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Física Experimental
Metodologia Científica
Ano 2017
Todos os direitos reservados à UNIFEI e UAB. O uso deste material para fins
didáticos, não lucrativos, é permitido, desde que mantidos os créditos.
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Conteúdo deste texto:
I – Introdução
II - Grandezas Físicas e Padrões de Medida
III - Noções sobre medidas: medidas diretas e indiretas
IV - Algarismos significativos em medidas diretas
V - Critérios de arredondamento
Livros:
Endereços eletrônicos:
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I – Introdução
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irão ou não confirmar a hipótese feita; se ela se mostra adequada para
explicar um grande número de fatos, constitui-se no que chamamos de
uma lei física. Estas leis são quantitativas, ou seja, devem ser expressas
por funções matemáticas.
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O Sistema Internacional de Medidas (SI) foi adotado pelo Brasil
em 1855, mas legalmente, só foi implementado em 1962. O SI é
adotado pela comunidade científica internacional, mas devido à forte
influência econômica-política-científica dos EUA, é ainda bastante
comum nos dias de hoje nos depararmos com textos técnicos e/ou
científicos utilizando unidades e padrões de medidas fora deste Sistema.
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III - Noções sobre medidas: medidas diretas e indiretas.
G = (m ± ∆m) ×10n u.
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Em relação à origem, as medidas de grandezas físicas podem ser
classificadas em duas grandes categorias: medidas diretas e
indiretas. A medida direta de uma grandeza é o resultado da leitura de
uma quantidade, mediante o uso de instrumento de medida, como por
exemplo, um comprimento com uma régua graduada, ou ainda a de
uma corrente elétrica com um amperímetro, a de uma massa com uma
balança ou de um intervalo de tempo com um cronômetro. Uma medida
indireta é a que resulta da aplicação de uma relação matemática
(modelo) que vincula a grandeza a ser medida com outras grandezas
que são medidas diretamente. Como por exemplo, a medida de uma
área retangular qualquer (A), pode ser obtida através das medidas
diretas dos lados do retângulo (L1, L2); ou seja, A = L1×L2.
Vamos iniciar este item com uma pequena história: você vai a
uma vidraçaria e entrega o pedido de um vidro de 2 m de comprimento
para substituir em sua janela. Ao chegar em casa confere a medida de
comprimento do vidro e descobre que o vendedor cortou o mesmo com
2,002 m de comprimento. O vidro não encaixa no espaço da janela.
Será que nesse caso você tem direito a reclamar?
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Em seguida devemos estimar a fração do objeto que não
conseguimos ler diretamente. Sabemos que o valor do comprimento do
segmento CD é maior que 2 e menor que 3. Isto possibilita que façamos
a estimativa do valor fracionário em relação à unidade da escala. Note,
porém, que esta fração deve ser indicada apenas com um algarismo a
mais, uma vez que ele será duvidoso (alguns podem estimar 2,5 ou 2,6
ou 2,7, etc). Este algarismo a mais é chamado de dígito de
interpolação ou estimativa ou também de algarismo significativo
duvidoso.
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Assim, por exemplo, se acharmos que o resultado de uma medida é
3,24 cm estamos dizendo que os algarismos 3 e 2 foram lidos
diretamente na escala do instrumento, e que o algarismo 4 é duvidoso,
não tendo sentido físico escrever qualquer algarismo após o 4.
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Figura A-3: Medição do ângulo θ.
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Figura A-4: Medição da temperatura ambiente T.
Observações importantes:
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• O dígito de interpolação pode ser nulo, mas tem que ser
obrigatoriamente escrito. Sendo assim, jamais acrescente ou
remova arbitrariamente os zeros à direita em resultados de
medição. As medidas A = 32,5 cm e B = 32,50 cm são
diferentes, ou seja, a primeira medida tem 3 A.S., enquanto que a
segunda tem 4 A.S. Lembre-se do problema do vidro.
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V - Critérios de arredondamento
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Ex.1: T = 9,05 K a ser arredondado à primeira casa decimal.
Então T = 9,0(5) K é arredondado para T = 9,0 K, pois o
último dígito (5) é exatamente a metade entre 9,0 e 9,1 K.
Mas note que 0 é par e 1 é ímpar. Desta forma, recuamos o
valor original ao par, no processo de arredondamento.
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