Civil
Graduação em Engenharia Civil

FUNDAMENTOS DE RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS


E ESTRUTURAS SIMPLES

Prof. Msc. Eng. Henrique César C. Gimenes

2º Semestre

Construções e Instalações Rurais - Agronomia


Introdução
• Atribuições do Engenheiro Agrônomo
segundo o CREA-PR (Resolução Nº
218/1973):

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Introdução

Construções e Instalações Rurais - Agronomia


Introdução

Construções e Instalações Rurais - Agronomia


Fundamentos de resistência dos
materiais
• Tensão:
– O conceito de tensão e deformação se faz
necessário ao engenheiro para o projeto de
máquinas e estruturas simples;
– Um passo importante, e anterior a esse, é conhecer
os esforços que atuam nessas
estruturas/máquinas;
– Essa quantificação de esforços é feita através das 3
equações de equilíbrio da Estática;
• 𝑭𝒙 = 𝟎
• 𝑭𝒚 = 𝟎
• 𝑴𝒐 = 𝟎

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Fundamentos de resistência dos
materiais
• Vinculações de apoio
– Para fazer o equilíbrio dos elementos estruturais
com as equações da Estática é necessário antes
conhecer a tipologia dos apoios, das
vinculações das estruturas;
– São elas:
• Apoio do 1º, 2º e 3º gênero;
– São representadas pelos desenhos, mostrados
na figura a seguir.

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Rh

Rv Rv M
Rv

Vinculações
Apoios do 1º, 2º e 3º gênero.

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Exemplo
• Dada essa estrutura, faz-
se a análise e cálculo
dos esforços;
– Vinculações;
– Diagrama de corpo livre;
– Cálculo das reações de
apoio;
– Equilíbrio dos nós;
• Com esses passos
realizados é possível
Fonte: BEER, Ferdinand P.; E. JOHNSTON, Russell Jr.,
DEWOLF, John T.; MAZUREK, David. F.. Mecânica dos
Materiais. 5. ed. McGraw-Hill, 2011.
conhecer os esforços
nas barras AB e BC.

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Exemplo: Solução

 • Vinculações:
 – Em C: 2º gênero;


• Duas translações, uma
vertical e uma horizontal;
 
– Em A: 1º gênero;




• Uma translação,
horizontal;
• Dessa forma, temos três incógnitas;
– Rc, Hc e Ha;
• E temos três equações da Estática para resolver:
𝑭𝒙 = 𝟎 𝑭𝒚 = 𝟎 𝑴𝒐 = 𝟎

– Como o número de equações é igual o número de incógnitas, dizemos que


essa é uma estrutura ISOSTÁTICA;
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Exemplo:
• 𝑭𝒙 = 𝟎 

𝐻𝑎 + 𝐻𝑐 = 0,0 ∴ 𝐻𝑎 = −𝐻c 

𝑭𝒚 = 𝟎


𝑅𝑐 − 30 = 0,0
𝑅𝑐 = 30 𝑘𝑁   


• 𝑴𝒂 = 𝟎 

− 𝐻𝑐 ∙ 6,0 − 30 ∙ 8,0 = 0,0


−6,0𝐻𝑐 = 240 𝑘𝑁
240
𝐻𝑐 = − = −40,0 𝑘𝑁
6,0
𝐻𝑎 = −𝐻𝑐 ∴ 𝐻𝑎 = 40,0 𝑘𝑁

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Exemplo:





Equilíbrio dos nós:   


Nó B: 

• 𝑭𝒙 = 𝟎
−𝑇𝑏𝑐𝑥 + 𝑇𝑏𝑎 = 0 ∴ 𝑇𝑏𝑐𝑥 = 𝑇𝑏a

• 𝑭𝒚 = 𝟎




 𝑇𝑏𝑐𝑦 − 30 = 0 ∴ 𝑇𝑏𝑐𝑦 = 30 𝑘𝑁


 𝑇𝑏𝑐𝑦 = 𝑇𝑏𝑐 ∙ 𝑠𝑒𝑛 36,9
  30,0 = 𝑇𝑏𝑐 ∙ 0,600
30,0
𝑇𝑏𝑐 = = 49,97 ≅ 50,0kN
0,600

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Exemplo:
Equilíbrio dos nós:
Nó B:
𝑇𝑏𝑐𝑥 = 𝑇𝑏𝑎
 𝑇𝑏𝑐𝑥 = 𝑇𝑏𝑐 ∙ cos 36,9
 𝑇𝑏𝑐𝑥 = 50,0 ∙ 0,79 = 39,98



 ≅ 40,0kN

 
𝑇𝑏𝑐𝑥 = 𝑇𝑏𝑎 ∴ 𝑇𝑏𝑎 = 40,0 kN

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Exemplo:
Equilíbrio global da Estrutura:


Dizemos que a

barra AC está
tracionada




 

Dizemos que a
barra BC está
comprimida
  
 


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Fundamentos de resistência dos
materiais
• TRAÇÃO:
– Tendência dos corpos a se alongarem, aumentarem
de tamanho, “dilatarem” devido a um esforço;
– A convenção internacional diz que a TRAÇÃO leva o
sinal “+”;
• Compressão:
– Tendência dos corpos se encurtarem, diminuírem
de tamanho, “encolherem” devido a um esforço.
– Também fica convencionado internacionalmente
que a COMPRESSÃO leva o sinal “-”;

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Conceito de Tensão
• Tensão:
– Uma das grandeza que é fundamental conhecer,
para entender melhor o comportamento das
estruturas é a Tensão;
– Tensão é a grandeza da força atuante em uma
barra dividido por sua área de seção transversal;
– Usualmente representada pela letra grega sigma;

𝐹
𝜎=
𝐴
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Fonte: BEER, Ferdinand P.; E. JOHNSTON, Russell Jr.,
DEWOLF, John T.; MAZUREK, David. F.. Mecânica dos
Materiais. 5. ed. McGraw-Hill, 2011.

Tensão
Força distribuída de forma igual ao longo da área da seção
transversal. Note que a força é axial, normal ao plano da seção de
corte.

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Tensão de Cisalhamento
• Tensão de Cisalhamento:
– Até agora vimos que as forças que atuavam no
elementos eram normais a seção, ou atuavam
axialmente na seção, isto é, no eixo;
– Um tipo diferente de tensão ocorre quando a força atua
de forma transversal ao seção, tangenciando a mesma;
– A tensão do material e da seção que se opõem a esse
“corte” é chamada de tensão média de cisalhamento;
– Usualmente representada pela letra grega tau;

𝑃
𝜏𝑚𝑒𝑑 =
𝐴

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Fonte: BEER, Ferdinand P.; E. JOHNSTON, Russell Jr.,
DEWOLF, John T.; MAZUREK, David. F.. Mecânica dos
Materiais. 5. ed. McGraw-Hill, 2011.

Tensão de Cisalhamento
Força distribuída de forma igual ao longo da área da seção
transversal. Note que a força P é tangencial a seção de corte.

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Fonte: BEER, Ferdinand P.; E. JOHNSTON,
Russell Jr., DEWOLF, John T.; MAZUREK,
David. F.. Mecânica dos Materiais. 5. ed.
McGraw-Hill, 2011.

Tensão de Cisalhamento
Tensão de cisalhamento em corte de um parafuso de aço

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Análise e projeto de simples
Estruturas
• Análise e projeto:
– Para o projeto de simples estruturas é
interessante a análise de dois fatores;
• Tensão Admissível do Material:
– É um método de dimensionamento antigo, obsoleto, que
vale para estruturas singelas e simples;
– Hoje em dia usamos o Método dos Estados Limites para o
dimensionamento de estruturas mais complexas e usuais;
• Tensão de Esmagamento em conexões:
– Fator importante a ser verificado em simples estruturas;
– Analisamos as superfícies de esmagamentos em elementos
que se conectam;

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Tensão Admissível
• Tensão Admissível
– Tensão a qual o material resiste sem ruptura;
– É um limite aceitável para o nível de serviço, nível
de trabalho do elemento estrutural;
– Se o valor de tensão atuante em um elemento for
maior que a tensão admissível, esse material não é
adequado para aquele nível de esforço ou serviço;
• Se faz necessário a troca do material ou o aumento da
sua seção.

𝜎𝑎𝑑𝑚 = 165 𝑀𝑃𝑎 − "𝑎ç𝑜"

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Tensão Esmagamento
• Tensão Esmagamento em seções:
– É a tensão que o material de apoio resistem em
uma conexão;
– Se a tensão atuante for maior que a tensão de
esmagamento, o material de apoio deve ser
trocado, ou sua dimensão acrescida.

𝑃 𝑃
𝜎𝑒 = =
𝐴 𝑡∙𝑑
Fonte: BEER, Ferdinand P.; E.
JOHNSTON, Russell Jr., DEWOLF,
John T.; MAZUREK, David. F..
Mecânica dos Materiais. 5. ed. Construções e Instalações Rurais - Agronomia
McGraw-Hill, 2011.
Exemplo:
• Seções Transversais:
– AB: (30x50)mm
– BC: (d=20mm) –
circular
• Áreas:
– AB= 1.500 mm²
– BC= 314 mm²

– AB=1.500x10-6 m²
– BC=314x10-6 m²
• Propriedades do Material:
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 165 𝑀𝑃𝑎
𝜏𝑚𝑒𝑑 = 100 𝑀𝑃𝑎
𝜎𝑒 = 350 𝑀𝑃𝑎
Fonte: BEER, Ferdinand P.; E.
JOHNSTON, Russell Jr., DEWOLF, John
T.; MAZUREK, David. F.. Mecânica dos Construções e Instalações Rurais - Agronomia
Materiais. 5. ed. McGraw-Hill, 2011.




Exemplo: Solução 

 
 


Tensão axial: Barra BC


  
 


𝐹 𝐹𝐵𝐶 50,0 𝑘𝑁
𝜎𝐵𝐶 = ∴ 𝜎𝐵𝐶 = ∴ 𝜎𝐵𝐶 =
𝐴 𝐴 314 ∙ 10−6 𝑚²

50,0 𝑘𝑁 𝑘𝑁
𝜎𝐵𝐶 = −6
= 159.235,67 2
314 ∙ 10 𝑚² 𝑚

𝜎𝐵𝐶 = 159 𝑀𝑃𝑎

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Exemplo:
Tensão Admissível: Barra BC

𝜎𝑎𝑑𝑚 = 165 𝑀𝑃𝑎 − 𝑎ç𝑜


𝜎𝐵𝐶 = 159 𝑀𝑃𝑎

𝜎𝑎𝑑𝑚 = 165 𝑀𝑃𝑎 > 𝜎𝐵𝐶 = 159 𝑀𝑃𝑎

Dessa forma esse material e seção estão


adequados ao funcionamento e resistem ao esforço
atuante, as luzes da Tensão Admissível.
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


Exemplo: 
 

 


Tensão axial: Barra AB   


 


𝐹 𝐹𝐴𝐵 −40,0 𝑘𝑁
𝜎𝐴𝐵 = ∴ 𝜎𝐴𝐵 = ∴ 𝜎𝐴𝐵 =
𝐴 𝐴 1500 ∙ 10−6 𝑚²

−40,0 𝑘𝑁 𝑘𝑁
𝜎𝐴𝐵 = −6
= −26.666,67 2
1500 ∙ 10 𝑚² 𝑚

𝜎𝐴𝐵 = −27 𝑀𝑃𝑎

𝜎𝑎𝑑𝑚 = −165 𝑀𝑃𝑎 > 𝜎𝐴𝐵 = −27 𝑀𝑃𝑎

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Exemplo:
Tensão esmagamento : Barra AB

𝑃 𝑃𝐴𝐵 40,0 𝑘𝑁
𝜎𝑒 = ∴ 𝜎𝑒 = ∴ 𝜎𝑒 =
𝐴 𝐴 25 ∙ 30 𝑚𝑚²

40,0 𝑘𝑁 𝑘𝑁
𝜎𝑒 = −6
= 53.333,33 2
750 ∙ 10 𝑚² 𝑚

𝜎𝑒 = 53,33 𝑀𝑃𝑎

𝜎𝑎𝑑𝑚 𝑒 = 350 𝑀𝑃𝑎 > 𝜎𝑒 = 53,3 𝑀𝑃𝑎

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Exemplo:
Fonte: BEER, Ferdinand P.; E. JOHNSTON,
Russell Jr., DEWOLF, John T.; MAZUREK, David.

Tensão cisalhamento: Ponto A F.. Mecânica dos Materiais. 5. ed. McGraw-Hill,


2011.

𝜋 ∙ 𝑑2 𝜋 ∙ 252
𝐴𝑃𝐴𝑅 = ∴ 𝐴𝑃𝐴𝑅 = ∴ 𝐴𝑃𝐴𝑅 = 490,63 𝑚𝑚²
4 4

𝑃 40,0 𝑘𝑁 𝑘𝑁
𝜏𝑚𝑒𝑑 𝐴 = ∴ 𝜏𝑚𝑒𝑑 = = 40.764,33 = 40,7 𝑀𝑃𝑎
𝐴 2 ∙ 490,63 ∙ 10−6 𝑚² 𝑚2

𝜏𝑚𝑒𝑑 = 100,0 𝑀𝑃𝑎 > 𝜏𝑚𝑒𝑑 𝐴 = 41,0 𝑀𝑃𝑎


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Problema Resolvido 1.2
A barra da ligação de aço deve suportar uma força de 120 kN, com ligações
duplas nos pontos A e B. A barra será feita com 20 mm de espessura com
as seguintes propriedades do aço:
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 175 𝑀𝑃𝑎
𝜏𝑚𝑒𝑑 = 100 𝑀𝑃𝑎
𝜎𝑒 = 350 𝑀𝑃𝑎
Determine:
a. Diâmetro do parafuso;
b. Dimensão b da extremidade da barra;
c. Dimensão h da barra

d. 1
Fonte: BEER, Ferdinand P.; E. JOHNSTON, Russell Jr.,
DEWOLF, John T.; MAZUREK, David. F.. Mecânica dos
Materiais. 5. ed. McGraw-Hill, 2011.
Construções e Instalações Rurais - Agronomia
Tensão e Deformação
• Vamos considerar a barra BC:
– comprimento L;
– área de seção transversal A;
– Se aplicarmos uma força P no ponto
C;
– A barra se alongará em uma medida
delta δ;
• Consideramos agora a barra B’C’:
– Comprimento L;
Fonte: BEER, Ferdinand P.; E. JOHNSTON, Russell Jr.,
– Área de seção transversal 2A; DEWOLF, John T.; MAZUREK, David. F.. Mecânica dos
Materiais. 5. ed. McGraw-Hill, 2011.
– Se aplicarmos uma força 2P no ponto
C’;
– A barra se alongará na mesma
medida delta δ;

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Tensão e Deformação
• Vamos considerar a barra
B”C”:
– comprimento 2L;
– área de seção transversal A;
– Se aplicarmos uma força P no
ponto C;
– A barra se alongará em uma
medida delta 2δ;
• Uma deformação 2x maior que em
BC;
• Contudo, com a mesma relação de
deformação/comprimento; Fonte: BEER, Ferdinand P.; E. JOHNSTON, Russell Jr.,
DEWOLF, John T.; MAZUREK, David. F.. Mecânica dos
Materiais. 5. ed. McGraw-Hill, 2011.

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Tensão e Deformação
• Com isso conseguimos definir o conceito de deformação
específica:
– Uma deformação por unidade de comprimento;
– Designado pela letra grega épsilon:

𝛿
𝜖=
𝐿

– Com essa informação é possível construir o gráfico de tensão


(σ) x deformação específica (ε);
– Que é uma característica do material que não depende de
sua seção;
– E também é uma informação importante para caracterização
dos materiais.

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Diagrama de Tensão x Deformação
• Vimos que o diagrama Tensão x
Deformação é importante:
– Ele normalmente é obtido com o
Ensaio de Tração;
– O ensaio pode ser descrito
como:
• Com um corpo de prova com área
conhecida (A) e aferida por um
paquímetro;
• São feitas marcações com uma
distância também conhecida (L0);
• O CP é colocado em uma máquina
de teste que traciona de forma
centrada o CP;
• A medida que a carga P aumenta a
distância L0 também aumenta; Fonte: BEER, Ferdinand P.; E. JOHNSTON, Russell Jr.,
• Essa variações são registradas DEWOLF, John T.; MAZUREK, David. F.. Mecânica dos
Materiais. 5. ed. McGraw-Hill, 2011.
com um extensômetro (chip
elétrico);

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Diagrama de Tensão x Deformação
• Com essas informações registradas em um sistema
de aquisição de dados é possível obter o gráfico
Tensão-Deformação;
– Deformação vai na abcissa (eixo x);
– Tensão vai da ordenada (eixo y)
• Com a análise dessa curva é possível distinguir os
materiais em:
– Dúcteis;
• Materiais com patamar de escoamento definido, destacado;
• Ruptura “demorada”;
– Frágeis;
• Materiais com patamar de escoamento singelo, discreto;
• Ruptura brusca;

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Diagrama de Tensão x Deformação
• Exemplo de materiais
dúcteis:
– Aço, concreto armado;
• Exemplo de materiais
com comportamento
frágil: Fonte: BEER, Ferdinand
P.; E. JOHNSTON, Russell
– Vidro, madeira; Jr., DEWOLF, John T.;
MAZUREK, David. F..
Mecânica dos Materiais.
5. ed. McGraw-Hill, 2011.

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Diagrama de Tensão x Deformação
b: Resistência à tração

a: Ponto de Escoamento c: Queda de tensão

Ocorre em materias muito dúcteis


PL: Limite de Proporcionalidade
EL: Limite de Elasticidade
Fonte: BEER, Ferdinand P.; E.
JOHNSTON, Russell Jr.,
DEWOLF, John T.; MAZUREK,
David. F.. Mecânica dos
Materiais. 5. ed. McGraw-Hill,
2011.
• A: Fase Plástica
– Retirada da carga a deformação não volta;
– Não tem um modelo matemático que descreve essa região;
• B: Módulo de Elasticidade;
– Caracteriza dos materiais quanto ao se desempenho estrutural;
– Módulo de Elasticidade alto -> Material resistente
– Módulo de Elasticidade baixo - > Material de baixa resistência
• C: Fase Elástica:
– Retirada da carga a deformação volta;
– Lei de Hooke;

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Lei de Hooke – Módulo de
Elasticidade
• Muitas estruturas são dimensionadas para sofrerem
pequenas deformações;
– Tais estruturas se mantém na parte reta do diagrama Tensão-
Deformação;
– Nessa parte, denominada Fase Elástica, a tensão é diretamente
proporcional da deformação;
• Podemos escrever:
𝜎 =𝐸∙𝜖

• Essa é a famosa relação conhecida com Lei de Hooke, em


homenagem ao matemático inglês Robert Hooke.

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Exemplo:
Uma barra de aço A360, com E=200 Gpa, tem as dimensões
mostradas abaixo. Se um força axial P=80 kN for aplicada na
barra, conforme a figura.
Fonte: BEER, Ferdinand P.; E.
JOHNSTON, Russell Jr., DEWOLF,
John T.; MAZUREK, David. F..
Mecânica dos Materiais. 5. ed.
McGraw-Hill, 2011.

Determine:
a. Tensão atuante na barra;
b. Sua deformação εz;
c. Seu alongamento δz;

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Exemplo: Solução
a) Tensão atuante na barra;
– O aço A36 tem E=200GPa;
𝐸 = 200 ∙ 109 𝑃𝑎 ∴ 𝐸 = 200 ∙ 103 𝑀𝑃𝑎

𝑃 80,0
𝜎𝑧 = ∴ 𝜎𝑧 = = 1,60 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝐴 (10,0 ∙ 5,0)

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Exemplo:
b) Deformação εz;
𝐿𝑒𝑖 𝑑𝑒 𝐻𝑜𝑜𝑘𝑒:
𝜎 =𝐸∙𝜖

𝜎𝑧 1,60 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝜖𝑧 = ∴ 𝜖𝑧 =
𝐸 200 ∙ 103 𝑀𝑃𝑎

1,60 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝜖𝑧 =
200 ∙ 102 𝑘𝑁/𝑐𝑚²

𝜖𝑧 = 8 ∙ 10−5
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Exemplo:
c) Alongamento δz;
𝐴𝑙𝑜𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
𝛿
𝜖= ∴ 𝛿 =𝜖∙𝐿
𝐿

𝛿 = 𝜖 ∙ 𝐿 ∴ 𝛿 = 8 ∙ 10−5 ∙ 1,50 = 1,2 ∙ 10−4 𝑚


𝛿 = 0,12 𝑚𝑚

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Problema 2.14
O cabo BC de 4,0 mm de diâmetro é feito de aço E=200GPa. Sabendo que a
tensão máxima no cabo não pode exceder 190 MPa, e que a deformação no
cabo não deve exceder 6,0 mm. Determine a máxima força P que pode ser
aplicada conforme mostra a figura:
Fonte: BEER, Ferdinand P.; E. JOHNSTON,
Russell Jr., DEWOLF, John T.; MAZUREK,
David. F.. Mecânica dos Materiais. 5. ed.
McGraw-Hill, 2011.

𝜎𝑎𝑑𝑚 = 190 𝑀𝑃𝑎


𝛿𝑚á𝑥 = 6,0 𝑚𝑚

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Problema 2.14: Solução
Comprimento do cabo BC:

𝐿𝑏𝑐 = 62 + 42 = 7,211 𝑚 ∴ 𝐿𝑏𝑐 = 7,21𝑚


Fbcx

Diagrama do Corpo Livre em AB: A


Fbc

• 𝑴𝒂 = 𝟎 Fbcy

𝑃 ∙ 3,50 − 𝐹𝑏𝑐𝑥 ∙ 6,0 = 0,0


Ah
𝐹𝑏𝑐𝑥 ∙ 6,0
𝑃= ∴ 𝑃 = 1,71 ∙ 𝐹𝑏𝑐 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝐴
3,50
Av
4,0
𝐴 = tan−1 = 33,69°
6,0

Construções e Instalações Rurais - Agronomia


Problema 2.14:
Considerando a tensão admissível:

𝜎𝑎𝑑𝑚 = 190 𝑀𝑃𝑎 ∴ 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 19,0 𝑘𝑁/𝑐𝑚²

𝜋 ∙ 𝑑2 𝜋 ∙ (0,4)2
𝐴𝑐𝑎𝑏𝑜 = ∴ 𝐴𝑐𝑎𝑏𝑜 = ∴ 𝐴𝑐𝑎𝑏𝑜 = 0,1256 𝑐𝑚²
4 4

𝑃 𝐹𝑏𝑐
𝜎= ∴ 𝜎𝑎𝑑𝑚 = ∴ 𝐹𝑏𝑐 = 𝜎𝑎𝑑𝑚 ∙ 𝐴𝑐𝑎𝑏𝑜
𝐴 𝐴𝑐𝑎𝑏𝑜

𝐹𝑏𝑐 = 19,0 ∙ 0,1256 = 2,39 𝑘𝑁

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Problema 2.14:
Considerando o alongamento admissível:
• Inicialmente tínhamos:
𝑃
𝜎 = (𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜)
𝐴
𝜎 = 𝐸 ∙ 𝜖 (𝐿𝑒𝑖 𝑑𝑒 𝐻𝑜𝑜𝑘𝑒)
𝛿
𝜖 = (𝐷𝑒𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎çã𝑜 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎)
𝐿

• Combinando as equações:

𝑃 𝑃 𝛿 𝑃
𝜎= ∴ 𝐸∙𝜖 = ∴ 𝐸∙ =
𝐴 𝐴 𝐿 𝐴
𝑃∙𝐿 𝐹𝑏𝑐 ∙ 721 𝑐𝑚
𝛿= ∴ 0,6 𝑐𝑚 = ∴ 𝐹𝑏𝑐 = 2,090 𝑘𝑁
𝐴∙𝐸 0,1256 𝑐𝑚² ∙ 200 ∙ 102 𝑘𝑁/𝑐𝑚²

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Problema 2.14:
Menor valor governa o dimensionamento:
𝐹𝑏𝑐 = 2,090 𝑘𝑁

Assim temos que:


𝑃 = 1,71 ∙ 𝐹𝑏𝑐 ∙ sin 𝐴
𝑃 = 1,71 ∙ 2,090 ∙ sin 33,69
𝑃 = 1,98 𝑘𝑁 ∴ 𝑃 = 198,0 𝑘𝑔

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Análise e projeto de vigas em flexão
• Vigas são elemento de barra retilíneos que tem por principal
função receber cargas lineares;
– É menos frequente, mas também podem receber cargas pontuais;
• As vigas são classificadas da maneira que são
vinculadas/apoiadas;
– As vigas (a), (b) e (c) são vigas estaticamente determinadas. Suas
reações são encontradas usando a estática;

– Usando as equações de equilíbrio:


– 𝑭𝒙 = 𝟎 , 𝑭𝒚 = 𝟎 e 𝑴𝒐 = 𝟎

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Análise e projeto de vigas em flexão
• Em vigas os vínculos comumente empregados são
de três tipo:
– Apoio do 1º, 2º e 3º gênero.
• A figura abaixo ilustra o desenho de cada um dele e
as reações que simbolizam:
Rh
Rh

Rv Rv M
Rv

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Análise e projeto de vigas em flexão
• Já as vigas que tem mais de três incógnitas
para solucionar não podem ser resolvidas com
a estática;
– As vigas (d), (e) e (f) são vigas estaticamente
indeterminadas.

– É fácil observar que em todos os caso o número de


incógnitas é maior que número de equações;
Fonte: BEER, Ferdinand P.; E.
JOHNSTON, Russell Jr., DEWOLF,
John T.; MAZUREK, David. F..
Mecânica dos Materiais. 5. ed. Construções e Instalações Rurais - Agronomia
McGraw-Hill, 2011.
Exercício proposto 1:
• Dada a viga abaixo calcule as reações de
apoio:
– A) Fazendo o equilíbrio pelo ponto A;
– B) Fazendo o equilíbrio pelo ponto C.

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Exercício proposto 1: Resolução
• DCL

Ha C
1,8 2,4 3,0 1,2
1,2
Ra Rb
• Condição de Equilíbrio:
𝑭𝒙 = 𝟎 , 𝑭𝒚 = 𝟎 e 𝑴𝒐 = 𝟎
• 3 Incógnitas:
– Ha; Ra e Rb.

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Exercício proposto 1: Resolução
A)
• 𝑭𝒙 = 𝟎
𝐻𝑎 = 0,0
• 𝑭𝒚 = 𝟎
𝑅𝑎 − 94 − 54 + 𝑅𝑏 − 60 = 0,0
𝑅𝑎 + 𝑅𝑏 = 208 𝑘𝑁
• 𝑴𝒂 = 𝟎
− 94 ∙ 1,8 − 54 ∙ 4,2 + 𝑅𝑏 ∙ 7,2 − (60 ∙ 8,4) = 0,0
7,2𝑅𝑏 = 900 𝑘𝑁
900
𝑅𝑏 = = 125 𝑘𝑁
7,2
𝑅𝑎 + 𝑅𝑏 = 208 𝑘𝑁 ∴ 𝑅𝑎 = 208 − 125 = 83 𝑘𝑁
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Exercício proposto 1: Resolução
B)
• 𝑴𝒄 = 𝟎
− 𝑅𝑎 ∙ 4,2 + 94 ∙ 2,4 + 𝑅𝑏 ∙ 3,0 − (60 ∙ 4,2) = 0,0
−4,2𝑅𝑎 + 3,0𝑅𝑏 = 26,4 𝑘𝑁

𝑅𝑎 + 𝑅𝑏 = 208
∴ 𝑅𝑎 = 208 − 𝑅𝑏
−4,2𝑅𝑎 + 3,0𝑅𝑏 = 26,4

−4,2 ∙ 208 − 𝑅𝑏 + 3,0 ∙ 𝑅𝑏 = 26,4𝑘𝑁


−873,6 + 4,2𝑅𝑏 + 3,0𝑅𝑏 = 26,4
7,2𝑅𝑏 = 900 𝑘𝑁
900
𝑅𝑏 = = 125 𝑘𝑁
7,2
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Exercício proposto 2:
• Dada a viga abaixo calcule as reações de
apoio:
– A) Fazendo o equilíbrio pelo ponto A;
– B) Fazendo o equilíbrio pelo ponto C.
Fonte: BEER, Ferdinand P.; E. JOHNSTON,
Russell Jr., DEWOLF, John T.; MAZUREK,
David. F.. Mecânica dos Materiais. 5. ed.
McGraw-Hill, 2011.

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Colunas
• Até agora estudamos elementos de barra
horizontais, no âmbito da tensão, deformação e
alongamento;
• Agora iniciaremos a investigação de elementos
de barra comprimidos e sua estabilidade;
– Sua capacidade de suportar um carregamento sem
deformar-se bruscamente;
– Análise de colunas submetidas a carga axial
centrada;

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Colunas
• Com base na barra AB, de
comprimento L, seção
transversal A e que esteja
sujeito a uma carga P:
– Se a carga P proporcionar uma
tensão σa < σadm, podemos dizer
que o dimensionamento está
correto;
– Contudo, pode ocorrer que na
medida que o carregamento é
aplicado a coluna flamba;
– Flambagem é fenômeno que
ocorre quando subitamente uma Fonte: BEER, Ferdinand P.; E. JOHNSTON, Russell Jr.,
coluna sofre uma curvatura DEWOLF, John T.; MAZUREK, David. F.. Mecânica dos
acentuada; Materiais. 5. ed. McGraw-Hill, 2011.

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Colunas
• Ainda na coluna AB, podemos inferir que existe um valor de P
que se ultrapassado a coluna inicia a flambagem;
– O matemático suíço Leonard Euler, conseguir através de deduções
matemáticas chegar na expressão dessa carga;
– A carga crítica, 𝑃𝑐𝑟 , é aquela que define o valor para qual a coluna
sofra flambagem;
– Se o valor da carga atuante for maior que o da 𝑃𝑐𝑟 , ocorrerá
flambagem da coluna;

𝜋 2 ∙ 𝐸𝐼 LEONARD EULER
𝑃𝑐𝑟 = Fonte:www.alamy.com/le
𝐿𝑓 2 onhard-euler-1756-804-
leonhard-euler-
Onde: image185790624.html.
E: Módulo de Elasticidade; (royalty-free)

I: Momento de Inércia (Propriedade geométrica da seção)


Lf: Comprimento de flambagem;

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Colunas
• É possível também a análise as luzes das tensões:
– Combinando a fórmula de Euler com a equação da
tensão, temos:

𝜋 2 ∙ 𝐸𝐼 𝑃 𝜋 2 ∙ 𝐸𝐼
𝑃𝑐𝑟 = 2
𝑒 𝜎= ∴ 𝜎𝑐𝑟 =
𝐿𝑓 𝐴 𝐴 ∙ 𝐿𝑓 2
Onde:
E: Módulo de Elasticidade;
I: Momento de Inércia (Propriedade geométrica da
seção)
Lf: Comprimento de flambagem;

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Colunas
• Lembrando que:
𝐼 = 𝐴 ∙ 𝑟2
𝜋 2 ∙ 𝐸𝐼 𝜋2 ∙ 𝐸 ∙ 𝐴
𝜎𝑐𝑟 = 2
∴ 𝜎𝑐𝑟 =
𝐴 ∙ 𝐿𝑓 𝐴 ∙ 𝐿𝑓 2 /𝑟 2
𝜋2 ∙ 𝐸
𝜎𝑐𝑟 =
𝐿𝑓 𝑟 2
Onde:
E: Módulo de Elasticidade;
Lf: Comprimento de flambagem;
r: Raio de giração;
Lf/r: Índice de Esbeltes;

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Colunas
𝜋2 ∙𝐸
• A Equação𝜎𝑐𝑟 = :
𝐿𝑓 𝑟 2
– É proporcional ao módulo de
elasticidade;
– Inversamente proporcional ao Índice de
Esbeltez;
• O gráfico da 𝜎𝑐𝑟 em função do 𝐿 𝑟 é
mostrado ao lado:
• Vamos considerar um aço E=200
GPa e σe=250 MPa;
– Para valores de 𝐿 𝑟 menores que 89 a
coluna entra em flambagem por
compressão;
– Para valores de 𝐿 𝑟 maiores que 89 a Fonte: BEER, Ferdinand P.; E. JOHNSTON, Russell Jr.,
coluna passa a ter um tensão atuante DEWOLF, John T.; MAZUREK, David. F.. Mecânica dos
Materiais. 5. ed. McGraw-Hill, 2011.
bem abaixo da tensão de escoamento.

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Colunas
• O comprimento de flambagem depende do esquema estático da
coluna;
• O valor de Lf é proporcional a um coeficiente K de flambagem,
sendo matematicamente representado como:

𝐿𝑓 = 𝐾 ∙ 𝐿
Onde:
Lf: Comprimento de flambagem;
K: Coeficiente de flambagem;
L: Comprimento da coluna;

• Então temos diferentes valores de K para cada caso de vinculação


de colunas;

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LIVRE-ENGASTADA BIARTICULADA ARTICULADA-ENGASTADA BIENGASTADA
K=2,0 K=1,0 K=0,7 K=0,5
Fonte: BEER, Ferdinand P.; E. JOHNSTON, Russell Jr.,
DEWOLF, John T.; MAZUREK, David. F.. Mecânica dos
Coeficiente de Flambagem Materiais. 5. ed. McGraw-Hill, 2011.

Valores do coeficiente de flambagem para cada esquema estático.

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Exemplo:
Uma coluna de madeira de L=6,00 m e seção retangular tem uma extremidade B
engastada e a outra articulada A, com uma força centrada. Duas placas
arredondadas impedem o movimento em um direção e permitem em outra.
Sabendo que:
Fonte: BEER, Ferdinand P.; E.
JOHNSTON, Russell Jr., DEWOLF,
𝐸 = 18,4 𝐺𝑃𝑎 John T.; MAZUREK, David. F..
𝑃 = 3,0 𝑡𝑓 Mecânica dos Materiais. 5. ed.
McGraw-Hill, 2011.
𝐹𝑆 = 2,50
Lf/r = 110
bw/h = 0,35

Determine:
a. Os valores de bw e h da coluna as luzes da flambagem, no caso mais severo;
b. Os valores de bw e h da coluna as luzes da tensão crítica de flambagem;

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Análise de Estruturas Simples
• Análise de Estruturas diz respeito a:
– Estudo dos elemento que a compõem;
– Nós, barras, cargas, reações de apoio.
– E como ele se relacionam uns com os outros.
– Análise vem do grego e quer dizer, dissolução, separar, dissolver.
• Sendo assim, análise de estruturas é estudar seus
componente separadamente e estudar suas
correlações

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Análise de Estruturas Simples
• Uma das estruturas planas a serem abordadas são
as treliças.
• Treliças são projetadas geralmente como cobertura
de edificações, mas também podem fazer parta da
superestrutura de edifícios;
• Podem ser encontradas em:
– Pontes;
– Edifícios altos;
– Estádios de eventos esportivos;
– Torres de alta tensão.

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Exemplo:
• Ponte treliçada:
• Edifício Altos;
• Estádios;
• Torres.
Treliças:
• Treliças de forma geral são barras retas unidas por
nós articulados;
– As cargas são aplicadas nos nós;
– Em sua maioria as barras são delgadas;
– Suportam pequenas cargas laterais;
• Sua classificação vem da tipologia:
– Telhado, Pontes e especiais.
Fonte: BEER, Ferdinand P.;
JOHNSTON JUNIOR, E.
Russell. Mecânica vetorial
para engenheiros: estática.
9ª edição. São Paulo:
Pearson Education do
Brasil, 2009.

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Análise de Treliças:
• Convenção de sinais:

– Tração na barra: Seta saindo da barra.


– Tração no nó: Seta saindo do nó;
– Compressão na barra: Seta entrando na barra.
– Compressão no nó: Seta entrando no nó;
• Princípio da ação e reação, 3ª Lei de Newton.
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Problema 6.10 - MVPE

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Problema 6.10 - MVPE

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Análise de Estruturas Simples
• Uma outra vertente importante da Análise de
Estruturas, são as estruturas aporticadas espaciais
de concreto armado;
• As estruturas aporticadas espaciais são como são
tratadas as estruturas do nosso cotidiano;
• Podem ser encontradas em:
– Edifícios térreos;
– Edifícios assobradados;
– Edifícios altos;
– Ponte e viadutos;
– Estruturas de armazenagem.

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Análise de Estruturas Simples
• Os elementos que compõem esse sistema estrutural são
usuais e conhecidos, são eles:
– Lajes:
• Lajes são elementos de área e recebem carga superficial;
– Grande parte das cargas nos edifícios são superficiais, carga por unidade de área;
• As lajes tem suas carga descarregadas nas VIGAS;
– Vigas:
• Vigas são elementos de barra de seção retangular, disposto na horizontal,
que recebem cargas lineares e dão suporte para as lajes;
• As vigas por sua vez descarregam suas cargas nos PILARES;
– Pilares:
• Pilares são elementos de barra de seção retangular, dispostos na vertical,
que recebem cargas pontuais e dá suporte para as vigas;
• Os pilares por sua vez descarregam suas cargas nos elementos de
FUNDAÇÃO;
– Estruturas de Fundação:
• As Fundações são elementos de volume, que recebem as cargas do pilares e
transferem para o maciço de solo;

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LAJE MACIÇA
LAJE TRELIÇADA

Tipologia de lajes
Laje maciça, laje treliçadas.
Fonte: www.escolaengenharia.com.br/laje/
Fonte: www.lajes.com.br/laje-trelica-h16-eps/

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Fonte: KIMURA, Alio. Informática aplicada a estruturas de
concreto armado / Alio Kimura. -- 1. ed. -- São Paulo :
Oficina de Textos, 2011.

Sistema Estrutural
Lajes se apoiam nas vigas, vigas descarregam nos pilares, que levam
as cargas pontuais paras as fundações, que por sua vez transmitem
para o maciço de solos.

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Sistema Estrutural
Lajes se apoiam nas vigas, vigas descarregam nos pilares, que levam
as cargas pontuais paras as fundações, que por sua vez transmitem
para o maciço de solos.

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Projeto Estrutural
• Projeto Estrutural – Acadêmico

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