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Volume II

Floresta Estacional Decidual

Editores

Alexander Christian Vibrans

Lucia Sevegnani

André Luís de Gasper

Débora Vanessa Lingner

Blumenau 2012
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina

© Alexander Christian Vibrans, Lucia Sevegnani,


André Luís de Gasper, Débora Vanessa Lingner
(Editores)
UNIVERSIDADE REGIONAL DE
BLUMENAU
Editora da FURB
REITOR
Rua Antônio da Veiga, 140
João Natel Pollonio Machado Governo do Estado de Santa Catarina
89012-900 Blumenau-SC, BRASIL
VICE-REITOR Governador João Raimundo Colombo
Fone: (47) 3321-0329
Griseldes Fredel Boos
Correio eletrônico: editora@furb.br Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável
EDITORA DA FURB
Internet: www.furb.br/editora CONSELHO EDITORIAL Secretário Paulo Bornhausen
Edson Luiz Borges
Elsa Cristine Bevian Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina
Revisão: Roberto Belli
João Francisco Noll
Diagramação: Nenno Silva Jorge Gustavo Barbosa de Oliveira Presidente Sergio Luiz Gargioni
Distribuição: Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Roberto Heinzle Serviço Florestal Brasileiro
Marco Antônio Wanrowsky
Fone: (47) 3221-6047 Maristela Pereira Fritzen Diretor-Geral Antônio Carlos Hummel
Correio eletrônico: iffsc@furb.br
EDITOR EXECUTIVO Universidade Regional de Blumenau
Internet: www.iff.sc.gov.br Maicon Tenfen
Reitor João Natel Pollonio Machado
Universidade Federal de Santa Catarina
Reitora Roselane Neckel
Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina
Presidente Luiz Hessmann

Depósito legal na Biblioteca Nacional, conforme Lei nº 10.994 de 14 de dezembro de 2004.


“Impresso no Brasil / Printed in Brazil”
Floresta Estacional Decidual

Dedicatória

Esta obra é dedicada à memória dos botânicos

Raulino Reitz e Roberto Miguel Klein


Floresta Estacional Decidual

A
Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável – SDS faz chegar à
comunidade técnico-científica o presente trabalho, ciente de sua importância para os
estudos da flora catarinense e do Sul do Brasil.

A edição desta obra objetiva, em parte, reconhecer o trabalho desenvolvido ao longo dos últimos
10 anos no planejamento, execução e divulgação dos resultados do Inventário Florístico Florestal do
Estado de Santa Catarina e, em parte, apresentar os resultados dos levantamentos de dados sobre a
diversidade de plantas vasculares, composição florística, estrutura e estado de conservação da cobertura
florestal, a diversidade genética de espécies ameaçadas de extinção e a importância socioeconômica e
cultural dos recursos florestais do Estado.

Os resultados deste projeto servirão de base para fomentar a pesquisa científica relacionada à
biodiversidade catarinense, mas acima de tudo constituem um marco no planejamento, formulação e
desenvolvimento de uma Política Florestal Sustentável para o Estado de Santa Catarina.

Diversas ações do Estado, como o Zoneamento Ecológico Econômico, o Programa de Pagamento


por Serviços Ambientais e as atividades de monitoramento, fiscalização e conservação ambiental do
Estado, possuem agora sólida base para seu desenvolvimento.

A execução deste trabalho esteve a cargo da Universidade Regional de Blumenau (FURB), da


Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão
Rural de Santa Catarina (EPAGRI), incentivado e financiado pela FAPESC, tendo a Diretoria de
Saneamento e Meio Ambiente da SDS reunido as condições para sua publicação.

Paulo Bornhausen
Secretário de Estado do
Desenvolvimento Econômico Sustentável
Alexander Christian Vibrans Lucia Sevegnani André Luís de Gasper Débora Vanessa Lingner
Editores Floresta Estacional Decidual

É O
com enorme prazer que publicamos os resultados do Inventário Florístico Florestal s recursos florestais ganharam enorme importância nos últimos anos, notadamente após
de Santa Catarina (IFFSC), conduzido numa parceria entre a Universidade Regional a Rio92, e, desde então, em decorrência de suas convenções, como a da Diversidade
de Blumenau (FURB), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Empresa de Biológica e das Mudanças do Clima. A sua importância é hoje reconhecida por uma
Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI). Esse estudo recebeu apoio gama de bens e serviços que podem gerar, muito além do que apenas a produção de madeira. Os
financeiro do Governo do Estado por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado serviços ambientais decorrentes das florestas, tais como a conservação da biodiversidade e a regulação
de Santa Catarina (FAPESC). do clima, ganharam o mundo e a simpatia da sociedade. No âmbito nacional, as florestas também têm
ganhado enorme espaço nas discussões e atenções da sociedade. A cada dia observa-se uma demanda
O IFFSC foi conduzido por uma equipe multidisciplinar que percorreu quase a totalidade do maior por políticas públicas que conciliem a necessidade de conservação das florestas com as demandas
território catarinense, excetuando-se apenas áreas extremamente íngremes e de difícil acesso, com o da sociedade, seja por seus produtos e serviços, seja pelo espaço que as florestas ocupam, competindo
intuito de inventariar seus remanescentes florestais e gerar uma sólida base de dados. Estas informações com outros usos da terra.
servem de subsídios para a formação de políticas públicas voltadas à conservação das florestas
catarinenses e para adoção de medidas concretas do uso sustentável dos recursos florestais. A produção de informações e conhecimento sobre os recursos florestais nunca foi tão necessária
para dosar, de forma equilibrada, a formulação de políticas que incidem sobre regiões, biomas e,
O manejo sustentável de uma floresta permite que ela gere renda sem comprometer sua muitas vezes, sobre todo o país, influenciando os padrões de uso da terra. No caso do Brasil, a situação
biodiversidade ou outros aspectos importantes de seu tipo de cobertura vegetal. Permite, também, merece ainda maior atenção, uma vez que cerca de 60% de seu extenso território ainda são cobertos por
destacar a importância de manter áreas de proteção integral, como a criação de Unidades de Conservação, florestas. No entanto, também é fato conhecido, que, nos últimos anos, maior atenção tem sido dada à
a fim de preservar a biodiversidade relevante existente nestas áreas. O IFFSC define áreas prioritárias perda de florestas, o desmatamento, pela perda de biodiversidade e pelo aumento de emissões de gases
a serem recuperadas, sinaliza para ecossistemas degradados que merecem serem recompostos e aponta do efeito estufa que causa. Reduzir a perda de florestas é de fato importante, mas conhecer melhor as
para a necessidade premente da elaboração do zoneamento econômico-ecológico das atividades florestas de que ainda dispomos é um pré-requisito fundamental para a sua conservação. Como país,
extrativistas do Estado, conduzindo a mecanismos que permitam pagar pelos serviços ambientais em estamos trabalhando para que o Inventário Florestal Nacional seja realidade e uma política de Estado
Santa Catarina. consolidada e estruturada para produzir informações sobre as florestas de todo o país a cada cinco anos.
Ao longo dos últimos anos, o caminho para a construção dessa política tem-se mostrado árduo, pois,
O Inventário proporcionou trabalhar na identificação genética de algumas espécies ameaçadas de certa forma, é difícil mostrar o seu valor com resultados concretos, antes que estejam disponíveis,
de extinção e/ou de relevância econômica. Com isto foi possível estudar as espécies e áreas que sobretudo para aqueles que tomam decisões estratégicas e precisam crer na sua utilidade.
apresentavam maior diversidade, bem como identificar as populações que apresentavam alta similaridade
entre si, sendo, por conseguinte, mais ameaçadas de extinção. Santa Catarina iniciou, de forma pioneira, a implementação de seu Inventário Florístico
Florestal para atender a uma demanda da própria sociedade, motivada por proteger espécies ameaçadas
Dentro do escopo da proposta do IFFSC, foi dada ênfase à avaliação socioeconômica e cultural e, além disso, dispor de recursos para a sua gestão, agora e no futuro. Tendo como estrutura básica
dos recursos florestais – especialmente das espécies ameaçadas de extinção, através de entrevistas a metodologia nacional proposta para o Inventário Florestal Nacional, Santa Catarina concluiu com
realizadas com as comunidades locais de cada região catarinense. êxito essa importante tarefa, produzindo informações ainda mais detalhadas sobre as suas florestas.
Desde a área, a distribuição e as condições de suas florestas até a distribuição da diversidade genética
No total, foram investidos mais de R$ 5,3 milhões de recursos públicos em mais de 5 anos de
das espécies consideradas mais importantes, os resultados apresentados nesta publicação são a prova
pesquisa científica. A divulgação destes resultados à comunidade é de suma importância. Os últimos
concreta de até onde se pode chegar com a produção de informações sobre os recursos florestais, para
dados datavam das décadas de 1950 e 1960, com um nível de detalhamento e cobertura bem mais
o uso estratégico e em benefício da sociedade.
carentes.
Trata-se de um conjunto de dados tão precioso que certamente ainda servirá para a geração
Esse Inventário utilizou metodologia compatível com a proposta do Inventário Florestal de conhecimento por anos à frente, refinando e proporcionando novas leituras sobre o que se tem
Nacional, garantindo a integração dos resultados obtidos com os dados de outros Estados da Nação. e o que deve ser feito para conservar as florestas do estado. Para o Inventário Florestal Nacional,
Santa Catarina apresenta-se como pioneira neste tipo de estudo, no entanto, se faz necessário ainda em implementação em outros estados, o exemplo de Santa Catarina demonstra aonde podemos
que seja dada a devida importância aos resultados destacados pelo IFFSC e que seja dada continuidade chegar com a produção de informações florestais sobre todo o país. São os resultados concretos que nos
na melhoria e atualização de seus dados. faltavam para avançar e convencer. Estão de parabéns todas as instituições estaduais que trabalharam
nesse projeto, todos os pesquisadores, gestores públicos, funcionários, profissionais e estudantes que
dedicaram o seu tempo e o seu talento para produzir um resultado tão importante para Santa Catarina,
tão importante para o Brasil.
Sergio Luiz Gargioni
Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa
Joberto Veloso de Freitas
e Inovação de Santa Catarana
Diretor de Pesquisa e Informações do
Serviço Florestal Brasileiro
Alexander Christian Vibrans Lucia Sevegnani André Luís de Gasper Débora Vanessa Lingner
Editores Floresta Estacional Decidual

A Agradecimentos
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano
(1992), teve como principal tema a discussão sobre o desenvolvimento sustentável
e sobre como reverter o processo de degradação ambiental. Reuniu 117 governantes
de países que buscavam encontrar soluções para diminuir desigualdades sociais e enfrentar a crise O Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina não teria sido realizado sem a contribuição
da biodiversidade. A contribuição acadêmica foi extensa e inúmeros documentos foram produzidos, de um grande número de pessoas que, com entusiasmo e perseverança apoiaram a ideia de realizar o
ressaltando questões e serviços essenciais da biodiversidade, sem os quais a vida na Terra torna-se inventário das florestas catarinenses e fizeram com que os inúmeros obstáculos que este empreendimento
comprometida: equilíbrio do clima, qualidade e quantidade de água, produção de alimentos, bem-estar enfrentou fossem superados.
humano, entre outros.
Agradecemos aos Governadores do Estado de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira e João
Após a assinatura da Convenção de Diversidade Biológica (CDB), foram iniciadas discussões Raimundo Colombo, ao Secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Paulo
sobre as possíveis alternativas para reverter o quadro crítico da questão ambiental na escala planetária. Bornhausen, aos Presidentes da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (FAPESC)
Mudanças climáticas, uso sustentável de recursos e a conservação da biodiversidade tornaram-se os Antônio Diomário de Queiroz e Sergio Luiz Gargioni, aos Diretores de Pesquisa Agropecuária,
pontos centrais da agenda global. A CDB fomentou a criação de tratados e outros instrumentos que Zenório Piana e de Pesquisa Científica e Inovação da FAPESC, Mario Vidor, ao Diretor de Pesquisa
orientam políticas sobre conhecimento, conservação e uso sustentável da biodiversidade. Para plantas, e Informações do Serviço Florestal Brasileiro, Joberto Veloso de Freitas; às gerentes de projetos da
um dos principais mecanismos propostos a partir da CDB, foi a Estratégia Global para Conservação FAPESC, Adriana Dias Trevisan e Caroline Heidrich Seibert; aos Gerentes Florestais da Secretaria de
de Plantas (GSPC). Sua versão atualizada (ver http://www.plants2020.net/implementing-the-gspc- Agricultura e da Pesca de Santa Catarina, Maria Eliza Martorano Bathke (in memoriam) e Silvio Tadeu
targets/) possui cinco objetivos e 16 metas destinadas a buscar o consenso e facilitar sinergias nos
de Menezes (in memoriam); à CAPES pelo apoio financeiro para a editoração deste livro.
níveis global, nacional e regional, de forma a impulsionar o conhecimento, a conservação e o uso
sustentável de plantas de 2011 a 2020. Um especial agradecimento devemos às equipes de trabalho do IFFSC e aos proprietários
Considerando que o alcance dos objetivos e metas da GSPC, requer a geração de conhecimento das florestas inventariadas; às primeiras, pelo entusiasmo, pelo incansável empenho e pela seriedade
e de informações científicas em bases acessíveis, pode-se afirmar que os resultados alcançados pelo e responsabilidade com que realizaram o levantamento dos dados em campo, seu processamento e
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina – IFFSC conferem ao estado de Santa Catarina uma sua análise, sob condições muitas vezes adversas; aos segundos pela generosidade, compreensão e
situação privilegiada, não só pela quantidade e qualidade dos dados e informações atualizadas sobre confiança com que abriram as portas de suas propriedades para as nossas equipes de trabalho.
sua flora, como também por facilitar o alcance das metas da GSPC e das diretrizes estabelecidas
Agradecemos à administração da Universidade Regional de Blumenau que sempre atendeu às
pela Política Nacional de Biodiversidade. O histórico de busca de conhecimento sobre sua flora, que
demandas do projeto e tornou possíveis trâmites administrativos às vezes inéditos.
remonta do Plano de Coleções de R. Reitz (1965), o Inventário Florestal Nacional na década de 1980
e os resultados advindos do IFFSC, permitirão ao estado fundamentar suas políticas públicas com base Aos consultores externos agradecemos pela cooperação e pela revisão dos manuscritos, aos
em dados científicos, embasando as tomadas de decisões relativas ao uso e à conservação da flora, taxonomistas pela valiosa e indispensável colaboração na identificação de mais de 20.000 exsicatas.
permitindo um planejamento territorial adequado, conciliando assim, as políticas de desenvolvimento
social e econômico. Além de ampliar o conhecimento sobre as espécies, permitem avaliar o estado de
conservação das espécies e ecossistemas, assim como as potencialidades de utilização e recuperação de
espécies de valor econômico do estado.
Os dados e as informações da cobertura dos remanescentes florestais, do uso e da diversidade Alexander Christian Vibrans
genética das espécies de valor econômico registrados pelo IFFSC, contribuem de forma efetiva para Lucia Sevegnani
que o estado possa avaliar de forma cientifica e consistente, o risco de extinção das espécies e assim,
André Luís de Gasper
orientar as ações de conservação, das Metas 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 da GSPC. Com estes exemplos da
importância do IFFSC, o Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina consolida-se como um Débora Vanessa Lingner
exemplo a ser seguido por outros estados brasileiros.

Gustavo Martinelli
Coordenador do Centro Nacional de Conservação da Flora
Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Floresta Estacional Decidual

Sumário

Apresentação do IFFSC...................................................................................................................... 17
Equipe executora IFFSC..................................................................................................................... 18
1 Extensão original e remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina................ 25
2 Amostragem dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.................... 33
2.1 Introdução.................................................................................................................................. 34
2.2 Análise estatística dos dados dendrométricos levantados......................................................... 42
2.2.1 Representatividade da amostragem realizada..................................................................... 43
2.2.2 Variabilidade de dados entre grupos florísticos e bacias hidrográficas.............................. 54
2.3 Estimativa das variáveis dendrométricas para a Floresta Estacional Decidual......................... 57
2.3.1 Estimativa das variáveis dendrométricas por espécie......................................................... 63
2.3.2 Estimativa das variáveis dendrométricas por Unidade Amostral....................................... 65
2.4 Discussão...................................................................................................................................75
3 Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual
em Santa Catarina ...........................................................................................................................81
3.1 Introdução.................................................................................................................................. 82
3.2 Modelos para estimativa da altura total das árvores................................................................. 82
3.2.1 Metodologia........................................................................................................................ 82
3.2.2 Resultados........................................................................................................................... 84
3.3 Modelos para estimativa do volume do fuste com casca das árvores....................................... 94
3.3.1 Metodologia........................................................................................................................ 94
3.3.2 Resultados........................................................................................................................... 98
3.4 Modelos para estimativa do peso seco total das árvores......................................................... 106
3.4.1 Metodologia...................................................................................................................... 106
3.4.2 Resultados......................................................................................................................... 108
4 Flora vascular da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina...............................................115
4.1 Introdução................................................................................................................................ 116
4.2 Metodologia............................................................................................................................ 117
4.3 Resultados e discussão............................................................................................................ 117
4.3.1 Resultado do componente arbóreo/arbustivo e regeneração natural................................ 119
4.3.2 Resultado do levantamento florístico extra...................................................................... 121
4.3.3 Esforço amostral............................................................................................................... 121
5 Grupos florísticos estruturais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina....................... 129
5.1 Introdução................................................................................................................................ 130
5.2 Metodologia............................................................................................................................ 131
5.3 Resultados e discussão............................................................................................................ 132
6 Estrutura do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.......... 143
6. 1 Introdução............................................................................................................................... 144
6.2 Metodologia............................................................................................................................ 144
6.3 Resultados e discussão............................................................................................................ 145
6.3.1 Florística do componente arbóreo/arbustivo.................................................................... 145
6.3.2 Análise fitossociológica do componente arbóreo/arbustivo............................................. 156
7 Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.....................................167
7.1 Introdução................................................................................................................................ 168
7.2 Metodologia............................................................................................................................ 169
7.3 Resultados e discussão............................................................................................................ 171
7.3.1 Análise florística............................................................................................................... 171
7.3.2 Análise fitossociológica da regeneração natural das bacias hidrográficas do Leste......... 179
7.3.3 Análise fitossociológica da regeneração natural das bacias hidrográficas do Oeste......... 184
8 Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa
Catarina..........................................................................................................................................191
8.1 Introdução................................................................................................................................ 192
8.2 Metodologia............................................................................................................................ 192
8.3 Resultados e discussão............................................................................................................ 193
8.3.1 Distribuições diamétricas gerais....................................................................................... 193
8.3.2 Distribuição diamétrica por Unidade Amostral................................................................ 194
8.3.3 Distribuição diamétrica por espécie................................................................................. 202
9 Estádios sucessionais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina................................... 213
9.1 Introdução................................................................................................................................ 214
9.2 Metodologia............................................................................................................................ 215
9.3 Resultados............................................................................................................................... 216
9.3.1 Análise discriminatória..................................................................................................... 216
9.3.2 Caracterização dos estádios sucessionais......................................................................... 217
10 Considerações finais sobre a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina........................... 229
Apêndice I : Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual................................................. 236
Apêndice II: Estimativas das variáveis dendrométricas por espécie e por hectare........................... 257
Apêndice III: Parâmetros fitossociológicos das espécies da Floresta Estacional Decidual.............. 269
Apêndice IV: Distribuição diamétrica por espécie da Floresta Estacional Decidual........................ 283
Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual....... 291
Floresta Estacional Decidual

Apresentação do IFFSC

Um inventário florestal tem por finalidade obter dados qualitativos e quantitativos dos recursos
florestais de uma determinada área, fornecendo aos gestores desta área informações básicas para o
planejamento de atividades de manejo e conservação das florestas. Realizado em escala regional ou
nacional, o inventário subsidia a tomada de decisão num nível mais amplo; fundamenta o direcionamento
de políticas públicas relativas ao uso e à conservação dos recursos florestais e a adoção de medidas
concretas para sua implementação.
A realização de um inventário florestal em Santa Catarina foi motivada pelas Resoluções nº
278/2001 e nº 309/2002 do CONAMA, que vincularam autorizações para corte e exploração de espécies
ameaçadas de extinção, constantes da lista oficial, em populações naturais no bioma Mata Atlântica, à
elaboração de “critérios técnicos, baseados em inventário florestal que garantam a sustentabilidade da
exploração e a conservação genética das populações”.
Após ampla discussão do seu escopo e de sua metodologia, o objetivo do Inventário Florístico
Florestal de Santa Catarina (IFFSC) foi então ampliado, no sentido de gerar uma sólida base de dados
para fundamentar políticas públicas que visem a efetiva proteção das florestas nativas mediante a adoção
de medidas de conservação, recuperação e utilização dos recursos florestais, além de um planejamento
territorial adequado.
O inventário foi realizado pela Universidade Regional de Blumenau (FURB), Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC) e Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa
Catarina (EPAGRI), com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina
(FAPESC) e do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) no período entre 2007 e 2011 e teve como objetivos
específicos:
- Caracterizar a composição florística e estrutura dos remanescentes florestais por meio de um
inventário sistemático e detalhado;
- Caracterizar a diversidade e estrutura genética de populações de espécies ameaçadas empregando
marcadores alozímicos;
- Realizar um levantamento socioambiental por meio de entrevistas, focado nos usos tradicionais
dos recursos florestais e na percepção da população rural;
- Criar uma estrutura que permite a todas as pessoas o acesso às informações obtidas através do
uso da internet.
Neste Volume II são apresentados os resultados dos estudos realizados na Floresta Estacional
Decidual no período entre 2008 e 2010, através do Convênio 16.603/2008-0, firmado entre a FAPESC
e a Universidade Regional de Blumenau.
A metodologia de todos os levantamentos do IFFSC está detalhadamente descrita no Volume I
desta obra e foi abordada apenas resumidamente no presente volume. Foi objetivo publicar, além dos
resultados de análises qualitativas e quantitativas dos dados coletados, listas de espécies e tabelas com
dados de variáveis dendrométricas e fitossociológicas por espécie, por unidade amostral e por classe de
diâmetro, para futuras consultas e para possibilita a realização de novos estudos.
No Volume I são apresentados os resultados gerais para Santa Catarina, no contexto das três
regiões fitoecológicas, além dos resultados dos estudos genéticos, sócioambientais e outros correlatos.
O Volume III é dedicado aos resultados obtidos na Floresta Ombrófila Mista e o Volume IV aos da
Floresta Ombrófila Densa. O Volume V aborda as plantas epifíticas da Floresta Ombrófila Densa e o
Volume VI contem um guia de campo para identificação de epífitas. No Volume VII serão abordadas as
espécies raras e ameaçadas de extinção.
Informações atualizadas estão disponíveis no portal do IFFSC: www.iff.sc.gov.br

17
Alexander Christian Vibrans Lucia Sevegnani André Luís de Gasper Débora Vanessa Lingner
Editores Floresta Estacional Decidual

Equipe executora IFFSC Anita Stival dos Santos Bióloga


A equipe do IFFSC foi formada por integrantes das seguintes instituições executoras: Annete Bonnet Bióloga, Dra. (Epífitas)
Universidade Regional de Blumenau (FURB), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e
Carlos Anastácio Júnior Engenheiro Florestal
Empresa de Pesquisa e Extensão Agropecuária de Santa Catarina (EPAGRI). Esta equipe contou com
a valiosa colaboração dos proprietários das florestas inventariadas e dos consultores e taxonomistas Eduardo Brogni Engenheiro Florestal, MSc.
externos, oriundos de várias instituições entre universidades e instituições de pesquisa brasileiras e Guilherme Klemz Engenheiro Florestal
estrangeiras.
Jaison Leandro Engenheiro Florestal
Coordenador institucional:
Juliane Luzia Schmitt Bióloga (Epífitos)
Eng. Agron. MSc. Sílvio Tadeu de Menezes (Secretaria de Agricultura e da Pesca) (in memoriam)
Marcela Braga Godoy Bióloga
Equipe da Universidade Regional de Blumenau (FURB) Marcio Verdi Biólogo

Coordenação Ronnie Schmitt Engenheiro Florestal

Alexander Christian Vibrans Engenheiro Florestal, Dr., Universidade Regional de Blumenau Susana Dreveck Bióloga

Equipe científica Volnei Rodrigo Pasqualli Engenheiro Florestal

Alexandre Uhlmann Biólogo, Dr., Embrapa Florestas Tiago João Cadorin Biólogo (Epífitos)

Annete Bonnet Bióloga, Dra., Embrapa Florestas César Pedro Lopes de Oliveira Rapelista

Julio Cesar Refosco Engenheiro Florestal, Dr., Universidade Regional de Blumenau Eder Caglioni Rapelista

Karin Esemann de Quadros Bióloga, Dra., Universidade Regional de Blumenau Raphael Borsoi Saulo Escalador

Lauri Amândio Schorn Engenheiro Florestal, Dr., Universidade Regional de Blumenau Renato Schmitz Escalador

Lucia Sevegnani Bióloga, Dra., Universidade Regional de Blumenau Simone Silveira Escaladora

Marcos Eduardo Guerra Sobral Biólogo, Dr., Universidade Federal de São João del Rei Felipe Borsoi Saulo Escalador

Moacir Marcolin Engenheiro Florestal, MSc., Universidade Regional de Blumenau José Francisco Torres Escalador

Consultores externos Ademar Hilton Kniess Auxiliar de campo

Ary Teixeira de Oliveira Filho Engenheiro Florestal, Dr., Universidade Federal de Minas Gerais Aline Luíza Tomazi Auxiliar de campo

Daniel Piotto Engenheiro Florestal, Dr., Serviço Florestal Brasileiro Ary Francisco Mohr Filho Auxiliar de campo

Doádi Antônio Brena Engenheiro Florestal, Dr., Universidade Federal de Santa Maria Bruna Grosch Auxiliar de campo

Ernestino Guarino Engenheiro Florestal, Dr., Embrapa Acre Caroline Cristofolini Auxiliar de campo

João André Jarenkow Biólogo, Dr., Universidade Federal do Rio Grande do Sul Claus Leber Auxiliar de campo

Solon Jonas Longhi Engenheiro Florestal, Dr., Universidade Federal de Santa Maria Deunízio Stano Auxiliar de campo

Ronald E. McRoberts Matemático, Dr., U.S. Forest Service, Saint Paul, Minnesota Diego Henrique Klettenberg Auxiliar de campo

Vanilde Citadini-Zanette Bióloga, Dra., Universidade do Extremo Sul Catarinense Douglas Meyer Auxiliar de campo

Yeda Maria Malheiros de Oliveira Engenheira Florestal, Dra., Embrapa Florestas Eduardo Francisco Pedro Auxiliar de campo

Equipes de campo Emílio Boing Auxiliar de campo

Alexandre Korte Biólogo Eusébio Afonso Welter Auxiliar de campo

Andres Krüger Engenheiro Florestal Evair Legal Auxiliar de campo

André Luís de Gasper Biólogo, MSc. Francisco Estevão Carneiro Auxiliar de campo

18 19
Alexander Christian Vibrans Lucia Sevegnani André Luís de Gasper Débora Vanessa Lingner
Editores Floresta Estacional Decidual

Francys João Balestreri Auxiliar de campo Adilson Luiz Nicoletti Bolsista, Engenharia Florestal
Hélio Tomporowski Auxiliar de campo Ary Gustavo Brignoli Wolff Bolsista, Engenharia Florestal
Herison José de Melo Auxiliar de campo Bruno Burkhardt Bolsista, Engenharia Florestal
Jair Ivan Rodrigues da Fonseca Auxiliar de campo Camila Mayara Gessner Bolsista, Engenharia Florestal
Luís Cláudio Auxiliar de campo Carla Marcolla Bolsista, Engenharia Florestal
Marcelo Devid Ferreira Silva Auxiliar de campo Cláudia Mariana Kirchheim da Silva Bolsista, Engenharia Florestal
Marco Antônio Florêncio Auxiliar de campo Débora Cristina da Silva Bolsista, Engenharia Florestal
Naiara Maria Bruggemann Auxiliar de campo Diego Knoch Sampaio Bolsista, Engenharia Florestal
Otávio Júnior Jeremias Auxiliar de campo Eder de Lima Bolsista, Engenharia Florestal
Pedro Rodrigues dos Santos Auxiliar de campo Gabriel Eduardo Marroquin Choto Bolsista, Engenharia Florestal
Rafaela Tamara Marquardt Auxiliar de campo Helena Koch Bolsista, Engenharia Florestal
Reginaldo José de Carvalho Auxiliar de campo João Paulo de Maçaneiro Bolsista, Engenharia Florestal
Ricardo Zimmermann Auxiliar de campo Luana Silveira e Silva Bolsista, Engenharia Florestal
Robson Carlos Avi Auxiliar de campo Maiara Jade Panca Bolsista, Engenharia Florestal
Rony Paolin Hasckel Auxiliar de campo Morgana dos Santos Neckel Bolsista, Engenharia Florestal
Sabrina De Moraes Clems Auxiliar de campo Murilo Schramm da Silva Bolsista, Engenharia Florestal
Simone de Andrade Auxiliar de campo Raphaela Noêmia Dutra Bolsista, Engenharia Florestal
Valdir de Oliveira Auxiliar de campo Sivonir Ricardo Fuchs Bolsista, Engenharia Florestal
Heitor Felipe Uller Bolsista Engenharia Florestal Stefanie Cristina De Souza Bolsista, Engenharia Florestal
Jefferson Tachini Bolsista Engenharia Florestal Thiago Michael Barth Bolsista, Engenharia Florestal
Paulo Roberto Lessa Bolsista Engenharia Florestal Alexandre Amilton de Oliveira Bolsista, Engenharia Florestal
Regiane Richartz Bolsista Engenharia Florestal Daniel Augusto da Silva Bolsista, Engenharia Florestal
Deise Clarice Melchioretto Bolsista Engenharia Florestal Kathlen Heloise Pfiffer Bolsista, Engenharia Florestal
Diego Marcos Feldhaus Bolsista Engenharia Florestal Herbário
Eron Marcus Santos Bolsista Engenharia Florestal André Luís de Gasper Biólogo, MSc.
Processamento de dados Leila Meyer Bióloga
Débora Vanessa Lingner Engenheira Florestal, MSc. Morilo José Rigon Jr. Biólogo
Deisi Cristini Sebold Engenheira Florestal Alciane Cé Valim Bolsista, Ciências Biológicas
Karine Heil Soares Engenheira Florestal Aline Haverroth Bolsista, Ciências Biológicas
Shams Sabbagh Engenheiro Florestal Arthur Vinícius Rodrigues Bolsista, Ciências Biológicas
Suélen Schramm Schaadt Engenheira Florestal, MSc. Camila Bernadete Ptermann Bolsista, Ciências Biológicas
Vilmar Orsi Analista de Sistemas Emily Daiana do Santos Bolsista, Ciências Biológicas
Paolo Moser Matemático Heitor Felipe Uller Bolsista, Engenharia Florestal
Adam Henry Marques Gonçalves Bolsista, Engenharia Florestal Itamara Kureck Bolsista, Nutrição

20 21
Alexander Christian Vibrans Lucia Sevegnani André Luís de Gasper Débora Vanessa Lingner
Editores Floresta Estacional Decidual

Kamila Vieira Bolsista, Ciências Biológicas Ariane Luna Peixoto Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Mariana Sara Custódio Bolsista, Ciências Biológicas Armando Cervi Universidade Federal do Paraná
Nayara Lais de Souza Bolsista, Ciências Biológicas Denilson Fernandes Peralta Instituto de Botânica de São Paulo
Thiago Alberto Beckhauser Bolsista, Ciências Biológicas Eliane de Lima Jacques Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Vanessa Bachmann Bolsista, Ciências Biológicas Elsie Guimarães Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Alunos de Pós-graduação Erik Koiti Okiyama Hattori Universidade Federal de Minas Gerais
André Luís de Gasper Biologia Vegetal, Universidade Federal de Minas Gerais Fábio de Barros Instituto de Botânica de São Paulo
Anita Stival dos Santos Botânica, Universidade Federal do Rio Grande do Sul Gustavo Martinelli Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Cláudia Fontana Engenharia Ambiental, Universidade Regional de Blumenau Hilda Longhi-Wagner Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Débora Vanessa Lingner Engenharia Ambiental, Universidade Regional de Blumenau João Aranha Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Mariana
Eder Caglioni Engenharia Florestal, Universidade Federal do Paraná João Renato Stehmann Universidade Federal de Minas Gerais
Eduardo Brogni Engenharia Ambiental, Universidade Regional de Blumenau Leandro Giacomin Universidade Federal de Minas Gerais
Gisele Müller Amaral Engenharia Ambiental, Universidade Regional de Blumenau Lidyanne Aona Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Gustavo Antonio Piazza Engenharia Ambiental, Universidade Regional de Blumenau Lúcia Lohmann Universidade de São Paulo
Marcelo Bucci Engenharia Florestal, Universidade Regional de Blumenau Luciano Moreira Ceolin Universidade Federal do Paraná
Marcio Verdi Botânica, Universidade Federal do Rio Grande do Sul Mara Rejane Ritter Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Paolo Moser Engenharia Florestal, Universidade Regional de Blumenau Marcus Nadruz Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Suélen Schramm Schaadt Engenharia Ambiental, Universidade Regional de Blumenau Maria de Fátima Freitas Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Talita Macedo Maia Engenharia Florestal, Universidade Regional de Blumenau Maria Leonor Del Rei Universidade Federal de Santa Catarina
Administração Maria Salete Marchioretto Instituto Anchietano de Pesquisas/UNISINOS
Dirce Harnisch Auxiliar administrativo María Silvia Ferrucci Instituto de Botánica del Nordeste
Maria José Santana Barros Auxiliar administrativo Massimo Bovini Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Regiane Patrícia de Souza Auxiliar administrativo Mizue Kirizawa Instituto de Botânica
Solange Maria Krug Auxiliar administrativo Rafael Trevisan Universidade Federal de Santa Catarina
Taysa Cristina Nardes Auxiliar administrativo Rafaela Campostrini Forzza Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Taxonomistas Regina Andreata Universidade Federal do Rio de Janeiro
Adriana Lobão Universidade Federal Fluminense Renato Goldenberg Universidade Federal do Paraná
Alain Chautems Conservatoire et Jardin botanique de la Ville de Genève Rodrigo Augusto Camargo Universidade Estadual de Campinas
Alexandre Quinet Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Alexandre Salino Universidade Federal de Minas Gerais
Alice Calvente Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Ana Cláudia Fernandes Universidade Federal de Minas Gerais
Ana Odete Santos Vieira Universidade Estadual de Londrina
Andrea Costa Museu Nacional do Rio de Janeiro

23
Capítulo 1
Floresta Estacional Decidual

Extensão original e remanescentes da Floresta


Estacional Decidual em Santa Catarina1

Original and present forest cover of Seasonal


Deciduous Forest in Santa Catarina

Alexander Christian Vibrans, Ronald Edward McRoberts,


Débora Vanessa Lingner, Adilson Luiz Nicoletti, Paolo Moser

Resumo
De acordo com o mapa fitogeográfico de Klein, a Floresta Estacional Decidual cobria em Santa Catarina
7.670 km² ou 8% do território. A Floresta Ombrófila Densa cobria aproximadamente 31% e a Floresta
Ombrófila Mista 45%, enquanto os campos cobriam 14% e outras formações 2%. A cobertura florestal
atual foi estimada com base na avaliação da acuracidade de quatro recentes mapeamentos e nos dados de
campo do IFFSC. Estes mapas foram elaborados por instituições governamentais e não-governamentais
entre 2005 e 2009, a partir da interpretação de imagens orbitais multiespectrais de resolução espacial
média. Os resultados, no entanto, mostraram grandes discrepâncias, com estimativas de cobertura
florestal que variam entre 9,6% e 24,6% para a Floresta Estacional Decidual. Considerando vários
parâmetros estatísticos de uma amostragem aleatória simples bem como de estimativas baseadas em
modelagem com tendências ajustadas pelos dados terrestres do IFFSC, chegou-se a uma estimativa de
1.231 km² com um intervalo de confiança relativamente grande compreendido entre 733 e 1.730 km²,
equivalentes a uma cobertura florestal de 16,1% para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.
A fragmentação dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual é maior do que nas demais regiões
fitoecológicas no estado, com fragmentos de até 50 hectares representando 89% do total dos fragmentos
e 52% de toda área coberta por florestas.
Abstract
According to Klein’s phytogeographic map, Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina originally
covered 7,670 km² or 8% of the state’s territory. Dense Ombrophylous Forest covered nearly 31% and
Mixed Ombrophylous Forest 45%, while natural grasslands covered 14% and other formations 2%.
The present forest cover was estimated based on an accuracy assessment of four recent cover maps
using IFFSC ground data. The maps were produced by governmental and non-governmental institutions
between 2005 and 2009, based on classification of medium resolution imagery. Large discrepancies of
forest cover of Seasonal Deciduous Forest were observed, ranging from 9.6% to 24.6%. Considering
different statistic parameters of plot-based, simple random sampling and bias adjusted model-assisted
estimates, the present forest area is estimated in 1,231 km² with a relatively large 95% confidence
interval, ranging from 733 to 1,730 km². This estimated forest area represents a current forest cover of
16.1% within the Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. Fragmentation of forests in Seasonal
Deciduous Forest was more intense than otherwere in Santa Catarina, with small forest remnants
(<50ha) representing 89% of all forest remnants and 52% of total forest area.

1
Vibrans, A.C.; McRoberts, R.E.; Lingner; D.V. Nicoletti, A.L.; Moser, P. 2012. Extensão original e remanescentes da Floresta Estacional
Decidual em Santa Catarina. In: Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Gasper, A.L. de; Lingner, D.V. (eds.). Inventário Florístico Florestal de
Santa Catarina, Vol. II, Floresta Estacional Decidual. Blumenau. Edifurb.

25
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 1 | Extensão original e remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

O Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina utiliza como divisão fitogeográfica do estado SC/FATMA, com base em classificação não-supervisionada de imagens multiespectrais dos satélites
aquela proposta por Klein (1978). De acordo com seu mapa fitogeográfico (Figura 1.1), a região SPOT-4 e SPOT-5 do ano de 2005 (Geoambiente 2008). Os resultados destes dois levantamentos,
fitoecológica da Floresta Estacional Decidual cobria originalmente uma área de aproximadamente bem como os do projeto PROBIO/MMA (Vicens & Cruz 2008) e do Atlas 2008 (Fundação SOS
7.946km², equivalente a 8% da superfície do estado, enquanto a Floresta Ombrófila Mista cobria 45%, Mata Atlântica 2009), foram validados com os dados de campo do IFFSC por Vibrans et al. (2013),
os Campos Naturais 14% e a Floresta Ombrófila Densa 31% (Tabela 1.1). baseado em metodologia de McRoberts (2010; 2011) e são apresentados na Tabela 1.2. Os valores
da cobertura florestal remanescente tanto de Santa Catarina, como da área originalmente coberta pela
Floresta Estacional Decidual variam de acordo com cada mapeamento. A validação com dados de
campo do IFFSC mostrou que os mapeamentos Atlas 2008 e PROBIO/MMA subestimaram a extensão
dos remanescentes, enquanto os mapas LCF/SAR e PPMA-SC/FATMA superestimaram a cobertura
remanescente. Considerando um conjunto de parâmetros estatísticos e os trabalhos de campo do
IFFSC, é possível afirmar que, baseado no mapeamento Atlas 2008 (Fundação SOS Mata Atlântica
2009) e com probabilidade de 95%, a cobertura florestal remanescente em 2008 na Floresta Estacional
Decidual era de 1.231,10 km² (equivalentes a 16,1% de sua área original), com um intervalo de
confiança entre 732,71 e 1.729,89 km² (equivalente a uma cobertura florestal entre 9,6 e 22,6%) para
um nível de probabilidade de 95% (Vibrans et al. 2013). Nas Figuras 1.2 a 1.5 foram reproduzidos os
remanescentes florestais de acordo com os arquivos originais dos levantamentos citados, gentilmente
cedidos ao IFFSC pelos responsáveis das respectivas instituições executoras.

Tabela 1.2. Remanescentes florestais em Santa Catarina e da Floresta Estacional Decidual; p̂ SRS = Área e percentual
de cobertura florestal equivalente à proporção da amostragem aleatória simples; = Área e percentual de cobertura
florestal ajustada a partir de matriz de erro considerando os dados de campo do IFFSC, de acordo com Vibrans et al. (2013).
Table 1.2. Forest cover of Santa Catarina and of Seasonal Deciduous Forest. p̂ SRS = estimation of forest cover using simple
random sampling (SRS); = Model assisted forest cover estimation based on IFFSC ground data, according to Vibrans
et al. (2013).

Santa Catarina Floresta Estacional Decidual


Base de dados e ano de
referência
Estimador Área (km2) % Área (km2) %
Figura 1.1. Mapa fitogeográfico do estado de Santa Catarina (Klein 1978).
IFFSC (campo; 2008/10) p̂ SRS 26.337, 8 27,8 1.250,6 16,3
Figure 1.1. Phytogeographic map of Santa Catarina (Klein 1978).

p̂ SRS 35.498,7 37,2 1.749,3 22,8


Tabela 1.1. Extensão original das regiões fitoecológicas em Santa Catarina, de acordo com Klein (1978). LCF/SAR (2003/04)
Table 1.1. Original extension of vegetation types in Santa Catarina, according to Klein (1978). 31.326,2 32,9 1.921,4 25,0
Região Fitoecológica Superfície original em km² Percentual da superfície do estado
p̂ SRS 25.680,3 26,9 737,2 9,6
Floresta Ombrófila Densa 29.282,00 30,71 PROBIO (2000)
30.563,0 32,1 1.600,1 20,9
Floresta Ombrófila Mista 42.851,56 44,94

Campos Naturais 13.543,00 14,20 p̂ SRS 21.340,7 22,4 798,3 10,4


Atlas 2008 (2008)
Floresta Estacional Decidual 7.670,57 8,04 27.555,0 28,9 1.231,3 16,1
Outras (Restinga, Manguezais) 1.999,05 2,10
p̂ SRS 39.531,2 41,5 1.887,8 24,6
Total 95.346,18 100 PPMA (2005)
35.092,3 36,8 1.813,2 23,6

Para identificar os remanescentes florestais a serem amostrados foi realizado o mapeamento


dos remanescentes florestais e do uso do solo através de interpretação visual de imagens orbitais
multiespectrais dos satélites Landsat-5 TM e Landsat-7 ETM+ dos anos de 2003 e 2004 LCF/SAR (SAR
2005). Além destes dados, o IFFSC utilizou o mapeamento temático realizado pelo projeto PPMA-

26 27
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 1 | Extensão original e remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

Figura 1.2. Mapa dos remanescentes florestais de Santa Catarina “LCF/SAR” (SAR 2005). Figura 1.4. Mapa dos remanescentes florestais de Santa Catarina “PROBIO” (Cruz & Vicens 2007).
Figure 1.2. “LCF/SAR” forest cover map of Santa Catarina (SAR 2005). Figure 1.4. “PROBIO” forest cover map of Santa Catarina (Cruz & Vicens 2007).

Figura 1.5. Mapa dos remanescentes florestais de Santa Catarina “PPMA-SC/FATMA” (Geoambiente 2008).
Figura 1.3. Mapa dos remanescentes florestais de Santa Catarina “Atlas 2008” (Fundação SOS Mata Atlântica
2009). Figure 1.5. “PPMA-SC/FATMA” forest cover map of Santa Catarina (Geoambiente 2008).
Figure 1.3. “Atlas 2008” forest cover map of Santa Catarina (Fundação SOS Mata Atlântica 2009).

28 29
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 1 | Extensão original e remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

Analisando a frequência dos fragmentos florestais por classe de tamanho na Floresta Estacional
Decidual em Santa Catarina (Tabela 1.3), percebe-se que a cobertura florestal atual está altamente
fragmentada. Isto significa que os fragmentos pequenos com área de até 20 hectares representam 60%
do número total dos fragmentos mapeados e aqueles com até 50 hectares somam 89% dos fragmentos
(“Atlas 2008”). Fragmentos maiores que 200 hectares são raramente encontrados e áreas contínuas com
mais de 500 hectares são raríssimas. Este processo de fragmentação ocorreu de forma mais intensiva
na Floresta Estacional Decidual do que na Floresta Ombrófila Mista e na Floresta Ombrófila Densa,
como mostra a Figura 1.6. Enquanto na Floresta Estacional Decidual fragmentos de até 50 hectares de
área somam 52% do total da área coberta por florestas, no estado de Santa Catarina a média é de 14%.
Considerando os remanescentes até 200 hectares, aqui são 78% e na média estadual 28%, baseado nas
informações extraídos do mapeamento “Atlas 2008” (Fundação SOS Mata Atlântica 2009) que obteve
o melhor desempenho na avaliação de uma série parâmetros estatísticos, quando comparado com os
dados de campo do IFFSC (Vibrans et al. 2013).

Tabela 1.3. Número de fragmentos florestais mapeados na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina e percentual do
total acumulado de acordo com os quatro mapeamentos avaliados.
Table 1.3. Number of forest fragments mapped by four thematic maps and percentage of accumulated number of fragments.
Figura 1.6. Número de fragmentos da Floresta Estacional Decidual e área acumulada dos fragmentos em
PPMA-SC/ ATLAS PRO- percentual da área total, por classe de tamanho (ha), para Santa Catarina, Floresta Estacional Decidual (FED),
Classe (ha) LCF/SAR % % % %
FATMA 2008 BIO Floresta Ombrófila Mista (FOM) e Floresta Ombrófila Densa (FOD), de acordo com “Atlas 2008” (Fundação
SOS Mata Atlântica 2009).
<5 1.018 19,1 2.776 34,0 331 12,0 959 45,6
Figure 1.6. Number of forest fragments of Seasonal Deciduous Forest and accumulated area as percentage of
total forest area, by size class (ha) for Santa Catarina, Seasonal Deciduous Forest (FED), Mixed Ombrophylous
5 a 10 1.374 44,9 1.985 58,3 442 28,0 283 59,1
Forest (FOM) and Dense Ombrophylous Forest (FOD), according to “Atlas 2008” (Fundação SOS Mata
Atlântica 2009).
10 a 20 1.213 67,7 1.387 75,3 892 60,3 288 72,8

20 a 50 1.042 87,3 1.139 89,2 814 89,9 297 86,9 Referências

50 a 100 396 94,7 469 94,9 204 97,2 162 94,6 Cruz, C.B.M.; Vicens, R.S. 2007. Levantamento da Cobertura Vegetal Nativa do Bioma
Mata Atlântica. Relatório Final. Rio de Janeiro. IESB/IGEO/UFRJ/UFF.
100 a 200 188 98,2 241 97,9 55 99,2 80 98,4
Fundação SOS Mata Atlântica. 2009. Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica,
200 a 500 75 99,6 122 99,4 14 99,7 26 99,7 período 2005-2008. Relatório Final. São Paulo. Fundação SOS Mata Atlântica/ Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais.
500 a 1.000 12 99,9 28 99,7 3 99,9 2 99,8 Geoambiente Sensoriamento Remoto Ltda. 2008. Projeto de Proteção da Mata Atlântica em
Santa Catarina (PPMA/SC). Relatório Técnico do Mapeamento Temático Geral do Estado de Santa
> 1.000 7 100,0 23 100,0 4 100,0 5 100,0 Catarina. São José dos Campos. Geoambiente.
Klein, R.M. 1978. Mapa fitogeográfico do Estado de Santa Catarina. In: Reitz, R. (ed.).
Total 5.325   8.170   2.759   2.102 Flora Ilustrada Catarinense. Itajaí. Herbário Barbosa Rodrigues.
McRoberts, R.E. 2010. Probability- and model-based approaches to inference for proportion
forest using satellite imagery as ancillary data. Remote Sensing of Environment 114: 1015-1025.
McRoberts, R.E. 2011. Satellite image-based maps: scientific inference or pretty pictures?
Remote Sensing of Environment 115: 715-724.
SAR. Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de Santa Catarina. 2005. Inventário
Florístico Florestal de Santa Catarina. Relatório do Projeto Piloto. Florianópolis. SAR (mimeo).
Vibrans, A.C.; McRoberts, R.E.; Moser, P.; Nicoletti, A. 2013. Using satellite image-based
maps and ground inventory data to estimate the remaining Atlantic forest in the Brazilian state of Santa
Catarina. Remote Sensing of Environment 130: 87-95.

30 31
Capítulo 2
Floresta Estacional Decidual

Amostragem dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual


em Santa Catarina1

Sampling of Seasonal Deciduous Forest remnants in Santa Catarina

Alexander Christian Vibrans, Paolo Moser,


João Paulo de Maçaneiro, Débora Vanessa Lingner,
Luana Silveira e Silva

Resumo
Na área da Floresta Estacional Decidual foram instaladas, nas interseções de uma grade de 5 x 5 km, 78 Unidades
Amostrais, formadas por conglomerados compostos por quatro subunidades de 1.000 m² (20 x 50 m) de área cada
uma. Estas Unidades Amostrais foram implantadas em áreas onde pelo menos um dos dois mapas temáticos
disponíveis na época indicava a existência de florestas. O número de Unidades Amostrais foi suficiente para
estimar número de árvores, área basal, volume do fuste e peso seco com uma margem de erro de 10% e
uma probabilidade de acerto de 95%. O esforço amostral também foi adequado para registrar a riqueza de
espécies na região de estudo, de acordo com a curva de rarefação, baseada na relação espécie/área amostral.
Diferenças de número de indivíduos, área basal, volume e peso seco entre as regiões florísticas e entre as
bacias hidrográficas foram analisadas. Variáveis dendrométricas como DAP, altura do fuste, altura total, área
basal, volume do fuste e peso seco foram calculados com seus intervalos de confiança para toda a Floresta
Estacional Decidual e para cada Unidade Amostral baseada na variabilidade intra-conglomerado dos dados.
Os seguintes valores médios foram obtidos: número de indivíduos com DAP ≥ 10 cm (460 ind.ha-1), riqueza
de espécies (38,4 Unidade Amostral-1), DAP (19,55 cm), altura do fuste (5,0 m), altura total (10,0 m), área
basal (21,29 m².ha-1), volume do fuste (84,01 m³.ha-1), peso seco das árvores vivas com DAP ≥ 10 cm (135,92
Mg.ha-1), peso seco das árvores mortas em pé (DAP ≥ 10 cm) (4,28 Mg.ha-1), estoque de carbono das árvores
vivas (67,96 Mg.ha-1) e estoque de carbono das árvores mortas em pé (2,14 Mg.ha-1).

Abstract
Within the study area of Seasonal Deciduous Forest, field crews installed 78 Sample Plots in the form of a
cluster of four crosswise 1,000 m² subplots (20 x 50 m) at the intersections of a 5 x 5 km grid in areas predicted
to have forest cover according to at least one of the two forest cover maps available when the inventory was
conducted. As a result, number of Sample Plots was sufficient to allow estimates within a 10% error bound
with 95% probability (α=0.05) for tree density, basal area, stem volume and total biomass. The conducted
sampling effort also resulted in effective measurement of species richness, based on species-area relationship
and sample-based rarefaction curves. Differences of tree density, basal area, stem volume and total biomass
between floristic regions and main watersheds in the study region were assessed. Descriptive statistics for tree
density, species richness, tree diameter and height, basal area, stem volume and biomass were calculated for
each Sample Plot (based on intra-plot data variability), for each tree species and for the whole study region.
The following mean values were computed: tree density (460 ind.ha-1), species richness (38.4 Sample Plot-1),
DBH (19.55 cm), stem height (5.0 m), total height (10.0 m), basal area (21.29 m².ha-1), stem volume (84.01
m³.ha-1), living tree (DBH ≥ 10 cm) biomass (135.92 Mg.ha-1), dead standing tree (DBH ≥ 10 cm) biomass
(4.28 Mg.ha-1), living tree carbon stock (67.96 Mg.ha-1) and standing dead tree carbon stock (2.14 Mg.ha-1).

1
Vibrans, A.C.; Moser, P., Maçaneiro, J.P. de; Lingner, D.V.; Silveira e Silva, L. 2012. Amostragem dos remanescentes da Floresta
Estacional Decidual em Santa Catarina. In: Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Gasper, A.L. de; Lingner, D.V. (eds.). Inventário Florístico
Florestal de Santa Catarina, Vol. II, Floresta Estacional Decidual. Blumenau. Edifurb.

33
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

2.1 Introdução

O Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina utilizou o processo de amostragem de


múltiplas ocasiões com possibilidade de repetição total da amostragem, com distribuição sistemática
das Unidades Amostrais, a partir de uma rede de pontos sistematizados (grade), com distância de 10
x 10 km, cobrindo todo o estado (Capítulo 2 do Volume I). Este procedimento resultaria na instalação
de 16 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual, número considerado insuficiente para
atender os requisitos e objetivos do IFFSC. A utilização, no entanto, de uma grade com distância de
5 x 5 km resultou em 112 pontos amostrais, nos quais foram instaladas 78 Unidades Amostrais, o
que permitiu amostrar de forma suficiente essa região fitoecológica, considerando ainda o alto grau
de fragmentação dos seus remanescentes. A proposta constituiu, ao mesmo tempo, uma quantidade
operacionalmente viável de Unidades Amostrais. A seleção das Unidades Amostrais foi realizada a
partir de uma estratificação preliminar em floresta e não-floresta, baseada em interpretação de imagens
orbitais (SAR 2005; Geoambiente 2008). Adotou-se, inicialmente, para a definição do termo “floresta”
o conceito da FAO (2008): terras com área mínima de 0,5 ha, árvores com altura > 5 m e cobertura
das copas ≥ 10%. No decorrer do inventário, no entanto, percebeu-se que, ao utilizar imagens orbitais
multiespectrais de média resolução espacial (Landsat-5, Landsat-7 e Spot-4) para o mapeamento dos
remanescentes e, assim, para a escolha dos pontos amostrais, o termo “floresta” deveria ser definido,
embora, de fato, a posteriori, de maneira diferente: em consonância com Ribeiro et al. (2009) e Vibrans
et al. (2013), o IFFSC amostrou áreas cobertas por vegetação arbórea contínua com altura do dossel >
10 m e idade > 15 anos, envolvendo assim todas as formações secundárias incluídas nestes limites, pois
são estas as formações florestais detectáveis com imagens de média resolução. Plantações de espécies Figura 2.1. Unidade Amostral (conglomerado) do IFFSC para a Floresta
Estacional Decidual em Santa Catarina.
florestais exóticas não são incluídas nesta definição, nem pomares, quebra-ventos e outras culturas
Figure 2.1. Sample Plot (cluster) of IFFSC used in Seasonal Deciduous
agrícolas perenes. Forest in Santa Catarina.
Unidades Amostrais que, apesar de estarem localizadas fora dos limites da Floresta Estacional
Decidual, indicados por Klein (1978), mostraram uma composição de espécies característica desta
região fitoecológica (Unidade Amostral 398, 435, 438, 487, 494, 537, 597, 712, 918), estão incluídas no
grupo das 78 Unidades Amostrais atribuídas à Floresta Estacional Decidual e ao ecótono com a Floresta Além das unidades regulares da referida grade foi instalada uma Unidade Amostral
Ombrófila Mista. Unidades localizadas dentro dos limites, porém com composição florística remetendo “complementar” em floresta supostamente bem conservada (Unidade Amostral 6005 no município de
à Floresta Ombrófila Mista, foram atribuídas a esta região fitoecológica e não à Floresta Estacional Palma Sola). As demais formações florestais, principalmente as formações iniciais de sucessão, não
Decidual (Unidade Amostral 483, 529, 677, 727, 830, 886, 1190, 1191, 1980).  foram detectadas pelos mapeamentos utilizados. Estas constituem, em conjunto com árvores esparsas
e plantios em linha (quebra-ventos, aleias), os recursos florestais chamados “fora da floresta” (FAO
O método de amostragem foi o de Área Fixa em Unidades Amostrais (conglomerados) 2008) e foram amostrados por meio de uma grade de pontos com distância de 20 x 20 km, resultando
compostas por quatro subunidades perpendiculares a partir de um ponto central (Figura 2.1). Cada em outras 27 Unidades Amostrais.
Unidade Amostral foi composta por uma área total de 4.000 m², constituído por quatro subunidades,
com área de 1.000 m² cada, medindo 20 m de largura e 50 m de comprimento, orientadas na direção
dos quatro pontos cardeais (Norte, Sul, Leste e Oeste), mantendo, cada uma, 30 m de distância do A Figura 2.2 e as Tabelas 2.1 a 2.4 mostram a localização de todas as Unidades Amostrais
centro da Unidade Amostral, com área de inclusão de 2,56 ha. Cada subunidade de 20 m x 50 m, instaladas, bem como aquelas que foram descartadas por motivos diversos. Entre estes motivos constam
constituída por 10 unidades básicas de 10 x 10 m (100 m²), foi destinada ao levantamento de todos os a falta ou a reduzida área de cobertura florestal no local, a falta de autorização dos proprietários para
indivíduos com diâmetro à altura do peito (DAP) maior ou igual a 10 cm. Destes, foram registradas as realizar o levantamento ou dificuldades de acesso.
suas coordenadas x e y dentro da subunidade, de modo a possibilitar o processamento dos dados com
base na unidade básica de 100 m², bem como facilitar o controle de qualidade do trabalho de campo e
futuras remedições. As variáveis levantadas foram: espécies, número de fustes, o(s) DAP(s) (através
da medição do(s) CAP(s)), a altura do fuste, altura total, qualidade do fuste, sanidade da árvore e a sua
posição sociológica. Cada subunidade contém uma subparcela de 5 x 5 m, destinada ao levantamento
da regeneração natural, considerando as plantas com altura ≥ 1,50 m e DAP < 10 cm; nesta subparcela
foram registrados, além de indivíduos regenerantes de espécies do dossel, também espécimes exclusivas
do sub-bosque. As variáveis levantadas foram a espécie e a altura total da planta.

34 35
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

Bacia Coordenadas UTM Altitude Data do


UA Município Microregião
Hidrográfica E S (m) levantamento
Campos de
1123 Celso Ramos Rio Canoas 470.158 6.938.759 627 28/01/2009
Lages
Campos de
1187 Celso Ramos Rio Canoas 470.204 6.943.782 749 16/12/2008
Lages
1188 Campos Novos Curitibanos Rio Canoas 474.309 6.943.847 707 19/03/2009
Campos de
1249 Celso Ramos Rio Canoas 457.295 6.948.493 742 30/01/2009
Lages
1318 Campos Novos Curitibanos Rio Canoas 448.156 6.953.621 657 17/03/2009

1388 Zortéa Curitibanos Rio Canoas 439.371 6.958.683 661 18/03/2009

1461 Piratuba Concórdia Rio do Peixe 421.438 6.963.447 615 31/03/2009

1536 Alto Bela Vista Concórdia Rio do Peixe 403.611 6.968.242 450 27/11/2008

1542 Capinzal Joaçaba Rio do Peixe 430.205 6.968.500 584 01/04/2009

1616 Peritiba Concórdia Rio do Peixe 412.475 6.973.357 611 29/11/2008


Figura 2.2. Localização das Unidades Amostrais instaladas e descartadas do IFFSC na Floresta Estacional Decidual
em Santa Catarina.
1618 Ipira Concórdia Rio do Peixe 421.275 6.973.438 653 01/12/2008
Figure 2.2. Localization of installed and cancelled Sample Plots by IFFSC in Seasonal Deciduous Forest in Santa
Catarina.
1619 Ipira Concórdia Rio do Peixe 425.822 6.973.398 575 29/11/2008
Tabela 2.1. Unidades Amostrais (UA) levantadas por município, microregião e bacia hidrográfica na Floresta Estacional
Decidual em Santa Catarina.
1693 Concórdia Concórdia Rio Jacutinga 403.562 6.978.412 548 26/11/2008
Table 2.1. Installed Sample Plots by municipality, district and watershed in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.
Bacia Coordenadas UTM Altitude Data do 1694 Concórdia Concórdia Rio Jacutinga 407.993 6.978.330 511 25/11/2008
UA Município Microregião
Hidrográfica E S (m) levantamento
1703 Campos Novos Curitibanos Rio do Peixe 447.956 6.978.002 585 20/11/2008
398 Capinzal Joaçaba Rio do Peixe 443.836 6.973.454 717 21/11/2008
1770 Chapecó Chapecó Rio Chapecó 332.205 6.982.532 605 22/01/2009
435 Concórdia Concórdia Rio Jacutinga 399.059 6.983.036 702 21/01/2009
1774 Concórdia Concórdia Rio Jacutinga 381.104 6.983.216 608 27/11/2008
438 Ouro Joaçaba Rio do Peixe 425.803 6.983.583 779 23/11/2008
1775 Concórdia Concórdia Rio Jacutinga 385.676 6.983.131 503 28/11/2008
487 Concórdia Concórdia Rio Jacutinga 398.974 6.993.215 768 20/01/2009
1787 Ouro Joaçaba Rio do Peixe 439.191 6.983.723 647 19/11/2008
494 Herval d’Oeste Joaçaba Rio do Peixe 461.633 6.993.681 808 22/11/2008
1859 Paial Concórdia Rio Irani 349.979 6.987.736 470 04/02/2009
537 Guatambu Chapecó Rio Chapecó 318.560 7.002.272 480 20/01/2009
1861 Itá Concórdia Rio Jacutinga 359.234 6.988.064 540 23/02/2009
597 Chapecó Chapecó Rio Chapecó 336.161 7.012.905 724 25/01/2009
1864 Seara Concórdia Rio Jacutinga 372.063 6.988.039 531 17/12/2008
712 Xanxerê Xanxerê Rio Chapecó 353.879 7.032.686 700 24/03/2009
São Miguel 1869 Concórdia Concórdia Rio Jacutinga 394.548 6.988.291 741 27/11/2008
918 Anchieta Rio das Antas 272.537 7.071.222 830 23/03/2009
do Oeste
Campos de 1959 Chapecó Chapecó Rio Irani 345.228 6.993.131 666 23/01/2009
941 Anita Garibaldi Rio Pelotas 487.998 6.923.741 784 22/01/2009
Lages

36 37
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

Bacia Coordenadas UTM Altitude Data do Bacia Coordenadas UTM Altitude Data do
UA Município Microregião UA Município Microregião
Hidrográfica E S (m) levantamento Hidrográfica E S (m) levantamento

1965 Seara Concórdia Rio Jacutinga 372.210 6.992.971 620 29/01/2009 2425 Xavantina Concórdia Rio Irani 363.075 7.012.816 649 25/03/2009
São Miguel Rio
1970 Concórdia Concórdia Rio Jacutinga 394.361 6.993.287 530 25/11/2008 2510 Tunápolis 233.380 7.015.545 380 18/02/2009
do Oeste Peperi-Guaçu
São Miguel Rio São Miguel Rio
2051 Itapiranga 224.837 6.995.536 259 14/02/2009 2512 Tunápolis 242.337 7.015.904 393 17/02/2009
do Oeste Peperi-Guaçu
do Oeste Peperi-Guaçui
São João do São Miguel Rio
2056 246.973 6.995.906 309 11/02/2009 São Miguel
Oeste do Oeste Peperi-Guaçu 2515 Iporã do Oeste Rio das Antas 255.800 7.016.095 372 04/03/2009
do Oeste
2077 Seara Concórdia Rio Irani 354.319 6.997.760 546 02/02/2009
2530 Nova Itaberaba Chapecó Rio Chapecó 322.933 7.017.429 590 02/03/2009
2079 Seara Concórdia Rio Irani 363.136 6.997.964 471 11/12/2008
2531 Chapecó Chapecó Rio Chapecó 327.281 7.017.360 604 27/02/2009
2081 Seara Concórdia Rio Jacutinga 372.159 6.997.955 687 27/01/2009 São Miguel Rio
2623 Santa Helena 237.670 7.020.842 373 19/02/2009
do Oeste Peperi-Guaçu
2083 Arabutã Concórdia Rio Jacutinga 381.153 6.998.121 497 24/11/2008
2645 Coronel Freitas Chapecó Rio Chapecó 335.998 7.022.546 479 04/03/2009
2088 Concórdia Concórdia Rio Jacutinga 403.378 6.998.237 652 26/11/2008
2987 Ipuaçu Xanxerê Rio Chapecó 349.292 7.037.756 542 05/05/2009
2099 Luzerna Joaçaba Rio do Peixe 452.327 6.998.543 704 18/11/2008
São Miguel
3082 Barra Bonita Rio das Antas 260.240 7.041.324 467 19/03/2009
2100 Herval d’Oeste Joaçaba Rio do Peixe 456.893 6.998.537 742 18/11/2008 do Oeste
3097 Quilombo Chapecó Rio Chapecó 326.939 7.042.293 592 02/04/2009
2101 Ibicaré Joaçaba Rio do Peixe 461.379 6.998.462 762 20/11/2008
São Miguel da
São Miguel Rio 3197 Chapecó Rio das Antas 273.202 7.046.369 352 09/03/2009
2166 Itapiranga 234.066 7.000.984 340 12/02/2009 Boa Vista
do Oeste Peperi-Guaçu São Miguel
São Miguel 3309 Romelândia Rio das Antas 272.983 7.051.350 559 03/03/2009
2170 Mondaí Rio das Antas 251.213 7.001.269 338 05/03/2009 do Oeste
do Oeste
São Miguel
São Miguel 3414 Barra Bonita Rio das Antas 259.192 7.056.491 464 05/03/2009
2172 Mondaí Rio das Antas 260.529 7.001.403 341 09/03/2009 do Oeste
do Oeste
São Miguel
2179 Palmitos Chapecó Rio Chapecó 291.781 7.001.697 320 29/01/2009 3416 Romelândia Rio das Antas 268.275 7.056.227 610 07/03/2009
do Oeste
São Lourenço
2194 Seara Concórdia Rio Irani 363.244 7.002.815 651 15/12/2008 3427 Chapecó Rio Chapecó 317.882 7.057.519 738 01/04/2009
do Oeste
São Miguel
2195 Seara Concórdia Rio Irani 367.862 7.002.599 866 12/12/2008 3520 Anchieta Rio das Antas 259.530 7.061.399 524 27/05/2009
do Oeste
2216 Ibicaré Joaçaba Rio do Peixe 461.150 7.003.378 713 22/11/2008
Tabela 2.2. Unidade Amostral (UA) “complementar” levantada por município, microregião e bacia hidrográfica na Floresta
São Miguel Rio Estacional Decidual em Santa Catarina.
2281 Tunápolis 233.654 7.005.866 250 13/02/2009
do Oeste Peperi-Guaçu
Table.2.2. Complementary Sample Plot installed in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.
São Miguel
2287 Mondaí Rio das Antas 260.358 7.006.012 292 06/03/2009 Bacia Coordenadas UTM Altitude Data do
do Oeste UA Município Microregião
Hidrográfica E S (m) levantamento
2294 São Carlos Chapecó Rio Chapecó 291.739 7.006.971 396 26/01/2009 São Miguel do
6005 Palma Sola Rio das Antas 262.987 7.069.866 709 13/05/2009
Oeste
2310 Xavantina Concórdia Rio Irani 363.172 7.007.828 898 20/02/2009

2406 Caibi Chapecó Rio das Antas 278.138 7.011.882 430 07/03/2009

38 39
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

Tabela 2.3. Unidades Amostrais (UA) descartadas por município e bacia hidrográfica, com motivo do descarte. 1 = Coordenadas UTM
descartado no escritório com base em imagens Google Earth; 2 = acesso negado pelo proprietário; 3 = cultura agrícola; 4 =
Bacia Data do Motivo do
UA Município Microregião
reflorestamento; 5 = Terra Indígena; 6 = fragmento muito pequeno; 7 = outro motivo. Hidrográfica E S levantamento Descarte
Table 2.3. Cancelled Sample Plots by municipality and watershed with cancelling reason. 1= cancelled at office based on
Google Earth images; 2 = access denied by landowner; 3 = agriculture; 4 = forest plantation; 5 = indigenous land; 6 = very 2526 Saudades Chapecó Rio Chapecó 304.942 7.017.032 2008 1
small forest remnant; 7 = others.
Coronel
2642 Chapecó Rio Chapecó 322.743 7.022.283 03/03/2009 4
Bacia Coordenadas UTM Data do Motivo do Freitas
UA Município Microregião
Hidrográfica E S levantamento Descarte
2985 Entre Rios Xanxerê Rio Chapecó 340.431 7.037.478 06/05/2009 5
Lindóia do
546 Concórdia Rio Jacutinga 398.878 7.003.186 25/11/2008 7
Sul São Miguel Rio Peperi-
3075 Paraíso 228.437 7.040.558 2008 1
Campos de d’Oeste Guaçu
1122 Celso Ramos Rio Canoas 465.977 6.938.751 2008 1
Lages
3096 Quilombo Chapecó Rio Chapecó 322.463 7.042.225 2008 1
Abdon
1192 Curitibanos Rio Canoas 492.601 6.943.781 2008 1
Batista São Miguel
3196 Romelândia Rio das Antas 268.647 7.046.344 2008 1
d’Oeste
1316 Zortéa Curitibanos Rio Canoas 439.276 6.953.602 2008 1
3211 Quilombo Chapecó Rio Chapecó 335.828 7.047.391 2008 1
1541 Piratuba Concórdia Rio do Peixe 425.856 6.968.483 2008 1
Santiago do
3323 Chapecó Rio Chapecó 335.763 7.052.377 30/03/2009 6
1691 Concórdia Concórdia Rio Jacutinga 394.628 6.978.225 27/11/2008 2 Sul
São Miguel do
3521 Anchieta Rio das Antas 263.891 7.061.221 04/03/2009 3
1776 Concórdia Concórdia Rio Jacutinga 390.131 6.983.172 2008 1 Oeste
São Miguel
3522 Anchieta Rio das Antas 268.375 7.061.303 2008 1
1780 Concórdia Concórdia Rio Jacutinga 407.949 6.983.317 25/11/2008 7 d’Oeste
São Miguel
São Miguel do 3616 Anchieta Rio das Antas 268.285 7.066.290 2008 1
1949 Mondaí Rio das Antas 251.817 6.991.149 14/02/2009 2 d’Oeste
Oeste
1982 Joaçaba Joaçaba Rio do Peixe 447.995 6.993.519 2008 1 Tabela 2.4. Unidades Amostrais (UA) “fora-da-floresta” levantadas por município, microregião e bacia hidrográfica na
Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.
São Miguel Rio Peperi- Table 2.4. “Out-of-forest” installed Sample Plots by municipality, district and watershed in Seasonal Deciduous Forest in
2165 Itapiranga 229.298 7.000.658 2008 1
d’Oeste Guaçu Santa Catarina.
São João do São Miguel Rio Peperi- Bacia Coordenadas UTM Data do
2168 242.690 7.000.942 2008 1 UA Município Altitude (m)
Oeste d’Oeste Guaçu Hidrográfica E S levantamento
2192 Arvoredo Concórdia Rio Irani 354.261 7.002.745 30/01/2009 6 258 Celso Ramos Rio Canoas 470.541 6.934.266 730 18/07/2011
2215 Luzerna Joaçaba Rio do Peixe 456.876 7.003.522 22/11/2008 6
393 Concórdia Rio Jacutinga 399.122 6.973.277 389 14/04/2011
2217 Ibicaré Joaçaba Rio do Peixe 465.798 7.003.549 2008 1
397 Capinzal Rio do Peixe 434.725 6.973.517 585 18/04/2011
São Miguel Rio Peperi-
2280 Itapiranga 229.190 7.005.646 2008 1
d’Oeste Guaçu 474 Itapiranga Rio Peperi-Guaçu 238.436 6.990.874 185 22/03/2011
2290 Caibi Chapecó Rio das Antas 273.844 7.006.534 07/03/2009 2
475 Palmitos Rio das Antas 274.115 6.991.566 250 24/03/2011
2309 Arvoredo Concórdia Rio Irani 358.666 7.007.781 25/03/2009 3
477 Caxambu do Sul Rio Chapecó 309.788 6.992.177 362 24/03/2011
Iporã do São Miguel
2399 Rio das Antas 246.952 7.011.007 2008 1
Oeste d’Oeste
479 Chapecó Rio Chapecó 327.625 6.992.423 423 30/03/2011
Iporã do São Miguel
2402 Rio das Antas 260.353 7.011.271 2008 1
Oeste d’Oeste
485 Arabutã Rio Jacutinga 381.139 6.993.062 651 30/03/2011
2410 São Carlos Chapecó Rio Chapecó 296.087 7.011.904 27/01/2009 2
586 Tunápolis Rio Peperi-Guaçu 238.018 7.010.822 287 22/03/2011
2423 Xaxim Xanxerê Rio Irani 354.144 7.012.715 24/03/2009 7

40 41
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

Bacia Coordenadas UTM Data do 2.2.1 Representatividade da amostragem realizada


UA Município Altitude (m)
Hidrográfica E S levantamento
A questão de que a amostragem realizada é representativa para a população amostrada é de
588 Iporã do Oeste Rio das Antas 255.892 7.011.173 352 22/03/2011 suma importância na avaliação dos resultados de um inventário florestal. Esta representatividade foi
avaliada de duas maneiras, através do cálculo da suficiência amostral com base na variabilidade dos
590 Caibi Rio das Antas 273.754 7.011.520 280 24/03/2011 dados quantitativos mensurados, bem como por meio da avaliação da curva espécie-área.

592 Cunhataí Rio Chapecó 291.616 7.011.833 339 25/03/2011

594 Águas de Chapecó Rio Chapecó 309.486 7.012.116 330 24/03/2011


Suficiência amostral para a Floresta Estacional Decidual

O cálculo da suficiência amostral feito a partir da variabilidade dos dados mensurados baseou-
598 Xaxim Rio Irani 345.214 7.012.606 613 28/03/2011
se em Péllico & Brena (1997), com detalhamento no Volume I.
699 Belmonte Rio Peperi-Guaçu 237.595 7.030.768 446 22/03/2011 O cálculo do número de parcelas mínimas a serem inventariadas foi feito tomando-se como
α = 0, 05 e baseando-se na variabilidade (por Unidade Amostral) do número de indivíduos, área basal
701 Descanso Rio das Antas 255.499 7.031.124 448 23/03/2011 total, volume do fuste com casca total e peso seco total. Conforme citado na metodologia, utilizou-se o
processo de amostragem aleatória simples com estimativa por razão, visto que as Unidades Amostrais
705 Saudades Rio Chapecó 291.275 7.031.782 448 25/03/2011 possuem áreas distintas entre si, porque nem sempre foi possível implantar a área de amostragem
prevista de 4.000 m², devido ao tamanho reduzido do fragmento amostrado ou devido a impedimentos
707 Pinhalzinho Rio Chapecó 309.187 7.032.063 401 25/03/2011 físicos diversos.
a
709 Quilombo Rio Chapecó 327.077 7.032.312 327 28/03/2011 O indicador que permite realizar esta classificação é a fração de amostragem, dada por f =
, onde
A
é a fração de amostragem propriamente dita, é a área inventariada e é a área total populacional.
711 Marema Rio Chapecó 344.969 7.032.543 545 28/03/2011
Pode-se considerar infinita uma população, daqual menos do que 2% da área total populacional
tenha sido amostrada. Para a Floresta Estacional Decidual, obteve-se α = 28 ha e A=123.100,30
813 Paraíso Rio Peperi-Guaçu 237.184 7.050.721 520 23/03/2011
ha, o que caracteriza uma fração f ≅ 0, 02% , confirmando a suposição de população infinita. Para
esta situação, a intensidade (suficiência) amostral, em função da variabilidade de uma determinada
815 Barra Bonita Rio das Antas 255.116 7.051.078 369 23/03/2011
n
821 Irati Rio Chapecó 308.884 7.051.994 558 26/03/2011 ∑X i
variável , é dada por , onde , dado que r = i =1
n .
823 Santiago do Sul Rio Chapecó 326.801 7.052.258 702 26/03/2011
∑Y
i =1
i

916 São José do Cedro Rio das Antas 254.736 7.071.026 543 23/03/2011 Todas as estimativas foram realizadas utilizando-se 10% como limite de erro amostral. Na
Tabela 2.5 são apresentados os resultados dos cálculos da intensidade de amostragem.
924 Jupiá Rio Chapecó 326.537 7.072.199 536 31/03/2011
Tabela 2.5. Número de Unidades Amostrais necessárias para alcançar erro amostral de 10% (E) com probabilidade de
4303 Seara Rio Jacutinga 363.295 6.992.872 379 14/04/2011 α=0,05 na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.
Table 2.5. Sample size required to estimate means with 10% error bound (E) at probability α=0,05 in Seasonal Deciduous
Forest in Santa Catarina.

Variável Unidades Amostrais necessárias


2.2 Análise estatística dos dados dendrométricos levantados

Neste capítulo será abordada a análise estatística das 78 Unidades Amostrais da grade de 5 x 5
Número de indivíduos (ind.ha-1) 30
km implantadas nos remanescentes da Floresta Estacional Decidual. Em consequência dos resultados
das análises estatísticas do Volume I, que mostraram a inexistência de diferenças significativas entre as Área basal total (m2.ha-1) 42
subunidades para as variáveis a) número de espécies, b) número de indivíduos e c) área basal em 80%
das Unidades Amostrais. O conglomerado com suas subunidades foi tratado como uma única Unidade Volume do fuste total (m3.ha-1) 56
Amostral para realização das estimativas das variáveis dendrométricas por unidade de área.
Peso seco total (Mg.ha-1) 73

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Sabendo-se que, ao todo, foram inventariadas 78 Unidades Amostrais para a Floresta Estacional
Decidual, concluiu-se que o levantamento é substancialmente suficiente para a realização de estimativas
relativas às variáveis dendrométricas, apresentadas a diante, neste Volume.

Curvas de rarefação para a Floresta Estacional Decidual

A curva de acumulação de espécies (curva-do-coletor, curva espécie-área, curva espécie-


indivíduo), bem como as respectivas curvas de rarefação são ferramentas para detectar o tamanho
mínimo da amostra para representar suficientemente a riqueza florística da vegetação, considerando ou
a área mínima amostral (através da geração da curva espécie-área) ou o número mínimo de indivíduos
a serem amostrados (através da curva espécie-indivíduo). Para a geração destas curvas, estabelecem-se
áreas de parcelas sucessivamente maiores, computando-se o número acumulado de espécies presentes
em cada uma delas.

A análise de uma curva espécie-área é feita levando-se em conta sua aproximação à assíntota
horizontal. Teoricamente, neste ponto a curva passa a admitir a característica de uma função constante,
apresentando evidências de suficiência florística. As curvas espécie-indivíduo são mais acentuadas
quando comparadas com as curvas espécie-área, pois parcelas geralmente contêm indivíduos agregados
no seu espaço (Kersten & Galvão 2011); além disso, a aleatorização dos indivíduos causa um aumento
mais acentuado no número de espécies do que a curva espécie-área.

Para fins práticos, Cain & Castro (1959) propuseram que a hipótese de suficiência pode ser
corroborada quando o aumento de 10% na área amostral corresponda a um aumento de, no máximo,
10% no número total de espécies. Um aumento de rigorosidade pode ser adotado: o aumento de 10%
na área amostral implica em um aumento de 5% no número de espécies.

As curvas de rarefação foram desenvolvidas para excluir efeitos de aleatoriedade da análise da


curva do coletor e são resultados da autorreamostragem dos dados das diversas Unidades Amostrais
(Gotelli & Colwell 2001; Kersten & Galvão 2011). No presente estudo, foram geradas as curvas de
rarefação para as Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual, tanto para a área amostral
como para os indivíduos amostrados (Magurran 2004) pelo método Mao Tau (Colwell et al. 2004) no
software Past versão 2.14 (Capítulo 2 do Volume I).

As curvas do coletor e de rarefação para área amostral acumulada e número de indivíduos


acumulados constam na Figura 2.3. Os valores dos desvios padrões mínimos, médios e máximos para Figura 2.3. Curvas de acumulação de espécies e indivíduos (linhas irregulares) intervalos de confiança
a curva de rarefação da área amostral acumulada foram 3,35, 6,34 e 6,67, respectivamente. Já para a de 95% (linhas cinza) e curvas de rarefação (linhas contínuas vermelhas suavizadas) para as 78 Unidades
curva de rarefação do número acumulado de indivíduos os valores mínimos, médios e máximos para Amostrais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.
o desvio padrão foram 0,17, 3,94 e 2,38, respectivamente. Na Figura 2.3 pode-se observar a curva Figure 2.3. Species-area accumulation (black line) and rarefaction curve (red line) of 78 Sample Plots in
Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina, with standard deviation (dotted line).
de acumulação de espécies e indivíduos (linhas irregulares), a curva de rarefação (linhas contínuas
suavizadas) com seus respectivos desvios padrões positivos e negativos (linhas pontilhadas). A curva
de rarefação para o número acumulado de Unidades Amostrais indicou uma tendência à estabilização,
sendo 83,18% das espécies registradas com metade das Unidades Amostrais. Para a curva de rarefação Suficiência amostral por Unidade Amostral
baseada no número acumulado de indivíduos, 89,52% das espécies foram amostradas com metade do
número de indivíduos. Para avaliar a representatividade das próprias Unidades Amostrais para o remanescente florestal
amostrado, realizou-se o cálculo de suficiência amostral relativo às duas variáveis, número de indivíduos
e área basal, utilizando-se as 40 subparcelas de cada Unidade Amostral (Capítulo 2 do Volume I), com
20% de expectância de erro. Notou-se que o número mínimo de subparcelas amostradas para a primeira
variável foi suficiente na maioria das Unidades Amostrais (79,5% do total), enquanto para a variável
área basal, a suficiência teórica foi atingida em poucas Unidades Amostrais (21,8% do total). Este
resultado foi causado pela significativa variabilidade da área basal entre as subparcelas da maioria das
Unidades Amostrais (Tabelas 2.6 e 2.7).

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Curvas de Suficiência e Estabilidade por Unidade Amostral A análise visual dos gráficos permite concluir que as três curvas corroboram a hipótese de
suficiência amostral. Para a curva da média corrente de espécies, percebe-se que 26 das 40 subparcelas
Para a avaliação da adequada representação da riqueza de espécies arbóreas nos remanescentes estão dentro da faixa de estabilidade de 5%, gerada a partir da última subparcela. Como o critério
amostrados pelo IFFSC, foram geradas para cada Unidade Amostral a curva espécie-área, a curva proposto no Volume I é de que, pelo menos cinco Unidades Amostrais estejam dentro desta faixa, a
espécie-indivíduo, a curva de média corrente por espécie e a curva da variância do número de espécies condição foi satisfeita. Para a curva de variância do número de espécies, é possível constatar a tendência
(Capítulo 2 do Volume I), com base nos dados das 40 subparcelas de 100 m² de cada Unidade Amostral. de estabilização em torno do valor 1 (situação esperada para suficiência), validando a respectiva curva
Após a geração das curvas para cada Unidade Amostral em separado, gerou-se uma “curva média” para média.
todas as Unidades Amostrais (Figura 2.4), com exceção da curva espécie-indivíduo, uma vez que esta
depende do número variável de indivíduos em cada Unidade Amostral. Finalmente, para a curva do coletor (espécie-área), utilizando-se do recurso “10/10%”, graças
à mesma escala utilizada no eixo x e no eixo y, pôde-se encontrar o ponto de suficiência fazendo-se a
intersecção da curva com a reta identidade (y = x), também chamada de bissetriz dos quadrantes ímpares.
Esta reta (identidade) ocasiona, para incrementos em x, o mesmo incremento em y. Sob esta lógica, é
possível concluir que, após o ponto de intersecção da reta identidade com a curva espécie-área (dada
a natureza da última), incrementos de 10% no número de parcelas causam, necessariamente, menos
de 10% de incremento no número de espécies (visto que esta está abaixo da identidade), conforme
esperado. A reta identidade encontra-se traçada juntamente com a curva do coletor, com sua respectiva
função de regressão e o coeficiente de determinação (R²), na Figura 2.5, evidenciando-se o ponto de
intersecção (suficiência) entre as duas curvas.

Figura 2.5. Curva espécie-área média e reta identidade para 78 Unidades Amostrais da Floresta
Estacional Decidual em Santa Catarina.
Figure 2.5. Average species-area curve and identity function of 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous
Forest in Santa Catarina.

De posse da função de regressão da curva espécie-área média ( f ( x) = −0, 0145 x 2 + 1,3932 x + 3,9456),
é possível encontrar, analiticamente, o ponto de intersecção entre esta e a função identidade ( f ( x) = x ). A
resolução desta igualdade determinou o ponto de intersecção como sendo 35 subparcelas, corroborando
o resultado explicitado na figura anterior, logo, a curva espécie-área média apresenta características de
suficiência amostral, de acordo com a metodologia adotada pelo IFFSC.

Figura 2.4. Curva espécie-área média (a); curva média da média corrente do número de espécies (b) e curva
Dado que as três curvas médias demostraram ter atingido a suficiência amostral, procedeu-se
média da variância do número de espécies (c) para 78 Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual o teste Kolmogorov-Smirnov (Volume I) para comparação das curvas médias com as curvas de cada
em Santa Catarina. Unidade Amostral para validar as mesmas quanto à suficiência para o número de espécies. As Figuras
Figure 2.4. Average species area curve (a); average curve of current mean of species number (b) and average 2.6 e 2.7 apresentam exemplos de curvas que são estatisticamente iguais e diferentes comparadas com
species number variance curve (c) of 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. as curvas médias.

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Figura 2.6. Curvas de suficiência amostral idênticas (teste Kolmogorov-Smirnov) às curvas médias
(Unidade Amostral n° 398) da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina: curva espécie-área média
(a); curva média da média corrente do número de espécies (b) e curva média da variância do número de espécies (c). Figura 2.7. Curvas de suficiência amostral não-idênticas (teste Kolmogorov-Smirnov) às curvas médias
(Unidade Amostral n° 435) da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina: curva espécie-área média
Figure 2.6. Species sufficiency curves identical (Kolmogorov-Smirnov test) with average curves (Sample
(a); curva média da média corrente do número de espécies (b) e curva média da variância do número de espécies (c).
Plot n° 398) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina: average species area curve (a); average curve of
current mean of species number (b) and average species number variance curve (c). Figure 2.7. Species sufficiency curves not-identical (Kolmogorov-Smirnov test) with average curves
(Sample Plot n° 435) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina: average species area curve (a); average
curve of current mean of species number (b) and average species number variance curve (c).

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Os resultados da análise de aderência à curva média, detalhados por Unidade Amostral, estão Hipótese de Aderência à Curva Média Suficiência Amostral (Subparcelas de 100m²)
relacionados na Tabela 2.6, juntamente com os resultados do cálculo da suficiência amostral e do erro (teste Kolmogorov-Smirnov) (Péllico & Brena 1997)
amostral relativo, considerando as variáveis número de indivíduos (ind.ha-1) e área basal (m².ha-1).
Critério: ind.ha-1 Critério: AB (m².ha-1)
UA
Tabela 2.6. Resultados da investigação da suficiência amostral detalhada para 78 Unidades Amostrais (UA) da Floresta Espécie- Média Erro Erro
Variância Nº de
Estacional Decidual em Santa Catarina. ind = número de indivíduos com DAP ≥ 10 cm; AB = área basal. Área Corrente amostral Área Basal amostral
Indivíduos
Table 2.6. Results of sufficiency tests of 78 Sample Plots (UA) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. ind = (%) (%)
number of trees with DBH ≥ 10 cm; AB = basal area.
1693 Aceita Aceita Aceita 43 21,65 214 48,68
Hipótese de Aderência à Curva Média Suficiência Amostral (Subparcelas de 100m²)
(teste Kolmogorov-Smirnov) (Péllico & Brena 1997) 1694 Aceita Aceita Aceita 25 18,31 26 18,82

Critério: ind.ha-1 Critério: AB (m².ha-1) 1703 Rejeitada Rejeitada Rejeitada 26 23,08 333 83,66
UA
Espécie- Média Erro Erro
Variância Nº de 1774 Rejeitada Aceita Aceita 41 24,10 133 43,56
Área Corrente amostral Área Basal amostral
Indivíduos
(%) (%) 1775 Aceita Aceita Aceita 28 16,90 28 16,96
398 Aceita Aceita Aceita 23 14,91 41 20,00 1787 Rejeitada Aceita Aceita 43 21,51 39 20,29
435 Rejeitada Rejeitada Rejeitada 15 14,27 33 21,14 1859 Aceita Aceita Aceita 38 20,53 62 26,05
438 Aceita Aceita Aceita 29 18,11 35 19,79 1861 Aceita Aceita Aceita 29 17,24 77 28,47
487 Aceita Aceita Aceita 27 17,81 144 45,30 1869 Aceita Aceita Aceita 37 20,06 76 28,93
494 Aceita Aceita Aceita 27 16,94 36 19,54 1959 Aceita Aceita Aceita 18 13,17 25 15,54
537 Aceita Aceita Aceita 21 14,56 70 26,68 1961 Aceita Aceita Aceita 29 17,08 89 30,19
597 Aceita Aceita Aceita 29 16,96 53 23,02 1965 Aceita Aceita Aceita 46 26,06 84 35,20
712 Aceita Aceita Aceita 16 12,48 36 19,20 1970 Aceita Aceita Aceita 31 17,75 37 19,37
918 Aceita Aceita Aceita 32 18,07 45 21,28 2051 Aceita Aceita Aceita 25 17,27 162 44,27
941 Rejeitada Rejeitada Aceita 22 20,91 34 25,83 2056 Aceita Aceita Aceita 29 21,10 35 23,15
1000 Rejeitada Rejeitada Aceita 79 44,41 62 40,59 2077 Aceita Aceita Aceita 21 16,41 73 28,71
1123 Aceita Aceita Aceita 16 13,29 25 17,07 2079 Aceita Aceita Aceita 32 21,72 66 31,26
1187 Aceita Aceita Aceita 23 15,02 33 17,94 2081 Aceita Aceita Aceita 23 15,50 56 24,55
1249 Aceita Aceita Aceita 12 11,08 31 17,76 2083 Aceita Aceita Aceita 30 18,22 62 26,12
1318 Aceita Aceita Aceita 15 12,11 17 13,01 2088 Aceita Aceita Aceita 19 13,72 32 17,66
1388 Aceita Aceita Aceita 32 20,68 200 52,47 2099 Aceita Aceita Aceita 27 16,55 71 26,91
1461 Aceita Aceita Aceita 24 15,81 70 27,41 2100 Aceita Aceita Aceita 30 17,55 44 21,38
1536 Aceita Aceita Aceita 37 19,23 194 43,95 2101 Aceita Aceita Aceita 49 24,55 72 28,97
1542 Aceita Aceita Aceita 21 14,67 135 37,16 2170 Aceita Aceita Aceita 46 26,53 109 40,89
1616 Aceita Aceita Aceita 30 17,27 45 21,03 2172 Aceita Aceita Aceita 28 16,81 72 27,12
1618 Aceita Aceita Aceita 25 15,97 42 20,83 2179 Aceita Aceita Aceita 40 21,94 61 27,12
1619 Aceita Aceita Aceita 20 17,61 19 17,24 2194 Aceita Aceita Aceita 58 27,69 90 34,62

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Hipótese de Aderência à Curva Média Suficiência Amostral (Subparcelas de 100m²)


(teste Kolmogorov-Smirnov) (Péllico & Brena 1997)
Critério: ind.ha-1 Critério: AB (m².ha-1)
UA
Espécie- Média Erro Erro
Variância Nº de
Área Corrente amostral Área Basal amostral
Indivíduos
(%) (%)
2195 Aceita Aceita Aceita 23 15,33 45 21,39

2216 Aceita Aceita Aceita 24 15,34 48 21,82

2281 Aceita Aceita Aceita 37 20,39 52 24,22

2287 Aceita Aceita Aceita 23 15,69 70 27,33

2294 Aceita Aceita Aceita 16 12,51 103 32,08

2310 Aceita Aceita Aceita 41 21,91 86 31,78

2406 Aceita Aceita Aceita 30 18,61 43 21,75

2414 Aceita Aceita Aceita 29 17,48 70 27,44

2425 Aceita Aceita Aceita 23 18,38 73 32,68

2512 Aceita Aceita Aceita 34 19,67 48 23,41

2515 Aceita Aceita Aceita 38 23,70 93 37,09

2530 Aceita Aceita Aceita 34 18,70 40 20,51

2531 Aceita Aceita Aceita 18 14,46 74 29,44

2623 Aceita Aceita Aceita 37 27,09 64 35,77

2645 Aceita Aceita Aceita 38 21,12 56 25,48

2987 Aceita Aceita Aceita 31 17,39 57 23,81

3097 Aceita Aceita Aceita 26 16,58 111 34,53 Figura 2.8. Histograma da distribuição das frequências por classe de erro relativo médio para a variável ind.
ha-1 (a) e para a variável AB.ha-1 (b) nas 78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual em Santa
Catarina.
3197 Aceita Aceita Aceita 48 33,59 71 40,72
Figure 2.8. Histogram of frequency distributions of relative sample error considering the variable tree number
3309 Aceita Aceita Aceita 31 17,43 154 39,21 (ind.ha-1) with DBH ≥ 10cm (a) and basal area (AB.ha-1) (b) in 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest
in Santa Catarina.
3414 Aceita Aceita Aceita 33 18,89 81 30,00
De posse de todas as comparações e cálculos de suficiência amostral individual (por Unidade
3416 Aceita Aceita Aceita 20 14,65 70 27,35 Amostral), pôde-se quantificar o número de Unidades Amostrais que atingiram suficiência para a
riqueza de espécies, número de indivíduos e área basal. Notou-se que a suficiência amostral para a
3427 Aceita Aceita Aceita 32 18,82 158 41,88
riqueza de espécies foi atingida para todos os três critérios adotados (curva espécie-área, curva da média
3520 Aceita Aceita Aceita 25 18,63 82 34,09 corrente e curva da variância) em mais de 90% das Unidades Amostrais, evidenciando que a riqueza
de espécies foi, de fato, amostrada de forma suficiente (Tabela 2.7). Para o número de indivíduos, o
resultado também foi satisfatório, com aproximadamente 86% das Unidades Amostrais cumprindo
O erro médio amostral relativo por Unidade Amostral foi de 18,76%, considerando o número de a suficiência para α=0,05 e 20% de expectância de erro. A área basal foi a variável que apresentou
indivíduos e de 29,1%, considerando a área basal. Aplicou-se o teste Kolmogorov-Smirnov para testar a resultados insatisfatórios de suficiência amostral. Este resultado é explicado pela alta variabilidade da
normalidade destes erros relativos; verificou-se que ambos os conjuntos de dados possuem distribuição área basal, que ocorreu entre as subparcelas, provavelmente causada pelas influências antrópicas que
aproximadamente normal com valores p > 0,01. Os histogramas das distribuições de frequências destes dados levaram à abertura do dossel e à heterogeneidade da vegetação nos fragmentos florestais amostrados.
com os pontos médios das classes no eixo horizontal são apresentados na Figura 2.8.

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Tabela 2.7. Resultados da investigação de suficiência amostral detalhado para as 78 Unidades Amostrais da Floresta Grupos florísticos (bacias hidrográficas do Oeste e Leste)
Estacional Decidual em Santa Catarina.
Table 2.7. Results of sufficiency tests of 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. Para a comparação das Unidades Amostrais das bacias hidrográficas do Oeste e do Leste,
Número de Unidades Amostrais utilizou-se o teste t para comparação de médias em amostras independentes (Volume I). Este teste
Critério de avaliação Suficiência Suficiência requer, antes de tudo, inferências a respeito das variâncias das duas amostras. Neste caso, o teste
% %
atingida não atingida apresentou evidências de que as variâncias das duas amostras são equivalentes, permitindo a utilização
do teste t adequado. Os resultados estão resumidos na Tabela 2.8. Notou-se que as quatro variáveis
Curva Espécie-Área 72 92,31 6 7,69 analisadas não apresentaram evidências para rejeição da hipótese de igualdade entre suas médias, ou
seja, não há diferença significativa entre as médias destas variáveis nos grupos florísticos das bacias
Curva Média Corrente 74 94,87 4 5,13 do Oeste e do Leste para α=0,01. Neste contexto é importante salientar que, no caso das espécies, a
igualdade refere-se apenas ao número destas e não a diferenças na composição florística.
Curva Variância 76 97,44 2 2,56
Tabela 2.8. Resultado do teste t na Floresta Estacional Decidual para as variáveis dendrométricas entre as áreas Leste e
Oeste (α=0,01).
Nº de Indivíduos (ind.ha )-1
67 85,90 11 14,10
Table 2.8. Results of t-test in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina for dendrometric variables between eastern and
western floristic regions (Leste; Oeste) (α=0,01).
Área Basal (m².ha-1) 18 23,08 60 76,92
Variável Hipótese de igualdade

Número de indivíduos Aceita


2.2.2 Variabilidade de dados entre grupos florísticos e bacias hidrográficas
Área basal Aceita
Nesta seção será abordada a variabilidade das variáveis dendrométricas a) número de indivíduos
Número de espécies Aceita
(N), b) número de espécies (S), c) área basal (AB) e d) altura dominante média (Hdom) nos grupos
florísticos (áreas “Leste” e “Oeste”, Capítulo 5) e nas bacias hidrográficas localizadas dentro da área Altura dominante média Aceita
de abrangência da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina (Figura 2.9). A altura dominante
descreve a altura média do dossel da floresta e é definida como a média das alturas do grupo das árvores
que possuem altura total > (Volume I), sendo DP o desvio padrão dos dados de altura.
Bacias hidrográficas

A bacia hidrográfica, como delimitação do espaço geográfico, é amplamente utilizada como


unidade de análise e planejamento ambiental. Comparam-se as mesmas variáveis (número de indivíduos,
área basal, número de espécies e altura dominante média) entre as Unidades Amostrais das bacias dos
rios Canoas, Chapecó, das Antas, do Peixe, Irani, Jacutinga e Peperi-Guaçu. A bacia do rio Pelotas
não pôde ser comparada por possuir apenas duas Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual.
Primeiramente realizou-se o teste de ANOVA para detectar a existência de diferenças significativas
entre as bacias hidrográficas. Os resultados são apresentados na Tabela 2.9.

Tabela 2.9. Resultado do teste de ANOVA realizado para as variáveis dendrométricas entre as bacias hidrográficas da
Floresta Estacional Decidual (α=0,01).
Table 2.9. Results of ANOVA in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina for dendrometric variables between main
watersheds (α=0,01).

Variável Hipótese de igualdade

Número de indivíduos Rejeitada

Área basal Rejeitada

Figura 2.9. Localização das 78 Unidades Amostrais instaladas por região florística (Oeste e Leste) e Número de espécies Aceita
bacia hidrográfica na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.
Figure 2.9. Localization of 78 installed Sample Plots by floristic regions (western and eastern groups) Altura dominante média Aceita
and main watersheds in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.

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Após identificadas as variáveis que apresentaram diferença estatística (número de indivíduos e 2.3 Estimativa das variáveis dendrométricas para a Floresta Estacional Decidual
área basal), procedeu-se o teste de Tukey-Kramer, com o intuito de identificar as igualdades/diferenças
pareadas entre as bacias. Nas Tabelas 2.10 e 2.11 são apresentados os resultados obtidos. Enquanto As seguintes variáveis dendrométricas foram estimadas para toda a Floresta Estacional Decidual
o número de indivíduos mostra diferenças significativas entre 12 dos 36 pares de bacias, a variável (FED) a partir do conjunto das 78 Unidades Amostrais implantadas: número de indivíduos (N), número
área basal mostrou uma variabilidade menor, com valores significativamente diferentes em apenas de espécies (S), diâmetro à altura do peito (DAP), altura do fuste (Hf), altura total (Ht), área basal
três casos, entre as bacias do rio das Antas e do rio Chapecó, do rio das Antas e do rio Peperi-Guaçu e (AB), número de espécies (S), volume do fuste com casca (Vf c/c ), peso seco total (PS) e estoque de
entre a do rio Peperi-Guaçu e o rio do Peixe. Pode-se concluir que os valores das variáveis número de carbono (C). Cada variável dendrométrica foi expressa na forma de seu valor médio e dos respectivos
espécies, área basal e altura dominante média são bastante homogêneos e não apresentam diferenças intervalos de confiança, com grau 0,95 (95%). Estes intervalos de confiança foram construídos a partir
significativas (com as três exceções citadas) entre as bacias. Como estas variáveis são indicadoras do desvio padrão e do número de indivíduos do respectivo grupo analisado. Este intervalo é dado
importantes para avaliar o estado de conservação dos remanescentes, é possível afirmar que neste por x − E < µ < x + E , onde é a média amostral, é a estimativa da média populacional e E é a
aspecto as bacias analisadas não diferem estatisticamente entre si.
σ
margem de erro. No caso, tem-se E = t(α ; n −1) . , onde t é o valor crítico bi-caudal da distribuição
Tabela 2.10. Resultado do teste de Tukey-Kramer da variável número de indivíduos para as bacias hidrográficas da Floresta n
Estacional Decidual em Santa Catarina (α=0,01).
Table 2.10. Results of Tukey-Kramer test for variable tree density and main watersheds in Seasonal Deciduous Forest in de student, ao nível de significância , com graus de liberdade, é o número de elementos e σ
Santa Catarina (α=0,01). é o desvio padrão da amostra. Vale lembrar que, se a amostra for grande ( ), o valor de t limita-se
Hipótese de igualdade ao valor , obtido da tabela de distribuição normal padronizada (neste caso, para , ).
Bacia Hidrográfica
Canoas Chapecó Antas Peixe Irani Jacutinga A variável altura total e altura do fuste das árvores foram estimadas visualmente pela equipe de campo.
Chapecó Rejeitada          
As estimativas da altura total foram comparadas com as estimativas preditas pelos modelos ajustados (baseados
em alturas medidas com hipsômetro) e consideradas equivalentes (Capítulo 3). O volume do fuste com casca foi
Antas Rejeitada Aceita        
estimada a partir dos valores obtidos pelos modelos ajustados. Para Nectandra megapotamica e Ocotea puberula
foram ajustados modelos específicos; para o conjunto das demais espécies da Floresta Estacional Decidual
Peixe Aceita  Aceita Rejeitada      
utilizou-se um modelo ajustado para “Demais espécies” (Capítulo 3). O valor do peso seco total foi obtido a
partir do modelo de Vogel et al. (2006). O carbono estocado nas árvores foi estimado por meio da multiplicação
Irani Aceita  Rejeitada Rejeitada Aceita      das estimativas de biomassa obtidas pelo fator 0,5, considerando-se que o peso seco contém aproximadamente
50% de carbono. Nota-se que o valor do peso seco total estimado é coerente, pois a razão volume/peso seco
Jacutinga Rejeitada Aceita Aceita  Aceita Rejeitada   apresenta o valor de, aproximadamente, 62%, indicando que a maior parte do peso seco na Floresta Estacional
Decidual encontra-se no fuste das árvores.
Peperi-Guaçu Rejeitada Rejeitada Aceita Rejeitada Rejeitada Rejeitada Os resultados destas estimativas para as árvores vivas e as árvores mortas em pé, com seus respectivos
intervalos de confiança de 95%, são apresentados nas Tabelas 2.12 e 2.13.
Tabela 2.11. Resultado do teste de Tukey-Kramer para a variável área basal e as bacias hidrográficas da Floresta Estacional Tabela 2.12. Estimativa das variáveis dendrométricas para as árvores vivas na Floresta Estacional Decidual em Santa
Decidual em Santa Catarina (α=0,01). Catarina. DP = desvio padrão; CV = coeficiente de variação; IC = intervalo de confiança; MIN = valor mínimo; MAX =
Table 2.11. Results of Tukey-Kramer test for basal area and main watersheds in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina valor máximo.
(α=0,01). Table 2.12. Estimates of dendrometric variables of living trees in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. DP =
Hipótese de igualdade standard deviation; CV = coefficient of variation; IC = confidence interval; MIN = minimum value; MAX = maximum
Bacia Hidrográfica value.
Canoas Chapecó Antas Peixe Irani Jacutinga
Estimativa das variáveis dendrométricas
Antas Aceita Rejeitada
Variável Média DP CV (%) IC (α=0,05) MIN MAX
Peixe Aceita Aceita Aceita DAP (cm) 19,55 3,30 16,88 0,74 18,80 20,29

Irani Aceita Aceita Aceita Aceita Altura do fuste (m) 4,97 0,90 18,03 0,20 4,77 5,17
Altura total (m) 10,00 2,02 20,21 0,46 9,55 10,46
Jacutinga Aceita Aceita Aceita Aceita Aceita
Nº de indivíduos (ind.ha-1) 422,37 140,02 33,15 31,57 390,80 453,94
Peperi-Guaçu Aceita Aceita Rejeitada Rejeitada Aceita Aceita Área basal total (m².ha-1) 18,30 7,00 38,22 1,58 16,72 19,88
Nº de espécies 38,37 8,98 23,40 2,02 36,35 40,40
Volume do fuste c/ casca (m³.ha-1) 77,75 44,83 57,66 10,11 67,65 87,86
Peso seco (Mg.ha-1) 125,66 59,73 47,53 13,47 112,20 139,13
Carbono (Mg.ha-1) 62,83 29,87 47,53 6,73 56,10 69,57

56 57
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Seguindo a mesma metodologia, as variáveis dendrométricas (com exceção da variável número


de espécies) foram estimadas também para as árvores mortas a partir da média e do desvio padrão nas
75 Unidades Amostrais nas quais ocorreram árvores mortas. Os resultados destas estimativas, com seus
respectivos intervalos de confiança de 95%, estão apresentados na Tabela 2.12.

Tabela 2.13. Estimativa das variáveis dendrométricas para as árvores mortas na Floresta Estacional Decidual em Santa
Catarina. DP = desvio padrão; CV = coeficiente de variação; IC = intervalo de confiança; MIN = valor mínimo; MAX =
valor máximo.
Table 2.13. Estimates of dendrometric variables of dead standing trees in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. DP
= standard deviation; CV = coefficient of variation; IC = confidence interval; MIN = minimum value; MAX = maximum
value.
Estimativa das variáveis dendrométricas
Variável Média DP CV (%) IC (α=0,05) MIN MAX
DAP (cm) 21,79 5,70 26,13 1,3104 20,48 23,10
Altura do fuste (m) 4,80 1,86 38,86 0,4287 4,37 5,22
Altura total (m) 6,84 1,93 28,27 0,4451 6,40 7,29
Nº de indivíduos (ind.ha-1) 27,64 15,24 55,16 3,5071 24,13 31,14
Área basal total (m2.ha-1) 1,35 0,94 69,37 0,2153 1,13 1,56 Figura 2.11. Número médio de espécies por Unidade Amostral do componente arbóreo/arbustivo para as
árvores vivas na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. A linha vermelha representa a média geral
Volume do fuste c/ casca (m³.ha ) -1
3,63 5,26 144,96 1,2104 2,42 4,84
da variável analisada.
Peso seco (Mg.ha ) -1
9,32 7,49 80,33 1,7229 7,60 11,04 Figure 2.11. Mean species richness of tree/shrub component by Sample Plot, considering living trees in
Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. The red line represents the mean value of the variable.
Carbono (Mg.ha-1) 4,66 3,74 80,33 0,8615 3,80 5,52

Nas Figuras 2.10 a 2.18 são apresentadas as estimativas das variáveis dendrométricas para
as árvores vivas e mortas das 78 Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual em ordem
decrescente.

Figura 2.12. DAP médio (cm) das árvores vivas e mortas do componente arbóreo/arbustivo nas 78 Unidades
Amostrais na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. A linha cheia representa a média das árvores
vivas, a tracejada a média das árvores mortas.
Figura 2.10. Número médio de indivíduos vivos e mortos do componente arbóreo/arbustivo por hectare (ind.ha-1) nas 78 Figure 2.12. Mean DBH (cm) of tree/shrub component of living and dead trees in 78 Sample Plots in Seasonal
Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. A linha vermelha representa a média geral das árvores Deciduous Forest in Santa Catarina. The full line expresses the mean value of living trees, the dached one the
vivas. mean of dead trees.
Figure 2.10. Mean tree density of living and dead trees in tree/shrub component (ind.ha-1) in 78 Sample Plots in Seasonal
Deciduous Forest in Santa Catarina. The red line expresses the mean value of living trees.

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Figura 2.15. Área basal média (m².ha-1) das árvores vivas e mortas do componente arbóreo/arbustivo em
78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.
Figura 2.13. Altura do fuste média (m) das árvores vivas e mortas do componente arbóreo/arbustivo
Figure 2.15. Mean basal area (m².ha-1) of tree/shrub component of living and dead trees in 78 Sample Plots
nas 78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. A linha cheia representa
in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. The full line expresses the mean value of living trees, the
a média das árvores vivas, a tracejada a média das árvores mortas.
dashed line the mean of dead trees.
Figure 2.13. Mean stem height (m) of tree/shrub component of living and dead trees in 78 Sample Plots
in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. The full line expresses the mean value of living trees,
the dached one the mean of dead trees.

Figura 2.16. Volume do fuste médio por Unidade Amostral (m³.ha-1) das árvores vivas e mortas do
componente arbóreo/arbustivo nas 78 Unidades Amostrais amostradas na Floresta Estacional Decidual em
Santa Catarina.
Figure 2.16. Mean stem volume (m³.ha-1) of living and dead trees of tree/shrub component by Sample Plot
Figura 2.14. Altura total média (m) para as árvores vivas e mortas do componente arbóreo/arbustivo em in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. The full line expresses the mean value of living trees, the
78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. A linha cheia representa a dashed line the mean of dead trees.
média das árvores vivas, a tracejada a média das árvores mortas.
Figure 2.14. Mean total tree height (m) of tree/shrub component of living and dead trees in 78 Sample
Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. The full line expresses the mean value of living
trees, the dached one the mean of dead trees.

60 61
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2.3.1 Estimativa das variáveis dendrométricas por espécie

A seguir serão apresentadas as estimativas por hectare das seguintes variáveis dendrométricas:
número de indivíduos (N), diâmetro à altura do peito (DAP), altura do fuste (Hf), altura total (Ht), área
basal (AB), volume do fuste com casca (Vf c/c), peso seco total (PS) e estoque de carbono (C). Estas
variáveis foram estimadas por espécie amostrada na Floresta Estacional Decidual, a partir da média e
do desvio padrão das mesmas em todas as 40 subparcelas de 100 m², localizadas nas quatro subunidades
do conglomerado (Figura 2.1). Cada variável dendrométrica foi expressa na forma de seu valor médio
e dos respectivos intervalos de confiança, a um nível de significância de 95%. Estes intervalos de
confiança foram construídos a partir do desvio padrão e do número de indivíduos da respectiva espécie
analisada. Este intervalo é dado por , onde é a média amostral, é a estimativa da
σ
média populacional e é a margem de erro. No caso, tem-se E = t(α ; n −1) . , onde t é o valor crítico
n
bi-caudal da distribuição t de student, ao nível de significância , com graus de liberdade,
é o número de elementos e é o desvio padrão da amostra. Vale lembrar que, se a amostra for grande
( ), o valor de t limita-se ao valor , obtido da tabela de distribuição normal padronizada (neste
caso, para , z = 1, 96 ).

A variável volume do fuste com casca foi estimada a partir dos valores obtidos pelos modelos
ajustados para o conjunto de dados da Floresta Estacional Decidual (Capítulo 3). O valor do peso seco
total foi obtido a partir do modelo de Vogel et al. (2006). O carbono estocado nas árvores foi estimado
Figura 2.17. Peso seco total médio por Unidade Amostral (Mg.ha-1) das árvores vivas e mortas do componente por meio da multiplicação das estimativas de biomassa obtidas pelo fator 0,5, considerando-se que o
arbóreo/arbustivo na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. peso seco contém aproximadamente 50% de carbono.
Figure 2.17. Total mean dry weight (Mg.ha-1) of living and dead trees of tree/shrub component by Sample Plot in
Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. The full line expresses the mean value of living trees, the dashed line Na Tabela 2.14 são apresentadas as estimativas das variáveis dendrométricas para as 30
the mean of dead trees. espécies com maior valor de importância na Floresta Estacional Decidual. Nota-se que o coeficiente de
variação para algumas espécies foi superior a 100%, devido à variabilidade do número de indivíduos
destas espécies nas 40 subparcelas de 10 x 10 m (100 m²) do conglomerado. Quanto maior o coeficiente
de variação de uma determinada espécie, mais irregular é sua distribuição na Unidade Amostral;
um coeficiente de variação menor indica uma distribuição mais uniforme desta espécie na Unidade
Amostral.

Figura 2.18. Estoque de carbono total médio por Unidade Amostral (Mg.ha-1) das árvores vivas e mortas do
componente arbóreo/arbustivo na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.
Figure 2.18. Total mean carbon stock (Mg.ha-1) of living and dead trees of tree/shrub component by Sample Plot in
Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. The full line expresses the mean value of living trees, the dashed line
the mean of dead trees.

62 63
Tabela 2.14. Estimativas das variáveis dendrométricas para as 30 espécies com maior valor de importância (VI) na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina, em ordem
decrescente de VI. Valores médios com intervalo de confiança (95%) e coeficiente de variação (CV). ind.ha-1 = número de indivíduos; DAP = diâmetro à altura do peito; Hf = altura
do fuste; Ht = altura total; AB = área basal total; Vf c/c = volume total do fuste com casca; PS = peso seco total; C = estoque de carbono total; PI = população insuficiente.
Table 2.14. Estimates of dendrometric variables of 30 tree species with major importance value (VI) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina, in
decrescent order of VI. Mean values with 95% confidence interval and coefficient of variation (CV). ind.ha-1 = number of trees; DAP = DBH; Hf = stem height;
Ht = total tree height; AB= total basal area; Vf c/c = stem volume with bark; PS = total dry weight; C = total carbon stock e; PI = insufficient population size.

Variáveis dendrométricas
Espécie CV DAP CV Hf CV Ht CV AB CV Vf c/c CV PS CV C CV
ind.ha-1 2 -1 -1 -1
(%) (cm) (%) (m) (%) (m) (%) (m .ha ) (%) (m³.ha ) (%) (Mg.ha ) (%) (Mg.ha-1) (%)
Ocotea puberula 35,18 ± 12,6 119,1 23,73 ± 2,38 40,4 5,83 ± 0,47 32,4 12,29 ± 0,87 28,5 1,91 ± 0,51 118,5 10,04 ± 2,91 128,3 12,64 ± 3,34 117,3 6,32 ± 1,67 117,3

Nectandra megapotamica 32,78 ± 5,67 68,6 23,63 ± 1,73 31,2 5,21 ± 0,36 29,1 11,75 ± 0,65 23,5 1,93 ± 0,38 87,9 8,64 ± 1,9 97,6 13,52 ± 2,93 96,2 6,76 ± 1,47 96,2

Luehea divaricata 27,89 ± 7,45 97,6 23,96 ± 4,29 74,0 4,01 ± 0,39 38,6 10,27 ± 0,92 37,1 1,55 ± 0,37 107, 2 5,85 ± 1,93 146,2 11,05 ± 3,16 126,6 5,53 ± 1,58 126,6

Nectandra lanceolata 19,43 ± 6,53 99,1 27,83 ± 3,39 46,4 5,71 ± 0,52 33,1 12,79 ± 0,79 23,4 1,33 ± 0,38 128,0 6,49 ± 2,34 160,2 9,5 ± 2,87 134,3 4,75 ± 1,44 134,3

Cupania vernalis 20,07 ± 7,2 118,5 15,65 ± 1,02 26,1 4,13 ± 0,4 35,8 9,57 ± 0,64 26,9 0,45 ± 0,13 126,1 1,75 ± 0,64 161,3 2,49 ± 0,71 126,9 1,24 ± 0,36 126,9

Machaerium stipitatum 15,96 ± 4,93 90,5 17,42 ± 1,37 30,1 4,5 ± 0,45 36,2 9,99 ± 0,74 28,4 0,44 ± 0,13 128,0 1,65 ± 0,65 174,7 2,66 ± 0,84 139,7 1,33 ± 0,42 139,7

Syagrus romanzoffiana 12,96 ± 4,79 118,4 20,18 ± 0,82 16,2 8,26 ± 0,68 32,3 10,77 ± 0,69 25,5 0,43 ± 0,12 119,7 2,69 ± 0,71 117,7 2,55 ± 0,68 118,5 1,27 ± 0,34 118,5

Cedrela fissilis 10,93 ± 3,57 98,5 21,8 ± 2,28 40,5 5,19 ± 0,55 39,8 11,55 ± 0,93 31,2 0,45 ± 0,13 133,2 2,24 ± 0,76 151,6 2,98 ± 1,03 153,0 1,49 ± 0,51 153,0

Parapiptadenia rigida 6,32 ± 4,76 114,0 32 ± 6,36 63,0 5,68 ± 1,1 59,8 12,87 ± 1,75 43,2 0,61 ± 0,26 192,2 3,14 ± 1,44 203,0 4,99 ± 2,32 205,8 2,5 ± 1,16 205,8

Casearia sylvestris 11,93 ± 9,36 199,1 15,57 ± 1,05 24,3 3,45 ± 0,38 32,6 8,45 ± 0,6 25,3 0,26 ± 0,15 252,1 0,84 ± 0,66 350,3 1,46 ± 0,83 251,3 0,73 ± 0,41 251,3

64
Hovenia dulcis 12,04 ± 19,84 200,2 18,52 ± 1,72 26,6 7,13 ± 1,08 43,4 12,57 ± 1,31 29,8 0,37 ± 0,26 314,8 2,33 ± 1,79 340,7 2,19 ± 1,61 325,9 1,09 ± 0,8 325,9

Myrocarpus frondosus 6,79 ± 4 127,5 20,72 ± 2,73 45,4 5,06 ± 0,63 42,7 11,25 ± 1,18 36,1 0,3 ± 0,15 225,9 1,61 ± 0,97 266,6 2,13 ± 1,16 241,2 1,06 ± 0,58 241,2

Chrysophyllum marginatum 6,29 ± 2,84 76,1 23,95 ± 3,03 40,0 5,16 ± 0,65 37,0 11,1 ± 1,01 28,7 0,38 ± 0,15 172,2 1,48 ± 0,64 190,8 2,86 ± 1,35 208,5 1,43 ± 0,67 208,5

Matayba elaeagnoides 9,11 ± 9,86 151,2 18,3 ± 2,72 45,3 4,09 ± 0,51 35,6 9,54 ± 0,78 24,7 0,27 ± 0,12 190,8 0,99 ± 0,46 204,8 1,63 ± 0,69 187,8 0,82 ± 0,35 187,8

Cabralea canjerana 6,36 ± 3,56 104,4 20,93 ± 2,34 36,4 4,87 ± 0,56 34,6 10,26 ± 0,89 28,3 0,3 ± 0,16 232,7 1,16 ± 0,55 209,6 2,25 ± 1,39 274,9 1,13 ± 0,7 274,9

Lonchocarpus campestris 6,54 ± 2,77 101,4 18,93 ± 2,46 46,3 4,84 ± 0,69 44,8 10,88 ± 1,08 35,2 0,25 ± 0,09 157,0 1,06 ± 0,47 195,3 1,64 ± 0,61 165,4 0,82 ± 0,31 165,4

Trichilia clausseni 8,5 ± 6,06 127,5 14,87 ± 1 21,6 3,8 ± 0,48 33,0 8,26 ± 0,64 24,9 0,19 ± 0,09 212,7 0,27 ± 0,14 225,3 1,06 ± 0,53 221,2 0,53 ± 0,26 221,2

Cordia americana 3,79 ± 2,27 88,4 28,5 ± 5,55 60,1 4,77 ± 0,87 48,6 10,77 ± 1,2 34,3 0,39 ± 0,16 182,8 1,72 ± 0,96 247,0 3,29 ± 1,49 200,3 1,65 ± 0,74 200,3
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina

Prunus myrtifolia 5,5 ± 3,27 96,1 22,54 ± 4,54 63,0 4,83 ± 0,53 31,6 10,67 ± 1,09 32,0 0,29 ± 0,13 195,8 1,32 ± 0,68 227,0 2,01 ± 0,96 213,2 1 ± 0,48 213,2

Allophylus edulis 6,82 ± 2,97 89,4 15,95 ± 1,42 30,2 3,99 ± 0,47 34,2 8,77 ± 0,77 30,0 0,18 ± 0,07 179,2 0,54 ± 0,24 194,2 1,04 ± 0,46 197,5 0,52 ± 0,23 197,5

Machaerium paraguariense 6,54 ± 4,78 134,7 21,08 ± 3,42 52,8 4,95 ± 0,74 45,4 11,17 ± 1,33 38,6 0,21 ± 0,08 169,1 0,82 ± 0,35 188,5 1,29 ± 0,49 169,0 0,65 ± 0,25 169,0

Chrysophyllum gonocarpum 5,64 ± 1,96 69,1 19,04 ± 1,55 27,4 4,21 ± 0,56 40,7 9,01 ± 0,74 27,6 0,21 ± 0,07 147,8 0,6 ± 0,26 189,5 1,34 ± 0,48 157,9 0,67 ± 0,24 157,9

Balfourodendron riedelianum 5,71 ± 2,33 85,5 18,14 ± 1,55 29,0 5,32 ± 0,57 35,1 11,09 ± 0,89 27,3 0,18 ± 0,06 145,3 0,91 ± 0,34 167,3 1,13 ± 0,4 157,5 0,56 ± 0,2 157,5

Phytolacca dioica 2,82 ± 1,55 80,9 30,62 ± 5,44 55,6 4,6 ± 0,7 41,5 10,37 ± 1,33 40,2 0,36 ± 0,17 212,9 1,39 ± 0,7 222,7 3,18 ± 1,87 260,9 1,59 ± 0,94 260,9

Diatenopteryx sorbifolia 3,96 ± 3,15 94,0 31,13 ± 7,04 63,8 5,11 ± 0,83 41,8 12,47 ± 1,83 41,4 0,31 ± 0,14 202,5 1,47 ± 0,78 235,7 2,47 ± 1,28 229,9 1,24 ± 0,64 229,9

Apuleia leiocarpa 2,93 ± 2,32 92,7 29,87 ± 7,41 70,0 5,96 ± 1,09 49,9 12,85 ± 2,4 52,7 0,31 ± 0,17 239,4 1,65 ± 0,93 248,5 2,66 ± 1,59 264,8 1,33 ± 0,79 264,8

Annona sylvatica 5,93 ± 4,08 114,1 16,45 ± 1,6 30,4 4,05 ± 0,56 39,7 8,47 ± 0,76 27,9 0,13 ± 0,05 178,6 0,42 ± 0,23 243,3 0,71 ± 0,31 192,3 0,36 ± 0,15 192,3

Helietta apiculata 6,32 ± 23,94 160,4 19,71 ± 2,57 26,2 5,5 ± 0,84 27,4 11,54 ± 1,11 19,4 0,23 ± 0,17 332,4 1,03 ± 0,81 347,2 1,3 ± 0,93 316,6 0,65 ± 0,46 316,6

Pilocarpus pennatifolius 7 ± 8,37 107,4 12,56 ± 0,48 9,7 3,85 ± 0,43 23,9 8,27 ± 0,56 17,1 0,1 ± 0,05 239,2 0,27 ± 0,19 304,7 0,48 ± 0,27 246,9 0,24 ± 0,13 246,9

Aspidosperma australe 3,89 ± 2,94 95,2 17,81 ± 2,2 36,0 5,6 ± 1,26 58,1 11,1 ± 1,58 41,3 0,12 ± 0,05 178,5 0,62 ± 0,31 222,0 0,73 ± 0,31 190,3 0,37 ± 0,16 190,3
Árvores vivas
padronizada (neste caso, para α = 0, 05 , z = 1, 96 ).

65
peso seco contém aproximadamente 50% de carbono.
do respectivo grupo analisado. Este intervalo é dado por

analisado, ocasionando uma elevada variância entre os dados.


2.3.2 Estimativa das variáveis dendrométricas por Unidade Amostral
2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

t é o valor crítico bi-caudal da distribuição t de student, ao nível de significância , com


é a estimativa da média populacional e E é a margem de erro. No caso, tem-se E = t(α ; n −1) .
σ
n

total foi obtido a partir do modelo de Vogel et al. (2006). O carbono estocado nas árvores foi estimado
de liberdade, n é o número de elementos e σ é o desvio padrão da amostra. Vale lembrar que, se a

Decidual. Nota-se que o coeficiente de variação das variáveis em algumas Unidades Amostrais foi
Na Tabela 2.15 são apresentadas as estimativas das variáveis dendrométricas para as árvores
, onde é a média amostral,
expressa na forma de seu valor médio e dos respectivos intervalos de confiança, com grau 0,95 (95%).
número de indivíduos (ind.), número de espécies (S), diâmetro à altura do peito (DAP), altura do

vivas do componente arbóreo/arbustivo (DAP ≥ 10 cm) por Unidade Amostral da Floresta Estacional
amostra for grande ( n > 30 ), o valor de t limita-se ao valor z , obtido da tabela de distribuição normal
graus
, onde

ajustados para o conjunto de dados da Floresta Estacional Decidual (Capítulo 3). O valor do peso seco
Estes intervalos de confiança foram construídos a partir do desvio padrão e do número de indivíduos
m², localizadas nas quatro subunidades do conglomerado (Figura 2.1). Cada variável dendrométrica foi
e estoque de carbono (C). Estas variáveis foram estimadas para cada fragmento amostrado por sua
Unidade Amostral, a partir da média e do desvio padrão das mesmas em todas as 40 subparcelas de 100
fuste (Hf), altura total (Ht), área basal (AB), volume do fuste com casca (Vf c/c), peso seco total (PS)

por meio da multiplicação das estimativas de biomassa obtidas pelo fator 0,5, considerando-se que o
A variável volume do fuste com casca foi estimada a partir dos valores obtidos pelos modelos
A seguir serão apresentadas as estimativas por hectare das seguintes variáveis dendrométricas:

superior a 100%, isto se deve ao fato de o desvio padrão ser maior que a média do conjunto de dados
Tabela 2.15. Estimativas das variáveis dendrométricas para as árvores vivas em 78 Unidades Amostrais amostradas na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Valores
médios com intervalo de confiança (95%) e coeficiente de variação (CV). ind.ha-1 = número de indivíduos; S = número médio de espécies por subparcela (10 m x 10 m); DAP =
diâmetro à altura do peito; Hf = altura do fuste; Ht = altura total; AB = área basal total; Vf c/c = volume total do fuste com casca; PS = peso seco total; C = estoque de carbono total.
Table 2.15. Estimates of dendrometric variables of living trees species within 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. Mean values with 95% confidence
interval and coefficient of variation (CV). ind.ha-1 = number of trees; S = average number of species by subplot (10 m x 10 m); DAP = DBH; Hf = stem height; Ht = total tree height;
AB = total basal area; Vf c/c = stem volume with bark; PS = total dry weight; C = total carbon stock.
UA ind.ha-1 CV (%) DAP (cm) CV (%) Hf (m) CV (%) Ht (m) CV (%) AB (m².ha-1) CV (%) S CV (%) Vf c/c (m³.ha-1) CV (%) PS (Mg.ha-1) CV (%) C (Mg.ha-1) CV (%)

398 732,5 ± 103,29 44,1 17,69 ± 0,96 17,0 4,86 ± 0,46 29,47 9,34 ± 0,53 17,7 26,81 ± 5,15 60,06 4,85 ± 0,60 38,7 129,96 ± 28,19 67,82 165,14 ± 35,49 67,19 82,57 ± 17,74 67,19

435 370 ± 90,23 76,2 16,38 ± 1,19 19,1 4,46 ± 0,73 39,80 9,88 ± 0,68 18,0 12,87 ± 3,71 90,04 3,76 ± 0,49 34,6 31,98 ± 13,15 128,62 75,04 ± 23,66 98,61 37,52 ± 11,83 98,61

438 497,5 ± 108,27 68,0 17,25 ± 1,09 18,4 4,86 ± 0,73 43,01 8,20 ± 0,71 25,3 15,99 ± 3,66 71,55 4,23 ± 0,67 46,3 70,72 ± 20,65 91,30 96,63 ± 24 77,65 48,31 ± 12 77,65

487 490,42 ± 207,79 132,5 21,43 ± 2,56 30,8 3,59 ± 0,46 30,77 11,40 ± 1,03 23,2 26,96 ± 13,39 155,22 4,14 ± 0,79 49,5 64,25 ± 34,91 169,87 207,87 ± 125,43 188,67 103,93 ± 62,72 188,67

494 570 ± 109,65 60,1 22,05 ± 3,28 44,6 6,92 ± 0,5 21,77 13,26 ± 0,68 15,3 26,64 ± 5,74 67,35 3,11 ± 0,44 42,8 180,66 ± 43,74 75,71 180,78 ± 54,35 94,00 90,39 ± 27,17 94,00

537 370 ± 57,12 48,3 25,01 ± 3,46 42,7 5,83 ± 0,49 26,04 11,65 ± 0,94 24,8 27,62 ± 7,5 84,88 3,28 ± 0,45 42,5 155,22 ± 44,18 89,00 219,47 ± 71,56 101,95 109,73 ± 35,78 101,95

597 475 ± 80,57 53,0 24,86 ± 3,07 38,6 6,14 ± 0,47 24,20 12,23 ± 0,66 16,8 30,61 ± 7,05 71,98 3,48 ± 0,46 41,2 181,6 ± 48,94 84,26 234,28 ± 64,44 86,00 117,14 ± 32,22 86,00

712 525 ± 70,87 42,2 19,05 ± 1,45 23,5 5,74 ± 0,68 29,94 10,45 ± 0,79 23,3 22,58 ± 4,48 62,11 3,97 ± 0,42 32,4 49,76 ± 26,23 164,83 145,2 ± 35,89 77,28 72,6 ± 17,94 77,28

66
918 522,5 ± 98,1 58,7 14,42 ± 1,01 21,7 4,33 ± 0,33 23,46 8,90 ± 0,29 9,9 13,31 ± 2,91 68,41 3,31 ± 0,59 54,7 61,81 ± 14,37 72,68 71,61 ± 17,22 75,19 35,81 ± 8,61 75,19

941 267,5 ± 101,75 118,9 16,03 ± 1,66 22,2 3,84 ± 0,89 48,04 6,03 ± 0,89 31,7 7,5 ± 3,05 127,25 3,75 ± 0,79 44,9 24,78 ± 14,75 186,09 41,83 ± 17,6 131,58 20,91 ± 8,8 131,58

1000 395 ± 206,37 163,4 18,87 ± 3,31 31,6 4,55 ± 1,16 44,19 7,02 ± 1,15 29,5 11,54 ± 5,9 159,75 4,27 ± 1,79 75,9 41,51 ± 23,28 175,35 70,91 ± 37,19 164,00 35,46 ± 18,6 164,00

1123 550 ± 104,2 59,2 15,69 ± 0,78 14,2 5,39 ± 0,46 24,65 8,63 ± 0,57 18,9 17,13 ± 3,72 67,91 4,35 ± 0,56 36,6 84,83 ± 19,93 73,46 94,35 ± 22,02 72,99 47,17 ± 11,01 72,99
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina

1187 692,5 ± 104,05 47,0 19,87 ± 1,76 27,8 5,58 ± 0,41 22,82 11,65 ± 0,46 12,3 26,9 ± 4,83 56,10 4,98 ± 0,66 41,6 143,75 ± 26,85 58,39 174,52 ± 36,67 65,69 87,26 ± 18,33 65,69

1188 412,5 ± 93,92 71,2 16,31 ± 1,30 22,9 3,78 ± 0,46 34,96 7,61 ± 0,73 27,4 14,95 ± 4,46 93,29 3,56 ± 0,61 49,0 65,04 ± 24,26 116,65 87,56 ± 28,47 101,65 43,78 ± 14,23 101,65

1249 702,5 ± 85,84 38,2 15,41 ± 0,80 15,9 4,01 ± 0,43 32,28 7,39 ± 0,55 22,9 17,55 ± 2,73 48,67 4,62 ± 0,50 33,6 66 ± 14,75 69,88 97,19 ± 17,33 55,77 48,59 ± 8,67 55,77

1318 717,5 ± 86,87 37,9 17,68 ± 1,07 18,9 5,26 ± 0,63 37,60 10,17 ± 0,67 20,5 25,44 ± 3,66 44,98 4,13 ± 0,49 36,9 118,14 ± 23,41 61,95 149,67 ± 23,74 49,59 74,84 ± 11,87 49,59

1388 435 ± 123,87 89,0 20,35 ± 1,23 15,9 4,44 ± 0,63 36,83 8,22 ± 0,86 27,6 18,46 ± 5,55 94,08 4,79 ± 0,79 43,3 72,11 ± 25,33 109,82 122,01 ± 38,36 98,30 61 ± 19,18 98,30

1461 612,5 ± 115,92 59,2 18,35 ± 2,13 34,8 5,17 ± 0,72 40,66 9,46 ± 0,95 30,0 19,93 ± 5,81 91,12 3,11 ± 0,62 60,1 102,67 ± 36,7 111,76 123,02 ± 40,63 103,27 61,51 ± 20,32 103,27

1536 512,5 ± 101,96 62,2 17,47 ± 1,28 22,9 5,42 ± 0,61 31,29 13,63 ± 1,32 30,2 16,89 ± 4,81 89,05 3,83 ± 0,55 45,0 60,57 ± 17,72 91,46 104,27 ± 33,71 101,07 52,14 ± 16,85 101,07

UA ind.ha-1 CV (%) DAP (cm) CV (%) Hf (m) CV (%) Ht (m) CV (%) AB (m².ha-1) CV (%) S CV (%) Vf c/c (m³.ha-1) CV (%) PS (Mg.ha-1) CV (%) C (Mg.ha-1) CV (%)

1542 597,5 ± 92,89 48,6 17,23 ± 1,16 20,7 4,61 ± 0,42 28,18 8,64 ± 0,61 21,7 18,74 ± 2,82 47,00 3,74 ± 0,53 44,1 84,99 ± 17,31 63,69 107,89 ± 17,98 52,11 53,95 ± 8,99 52,11

1616 525 ± 90,67 54,0 19,42 ± 2,43 39,1 5,89 ± 0,7 35,48 9,25 ± 0,88 29,8 20,86 ± 4,91 73,56 4,10 ± 0,71 54,1 113,23 ± 33,57 92,70 137,57 ± 37,31 84,80 68,79 ± 18,65 84,80

1618 402,5 ± 70,77 55,0 15,97 ± 0,77 14,7 3,98 ± 0,44 30,25 13,25 ± 0,67 15,5 13,44 ± 2,72 63,23 2,34 ± 0,33 42,4 28,99 ± 11,6 125,12 73,98 ± 15,78 66,71 36,99 ± 7,89 66,71

1619 291,25 ± 91,6 98,3 19,72 ± 2,98 36,6 4,78 ± 0,71 32,88 12,78 ± 0,95 17,9 13,69 ± 5,13 117,27 2,88 ± 0,47 39,2 30,3 ± 11,84 122,24 86,69 ± 35,17 126,87 43,34 ± 17,59 126,87

1693 492,5 ± 118,65 75,3 14,48 ± 0,89 18,1 4,08 ± 0,64 44,58 6,50 ± 0,70 31,9 11,73 ± 3,47 92,62 3,72 ± 0,70 55,5 47,08 ± 22,04 146,37 67,39 ± 23,73 110,12 33,7 ± 11,87 110,12

1694 337,5 ± 90,66 84,0 19,30 ± 2,58 35,1 7,01 ± 1,02 38,35 10,62 ± 1,36 33,7 14,44 ± 5,8 125,62 3,55 ± 0,66 49,1 89,71 ± 48,16 167,87 95,39 ± 47,68 156,28 47,7 ± 23,84 156,28

1703 200,63 ± 80,9 126,1 13,97 ± 0,95 14,1 2,93 ± 0,42 29,38 6,03 ± 0,59 20,4 4,17 ± 1,77 132,67 2,58 ± 0,69 55,3 13,38 ± 6,79 158,61 21,59 ± 9,49 137,43 10,79 ± 4,74 137,43

1770 437,5 ± 87,42 62,5 17,62 ± 1,31 22,3 3,91 ± 0,37 28,00 8,78 ± 0,64 21,8 14,68 ± 3,72 79,15 4,08 ± 0,65 48,1 68,91 ± 20,23 91,79 91,06 ± 26,04 89,41 45,53 ± 13,02 89,41

1774 217,5 ± 69,05 99,3 14,23 ± 1,22 22,1 4,29 ± 1,07 50,20 5,77 ± 0,80 35,6 5,09 ± 2,41 148,45 2,43 ± 0,56 59,8 16,91 ± 10,9 201,54 29,1 ± 15,55 167,11 14,55 ± 7,78 167,11

1775 414,17 ± 74,76 56,4 22,27 ± 2,30 31,5 6,41 ± 0,88 41,99 10,43 ± 1,09 31,7 21,81 ± 5,59 80,11 3,29 ± 0,61 56,1 119,94 ± 41,06 107,04 150,91 ± 45,33 93,92 75,45 ± 22,66 93,92

1787 395 ± 92,17 73,0 23,80 ± 3,53 44,5 5,55 ± 0,76 40,53 9,46 ± 1,12 35,4 23,32 ± 8,73 117,04 3,46 ± 0,67 58,4 126,7 ± 53,77 132,70 185,81 ± 96,38 162,19 92,91 ± 48,19 162,19
67

1859 285 ± 67,77 74,3 24,56 ± 2,97 35,7 4,38 ± 0,86 43,21 10,81 ± 0,83 22,7 18,65 ± 5,71 95,75 2,72 ± 0,59 63,7 35,01 ± 16,83 150,36 140,69 ± 50,17 111,50 70,34 ± 25,08 111,50

1861 367,5 ± 68,86 58,6 21,65 ± 2,91 40,8 5,15 ± 1,29 65,98 10,7 ± 0,8 22,7 16,42 ± 4,07 77,59 3,45 ± 0,57 49,9 36,72 ± 14,52 123,67 113,11 ± 32,23 89,08 56,55 ± 16,11 89,08

1864 482,5 ± 69,05 44,7 21,22 ± 2,42 35,1 4,67 ± 0,73 46,40 11,9 ± 0,94 24,2 22,6 ± 6,17 85,36 3,79 ± 0,52 42,4 80,72 ± 31,4 121,62 162,3 ± 58,73 113,15 81,15 ± 29,36 113,15

1869 452,5 ± 102,68 70,9 22,86 ± 3,25 42,0 7,58 ± 0,54 20,89 13,57 ± 0,93 20,1 28,99 ± 8,91 96,12 3,69 ± 0,61 48,8 204,44 ± 65,53 100,22 201,79 ± 66,41 102,90 100,9 ± 33,21 102,90

1959 605 ± 79,65 41,2 17,96 ± 1,26 22,0 4,11 ± 0,38 28,89 9,12 ± 0,59 20,1 20,08 ± 3,12 48,60 4,15 ± 0,46 34,3 89,93 ± 15,25 53,03 123,4 ± 23,37 59,23 61,7 ± 11,69 59,23

1961 530 ± 94,48 55,7 20,73 ± 2,31 34,4 4,58 ± 0,64 42,19 9,51 ± 0,65 21,0 22,98 ± 7,04 95,74 4,15 ± 0,62 45,7 80,67 ± 35,77 138,63 169,9 ± 65,45 120,45 84,95 ± 32,72 120,45

1965 345 ± 117,22 106,2 20,35 ± 2,53 31,4 4,33 ± 0,58 30,90 10,79 ± 1,16 27,1 16,98 ± 6,98 128,55 3,67 ± 0,75 51,9 51,75 ± 23,13 139,75 129,34 ± 61,88 149,60 64,67 ± 30,94 149,60

1970 505 ± 93,3 57,8 18,33 ± 1,61 27,1 6,33 ± 0,4 19,29 11,79 ± 0,61 16,1 18,63 ± 3,73 62,63 3,41 ± 0,68 61,9 112,65 ± 22,95 63,71 108,7 ± 22,89 65,83 54,35 ± 11,44 65,83

2051 192,5 ± 43,69 71,0 24,52 ± 3,84 44,2 6,3 ± 1,05 45,47 9,91 ± 1,33 37,9 12,61 ± 5,84 144,79 2,00 ± 0,33 46,8 73,48 ± 41,14 175,05 100,29 ± 65,44 204,03 50,15 ± 32,72 204,03
2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

2056 352,5 ± 115,42 102,4 16,12 ± 1,83 28,2 3,73 ± 0,6 38,73 6,63 ± 0,52 19,5 9,07 ± 3,01 103,77 3,69 ± 0,58 38,9 33,56 ± 13,01 121,23 52,16 ± 18,98 113,78 26,08 ± 9,49 113,78

2077 442,5 ± 115,63 81,7 15,80 ± 1,32 24,2 4,02 ± 0,54 31,08 9,23 ± 0,54 16,9 14,33 ± 4,43 96,66 3,63 ± 0,72 57,9 23,67 ± 11,02 145,57 85,01 ± 29,11 107,07 42,5 ± 14,55 107,07

2079 350 ± 106,44 95,1 18,98 ± 2,68 35,7 4,68 ± 0,51 25,84 12,56 ± 1,12 22,4 12,69 ± 4,7 115,77 2,70 ± 0,63 58,8 44,74 ± 19,7 137,70 82,98 ± 35,12 132,35 41,49 ± 17,56 132,35
UA ind.ha-1 CV (%) DAP (cm) CV (%) Hf (m) CV (%) Ht (m) CV (%) AB (m².ha-1) CV (%) S CV (%) Vf c/c (m³.ha-1) CV (%) PS (Mg.ha-1) CV (%) C (Mg.ha-1) CV (%)

2081 432,5 ± 77,8 56,2 17,48 ± 1,63 27,9 3,9 ± 0,5 33,92 9,40 ± 0,47 15,0 16,88 ± 4,42 81,83 3,30 ± 0,43 39,1 37,14 ± 19,16 161,30 109,75 ± 39,22 111,74 54,87 ± 19,61 111,74

2083 422,86 ± 89,26 66,0 24,41 ± 3,23 39,2 4,81 ± 0,66 38,70 13,8 ± 1,08 23,2 24,59 ± 6,93 88,10 3,94 ± 0,63 47,3 84,58 ± 28,95 107,04 181,59 ± 63,27 108,95 90,79 ± 31,64 108,95

2088 565 ± 77,51 42,9 18,63 ± 1,09 18,3 5,01 ± 0,46 28,98 16,21 ± 0,9 17,3 24,93 ± 4,41 55,31 3,60 ± 0,45 38,7 87,69 ± 17,92 63,90 155,04 ± 29,9 60,31 77,52 ± 14,95 60,31

2099 518,13 ± 93,66 56,5 19,45 ± 1,72 27,3 5,17 ± 0,56 33,03 12,63 ± 1,02 25,0 20,6 ± 5,65 85,77 4,05 ± 0,63 47,7 115,46 ± 39,56 107,13 136,02 ± 42,91 98,64 68,01 ± 21,45 98,64

2100 572,5 ± 108,87 59,5 15,78 ± 0,86 16,6 3,85 ± 0,43 33,48 10,58 ± 1,24 35,6 18,41 ± 4,16 70,63 3,76 ± 0,53 42,6 61,38 ± 16,41 83,60 106,42 ± 25,9 76,10 53,21 ± 12,95 76,10

2101 505 ± 147,35 91,2 15,72 ± 1,18 21,6 4,52 ± 0,77 43,98 11,57 ± 1,11 27,5 13,51 ± 4,28 99,18 3,79 ± 0,79 59,4 50,02 ± 17,97 112,34 75,36 ± 24,71 102,52 37,68 ± 12,35 102,52

2166 350 ± 68,32 61,0 19,23 ± 2,22 34,1 5,15 ± 0,59 32,12 8,89 ± 0,92 30,5 14,29 ± 4,31 94,37 3,28 ± 0,51 45,9 70,01 ± 26,6 118,77 95,59 ± 33,62 109,97 47,8 ± 16,81 109,97

2170 185 ± 65 109,9 22,24 ± 6,67 74,3 6,38 ± 1,51 53,40 9,49 ± 2,22 57,9 8,92 ± 4,12 144,25 2,50 ± 0,50 49,6 49,72 ± 26,36 165,77 66,58 ± 37,63 176,74 33,29 ± 18,82 176,74

2172 520 ± 91,38 54,9 17,49 ± 1,72 30,3 5,5 ± 0,78 43,33 9,2 ± 0,75 25,3 17,27 ± 4,76 86,25 2,74 ± 0,52 58,4 90,39 ± 31,3 108,29 110,75 ± 39,04 110,23 55,37 ± 19,52 110,23

2179 242,5 ± 63,92 82,4 27,65 ± 3,48 35,5 5,24 ± 0,59 31,75 10,33 ± 0,83 22,8 18,81 ± 5,78 96,07 2,67 ± 0,59 62,0 102,9 ± 33,75 102,54 147,23 ± 50,47 107,20 73,61 ± 25,24 107,20

2194 332,5 ± 109,93 103,4 19,90 ± 2,75 37,0 4,54 ± 0,98 46,12 10,88 ± 0,91 22,4 13,46 ± 5,21 121,08 3,60 ± 0,74 55,4 35,63 ± 18,81 165,07 91,48 ± 41,55 142,00 45,74 ± 20,77 142,00

68
2195 445 ± 67,14 47,2 17,17 ± 0,92 16,5 3,86 ± 0,6 45,59 12,02 ± 0,64 16,4 19,14 ± 3,92 64,07 3,21 ± 0,47 44,8 45,42 ± 16,28 112,05 114,33 ± 26,04 71,22 57,17 ± 13,02 71,22

2216 585 ± 89,74 48,0 17,82 ± 1,69 29,7 4,72 ± 0,53 34,73 13,02 ± 1,11 26,5 22,39 ± 4,88 68,22 3,88 ± 0,56 45,3 82,19 ± 26,32 100,14 140,19 ± 34,27 76,44 70,09 ± 17,14 76,44

2281 360 ± 82,83 71,9 14,71 ± 1,33 26,3 3,64 ± 0,54 38,88 6,55 ± 0,67 29,9 7,99 ± 2,66 103,91 3,06 ± 0,58 54,9 24,2 ± 11,23 145,04 43,86 ± 17,43 124,23 21,93 ± 8,71 124,23

2287 701,19 ± 184,29 82,2 15,78 ± 0,92 17,5 4,04 ± 0,74 52,91 6,91 ± 0,67 29,3 18,71 ± 5,68 94,92 4,43 ± 0,63 42,4 68,34 ± 27,48 125,73 106,99 ± 37,35 109,16 53,5 ± 18,68 109,16

2294 577,5 ± 72,24 39,1 18,15 ± 1,72 29,6 4,54 ± 0,38 26,04 9,40 ± 0,51 17,1 20,42 ± 6,55 100,32 3,98 ± 0,54 42,8 105,88 ± 41,5 122,55 133,44 ± 57,72 135,25 66,72 ± 28,86 135,25
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina

2310 363,61 ± 92,75 79,8 27,18 ± 3,25 34,3 5,35 ± 0,93 44,15 12,12 ± 1,06 25,0 33,4 ± 11,44 107,10 3,62 ± 0,68 54,0 112,22 ± 52,27 145,65 278,52 ± 109,46 122,89 139,26 ± 54,73 122,89

2406 260 ± 59,63 71,7 25,86 ± 2,94 33,6 4,86 ± 0,56 32,80 9,44 ± 0,84 26,4 16,93 ± 4,32 79,81 2,64 ± 0,45 50,6 76,06 ± 22,85 93,92 124,31 ± 36,38 91,50 62,15 ± 18,19 91,50

2414 425 ± 83,76 61,6 23,46 ± 3,65 46,6 5,05 ± 0,46 27,47 9,73 ± 0,77 23,9 26,65 ± 7,69 90,21 3,65 ± 0,62 51,4 157,16 ± 48,49 96,48 210,67 ± 69,92 103,78 105,33 ± 34,96 103,78

2425 302,5 ± 87,06 90,0 24,06 ± 4,90 51,5 5,22 ± 1,32 49,11 9,58 ± 0,86 22,8 19,33 ± 7,55 122,17 3,74 ± 0,66 44,9 40,56 ± 20,76 160,05 150,29 ± 69,02 143,61 75,14 ± 34,51 143,61

2510 170 ± 55,25 101,6 21,70 ± 3,14 40,1 6,49 ± 1,12 46,13 10,51 ± 1,41 37,1 8,13 ± 3,48 134,03 1,91 ± 0,45 65,8 50,78 ± 24,25 149,30 56,37 ± 27,59 153,02 28,18 ± 13,79 153,02

2512 282,5 ± 65,14 72,1 17,10 ± 1,29 22,0 4,08 ± 0,56 38,31 7,51 ± 0,59 22,8 9,03 ± 2,33 80,77 2,80 ± 0,45 46,5 39,96 ± 14,58 114,12 53,69 ± 15,69 91,35 26,84 ± 7,84 91,35

2515 202,5 ± 65,38 100,9 22,86 ± 3,17 35,1 5,96 ± 1,11 45,92 10,2 ± 1,55 38,5 11,58 ± 4,94 133,42 2,67 ± 0,64 60,6 71,01 ± 33,49 147,47 83,82 ± 39,38 146,91 41,91 ± 19,69 146,91

UA ind.ha-1 CV (%) DAP (cm) CV (%) Hf (m) CV (%) Ht (m) CV (%) AB (m².ha-1) CV (%) S CV (%) Vf c/c (m³.ha-1) CV (%) PS (Mg.ha-1) CV (%) C (Mg.ha-1) CV (%)

2530 392,5 ± 78,8 62,8 17,80 ± 1,23 21,0 4,78 ± 0,87 44,31 8,24 ± 0,77 28,3 10,79 ± 2,35 68,07 3,21 ± 0,51 48,7 19,68 ± 8,21 130,49 63,59 ± 14,96 73,54 31,79 ± 7,48 73,54

2531 417,5 ± 82,54 61,8 25,78 ± 3,08 34,3 5,63 ± 0,83 37,35 12,43 ± 1,25 28,7 32,69 ± 10,24 97,93 4,03 ± 0,73 52,0 138,77 ± 57,41 129,35 263 ± 93,37 111,01 131,5 ± 46,69 111,01

2623 160 ± 66,3 129,6 21,97 ± 2,65 25,7 5,8 ± 1,37 50,65 9,66 ± 1,40 31,0 7,38 ± 3,47 147,11 2,95 ± 0,85 61,7 38,63 ± 20,42 165,31 48,33 ± 23,81 154,05 24,17 ± 11,91 154,05

2645 468,75 ± 114,67 76,5 17,60 ± 1,47 23,9 4,93 ± 1,08 45,54 9,75 ± 0,60 17,6 15,91 ± 4,7 92,48 3,74 ± 0,62 47,7 22,44 ± 13,89 193,53 98,18 ± 32,81 104,49 49,09 ± 16,4 104,49

2987 477,5 ± 83,05 54,4 25,25 ± 2,43 30,1 6,42 ± 0,54 26,41 12,48 ± 0,66 16,6 34,06 ± 8,11 74,45 3,90 ± 0,57 45,6 217,59 ± 55,29 79,45 268,51 ± 79,46 92,54 134,25 ± 39,73 92,54

3082 250 ± 75,27 94,1 18,02 ± 2,01 28,8 5,28 ± 0,53 24,18 8,85 ± 0,92 26,7 9,78 ± 4,45 142,24 2,96 ± 0,57 49,9 42,18 ± 19,15 141,98 65,62 ± 38,18 181,95 32,81 ± 19,09 181,95

3097 415 ± 78,52 59,2 24,13 ± 2,93 36,4 5,43 ± 0,84 32,96 11,13 ± 0,71 19,1 31,29 ± 11,14 111,35 4,11 ± 0,65 47,6 55,84 ± 37,96 212,58 262,26 ± 117,2 139,73 131,13 ± 58,6 139,73

3197 103,1 ± 50,2 152,2 28,50 ± 8,89 60,7 4,73 ± 0,55 20,85 10,63 ± 0,78 14,2 10,4 ± 7,5 225,33 1,76 ± 0,50 55,0 37,78 ± 29,77 246,36 85,02 ± 68,82 253,09 42,51 ± 34,41 253,09

3309 408,61 ± 69,75 53,4 22,74 ± 2,57 35,4 4,92 ± 0,41 25,01 8,87 ± 0,72 25,3 26,44 ± 9,91 117,20 3,63 ± 0,67 57,5 133,73 ± 58,84 137,59 215,99 ± 110,89 160,53 107,99 ± 55,44 160,53

3414 297,5 ± 63,65 66,9 27,25 ± 2,87 31,1 5,23 ± 0,44 24,65 9,83 ± 0,65 19,6 23,45 ± 7,39 98,57 3,00 ± 0,55 54,6 109,51 ± 34,73 99,16 183,03 ± 70,53 120,50 91,51 ± 35,27 120,50

3416 430,83 ± 84,51 61,3 18,40 ± 1,73 28,1 4,85 ± 0,37 22,62 9,34 ± 0,44 14,0 17,13 ± 5,06 92,29 3,62 ± 0,47 39,2 80,79 ± 28,62 110,78 108,84 ± 38,14 109,58 54,42 ± 19,07 109,58
69

3427 436,07 ± 93,65 67,2 23,74 ± 3,07 38,2 4,72 ± 1,05 51,41 10,95 ± 0,8 21,6 29,49 ± 12,81 135,81 4,08 ± 0,69 50,1 94,55 ± 67,94 224,67 252,18 ± 153,54 190,38 126,09 ± 76,77 190,38

3520 295 ± 82,56 87,5 23,60 ± 3,94 43,1 5,8 ± 0,5 22,38 11,87 ± 0,66 14,3 17,65 ± 7,08 125,49 3,68 ± 0,71 49,7 101,67 ± 42,13 129,55 136,62 ± 66,65 152,55 68,31 ± 33,33 152,55
2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Árvores mortas

70
dados analisados, ocasionando uma elevada variância entre os dados.
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina

Amostrais foi superior a 100%, devido ao desvio padrão ter sido maior que a média do conjunto de
de 95%, estão apresentados na Tabela 2.16. Note que o coeficiente de variação para algumas Unidades
para as árvores vivas. Os resultados destas estimativas, com seus respectivos intervalos de confiança
que apresentavam árvores mortas. Os intervalos de confiança foram construídos da mesma forma que
média e do desvio padrão das mesmas nas 40 subparcelas de cada uma das 75 Unidades Amostrais
ajustado para o grupo “Todas as espécies” da Floresta
as árvores mortas). O volume do fuste para as árvores mortas foi estimado a partir do uso da equação
As variáveis dendrométricas calculadas para as árvores mortas são as mesmas quantificadas

Estacional Decidual. Seguindo a mesma metodologia, estas variáveis foram estimadas a partir da
para as árvores vivas (com exceção da variável número de espécies por hectare, que não existe para

Tabela 2.16. Estimativas das variáveis dendrométricas para as árvores mortas em 78 Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Valores médios com
intervalo de confiança (95%) e coeficiente de variação (CV). ind.ha-1 = número de indivíduos; DAP = diâmetro à altura do peito; CV = coeficiente de variação; Hf = altura do fuste;
Ht = altura total; AB = área basal total; Vf c/c = volume total do fuste com casca; PS = peso seco total; C = estoque de carbono total.
Table 2.16. Estimates of dendrometric variables of dead trees species within 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. Mean values with 95% confidence
interval and coefficient of variation (CV). ind.ha-1 = number of trees; DAP = DBH; Hf = stem height; Ht = total tree height; AB = total basal area; Vf c/c = stem volume with bark;
PS = total dry weight; C = total carbon stock.
UA ind.ha-1 CV (%) DAP (cm) CV (%) Hf (m) CV (%) Ht (m) CV (%) AB (m².ha-1) CV (%) Vf c/c (m³.ha-1) CV (%) PS (Mg.ha-1) CV (%) C (Mg.ha-1) CV (%)

398 67,5 ± 34,27 158,7 17,17 ± 2,9 31,7 - - 5,25 ± 1,1 39,5 1,91 ± 0,96 157,4 - - 10,9 ± 5,73 164,3 5,45 ± 2,86 164,3

435 22,5 ± 15,34 213,2 25,38 ± 5,13 24,2 3,75 ± 0,79 66,0 8,3 ± 2,36 34 1,81 ± 1,33 230,8 2,13 ± 3,82 561,3 11,56 ± 8,61 232,8 5,78 ± 4,3 232,8

438 22,5 ± 15,34 213,2 22,66 ± 8,44 44,5 3 - 6,81 ± 3,56 62,5 1,11 ± 0,87 245,0 0,11 ± 0,22 - 7,2 ± 5,88 255,1 3,6 ± 2,94 255,1

487 7,5 ± 11,19 466,5 31,43 ± 110,21 39,0 6 ± 0,9 47,1 9 ± 12,71 15,7 0,54 ± 0,78 447,6 2,8 ± 4,36 487,0 3,86 ± 5,61 454,7 1,93 ± 2,8 454,7

494 40 ± 23,8 186,1 17,14 ± 5,33 43,4 5,35 ± 0,54 31,4 8,95 ± 2,46 38,5 1,16 ± 0,9 242,7 3,11 ± 2,33 234,5 6,85 ± 5,94 271,0 3,43 ± 2,97 271,0

537 15 ± 11,57 241,1 27,32 ± 16,9 58,9 4,6 ± 0,29 19,4 9,5 ± 4,29 43 1,13 ± 1,4 385,3 4,39 ± 5,54 394,8 8,72 ± 12,08 433,1 4,36 ± 6,04 433,1

597 32,5 ± 24,44 235,1 21,81 ± 7,41 44,2 3,46 ± 0,65 59,0 4,76 ± 2,77 75,9 2,5 ± 3,45 432,3 7,65 ± 12,85 525,6 19,77 ± 30,37 480,4 9,88 ± 15,18 480,4
71

712 27,5 ± 16,17 183,9 18,91 ± 4,61 34,1 6 - 6,35 ± 1,96 43,1 0,95 ± 0,75 245,0 0,48 ± 0,97 - 5,97 ± 5,09 266,4 2,98 ± 2,54 266,4

918 17,5 ± 14,28 255,1 16,18 ± 5,38 31,7 6 - 8,97 ± 0,53 5,6 0,41 ± 0,39 300,5 0,54 ± 1,08 - 2,27 ± 2,28 313,9 1,13 ± 1,14 313,9

941 7,5 ± 8,53 355,7 13,48 ± 5,72 17,1 - - 4,67 ± 7,17 61,9 0,11 ± 0,13 368,5 - - 0,53 ± 0,64 373,1 0,27 ± 0,32 373,1

1000 42,5 ± 33,88 249,3 18,63 ± 5,91 37,9 - - 6,74 ± 1,51 26,7 1,4 ± 1,11 248,2 - - 8,41 ± 6,72 249,8 4,21 ± 3,36 249,8

1123 5 ± 7,06 441,4 24,67 ± 6,07 2,7 - - 3,25 ± 22,24 76,1 0,24 ± 0,34 441,8 - - 1,48 ± 2,1 441,9 0,74 ± 1,05 441,9

1187 62,5 ± 24,76 123,9 17,05 ± 2,52 30,7 3,28 ± 0,54 51,8 5,88 ± 1,34 47,4 1,56 ± 0,71 142,1 2,67 ± 1,9 222,9 8,89 ± 4,28 150,5 4,44 ± 2,14 150,5

1188 15 ± 11,57 241,1 11,46 ± 0,94 7,9 - - 3,5 ± 1,45 39,4 0,16 ± 0,12 244,0 - - 0,71 ± 0,55 245,2 0,35 ± 0,28 245,2

1249 17,5 ± 14,28 255,1 18,81 ± 2,2 11,1 - - 4,5 ± 1,05 22,2 1,05 ± 0,99 294,9 - - 6,28 ± 5,94 295,8 3,14 ± 2,97 295,8

1318 35 ± 21,18 189,2 15,86 ± 2,95 27,7 - - 7,24 ± 2,36 48,6 0,75 ± 0,46 191,5 - - 4,04 ± 2,54 196,7 2,02 ± 1,27 196,7
2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

1388 30 ± 24,24 252,6 22,06 ± 6,79 33,3 - - 4,56 ± 1,73 41 1,37 ± 1,37 311,9 - - 8,93 ± 9,33 326,6 4,47 ± 4,66 326,6

1461 27,5 ± 20,47 232,7 28,4 ± 14,72 56,0 - - 10,07 ± 5,14 55,2 2,99 ± 3,78 394,9 - - 26,59 ± 38,22 449,4 13,3 ± 19,11 449,4

1536 30 ± 20,74 216,2 31,37 ± 17,56 72,8 5 ± 0,9 56,6 8,57 ± 3 45,5 3,33 ± 3,27 307,0 3,8 ± 7,1 584,7 28,22 ± 29,2 323,6 14,11 ± 14,6 323,6
UA ind.ha-1 CV (%) DAP (cm) CV (%) Hf (m) CV (%) Ht (m) CV (%) AB (m².ha-1) CV (%) Vf c/c (m³.ha-1) CV (%) PS (Mg.ha-1) CV (%) C (Mg.ha-1) CV (%)

1542 50 ± 19,16 119,8 18,28 ± 3,82 42,1 - - 7,61 ± 1,43 37,7 1,66 ± 1,05 197,8 - - 10,3 ± 7,58 230,1 5,15 ± 3,79 230,1

1616 57,5 ± 23,9 130,0 18,76 ± 3,72 39,9 - - 6,54 ± 1,71 52,8 1,81 ± 0,93 160,4 - - 11,17 ± 6,29 176,0 5,59 ± 3,14 176,0

1618 25 ± 15,78 197,4 16,28 ± 4,32 34,6 8 - 7,33 ± 2,27 40,3 0,81 ± 0,67 259,6 0,61 ± 1,24 - 4,54 ± 3,88 267,2 2,27 ± 1,94 267,2

1619 42,5 ± 23,9 175,8 23,13 ± 5,02 34,1 8,17 ± 0,72 27,6 10,9 ± 1,8 25,9 2,14 ± 1,49 217,6 4,86 ± 7,32 471,2 14 ± 10,32 230,4 7 ± 5,16 230,4

1693 62,5 ± 33,73 168,7 16,4 ± 3,42 36,1 - - 5,01 ± 1,12 38,8 1,91 ± 1,47 240,4 - - 11,3 ± 9,6 265,4 5,65 ± 4,8 265,4

1694 32,5 ± 23,34 224,6 19,42 ± 6,82 49,1 1 - 7,75 ± 3,11 56 1,54 ± 1,25 254,7 0,04 ± 0,08 - 9,57 ± 7,93 259,0 4,79 ± 3,96 259,0

1703 55,63 ± 37 208,0 16,54 ± 3,77 31,9 - - 4,27 ± 0,56 18,2 1,36 ± 0,92 212,0 - - 7,5 ± 5,23 218,2 3,75 ± 2,62 218,2

1770 32,5 ± 20,97 201,8 20,18 ± 5,32 36,8 4,2 ± 0,53 39,1 6,03 ± 2,18 50,5 1,15 ± 0,8 218,3 2,33 ± 2,4 322,8 7,09 ± 5,16 227,4 3,54 ± 2,58 227,4

1774 20 ± 18,03 281,9 18,25 ± 3,82 16,9 - - 5,3 ± 1,43 21,7 0,66 ± 0,64 305,8 - - 3,76 ± 3,72 309,4 1,88 ± 1,86 309,4

1775 32,5 ± 18,3 176,1 22,72 ± 4,34 28,4 - - 6,93 ± 2,09 44,9 1,68 ± 1,26 234,6 - - 10,92 ± 8,79 251,7 5,46 ± 4,4 251,7

1787 20 ± 16,52 258,2 20,05 ± 15,59 74,1 - - 5,58 ± 2,78 47,5 0,9 ± 1,08 375,6 - - 6,43 ± 8,36 406,5 3,21 ± 4,18 406,5

72
1859 20 ± 14,84 232,0 17,62 ± 7,42 45,5 3 - 5,86 ± 2,03 37,4 0,76 ± 0,9 368,7 0,16 ± 0,32 - 5,18 ± 6,73 406,2 2,59 ± 3,37 406,2

1861 35 ± 19,9 177,8 28,73 ± 6,67 36,5 3 - 6,36 ± 1,78 44,1 2,57 ± 1,71 208,7 0,84 ± 1,7 - 18,21 ± 12,65 217,2 9,1 ± 6,33 217,2

1864 32,5 ± 16,81 161,7 26,27 ± 8,19 49,1 4,5 ± 0,55 38,5 7,92 ± 2,53 50,4 2,47 ± 1,98 250,5 7,13 ± 10,02 439,1 18,86 ± 16,54 274,2 9,43 ± 8,27 274,2

1869 12,5 ± 10,71 267,9 30,15 ± 16,82 44,9 5,07 ± 0,68 42,0 10,47 ± 5,33 41 1,3 ± 1,32 318,4 6,6 ± 7,24 342,7 9,38 ± 9,87 329,0 4,69 ± 4,93 329,0

1959 45 ± 27,05 188,0 20,35 ± 6,43 49,7 3,03 ± 0,57 58,9 5,26 ± 1,76 52,7 1,75 ± 1,15 204,7 2,55 ± 2,94 360,3 11,26 ± 7,77 215,8 5,63 ± 3,89 215,8
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina

1961 30 ± 16,52 172,1 27,4 ± 10,34 56,2 3,88 ± 0,5 39,9 5,18 ± 1,15 32,9 2,34 ± 1,93 258,4 3,35 ± 5,06 473,1 17,9 ± 16,15 282,2 8,95 ± 8,08 282,2

1965 15 ± 18,54 386,4 24,37 ± 27,46 45,4 4,5 - 8 ± 2,48 12,5 0,96 ± 1,32 429,4 2,15 ± 4,34 - 6,62 ± 9,17 432,9 3,31 ± 4,59 432,9

1970 30 ± 19,43 202,5 21,56 ± 7,45 44,9 4,72 ± 0,77 51,1 9,83 ± 3,47 46 1,62 ± 1,28 247,0 8,17 ± 6,76 258,9 10,45 ± 8,83 264,2 5,22 ± 4,41 264,2

2051 7,5 ± 11,19 466,5 11,78 ± 8,09 7,6 - - 3,75 ± 9,53 28,3 0,09 ± 0,13 481,9 - - 0,39 ± 0,61 485,4 0,2 ± 0,31 485,4

2056 17,5 ± 12,31 219,9 17,37 ± 9,55 59,4 - - 4,29 ± 1,83 46,1 0,54 ± 0,65 374,6 - - 3,5 ± 4,8 428,6 1,75 ± 2,4 428,6

2077 20 ± 16,52 258,2 14,91 ± 3,99 25,5 - - 6,83 ± 2,52 35,1 0,36 ± 0,31 270,7 - - 1,88 ± 1,67 278,0 0,94 ± 0,83 278,0

2079 12,5 ± 12,93 323,4 26,38 ± 5,7 13,6 3,5 ± 0,23 20,2 7,38 ± 3,97 33,8 0,7 ± 0,73 326,4 1,38 ± 2,22 501,8 4,56 ± 4,8 329,0 2,28 ± 2,4 329,0

UA ind.ha-1 CV (%) DAP (cm) CV (%) Hf (m) CV (%) Ht (m) CV (%) AB (m².ha-1) CV (%) Vf c/c (m³.ha-1) CV (%) PS (Mg.ha-1) CV (%) C (Mg.ha-1) CV (%)

2081 22,5 ± 16,97 235,8 21,86 ± 10 49,5 6 - 6,25 ± 0,85 14,8 1,21 ± 1,05 272,7 0,15 ± 0,3 - 7,69 ± 6,98 283,8 3,85 ± 3,49 283,8

2083 27,5 ± 19,14 217,7 22,14 ± 7,57 44,5 5,67 ± 1,21 66,8 7,56 ± 2,83 48,7 1,17 ± 0,91 244,1 1,07 ± 1,59 464,9 7,65 ± 6,38 260,9 3,83 ± 3,19 260,9

2088 40 ± 21,48 167,9 22,91 ± 5,24 36,0 2,5 ± 0,23 28,3 9,49 ± 1,67 27,6 2,65 ± 1,81 213,7 0,17 ± 0,25 445,7 17,59 ± 12,59 223,8 8,79 ± 6,29 223,8

2099 28,13 ± 16,51 183,6 17,19 ± 5,57 45,3 5,13 ± 0,77 46,7 6,9 ± 1,89 38,3 0,88 ± 0,8 284,9 2,99 ± 3,99 416,9 5,49 ± 5,46 311,0 2,74 ± 2,73 311,0

2100 40 ± 27,86 217,8 19,7 ± 4,85 34,4 5,11 ± 0,81 49,4 6,4 ± 1,66 36,2 1,92 ± 1,45 235,5 2,69 ± 3,63 423,0 11,78 ± 9,46 251,2 5,89 ± 4,73 251,2

2101 27,5 ± 19,14 217,7 17,97 ± 3,65 26,4 4,56 ± 0,64 44,1 8,72 ± 3,49 52 0,83 ± 0,55 207,8 3,42 ± 2,71 247,4 4,65 ± 3,19 214,4 2,33 ± 1,6 214,4

2166 10 ± 9,72 303,8 20,61 ± 5,6 17,1 - - 4,5 ± 0,92 12,8 0,34 ± 0,35 318,6 - - 2 ± 2,07 325,1 1 ± 1,04 325,1

2170 10 ± 9,72 303,8 35,01 ± 23,61 42,4 - - 5 ± 5,36 67,3 1,09 ± 1,32 378,2 - - 8,5 ± 10,96 403,4 4,25 ± 5,48 403,4

2172 20 ± 14,84 232,0 19,58 ± 11,66 64,4 - - 5 ± 2,45 52,9 0,75 ± 0,87 362,3 - - 5,14 ± 6,77 411,7 2,57 ± 3,38 411,7

2179 62,5 ± 25,8 129,1 24,06 ± 9,08 75,9 3 ± 0,33 34,5 5,28 ± 1,06 40,2 3,96 ± 2,82 222,6 8,14 ± 7,85 301,6 31,25 ± 24,64 246,5 15,62 ± 12,32 246,5

2194 7,5 ± 8,53 355,7 24,72 ± 57,75 94,0 - - 5 ± 6,57 52,9 0,57 ± 1,06 576,9 - - 4,61 ± 8,86 601,0 2,3 ± 4,43 601,0
73

2195 12,5 ± 12,93 323,4 20,11 ± 10,53 32,9 4 - 5,67 ± 4,31 47,8 0,44 ± 0,48 338,2 0,27 ± 0,56 - 2,57 ± 2,89 351,4 1,29 ± 1,44 351,4

2216 47,5 ± 26,1 171,8 21,82 ± 6,02 47,7 5,38 ± 1 57,9 9,79 ± 2,06 36,5 2,36 ± 1,7 225,5 4,37 ± 3,72 265,9 15,84 ± 11,8 233,0 7,92 ± 5,9 233,0

2287 7,5 ± 8,53 355,7 13,48 ± 7,17 21,4 - - 3,67 ± 2,87 31,5 0,11 ± 0,13 375,0 - - 0,54 ± 0,66 381,4 0,27 ± 0,33 381,4

2294 30 ± 20,74 216,2 15,37 ± 2,57 21,7 2,73 ± 0,27 30,4 5 ± 1,22 31,6 0,68 ± 0,6 273,9 1,38 ± 1,52 345,3 3,67 ± 3,34 284,7 1,84 ± 1,67 284,7

2310 10 ± 9,72 303,8 36,76 ± 26,04 44,5 6 - 6,75 ± 3,98 37 1,22 ± 1,44 369,0 5,16 ± 7,32 - 9,69 ± 11,9 384,0 4,84 ± 5,95 384,0

2406 15 ± 13,65 284,4 24,73 ± 7,64 24,9 - - 3,5 ± 2,48 57,1 0,71 ± 0,66 290,7 - - 4,48 ± 4,35 303,3 2,24 ± 2,17 303,3

2414 47,5 ± 26,1 171,8 22,36 ± 5,79 40,7 2,93 ± 0,14 15,4 6,16 ± 1,72 44 2,51 ± 1,78 221,8 2,2 ± 2,07 294,2 17,89 ± 13,47 235,3 8,95 ± 6,73 235,3

2425 20 ± 12,96 202,5 27,33 ± 18,85 82,5 - - 6,75 ± 2,59 45,8 1,87 ± 2,55 425,6 - - 16,4 ± 25,32 482,7 8,2 ± 12,66 482,7

2515 20 ± 16,52 258,2 23,32 ± 10,08 41,2 - - 5,96 ± 3,84 61,5 0,84 ± 0,77 284,3 - - 5,46 ± 5,3 303,7 2,73 ± 2,65 303,7
2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

2530 30 ± 19,43 202,5 15,93 ± 4,18 34,2 - - 5,17 ± 1,82 45,9 0,59 ± 0,42 224,2 - - 3,22 ± 2,52 244,6 1,61 ± 1,26 244,6

2531 17,5 ± 14,28 255,1 24,59 ± 9,38 36,4 9 ± 2,71 94,3 8,17 ± 4,06 47,4 1,03 ± 1,11 336,1 1,75 ± 2,49 445,5 7,01 ± 7,95 354,3 3,51 ± 3,97 354,3

2623 7,5 ± 8,53 355,7 21,11 ± 30,34 57,8 - - 5,33 ± 7,59 57,3 0,32 ± 0,5 483,8 - - 2,13 ± 3,52 517,1 1,06 ± 1,76 517,1
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

2.4 Discussão
CV (%)

273,5

262,7

269,4

254,0

632,5

314,2

239,4

261,6

377,9

217,7
A partir dos dados obtidos pelas estimativas das variáveis dendrométricas da Floresta

17,68 ± 12,31
13,85 ± 11,63

Estacional Decidual em Santa Catarina, foi possível comparar estes valores com outros trabalhos
C (Mg.ha-1)

0,99 ± 0,87

2,03 ± 1,75

3,88 ± 3,15

0,96 ± 1,94

9,39 ± 9,43

1,73 ± 2,09
6,67 ± 5,11

6,8 ± 5,69
desenvolvidos no âmbito da Floresta Estacional Decidual no Brasil. É importante salientar que as
variáveis dendrométricas estimadas representam um conjunto de 78 Unidades Amostrais inseridas na
Floresta Estacional Decidual. Outros trabalhos encontrados na literatura, são realizadas muitas vezes
CV (%)

273,5

262,7

269,4

254,0

632,5

314,2

239,4

261,6

377,9

217,7
pontualmente num único local, não representando uma área de abrangência ampla, como representa a
amostragem realizada pelo IFFSC.
27,69 ± 23,26

18,77 ± 18,86

13,34 ± 10,22

35,36 ± 24,61
PS (Mg.ha-1)

13,6 ± 11,38
1,98 ± 1,74

4,07 ± 3,51

1,92 ± 3,88

3,46 ± 4,19
7,76 ± 6,3

A Tabela 2.17 mostra detalhadamente a comparação entre as variáveis dendrométricas de


alguns trabalhos encontrados na literatura com os valores obtidos pelo IFFSC.
CV (%)

Tabela 2.17. Comparação entre as variáveis dendrométricas das árvores vivas na Floresta Estacional Decidual em Santa
265,0

543,7

485,8

207,1
-

Catarina com sete trabalhos no Brasil. 1 = Scolforo et al. (2008); 2 e 3 = Brun (2004); 4 = Vogel et al. (2006); 5 e 6 = Ruschel
et al. (2009); 7 = Kilca & Longhi (2011).
Vf c/c (m³.ha-1)

Table 2.17. Comparison of dendrometric variables of living trees in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina with seven
21,58 ± 18,29

27,06 ± 17,92
0,99 ± 1,72

0,38 ± 0,77

0,28 ± 0,44
0,55 ± 1,11

other studies. 1 = Scolforo et al. (2008); 2 e 3 = Brun (2004); 4 = Vogel et al. (2006); 5 e 6 = Ruschel et al. (2009); 7 = Kilca
-

& Longhi (2011).

OUTROS TRABALHOS
CV (%)

VARIÁVEL IFFSC
266,9

251,1

247,6

235,9

632,5

289,9

228,3

242,2

348,2

200,1

1 2 3 4 5 6 7
AB (m².ha-1)

0,38 ± 0,33

3,66 ± 2,94

0,68 ± 0,54

1,17 ± 0,88

0,26 ± 0,53

2,53 ± 2,35

1,89 ± 1,38

2,01 ± 1,56

0,56 ± 0,62

4,39 ± 2,81

Limite de inclusão DAP (cm) 10 5 3,2 3,2 3,2 5 5 9,6

DAP (cm) 19,55 - 7,50 8,0 - 13,3 14,6 21,8


CV (%)

17,5

47,5

18,1

34,5

26,4

32,5

29,2
18

Altura do fuste (m) 5,03 - 5,60 6,0 - 5,7 6,9 -


-

10,31 ± 1,82

Altura total (m) 10,0 7,91 9,10 9,7 - 8,5 9,1 12,54
8,65 ± 2,48

8,23 ± 1,14

8,33 ± 2,21

8,02 ± 1,52

8,73 ± 1,05
6,11 ± 1,12

6,3 ± 2,54
10,26 ± 0

9,69 ± 0
Ht (m)

Nº de indivíduos (ind.ha-1) 459,78 973 5167,0 4167,0 - - - 714,0


CV (%)

39,1

28,3

70,7

26,6

Área basal total (m².ha-1) 19,83 16,21 26,60 28,5 - - - 28,55


-

-
5,93 ± 0,74

8,45 ± 0,72
5 ± 0,45

2 ± 0,45

Nº de espécies 38,37 - - - - - - 50,7


Hf (m)

Volume do fuste c/c (m³.ha-1) 84,01 - - - - - - -


CV (%)

29,8

50,0

39,5

41,2

39,8

36,1

57,3

26,8

45,6
-

Peso seco (Mg. ha-1) 135,92 88,69 102,26 157,64 210,0 - - -


15,01 ± 4,69

18,36 ± 5,57

20,87 ± 6,61

22,57 ± 6,43

26,17 ± 7,27

22,66 ± 8,73

18,49 ± 6,16

35,85 ± 9,87
29,12 ± 8,8
DAP (cm)

36,61 ± 0

Carbono (Mg. ha-1) 67,96 38,10 - - - - - -

A comparação entre as estimativas das variáveis dendrométricas do IFFSC com as obtidas pelos
CV (%)

diferentes trabalhos mostrou semelhança em alguns parâmetros.


275,4

152,4

188,0

175,4

632,5

205,6

201,2

207,7

286,1

156,2

O DAP médio (cm) encontrado pelo IFFSC (19,55) foi superior aos encontrados pelos trabalhos
de Brun (2004) (7,5 e 8,0), Vogel et al. (2006) (13,3) e Ruschel et al. (2009) (14,6) respectivamente,
30,63 ± 19,71

43,33 ± 28,79
22,5 ± 19,82

22,5 ± 13,53

42,5 ± 27,94

17,5 ± 16,01

37,5 ± 18,73
35 ± 17,06

25 ± 14,02

2,5 ± 5,06
ind.ha-1

porém inferior ao encontrado por Kilca & Longhi (2011) (21,8).


A altura total média (m) encontrada pelo IFFSC (10,0) foi superior quando comparada com
os estudos Scolforo et al. (2008) (7,91), Brun (2004) (9,1 e 9,7), Ruschel et al. (2009) (8,5 e 9,1)
2645

2987

3082

3097

3197

3309

3414

3416

3427

3520
UA

respectivamente, porém, inferior aos resultados de Kilca & Longhi (2011) (12,54).

74 75
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

O número de indivíduos por hectare (ind.ha-1) do IFFSC (459,8) foi muito inferior quando SAR. Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de Santa Catarina. 2005. Inventário
comparado com os trabalhos Scolforo et al. (2008) (973), Brun (2004) (5.167 e 4.167) e Kilca & Florístico Florestal de Santa Catarina. Relatório do Projeto Piloto. Florianópolis. SAR (mimeo).
Longhi (2011) (714) respectivamente. Este resultado, como aquele do DAP, certamente é influenciado
pelo critério de inclusão adotado na medição das árvores, pois no IFFSC se utilizou como critério de Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Lingner, D.V.; Gasper, A.L. de; Sabbagh, S. 2010. Inventário
inclusão o DAP ≥ 10 cm, enquanto para os trabalhos 1, 2, 3 e 7 usaram-se a circunferência à altura do florístico florestal de Santa Catarina (IFFSC): aspectos métodológicos e operacionais. Pesquisa
peito (CAP) ≥ 15, 7, 10, 10 e 30 cm, respectivamente. Florestal Brasileira 30(64): 291-302.
A área basal média por hectare (m².ha-1) encontrada pelo IFFSC (19,83) foi inferior quando Vibrans, A.C.; McRoberts, R.E.; Moser, P.; Nicoletti, A. 2013. Using satellite image-based
comparada com os trabalhos de Brun (2004) e Kilca & Longhi (2011), que apresentaram 26,6, 28,5 e maps and ground inventory data to estimate the remaining Atlantic forest in the Brazilian state of Santa
28,55 m².ha-1, respectivamente, porém superior ao trabalho de Scolforo et al. (2008) (16,21 m².ha-1). Catarina. Remote Sensing of Environment 130: 87-95.
O número de espécies médio encontrado pelo IFFSC (38,37) foi inferior quando comparado ao
estudo de Kilca & Longhi (2011), no qual foram encontradas, em dez fragmentos de Floresta Estacional Vogel, H.L.M.; Schumacher, M.V.; Trüby, P. 2006. Quantificação da biomassa em uma floresta
Subtropical no Rio Grande do Sul, em média 50,7 espécies. estacional decidual em Itaara, RS, Brasil. Ciência Florestal 16(4): 419-425.
O peso seco (Mg.ha-1) encontrado no IFFSC (135,92) foi superior quando comparado com
os trabalhos de Scolforo et al. (2008) e Brun (2004) que apresentaram 88,69 e 102,26 Mg.ha-1,
respectivamente. Já os trabalhos de Brun (2004) e Vogel et al. (2006) encontraram peso seco superior
ao do IFFSC, acusando 157,64 e 210 Mg.ha-1, respectivamente.
Poucos trabalhos no âmbito da Floresta Estacional Decidual abordam o estoque de carbono
médio contido nas árvores. Dentre os trabalhos analisados, apenas o de Scolforo et al. (2008) quantificou
o estoque de carbono, encontrando 38,1 Mg.ha-1, valor inferior ao obtido pelo IFFSC (67,96).
Brun (2004) analisou uma Floresta Estacional Decidual secundária em Santa Tereza, Rio Grande
do Sul, encontrando valores médios para a biomassa total de 157,64 Mg.ha-1, enquanto a biomassa total
correspondeu a 52,41% da madeira do fuste.
Vogel et al. (2006), na quantificação da biomassa total acima do solo em uma Floresta Estacional
Decidual em Itaara, Rio Grande do Sul, encontraram valores de 210 Mg.ha-1, sendo que a madeira do
fuste das árvores corresponderam a 43,3% do total da biomassa.

Referências

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incidence-based species accumulation curves. Ecology 85: 2717-2727.

FAO. Food and Agriculture Organization. 2009. National Forest Monitoring and Assessment –
Manual for integrated field data collection. NFMA Paper37/N. Roma.

Geoambiente Sensoriamento Remoto Ltda. 2008. Projeto de Proteção da Mata Atlântica em


Santa Catarina (PPMA/SC). Relatório Técnico do Mapeamento Temático Geral do Estado de Santa
Catarina. São José dos Campos. Geoambiente.

Gotelli, N.J.; Colwell, R.K. 2001. Quantifying biodiversity: procedures and pitfalls in the
measurement and comparison of species richness. Ecology Letters 4: 379-391.

Kersten, R.A.; Galvão, F. 2011. Suficiência Amostral em Inventário Florísticos e


Fitossociológicos. In: Felfili, J.M.; Eisenlohr, P.V.; Melo, M.M.R.F.; Andrade, L.A.; Neto, J.A.A.M.
(eds.). Fitossociologia no Brasil: Métodos e estudos de casos. Viçosa. UFV.

Pellico, N.S.; Brena, D.A. 1997. Inventario florestal. Curitiba. Edição dos autores.

Ribeiro, M.C.; Metzger, J.P.; Martensen, A.C.; Ponzoni, F.J.; Hirota, M.M. 2009. The Brazilian
Atlantic Forest: How much is left, and how is the remaining forest distributed? Implications for
conservation. Biological Conservation 142: 1141-1153.

76 77
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina

78
Capítulo 3
Floresta Estacional Decidual

Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta


Estacional Decidual em Santa Catarina1

Diameter-height, tree volume and biomass equations for Seasonal Deciduous Forest
in Santa Catarina

Alexander Christian Vibrans, Paolo Moser,


João Paulo de Maçaneiro, Débora Vanessa Lingner,
Luana Silveira e Silva

Este capítulo é dedicado aos escaladores José Francisco Torres,


Deunízio Stano, Eder Caglioni, Felipe Borsoi Saulo, Raphael Borsoi Saulo,
Renato Schmitz e Simone Silveira

Resumo
Modelos hipsométricos, volumétricos e de peso seco foram avaliados com base nos dados coletados em 78
Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina, entre 2008 e 2009. Modelos hipsométricos
foram ajustados a partir de 271 alturas medidas e também a partir de 388 alturas estimadas, sorteadas entre 14.714
alturas estimadas. Os resultados de dez modelos diferentes para Nectandra megapotamica, Ocotea puberula e
o grupo das “Demais espécies” foram ranqueados de acordo com o R² e erro padrão relativo. A análise residual
foi realizada para assegurar normalidade, independência e homocedasticidade dos resíduos. A identidade dos
melhores modelos foi testada usando o teste F modificado por Graybill. As melhores equações de ambas as bases
de dados foram consideradas estatisticamente iguais mediante teste z (p>0.01). Equações para o volume com
casca foram ajustadas com base em 300 cubagens rigorosas de árvores em pé, para Nectandra megapotamica,
Ocotea puberula, “Demais espécies” e “Todas as espécies”, usando nove modelos diferentes. Ranking e controle
de qualidade foram realizados assim como para os modelos hipsométricos. Equações alométricas para estimativas
de peso seco oriundas de outros estudos em Florestas Estacionais Deciduais no Sul e Sudeste do Brasil foram
comparadas e aplicadas para estimar peso seco e estoque de carbono de árvores vivas e mortas em pé.

Abstract
Diameter-height, tree volume and biomass equations for trees of the Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina
were derived from a data set collected by the IFFSC in 78 Sample Plots during 2008 and 2009. Tree height
equations were adjusted using data from 271 measured tree heights and from 388 estimated tree heights, randomly
chosen from 14.714 trees. Results of ten diameter-height models for Nectandra megapotamica, Ocotea puberula
and “Other tree species” were ranked following R² and relative standard error. Residual normality, independence
and homoscedasticity were analyzed, both based on measured and estimated heights. Identity of best fitting
equations was tested by Graybill’s modified F test. Equations from the two data sets were considered statistically
equal by z test (p>0.01). Stem volume (including bark) equations were adjusted based on taper measurements of
300 standing trees of Nectandra megapotamica, Ocotea puberula, “Other tree species” and “All tree species”,
using nine different tree volume models. Ranking and quality checking were performed for all stem volume
equations. Allometric biomass equations developed in other sites within Seasonal Deciduous Forest in southern
Brazil were compared and used to estimate total living and standing dead tree biomass and carbon stocks.

1
Vibrans, A.C.; Moser, P., Maçaneiro, J.P. de; Lingner, D.V.; Silveira e Silva, L. 2012. Equações hipsométricas, volumétricas e de peso
seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. In: Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Gasper, A.L. de; Lingner, D.V. (eds.).
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, Vol. II, Floresta Estacional Decidual. Blumenau. Edifurb.

81
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

3.1 Introdução Após ajuste de modelos para os dados medidos com hipsômetro e para os dados estimados pelo
engenheiro de campo, os dois modelos para cada classe foram comparados, por meio do teste z e do
O diâmetro ou a circunferência das árvores na altura padrão (a 1,30 m do solo) é uma variável teste de identidade de modelos.
que pode ser medida mais facilmente e com maior precisão entre as variáveis dendrométricas em
inventários florestais. A medição do diâmetro nas demais alturas do fuste das árvores, bem como da
altura deste fuste e da altura total das árvores são variáveis indispensáveis para a estimativa de volume e Tabela 3.1. Número de indivíduos medidos e utilizados para o ajuste das equações de regressão nos dados medidos com
hipsômetro e estimados pelo engenheiro de campo na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina, com intervalo de
do peso seco das árvores, mas são de difícil e dispendiosa medição, considerando precisão, tempo, mão- DAP.
de-obra e custo. Como estas são correlatas ao diâmetro à altura do peito (DAP), foram estimadas para Table 3.1. Number of trees measured and used to adjust diameter-height equations for measured and estimated heights in
toda a população (ou comunidade) a partir do ajuste de modelos baseados em medições de diâmetro e a Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina, with DBH range.
variável dependente em questão numa subamostra de árvores (Finger 1992, Husch et al. 2003). Hipsômetro Estimativa de campo
Como na literatura não foram encontradas equações descrevendo a relação hispométrica para Espécie Número de Número de
Amostra DAP (cm) Amostra DAP (cm)
indivíduos indivíduos
as florestas de Santa Catarina, a coleta de dados para ajuste de modelos hipsométricos foi realizada utilizada min./max. utilizada min./max.
medidos estimados
de duas maneiras: a) em cada uma das Unidades Amostrais foi medido com hipsômetro a altura de
até oito árvores, totalizando 271 árvores, abrangendo todas as classes diamétricas; b) paralelamente a Nectandra megapotamica 46 46 10 / 61 958 282 10 / 60
estas medições, as alturas total e do fuste de todas as 14.714 árvores do componente arbóreo/arbustivo
(DAP ≥ 10 cm), foram estimadas pelo engenheiro de campo durante os levantamentos, além do Ocotea puberula 89 89 10 / 61 1.151 296 10 / 68
registro das demais variáveis de cada árvore (Capítulo 2 do Volume I). O objetivo deste procedimento
foi obter dados para o ajuste de modelos hipsométricos, considerando toda variabilidade de valores Demais espécies 206 136 11 / 62 12.605 388 10 / 61
causada pelas diferentes condições de sítio e fatores ambientais ao longo da área de abrangência da
Floresta Estacional Decidual. O segundo objetivo foi de comparar os modelos resultantes com modelos
baseados nas estimativas de altura feitas em campo, para validar os primeiros e subsidiar a definição Os modelos hipsométricos testados, com os coeficientes βi determinados e os parâmetros
de rotinas de trabalho em futuros ciclos do IFFSC. O ajuste de modelos volumétricos para o volume estatísticos listados, foram organizados pelo ranking sugerido por Bartoszeck (2000).
do fuste, por sua vez, baseou-se na cubagem rigorosa em pé do fuste de 300 árvores, realizada pelo
escalador de cada equipe de campo. Entende-se como fuste o tronco principal da árvore até a inserção
dos primeiros galhos da copa. Diante das impossibilidades legais e das dificuldades administrativas de Em seguida, foram executadas a análise visual dos gráficos dos resíduos de cada modelo e,
realizar levantamentos de peso seco em florestas pelo método destrutivo (quando árvores são cortadas para eliminar qualquer intervenção subjetiva, efetuaram-se os seguintes testes: Kolmogorov-Smirnov
para esta finalidade), foram usadas as equações encontradas na literatura para florestas estacionais (para aderência à normalidade), sequências/runs test (para aleatoriedade) e Brown-Forsythe (para
no Sul e Sudeste do Brasil para as estimativas de peso seco a partir do diâmetro e da altura total das homocedasticicidade). Apresentaram-se, de forma a corroborar as conclusões, os valores p relativos a
árvores. Embora, em campo, tenha sido levantada a circunferência à altura do peito (CAP) das árvores, cada teste. Considerando a quantidade massiva de dados dos modelos ajustados com base nos dados
utilizou-se, neste capítulo, o diâmetro (DAP) como variável independente no ajuste dos modelos, com estimados, foram sorteados 80 resíduos do conjunto residual destes modelos, com o intuito de aprimorar
exceção de alguns modelos para estimativa do peso seco. a apresentação residual e facilitar os testes estatísticos. Apresentaram-se também o resultado do teste
z , com seu respectivo valor p, para determinar se os dois modelos medem, em média, um conjunto de
alturas estatisticamente iguais. Por fim, realizou-se o teste de identidade de modelos, para investigar se
ambos os modelos (medido e estimado) são iguais do ponto de vista estatístico. O valor p deste teste
3.2 Modelos para estimativa da altura total das árvores
também é reportado. Para todos os testes de hipóteses foi adotado α = 0, 01 .
3.2.1 Metodologia Foram ajustados 10 modelos de relação hipsométrica para estimativa da altura total do fuste cujas
Os modelos hipsométricos foram ajustados a partir de duas bases de dados, uma contendo 1 1
as alturas das árvores medidas com o hipsômetro e outra contendo as alturas estimadas em campo variáveis independentes são: d, d², d³, , e ln d. Os ajustes tiveram como variáveis dependentes:
d d2
pelo engenheiro da equipe. Para duas espécies com número suficiente de árvores medidas, Nectandra
megapotamica e Ocotea puberula, foram ajustados modelos específicos; para o grupo das “Demais Ht, log Ht, ln Ht, log (Ht – 1,3), 1 e 1 . As equações utilizadas estão representadas na
espécies”, no qual foram desconsideradas do conjunto de dados as duas espécies a cima citadas, foi H
t − 1,3
1

ajustado um modelo genérico. Tabela 3.2. (Ht − 1,3) 3

Para facilitar a manipulação dos dados estimados pelos engenheiros de campo, realizou-se uma
amostragem aleatória dos mesmos com o objetivo de reduzir o número de dados, mantendo, entretanto,
a significância estatística da amostra. Para os dados medidos pelo hipsômetro, este procedimento não
foi necessário, face ao reduzido número de árvores amostradas. O número de indivíduos utilizados
para cada regressão (sem outliers, excluídos, seguindo metodologia detalhada no Volume I) consta na
Tabela 3.1.

82 83
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

Tabela 3.2. Equações hipsométricas ajustadas para a estimativa da altura total do fuste na Floresta Estacional Decidual árvores de Nectandra megapotamica, Ocotea puberula e “Demais espécies”, juntamente com seus
em Santa Catarina. β 0 , β1 , β 2 e β 3 = coeficientes de regressão; ε = erro aleatório; Ht = altura total da árvore (m); d = diâmetro indicadores de qualidade, seguidos de sua classificação no ranking de melhor modelo. Apresentam-se,
à altura do peito (cm).
em negrito, os modelos mais eficientes segundo esta classificação de cada grupo de árvores.
Table 3.2. Diameter-height equations adjusted for estimates of tree height in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.
β 0 , β1 , β 2 e β 3 = regression coefficients; ε = residual error; Ht = total tree height (m); d = DBH (cm).
Tabela 3.3. Ajuste dos modelos hipsométricos com os dados obtidos pela medição com hipsômetro de Nectandra
megapotamica na Floresta Estacional Decidual. R² = coeficiente de determinação (ajustado); Sxy = erro padrão, F = valor da
N° Modelo Autor distribuição F; RP = ranking de classificação parcial; RG = ranking geral.
Table 3.3. Adjusted diameter-height equations based on measured heights (hypsometer) of Nectandra megapotamica in
Seasonal Deciduous Forest. R² = coefficient of determination (adjusted); Sxy = standard error, F = value of F-distribution;
1 RP = partial classification ranking; RG = general ranking.
Finger
Sxy
N° Modelo R² RP R² aj. RP RP F RP RG
(%)
2 Finger

1 0,22 3 0,20 4 22,48 5 12,1 5 17


3 Finger

2 0,23 2 0,20 4 22,50 6 6,5 8 20


4 Finger

3 0,23 2 0,18 5 22,75 7 4,3 9 23


5 Loetsch

4 0,19 4 0,18 5 22,80 8 10,6 6 23


6 Loetsch

5 0,24 1 0,22 2 8,87 1 13,7 4 8


7 Finger

6 0,24 1 0,22 2 8,87 1 13,9 2 6


8 Finger

7 0,24 1 0,23 1 13,48 4 14,1 1 7


9 Barros et al.

8 0,24 1 0,22 2 10,29 3 13,8 3 9


10 Petterson

9 0,24 1 0,21 3 8,96 2 6,8 7 13


Os testes estatísticos foram executados em planilhas Microsoft Excel v. 2011; os gráficos 3D
foram gerados no software Maple v.12 © Maplesoft, Waterloo Maple Inc. 2012.
10 0,24 1 0,22 2 8,87 1 14,1 1 5

3.2.2 Resultados

3.2.2.1 Ajuste dos modelos hipsométricos

Nas Tabelas 3.3 a 3.8 são apresentados os resultados dos ajustes dos dez modelos hipsométricos
testados, tanto para as alturas medidas como para as alturas estimadas em campo, para o grupo das

84 85
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

Tabela 3.4. Ajuste dos modelos hipsométricos com os dados obtidos pelas estimativas dos engenheiros de campo de Tabela 3.5. Ajuste dos modelos hipsométricos com os dados obtidos pela medição com hipsômetro de Ocotea puberula na
Nectandra megapotamica na Floresta Estacional Decidual. R² = coeficiente de determinação (ajustado); Sxy = erro padrão; Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. R² = coeficiente de determinação (ajustado); Sxy = erro padrão; F = valor
F = valor da distribuição F; RP = ranking de classificação parcial; RG = ranking geral. da distribuição F; RP = ranking de classificação parcial; RG = ranking geral.
Table 3.4. Adjusted diameter-height equations based on estimated heights (forester) of Nectandra megapotamica in Seasonal Table 3.5. Adjusted diameter-height equations based on measured heights (hypsometer) of Ocotea puberula in Seasonal
Deciduous Forest. R² = coefficient of determination (adjusted); Sxy = standard error; F = value of F-distribution; RP = partial Deciduous Forest. R² = coefficient of determination (adjusted); Sxy = standard error; F = value of F-distribution; RP = partial
classification ranking; RG = general ranking. classification ranking; RG = general ranking.

Sxy Sxy
N° Modelo R² RP R² aj. RP RP F RP RG N° Modelo R² RP R² aj. RP RP F RP RG
(%) (%)

1 0,35 9 0,35 9 28,13 9 151,30 6 33 1 0,40 5 0,39 5 30,40 8 57,6 6 24

2 0,37 8 0,36 8 27,85 8 80,48 9 33 2 0,47 4 0,45 4 32,83 10 37,4 9 27

3 0,37 7 0,36 7 27,79 7 54,66 10 31 3 0,47 4 0,45 4 28,89 7 25,1 10 25

4 0,33 10 0,33 10 28,52 10 139,46 7 37 4 0,40 5 0,39 5 30,49 9 56,9 7 26

5 0,39 3 0,39 2 11,82 2 180,50 2 9 5 0,51 1 0,50 1 11,52 1 90,0 2 5

6 0,39 5 0,39 5 11,85 4 178,31 4 18 6 0,49 3 0,48 3 11,78 3 82,3 5 14

7 0,39 6 0,38 6 17,49 6 175,31 5 23 7 0,49 3 0,49 2 18,97 6 84,6 4 15

8 0,39 2 0,39 1 14,52 5 180,87 1 9 8 0,51 1 0,50 1 13,85 5 90,1 1 8

9 0,39 1 0,39 3 11,83 3 90,39 8 15 9 0,51 1 0,50 1 11,57 2 44,8 8 12

10 0,39 4 0,39 4 11,38 1 178,49 3 12 10 0,50 2 0,50 1 12,09 4 87,6 3 10

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

Tabela 3.6. Ajuste dos modelos hipsométricos com os dados obtidos pelas estimativas dos engenheiros de campo de Ocotea Tabela 3.7. Ajuste dos modelos hipsométricos com os dados obtidos pela medição com hipsômetro para o grupo das
puberula na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. R² = coeficiente de determinação (ajustado); Sxy = erro padrão; “Demais espécies” na Floresta Estacional Decidual. R² = coeficiente de determinação (ajustado); Sxy = erro padrão; F = valor
F = valor da distribuição F; RP = ranking de classificação parcial; RG = ranking geral. da distribuição F; RP = ranking de classificação parcial; RG = ranking geral.
Table 3.6. Adjusted diameter-height equations based on estimated heights (forester) of Ocotea puberula in Seasonal Table 3.7. Adjusted diameter-height equations based on measured heights (hypsometer) of “Other tree species” in Seasonal
Deciduous Forest. R² = coefficient of determination (adjusted); Sxy = standard error; F = value of F-distribution; RP = partial Deciduous Forest. R² = coefficient of determination (adjusted); Sxy = standard error; F = value of F-distribution; RP = partial
classification ranking; RG = general ranking. classification ranking; RG = general ranking.

Sxy
N° Modelo R² RP R² aj. RP Sxy (%) RP F RP RG N° Modelo R² RP R² aj. RP RP F RP RG
(%)

1 0,36 9 0,35 8 30,58 9 161,94 5 31 1 0,48 3 0,48 3 20,69 10 162,44 1 17

2 0,37 2 0,36 2 30,39 8 84,27 8 20 2 0,49 2 0,49 1 20,52 7 84,54 8 18

3 0,37 1 0,36 1 30,38 7 56,61 10 196 3 0,49 1 0,49 2 20,57 8 56,13 10 21

4 0,30 5 0,30 10 31,86 10 126,03 7 32 4 0,39 10 0,39 10 22,39 9 113,37 7 36

5 0,36 6 0,36 5 13,20 3 165,40 2 16 5 0,44 6 0,43 6 9,40 4 134,38 3 19

6 0,36 7 0,36 6 13,20 4 165,09 3 20 6 0,46 5 0,45 5 9,22 2 146,70 2 14

7 0,35 10 0,35 9 20,05 6 160,67 6 31 7 0,40 9 0,39 9 14,37 6 114,71 6 30

8 0,36 4 0,36 3 16,17 5 166,09 1 13 8 0,43 7 0,43 7 11,46 5 130,91 4 23

9 0,36 3 0,36 4 13,19 2 83,36 9 18 9 0,46 4 0,46 4 9,21 1 74,13 9 18

10 0,36 8 0,36 7 12,99 1 163,37 4 20 10 0,41 8 0,41 8 9,29 3 120,71 5 24

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

Tabela 3.8. Ajuste dos modelos hipsométricos com os dados obtidos pelas estimativas dos engenheiros de campo para
o grupo das “Demais espécies” na Floresta Estacional Decidual. R² = coeficiente de determinação (ajustado); Sxy = erro e homocedasticidade residual foram aceitas ( p > 0, 01 ). Nota-se que os pressupostos de normalidade,
padrão; F = valor da distribuição F; RP = ranking de classificação parcial; RG = ranking geral. aleatoriedade e homocedasticidade foram atendidos em todos os casos com exceção da homocedasticidade
Table 3.8. Adjusted diameter-height equations based on estimated heights (forester) of “Other tree species” in Seasonal para o grupo das “Demais espécies”. Neste último caso, o valor p para homocedasticidade, no entanto, foi
Deciduous Forest. R² = coefficient of determination (adjusted); Sxy = standard error; F = value of F-distribution; RP = partial muito baixo ( p > 0, 01 ), o que leva à rejeição da hipótese de homocedasticidade. Esta rejeição não faz com
classification ranking; RG = general ranking.
que a regressão não seja válida, porém, indica que os coeficientes βi não são os melhores possíveis. Outra
R² Sxy
consequência é que os estimadores das variâncias dos parâmetros do modelo são viesados, o que afeta o erro
N° Modelo R² RP RP RP F RP RG padrão dos estimadores dos mínimos quadrados. Isso significa que os testes t e F (bem como os intervalos de
aj. (%)
confiança) ficam comprometidos.

Em termos gerais, o atendimento dos três pressupostos, na maioria dos casos analisados, nos permite
1 0,41 3 0,41 3 29,97 9 268,66 1 16
concluir que é possível estabelecer estatisticamente uma correlação entre o diâmetro e a altura para Nectandra
megapotamica e Ocotea puberula e para o conjunto restante das espécies da Floresta Estacional Decidual.

2 0,42 2 0,42 2 29,82 8 138,13 8 20

3 0,42 1 0,42 1 29,73 7 93,80 10 19

4 0,34 8 0,34 8 31,78 10 196,49 5 31

5 0,36 6 0,36 6 13,93 4 213,77 3 19

6 0,37 4 0,37 4 13,82 2 223,32 2 12

7 0,32 10 0,31 10 19,20 6 177,21 7 33

8 0,35 7 0,35 7 17,97 5 206,39 4 23

9 0,37 5 0,36 5 13,85 3 110,87 9 22

10 0,33 9 0,33 9 12,59 1 187,28 6 25

3.2.2.2 Análise Residual

Os modelos mais eficientes foram submetidos à análise residual, com o intuito de investigar a
normalidade, aleatoriedade e homocedasticidade dos resíduos.
Figura 3.1. Distribuição dos resíduos das alturas medidas (à esquerda) e estimadas (à direita) para o melhor modelo das
árvores na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina, de (a) e (b) Nectandra megapotamica, (c) e (d) Ocotea puberula
Num primeiro momento, foi feita a análise visual dos gráficos residuais (Figura 3.1); para evitar (e) e (f) “Demais espécies”.
subjetividade inerente à análise visual, são apresentados nas Tabelas 3.9 a 3.11 os resultados dos testes Figure 3.1. Distribution of residuals of measured (left) and estimated (right) heights by best fitting models in Seasonal
de hipóteses residuais previstos na metodologia proposta no Volume I com seus respectivos valores p e Deciduous Forest in Santa Catarina for (a) and (b) Nectandra megapotamica, (c) and (d) Ocotea puberula, (e) and (f)
consequentes conclusões a respeito das hipóteses lançadas. As hipóteses de normalidade, aleatoriedade “Other tree species”.

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

Tabela 3.9. Resultados dos testes de hipóteses residuais de normalidade, aleatoriedade e homocedasticidade para os modelos
hipsométricos (para alturas medidas e estimadas) de Nectandra megapotamica na Floresta Estacional Decidual em Santa
Catarina ( p > 0, 01 ).
Table 3.9. Results of residual normality, independence and homoscedacity tests of adjusted diameter-height models of
Nectandra megapotamica (for measured and estimated heights) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina ( p > 0, 01 ).
Teste
Modelo Kolmogorov-Smirnov Teste das Sequências Brown-Forsythe
Valor p Norm. Valor p Aleat. Valor p Homoc.

0,489 Aceita 0,60 Aceita 0,161 Aceita

0,960 Aceita 0,576 Aceita 0,039 Aceita

Tabela 3.10. Resultado dos testes de hipóteses residuais de normalidade, aleatoriedade e homocedasticidade para os modelos
hipsométricos (para alturas medidas e estimadas) de Ocotea puberula na Floresta Estacional Decidual ( p > 0, 01 ).
Table 3.10. Results of residual normality, independence and homoscedacity tests of adjusted diameter-height models of
Ocotea puberula (for measured and estimated heights) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina ( p > 0, 01 ).
Teste
Modelo Kolmogorov-Smirnov Teste das Sequências Brown-Forsythe
Valor p Norm. Valor p Aleat. Valor p Homoc.

0,830 Aceita 0,013 Aceita 0,102 Aceita

0,149 Aceita 0,021 Aceita 0,034 Aceita

Tabela 3.11. Resultados dos testes de hipóteses de normalidade, aleatoriedade e homocedasticidade residual para os modelos
(para alturas medidas e estimadas) relativos ao grupo das “Demais espécies” na Floresta Estacional Decidual ( p > 0, 01 ).
Table 3.11. Results of residual normality, independence and homoscedacity tests of adjusted diameter-height models of
“Other tree species” (for measured and estimated heights) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina ( p > 0, 01 ).
Teste
Modelo Kolmogorov-Smirnov Teste das Sequências Brown-Forsythe
Valor p Norm. Valor p Aleat. Valor p Homoc.

0,798 Aceita 0,365 Aceita 0,000 Rejeitada

0,399 Aceita 0,057 Aceita 0,001 Aceita

3.2.2.3 Identidade dos modelos ajustados

Procedendo-se o teste z para médias, concluiu-se que tanto para Nectandra megapotamica,
como para Ocotea puberula e para o conjunto restante das espécies, os modelos ajustados com base nas
alturas medidas e nas estimadas são estatisticamente iguais, validando a hipótese de que os modelos
estimam, em média, as mesmas alturas. Este fenômeno pode ser conferido visualmente através da
sobreposição das curvas apresentadas na Figura 3.2. Figura 3.2. Gráfico dos modelos hipsométricos medidos e estimados de (a) Nectandra
megapotamica, (b) Ocotea puberula e (c) “Demais espécies” na Floresta Estacional Decidual
em Santa Catarina.
Figure 3.2. Graphics of adjusted models based on measured and estimated tree heights of
(a) Nectandra megapotamica, (b) Ocotea puberula and (c) “Other tree species” in Seasonal
Deciduous Forest in Santa Catarina.

92 93
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

O teste F (Zar 1984), descrito no Volume I, foi realizado para a identificação de curvas de fita métrica a 0,3 m (toco); 1 m; 2 m; 3 m e, assim sucessivamente, de 1 em 1 metro, ao longo do
regressão coincidentes, o qual, em caso de resultado positivo, fornece subsídios para afirmação de que fuste, até o início da copa (Capítulo 2 do Volume I; Vibrans et al. 2010). O cálculo do volume do
ambas as bases de dados representem estatisticamente a mesma população. Com isso, verifica-se que fuste com casca (Vf c/c ) foi obtido através do uso da cubagem rigorosa pelo método de Smalian,
as bases de dados medidos e estimados são equivalentes, podendo-se utilizar qualquer uma das duas descrito por Finger (1992).
para cálculos de estimativas dendrométricas e afins. Para possibilitar a comparação entre curvas de
regressão, a estrutura dos modelos deve ser a mesma, uma vez que o teste F leva em consideração a A partir dos dados totais da Floresta Estacional Decidual, realizou-se uma estratificação por
soma dos quadrados residuais dos mesmos. Por esta razão, foi adotado, para Nectandra megapotamica, espécie. O critério para o ajuste de modelos individuais para uma espécie foi o de a mesma possuir
também para as alturas estimadas o modelo Nº 10, uma vez que seus indicadores apresentaram diferença ao menos 30 indivíduos medidos. Nos casos em que houve um número substancial de indivíduos em
insignificante se comparados ao modelo Nº 5 (melhor posicionado no ranking). O mesmo foi feito para um estrato, foi realizada uma amostragem do mesmo a fim de facilitar a manipulação dos dados. Os
o modelo N° 5 de Ocotea puberula em substituição ao modelo N° 8 (com melhor posicionamento no “outliers” (pontos discrepantes) foram extraídos das amostras a fim de evitar tendenciosidades entre os
ranking). Os modelos N° 10 para Nectandra megapotamica e N° 5 para Ocotea puberula também modelos de regressão (metodologia detalhada no Volume I). Das 300 árvores cubadas restaram após a
atendem aos pressupostos de normalidade, aleatoriedade e homocedasticidade (Tabelas 3.12 e 3.13). remoção dos outliers 285 árvores que foram utilizadas para o ajuste das equações de regressão (Tabela
3.14). Assim foram ajustadas equações volumétricas para as espécies Nectandra megapotamica e
Tabela 3.12. Resultados dos testes de hipóteses residuais de normalidade, aleatoriedade e homocedasticidade para as alturas Ocotea puberula, para o grupo denominado “Demais espécies” e para o grupo “Todas as espécies”.
estimadas e o modelo hipsométrico N° 10 de Nectandra megapotamica na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
( p > 0, 01 ).
Table 3.12. Results of residual normality, independence and homoscedacity tests of adjusted diameter-height model N° 10 Tabela 3.14. Número de indivíduos utilizados para ajuste das equações de regressão para o volume do fuste com casca na
of Nectandra megapotamica in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina ( p > 0, 01 ). Floresta Estacional Decidual, com intervalo de DAP.
Table 3.14. Number of trees measured and used to adjust stem volume equations by species group in Seasonal Deciduous
Teste Forest in Santa Catarina, with DBH range.
Modelo Kolmogorov-Smirnov Teste das Sequências Brown-Forsythe
Valor p Norm. Valor p Aleat. Valor p Homoc. Espécie Número de indivíduos Amostra DAP (cm) mín./máx.

0,289 Aceita 0,257 Aceita 0,16 Aceita Nectandra megapotamica 35 32 17 / 43

Tabela 3.13. Resultados dos testes de hipóteses residuais de normalidade, aleatoriedade e homocedasticidade para modelo Ocotea puberula 72 68 18 / 57
hipsométrico N° 5 de Ocotea puberula na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina ( p > 0, 01 ).
Table 3.13. Results of residual normality, independence and homoscedasticity tests of adjusted diameter-height model N° Demais espécies 184 168 18 / 55
5 of Ocotea puberula in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina ( p > 0, 01 ).
Teste Todas as espécies 285 275 17 / 60
Modelo Kolmogorov-Smirnov Teste das Sequências Brown-Forsythe
Valor p Norm. Valor p Aleat. Valor p Homoc. Na Tabela 3.15, constam as frequências por classe diamétrica dos 285 indivíduos utilizados
0,126 Aceita 0,131 Aceita 0,656 Aceita para ajuste dos modelos volumétricos.
Tabela 3.15. Distribuição das frequências das árvores utilizadas para o ajuste de modelos volumétricos por classe diamétrica
Em seguida, foi realizado o teste F de identidade de modelos, ajustando-se uma regressão na Floresta Estacional Decidual.
única para as bases de dados combinadas e comparando-as às regressões ajustadas especificamente. Table 3.15. Frequency distribution of trees used to adjust stem volume equations by diameter class in Seasonal Deciduous
Forest in Santa Catarina.
A hipótese nula de igualdade entre as regressões foi testada com os valores p obtidos para Nectandra
megapotamica, Ocotea puberula e “Demais espécies” foram maiores que 0,01, corroborando a hipótese Centro das classes de diâmetro (cm)
de que os modelos ajustados para as bases de dados medidas e estimadas são estatisticamente idênticos. Unidade Amostral TOTAL
15 20 25 30 35 40 45 50 55 ≥ 60

3.3 Modelos para estimativa do volume do fuste com casca das árvores 435 3 1 - - - 1 - - - - 5

3.3.1 Metodologia 438 2 - - - 1 - - - - - 3

O ajuste de modelos volumétricos foi realizado com base de dados de cubagem rigorosa do 487 - 1 - - 1 1 - - - - 3
fuste de 300 árvores em 57 das 78 Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual em Santa
Catarina. Os DAPs mínimos, médios e máximos das árvores cubadas foram 17,92 cm, 29,92 cm e 494 1 - - - 1 - - - - - 2
84,35 cm, respectivamente. Antes de realizar a cubagem rigorosa do fuste, foram medidos o DAP (d),
a altura do fuste até a inserção dos galhos da copa (Hf) e altura total (Ht) das árvores selecionadas com 537 2 - - - - 1 - - - - 3
fita métrica e hipsômetro, respectivamente. A cubagem do fuste foi realizada pelo escalador da equipe
de campo. De baixo para cima, as medidas dos diâmetros em diferentes alturas foram tomadas com

94 95
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Centro das classes de diâmetro (cm) Centro das classes de diâmetro (cm)
Unidade Amostral TOTAL Unidade Amostral TOTAL
15 20 25 30 35 40 45 50 55 ≥ 60 15 20 25 30 35 40 45 50 55 ≥ 60

597 - 1 2 1 2 1 - - - - 7 2088 - 1 2 4 2 3 - - - - 12

1123 - 4 1 - 1 - - - - - 6 2100 - 4 3 1 - - - - - - 8

1187 1 1 2 1 - - - - - - 5 2101 - 3 5 - - - - - - - 8

1188 4 5 1 1 - - - - - - 11 2166 - 1 3 1 1 1 - - - - 7

1249 2 2 2 2 - - - - - - 8 2170 - 1 4 2 - - - - - - 7

1318 - - 4 2 1 - 1 - - - 8 2172 1 3 - 3 2 - - - - - 9

1388 - 2 3 - 2 - - - - - 7 2179 - - 1 - - - - - - - 1

1461 - 4 - 1 2 1 - - - - 8 2192 - - 1 1 - 1 - - - - 3

1542 1 3 3 1 - - - - - - 8 2195 - - 3 - - - - - - - 3

1616 - 1 1 2 - - - - - - 4 2216 - 1 3 1 3 1 - - - - 9

1618 - 2 2 - - - - - - - 4 2287 - 4 4 - - - - - - - 8

1693 - 1 3 2 - - - - - - 6 2310 - - - 1 1 1 1 - - 1 5

1775 - 1 2 2 - 3 - - - - 8 2414 - - 1 - 2 - - - - - 3

1787 1 2 2 1 1 - - - - - 7 2510 - - 2 1 1 3 - - - - 7

1859 - - 1 1 - - - - - - 2 2515 - 3 - 2 - 1 - - - - 6

1861 - - 1 1 - - - - - - 2 2531 - - 1 - 1 - 2 - 1 1 6

1864 - - 1 - 1 3 - - - - 5 2987 - - 2 2 1 1 - - - - 6

1869 - - 1 1 2 - - - - - 4 3097 - - - - - - - 1 - - 1

1959 - - 3 1 1 - - - - - 5 3309 - 1 1 1 - - - 1 - - 4

1961 - - 3 1 - - 1 - - - 5 3414 - 3 - 1 - - - - - - 4

1970 - - 1 1 - - - - - - 2 3416 - 1 - 2 - 1 - - - - 4

2051 1 4 1 1 1 - - - - - 8 TOTAL 21 67 79 50 31 26 5 2 2 2 285

2079 1 - - 1 - - - - 1 - 3

96 97
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Foram ajustados nove modelos volumétricos para estimativa do volume total do fuste com juntamente com seus indicadores de qualidade, seguidos de sua classificação no ranking do melhor modelo,
casca cujas variáveis independentes são: d, d², h, d²h, ln d²hf, ln d, ln h, ln CAP² e ln CAP²hf. Os ajustes destacando em negrito o modelo N° 8 que, em todos os casos, mostrou ser o mais eficiente.

tiveram como variáveis dependentes: Vf, ln Vf e . As equações utilizadas estão representadas Tabela 3.17. Ajuste dos modelos para o volume do fuste com casca de Nectandra megapotamica na Floresta Estacional
Decidual. R² = coeficiente de determinação (ajustado); Sxy = erro padrão; F = valor da distribuição F; RP = ranking de
na Tabela 3.16. classificação parcial; RG = ranking geral.
Table 3.17. Adjusted volume equations for estimates of stem volume with bark of Nectandra megapotamica in Seasonal
Tabela 3.16. Equações volumétricas ajustadas para a estimativa do volume total do fuste com casca na Floresta Estacional Deciduous Forest. R² = coefficient of determination (adjusted); Sxy = standard error; F = value of F-distribution; RP = partial
Decidual. β 0 , β1 , β 2 e β 3 = coeficientes de regressão; ε = erro aleatório; Vf = volume total do fuste com casca (m3); d classification ranking; RG = general ranking.
= o diâmetro à altura do peito (cm); CAP = a circunferência da árvore na altura do peito (cm); Hf = a altura do fuste até a
inserção dos galhos da copa (m). N° Modelo R² RP R²aj. RP Sxy (%) RP F RP RG
Table 3.16. Volume equations adjusted for estimates of stem volume with bark of trees in Seasonal Deciduous Forest in
Santa Catarina. β 0 , β1 , β 2 e β 3 = regression coefficients; ε = o residual ror; Vf = stem volume with bark (m3); d = DBH 1 0,95 3 0,95 3 12,03 6 596,1 3 15
(cm); CAP = CBH (cm); Hf = stem height (m).
2 0,97 2 0,97 2 9,59 4 318,7 4 12
N° Modelo Autor
3 0,97 2 0,97 2 9,86 5 955,3 1 10
1 S. H. Spurr
4 0,98 1 0,98 1 8,37 3 668,6 2 7
2 Stoate
5 0,90 4 0,90 4 17,40 8 269,2 5 21
3 lnVf = β 0 + β1 ln(d h f ) + ε
2
Spurr
6 0,90 4 0,90 4 17,28 7 137,1 6 21
4 lnVf = β 0 + β1 ln d + β 2 ln h f + ε Schumacher 7 0,88 5 0,87 5 19,72 9 108,5 7 26

5 Kopezky – Gehrhardt 8 0,98 1 0,98 1 1,12 1 668,6 2 5

6 Hohenadl e Krenn 9 0,97 2 0,97 2 1,32 2 955,3 1 7


1
7 lnVf = β 0 + β1 log d + β 2
d
+ε Brenac
Tabela 3.18. Ajuste dos modelos para o volume do fuste com casca de Ocotea puberula na Floresta Estacional Decidual.
R² = coeficiente de determinação (ajustado); Sxy = erro padrão; F = valor da distribuição F; RP = ranking de classificação
8 Adaptado de Schumacher-Hall parcial; RG = ranking geral.
Table 3.18. Adjusted volume equations for estimates of stem volume with bark of Ocotea puberula in Seasonal Deciduous
9 Adaptado de Schumacher-Hall Forest. R² = coefficient of determination (adjusted); Sxy = standard error, F = value of F-distribution; RP = partial classification
ranking; RG = general ranking.

N° Modelo R² RP R²aj. RP Sxy (%) RP F RP RG


Após o ajuste dos modelos, as equações hipsométricas (com os coeficientes βi determinados)
e os respectivos parâmetros estatísticos listados, foram organizados pelo ranking sugerido por 1 0,97 2 0,97 2 9,36 6 2215,8 1 11
Bartoszeck (2000). Em seguida, foram executadas as análises residuais de cada modelo. Procedeu-se
a análise visual dos gráficos do resíduo e, para eliminar qualquer intervenção subjetiva, efetuaram- 2 0,98 1 0,98 1 7,92 5 1040,8 4 11
se os seguintes testes: Kolmogorov-Smirnov (para aderência à normalidade), sequências/runs test
3 lnVf = -8,5157 + 0,8756 ln d 2 h 0,96 3 0,96 3 8,77 6 1745,1 2 14
(para aleatoriedade) e Brown-Forsythe (para homocedasticidade). Apresentam-se também, de forma a
corroborar as conclusões, os valores p relativos a cada teste. Por fim, apresentam-se à comparação entre 4 lnVf = -8,4847 + 1,8576 ln d + 0,6798 ln h 0,97 2 0,97 2 7,38 3 1247,7 3 10
o volume estimado pelas equações volumétricas com o volume medido a partir da cubagem rigorosa
do fuste. 5 0,89 5 0,89 5 18,00 9 551,4 5 24

6 0,90 4 0,90 4 17,48 8 294,9 6 25


3.3.2 Resultados
7 0,87 6 0,86 6 16,86 7 212,5 7 26
3.3.2.1 Ajuste de modelos volumétricos
8 0,97 2 0,97 2 0,98 1 1247,7 3 8
Nas Tabelas 3.17 a 3.20 constam os resultados dos ajustes de nove modelos volumétricos para os
grupos de árvores Nectandra megapotamica e Ocotea puberula, “Demais espécies” e “Todas as espécies”, 9 0,96 3 0,96 3 1,16 2 1745,1 2 10

98 99
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Tabela 3.19. Ajuste dos modelos para o volume do fuste com casca do grupo das “Demais espécies” na Floresta Estacional 3.3.2.2 Análise Residual
Decidual. R² = coeficiente de determinação (ajustado); Sxy = erro padrão, F = valor da distribuição F; RP = ranking de
classificação parcial; RG = ranking geral.
O modelo N° 8 com seus respectivos coeficientes para todos os grupos de árvores analisadas
Table 3.19. Adjusted volume equations for estimates of stem volume with bark of “ Other tree species” in Seasonal
Deciduous Forest. R² = coefficient of determination (adjusted); Sxy= standard error, F = value of F-distribution; RP = partial foi submetido à análise residual prevista na metodologia, com o intuito de investigar a normalidade,
classification ranking; RG = general ranking. aleatoriedade e homocedasticidade dos resíduos. A análise visual do gráfico residual da Figura 3.3
revelou que há indícios de que os pressupostos de normalidade, aleatoriedade e homocedasticidade
N° Modelo R² RP R²aj. RP Sxy (%) RP F RP RG foram atendidos.
1 0,95 2 0,95 2 14,04 5 2728,6 1 10

2 0,96 1 0,96 1 12,46 3 1168,5 4 9

3 0,95 2 0,95 2 14,92 6 2561,9 2 12

4 0,96 1 0,96 1 13,30 4 1631,6 3 9

5 0,84 3 0,84 3 25,15 8 751,3 5 19

6 0,84 3 0,84 3 25,05 7 379,6 6 19

7 0,82 4 0,82 4 27,59 9 324,7 7 24

8 0,96 1 0,96 1 1,54 1 1631,6 3 6

9 0,95 2 0,95 2 1,73 2 2561,9 2 8

Tabela 3.20. Ajuste dos modelos para o volume do fuste com casca do grupo de “Todas as espécies” na Floresta Estacional
Decidual. R² = coeficiente de determinação (ajustado); Sxy = erro padrão; F = valor da distribuição F; RP = ranking de
classificação parcial; RG = ranking geral.
Table 3.20. Adjusted volume equations for estimates of stem volume with bark of “All tree species” in Seasonal Deciduous
Forest. R² = coefficient of determination (adjusted); Sxy= standard error, F = value of F-distribution; RP = partial classification
ranking; RG = general ranking. Figura 3.3. Distribuição do modelo N° 8 para estimativa do volume com casca de (a) Nectandra megapotamica, (b) Ocotea
puberula, (c) Demais espécies, (d) Todas as espécies.
N° Modelo R² RP R²aj. RP Sxy (%) RP F RP RG Figure 3.3. Distribution of residuals of estimated stem volume with bark by model N° 8 for (a) Nectandra megapotamica,
(b) Ocotea puberula, (c) Other tree species. (d) All tree species.
1 0,95 3 0,95 3 13,77 6 4981,9 2 14
Para evitar subjetividade inerente à análise visual, foram realizados os testes de hipóteses
2 0,96 2 0,96 2 11,61 4 2372,9 4 12 residuais com seus respectivos valores p e consequentes conclusões a respeito das hipóteses lançadas
( p > 0, 01 ) (Tabelas 3.21 a 3.24).
3 0,95 3 0,95 3 12,57 5 5478,8 1 12

4 0,97 1 0,97 1 10,66 3 3860,9 3 8

5 0,85 4 0,85 4 23,71 9 1499,0 5 22

6 0,85 4 0,85 4 23,60 8 758,3 6 22

7 0,84 5 0,84 5 22,85 7 734,5 7 24

8 0,97 1 0,97 1 1,31 1 3860,9 3 6

9 0,95 3 0,95 3 1,54 2 5478,8 1 9

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Tabela 3.21. Resultados dos testes de hipóteses para normalidade, aleatoriedade e homocedasticidade residual do modelo
volumétrico N° 8 para Nectandra megapotamica na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.
Table 3.21. Results of residual normality, independence and homoscedacity tests of adjusted stem volume model N° 8 for
Nectandra megapotamica in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.
Teste
Teste das
Modelo Kolmogorov-Smirnov Brown-Forsythe
Sequêcias
p Norm. p Aleat. p Homoc.
Vf
ln −17, 7183 + 0,94998ln CAP 2 + 0, 6897 ln h
= 0,66 Aceita 0,5 Aceita 0,88 Aceita
1000

Tabela 3.22. Resultados dos testes de hipóteses residuais para o modelo volumétrico N° 8 relativos à espécie Ocotea
puberula na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.
Table 3.22. Results of residual normality, independence and homoscedacity tests of adjusted stem volume model N° 8 for
Ocotea puberula in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.
Teste
Teste das
Modelo Kolmogorov-Smirnov Brown-Forsythe Figura 3.4. Valores de volume do fuste com casca medido e estimado pelo modelo N° 8 de
Sequêcias Nectandra megapotamica na Floresta Estacional Decidual, em função do DAP.
p Norm. p Aleat. p Homoc. Figure 3.4. Comparison of observed and estimated stem volume with bark (model N° 8) for
Nectandra megapotamica in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina, as function of DBH.
0,125 Aceita 0,044 Aceita 0,319 Aceita
Como o modelo possui duas variáveis independentes (CAP e h), a representação gráfica de
todos os resultados possíveis resume-se a uma superfície (tridimensional). Nas Figuras 3.5, 3.7, 3.9
Tabela 3.23: Resultados dos testes de hipóteses residuais para o modelo volumétrico N° 8 relativos ao grupo das “Demais e 3.11 é apresentada no gráfico (a) esta superfície com os respectivos dados observados (medidos na
espécies” na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.
cubagem rigorosa dos fustes) plotados nas adjacências da mesma.
Table 3.23. Results of residual normality, independence and homoscedacity tests of adjusted stem volume model N° 8 for
“Other tree species” in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.
(a) (b) (c)
Teste
Teste das
Modelo Kolmogorov-Smirnov Brown-Forsythe
Sequências
p Norm. p Aleat. p Homoc.

0,196 Aceita 0,032 Aceita 0,521 Aceita

Tabela 3.24. Resultados dos testes de hipóteses residuais para o modelo volumétrico N° 8 relativos ao grupo de “Todas as
espécies” na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.
Table 3.24. Results of residual normality, independence and homoscedacity tests of adjusted stem volume model N° 8 for
“All tree species” in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.
Figura 3.5. Análise da superfície dos valores preditos pelo modelo para volume do fuste com casca (Modelo N° 8) com
Teste os dados observados (medidos) de Nectandra megapotamica na Floresta Estacional Decidual; eixo x = altura do fuste (m),
eixo y = CAP (cm), eixo z = volume (m³) (a), relação binária entre o CAP (eixo x) e volume do fuste (eixo y) (b) e relação
Kolmogor- Teste das Se- binária entre altura do fuste (eixo x) e volume do fuste (eixo y) (c).
Modelo Brown-Forsythe
ov-Smirnov quências
Figure 3.5. Surface analysis of predicted values of stem volume model N° 8 and observed (measured) values for Nectandra
p Norm. p Aleat. p Homoc. megapotamica in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina; x axis = stem height (m), y axis = CBH (cm); z axis =
volume (m³) (a), binary relation between CBH (x axis) and stem volume (y axis) (b) and between stem height (x axis) and
0,275 Aceita 0,016 Aceita 0,848 Aceita stem volume (y axis) (c).

Nas figuras, o gráfico (b) apresenta a visão do plano CAP x Volume, evidenciando a relação
entre estas duas variáveis. Percebe-se que a taxa de variação do volume em função do aumento do CAP é
3.3.2.3 Comparação entre volumes medidos e estimados sensivelmente maior em árvores de grande porte, enquanto em árvores pequenas, pequenos incrementos
no CAP ocasionam pequenos incrementos no volume (esta conclusão pode ser corroborada pensando-
Nas Figuras 3.4, 3.6, 3.8 e 3.10 são apresentados em representação gráfica os valores do se nas derivadas ao longo da curva gerada pela borda superior da superfície planificada acima). O
volume do fuste com casca em função do DAP das árvores; constam os valores observados (medidos gráfico (c), por sua vez, apresenta a visão do plano Altura x Volume, evidenciando a relação entre estas
na cubagem rigorosa dos fustes) e os valores estimados usando o modelo volumétrico N° 8. Nota-se um duas variáveis. Neste, percebe-se o comportamento inverso: a taxa de variação do volume em função
agrupamento entre as nuvens de pontos dos valores observados e estimados, mostrando que o modelo do incremento da altura é sensivelmente maior em árvores de pequeno porte, enquanto em árvores bem
escolhido é representativo para o conjunto de dados analisados. desenvolvidas, incrementos na altura ocasionam menores taxas de variação no volume (esta conclusão

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também pode ser corroborada pensando-se nas derivadas ao longo da curva gerada pela borda superior
da superfície planificada acima).

Figura 3.8. Valores de volume do fuste com casca medido e estimado pelo modelo N° 8
das “Demais espécies” na Floresta Estacional Decidual, em função do DAP.
Figura 3.6. Valores de volume do fuste com casca medido e estimado pelo modelo N° 8 Figure 3.8. Comparison of observed and estimated stem volume with bark (model N°
de Ocotea puberula na Floresta Estacional Decidual, em função do DAP. 8) for “Other tree species” in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina, as function
Figure 3.6. Comparison of observed and estimated stem volume with bark (model N° of DBH.
8) for Ocotea puberula in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina, as function of
DBH.

(a) (b) (c)

(a) (b) (c)

Figura 3.9. Análise da superfície dos valores preditos pelo modelo para volume do fuste com casca (Modelo N° 8)
com os dados observados (medidos) de “Demais espécies” na Floresta Estacional Decidual; eixo x = altura do fuste
Figura 3.7. Análise da superfície dos valores preditos pelo modelo para volume do fuste com casca (Modelo N° 8) com os (m), eixo y = CAP (cm), eixo z = volume (m³) (a), relação binária entre o CAP (eixo x) e volume do fuste (eixo y)
dados observados (medidos) de Ocotea puberula na Floresta Estacional Decidual; eixo x = altura do fuste (m), eixo y = CAP (b) e relação binária entre altura do fuste (eixo x) e volume do fuste (eixo y) (c).
(cm), eixo z = volume (m³) (a), relação binária entre o CAP (eixo x) e volume do fuste (eixo y) (b) e relação binária entre Figure 3.9. Surface analysis of predicted values of stem volume model N° 8 and observed (measured) values for
altura do fuste (eixo x) e volume do fuste (eixo y) (c). “Other tree species” in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina; x axis = stem height (m), y axis = CBH (cm); z
Figure 3.7. Surface analysis of predicted values of stem volume model N° 8 and observed (measured) values for Ocotea axis = volume (m³) (a), binary relation between CBH (x axis) and stem volume (y axis) (b) and between stem height
puberula in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina; x axis = stem height (m), y axis = CBH (cm); z axis = volume (x axis) and stem volume (y axis) (c).
(m³) (a), binary relation between CBH (x axis) and stem volume (y axis) (b) and between stem height (x axis) and stem
volume (y axis) (c).

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Os valores da densidade básica da madeira das espécies foram obtidos de dados da literatura e
da base de dados do Instituto de Investigaciones de la Amazonia Peruana (IIAP) (Zanne et al. 2009).
Para 176 espécies, entre as 246 encontradas na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina, foram
encontradas valores de densidades na literatura. A densidade das espécies restantes (70) foi estimada a
partir da média do conjunto de espécies pertencentes ao mesmo gênero ou família.

Foram testados 18 modelos para estimativa do peso seco total das árvores vivas e mortas, com
as seguintes variáveis independentes: CAP, d, d², d²h, ln d²h, ln d, ln d², ln d³, ln h, h, p, pd²h, ln p e
d²hp, sendo d - diâmetro à altura do peito em centímetros; CAP - a circunferência à altura do peito em
centímetros; h - altura total da árvore em metros; p - densidade específica da madeira em g/cm³. Os
modelos tiveram como variáveis dependentes: PS, ln PS, BS e ln BS, sendo PS - o peso seco do fuste
da árvore em kg e BS - biomassa seca do fuste da árvore em kg. As equações constam na Tabela 3.25.
Tabela 3.25. Equações testadas para estimativa do peso seco total das árvores na Floresta Estacional Decidual. PS = o peso
seco do fuste da árvore em kg; d = diâmetro à altura do peito em centímetros; CAP = a circunferência à altura do peito em
Figura 3.10. Valores de volume do fuste com casca medido e estimado pelo modelo N° 8 das centímetros; BS = biomassa seca do fuste da árvore em kg; h = altura total do fuste da árvore em metros; p = densidade
“Todas as espécies” na Floresta Estacional Decidual, em função do DAP. específica da madeira em g.cm-3.
Figure 3.10. Comparison of observed and estimated stem volume with bark (model N° 8) for Table 3.25. Equations tested for estimates of total dry weight of trees in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. PS
“All tree species” in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina, as function of DBH. = dry weight (kg); d = DBH (cm); CAP = CBH (cm); BS = dry biomass of tree stem (kg); h = stem height (m); p = specific
wood density (g.cm-3).

(a) (b) (c) N° Modelo Autor

1 Burger & Delitti (2008)

2 Burger & Delitti (2008)

3 Burger & Delitti (2008)

4 Burger & Delitti (2008)

5 Burger & Delitti (2008)

6 Burger & Delitti (2008)


Figura 3.11. Análise da superfície dos valores preditos pelo modelo para volume do fuste com casca (Modelo N° 8)
com os dados observados (medidos) de “Todas as espécies” na Floresta Estacional Decidual; eixo x = altura do fuste 7 Burger & Delitti (2008)
(m), eixo y = CAP (cm), eixo z = volume (m³) (a), relação binária entre o CAP (eixo x) e volume do fuste (eixo y)
(b) e relação binária entre altura do fuste (eixo x) e volume do fuste (eixo y) (c). 8 Vogel et al. (2006)
Figure 3.11. Surface analysis of predicted values of stem volume model N° 8 and observed (measured) values for
“All tree species” in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina; x axis = stem height (m), y axis = CBH (cm); z 9 Burger & Delitti (2008)
axis = volume (m³) (a), binary relation between CBH (x axis) and stem volume (y axis) (b) and between stem height
(x axis) and stem volume (y axis) (c). 10 Burger & Delitti (2008)

11 Burger & Delitti (2008)


3.4 Modelos para estimativa do peso seco total das árvores 12 Burger & Delitti (2008)

3.4.1 Metodologia 13 Chaves et al. (2005)


Diante da impossibilidade de usar o método destrutivo, por conta de impedimentos legais e da 14 Chaves et al. (2005)
falta de autorização pelo órgão ambiental competente, a estimativa do peso seco (ou biomassa) total
das árvores foi realizada por meio de equações ajustadas por outros estudos realizados em Florestas 15 Chaves et al. (2005)
Estacionais no Sul e Sudeste do Brasil.
16 Chaves et al. (2005)
O carbono estocado nas árvores com casca foi estimado por meio da multiplicação das estimativas
de biomassa obtidas pelo fator 0,5, considerando-se que o peso seco contém aproximadamente 50% de 17 Chaves et al. (2005)
carbono como constataram Fukuda et al. (2003), Soares & Oliveira (2002) e Fang et al. (2001). 18 Chaves et al. (2005)

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3.4.2 Resultados Tabela 3.26. Número total de indivíduos (N), peso seco total (PS) e estoque total de carbono por classe diamétrica das
árvores vivas amostradas da Floresta Estacional Decidual.
A estimativa do peso seco total na Floresta Estacional Decidual, foi realizada para as árvores vivas Table 3.26. Tree number (N), dry weight (PS) and total carbon stock by diameter class of all sampled living trees in
e para as árvores mortas, separadamente. Levando em consideração a similaridade das características Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.
estruturais (DAP, área basal, alturas mínimas, médias e máximas) entre as florestas estudadas pelos Intervalo entre Centro da Carbono PS p/árvore
N % PS (Mg) %
autores citados e das florestas catarinenses, selecionaram-se seis modelos (N° 7, 8, 15, 16, 17 e 18) que classes (cm) classe (cm) (Mg) (Mg)
se mostraram mais adequados para a aplicação. O modelo logarítmico N° 8 (Figura 3.12), desenvolvido 5 ˫ 15 10 7435 48,50 417,6 10,83 208,8 0,06
por Vogel et al. (2006) para um remanescente da Floresta Estacional Decidual em Itaara, Rio Grande do
Sul, foi escolhido pela menor distância geográfica em relação à Floresta Estacional Decidual em Santa 15 ˫ 25 20 5206 33,96 853,0 22,12 426,5 0,16
Catarina.
25 ˫ 35 30 1588 10,36 710,3 18,42 355,1 0,45

35 ˫ 45 40 632 4,12 578,3 15,00 289,2 0,92

45 ˫ 55 50 247 1,61 384,4 9,97 192,2 1,56

55 ˫ 65 60 106 0,69 261,3 6,78 130,7 2,47

65 ˫ 75 70 56 0,37 198,5 5,15 99,3 3,54

75 ˫ 85 80 24 0,16 120,1 3,11 60,0 5,00

85 ˫ 95 90 19 0,12 127,6 3,31 63,8 6,72

>95 - 16 0,10 204,7 5,31 102,4 12,79

Total 15329 100,0 3855,8 100,0 1927,9

Tabela 3.27. Número total de indivíduos (N), peso seco total (PS) e estoque total de carbono por classe diamétrica das
árvores mortas amostradas da Floresta Estacional Decidual.
Table 3.27. Tree number (N), dry weight (PS) and total carbon stock by diameter class of all sampled dead trees in Seasonal
Deciduous Forest in Santa Catarina.
Figura 3.12. Relação entre o peso seco e o DAP das árvores vivas na Floresta Estacional Decidual, de acordo Intervalo entre Centro da PS morto Carbono PS p/árvore
com a equação N° 8 (Vogel at al. 2006). N % %
classes (cm) classe (cm) total (Mg) (Mg) (Mg)
Figure 3.12. Relationship between dry weight of living trees and DBH in Seasonal Deciduous Forest in Santa
Catarina, according to equation N° 8 (Vogel at al. 2006). 5 ˫ 15 10 328 35,9 18,6 6,4 9,3 0,06

15 ˫ 25 20 338 37,0 59,3 20,3 29,7 0,18

25 ˫ 35 30 140 15,3 63,2 21,6 31,6 0,45


Nas Tabelas 3.26 e 3.27 encontram-se os valores de peso seco total e por árvore, separados
por classe diamétrica, para as árvores vivas e mortas. Observa-se que o peso seco total das árvores 35 ˫ 45 40 63 6,9 55,5 19,0 27,7 0,88
decresce nas classes dos maiores diâmetros, devido ao decréscimo do número de indivíduos amostrados
nas classes superiores, mantendo-se uma concentração maior do peso seco nas classes inferiores por 45 ˫ 55 50 28 3,1 44,8 15,3 22,4 1,60
conterem um número muito maior de indivíduos.
55 ˫ 65 60 9 1,0 21,6 7,4 10,8 2,40

65 ˫ 75 70 5 0,5 17,3 5,9 8,6 3,46

75 ˫ 85 80 1 0,1 5,0 1,7 2,5 5,00

85 ˫ 95 90 1 0,1 7,1 2,4 3,6 7,10

Total 913 100,0 292,4 100,0 146,2

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110 111
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

112 113
Capítulo 4
Floresta Estacional Decidual

Flora vascular da Floresta Estacional Decidual


em Santa Catarina1

Vascular Flora of the Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina

André Luís de Gasper, Lucia Sevegnani, Leila Meyer,


Marcos Guerra Sobral, Marcio Verdi, Anita Stival dos Santos,
Susana Dreveck, Alexandre Korte, Alexandre Uhlmann

Resumo
O presente trabalho apresenta as espécies constantes da Floresta Estacional Decidual em Santa
Catarina, como resultado do Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina. Foram estudadas 79
Unidades Amostrais, com área de 4.000 m2 cada. As espécies de todas as sinúsias encontradas em
estádio fértil, em cada fragmento inventariado e no seu entorno, também foram consideradas. Ao todo,
foram registradas 477 espécies. Esse conjunto representa 104 famílias e 303 gêneros. No componente
arbóreo/arbustivo e regeneração natural foram amostradas 236 espécies, sendo 207 com diâmetro na
altura do peito DAP ≥ 10 cm – componente arbóreo/arbustivo e, 162 com diâmetro na altura do peito
DAP ≤ 10 cm e altura ≥ 1,50 m – regeneração natural. Dessas, 56% são comuns a ambas as sinúsias,
sendo exclusivas da arbórea 74 espécies e da regeneração 29. A coleta de material fértil no entorno e
na Unidade Amostral - florístico extra - registrou 331 angiospermas, 58 de pteridófitas, além de uma
gimnosperma (Araucaria angustifolia), contribuindo com os resultados obtidos. Das 389 espécies, 194
foram árvores ou arbustos, 137 ervas terrícolas, 34 epífitos e 43 lianescentes. Entre as ameaçadas de
extinção foram registradas Dicksonia sellowiana, Ocotea odorifera e Araucaria angustifolia.

Abstract
This chapter lists the vascular species collected in Seasonal Deciduous Forest of Santa Catarina during
the IFFSC (Forest Floristic Inventory of Santa Catarina). A total of 79 Sample Plots were studied. Each
Sample Plot had 4,000 m2. Species with fertile material found in Sample Plots and its surroundings
were also collected, recording 477 species to Seasonal Decidual Forest. This collection represents 104
families and 303 genera, 207 of them were sampled in the tree/shrub component (diameter at breast
height DBH ≥ 10 cm) and 162 species in the regeneration/understory component (DBH < 10 cm and
height ≥ 1.50 m). 56% of these species are common to both strata; 74 species were only found in the
tree/shrub component and 29 species in the natural regeneration. The collection of fertile material in
the surroundings and in Sample Plots - named floristic sampling - registered 331 angiosperms, 58 ferns
and one gymnosperm (Araucaria angustifolia). Among 389 species, 194 were trees or shrubs, 137
terrestrial herbs, 34 epiphytic and 43 lianescent. Endangered species such as Dicksonia sellowiana,
Ocotea odorifera and Araucaria angustifolia were also recorded.

1
Gasper, A.L. de; Sevegnani, L.; Meyer, L.; Sobral, M.G.; Verdi, M.; Santos, A.S. dos; Dreveck, S.; Korte, A.; Uhlmann, A. 2012. Flora
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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, Vol. II, Floresta Estacional Decidual. Blumenau. Edifurb.

115
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 4 | Flora vascular da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

4.1 Introdução 4.2 Metodologia

A Floresta Estacional Decidual, em Santa Catarina, distribui-se na bacia do rio Uruguai, A relação florística aqui apresentada resulta das coletas de campo do Inventário Florístico
especialmente na parte média e baixa dos vales formados por seus afluentes e o rio principal, com maior Florestal de Santa Catarina (IFFSC), especificamente da Floresta Estacional Decidual. Foram incluídas
extensão no Sudoeste do estado. Ela tem área original de 7.962 km², em altitudes preferenciais de 150 as espécies de plantas vasculares. A metodologia de instalação das Unidades Amostrais e coletas segue
m a 800 m e, excepcionalmente, em alguns pontos, próximos a 900 m (Klein 1978). Esta floresta foi o descrito no Capítulo 2 do Volume I, tendo sido inventariadas 78 Unidades Amostrais (27,9 ha) e, uma
estudada de 1957 a 1964, pela equipe da Flora Ilustrada Catarinense, do Herbário Barbosa Rodrigues, Unidade Amostral complementar (0,4 ha), por ter sido instalada fora da grade sistemática de pontos,
Itajaí, SC, conforme descrito no Plano de Coleção (Reitz 1965). distantes 5 x 5 km.
Desde a segunda metade do século XX, esta mesma região fitoecológica está sob intensa Neste trabalho, o componente arbóreo/arbustivo refere-se às espécies medidas em campo, com
exploração dos recursos florestais e, por isso, os remanescentes se encontram muito reduzidos e DAP ≥ 10 cm, a 1,3 m do solo, em área de 4.000 m2 e a regeneração natural refere-se aos indivíduos
fragmentados, com grande perda de diversidade (Aldrich & Hamrick 1998), sendo extensa área, outrora medidos em campo com DAP < 10 cm e altura ≥ 1,50 m, em área de 100 m2. No entanto, o componente
coberta por floresta, convertida em área agrícola e de pastagem. Segundo Klein (1972; 1978), à época, aqui denominado florístico extra, refere-se a todas as coletas de plantas férteis feitas no interior e nos
esta já sofria com a exploração indiscriminada de madeira e com a sua substituição pela agricultura, arredores das Unidades Amostrais, mesmo que esteja fora dos critérios de inclusão acima citados, bem
dada a fertilidade dos solos da região, tanto que as florestas primárias eram representadas por poucos e como, durante a caminhada de acesso às Unidades Amostrais.
pequenos núcleos.
Apenas os indivíduos identificados em nível de espécie ou gênero foram listados. No caso da
Com relação à origem da Floresta Estacional, Bigarella (1964) supõe que ela representa uma determinação ter sido possível apenas até gênero, somente foram listados aqueles que não tiveram
vegetação recente em Santa Catarina, sendo seu ingresso posterior àquele dos campos e da Floresta outras espécies, evitando assim superestimativas2.
Ombrófila Mista. Assim, ela seria considerada um prolongamento das florestas da bacia do rio Paraná e
teria migrado pela província de Missiones, na Argentina (Rambo 1951; 1956), o que parece confirmar Além da florística, utilizou-se o software ArcGIS 10 (ESRI 2011) para analisar a riqueza de
a tese de Pennington et al. (2009), que nominaram o bloco vegetacional contido nesta região como espécies. Sobre o mapa do estado de Santa Catarina, foram plotados os pontos de alocação das Unidades
“núcleo Missiones”, dentro do que ele considerou Florestas Estacionais Tropicais Secas. Amostrais, bem como as quadrículas de 20 x 20 km (em linhas de latitude e longitude medida na linha
do Equador). Como cada quadrícula possuía mais que uma Unidade Amostral, o algoritmo do programa
Se comparada com as demais regiões fitoecológicas presentes no estado, a floresta da bacia do calculou o número de espécies contidas nas amostras circunscritas a cada quadrícula, permitindo assim
Uruguai, ou Floresta Estacional, apresenta-se mais pobre em espécies que as demais (Murphy & Lugo identificar as variações espaciais da riqueza específica amostrada.
1986), no entanto, é composta de espécies típicas, tais como Apuleia leiocarpa, Albizia niopoides e
Ruprechtia laxiflora. O número de espécies arbóreas é relativamente pequeno e epífitos estão quase As espécies exóticas encontradas nos fragmentos foram excluídas da listagem apresentada
completamente ausentes, mas há uma bem marcada deciduidade das espécies do dossel e das emergentes neste trabalho. Para as angiospermas, a circunscrição das famílias adotada é o APG III (2009). Para
(Klein 1972; 1978). Ruschel et al. (2003) comentaram que essa região fitoecológica possuía o maior monilófitas (samambaias e xaxins) foi seguida a classificação de Smith et al. (2006) e para as licófitas
número de espécies madeireiras do estado, contudo, a densidade delas foi fortemente reduzida em (licopódios) a de Kramer & Green (1990) estas duas divisões são chamadas geralmente de pteridófitas.
virtude das décadas consecutivas de exploração. Após sinonimização, foi efetuada comparação entre as espécies arbóreas listadas por Reitz et
Recente síntese das florestas estacionais do Rio Grande do Sul, especialmente as existentes al. (1979) para a Floresta Estacional Decidual e as deste trabalho. As espécies amostradas pelo IFFSC,
ao longo da borda sul da Serra Geral, foi efetuada por Schumacker et al. (2011), com Scipioni et al. mas não listadas pelo trabalho de Reitz et al. (1979), tiveram descritas as suas preferências ecológicas
(2011) caracterizando seus aspectos florísticos, Kilca & Longhi (2011) os fitossociológicos e Alberti et conforme especificado nos fascículos da Flora Ilustrada Catarinense. Foi registrada para cada espécie a
al. (2011) os fenológicos; os fatores determinantes de sua presença, clima e solo, foram estudados por bacia hidrográfica na qual houve coleta de amostra botânica incorporada ao Herbário FURB.
Ferraz & Roberti (2011) e Pedron & Dalmolin (2011), respectivamente.

Na Argentina, no limite com Santa Catarina, estudo feito no Parque Provincial Cruce Caballero, 4.3 Resultados e discussão
Misiones (Ríos et al. 2010), caracterizou a estrutura fitossociológica do componente arbóreo de áreas
cobertas por Floresta Estacional ou por Floresta Ombrófila Mista, buscando estabelecer suas relações O levantamento total resultou na amostragem de 57 espécies de pteridófitas, uma de gimnosperma
com as tipologias de solo. Os autores avaliaram também a similaridade destas com outras florestas e 419 de angiospermas. Esse conjunto representa 104 famílias (Figura 4.1) e 303 gêneros (Apêndice I
existentes na Argentina e no Brasil. e Tabela 4.1), evidenciando grande riqueza dentro dos grupos taxonômicos (Figura 4.2).
Em Santa Catarina, como se pode constatar, exceto por levantamentos florístico e fitogeográfico Para as angiospermas, a família com maior riqueza específica foi Fabaceae (41 espécies), seguida
históricos de Klein (1972; 1978), Reitz et al. (1979) e, mais recentemente, de modo pontual a avaliação de Myrtaceae (35) e Asteraceae (33). Os gêneros com maior riqueza foram: Solanum (17 espécies),
da estrutura efetuada por Ruschel et al. (2003; 2005; 2009), a Floresta Estacional Decidual tem sido Eugenia (12), Peperomia (oito), Myrcia e Piper (sete cada). Diversos pesquisadores destacam Fabaceae
pouco estudada. e Myrtaceae como sendo uma família importante dentro das Florestas Estacionais (Reitz et al. 1979;
O presente trabalho tem como objetivo caracterizar a composição florística atual da Floresta Klein 1972; 1978; Pennington et al. 2009; Ruschel et al. 2009; Ríos et al. 2010).
Estacional Decidual, a partir dos dados do Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina (IFFSC), 2
Os valores neste capítulo podem variar em relação aos demais pela adição da Unidade Amostral complementar e, pela junção das listas
bem como analisar a distribuição da riqueza de espécies nesta área de estudo. da florística com as do componente arbóreo/arbustivo e da regeneração natural. Destas, as espécies em nível genérico foram excluídas,
quando havia um espécime identificado no levantamento florístico.

116 117
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 4 | Flora vascular da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

O esforço de amostragem efetuado pelo IFFSC abrangeu 62% das espécies relacionadas por
Stehmann et al. (2009) para a Floresta Estacional Decidual, considerando todo bioma Mata Atlântica
no Brasil, o que demonstra a riqueza florística desta região fitoecológica de Santa Catarina.

Brack et al. (1985), em trabalho de florística realizado no Parque Estadual do Turvo, no extremo
Noroeste do Rio Grande do Sul, nas proximidades da divisa com Santa Catarina, encontraram 658
espécies de angiospermas (de todas as sinúsias), reunidas em 121 famílias, até o momento a maior
diversidade de espécies para esta região florestal em um mesmo trabalho.

Cabe destacar que constam na lista das espécies ameaçadas de extinção (MMA 2008), Dicksonia
sellowiana, Araucaria angustifolia e Ocotea odorifera, essas registradas pelo presente estudo.

4.3.1 Resultado do componente arbóreo/arbustivo e regeneração natural

Considerando somente árvores e arbustos, foram registradas, no total, 236 espécies (três
samambaias, uma gimnosperma e 232 angiospermas), das quais 207 pertencentes ao componente
arbóreo/arbustivo e 162 pertencentes à regeneração natural. Deste total, 56% (133 espécies) são comuns
a ambos os componentes, mas muitas foram encontradas em apenas um deles, sendo 74 exclusivamente
Figura 4.1. Distribuição do número de espécies entre as famílias com mais de 10 espécies cada, amostradas na Floresta do arbóreo e 29 do de regeneração natural.
Estacional Decidual de Santa Catarina.
Figure 4.1. Distribution of species among families with more than 10 species each, sampled in the Seasonal Deciduous Comparativamente, Reitz et al. (1979) citam um número menor de espécies arbóreas (164
Forest of Santa Catarina
espécies) para o Oeste catarinense que o registrado neste trabalho. Contudo, ainda assim 36 das
espécies citadas por Reitz et al. (1979) não foram encontradas por este trabalho (Tabela 4.2). Dentre
Tabela 4.1. Síntese da florística amostrada no âmbito da Floresta Estacional Decidual e seus ecótonos com a Floresta
Ombrófila Mista e Estepe Ombrófila, no Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina. estas, destaca-se Euterpe edulis, que é muito frequente na bacia do rio Paraná e também encontrada em
Table 4.1. Summary of floristic sampled within the Seasonal Deciduous Forest and its ecotones with the Mixed Ombrophylous Missiones, ocorria somente em manchas esparsas no Alto Uruguai e atualmente, possivelmente, está
Forest and grasslands in the Floristic and Forest Inventory of Santa Catarina. extinta nesta área (Klein 1972; Reitz 1974; Reitz et al. 1979; Tortorelli 2009). Terminalia australis,
Florística do Inventário Florestal de Santa Catarina N°.
Pouteria salicifolia, Calliandra selloi e Sebastiania schottiana são espécies características das
associações existentes nos barrancos e ilhas dos rios do planalto segundo Exell & Reitz (1967) e,
Famílias de angiospermas 90 possivelmente, não foram amostradas em decorrência da destruição das matas ciliares ao longo do
Famílias de angiospermas com 10 ou mais espécies 11 rio Uruguai e dos seus afluentes, mas também podem não ter sido abrangidas pela grade de Unidades
Amostrais. No entanto, Ocotea porosa ocorre na bacia do rio Uruguai somente nas zonas de transição
Gêneros de angiospermas 275
entre a Floresta Ombrófila Mista e a Floresta Estacional Decidual em altitudes entre 600 m e 800 m. Não
Famílias de pteridófitas 13 há registro para Santa Catarina de Faramea porophylla e Guarea guidonia, sendo a última encontrada
Gêneros de pteridófitas 27 em Missiones, segundo Pennington et al. (1981). Senna oblongifolia, segundo Bortoluzzi et al. (2010)
ocorre preferencialmente na Floresta Ombrófila Mista, na Floresta Ombrófila Densa Altomontana e na
Famílias de gimnospermas 1
Matinha Nebular.
Gêneros de gimnospermas 1
Alguns trabalhos, que se dedicaram à descrição da estrutura da vegetação através de métodos
Espécies amostradas 477
fitossociológicos, permitem comparações com a riqueza específica encontradas nas Unidades Amostrais
Espécies de angiospermas 419 do presente trabalho. O trabalho de Ruschel et al. (2005; 2009), em Santa Catarina, indicou que a
Espécies de pteridófitas 57 riqueza de espécies em fragmentos analisados pelos autores variou entre 57 e 91 espécies.
Espécies de gimnospermas 1 Outros trabalhos realizados no Rio Grande do Sul podem contribuir para entender o número
Espécies do componente arbóreo/arbustivo 204 médio de espécie em levantamentos deste tipo, como os de Tabarelli (1992), Farias et al. (1994),
Jarenkow & Waechter (2001), Hack et al. (2005), Ruschel et al. (2007) e Longhi et al. (2009), que
Espécies exclusivas de regeneração natural 29
registraram entre 51 e 112 espécies. Para o município de Santa Tereza, levantamentos efetuados com
Espécies exclusivas do componente arbóreo/arbustivo 74 base em bibliografia e em campo, Vaccaro (1997) registrou 93 espécies e 37 famílias.
Espécies levantadas exclusivamente do florístico extra 419
Embora, no conjunto total das Unidades Amostrais, este trabalho tenha apontado para uma
Espécies ameaçadas de extinção (MMA 2008) 3 elevada riqueza de espécies, quando observadas individualmente, nota-se que muitas áreas apresentavam
Espécies arbóreas citadas por Reitz et al. (1979) não encontradas no IFFSC 36 baixíssima diversidade, possivelmente reflexo da intensa exploração e degradação ambiental a qual está
sujeita a região como um todo.

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 4 | Flora vascular da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

Tabela 4.2. Espécies arbóreas citadas por Reitz et al. (1979) para a Floresta Estacional Decidual, mas não encontradas pelo 4.3.2 Resultado do levantamento florístico extra
Inventário Florestal de Santa Catarina, com respectivas informações sobre sua distribuição, com base em fascículos da
Flora Ilustrada Catarinense.
A coleta de material fértil oriundo de plantas encontradas no entorno e na Unidade Amostral
Table 4.2. Tree species related to the Seasonal Deciduous Forest by Reitz et al. (1979) but not sampled in Floristic Forest
Inventory of Santa Catarina, including information on their distribution based on Flora Ilustrada de Santa Catarina. fora dos critérios de inclusão dos outros componentes, aqui denominada de componente florístico extra,
registrou 57 pteridófitas, 331 angiospermas e uma gimnosperma (Araucaria angustifolia), contribuindo
Família Espécie Observação
sobremaneira para enriquecer a amostra. Das 389 espécies, 194 são árvores e arbustos, 137 ervas
Annonaceae Annona neosalicifolia H.Rainer Pouco frequente terrícolas, 34 espécies de epífitos (sendo 47% pteridófitas) e 43 lianas.
Aquifoliaceae Ilex dumosa Reissek Frequente
Nesse componente, das angiospermas foram registradas 79 famílias, sendo Asteraceae (com
Arecaceae Euterpe edulis Mart. Muito rara 28 espécies), Fabaceae (26), Solanaceae (18), Myrtaceae (15), Piperaceae, Poaceae e Rubiaceae (13),
Bignoniaceae Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart. ex DC. Muito rara Malvaceae (11), Euphorbiaceae e Sapindaceae (10), famílias que acumularam 36,8% das espécies
Handroanthus pulcherrimus (Sandwith) S.O. Grose Muito rara encontradas (Tabela 4.1). Foram registrados, ainda, 239 gêneros, sendo os mais ricos: Solanum (13
Cardiopteridaceae Citronella gongonha (Mart.) R.A.Howard Muito rara espécies), Peperomia (oito), Eugenia, Piper e Senegalia (cinco cada), Cyperus, Psychotria e Myrsine
(quatro cada).
Celastraceae Maytenus muelleri Schwacke Muito rara
Clusiaceae Garcinia gardneriana (Planch. & Triana) Zappi Rara Para as pteridófitas foram registradas 14 famílias, 27 gêneros e 57 espécies. Pteridaceae (com 14
espécies), Polypodiaceae (12) e Dryopteridaceae (sete), são as famílias mais ricas. Quanto aos gêneros,
Combretaceae Terminalia australis Camb. Muito frequente
destaca-se Blechnum (com cinco espécies) e Asplenium, Doryopteris e Pteris (com quatro cada). Para a
Cunnoniaceae Weinmannia paulliniifolia Pohl ex Seringe Raríssima Floresta Estacional Decidual, o número de espécies de pteridófitas pode ser considerado elevado. Nesta
Euphorbiaceae Croton urucurana Baill. Muito rara região, havia até o momento o registro de apenas 38 espécies para toda a região fitoecológica no Bioma
Sebastiania schottiana Müll.Arg. Muito frequente Mata Atlântica (Salino & Almeida 2009).
Pachystroma longifolium (Nees) I.M.Johnst. Pouco frequente As espécies aqui citadas são comumente observadas na região Sul, Sudeste e Norte do país,
Fabaceae Albizia polycephala (Benth.) Killip Muito rara de acordo com o descrito para Floresta Estacional Decidual, que é formada principalmente por
Calliandra tweediei Benth. Frequente representantes das floras da Bacia Amazônica e do Brasil Central (Rambo 1956). Alguns gêneros
merecem destaque, seja por sua riqueza ou abundância, pois são típicos, de acordo com Sarmiento
Inga sessilis (Vell.) Mart. Frequente
(1972): Annona, Eugenia, Machaerium, Myrcia, Pisonia, Rauvolfia e Trichilia.
Lonchocarpus guilleminianus (Tul.) Malme Pouco frequente
Senna oblongifolia (Vog.) H.S.Irwin & Barneby De altitude Rogalski & Zanin (2003) estudaram os epífitos vasculares no Estreito de Augusto César, situado
no município Marcelino Ramos (RS), divisa com Santa Catarina, região de mata ciliar e com maior
Sweetia fruticosa Spreng. Bastante rara
umidade, e registraram 70 espécies pertencentes a oito famílias. A baixa diversidade de epífitos deste
Lauraceae Ocotea acutifolia (Nees) Mez Muito rara trabalho pode ser explicada pela falta de equipes especializadas em escalada e coleta do grupo, porém
Ocotea porosa (Nees) Barroso Rara esta característica já foi constatada por Klein (1972; 1978) e Leite & Klein (1990) e, segundo eles,
Meliaceae Guarea guidonia (L.) Sleumer Sem registro em SC uma sinúsia escassa nessa região fitogeográfica. No Parque Provincial Teyú Cuaré e arredores, foram
registradas apenas oito epífitas, sendo cinco delas de samambaias (Biganzoli & Romero 2004), dentre
Monimiaceae Mollinedia elegans Tul. Muito rara
as 622 angiospermas listadas.
Moraceae Ficus cestrifolia Schott ex Spreng. Bastante comum
Myrtaceae Eugenia florida DC. Bastante rara A grande riqueza de lianas, se comparada aos epífitos, pode estar vinculada à fragmentação
intensiva da floresta, o que possibilita o desenvolvimento deste grupo de plantas (Teramura et al. 1991).
Calyptranthes concinna DC. Muito rara Tamanha riqueza pôde ser observada em campo, pois gerou grande dificuldade de locomoção das
Campomanesia eugenioides (Camb.) D.Legrand ex Landrum Muito rara equipes, bem como na visualização e coleta de material arbóreo no interior dos fragmentos, por vezes
Myrcia laruotteana Cambess. Muito rara as mesmas cobriam muitas das copas. Klein (1983) comenta que as lianas constituem um dos traços
Myrciaria tenella (DC.) O.Berg Muito rara
característicos desta floresta. Das espécies mensuradas no componente arbóreo/arbustivo e regeneração
e sub-bosque, 68% estavam cobertas por lianas.
Rhizophoraceae Erythroxylum microphyllum A.St.-Hil. Muito rara
Rubiaceae Faramea porophylla (Vell.) Müll.Arg. Sem registro em SC
Salicaceae Banara parviflora (A. Gray) Benth. Rara 4.3.3 Esforço amostral
Sapotaceae Pouteria gardneriana (A. DC.) Radlk. Muito rara
Pouteria salicifolia (Spreng.) Radlk. Muito frequente Na Figura 4.2, está registrado o esforço amostral no âmbito do IFFSC na Floresta Estacional
Decidual. As quadrículas com menor número de Unidades Amostrais podem ser resultantes de área
Solanaceae Brunfelsia uniflora (Pohl) D.Don Frequente
de contato com a Floresta Ombrófila Mista que foram excluídas deste trabalho ou no local não havia
Solanum rantonnei Carr. ex Lescuyer Bastante rara floresta para ser inventariada. Apenas quatro áreas se destacam com riqueza superior a 126 espécies,
com média observada entre 52 e 100 espécies.

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 4 | Flora vascular da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

A degradação constatada durante os trabalhos de campo do IFFSC na região de estudo teve


reflexo sobre algumas espécies, tanto que as mesmas não foram amostradas. Essa degradação pode
provocar redução do número de espécies existentes nos fragmentos, levando à formação de florestas
simplificadas, com área restrita, diferentes daquelas originais desta região fitoecológica em Santa
Catarina.

Igualmente, os resultados aqui apresentados reforçam a relevância deste inventário para a


caracterização da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina, bem como a importância das coletas
externas às Unidades Amostrais, no registro da biodiversidade existente.

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restauração dos demais fragmentos é fundamental para que a Floresta Estacional Decidual possa se
Bortoluzzi, R.L.C; Miotto, S.T.S.; Reis, A. 2010. Leguminosas – Cesalpinioídeas: tribo
recuperar das grandes interferências antrópicas que a tem tornado cada vez mais simplificada em
Caesalpinieae. In: Reitz, R. (ed.). Flora Ilustrada Catarinense. Itajaí. Herbário Barbosa Rodrigues.
sua composição. Como já mencionado, embora o conjunto possua elevada riqueza de espécies em
sua integralidade, o mesmo não ocorre quando os remanescentes são analisados em particular. No Brack, P.; Bueno, R.M.; Falkenberg, D.B.; Paiva, M.R.C.; Sobral, M.; Stehmann, J.R. 1985.
entanto, mesmo internamente simplificados e perturbados cumprem um papel importante como fonte Levantamento florístico do Parque Estadual Turvo, Tenente Portela, RS, Brasil. Roessléria 7: 69-94.
de diásporos e abrigo de espécies da fauna.
ESRI. 2011. ARCgis Desktop: Release 10. Redlands, CA. Environmwntal Systems Research
Stehmann et al. (2009) destacam a importância da conservação da Floresta Estacional Decidual, Institute.
que, juntamente com a Floresta Estacional Semidecidual e das formações campestres, contém cerca de
50% da diversidade do bioma Mata Atlântica. Exell, A.W.; Reitz, R. 1967. Combretáceas. In: Reitz, R. (ed.). Flora Ilustrada Catarinense.
Itajaí. Herbário Barbosa Rodrigues.
Com intuito de esclarecimento, foram adicionadas as bacias em que ocorrem as espécies com
amostras coletadas e incorporadas ao herbário FURB. Contudo, o esforço amostral diferente em cada Farias, J.A.C.; Teixeira, I.F.; Pes, L.; Alvarez Filho, A. 1994. Estrutura fitossociológica de uma
quadrícula e em cada bacia impossibilita comparações. Ao todo, 28 espécies foram coletadas em todas Floresta Estacional Decidual na região de Santa Maria, RS. Ciência Florestal 4: 109-128.
as bacias hidrográficas. Outras 33 espécies apareceram em todas as bacias exceto na do rio Pelotas,
que possui apenas duas Unidades Amostrais (941 e 1000), ambas situadas no município de Anita Ferraz, S.E.R.; Roberti, D.R. 2011. Padrões climáticos na região do extremo sul do Planalto
Garibaldi. A não coleta de uma espécie em determinada bacia não significa que ela não ocorra nela, Meridional brasileiro. In: Schumacher, M.V.; Longhi, S.L.; Brun, E.J.; Kilca, R.V. (eds.). A Floresta
pois esta espécie pode ter sido medida em campo pelo inventário, com coleta de amostras estéreis para Estacional Subtropical. Caracterização e ecologia no rebordo do Planalto Meridional. Santa Maria.
identificação, que não foram incorporadas ao acervo do herbário FURB.
Hack, C.; Longhi, S.J.; Boligon, A.A.; Murari, A.B.; Pauleski, D.T. 2005. Análise fitossociológica
Relativo à conservação da riqueza específica, deve-se ressaltar que esta pode ser drasticamente de um fragmento de floresta estacional decidual no município de Jaguari, RS. Ciência Rural 35: 1083-
reduzida, especialmente com a ampliação do complexo hidrelétrico ao longo do rio Uruguai e dos seus 1091.
principais afluentes, pois estes têm atingido importantes remanescentes florestais ao longo das suas
margens (Prochnow 2005). Husch, B.; Beers, T.W.; Kershaw, J.A. 2003. Forest Mensuration. Hoboken. John Wiley.

122 123
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 4 | Flora vascular da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina

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Federal de Santa Maria. Santa Maria.

126
Capítulo 5
Floresta Estacional Decidual

Grupos florísticos estruturais da Floresta Estacional Decidual


em Santa Catarina1, 2

Structural floristic groups in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina

André Luís de Gasper, Alexandre Uhlmann,


Alexander Christian Vibrans,
Lucia Sevegnani, Leila Meyer

Resumo
O objetivo deste trabalho foi identificar as possíveis similaridades estruturais entre remanescentes da Floresta Estacional
Decidual em Santa Catarina. Associado a este objetivo primário, também se buscou a identificação das zonas de contato
entre esta região fitoecológica e a Floresta Ombrófila Mista. Foram analisados os dados de 78 Unidades Amostrais
instaladas em remanescentes da Floresta Estacional Decidual entre 2008 e 2009. Os dados foram tratados através da
Análise de Correspondência Corrigida (DCA) e Análise de Agrupamentos, valendo-se de uma matriz de densidade
de espécies por bacia hidrográfica. A análise foi feita tanto para o componente arbóreo/arbustivo quanto para a
regeneração natural. A proporção da variância explicada pelos três primeiros eixos da DCA foi de 58,1% e 60,2%
(arbóreo e regeneração, respectivamente). Observada somente a ordenação provocada pelo primeiro eixo da DCA, vê-
se a disposição das bacias do Leste, em um extremo, e das bacias do Oeste, no outro extremo deste eixo. Na extremidade
direita do primeiro eixo, estão dispostas as bacias dos rios Canoas, Pelotas e do Peixe, caracterizadas pela presença de
espécies como Ocotea pulchella, Zanthoxylum fagara, Lithrea brasiliensis, Matayba elaeagnoides, Cinnamodendron
dinisii, comumente associadas com a Floresta Ombrófila Mista. Na extremidade esquerda, estão distribuídas as bacias
de Oeste, grupo que inclui as bacias dos rios Jacutinga, Irani, Chapecó, das Antas e Peperi-Guaçu. Dentre as espécies
que mais fortemente influenciaram os resultados na análise, cabe destacar Apuleia leiocarpa, Rauvolfia sellowii,
Bastardiopsis densiflora, Chrysophyllum gonocarpum, Cordia trichotoma, Holocalyx balansae, Myrocarpus frondosus
e Pisonia ambigua, frequentes em florestas estacionais do interior meridional do Brasil. Considerando que as altitudes
tendem a declinar das porções Leste para Oeste, propõe-se a existência de uma zona de transição entre as duas regiões
fitoecológicas na faixa dos 600 m s.n.m., onde ocorre a interdigitação de elementos da flora estacional e aqueles da
Floresta Ombrófila Mista, resultando na delimitação de uma área núcleo da Floresta Estacional Decidual abaixo deste
patamar altimétrico.

Abstract
The purpose of this study was to identify possible structural similarities between remnants of Seasonal Deciduous Forest forest
in Santa Catarina. Associated with this primary objective, we also tried to identify transition areas with influence of Mixed
Ombrophyllous Forest. Data from 78 Sample Plots were collected between 2008 and 2009 during the Forest Inventory Floristic
of Santa Catarina (IFFSC). Data were analyzed through the Detrended Correspondence Analysis (DCA) and cluster analysis,
using a density matrix of species by watershed. The analysis was performed for both the tree/shrub component and the natural
regeneration. The proportion of variance explained by the first three axes of DCA was 58.1% and 60.2% (tree/shrub and
regeneration, respectively). For the first ordination axis of DCA, the arrangement of the watersheds of the east was characterized
by the presence of species such as Ocotea pulchella, Zanthoxylum fagara, Lithrea brasiliensis, Matayba elaeagnoides,
Cinnamodendron dinisii, commonly associated with the Mixed Ombrophyllous Forest. On the other extreme, we observed
watersheds of the west with Apuleia leiocarpa, Rauvolfia sellowii, Bastardiopsis densiflora, Chrysophyllum gonocarpum,
Cordia trichotoma, Holocalyx balansae, Myrocarpus frondosus and Pisonia ambigua, which are common in seasonal forests of
the southern interior of Brazil. As altitude tends to decline from east to west, the authors hypothesize the existence of a transition
zone between the two phytoecological regions in the range of 600 m a.s.l. At this altidudinal level elements of both the seasonal
flora and the Mixed Ombrophyllous flora coexist; below this level, a core area of Seasonal Deciduous Forest was delineated.

1
Parte deste trabalho foi submetido à revista Ciência Florestal em 06/07/2011.
2
Gasper, A.L. de; Uhlmann, A.; Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Meyer, L. 2012. Grupos florísticos da Floresta Estacional Decidual em
Santa Catarina. In: Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Gasper, A.L. de; Lingner, D.V. (eds.). Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina,
Vol. II, Floresta Estacional Decidual. Blumenau. Edifurb.

129
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 5 | Grupos florísticos estruturais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

5.1 Introdução 5.2 Metodologia

Florestas estacionais são caracterizadas por atributos estruturais relacionados à caducifolia A área de estudo inclui parte das bacias dos afluentes do rio Uruguai em Santa Catarina (Figura
condicionada por sazonalidade climática de temperatura e/ou precipitação. Baseado nestes atributos, 5.1) e que foi incluída por Klein (1978) na região fitoecológica da Floresta Estacional Decidual.
o sistema de classificação da vegetação brasileira reconhece duas tipologias, a Floresta Estacional
Semidecídual e a Floresta Estacional Decídual, as quais estão distribuídas principalmente no interior do
Brasil, vinculadas essencialmente aos Biomas Mata Atlântica e Cerrado (Veloso et al. 1991).

Em Santa Catarina, esta floresta expressa a deciduidade das folhas no período entre maio e
setembro, como resultado de fatores climáticos restritivos, como o frio e o menor fotoperíodo do
semestre de inverno. A deciduidade, segundo Klein (1972; 1978) e IBGE (1991), ocorre especialmente
nas plantas do dossel e emergentes, atingindo valores superiores a 50% das espécies componentes,
o que levou os proponentes do sistema de classificação da vegetação brasileira a enquadrá-la como
uma Floresta Estacional Decídual (Veloso et al. 1991). Neste estado, sua área original ocupava 7.967
km2 distribuídos em parte da bacia hidrográfica do rio Uruguai, incluindo as porções médias e baixas
dos seus tributários rios Pelotas, Canoas, do Peixe, Jacutinga, Irani, Chapecó, das Antas e Peperi-
Guaçu (Klein 1978). A flora frequentemente associada à Floresta Estacional Decidual inclui espécies
como Aspidosperma polyneuron, Handroanthus heptaphyllus, Gallesia integrifolia, Balfourodendron
riedelianum, Peltophorum dubium, Cordia trichotoma e Apuleia leiocarpa (Leite 1994).

Esta representa uma vegetação recente em Santa Catarina (Bigarella 1964), com seu ingresso
posterior àquele dos campos e da Floresta Ombrófila Mista, sendo considerada um prolongamento das
florestas da bacia do rio Paraná e migrações da província de Missiones (Rambo 1951; 1956; Spichiger
et al. 2004; Pennington et al. 2009). Spichiger et al. (2004) ressaltaram o papel dos corredores formados
pelos canais fluviais da bacia do Paraná na difusão de elementos bióticos, conforme pode ser deduzido
por meio da visualização dos mapas de vegetação dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande
do Sul (Klein 1978; Maack 1947; 1968; Rambo 1951). Como consequência desta possível expansão,
Figura 5.1. Área de distribuição da Floresta Estacional Decidual no Oeste de Santa Catarina e as Unidades
zonas de contato com a Floresta Ombrófila Mista (floresta com araucária) e com a Estepe (campos Amostrais localizadas nas bacias hidrográficas dos tributários de margem direita do rio Uruguai.
naturais) são formadas em Santa Catarina recebendo contribuições florísticas destas. No Paraná, ao Figure 5.1. Distribution area of ​​the Seasonal Deciduous Forest in western Santa Catarina and the Sample Plots
longo do vale do rio Tibagi, Torezan (2002) descreveu a ocorrência de uma zona de contato entre a located in the watersheds of the right bank tributaries of Uruguai river.
Floresta Estacional e a Floresta Mista estabelecida em uma faixa altimétrica situada entre 500 e 800 m.
Os dados das 78 Unidades Amostrais foram utilizados para a construção de uma matriz de densidades
Apesar de ser uma região fitoecológica importante sob o ponto de vista biológico, Pennington das espécies em cada bacia hidrográfica (tanto para o componente arbóreo/arbustivo quanto para o da regeneração
et al. (2000) ressaltaram que estas florestas estariam recebendo pouca atenção da sociedade, tanto no natural). Nesta matriz, as linhas representaram as espécies e as colunas, as bacias hidrográficas, sendo cada célula
que diz respeito aos esforços de conservação, quanto por parte de pesquisas visando a compreensão preenchida pelo valor da densidade média (número de indivíduos por hectare) das espécies em cada bacia (conforme
dos padrões disjuntos de sua distribuição no Neotrópico. Nos três estados da região Sul do Brasil, exemplo da Tabela 5.1).
as florestas estacionais ocupam destaque, pois sua distribuição original está vinculada à região de
grande desenvolvimento agrícola e pecuário. No estado de Santa Catarina, poucos são os trabalhos que No componente arbóreo/arbustivo as espécies raras com menos de um indivíduo por hectare foram
abordam as florestas estacionais. removidas, já que estas não contribuem para a análise, segundo Gauch-Junior (1982). Também foram removidos
indivíduos mortos e não identificados, restando 79 espécies. Com isso, originou-se uma matriz constituída por 79
Diante desta carência de dados, este trabalho pretende contribuir com a exposição de novos espécies (linhas) e oito Unidades Amostrais (colunas), a qual foi submetida à Análise de Correspondência Corrigida
conhecimentos sobre a floresta estacional do estado de Santa Catarina, baseando-se nos dados de um (Detrended Correspondence Analisys – DCA) e à Análise de Agrupamentos. As duas análises apontam para os
extensivo levantamento feito através do Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina (IFFSC). mesmos resultados e foram aqui apresentadas, pois facilitam a visualização dos resultados.
Deseja-se verificar se existem variações expressivas na estrutura das florestas estacionais catarinenses
e que estas são o resultado de variações de caráter ambiental, principalmente relacionadas com o clima O mesmo procedimento foi feito para a regeneração natural, onde 109 espécies foram mantidas, dentre
(em última análise, ligadas à variação altimétrica). Um segundo aspecto que constitui objetivo deste as 176 amostradas. Assim, a matriz constituída por 109 espécies (linhas) e oito Unidades Amostrais (colunas) foi
trabalho é verificar a ocorrência de uma zona de transição no contato entre a Floresta Ombrófila Mista submetida à Análise de Correspondência Corrigida.
e a Floresta Estacional Decidual. A fim de classificar as Unidades Amostrais, de acordo com as suas similaridades florísticas, um dendrograma
foi construído a partir de uma análise de agrupamento aplicada a uma matriz de similaridade (construída através
do uso da distância euclidiana) e valendo do método de ligação de Ward’s. Antes da análise, contudo, as Unidades
Amostrais foram identificadas como aquelas do grupo de Leste e de Oeste. Estas análises foram feitas com os dados
do componente arbóreo/arbustivo.

130 131
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 5 | Grupos florísticos estruturais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

O processamento dos dados e as análises foram feitas com auxílio dos softwares Mata Nativa 2 (Cientec A ordenação permitiu identificar as espécies que caracterizam os dois grupos de bacias
2002), Microsoft Office Excel (2007) e PC-ORD 6 (McCune & Mefford 2011). hidrográficas. As espécies associadas ao grupo de bacias hidrográficas do Oeste no componente
arbóreo/arbustivo foram: Aloysia virgata, Apuleia leiocarpa, Bastardiopsis densiflora, Campomanesia
Tabela 5.1. Modelo de matriz utilizada para as análises multivariadas da Floresta Estacional Decidual xanthocarpa, Casearia sylvestris, Chrysophyllum gonocarpum, Cordia trichotoma, Cyathea
Table 5.1. Matrix model used for multivariate analysis of the Seasonal Deciduous Forest corcovadensis, Ficus luschnathiana, Holocalyx balansae, Inga marginata, Myrocarpus frondosus,
Pisonia ambigua, Rauvolfia sellowii e Vasconcellea quercifolia (Figura 5.2).
Espécie Canoas Pelotas Peixe Jacutinga Irani Chapecó ....
Annona emarginata 5,13 0,00 2,50 0,00 0,00 2,50 0,00 Com relação às bacias hidrográficas do Leste no componente arbóreo/arbustivo, as espécies
que influenciaram sua separação foram: Ocotea pulchella, Zanthoxylum fagara, Lithrea brasiliensis,
Erythrina falcata 0,00 3,45 0,00 0,00 2,50 0,00 0,00
Helietta apiculata, Matayba elaeagnoides, Sebastiania commersoniana, Parapiptadenia rigida,
Cinnamodendron dinisii 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Dalbergia frutescens, Cinnamodendron dinisii, Aspidosperma australe, Myrsine coriacea, Ateleia
Bauhinia forficata 0,00 10,34 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 glazioveana e Cryptocarya aschersoniana (Figura 5.2).
Cordyline spectabilis 0,00 6,90 0,00 0,00 7,50 0,00 0,00
Pisonia ambigua 0,00 0,00 0,00 3,25 0,00 0,00 0,00
Ilex paraguariensis 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Trema micrantha 0,00 0,00 10,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Cryptocarya aschersoniana 0,00 0,00 0,00 6,50 5,00 0,00 0,00
Rauvolfia sellowii 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Bastardiopsis densiflora 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Casearia decandra 7,69 0,00 0,00 0,00 7,50 7,50 5,00
Celtis iguanaea 0,00 10,34 0,00 0,00 2,50 0,00 0,00
Dalbergia frutescens 5,13 3,45 2,50 0,00 0,00 2,50 0,00
Banara tomentosa 0,00 0,00 0,00 3,25 2,50 0,00 5,00
Vitex megapotamica 15,38 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,50
Zanthoxylum fagara 0,00 0,00 2,50 3,25 0,00 0,00 0,00
Solanum sanctaecatharinae 2,56 3,45 2,50 16,24 0,00 0,00 0,00
Myrsine coriacea 0,00 0,00 0,00 0,00 2,50 0,00 0,00
Ficus luschnathiana 0,00 6,90 2,50 0,00 0,00 0,00 2,50
Ruprechtia laxiflora 0,00 3,45 0,00 0,00 0,00 5,00 0,00
Allophylus puberulus 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
...

5.3 Resultados e discussão

No componente arbóreo/arbustivo, a aplicação da Análise de Correspondência Corrigida (DCA)


à matriz constituída pelos dados de densidade média das espécies em cada uma das bacias hidrográficas
mostrou resultados satisfatórios. Os três primeiros autovalores explicaram 58,1% da variância original
dos dados (DCA1 = 42,2%; DCA2 = 9,7%; DCA3 = 6,2%). A Figura 5.2, que apresenta o resultado da Figura 5.2. Ordenação obtida para componente arbóreo/arbustivo por meio da aplicação de DCA em uma matriz de
DCA, permite observar a tendência de separação das bacias hidrográficas situadas mais a Leste – bacias dados de densidade média das espécies em cada bacia hidrográfica na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.
dos rios Canoas, do Peixe e Pelotas (à direita da figura), das bacias situadas a Oeste – bacias dos rios Figure 5.2. Ordination yielded to tree/shrub component from DCA applied on a matrix composed by mean density of
Jacutinga, Irani, Chapecó, das Antas e Peperi-Guaçu (à esquerda da figura). species surveyed in each watershed in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.

A mesma análise, para os dados da regeneração natural, também apontou uma segregação das
bacias localizadas a Leste das bacias a Oeste, conforme Figura 5.3. Os três primeiros eixos explicaram Para os dados da regeneração as espécies importantes que levaram à separação das bacias
60,2% da variação dos dados na regeneração natural (DCA1 = 35,4%; DCA2 = 18,8%; DCA3 = 6,0%), hidrográficas do Oeste, foram: Eugenia hiemalis, Senegalia tucumanensis, Aloysia virgata, Guarea
valores e resultados muito similares ao componente arbóreo/arbustivo. macrophylla, Inga marginata, Chrysophyllum gonocarpum, Holocalyx balansae, Actinostemon

132 133
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 5 | Grupos florísticos estruturais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

concolor, Esenbeckia grandiflora, Calliandra foliolosa, Sapium glandulosum e Allophylus puberulus.


E, para segregação das bacias hidrográficas do Leste foram: Albizia edwallii, Allophylus edulis, Cletra
scabra, Cinnamodendron dinisii, Citronela paniculata, Helietta apiculata, Matayba elaegnoides,
Myrcia oblongata, Ocotea odorifera, O. pulchella, Vitex megapotamica, Zanthoxylum fagara, Z.
rhoifolium, dentre outras (Figura 5.3).

Figura 5.4. Classificação obtida para o componente arbóreo/arbustivo por meio da aplicação da Análise de Agrupamentos
em uma matriz de dados de densidade média das espécies em cada bacia hidrográfica na área de abrangência da Floresta
Estacional Decidual em Santa Catarina.
Figure 5.4. Classification obtained for the tree/shrub component by application of cluster analysis in a data matrix of mean
density of species in each watershed in areas covered of the Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.

Segundo Klein (1972), Apuleia leiocarpa, Parapiptadenia rigida, Cordia trichotoma, Cordia
americana, Diatenopteryx sorbifolia, Lonchocarpus leucanthus, Cabralea canjerana, Peltophorum
dubium, Cedrela fissilis, Balfourodendron riedelianum e Enterolobium contortisiliquum são as espécies
mais importantes da Floresta Estacional Decidual de Santa Catarina. Por vezes, Myrocarpus frondosus
se torna bastante comum. Três destas espécies citadas pelo autor (Apuleia leiocarpa, Cordia trichotoma
e Myrocarpus frondosus) são responsáveis pela delimitação dos grupos de bacias de Oeste.

As mesmas espécies são citadas como sendo importantes para a caracterização da Floresta
Ombrófila Mista do extremo Oeste catarinense (Klein 1978), dentre outras como: Araucaria angustifolia,
Parapiptadenia rigida, Cordia americana, Diatenopteryx sorbifolia, Lonchocarpus leucanthus,
Nectandra lanceolata, Nectandra megapotamica, Ocotea puberula, Cedrela fissilis, Phytolacca dioica,
Figura 5.3. Ordenação obtida para regeneração natural por meio da aplicação da DCA em uma matriz de dados de Peltophorum dubium, Balfourodendron riedelianum e Myrocarpus frondosus. Estas espécies dão
densidade média das espécies em cada bacia hidrográfica na área de abrangência da Floresta Estacional Decidual em
Santa Catarina.
caráter transicional para a Floresta Ombrófila Mista nesta região geográfica, porque são consideradas
Figure 5.3. Ordination yielded to natural regeneration component from DCA applied on a matrix composed by mean
como características da Floresta Estacional Decidual, exceto por Araucaria angustifolia.
density of species surveyed in each watershed located in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.

A Análise de Agrupamentos apresentou resultados semelhantes ao observados na DCA (como


pode ser visualizado na Figura 5.4). A Análise de Agrupamento aponta para a formação de dois grandes
grupos, um deles constituído pelas bacias de Leste (do Peixe, Canoas e Pelotas) e outro constituído
pelas bacias de Oeste (Peperi-Guaçu, das Antas, Chapecó, Irani e Jacutinga).

134 135
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 5 | Grupos florísticos estruturais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

Na Figura 5.5 pode ser observado o dendrograma construído através do uso da distância e
valendo-se do método de ligação de Ward´s. O grande agrupamento das espécies do Oeste (em preto) se
destaca (com poucas Unidades Amostrais como outlier). Nas duas extremidades do agrupamento (em
vermelho), encontram-se as Unidades Amostraisdas bacias do Leste.

Por outro lado, Matayba elaegnoides, Cupania vernalis, Myrcia guianensis, Cinnamodendron
dinisii, Campomanesia xanthocarpha, Lamanonia ternata, Quillaja brasiliensis, Clethra scabra, Prunus
myrtifolia, Myrcianthes gigantea, Ilex theezans e Luehea divaricata são espécies que caracterizam,
segundo Klein (1978), a Floresta Ombrófila Mista das bacias do alto Canoas e Pelotas.

O que se observa a partir destas comparações feitas com a literatura é que, de um modo geral,
as bacias do Leste incluem Unidades Amostrais que caracterizam tipos intermediários entre a Floresta
Estacional Decidual e a Floresta Ombrófila Mista. Por outro lado, as bacias do Oeste incluem um
grande número de espécies características da flora das florestas estacionais.

A altitude média (Tabela 5.2) das Unidades Amostrais inseridas nas bacias dos rios Canoas,
Pelotas e Peixe foi de 757, e 691 e 663 m, respectivamente. Embora estas médias não estejam distantes
daquelas verificadas para as Unidades Amostrais localizadas na bacia do rio Irani (640 m), esta média
vai diminuindo gradativamente na direção das bacias do Oeste, podendo assim levar à compreensão
das razões que aproximam estruturalmente as florestas localizadas naquelas bacias com a Floresta
Ombrófila Mista. No mapa de vegetação do estado de Santa Catarina (Klein 1978), vê-se esta segregação
associada à distribuição da Floresta Ombrófila Mista ao Leste e ao Norte, nas porções mais elevadas,
assim como da Floresta Estacional Decidual, nas porções de menor altitude do estado, proximamente
ao vale do rio Uruguai.

Tabela 5.2. Parâmetros ambientais médios das Unidades Amostrais inseridas em cada bacia hidrográfica considerada no
presente estudo. Fonte: Epagri (2008).
Table 5.2. Mean environmental parameters of the Sample Plots located at each watershed in the study area. Source: Epagri
(2008).
Frequência
Precipitação Temperatura Umidade
Altitude média anual
Bacia hidrográfica média anual média anual Relativa do ar
(m) de geadas
(mm) (oC) (%)
(dias por ano)
Peperi-Guaçu 329 1.800 19,1 6,79 79,0
Das Antas 465 1.917 19,0 8,92 77,8
Chapecó 553 1.846 18,5 9,27 77,5
Irani 640 1.889 18,4 8,61 77,2
Jacutinga 603 1.829 18,5 9,21 77,9
Peixe 663 1.480 18,0 10,43 77,7
Canoas 691 1.733 18,3 9,50 77,3
Pelotas 757 1.800 18,0 9,50 79,0

A dissecação do relevo provocada pelo rio Uruguai, somado aos processos morfogenéticos
que deram origem aos sistemas de patamares elevados (toda a área considerada inclui-se na bacia
do Paraná, mais especificamente sobre os derrames basálticos da Formação Serra Geral, segundo
Petri & Fúlfaro 1983; Mizusaki & Thomaz-Filho 2004 – ou ainda do derrame do Trapp – conforme
denominou Maack 1947), soerguidos por processos epirogenéticos, foi responsável pela conformação
altimétrica e pela configuração das geoformas da área estudada. As flutuações climáticas pretéritas, as
Figura 5.5. Dendrograma construído através do uso da distância euclidiana e valendo do método de ligação de Ward´s.
quais condicionaram processos de expansão e retração dos tipos vegetacionais (Behling 1997; Behling
Figure 5.5. Dendrogram prepared by using the Euclidean distance and Ward’s connection method.
& Negrelle 2001; Behling et al. 2005), certamente contribuíram para o estabelecimento de conexões

136 137
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 5 | Grupos florísticos estruturais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

florísticas que devem ser consideradas na avaliação destes resultados, tendo em vista a geração de as espécies dominantes. Propõe-se que estas regiões constituam a área núcleo da Floresta Estacional
zonas de contato entre diferentes tipos florestais. Maack (1968) considerou a possibilidade de retração Decidual em Santa Catarina, uma vez que as espécies aí encontradas são típicas da área e a influência
da Floresta Ombrófila Mista, levando-a a ficar confinada a áreas de clima subtropical no estado do das demais regiões fitoecológicas, principalmente da Floresta Ombrófila Mista, é pequena.
Paraná. Reitz & Klein (1966) já haviam descrito que a zona de araucária encontrava-se em recuo frente
ao avanço progressivo da “mata branca” (floresta sem pinheiros) a partir das calhas dos rios formadores
da bacia do rio Uruguai.
Referências
Se, por um lado, as condições em altitude são aparentemente mais adequadas ao estabelecimento
dos elementos da Floresta Ombrófila Mista, por outro, em menor altitude, a entrada de elementos das Behling, H. 1997. Late quaternary vegetation, climate and fire history of Araucaria forest and
florestas estacionais parece ser impulsionada por condicionantes ambientais que, embora não possam campos region from Serra Campo Gerais Paraná state (South Brazil). Review of Paleobotany and
ser profundamente discutidos aqui, devem estar associados a fatores climáticos relacionados com Palinology 97: 109-121.
gradientes altitudinais. Para isso, concorre a dissecação do relevo promovida pelos grandes sistemas
fluviais, ocasionando o gradual rebaixamento das superfícies constituintes das bacias hidrográficas. Behling, H.; Negrelle, R.R.B. 2001. Tropical Rain Forest and Climate Dynamics of the Atlantic
Neste caso, é necessário admitir que os canais fluviais das grandes bacias hidrográficas teriam um Lowland, Southern Brazil, during the Late Quaternary. Quaternary Research 56: 383-389.
papel considerável no favorecimento de rotas migratórias para as espécies entre regiões fitoecológicas
Behling, H.; Pillar, V.D.; Bauermann, S.G. 2005. Late Quaternary grassland (Campos), gallery
distintas.
forest, fire and climate dynamics, studied by pollen, charcoal and multivariate analysis of the São
Indicativos disso foram observados pela penetração da floresta estacional para dentro dos Francisco de Assis core in western Rio Grande do Sul (southern Brazil). Review of Palaeobotany and
espaços ocupados pela Floresta Ombrófila Mista através dos canais dos grandes rios nos estados do Palynology 133: 235-248.
Paraná e Santa Catarina, conforme pode ser visto nos mapas publicados por Klein (1978) e Maack
Bigarella, J.J. 1964. Variações climáticas no quaternário e suas implicações no revestimento
(1947; 1968) e no Rio Grande do Sul (Rambo 1951; Jarenkow & Waechter 2001). Analogamente a este
florístico do Paraná. Boletim Paranaense de Geografia 10: 211-231.
processo, alguns autores citam que a Araucaria angustifolia (e provavelmente toda a flora associada à
Floresta Ombrófila Mista) durante o quaternário recente (a partir de 3.000 anos AP) teve sua expansão Blum, C.T. 2006. Floresta Ombrófila Densa na Serra da Prata, Parque Nacional Saint-
a partir de zonas mais úmidas associadas aos cursos dos rios (Oliveira et al. 2005; Pillar et al. 2009). Hilaire/Lange, PR – Caracterização Florística, Fitossociológica e Ambiental de um Gradiente
Hoje, contudo, vários autores parecem admitir a redução da Floresta Ombrófila Mista frente ao avanço Altitudinal. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do Paraná. Curitiba.
das florestas estacionais (Reitz & Klein 1966; Maack 1968).
Cientec. 2002. Mata Nativa: Sistema para análise fitossociológica e elaboração de planos de
Seria razoável propor, portanto, que as bacias de Leste representem zonas de transição entre manejo de florestas nativas. São Paulo.
a Floresta Estacional Decidual e a Floresta Ombrófila Mista. Reitz & Klein (1966) discutiram sobre
a expansão das florestas estacionais até uma altitude entre 500 e 700 m, de certa forma, coincidindo Epagri. Atlas climatológico do Estado de Santa Catarina. http://ciram.epagri.rct-sc.br>
com a zona de transição proposta por Torezan (2002) na bacia do rio Tibagi, a qual, segundo os (acesso: 20/10/2008).
autores, está compreendida no intervalo entre as cotas 500 a 800 m, constituindo a região do médio
rio Tibagi. Considerando a necessária correção latitudinal em relação ao estado do Paraná, é uma cota Gauch-Junior, H.G. 1982. Mulltivariate Analysis in Community Ecology. Cambridge.
muito aproximada àquela considerada pelos autores acima citados para Santa Catarina. Os dados aqui Cambridge University Press.
apresentados indicam haver esta transição a partir da faixa dos 600 m s.n.m. IBGE. 1991. Manual técnico da vegetação brasileira. Rio de Janeiro. IBGE.
Para fundamentar ainda mais esta discussão, os 800 m foram considerados por Blum (2006) o Inoue, M.T.; Roderjan, C.V.; Kuniyoshi, Y.S. 1984. Projeto Madeira do Paraná. Curitiba.
limite transicional entre os tipos climáticos Cfa e Cfb, na vertente oriental da Serra do Mar paranaense, FUPEF.
o qual coincide com o ponto de transição entre a Floresta Ombrófila Densa montana e submontana.
A extensão geográfica desta transição, entretanto, pode ser muito maior que a extensão de pontos Jarenkow, J.A.; Waechter, J.L. 2001. Composição, estrutura e relações florísticas do componente
amostrais analisados neste trabalho, isto porque a ausência de cobertura florestal quando da condução arbóreo de uma floresta estacional no Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira de Botânica
dos trabalhos de campo, impede qualquer conjectura analítica nos extensos “vazios” florestais do estado 24(3): 263-272.
catarinense.
Klein, R.M. 1972. Árvores nativas da floresta subtropical do Alto Uruguai. Sellowia 24: 9-62.
Concluindo, pode-se afirmar que os resultados das análises permitiram a observação de uma
tendência de mudança estrutural da vegetação de Oeste para Leste. As Unidades Amostrais alocadas nas Klein, R.M. 1978. Mapa Fitogeográfico do Estado de Santa Catarina. In: Reitz, R. (ed.).
áreas de abrangência das bacias de Leste estão posicionadas em regiões mais elevadas, onde a ocorrência Flora Ilustrada Catarinense. Itajaí. Herbário Barbosa Rodrigues.
de geadas é mais frequente e as temperaturas médias mais baixas. Nestas Unidades Amostrais, foi
Leite, P.F. 1994. As diferentes unidades fitoecológicas da região sul do Brasil: proposta de
possível detectar a presença de espécies características da Floresta Ombrófila Mista em meio àquelas
classificação. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do Paraná. Curitiba.
de maior abundância, o que sugere a existência de uma região de transição, aproximadamente na faixa
dos 600 m de altitude. Nos patamares de menor altitude, onde estão inseridas a maioria das Unidades Maack, R. 1947. Breves notícias sobre a geologia do Paraná e Santa Catarina. Arquivos de
Amostrais contidas nas áreas das bacias do Oeste, sob condições climáticas diferenciadas, as regiões Biologia e Tecnologia 2: 63-154.
fitoecológicas Floresta Estacional Decidual e Semidecidual do Sul do Brasil passam a figurar dentre

138 139
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina

Maack, R. 1968. Geografia física do Estado do Paraná. Rio de Janeiro. Livraria José Olympio
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140
Capítulo 6
Floresta Estacional Decidual

Estrutura do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional


Decidual em Santa Catarina1

Structure of tree component of Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina

Lauri Amândio Schorn, Débora Vanessa Lingner, Alexander Christian Vibrans, André Luís de Gasper,
Lucia Sevegnani, Marcos Guerra Sobral, Leila Meyer, Guilherme Klemz, Ronnie Schmidt, Carlos
Anastácio Junior, Volnei Rodrigo Pasqualli

Resumo
Este estudo teve como objetivo avaliar a composição de espécies e a estrutura do componente arbóreo/arbustivo da
Floresta Estacional Decidual, em Santa Catarina, sul do Brasil. Foram utilizados dados de 78 Unidades Amostrais
instaladas sistematicamente, incluindo indivíduos com DAP (diâmetro à altura do peito) ≥ 10 cm. Na área total
amostrada, de 28 ha foram registrados 12.899 indivíduos, pertencentes a 210 espécies, 135 gêneros e 62 famílias
botânicas. Fabaceae (33 espécies), Myrtaceae (28), Lauraceae (14), Rutaceae (9), Sapindaceae (8) e Euphorbiaceae
(8) foram as famílias mais ricas em número de espécies. Os gêneros com maior número de espécies foram: Eugenia
(11 espécies), Inga (6), Solanum (5) e Ocotea (5). A estrutura de dois grupos de bacias hidrográficas estabelecidos
na área de estudo foi comparada, identificando-se algumas diferenças estruturais entre eles. O grupo de bacias do
Leste (bacias do rio Canoas, do Peixe e Pelotas) apresentou uma densidade média de 561,19 ind.ha-1, média de
área basal de 20,04 m².ha-1 e os índices de Shannon-Wiener e de Pielou variaram entre 1,79 e 3,64 nats.ind.-1 e 0,61
e 0,9, respectivamente. O grupo de bacias do Oeste (bacias do rio das Antas, Chapecó, Irani, Jacutinga e Peperi-
Guaçu) teve uma densidade média de 419,16 ind.ha-1, média de área basal de 20,03 m².ha-1 e os índices de Shannon-
Wiener e de Pielou variaram entre 2,3 e 3,66 nats.ind.-1.ind.-1 e 0,62 e 0,96, respectivamente. Foram identificadas
124 espécies comuns entre os dois grupos de bacias hidrográficas. Ocotea puberula, Luehea divaricata, Nectandra
megapotamica e Nectandra lanceolata obtiveram o maior valor de importância em ambos os grupos. Entre as espécies
que contribuíram para separar os dois grupos observou-se Matayba elaeagnoides e Prunus myrtifolia nas bacias do
Leste e Casearia sylvestris e Cabralea canjerana nas bacias do Oeste. Algumas evidências demonstram que a Floresta
Estacional encontra-se altamente impactada e empobrecida.

Abstract
This study aimed to evaluate species composition and structure of tree/shrub component of Seasonal Forest in Southern
Brazilian State of Santa Catarina. Data from 78 plots placed systematically were used, including only individuals with DBH
(diameter at breast height) ≥ 10 cm. From a total sampling area of 28 ha, 12.899 individuals were recorded, divided in 210
species, 135 genera and 62 families. Fabaceae (33 species), Myrtaceae (28), Lauraceae (14), Rutaceae (9), Sapindaceae
(8) and Euphorbiaceae (8) were the richest families in number of species. The genera with higher number of species were:
Eugenia (11 species), Inga (6), Solanum (5) and Ocotea (5). The structure of two watershed groups established in study
area was compared. The eastern watershed group (Canoas, Peixe and Pelotas rivers) had a mean density of 561.19 ind.
ha-1, mean basal area of 20.04 m².ha-1 and Shannon-Wiener and Pielou indices ranged between 1.79 and 3.64 nats.ind.-1
and 0.61 e 0.9, respectively. The western group (Antas, Chapecó, Irani, Jacutinga and Peperi-Guaçu rivers) had a mean
density of 419.16 ind.ha-1, mean basal area of 20.03 m² ha-1 and Shannon-Wiener and Pielou indices ranging from 2.3 to
3.66 nats.ind.-1 and 0.62 to 0.96, respectively. It was identified 124 common species between the two watershed groups.
Ocotea puberula, Luehea divaricata, Nectandra megapotamica and Nectandra lanceolata had the greatest importance
value in both groups. Among the species which contributed to separate the two groups were Matayba elaeagnoides and
Prunus myrtifolia in eastern and Casearia sylvestris and Cabralea canjerana in the western watersheds. Pioneer and early
secondary tree species dominate both, showing that Seasonal Deciduous Forest are highly impacted and impoverished.

1
Schorn, L.A.; Lingner, D.V.; Vibrans, A.C.; Gasper, A.L. de; Sevegnani, L.; Sobral, M.G.; Meyer, L.; Klemz, G.; Schmidt, R.; Junior,
C.A.; Pasqualli, V.R. 2012. Estrutura do somponente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. In: Vibrans,
A.C.; Sevegnani, L.; Gasper, A.L. de; Lingner, D.V. (eds.). Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, Vol. II, Floresta Estacional
Decidual. Blumenau. Edifurb.

143
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 6 | Estrutura do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

6. 1 Introdução A estrutura fitossociológica foi avaliada segregando-se as Unidades Amostrais em grupos


florísticos, conforme resultado da análise de ordenação descrita no Capítulo 5. Um grupo foi constituído
O estudo fitossociológico de uma floresta possibilita a caracterização do papel exercido por pelas Unidades Amostraisdas bacias situadas a Leste – bacias dos rios Canoas, do Peixe e Pelotas e,
cada espécie dentro da fitocenose (Grombone et al. 1990) e fornece informações essenciais sobre o outro com as Unidades Amostrais das bacias a Oeste – bacias dos rios das Antas, Chapecó, Irani,
estado atual da floresta, gerando subsíduos para planos de recuperação e conservação da diversidade Jacutinga e Peperi-Guaçu. A análise fitossociológica envolveu o cálculo dos parâmetros da estrutura
(Rosa et al. 2008). horizontal, sendo densidade, dominância e frequência absoluta e relativa e valor de importância,
conforme Mueller-Dombois & Ellenberg (1974). A diversidade florística de cada Unidade Amostral
A análise da estrutura horizontal revela aspectos sobre a organização e distribuição espacial das foi indicada pelos índices de diversidade de Shannon-Wiener (H’) e de equabilidade de Pielou (J). O
espécies que constituem uma comunidade. O método quantitativo para descrever a estrutura horizontal processamento dos dados foi efetuado pelo software Mata Nativa 2.1 (CIENTEC 2006).
com base na densidade, frequência, dominância e índice de valor de importância (Cain et al. 1956) é
amplamente empregado em pesquisas florestais.

A densidade indica o número de indivíduos de cada espécie em relação a uma unidade de área 6.3 Resultados e discussão
(Rivera 2007); a dominância é caracterizada pela área basal acumulada dos indivíduos pertencentes a
uma determinada espécie enquanto a frequência é obtida pela proporção entre o número de Unidades 6.3.1 Florística do componente arbóreo/arbustivo
Amostrais em que a espécie se faz presente e o número total de Unidades Amostrais (Mueller-Dombois
& Ellenberg 1974). Já o valor de importância combina os parâmetros da densidade, dominância e No conjunto de 78 Unidades Amostrais implantadas em remanescentes da Floresta Estacional
frequência, por meio da soma de seus índices relativos (Curtis & Mcintosch 1950). Decidual foram encontradas 210 espécies identificadas plenamente, distribuídas em 62 famílias e 135
gêneros no componente arbóreo/arbustivo (Tabela 6.1). Além disso, foram identificadas 10 espécies
Em relação ao conhecimento da estrutura da Floresta Estacional Decidual no sul do Brasil, ao nível de gênero e três a nível de família. Com o enquadramento das espécies em grupos ecológicos,
podem ser mencionados alguns trabalhos que abordaram o componente arbóreo/arbustivo, como foram encontradas no estrato arbóreo/arbustivo, 107 espécies secundárias representadas por 6.582
Vaccaro & Longhi (1995), Vaccaro (2002), Giehl & Jarenkow (2007), Ruschel et al. (2009), Floss indivíduos, 54 espécies pioneiras com 5.143 indivíduos e, 29 espécies climácicas com 561 indivíduos.
(2011), Kilca & Longhi (2011) e Scipioni et al. (2011). Este resultado corrobora o estado atual de degradação da Floresta Estacional Decidual, que segundo
Este capítulo tem como objetivo apresentar e discutir os principais resultados da análise IBGE (1990), consiste na floresta mais ameaçada e menos protegida da Mata Atlântica no sul do Brasil.
fitossociológica dos componentes arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual, em Santa Catarina. Nas áreas florestais avaliadas pelo IFFSC, foram encontrados somente remanescentes secundários.
Além da compartimentação vertical, os resultados também são apresentados de forma distinta para dois
grupos de bacias hidrográficas inseridas na área de ocorrência da Floresta Estacional Decidual em
Santa Catarina, denominadas bacias hidrográficas do Leste e bacias hidrográficas do Oeste. Tabela 6.1. Lista das espécies e famílias amostradas no componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional
Decidual de Santa Catarina e, respectivo número de indivíduos (N), hábito (H) e grupo ecológico (GE). A = árvore;
Arb = arbusto; Aro = Arborescente; Arv = arvoreta; P = pioneira; SE = secundária; C = climácica.
Table 6.1. List of species and families recorded in the tree/shrub component of Seasonal Forest in Southern
6.2 Metodologia Brazilian State of Santa Catarina and respective number of individuals (N), habit (H) and ecological group (GE).
A = tree; Arb = shrub; Aro = arborescent; Arv = treelet; P = pioneer; SE = secondary; C = climax.
Foram levantadas 78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual, em Santa Catarina, Família Nome Científico N H GE
conforme descrito no Capítulo 2 do Volume I (Vibrans et al. 2010). A localização das Unidades
Achatocarpaceae Achatocarpus praecox 9 Arv C
Amostrais foi definida pelas interseções de uma grade sistemática com distância de 5 x 5 km.
Adoxaceae Sambucus australis 9 Arv  
O componente arbóreo/arbustivo foi amostrado nas Unidades Amostrais, compreendendo
todos os indivíduos com DAP superior a 10,0 cm (Vibrans et al. 2010). A área total de amostragem Anacardiaceae Lithrea brasiliensis 81 Arv SE
do componente arbóreo/arbustivo foi de 280.018 m². Os valores dos parâmetros fitossociológicos são   Schinus terebinthifolius 54 Arv SE
meras extrapolações por hectare, não tratando-se de estimativas populacionais (Capítulo 2).
Annonaceae Annona emarginata 168 A* P
A composição florística foi avaliada através da distribuição dos indivíduos em famílias, gêneros Annona sylvatica 203 Arv P
e espécies. Para a definição do número de espécies registradas no levantamento, foram consideradas as
espécies identificadas plenamente e até gênero, quando este apresentou apenas uma espécie. As espécies   Annona sp. 31    
exóticas foram mencionadas, porém não contabilizadas. As espécies foram classificadas quanto ao Apocynaceae Aspidosperma australe 111 A SE
grupo ecológico, em pioneira, secundária ou climácica, conforme classificação adotada pelo IFFSC que
  Rauvolfia sellowii 40 A SE
teve como base a Flora Ilustrada Catarinense e a obra de Reitz et al. (1979). As espécies também foram
classificadas quanto ao hábito em: árvore, arvoreta ou arbusto, conforme estabelecido por Klein (1972) Tabernaemontana catharinensis 12 Arv P
ou descrito nos fascículos da Flora Ilustrada Catarinense. Quando persistia a falta de informação, as   Aspidosperma sp. 1    
espécies foram classificadas conforme observações em campo.

144 145
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Família Nome Científico N H GE Família Nome Científico N H GE


Aquifoliaceae Ilex brevicuspis 18 A SE Cyatheaceae Alsophila setosa 2 Aro C
  Ilex microdonta 8 Arv SE   Cyathea corcovadensis 62 Aro SE
  Ilex paraguariensis 35 Arv P   Cyathea sp. 27    
  Ilex theezans 5 A SE Dicksoniaceae Dicksonia sellowiana 4 Aro C
Araliaceae Aralia warmingiana 3 A C Ebenaceae Diospyros inconstans 1 Arv P
Schefflera morototoni 7 A SE Elaeocarpaceae Sloanea hirsuta 2 A C
Araucariaceae Araucaria angustifolia 6 A P Erythroxylaceae Erythroxylum deciduum 15 Arv SE
Arecaceae Syagrus romanzoffiana 377 A P Euphorbiaceae Actinostemon concolor 66 Arv C
Asteraceae Baccharis dracunculifolia 1 Arb P   Alchornea sidifolia 5 A P
  Baccharis semiserrata 2 Arb P   Alchornea triplinervia 7 A SE
  Dasyphyllum spinescens 3 Arv SE   Manihot grahamii 1 Arb SE
  Dasyphyllum tomentosum 10 A SE   Sapium glandulosum 88 A P
  Piptocarpha angustifolia 2 A P   Sebastiania brasiliensis 103 Arv P
  Vernonanthura discolor 1 A SE   Sebastiania commersoniana 96 Arv P
  Baccharis sp. 1       Tetrorchidium rubrivenium 3 A SE
  Raulinoreitzia sp. 2     Fabaceae Albizia edwallii 98 A* SE
  Asteraceae 1       Albizia niopoides 19 A n.c.
Bignoniaceae Handroanthus heptaphyllus 1 A SE   Apuleia leiocarpa 82 A P
  Jacaranda micrantha 3 A SE   Ateleia glazioveana 153 A P
  Jacaranda puberula 18 Arv SE   Bauhinia forficata 29 Arv P
Boraginaceae Cordia americana 76 A C   Calliandra foliolosa 22 Arv C
  Cordia ecalyculata 113 A SE   Dalbergia frutescens 35 Arv* SE
  Cordia trichotoma 218 A P   Enterolobium contortisiliquum 13 A P
  Varronia polycephala 26 Arb P   Erythrina crista-galli 3 A* SE
Cactaceae Cereus sp. 3       Erythrina falcata 30 A SE
Canellaceae Cinnamodendron dinisii 29 A P   Gleditsia amorphoides 4 Arv P
Cannabaceae Trema micrantha 33 Arv P   Holocalyx balansae 59 A P
Cardiopteridaceae Citronella paniculata 23 A*     Inga edulis 9 A SE
Caricaceae Jacaratia spinosa 50 A C   Inga marginata 73 A P
  Vasconcellea quercifolia 53 A P   Inga subnuda subsp. luschnathiana 8 A P
Celastraceae Maytenus aquifolia 6 A*     Inga vera subsp. affinis 69 Arv SE
  Schaefferia argentinensis 5 A*     Inga vera 15 A SE
Celtaceae Celtis iguanaea 35 Arv* P   Inga virescens 16 A SE
Clethraceae Clethra scabra 14 Arv SE   Leptolobium elegans 1 A  
Cunoniaceae Lamanonia ternata 8 A SE   Lonchocarpus campestris 186 A* SE

146 147
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 6 | Estrutura do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

Família Nome Científico N H GE Família Nome Científico N H GE


  Lonchocarpus cultratus 13 A SE Malvaceae Bastardiopsis densiflora 41 A SE
  Lonchocarpus muehlbergianus 6 A SE   Ceiba speciosa 11 A* P
  Lonchocarpus nitidus 9 Arv P Heliocarpus popayanensis 7 A*  
  Machaerium hirtum 1 A     Luehea divaricata 783 A SE
  Machaerium nyctitans 1 A P Melastomataceae Miconia cinerascens 1 Arv P
  Machaerium paraguariense 185 A* SE Meliaceae Cabralea canjerana 180 A SE
  Machaerium stipitatum 452 A SE   Cedrela fissilis 306 A SE
  Mimosa scabrella 3 A SE   Guarea macrophylla 8 Arv SE
  Myrocarpus frondosus 191 A SE   Trichilia catigua 24 Arv C
  Parapiptadenia rigida 178 A SE   Trichilia clausseni 243 Arv SE
  Peltophorum dubium 13 A P   Trichilia elegans 8 Arv SE
  Piptadenia gonoacantha 1 A SE   Trichilia sp. 1    
  Senegalia recurva 1 Arb*   Monimiaceae Hennecartia omphalandra 7 Arv C
  Inga sp. 4     Moraceae Ficus adhatodifolia 9 A P
  Fabaceae 5       Ficus gomelleira 1 A* SE
Lamiaceae Aegiphila brachiata 1 Arb*     Ficus luschnathiana 43 A* SE
  Vitex megapotamica 40 A SE   Maclura tinctoria 10 Arv*  
Lauraceae Cinnamomum amoenum 2 A* SE   Morus nigra 2 Arv  
  Cryptocarya aschersoniana 36 A SE   Sorocea bonplandii 65 Arv SE
  Cryptocarya mandioccana 1 A*     Ficus sp. 1    
  Endlicheria paniculata 1 Arv SE Myrtaceae Blepharocalyx salicifolius 2 A SE
  Nectandra grandiflora 2 A SE   Calyptranthes grandifolia 1 A C
  Nectandra lanceolata 544 A SE   Calyptranthes tricona 19 Arv C
  Nectandra megapotamica 920 A P   Campomanesia guaviroba 1 A C
  Nectandra membranacea 6 A SE   Campomanesia guazumifolia 29 Arv SE
  Ocotea diospyrifolia 68 A C   Campomanesia xanthocarpa 88 A SE
  Ocotea laxa 4 A* SE   Eugenia brasiliensis 1 Arv SE
  Ocotea odorifera 17 A* P   Eugenia burkartiana 1 Arv C
  Ocotea puberula 985 A P   Eugenia gracillima 6 A*  
  Ocotea pulchella 52 A P   Eugenia involucrata 5 A SE
  Persea americana 19 A     Eugenia pyriformis 6 A SE
  Persea sp. 1       Eugenia ramboi 6 A P
Laxmanniaceae Cordyline spectabilis 33 Arv* SE   Eugenia rostrifolia 65 A P
Loganiaceae Strychnos brasiliensis 48 A* SE   Eugenia subterminalis 1 A* SE
Malpighiaceae Bunchosia maritima 1 Arv* C   Eugenia uniflora 49 Arv P

148 149
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 6 | Estrutura do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

Família Nome Científico N H GE Família Nome Científico N H GE


  Eugenia uruguayensis 1 Arv C Rutaceae Balfourodendron riedelianum 165 A SE
  Eugenia verticillata 12 Arv C   Citrus reticulata 1 Arb  
  Myrceugenia myrcioides 2 Arv C   Citrus x limon 3 Arb  
  Myrcia hebepetala 7 A C   Esenbeckia grandiflora 1 Arv SE
  Myrcia oblongata 3 Arv P   Helietta apiculata 183 Arv SE
  Myrcia pubipetala 1 A SE   Pilocarpus pennatifolius 197 Arv C
  Myrcia splendens 2 A SE   Zanthoxylum fagara 36 A SE
  Myrcianthes gigantea 1 A SE   Zanthoxylum petiolare 18 A SE
  Myrcianthes pungens 26 A SE   Zanthoxylum rhoifolium 95 A SE
  Myrciaria floribunda 3 Arv C Salicaceae Banara tomentosa 42 A SE
  Plinia rivularis 6 Arv C   Casearia decandra 39 A SE
  Plinia trunciflora 3 A SE Casearia obliqua 14 A* SE
  Siphoneugena reitzii 1 A SE   Casearia sylvestris 337 A SE
  Myrtaceae 5       Xylosma pseudosalzmannii 16 A* SE
Nyctaginaceae Pisonia ambigua 34 Arv SE   Xylosma sp. 5    
Oleaceae Chionanthus trichotomus 1 A* C Sapindaceae Allophylus edulis 192 Arv SE
Opiliaceae Agonandra excelsa 14 A*     Allophylus guaraniticus 2 Arv C
Phytolaccaceae Phytolacca dioica 79 A SE   Allophylus petiolulatus 1 Arv C
Seguieria aculeata 13 A* SE   Allophylus puberulus 48 A*  
  Seguieria langsdorffii 1 A* C   Cupania vernalis 562 A P
Picramniaceae Picramnia parvifolia 28 A* SE   Diatenopteryx sorbifolia 117 A P
Polygonaceae Coccoloba argentinensis 2 Arv     Matayba elaeagnoides 256 A SE
  Ruprechtia laxiflora 45 A     Matayba intermedia 23 A SE
Primulaceae Myrsine coriacea 40 A* P Sapotaceae Chrysophyllum gonocarpum 165 A P
  Myrsine guianensis 3 A* P Chrysophyllum inornatum 1 A SE
  Myrsine loefgrenii 2 Arv* SE   Chrysophyllum marginatum 179 A P
  Myrsine umbellata 108 Arv SE Simaroubaceae Picrasma crenata 48 Arv SE
Proteaceae Roupala montana 5 A* SE Solanaceae Cestrum intermedium 9 Arv SE
Quillajaceae Quillaja brasiliensis 1 A* P   Sessea regnellii 15 Arv SE
Rhamnaceae Hovenia dulcis 337 A P   Solanum bullatum 23 Arv SE
Rosaceae Prunus myrtifolia 162 A SE   Solanum compressum 1 Arv SE
Rubiaceae Cordiera concolor 1 Arv C   Solanum mauritianum 57 Arv SE
  Coussarea contracta 20 Arv P   Solanum pseudoquina 2 Arv P
  Coutarea hexandra 7 Arv SE   Solanum sanctaecatharinae 39 Arv P
  Randia ferox 23 Arv P   Solanum sp. 3    

150 151
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 6 | Estrutura do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

Família Nome Científico N H GE Família Frequência Gêneros Espécies Indivíduos % Indivíduos % IA


Styracaceae Styrax leprosus 60 Arv SE Apocynaceae 55,13 3 4 158 1,24 85,36
Symplocaceae Symplocos tetrandra 4 Arv SE Rosaceae 51,28 1 1 154 1,21 86,57
  Symplocos uniflora 8 Arv SE Primulaceae 46,15 1 4 153 1,20 87,78
Urticaceae Coussapoa microcarpa 4 A* SE Solanaceae 61,54 3 8 146 1,15 88,92
  Urera baccifera 84 Arb* SE Verbenaceae 20,51 1 1 137 1,08 90,00
Verbenaceae Aloysia virgata 137 Arv   Moraceae 56,41 4 7 129 1,02 91,02
Violaceae Hybanthus bigibbosus 1 Arb   Phytolaccaceae 53,85 2 3 93 0,73 91,75

* Espécie classificada quanto ao hábito a partir de observações de campo do IFFSC. Cyatheaceae 8,97 2 3 91 0,72 92,47
* Species classified according to IFFSC field observations. Urticaceae 33,33 2 2 82 0,65 93,11
Anacardiaceae 20,51 2 2 81 0,64 93,75
As famílias mais representativas (Tabelas 6.2 e 6.3) quanto à riqueza foram Fabaceae (33
Aquifoliaceae 20,51 1 4 66 0,52 94,27
espécies), Myrtaceae (28), Lauraceae (14), Rutaceae (nove), Sapindaceae (oito) e Euphorbiaceae
(oito). Estas famílias abrangem 56,64% do número total de indivíduos amostrados e 46,51% do total de Styracaceae 29,49 1 1 59 0,46 94,73
espécies encontradas no levantamento. Em outros trabalhos realizados no componente arbóreo/arbustivo Caricaceae 20,51 2 2 53 0,42 95,15
da Floresta Estacional Decidual, como em Giehl & Jarenkow (2007), Scipioni et al. (2009) e Kilca &
Longhi (2011), as famílias mencionadas também foram as mais ricas, com Fabaceae apresentando a Rubiaceae 33,33 4 4 51 0,40 95,55
maior diversidade de espécies. Segundo Giehl & Jarenkow (2007), a deciduidade da floresta é marcada Loganiaceae 29,49 1 1 48 0,38 95,93
pela abundância de espécies emergentes caducifólias desta família.
Polygonaceae 26,92 2 2 47 0,37 96,30
Verificou-se também que do total de famílias encontradas, 32 (51,61%) estão presentes na área Simaroubaceae 35,90 1 1 47 0,37 96,67
com uma única espécie e 14 (22,58%) com duas ou três espécies.
Lamiaceae 26,92 2 2 41 0,32 96,99
Tabela 6.2. Lista das famílias do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual de Santa Catarina, em
ordem decrescente de número de indivíduos. IA = Indivíduos acumulados. Celtaceae 25,64 1 1 35 0,28 97,27
Table 6.2. List of families recorded in the tree/shrub component of Seasonal Deciduous Forest in Southern Brazilian State Cannabaceae 25,64 1 1 33 0,26 97,53
of Santa Catarina, in descending order of individuals number. IA = Accumulated number of individuals.
Laxmanniaceae 19,23 1 1 33 0,26 97,79
Família Frequência Gêneros Espécies Indivíduos % Indivíduos % IA
Nyctaginaceae 26,92 1 1 33 0,26 98,05
Lauraceae 98,72 6 15 2.652 20,88 20,88
Canellaceae 3,85 1 1 29 0,23 98,28
Fabaceae 100,00 21 35 1.963 15,45 36,33
Picramniaceae 7,69 1 1 28 0,22 98,50
Sapindaceae 94,87 4 8 1.193 9,39 45,72
Asteraceae 10,26 6 9 23 0,18 98,68
Malvaceae 88,46 4 4 838 6,60 52,31
Cardiopteridaceae 23,08 1 1 22 0,17 98,85
Meliaceae 92,31 4 7 762 6,00 58,31
Bignoniaceae 14,10 2 3 20 0,16 99,01
Rutaceae 91,03 6 9 683 5,38 63,69
Erythroxylaceae 11,54 1 1 15 0,12 99,13
Salicaceae 83,33 3 6 448 3,53 67,22
Clethraceae 5,13 1 0 14 0,11 99,24
Arecaceae 82,05 1 1 363 2,86 70,07
Opiliaceae 3,85 1 1 14 0,11 99,35
Euphorbiaceae 79,49 6 8 362 2,85 72,92
Symplocaceae 3,85 1 2 12 0,09 99,44
Myrtaceae 71,79 11 29 342 2,69 75,61
Achatocarpaceae 6,41 1 1 9 0,07 99,51
Rhamnaceae 43,59 1 1 337 2,65 78,27
Araliaceae 8,97 2 2 8 0,06 99,57
Sapotaceae 67,95 1 3 335 2,64 80,90
Cunoniaceae 2,56 1 1 8 0,06 99,64
Boraginaceae 71,79 2 4 208 1,64 82,54
Adoxaceae 7,69 1 1 7 0,06 99,69
Annonaceae 65,38 1 3 200 1,57 84,12

152 153
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 6 | Estrutura do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

Tabela 6.3. Síntese da diversidade de famílias e gêneros do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual
Família Frequência Gêneros Espécies Indivíduos % Indivíduos % IA em Santa Catarina.
Monimiaceae 6,41 1 1 7 0,06 99,75 Tabela 6.3. Synthesis of families and genera diversity recorded in the tree/shrub component of Seasonal Forest in Santa
Catarina.
Araucariaceae 3,85 1 1 6 0,05 99,80
Número Número
Celastraceae 6,41 2 2 6 0,05 99,84 Família Gênero
Espécies Gêneros Indivíduos Espécies Indivíduos
Proteaceae 6,41 1 1 5 0,04 99,88 Fabaceae 35 21 1.963 Eugenia 11 64
Dicksoniaceae 3,85 1 1 4 0,03 99,91 Myrtaceae 29 11 342 Inga 6 99
Cactaceae 1,28 1 1 3 0,02 99,94 Rutaceae 9 6 683 Solanum 5 13
Asteraceae 9 6 23 Allophylus 4 180
Elaeocarpaceae 2,56 1 1 2 0,02 99,95
Sapindaceae 8 4 1.193 Ilex 4 116
Ebenaceae 1,28 1 1 1 0,01 99,96
Euphorbiaceae 8 6 362 Lonchocarpus 4 122
Malpighiaceae 1,28 1 1 1 0,01 99,97 Solanaceae 8 3 146 Machaerium 4  
Melastomataceae 1,28 1 1 1 0,01 99,98 Meliaceae 7 4 762 Myrcia 4  
Oleaceae 1,28 1 1 1 0,01 99,98 Moraceae 7 4 129 Myrsine 4  
Quillajaceae 1,28 1 1 1 0,01 99,99 Família 6 spp. 1     Nectandra 4  
Família 4 spp. 6     Gênero 3 spp. 7  
Violaceae 1,28 1 1 1 0,01 100,00
Família 3 spp. 5     Gênero 2 ssp. 13  
Total   135 210 12899 100 100
Família 2 spp. 8     Gênero 1 sp. 82  
Família 1 sp. 32          
Quanto ao número de gêneros, as famílias que se destacaram foram Fabaceae (21 gêneros),
Myrtaceae (11), além de Lauraceae, Rutaceae, Euphorbiaceae e Asteraceae, cada uma com seis gêneros.
Estas famílias responderam por 38,89% do total de gêneros identificados e 47,43% da totalidade dos As espécies que ocorreram com maior número de indivíduos foram: Ocotea puberula (985
indivíduos. Aproximadamente 60% das famílias botânicas identificadas foram representadas por apenas indivíduos), Nectandra megapotamica (918), Luehea divaricata (781), Cupania vernalis (562),
um gênero. Nectandra lanceolata (544), Machaerium stipitatum (447), Syagrus romanzoffiana (363), Casearia
sylvestris (334), Cedrela fissilis (306), Matayba elaeagnoides (255), Trichilia clausseni (243), Cordia
Com relação ao número total de indivíduos amostrados, as famílias mais representativas trichotoma (218) e Annona sylvatica (203), perfazendo 48% do total de indivíduos. Observa-se que
foram Lauraceae, Fabaceae, Sapindaceae, Malvaceae, Meliaceae e Rutaceae, somando 63,69% dos essas espécies pertencem aos grupos ecológicos das pioneiras e das secundárias, evidenciando que
indivíduos medidos. Estas mesmas famílias, com exceção da Malvaceae, ocorreram em mais de 90% a estrutura da Floresta Estacional Decidual encontra-se bastante alterada quando comparada com a
das Unidades Amostrais implantadas. A maior parte das famílias identificadas, correspondendo a descrição efetuada por outros autores em décadas passadas, como é o caso de Reitz et al. (1979).
70,97%, foi encontrada em menos de 50% das Unidades Amostrais implantadas. As famílias Cactaceae,
Ebenaceae, Malpighiaceae, Melastomataceae, Oleaceae, Quillajaceae e Violaceae apareceram em uma Os resultados mostraram também que a maioria das espécies amostradas (68%) apresentou
única Unidade Amostral (Tabela 6.2). Ressalta-se que a maior parte da diversidade destas famílias é menos de 28 indivíduos, que corresponde a uma densidade menor que 1 ind.ha-1. Este fato denota, de
constituída por espécies arbustivas, herbáceas ou ainda epífitas. forma geral, o caráter pouco avançado em relação à qualificação sucessional da Floresta Estacional
Decidual em Santa Catarina, caracterizada pela elevada abundância de um pequeno número de espécies
Os gêneros com maior número de espécies foram Eugenia (11 espécies), Inga (seis), Solanum pioneiras e secundárias.
(cinco) e Ocotea (cinco), os quais englobaram 11,84% do total de espécies registradas (Tabela
6.3). Estes gêneros, bem com o as famílias com maior riqueza de espécies, estão entre as mencionadas Foram registradas cinco espécies exóticas no componente arbóreo/arbustivo, que estão na lista
por Oliveira-Filho & Fontes (2000) como características das Florestas Semideciduas do Sudeste do florística, mas não foram contabilizadas. Com exceção da Hovenia dulcis (337 indivíduos, incluídos
Brasil. aqueles numa Unidade Amostral instalada em um reflorestamento abandonado desta espécie), as
espécies exóticas foram representadas por poucos indivíduos, sendo Citrus x limon (três indivíduos),
Ainda foram verificados 30 (22,2%) gêneros com duas a quatro espécies e 101 (74,8%) dos Citrus reticulata (um), Morus nigra (dois) e Persea americana (19). O grande número de indivíduos
gêneros com somente uma espécie (Tabela 6.3). Os gêneros com maior riqueza também foram encontrados para Hovenia dulcis comprova seu potencial de invasão biológica, conforme verificado
amostrados com alta densidade, especialmente Ocotea com 1.122 indivíduos. Destacaram-se ainda também por Rosa et al. (2008). Os autores constataram a presença de Hovenia dulcis em todos os estratos
Nectandra (1.470 ind.), Machaerium (632), Casearia (387), Chrysophyllum (335) e Matayba (278), de uma floresta situada na Reserva Capão de Tupanciretã, no município de Tupanciretã (RS). Hovenia
além de alguns gêneros representados por somente uma espécie, como Luehea (781 ind.), Cupania dulcis também foi encontrada em uma área de capoeirão do município de Santa Tereza, correspondendo
(562), Syagrus (113) e Cedrela (106). a 67% dos indivíduos mensurados no trabalho de Longhi et al. (2005). Sua grande capacidade de
invasão pode estar associada à facilidade de multiplicação por sementes, rápido crescimento e dispersão
zoocórica estimulada pelo seu pedicelo entumescido (Lorenzi et al. 2003; Rosa et al. 2008).

154 155
Bacias Hidrográficas do Leste

156
6.3.2 Análise fitossociológica do componente arbóreo/arbustivo

áreas de vegetação alterada nesta e em outras regiões fitoecológicas.


preferencial destas espécies, o que explica sua baixa representatividade.
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina

absoluta média foi de 561,19 ind.ha-1 e a área basal resultou em 20,04 m².ha-1 (Tabela 6.4).

Ocotea puberula, Luehea divaricata e Nectandra megapotamica apresentaram os maiores valores de


do valor de importância. Luehea divaricata, Nectandra megapotamica e Cupania vernalis foram as

caracterizaram essa floresta no passado. Em geral, são espécies pioneiras e secundárias, comuns em
da floresta nas bacias hidrográficas do Leste não são espécies de estádios mais avançados e que
Dentre as espécies registradas, foram encontradas Araucaria angustifolia (seis indivíduos),

em relação ao total da floresta, respectivamente. As espécies mais representativas da estrutura atual


densidade e dominância, observando-se que somente elas foram responsáveis por 29,86% e 37,71%
Machaerium stipitatum, Matayba elaeagnoides, Parapiptadenia rigida, Cedrela fissilis e Prunus
puberula, Luehea divaricata, Nectandra megapotamica, Nectandra lanceolata, Cupania vernalis,
As espécies que mais contribuíram com o valor de importância da floresta foram Ocotea

espécies mais frequentes, ocorrendo em aproximadamente 95% das Unidades Amostrais. As espécies
três espécies exóticas, sendo elas Citrus x limon, Hovenia dulcis e Persea americana. A densidade
utilizadas 23 Unidades Amostrais, onde foram amostrados 4.590 indivíduos e 151 espécies em uma área
Na análise fitossociológica do grupo das bacias hidrográficas do Leste (Figura 5.1) foram
extinção, de acordo com MMA (2008). A Floresta Estacional Decidual não é a região fitoecológica

myrtifolia (Tabela 6.4). Estas espécies participaram com 52,37% da densidade absoluta total e 44,38%
Ocotea odorifera (14) e Dicksonia sellowiana (quatro), as quais são consideradas ameaçadas de

total de 81.790 m². Estas espécies estão distribuídas em 53 famílias e 100 gêneros. Ocorreram ainda,

Tabela 6.4. Lista das 20 espécies com o maior valor de importância em cada grupo pela análise fitossociológica. N = número de indivíduos; U = número de Unidade Amostral que a
espécie ocorre; DA = densidade absoluta (ind.ha-1); DR = densidade relativa (%); FA = frequência absoluta; (%); FR = frequência relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1);
DoR = dominância relativa (%); VI = Valor de importância. *Espécies comuns entre as bacias do Leste e Oeste.
Table 6.4. List of the 20 species with the highest importance value of each group by the phytosociological analysis. N = number of individuals; U = number of plots where the species
occur; DA = absolute density (ind.ha-1); DR = relative density (%); FA = absolute frequency (%); FR = relative frequency (%); DoA = absolute dominance (m².ha-1); DoR = relative
dominance (%); VI = importance value. *Common species between eastern and western watersheds.
GRUPO/ ESPÉCIE DA DR FA FR DoA DoR VI GRUPO/ ESPÉCIE DA DR FA FR DoA DoR VI
Bacias do Leste Bacias do Oeste
Ocotea puberula* 68,71 12,24 91,30 2,57 3,25 16,2 31,02 Nectandra megapotamica* 27,54 6,57 90,91 2,38 1,92 9,57 18,52
Luehea divaricata* 53,43 9,52 95,65 2,70 2,23 11,12 23,34 Ocotea puberula* 21,34 5,09 80,00 2,10 1,38 6,89 14,08
Nectandra megapotamica* 45,48 8,10 95,65 2,70 2,08 10,39 21,19 Luehea divaricata* 17,35 4,14 83,64 2,19 1,29 6,44 12,77
Nectandra lanceolata* 26,17 4,66 86,96 2,45 1,31 6,52 13,63 Nectandra lanceolata* 16,65 3,97 69,09 1,81 1,39 6,92 12,70
Cupania vernalis* 36,56 6,51 95,65 2,70 0,73 3,64 12,85 Syagrus romanzoffiana* 15,34 3,66 87,27 2,29 0,48 2,39 8,33
Machaerium stipitatum* 16,02 2,85 78,26 2,21 0,35 1,77 6,83 Machaerium stipitatum* 15,94 3,80 74,55 1,95 0,49 2,47 8,22
Matayba elaeagnoides 16,75 2,98 60,87 1,72 0,35 1,74 6,44 Casearia sylvestris 14,93 3,56 70,91 1,86 0,36 1,80 7,22
Parapiptadenia rigida* 10,03 1,79 56,52 1,59 0,58 2,91 6,29 Cedrela fissilis* 10,54 2,52 78,18 2,05 0,48 2,41 6,97
157

Cedrela fissilis* 11,86 2,11 73,91 2,08 0,35 1,72 5,92 Cupania vernalis* 13,27 3,17 76,36 2,00 0,33 1,65 6,82
Prunus myrtifolia 9,05 1,61 69,57 1,96 0,41 2,05 5,63 Cabralea canjerana 7,97 1,90 67,27 1,76 0,44 2,17 5,83
Ateleia glazioveana 15,16 2,70 13,04 0,37 0,47 2,35 5,42 Chrysophyllum marginatum 7,47 1,78 58,18 1,52 0,48 2,37 5,68
Allophylus edulis 11,25 2,00 82,61 2,33 0,21 1,03 5,37 Myrocarpus frondosus 7,77 1,85 69,09 1,81 0,37 1,85 5,52
Syagrus romanzoffiana* 7,21 1,29 69,57 1,96 0,28 1,41 4,66 Parapiptadenia rigida* 4,79 1,14 50,91 1,33 0,60 2,98 5,46
Annona sylvatica 10,64 1,90 52,17 1,47 0,18 0,91 4,28 Trichilia clausseni 10,34 2,47 63,64 1,67 0,24 1,2 5,33
Lonchocarpus campestris* 7,83 1,39 65,22 1,84 0,18 0,91 4,14 Chrysophyllum gonocarpum 7,37 1,76 70,91 1,86 0,29 1,45 5,06
Helietta apiculata 8,93 1,59 26,09 0,74 0,33 1,66 3,98 Cordia americana 3,99 0,95 54,55 1,43 0,50 2,50 4,88
Albizia edwallii 6,73 1,20 65,22 1,84 0,16 0,80 3,84 Lonchocarpus campestris* 6,00 1,43 65,45 1,71 0,30 1,47 4,62

Ocotea pulchella 5,75 1,02 39,13 1,10 0,34 1,68 3,80 Apuleia leiocarpa 3,73 0,89 49,09 1,29 0,45 2,27 4,44
6 | Estrutura do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

Machaerium paraguariense 8,44 1,50 47,83 1,35 0,18 0,87 3,73 Diatenopteryx sorbifolia 4,49 1,07 50,91 1,33 0,38 1,90 4,31
Aspidosperma australe 7,09 1,26 56,52 1,59 0,17 0,85 3,70 Balfourodendron riedelianum 6,00 1,43 65,45 1,71 0,21 1,06 4,21
Demais espécies (131) 178,14 31,66 62,77 5,91 29,53 123,96 Demais espécies (163) 196,32 46,69 64,12 7,66 38,19 149,03
Somatório 561,19 100   100 20,04 100 300 Somatório 419,16 100 100 20,03 100 300
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 6 | Estrutura do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

O índice de diversidade de Shannon e de equabilidade de Pielou ficaram entre 1,79 e 3,64 nats. Número Índice
ind. e 0,61 e 0,9, respectivamente. A Unidade Amostral 1388 no município de Zortéa registrou o maior
-1 Unidade Amostral Município
Ind. Spp. H’ J
valor para o índice de Shannon e maior número de espécies (57 espécies), enquanto a Unidade Amostral
1694 Concórdia 135 33 2,94 0,84
1618 em Ipira teve o menor índice. Para a equabilidade, as Unidades Amostrais 1388 no município de
Zortéa e 2099 de Luzerna apresentaram o maior valor e a Unidade Amostral 1618 em Ipira ficou com 1770 Chapecó 175 59 3,66 0,90
o menor valor. (Tabela 6.5). 1774 Concórdia 87 34 3,07 0,87
Tabela 6.5. Unidades Amostrais do componente arbóreo/arbustivo levantadas na Floresta Estacional Decidual de Santa
1775 Concórdia 155 38 3,19 0,88
Catarina, separadas entre bacias hidrográficas do Leste e do Oeste, com respectivo município, número de indivíduos (Ind.) 1859 Paial 108 34 3,17 0,90
e espécies (Spp.), índices de diversidade de Shannon (H’) e de equabilidade (J).
1861 Itá 147 44 3,42 0,90
Table 6.5. Plots placed on tree/shrub component of Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina, separated by eastern and
western watersheds, with the municipality, number of individuals (Ind.) and species (Spp.), Shannon diversity index (H’) 1864 Seara 193 39 3,05 0,83
and equability index (J). 1869 Concórdia 181 31 2,87 0,84
Número Índice 1959 Chapecó 242 45 2,70 0,71
Unidade Amostral Município
Ind. Spp. H’ J 1961 Paial 212 50 3,25 0,83
Bacias do Leste 1965 Seara 138 42 3,17 0,85
398 Capinzal 286 45 3,13 0,82 1970 Concórdia 202 30 2,61 0,77
438 Ouro 199 49 3,33 0,86 2051 Itapiranga 77 28 2,95 0,89
494 Herval d’Oeste 229 31 2,35 0,69 2056 São João do Oeste 132 31 2,67 0,78
941 Anita Garibaldi 107 21 2,59 0,85 2077 Seara 165 46 3,49 0,91
1000 Anita Garibaldi 96 23 2,79 0,89 2079 Seara 138 27 2,36 0,72
1123 Celso Ramos 221 29 2,77 0,82 2081 Seara 173 36 2,84 0,79
1187 Celso Ramos 277 48 3,20 0,83 2083 Arabutã 167 42 3,14 0,84
1188 Campos Novos 165 30 2,78 0,82 2088 Concórdia 226 29 2,76 0,82
1249 Celso Ramos 280 36 2,82 0,79 2166 Itapiranga 140 43 3,41 0,91
1318 Campos Novos 287 43 3,12 0,83 2170 Mondaí 74 34 3,32 0,94
1388 Zortéa 174 57 3,64 0,90 2172 Mondaí 208 40 2,30 0,62
1461 Piratuba 237 30 2,14 0,63 2179 Palmitos 97 33 3,20 0,91
1536 Alto Bela Vista 207 40 3,10 0,84 2194 Seara 133 42 3,37 0,90
1542 Capinzal 239 33 2,61 0,75 2195 Seara 167 33 3,12 0,89
1616 Peritiba 210 49 3,22 0,83 2281 Tunápolis 139 27 2,85 0,86
1618 Ipira 160 19 1,79 0,61 2287 Mondaí 231 37 2,79 0,77
1619 Ipira 109 29 2,63 0,78 2294 São Carlos 231 41 2,94 0,79
1703 Campos Novos 80 21 2,09 0,69 2310 Xavantina 144 51 3,57 0,91
1787 Ouro 158 40 3,21 0,87 2406 Caibi 104 38 3,31 0,91
2099 Luzerna 204 52 3,55 0,90 2414 Nova Itaberaba 170 43 3,28 0,87
2100 Herval d’Oeste 229 28 2,82 0,85 2425 Xavantina 121 48 3,38 0,87
2101 Ibicaré 202 31 2,61 0,76 2510 Tunápolis 66 31 3,16 0,92
2216 Ibicaré 234 32 2,83 0,82 2512 Tunápolis 113 25 2,77 0,86
Bacias do Oeste 2515 Iporã do Oeste 81 33 3,17 0,91
435 Concórdia 148 34 3,07 0,87 2530 Nova Itaberaba 157 35 3,15 0,88
487 Concórdia 144 40 3,28 0,89 2531 Chapecó 167 43 3,24 0,86
537 Guatambu 148 43 3,37 0,90 2623 Santa Helena 64 31 3,28 0,96
597 Chapecó 190 33 2,69 0,77 2645 Coronel Freitas 177 36 3,27 0,91
712 Xanxerê 210 39 3,08 0,84 2987 Ipuaçu 191 51 3,44 0,88
918 Anchieta 209 42 2,80 0,75 3082 Barra Bonita 100 36 3,12 0,87
1693 Concórdia 197 32 2,86 0,82 3097 Quilombo 166 44 3,43 0,91

158 159
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Número Índice fase de capoeirão, tornando-se bastante abundante na floresta secundária situada no início das encostas
Unidade Amostral Município (Reitz et al. 1983). P. myrtifolia é mais rara e esparsa no interior de florestas densas. C. sylvestris ocorre
Ind. Spp. H’ J
preferencialmente nas capoeiras e capoeirões, situados em solos muito úmidos. C. canjerana apresenta
3197 São Miguel da Boa Vista 35 13 2,42 0,95
agressividade pronunciada por sobre os capoeirões e matas secundárias no Sul do Brasil (Reitz et al.
3309 Romelândia 161 46 3,43 0,9 1979).
3414 Barra Bonita 118 45 3,32 0,87
3416 Romelândia 163 48 3,31 0,86
O índice de diversidade de Shannon e de equabilidade de Pielou das Unidades Amostrais
das bacias do Oeste ficaram entre 2,3 e 3,66 nats.ind.-1 e 0,62 e 0,96, respectivamente. A Unidade
3427 São Lourenço do Oeste 174 48 3,25 0,84
Amostral 1770 no município de Chapecó registrou o maior valor para o índice de Shannon e maior
3520 Anchieta 118 44 3,45 0,91 número de espécies (59 spp.), enquanto a Unidade Amostral 2172 em Mondaí teve o menor índice.
Para a equabilidade, a Unidade Amostral 2623 em Santa Helena apresentou o maior valor e a Unidade
Amostral 2172, em Mondaí, ficou com o menor valor (Tabela 6.5).
Bacias hidrográficas do Oeste Floss (2011), em Floresta Estacional Decidual de Santa Catarina, e Vaccaro & Longhi (1995),
em Floresta Estacional Decidual no Rio Grande do Sul, registraram valores maiores aos encontrados
No conjunto de 55 Unidades Amostrais implantadas na floresta das bacias hidrográficas do Oeste nos dois grupos de bacias hidrográficas, com 3,67 e 3,71 nats.ind.-1, respectivamente (Tabela 6.6).
(Figura 5.1), foram amostrados 8.309 indivíduos e 183 espécies. Estas espécies estão distribuídas em
55 famílias e 126 gêneros. Foram encontradas, também, cinco espécies exóticas, sendo elas Citrus x
Os resultados obtidos para a diversidade e equabilidade também contribuem para evidenciar
limon, Citrus reticulata, Hovenia dulcis, Morus nigra e Persea americana.
que a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina encontra-se bastante alterada, com uma irregular
A densidade absoluta média encontrada foi de 419,16 ind.ha-1 e a área basal total foi de 20,03 distribuição de indivíduos por espécie, ou concentrada em poucas espécies, conforme já observado na
m².ha (Tabela 6.4). A área basal encontrada foi similar ao valor verificado com as bacias hidrográficas
-1 análise florística.
do Leste, porém a densidade das bacias do Oeste foi inferior, em média. Nos outros trabalhos listados
De forma geral, os remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina encontram-
(Tabela 6.6) foram encontrados valores superiores de densidade, exceto com Vaccaro & Longhi (1995).
se com a composição e a estrutura bastante alteradas em relação às descrições efetuadas por outros
Kilca & Longhi (2011) adotaram o mesmo critério de inclusão (≥ 10 cm DAP) e obtiveram autores em décadas passadas.
uma área basal um pouco superior ao observado no presente estudo. A área basal obtida nos demais
A estrutura fitossociológica da Floresta Estacional Decidual entre as duas regiões analisadas
trabalhos listados foi superior a 30 m² ha-1.
é semelhante, porém a densidade de indivíduos nas bacias hidrográficas do Leste é superior. A
As espécies que se destacaram quanto ao valor de importância foram Nectandra megapotamica, diversidade de espécies no componente arbóreo/arbustivo foi ligeiramente maior nas florestas das
Ocotea puberula, Luehea divaricata, Nectandra lanceolata, Syagrus romanzoffiana, Machaerium bacias hidrográficas do Oeste.
stipitatum, Casearia sylvestris, Cedrela fissilis, Cupania vernalis e Cabralea canjerana (Tabela 6.4).
Estas espécies responderam por 38,38% da densidade absoluta total e 33,81% do valor de importância
da floresta. Apenas Nectandra megapotamica, Luehea divaricata e Syagrus romanzoffiana ocorreram Tabela 6.6. Dados de trabalhos que analisaram o componente arbóreo/arbustivo. RF = região fitoecológica; CI = critério
em mais de 80% das Unidades Amostrais. Nectandra megapotamica, Ocotea puberula, Luehea de inclusão; S = número de espécies; F = família; DA = densidade absoluta; DoA = dominância absoluta H’ = índice de
divaricata e Nectandra lanceolata ocorreram na floresta com o maior número de indivíduos e área diversidade de Shannon; J = índice de equabilidade.
basal, contribuindo com 19,77% da densidade e 29,82% da dominância. Tabela 6.6. Data from studies of the tree/shrub component. CI = inclusion criterium; S = species; F = families; DA =
absolute density (ind.ha-1); DoA = absolute dominance (m².ha-1); H’ = Shannon diversity index; J = equability index.
Das 183 espécies registradas nas bacias do Oeste, 124 (67,76%) espécies foram também
Autor Área (m²) CI S F DA DoA H’ J
encontradas nas bacias do Leste. Dentre as 20 espécies com maior valor de importância, dez delas
foram comuns aos dois grupos de bacias hidrográficas. Destaca-se Ocotea puberula, Luehea divaricata, Vaccaro & Longhi (1995) 12.000 > 9,5 cm DAP 66 26 490 32,35 3,71  
Nectandra megapotamica e Nectandra lanceolata, cuja contribuição na importância estrutural da Ruschel et al. (2009) 11.200 > 5 cm DAP 69   1.116 33,90 3,03 0,71
floresta, foi a mais expressiva em ambos os grupos de bacias. O. puberula é raramente encontrada
Giehl & Jarenkow (2007) 10.000 > 4,8 cm DAP 58 26 1.513      
na floresta primária inalterada, ocorrendo de forma esparsa, porém bem desenvolvida. L. divaricata
é particularmente frequente ao longo dos rios, terrenos rochosos e íngremes e nas capoeiras mais Vaccaro (2002) 4.000 > 3,2 cm DAP 47 22 2.085 51,67    
desenvolvidas. N. megapotamica é característica de estádios finais de sucessão, ocupando geralmente Floss (2011) 15.600 > 5 cm DAP 86 35 1.429 1,13 3,67 0,823
os estratos inferiores da floresta. Apresenta elevada abundância na Floresta Estacional Decidual, porém, Kilca & Longhi (2011) 100.000 > 10 cm DAP 168 49 714 22,65 3,08  
é encontrada também na Floresta Ombrófila Mista (Reitz et al. 1979). N. lanceolata ocorre na Floresta Scipioni et al. (2011) 11.200 > 9,5 cm DAP 61 28 655 34,50 3,35 0,81
Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista e raramente na Floresta Ombrófila Densa (Leite et al.
Bacias do Leste 81.790 > 10 cm DAP 151 53 561 20,04 1,79/3,64 0,61/0,90
1986; Carvalho 2006).
Bacias do Oeste 198.228 > 10 cm DAP 183 55 419 20,03 2,3/3,66 0,62/0,96
Considerando apenas o conjunto das dez espécies com maior valor de importância, contata-se
Matayba elaeagnoides e Prunus myrtifolia como exclusivas das bacias do Leste, enquanto nas bacias
do Oeste, apareceram Casearia sylvestris e Cabralea canjerana. M. elaeagnoides começa a surgir na

160 161
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162 163
Capítulo 7
Floresta Estacional Decidual

Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual


em Santa Catarina1

Natural regeneration of the Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina

Leila Meyer, André Luís de Gasper, Lucia Sevegnani,


Lauri Amândio Schorn, Débora Vanessa Lingner,
Alexander Christian Vibrans, Marcio Verdi,
Anita Stival dos Santos, Susana Dreveck,
Alexandre Korte

Resumo
Foram caracterizadas a composição e a estrutura da regeneração natural da Floresta Estacional
Decidual de Santa Catarina. Foram utilizados dados de 78 Unidades Amostrais, com área prevista
de 100 m2 cada, perfazendo um total de 6.860 m2, com inclusão de todos os indivíduos com altura
superior a 1,5 m e diâmetro a altura do peito menor que 10 cm. Também foi elaborada a lista florística.
Os parâmetros fitossociológicos foram determinados para cada grupo de bacias hidrográficas (bacias
situadas no Leste – bacias dos rios Canoas, do Peixe e Pelotas, e bacias situadas no Oeste – bacias dos
rios das Antas, Chapecó, Irani, Jacutinga e Peperi-Guaçu). Foram calculados os índices de diversidade
de Shannon e de equabilidade e o coeficiente de mistura de Jentsch para cada Unidade Amostral. Foram
amostrados 3.325 indivíduos, 165 espécies, 109 gêneros e 47 famílias. Do total de espécies, 133 foram
comuns à regeneração natural e ao componente arbóreo/arbustivo, 78 exclusivas do arbóreo/arbustivo
e 32 exclusivas da regeneração natural. No grupo das bacias do Leste, a densidade absoluta foi de
6.260 ind.ha-1 e índice de Shannon e equabilidade ficaram entre 0,51 e 3,05 nats.ind.-1 e 0,28 e 0,96,
respectivamente. Para as bacias do Oeste a densidade foi de 4.355 ind.ha-1 e os índices de Shannon e
equabilidade foram 1,22 e 2,87 nats.ind.-1 e 0,64 e 1,00, respectivamente.
Abstract

We studied composition and structure of natural regeneration in the Seasonal Deciduous Forest of
Santa Catarina. We used data from 78 Sample Plots. Each Sample Plots had 100 m2. The natural
regeneration included all individuals with height ≥ 1.50 and DBH < 10 cm. We also compiled a species
list. Phytosociological parameters were calculated for each watershed group (eastern watersheds –
Canoas, Peixe and Pelotas rivers; western watersheds – Antas, Chapecó, Irani, Jacutinga and Peperi-
Guaçu rivers). The Shannon diversity and equitability index and the Jentsch Coefficient of Mixture were
computed for each Sample Plot. The number of individuals sampled was 3,325, distributed into 165
species, 109 genera and 47 families. In the natural regeneration 32 species were recorded. 78 species
were sampled only in the tree/shrub component and 133 species were recorded in both components.
In the eastern watersheds the absolute density was 6,260 ind.ha-1 and Shannon diversity index ranged
between 0.51 and 3.05 nats.ind.-1. In the western watersheds the absolute density was 4,355 ind.ha-1 and
the Shannon diversity index ranged between 1.22 and 2.87 nats.ind.-1.

1
Meyer, L.; Gasper, A.L. de; Sevegnani, L.; Schorn, L.A.; Lingner, D.V.; Vibrans, A.C.; Verdi, M.; Santos, A.S. dos; Dreveck, S.; Korte,
A. 2012. Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. In: Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Gasper, A.L. de;
Lingner, D.V. (eds.). Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, Vol. II, Floresta Estacional Decidual. Blumenau. Edifurb.

167
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 7 | Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

7.1 Introdução Tabela 7.1. Trabalhos que abordam regeneração natural da Floresta Estacional Decidual no Sul do Brasil. Cl = Classe; DAP
= diâmetro a altura do peito; H = altura; REG = regeneração.
A Floresta Estacional Decidual no estado de Santa Catarina distribui-se ao longo do rio Uruguai Table 7.1. Natural regeneration studies at Seasonal Deciduous Forest in South Brazil. CI = class; DAP = diameter at breast
height; H = height; REG = natural regeneration.
e seus afluentes e originalmente abrigava algumas espécies características como Apuleia leiocarpa,
Parapiptadenia rigida, Peltophorum dubium, Cedrela fissilis (Klein 1972; IBGE 1991). Atualmente,
encontra-se reduzida a fragmentos esparsos e isolados, que não mais apresentam a diversidade do Autores Local Objetivo Critério de inclusão
passado. Com a venda de lotes pelas empresas colonizadoras aos imigrantes europeus, sobretudo após
a Guerra do Contestado, o Oeste catarinense passou por uma ocupação de fato e as florestas foram Estrutura componente
gradativamente perdendo suas árvores para indústrias madeireiras e substituídas pela agricultura, por Longhi et al. (1999) Santa Maria – RS DAP ≥ 4,8 cm
arbóreo e REG
fim, restringindo-se, geralmente, aos locais inadequados para cultivo (Rosseto 1995; Silva 2010).
Estrutura componente
Em relação ao conhecimento da Floresta Estacional Decidual de Santa Catarina, poucos são os Longhi et al. (2000) Santa Maria – RS DAP ≥ 4,8 cm
arbóreo e REG
estudos encontrados que retratam tal biodiversidade, como os de Klein (1972) e Ruschel et al. (2003;
2005; 2009). Quanto à regeneração natural, apesar de sua relevância, não foram encontrados trabalhos
Parque Estadual do
no estado. Felfili (1991) destaca que o estudo da regeneração natural pode auxiliar no entendimento Wedy (2007) Estrutura e dinâmica da REG H ≥ 0,2 ≤ 1,0 m
dos processos de manutenção da diversidade das florestas, por meio da comparação da composição, Turvo – RS
estrutura e dinâmica da regeneração e das plantas adultas ao longo do tempo. Para Carvalho (1982),
num enfoque silvicultural, a avaliação da estrutura e composição da regeneração natural é fundamental Sccoti (2009) Santa Maria – RS Mecanismos de REG da floresta DAP ≥ 1,0 ≤ 5,0 cm
para elaboração e aplicação adequada de planos de manejo que permitam o uso racional das florestas.

O conceito de regeneração natural não está bem circunscrito, em geral é dependente dos Reserva Biológica do Dinâmica da REG e
Scipioni et al. (2009) DAP ≥ 1,6 ≤ 9,5 cm
critérios estabelecidos para cada estudo. Segundo Tegelmark (1998), a regeneração natural abrange Ibicuí-Mirim – RS correlações ambientais
uma cadeia de processos ao longo dos anos, a partir da floração das plantas adultas até a sobrevivência
Mudanças estruturais e funcionais
ou mortalidade das plântulas. Finol (1971) trata a regeneração natural como o conjunto de descendentes Santa Maria e Cl 1: H ≥ 0,1 ≤ 1,0 m;
Kilca & Longhi (2011) da REG condicionada por
das plantas arbóreas que se encontram entre 0,1 m de altura até o limite de diâmetro pré-estabelecido. Santa Tereza – RS Cl 2: H ≥ 1,0 m e DAP ≤ 4,7 cm
Para Felfili (1991), a regeneração natural compreende o estudo dos indivíduos jovens da floresta, os distúrbios
quais são classificados em três classes de acordo com o estádio de desenvolvimento: plântulas com
altura até 1,0 m, que são consideradas não estabelecidas; plantas com altura superior a 1,0 m e diâmetro O objetivo do presente trabalho foi caracterizar a regeneração natural da Floresta Estacional
à altura do peito (DAP) inferior a 5,0 cm são definidas como jovens em fase de estabelecimento; plantas Decidual de Santa Catarina quanto à composição florística e à estrutura fitossociológica e compará-la
com DAP entre 5,0 e 10,0 cm são consideradas já estabelecidas. com o componente arbóreo/arbustivo.
Grande parte dos autores concorda que a regeneração natural engloba os indivíduos jovens
das espécies adultas da floresta. No entanto, Rollet (1969) sugere que cada classe diamétrica pode ser
considerada como regeneração dos indivíduos da mesma espécie com diâmetros superiores a essa classe. 7.2 Metodologia
Assim, por exemplo, os indivíduos com 5,0 a 10,0 cm de DAP podem ser considerados regeneração dos
indivíduos com DAP superior a 10 cm da mesma espécie. Foram levantadas 78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina,
conforme descrito no Capítulo 2 do Volume I (Vibrans et al. 2010). Em cada Unidade Amostral foi
No Brasil, a maioria dos trabalhos estabelece regeneração natural de acordo com classes de amostrada a regeneração natural em área prevista de 100 m2 cada, correspondendo a uma área total de
tamanho e os limites das classes adotados são determinados majoritariamente de forma empírica, 6.860 m2. Destas Unidades Amostrais, 77 delas foram alocadas nos pontos da grade sistemática e, uma
levando em consideração os objetivos de cada estudo e características da floresta (Longhi et al. 1999; Unidade Amostral complementar instalada fora daquela grade, por apresentar vegetação em estádio
Longhi et al. 2000; Oliveira & Felfili 2005; Alves & Metzger 2006; Negrelle 2006; Carvalho et al. avançado de sucessão.
2009; Garcia 2009). Constata-se que estão inclusas sob a denominação de regeneração natural espécies
arbustivas e arbóreas, em geral, esta última, em estádio jovem. Sob a denominação de regeneração natural, foram reunidos todos os indivíduos com altura
superior a 1,5 m e DAP inferior a 10,0 cm, incluindo espécies características de sub-bosque, bem
Segundo Garcia (2009), em grande parte dos levantamentos fitossociológicos em Floresta como jovens do dossel, conforme descrito por Vibrans et al. (2010). Os valores dos parâmetros
Estacional Semidecidual do Brasil, a regeneração natural envolve os indivíduos com até 5,0 cm de fitossociológicos são meras extrapolações por hectare, não tratando-se de estimativas populacionais.
DAP. No entanto, em florestas com indivíduos de grande porte, como a Floresta Amazônica, limites
mais elevados de DAP são adotados. Para avaliar a composição florística foi elaborada uma lista com as espécies e famílias a partir dos
dados levantados em campo. Para contagem de espécies considerou-se as identificadas até seu epíteto
Estudos realizados na Floresta Estacional Decidual do sul do Brasil, abordando a regeneração específico e até gênero, quando este estava representado por apenas uma espécie. As espécies exóticas
natural com discriminação do local, objetivo e critério de inclusão estão relacionados na Tabela 7.1. não foram incluídas. As espécies foram classificadas quanto ao hábito em três categorias: arbusto,
arvoreta ou árvore, conforme descrito por Klein (1972); quando inexistente nesta obra, consultaram-se
os diferentes fascículos da Flora Ilustrada Catarinense e, persistindo a falta de informação, considerou-

168 169
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 7 | Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

se as observações das equipes em campo. As espécies também foram classificadas em grupo ecológico, 7.3 Resultados e discussão
como pioneira, secundária ou climácica, conforme classificação adotada pelo IFFSC que teve como
base a Flora Ilustrada Catarinense e a obra de Reitz et al. (1979). 7.3.1 Análise florística

Para avaliar a estrutura da vegetação optou-se em separar as Unidades Amostrais em grupos Na regeneração natural da Floresta Estacional Decidual de Santa Catarina, foram levantados
florísticos, conforme resultados das análises de classificação e ordenação descritas no Capítulo 5. Um 3.325 indivíduos, distribuídos em 165 espécies, sendo uma gimnosperma – Araucaria angustifolia e as
grupo foi constituído pelas Unidades Amostrais das bacias situadas a Leste – bacias dos rios Canoas, demais angiospermas, pertencentes a 109 gêneros e a 47 famílias (Tabela 7.2).
do Peixe e Pelotas e, outro com as Unidades Amostrais das bacias a Oeste – bacias dos rios das Antas,
Chapecó, Irani, Jacutinga e Peperi-Guaçu (Figura 7.1). Foram determinados os parâmetros de densidade As famílias que se destacaram pela riqueza foram: Fabaceae (23 espécies), Myrtaceae (22),
absoluta (DA) e relativa (DR), frequência absoluta (FA) e relativa (FR) e valor de importância (VI), Lauraceae (10), Solanaceae (nove), Asteraceae (oito), Euphorbiaceae e Rutaceae (sete). Estas famílias
como apontado por Mueller-Dombois & Ellenberg (1974). A diversidade florística de cada Unidade também concentraram maior número de gêneros (Tabela 7.3). Fabaceae apresentou maior riqueza
Amostral foi estimada pelos índices de diversidade de Shannon-Wiener (H’) e de equabilidade de de espécies e gêneros, bem como maior densidade, com 582 indivíduos. Nesta família, encontram-
Pielou (J). Foi calculado também o coeficiente de mistura de Jentsch. Estas análises foram executadas se espécies características da Floresta Estacional Decidual, como Apuleia leocarpa, Parapiptadenia
no software Mata Nativa 2 (CIENTEC 2002). rigida, Peltophorum dubium, que compõem o dossel da floresta e são decíduas na estação desfavorável
marcando tal região fitoecológica (Klein 1972; 1978). Em outros trabalhos que amostraram o componente
arbóreo, como Vaccaro & Longhi (1995), Jarenkow & Waechter (2001) e Ruschel et al. (2007), e a
regeneração natural, como Wedy (2007) e Scipioni et al. (2009), também constataram a importância de
Fabaceae e das demais famílias citadas. Estas famílias estão entre as mencionadas por Oliveira-Filho
& Fontes (2000) como marcantes das Florestas Estacionais do Sudeste do Brasil. Das 47 famílias, 21
(44,7%) delas estavam representadas por somente uma espécie (Tabela 7.3).
Dentre os gêneros, Eugenia apresentou oito espécies, seguida por Myrsine com seis, Ocotea
e Solanum com cinco cada, Lonchocarpus, Myrcia e Piper com quatro cada. Foram amostrados 20
(18,3%) gêneros com três ou duas espécies e 82 (75,2%) gêneros com somente uma espécie (Tabela
7.3). Nos trabalhos de Longhi et al. (1999) e Longhi et al. (2000), os gêneros Eugenia, Mysrine e
Ocotea também destacaram-se pela riqueza. Todos os gêneros citados apresentam espécies arbóreas
e arbustivas, com exceção de Piper, que é majoritariamente do sub-bosque da floresta. Dos gêneros
com maior riqueza, somente Lonchocarpus (180 indivíduos), Piper (122), Myrcia (116) e Myrsine (99)
estão entre os que foram amostrados com alta densidade. Destacaram-se ainda, Actinostemon (276
indivíduos), Cupania (160), Pilocarpus (129), Trichilia (216), Machaerium (126), Nectandra (113) e
Casearia (106) (Tabelas 7.2 e 7.3).

Os que concentraram maior número de indivíduos são 10 espécies: Actinostemon concolor


(276 indivíduos), Lonchocarpus campestris (161), Cupania vernalis (160), Trichilia elegans (153),
Pilocarpus pennatifolius (129), Myrcia oblongata (110), Machaerium stipitatum (93) Nectandra
megapotamica (91), Casearia sylvestris (81) e Myrsine umbellata (78), perfazendo 40,1% do total
de indivíduos amostrados (Tabela 7.2 e Figura 7.2). Destas espécies, A. concolor, T. elegans, P.
pennatifolius, M. oblongata e M. umbellata são arvoretas (Klein 1972), compõem o sub-bosque da
floresta, não atingindo os estratos superiores e as demais espécies são árvores. No entanto, deve-se
considerar que as condições do sítio podem alterar significativamente o crescimento e desenvolvimento,
Figura 7.1. Localização das Unidades Amostrais com levantamento da regeneração na Floresta Estacional levando os indivíduos a alcançarem alturas menores.
Decidual em Santa Catarina.
Figure 7.1. Localization of the natural regeneration Sample Plots at the Seasonal Deciduous Forest in Santa
Catarina.

170 171
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 7 | Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

Tabela 7.2. Espécies e famílias amostradas na regeneração natural da Floresta Estacional Decidual de Santa Catarina. N =
Família Espécie N H GE
número de indivíduos; H = hábito; GE = grupo ecológico; A = árvore; Arb = arbusto; Arv = arvoreta; C = climácica; P =
pioneira; SE = secundária. Bernardia pulchella** 3 Arb SE
Table 7.2. Species and families recorded in the natural regeneration at the Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. N Manihot grahamii 13 Arb SE
= number of individuals; H = habit; GE = ecological group; A = tree; Arb = shrub; Arv = small tree; C = climax species; P Sapium glandulosum 10 A P
= pioneer species; SE = secondary species.
Sebastiania brasiliensis 46 Arv P
Família Espécie N H GE Sebastiania commersoniana 29 Arv P
Acanthaceae Justicia brasiliana** 45 Arb SE Fabaceae Albizia edwallii 7 A* SE
Ruellia angustiflora** 2 Arb* SE Albizia niopoides 3 A -
Achatocarpaceae Achatocarpus praecox 2 Arv C Apuleia leiocarpa 4 A P
Anacardiaceae Lithrea brasiliensis 1 Arv SE Bauhinia forficata 31 Arv P
Schinus terebinthifolius 37 Arv SE Calliandra foliolosa 38 Arv C
Annonaceae Annona emarginata 12 A* P Dahlstedtia pinnata** 15 Arv SE
Annona sylvatica 34 Arv P Dalbergia frutescens 22 Arv* SE
Annona sp. 2 - - Erythrina falcata 1 A SE
Apocynaceae Aspidosperma australe 16 A SE Holocalyx balansae 8 A P
Rauvolfia sellowii 1 A SE Inga marginata 25 A P
Aquifoliaceae Ilex microdonta 1 Arv SE Inga subnuda subsp. luschnathiana 3 A P
Ilex paraguariensis 7 Arv P Inga vera subsp. affinis 2 Arv SE
Araliaceae Schefflera morototoni 2 A SE Lonchocarpus campestris 161 A* SE
Araucariaceae Araucaria angustifolia 2 A P Lonchocarpus cultratus 1 A SE
Arecaceae Syagrus romanzoffiana 2 A P Lonchocarpus muehlbergianus 13 A SE
Trithrinax brasiliensis** 1 Arv P Lonchocarpus nitidus 1 Arv P
Asparagaceae Cordyline spectabilis 6 Arv* SE Lonchocarpus sp. 4 - -
Asteraceae Austroeupatorium inulaefolium** 6 Arb P Machaerium paraguariense 33 A* SE
Baccharis dracunculifolia 2 Arb P Machaerium stipitatum 93 A SE
Baccharis punctulata** 4 Arb P Mimosa scabrella 1 A SE
Dasyphyllum spinescens 3 Arv SE Myrocarpus frondosus 36 A SE
Neocabreria malachophylla** 2 Arb SE Parapiptadenia rigida 59 A SE
Piptocarpha angustifolia 1 A P Senegalia recurva 2 Arb* -
Raulinoreitzia sp. 5 - - Senegalia tucumanensis** 19 Arb* -
Trixis praestans** 1 Arb SE Lamiaceae Vitex megapotamica 9 A SE
Boraginaceae Cordia americana 25 A C Lauraceae Cinnamomum amoenum 1 A* SE
Cordia ecalyculata 2 A SE Cryptocarya aschersoniana 1 A SE
Cordia trichotoma 6 A P Nectandra lanceolata 20 A SE
Cannabaceae Celtis iguanaea 18 Arv* P Nectandra megapotamica 91 A P
Trema micrantha 36 Arv P Nectandra membranacea 2 A SE
Cannelaceae Cinnamodendron dinisii 4 A P Ocotea diospyrifolia 8 A C
Cardiopteridaceae Citronella paniculata 4 A* - Ocotea laxa 1 A* SE
Celastraceae Maytenus aquifolia 3 A* - Ocotea odorifera 7 A* P
Clethraceae Clethra scabra 7 Arv SE Ocotea puberula 19 A P
Euphorbiaceae Acalypha gracilis** 7 Arv SE Ocotea pulchella 3 A P
Actinostemon concolor 276 Arv C Ocotea sp. 1 - -

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 7 | Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

Família Espécie N H GE Família Espécie N H GE


Loganiaceae Strychnos brasiliensis 39 A* SE Polygonaceae Ruprechtia laxiflora 8 A -
Malvaceae Abutilon sp.** 1 - - Primulaceae Myrsine balansae** 8 A* -
Luehea divaricata 52 A SE Myrsine coriacea 3 A* P
Melastomataceae Miconia cinerascens var. cinerascens** 2 Arv P Myrsine guianensis 7 A* P
Meliaceae Cabralea canjerana 15 A SE Myrsine loefgrenii 2 Arv* SE
Cedrela fissilis 23 A SE Myrsine parvula** 1 Arv* P
Guarea macrophylla 5 Arv SE Myrsine umbellata 78 Arv SE
Trichilia catigua 7 Arv C Proteaceae Roupala montana 1 A* SE
Trichilia clausseni 56 Arv SE Rhizophoraceae Erythroxylum deciduum 7 Arv SE
Trichilia elegans 153 Arv SE Rosaceae Prunus myrtifolia 21 A SE
Monimiaceae Hennecartia omphalandra 8 Arv C Rubiaceae Coussarea contracta 7 Arv P
Moraceae Ficus luschnathiana 1 A* SE Coutarea hexandra 1 Arv SE
Sorocea bonplandii 75 Arv SE Psychotria carthagenensis** 1 Arb SE
Myrtaceae Calyptranthes grandifolia 1 A C Psychotria leiocarpa** 2 Arb C
Calyptranthes tricona 4 Arv C Randia ferox 4 Arv P
Campomanesia guazumifolia 12 Arv SE Rutaceae Balfourodendron riedelianum 24 A SE
Campomanesia xanthocarpa 15 A SE Esenbeckia grandiflora 24 Arv SE
Eugenia burkartiana 3 Arv C Helietta apiculata 69 Arv SE
Eugenia hiemalis** 5 Arv SE Pilocarpus pennatifolius 129 Arv C
Eugenia involucrata 5 A SE Zanthoxylum fagara 5 A SE
Eugenia pyriformis 4 A SE Zanthoxylum petiolare 4 A SE
Eugenia ramboi 6 A P Zanthoxylum rhoifolium 17 A SE
Eugenia rostrifolia 14 A P Salicaceae Banara tomentosa 30 A SE
Eugenia uniflora 22 Arv P Casearia decandra 17 A SE
Eugenia verticillata 5 Arv C Casearia sylvestris 81 A SE
Myrceugenia myrcioides 2 Arv C Casearia sp. 8 - -
Myrcia oblongata 110 Arv P Sapindaceae Allophylus edulis 62 Arv SE
Myrcia palustris** 2 Arv C Allophylus guaraniticus 7 Arv C
Myrcia pubipetala 3 A SE Allophylus puberulus 20 A* -
Myrcia selloi** 1 Arv SE Cupania vernalis 160 A P
Myrcianthes pungens 4 A SE Diatenopteryx sorbifolia 23 A P
Myrciaria floribunda 2 Arv C Matayba elaeagnoides 30 A SE
Myrrhinium atropurpureum** 3 Arv SE Sapotaceae Chrysophyllum gonocarpum 22 A P
Plinia rivularis 3 Arv C Chrysophyllum inornatum 1 A SE
Plinia trunciflora 2 A SE Chrysophyllum marginatum 14 A P
Phytolaccaceae Seguieria aculeata 12 A* SE Simaroubaceae Picrasma crenata 3 Arv SE
Piperaceae Piper aduncum** 43 Arb* SE Solanaceae Aureliana sp.** 1 - -
Piper amalago var. medium** 47 Arb SE Cestrum intermedium 20 Arv SE
Piper caldense** 9 Arb SE Cestrum strigilatum** 3 Arv P
Piper hispidum** 16 Arb - Sessea regnellii 1 Arv SE
Piper sp. 7 - - Solanum bullatum 1 Arv SE

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 7 | Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

Solanum mauritianum 2 Arv SE


Solanum pabstii** 1 Arv P
Solanum sanctaecatharinae 6 Arv P
Solanum variabile** 1 Arb SE
Solanum sp. 2 - -
Styracaceae Styrax leprosus 16 Arv SE
Thymelaeaceae Daphnopsis racemosa** 1 Arv SE
Urticaceae Boehmeria caudata** 14 Arv* P
Urera baccifera 61 Arb* SE
Verbenaceae Aloysia virgata 10 Arv -
Lantana camara** 2 Arb* P
Violaceae Hybanthus bigibbosus 41 Arb -

* Espécie classificada quanto ao hábito a partir de observações de campo do IFFSC.


** Espécie amostrada somente na regeneração natural. Figura 7.2. Espécies com maior número de indivíduos na regeneração natural da Floresta
* Species classified according to IFFSC field observations. Estacional Decidual de Santa Catarina.
** Species sampled only in the natural regeneration. Figure 7.2. Species with the higher number of individuals in the natural regeneration of
Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.
Tabela 7.3. Síntese da diversidade de famílias e gêneros da regeneração natural da Floresta Estacional Decidual de Santa
Catarina.
Comparando as espécies amostradas no componente arbóreo/arbustivo e na regeneração natural,
Table 7.3. Diversity synthesis of the families and genera sampled in the natural regeneration in the Seasonal Deciduous
Forest in Santa Catarina. tem-se 133 (54,7%) espécies comuns a ambos os componentes, 78 (32,1%) exclusivas do componente
arbóreo/arbustivo e 32 (13,2%) exclusivas da regeneração natural (Figura 7.3a). Dentre as espécies
Número Número exclusivas da regeneração natural foi encontrada como árvore apenas Myrsine balansae, as demais são
Família Gênero
Espécies Gêneros Indivíduos Espécies Indivíduos arbustos ou arvoretas que compõem o sub-bosque da floresta e, possivelmente, pelo critério de inclusão
Fabaceae 23 15 582 Eugenia 8 64
adotado, não foram levantadas no componente arbóreo/arbustivo.

Myrtaceae 22 9 228 Myrsine 6 99 Dentre as 78 espécies exclusivas do componente arbóreo/arbustivo estão: Ateleia glazioveana,
Lauraceae 10 4 154 Ocotea 5 39 Aralia warmingiana, Handroanthus heptaphyllus, Jacaranda puberula, Peltophorum dubium, dentre
outras. Estas espécies podem apresentar dificuldades em manter-se futuramente na floresta ou podem
Solanaceae 9 4 38 Solanum 5 13 sofrer redução de suas populações se este quadro de regeneração se mantiver. No entanto, Klein (1972)
Asteraceae 8 7 35 Lonchocarpus 4 180 aponta A. warmingiana e H. heptaphyllus como espécies raras nas florestas do Sul, J. puberula como
Euphorbiaceae 7 6 384 Myrcia 4 116 rara na Floresta Estacional Decidual, P. dubium como não muito frequente no interior da floresta e, A.
glazioveana ocorrendo preferencialmente na borda dos fragmentos. A ausência de regenerantes nas
Rutaceae 7 5 272 Piper 4 122
Unidades Amostrais pode estar aliada às características ecológicas de cada espécie, ou ainda, elas
Família com 6 spp. 3 Gênero com 3 spp. 7 podem não ter sido incluídas na amostra como resultado do critério de inclusão adotado, bem como do
Família com 5 spp. 1 Gênero com 2 ssp. 13 tamanho da área amostral.
Família com 4 spp. 1 Gênero com 1 sp. 82 Ressalta-se que, das 133 espécies comuns a ambos os componentes, algumas foram encontradas
Família com 3 spp. 3   com baixa densidade na regeneração natural, como Erythrina falcata, amostrada com somente um
indivíduo, Ocotea pulchella (três), Apuleia leiocarpa (quatro), Cordia trichotoma (seis) e Ilex
Família com 2 spp. 11  
paraguariensis (sete).
Família com 1 sp. 21          
Quanto ao hábito das espécies amostradas na regeneração natural, tem-se 77 (46,7%) árvores,
67 (40,6%) arvoretas e 21 (12,7%) arbustos (Figura 7.3b). As espécies arbóreas amostradas foram
representadas por indivíduos jovens que futuramente poderão atingir o dossel, enquanto as espécies
arbustivas e arvoretas constituem o sub-bosque, portanto são espécies intersticiais da floresta.

176 177
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 7 | Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

Foram amostradas três espécies exóticas na regeneração natural, que não foram incluídas na
listagem florística, sendo, Citrus x limon (dois indivíduos), Hovenia dulcis (10) e Persea americana
(um). As três espécies também foram amostradas no componente arbóreo/arbustivo. No estudo da
regeneração natural de Kilca & Longhi (2011), em florestas secundárias que sofreram corte seletivo,
também foram registradas as mesmas espécies exóticas encontradas no presente trabalho. Destas, H.
dulcis, espécie arbórea, heliófita e pioneira, nativa da China, Japão e Coreia (Carvalho 1994), pode
apresentar-se como invasora, alcançando alta densidade em fragmentos florestais em estádio inicial
e médio de regeneração. No entanto, Morus nigra e Citrus reticulata, amostradas no componente
arbóreo/arbustivo, não foram encontradas na regeneração natural. Estas podem ser reflexo de antigas
áreas abertas ou de cultivo, atualmente ocupadas por florestas.

Dentre as espécies ameaçadas de extinção (MMA 2008) encontram-se Araucaria angustifolia


(dois indivíduos) e Ocotea odorifera (sete). No componente arbóreo/arbustivo, estas também foram
as espécies ameaçadas de extinção amostradas e suas ocorrências na regeneração natural denotam
tendência de ocupação permanente nas florestas avaliadas, embora com densidade baixa. Araucaria
Figura 7.3. (a) Percentual das espécies amostradas em três categorias: comuns ao componente arbóreo/arbustivo
(ARB) e regeneração natural (REG), bem como exclusivas de cada componente; (b) Distribuição (%) das angustifolia foi encontrada em Unidades Amostrais de ecótono entre Floresta Estacional Decidual e
espécies quanto ao hábito. Floresta Ombrófila Mista.
Figure 7.3. (a) Percentage of species sampled in three categories: Commons = species recorded in the natural
regeneration and in the tree/shrub component; Exclusives ARB = species recorded only in the tree/shrub
component; Exclusives REG = species recorded only in the natural regeneration. (b) Percentage of trees, small
trees and shrubs. 7.3.2 Análise fitossociológica da regeneração natural das bacias hidrográficas do Leste

Foram incluídas na análise seis Unidades Amostrais pertencentes à bacia do rio Canoas, 14
Unidades Amostrais à do Peixe e duas Unidades Amostrais à do Pelotas (Figura 7.1), num total de
Classificando as espécies em grupos ecológicos, foram encontradas 87 espécies secundárias 22 Unidades Amostrais, com 2.000 m2 de área amostrada. Foram registrados 1.252 indivíduos e 121
representadas por 1.792 indivíduos, 46 espécies pioneiras com 833 indivíduos e, 18 espécies climácicas espécies, além de duas exóticas, Persea americana e Hovenia dulcis.
com 524 indivíduos (Figura 7.4). Tal distribuição reflete o histórico de ocupação da Floresta Estacional
Decidual no estado. No início do século XX, sobretudo após a Guerra do Contestado, o Oeste catarinense A densidade absoluta média calculada foi de 6.260 ind.ha-1. No estudo de Scipioni et al. (2009),
passou por um processo de ocupação efetivo por imigrantes majoritariamente europeus e as florestas em Floresta Estacional Decidual com área amostral e critério de inclusão aproximados ao presente
primárias foram gradativamente exploradas pela indústria madeireira e/ou substituídas pela agricultura trabalho, foram registrados somente 2.485 ind.ha-1, enquanto que Narvaes et al. (2005), em Floresta
(Rosseto 1995; Silva 2010). Com a implantação do Decreto n° 750 (Brasil 1993) e posterior Lei nº Ombrófila Mista registraram 7.984 ind.ha-1, valor próximo ao encontrado, no entanto, com área amostral
11.428/2006 (Brasil 2006), algumas áreas anteriormente exploradas ou utilizadas pelo homem foram muito superior. Longhi et al. (2000) e Wedy (2007), em Floresta Estacional Decidual, registraram
abandonadas permitindo a recuperação das florestas, tanto que o maior número de espécie pertence às respectivamente 40.250 e 20.666 ind.ha-1, valores mais altos que do presente estudo, possivelmente
secundárias. resultantes da área amostral e dos critérios de inclusão adotados (Tabela 7.5).

Dentre as espécies que se destacaram em decorrência dos maiores valores de densidade e


frequência absoluta estão: Lonchocarpus campestris (595 ind.ha-1 e 68,2%), Cupania vernalis (485,0
ind.ha-1 e 72,7%), Actinostemon concolor (270,0 ind.ha-1 e 40,9%), Allophylus edulis (230,0 ind.ha-1
e 50,0%), Trichilia elegans (210,0 ind.ha-1 e 59,1%), Machaerium stipitatum (210,0 ind.ha-1 e 45,5%)
e Nectandra megapotamica (185,0 ind.ha-1 e 54,6%) (Tabela 7.4). Destas, Actinostemon concolor,
Allophylus edulis e Trichilia elegans são arvoretas constituindo o sub-bosque da floresta e, as demais,
representam indivíduos jovens das espécies arbóreas.

Ocorrem preferencialmente em capoeirões e florestas secundárias Cupania vernalis,


Machaerium stipitatum e Allophylus edulis, enquanto, Trichilia elegans é encontrada nas florestas
primárias e é pouco frequente no interior da Floresta Estacional Decidual. Nectandra megapotamica
é encontrada na Floresta Ombrófila Mista e na Floresta Estacional Decidual, nesta última em alta
densidade; Actinostemon concolor também assume alta densidade e frequência na Floresta Estacional
Decidual (Klein 1972; 1978; Reitz et al. 1979).

Myrcia oblongata foi a segunda espécie com maior densidade absoluta (550,0 ind.ha-1), mas
Figura 7.4. Número de espécies (preto) e dos indivíduos (verde) por grupo ecológico. apresentou baixa frequência absoluta (9,1%), sendo registrada somente na bacia do rio Canoas nas
Figure 7.4. Number of species (black) and individuals (green) by ecological group. Unidades Amostrais 1318 e 1388, áreas de transição entre a Floresta Ombrófila Mista e a Floresta

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Estacional Decidual, possivelmente, por ocorrer preferencialmente na Floresta Ombrófila Mista e Tabela 7.4. Espécies mais importantes em cada grupo de bacias hidrográficas (Leste e Oeste) pela análise fitossociológica.
Densa, segundo Reitz et al. (1979). DA = densidade absoluta (ind.ha-1); DR = densidade relativa (%); FA = frequência absoluta (%); FR = frequência relativa
(%); N = número de indivíduos; U = número de Unidade Amostral que a espécie ocorre; VI = valor de importância.
Nas Unidades Amostrais das bacias do Leste, o índice de diversidade de Shannon ficou entre Table 7.4. Main species of each watershed groups (east and west) according to the phytosociological analysis. DA =
absolute density (ind.ha-1); DR = relative density (%); FA = absolute frequency (%); FR = relative frequency (%); N =
0,51 e 3,05 nats.ind.-1 e o índice de equabilidade entre 0,28 e 0,96. O menor valor para os índices de number of individuals; U = Sample Plots where species occurred; VI = importance value.
diversidade de Shannon e equabilidade foram registrados na Unidade Amostral 1388, no município
de Zortéa, possivelmente, resultado da alta densidade (124 ind.) distribuída em somente seis espécies. Bacias hidrográficas do Leste
Enquanto isso, a Unidade Amostral 1188, em Campos Novos, e a Unidade Amostral 1536, em Alta Espécie N U DA DR FA FR VI
Bela Vista, apresentaram os maiores valores de índice de diversidade de Shannon e equabilidade,
respectivamente (Tabela 7.6). Nos trabalhos de Wedy (2007) e Scipioni et al. (2009), em Floresta Lonchocarpus campestris 119 15 595,0 9,5 68,2 4,0 13,5
Estacional Decidual no Rio Grande do Sul, o índice de Shannon foi de 2,32 e 3,21 nats.ind.-1 e, Cupania vernalis* 97 16 485,0 7,8 72,7 4,3 12,0
equabilidade de 0,67 e 0,78, respectivamente. Narvaes et al. (2005), em Floresta Ombróflia Mista,
registraram índice de Shannon de 2,22 nats.ind.-1 (Tabela 7.5). Myrcia oblongata 110 2 550,0 8,8 9,1 0,5 9,3

O coeficiente de mistura de Jentsch indica, de forma empírica, a média de indivíduos de cada Trichilia elegans* 42 13 210,0 3,4 59,1 3,5 6,8
espécie, por meio da relação do número de espécies e o número total de indivíduos de um determinado Actinostemon concolor* 54 9 270,0 4,3 40,9 2,4 6,7
local (Oliveira & Rotta 1982). Nas bacias do Leste, e o índice ficou entre 1,33 e 5,15 indivíduos por
espécies, com exceção da Unidade Amostral 1388, em Zortéa, que apresentou valor de 20,67 indivíduos Allophylus edulis 46 11 230,0 3,7 50,0 2,9 6,6
em decorrência do alto número de indivíduos (124) e somente seis espécies (Tabela 7.6). Nectandra megapotamica* 37 12 185,0 3,0 54,6 3,2 6,1
Machaerium stipitatum 42 10 210,0 3,4 45,5 2,7 6,0
Casearia sylvestris* 29 7 145,0 2,3 31,8 1,9 4,2
Luehea divaricata 23 8 115,0 1,8 36,4 2,1 4,0
Demais espécies (111) 653 273 3.265,0 52,2 1.241,2 72,8 124,8
Somatório 1.252 22 6.260,0 100,0 1.709,1 100,0 300,0
Bacias hidrográficas do Oeste
Actinostemon concolor* 222 35 456,8 10,5 62,5 4,3 14,8
Trichilia elegans* 111 28 228,4 5,2 50,0 3,5 8,7
Pilocarpus pennatifolius 106 20 218,1 5,0 35,7 2,5 7,5
Cupania vernalis* 63 30 129,6 3,0 53,6 3,7 6,7
Sorocea bonplandii 74 25 152,3 3,5 44,6 3,1 6,6
Urera baccifera 60 25 123,5 2,8 44,6 3,1 5,9
Nectandra megapotamica* 54 27 111,1 2,6 48,2 3,3 5,9
Myrsine umbellata 62 16 127,6 2,9 28,6 2,0 4,9
Casearia sylvestris* 52 17 107,0 2,5 30,4 2,1 4,6
Trichilia clausseni 41 21 84,4 1,9 37,5 2,6 4,5
Demais espécies (118) 1.272 565 2.617,3 60,1 1.009,0 69,8 129,9
Somatório 2.117 56 4.356,0 100,0 1.444,6 100,0 300,0

* Espécies comuns entre os dois grupos de bacias hidrográficas (do Leste e do Oeste). *Species sampled both watershed
groups (east and west).

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 7 | Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

Tabela 7.5. Estudos que analisaram a regeneração natural. CI = critério de inclusão; DA = densidade absoluta; FED =
Floresta Estacional Decidual; FOM = Floresta Ombrófila Mista; H’ = índice de diversidade de Shannon; J = índice de
Número Índice
Unidade Amostral Município QM
equabilidade; RF = região fitoecológica; S = número de espécies. Ind. Spp. H’ J
Table 7.5. Studies of natural regeneration. CI = inclusion criterion; DA = absolute density; FED = Seasonal Deciduous Bacias hidrográficas do Oeste
Forest; FOM = Mixed Ombrophylous Forest; H’ = Shannon diversity index; J = equitability index; RF = phytoecological
region; S = number of species. 435 Concórdia 44 19 2,69 0,91 1: 2,32
487 Concórdia 35 12 2,18 0,88 1: 2,92
Autor RF Área (m2) CI S DA H’ J
Wedy (2007) FED 120 H ≥ 0,2 m ≤ 1,0 m 32 20.666 2,32 0,67
712 Xanxerê 49 21 2,77 0,91 1: 2,33
Longhi et al. (2000) FED 160 H ≥ 10 cm; DAP ≤ 9,5 cm 64 40.250 918 Anchieta 95 21 2,46 0,81 1: 4,52
Scipioni et al. (2009) FED 28.00 DAP ≥ 1,6 cm ≤ 9,5 cm 59 2.485 3,21 0,78 1693 Concórdia 53 13 1,97 0,77 1: 4,08
Narvaes et al. (2005) FOM 18.000 DAP ≥ 1,0 cm ≤ 9,5 cm 109 7.984 2,22 1694 Concórdia 34 12 2,03 0,82 1: 2,83
Este estudo – Leste FED 2.000 H ≥ 1,5 m; DAP ≤ 10 cm 121 6.260 0,51 a 3,05 0,28 a 0,96 1770 Chapecó 51 16 2,05 0,74 1: 3,19
Este estudo – Oeste FED 4.860 H ≥ 1,5 m; DAP ≤ 10 cm 126 4.355 1,22 a 2,87 0,64 a 1,00 1774 Concórdia 33 18 2,58 0,89 1: 1,83
1775 Concórdia 24 13 2,31 0,90 1: 1,85
Tabela 7.6. Unidades Amostrais da regeneração natural levantadas na Floresta Estacional Decidual de Santa Catarina, 1859 Paial 8 4 1,39 1,00 1: 2,00
separadas entre bacias hidrográficas do Leste e do Oeste, com respectivos municípios, número de indivíduos (Ind.) e
espécies (Spp.), índices de diversidade de Shannon (H’) e de equabilidade (J) e coeficiente de mistura de Jentsch (QM). 1861 Itá 20 9 1,90 0,86 1: 2,22
Table 7.6. Sample Plots of natural regeneration in eastern and western watersheds with respective municipality, number of 1864 Seara 47 11 1,90 0,79 1: 4,27
individuals (Ind.), number of species (Spp.), Shannon diversity index (H’), equitability index (J) and Jentsch Coefficient of
Mixture (QM).
1869 Concórdia 48 22 2,66 0,86 1: 2,18
1959 Chapecó 20 8 1,33 0,64 1: 2,50
Número Índice
Unidade Amostral Município QM 1961 Paial 39 10 1,87 0,81 1: 3,90
Ind. Spp. H’ J
1965 Seara 8 6 1,73 0,97 1: 1,33
Bacias hidrográficas do Leste
1970 Concórdia 25 14 2,48 0,94 1: 1,79
398 Capinzal 41 15 2,17 0,80 1: 2,73
2051 Itapiranga 27 13 2,27 0,89 1: 2,08
438 Ouro 45 16 2,35 0,85 1: 2,81
2056 São João do Oeste 16 9 2,01 0,91 1: 1,78
494 Herval do Oeste 53 19 2,60 0,88 1: 2,79
2077 Seara 14 6 1,54 0,86 1: 2,33
941 Anita Garibaldi 50 15 2,29 0,85 1: 3,33
2079 Seara 13 10 2,25 0,98 1: 1,30
1000 Anita Garibaldi 26 6 1,08 0,60 1: 4,33
2081 Seara 38 18 2,71 0,94 1: 2,11
1123 Celso Ramos 34 13 2,33 0,91 1: 2,62
2083 Arabutã 32 14 2,22 0,84 1: 2,29
1187 Celso Ramos 47 24 2,82 0,89 1: 1,96
2088 Concórdia 48 14 2,35 0,89 1: 3,43
1188 Campos Novos 97 30 3,05 0,90 1: 3,23
2166 Itapiranga 54 18 2,46 0,85 1: 3,00
1249 Celso Ramos 103 20 2,40 0,80 1: 5,15
2170 Mondaí 15 9 2,08 0,95 1: 1,67
1318 Zortéa 122 32 2,96 0,85 1: 3,81
2172 Mondaí 57 19 2,54 0,86 1: 3,00
1388 Zortéa 124 6 0,51 0,28 1: 20,67
2179 Palmitos 20 9 1,77 0,80 1: 2,22
1461 Piratuba 81 24 2,73 0,86 1: 3,38
2194 Seara 45 13 2,25 0,88 1: 3,46
1536 Alto Bela Vista 24 18 2,77 0,96 1: 1,33
2195 Seara 28 10 1,99 0,87 1: 2,80
1542 Capinzal 30 16 2,51 0,91 1: 1,88
2281 Tunápolis 78 19 2,17 0,74 1: 4,11
1616 Peritiba 79 17 2,31 0,82 1: 4,65
2287 Mondaí 41 19 2,67 0,91 1: 2,16
1618 Ipira 38 13 2,08 0,81 1: 2,92
2294 São Carlos 32 16 2,59 0,94 1: 2,00
1703 Campos Novos 39 15 2,55 0,94 1: 2,60
2310 Xavantina 33 18 2,69 0,93 1: 1,83
1787 Ouro 35 11 1,87 0,78 1: 3,18
2406 Caibi 47 20 2,72 0,91 1: 2,35
2099 Luzerna 45 16 2,47 0,89 1: 2,81
2414 Nova Itaberaba 50 12 1,94 0,78 1: 4,17
2100 Herval do Oeste 48 14 2,20 0,83 1: 3,43
2425 Xavantina 33 11 2,06 0,86 1: 3,00
2101 Ibicaré 49 17 2,42 0,86 1: 2,88
2510 Tunápolis 10 4 1,22 0,88 1: 2,50
2216 Ibicaré 42 19 2,62 0,89 1: 2,21
2512 Tunápolis 57 20 2,71 0,90 1: 2,85

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 7 | Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

das espécies lenhosas com DAP ≥ 5 cm. Urera baccifera é encontrada desde a América Central até a
Número Índice
Unidade Amostral Município QM Argentina, principalmente em florestas secundárias (Romaniuc Neto et al. 2009).
Ind. Spp. H’ J
Nas Unidades Amostrais das bacias do Oeste os índices de diversidade de Shannon e equabilidade
2531 Chapecó 50 13 1,92 0,75 1: 3,85 ficaram ente 1,22 e 2,87 nats.ind.-1 e 0,64 e 1,00, respectivamente. O menor valor para o índice de
2623 Santa Helena 12 5 1,23 0,76 1: 2,40 diversidade de Shannon (1,22 nats.ind.-1) foi registrado na Unidade Amostral 2510, no município de
Tunápolis, na qual foram amostradas somente quatro espécies e 10 indivíduos, sendo que o maior
3082 Barra Bonita 81 26 2,72 0,83 1: 3,12
valor (2,87 nats.ind.-1), na Unidade Amostral 3309, em Romelândia, com 23 espécies. Para o índice
3097 Quilombo 44 16 2,42 0,87 1: 2,75 de equabilidade, a Unidade Amostral 1959, em Chapecó apresentou menor valor (0,64) e a Unidade
3197 São Miguel da Boa Vista 33 11 1,81 0,75 1: 3,00 Amostral 1859, em Paial teve índice de 1,00, resultante da amostragem de somente quatro espécies com
dois indivíduos cada. Para o coeficiente de mistura de Jentsch, os valores para cada Unidade Amostral
3309 Romelândia 61 23 2,87 0,91 1: 2,65 ficaram entre 1,30 e 4,52. (Tabela 7.6). Comparando os resultados dos índices de diversidade de
3414 Barra Bonita 33 17 2,58 0,91 1: 1,94 Shannon e de equabilidade e do coeficiente de mistura entre os dois grupos, verificou-se que as Unidades
Amostrais das bacias do Leste apresentaram maior amplitude nos valores quando comparados com as
3416 Romelândia 43 23 2,78 0,89 1: 1,87 do Oeste (Tabela 7.5 e 7.6). Esta maior amplitude, deve-se ao fato da maior diversidade encontrada na
3427 São Lourenço do Oeste 35 13 1,99 0,78 1: 2,69 área, provida, provavelmente, pelas zonas de ecótono com a Floresta Ombrófila Mista.
3520 Anchieta 31 18 2,71 0,94 1: 1,72 Concluindo, pode-se afirmar que a composição florística da regeneração natural da Floresta
6005 Palma Sola 44 18 2,68 0,93 1: 2,44 Estacional Decidual do estado abriga significativa riqueza, sendo que metade das espécies é comum
ao componente arbóreo/arbustivo e, um terço das espécies arbóreo/arbustivas não foi amostrado
na regeneração natural. Se a regeneração natural não tivesse sido amostrada, 13,2% das espécies
7.3.3 Análise fitossociológica da regeneração natural das bacias hidrográficas do Oeste deixariam de ser registradas, portanto este estudo contribuiu para o entendimento e conhecimento da
biodiversidade desta região fitoecológica.
Foram incluídas nestas bacias 13 Unidades Amostrais pertencentes à bacia do rio das Antas, 13
Unidades Amostrais à do rio Chapecó, nove Unidades Amostrais à do rio Irani, 14 Unidades Amostrais
à do rio Jacutinga e sete Unidades Amostrais à do Peperi-Guaçu (Figura 7.1), num total de 56 Unidades Referências
Amostrais e 4.860 m2 de área amostral. Foram amostrados 2.117 indivíduos e 126 espécies, além de
duas exóticas, Citrus x limon e Hovenia dulcis. Alves, L.F.; Metzger, J.P. 2006. A regeneração florestal em áreas de floresta secundária na
Reserva Florestal do Morro Grande, Cotia, SP. Biota Neotropica 6(2): 1-26.
A densidade absoluta foi de 4.355 ind.ha-1, valor menor que o registrado nas bacias hidrográficas
do Leste (6.260 ind.ha-1). Dentre os trabalhos listados (Tabela 7.5), apenas o estudo de Scipioni et al. Brasil. 1993. Decreto nº 750, de 10 de fevereiro de 1993. Dispõe sobre o corte, a exploração e
(2009) registrou densidade abaixo (2.485 ind.ha-1) que a do presente estudo. a supressão de vegetação primária ou nos estágios avançado e médio de regeneração da Mata Atlântica,
e dá outras providências. Diário Oficial da União de 11 de fevereiro de 1993.
As espécies que apresentaram maior densidade e frequência absoluta foram: Actinostemon
concolor (456,6 ind.ha-1 e 62,5%), Trichilia elegans (228,4 ind.ha-1 e 50,0%), Pilocarpus pennatifolius Brasil. 2006. Lei 11.428, de 22 de dezembro de 2006. Dispõe sobre a utilização e proteção da
(218,1 ind.ha-1 e 35,7%), Sorocea bonplandii (152,3 ind.ha-1 e 44,6%), Cupania vernalis (129,6 ind.ha-1 e vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, e dá outras providências. Diário Oficial da União de 9 de
53,6%), Urera baccifera (123,5 ind.ha-1 e 44,6%) e Nectrandra megapotamica (111,1 ind.ha-1 e 48,2%). janeiro de 2007.
Ainda, dentre as espécies com alta densidade está Myrsine umbellata (127,6 ind.ha-1) e, com maior
frequência, Trichilia clausseni (37,5%) (Tabela 7.4). Destas, apenas C. vernalis e N. megapotamica são Carvalho, J.O.P. 1982. Análise estrutural da regeneração natural em Floresta Tropical
espécies arbóreas e, as demais, arbustos ou arvoretas que constituem o sub-bosque da floresta. Densa na região do Tapajós no estado do Pará. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do
Paraná. Curitiba.
Dentre as oito espécies que apresentaram os maiores valores de densidade e frequência absoluta
nos dois grupos de bacias hidrográficas (do Leste e do Oeste), quatro destas foram comuns, sendo elas Carvalho, P.E.R. 1994. Ecologia, silvicultura e usos da uva-do-Japão (Hovenia dulcis
A. concolor, C. vernalis, N. megapotamica e T. elegans. No entanto, estas espécies diferiram quanto aos Thunberg). Colombo. EMBRAPA-CNPFlorestas.
valores de densidade absoluta, com exceção de T. elegans, que teve valores muito próximos (bacias do Carvalho, J.; Marques, M.C.M.; Roderjan, C.V.; Barddal, M.; Sousa, S.G.A. 2009. Relações
Leste com 210,0 ind.ha-1 e do Oeste com 218,4 ind.ha-1). entre a distribuição das espécies de diferentes estratos e as características do solo de uma floresta
Ocorrem na Floresta Estacional Decidual e na Floresta Ombrófila Densa, segundo Klein aluvial no Estado do Paraná, Brasil. Acta Botanica Brasilica 23(1): 1-9.
(1972) e Reitz et al. (1979), Pilocarpus pennatifolius, distribuindo-se no interior da floresta onde pode Cientec. 2002. Mata Nativa: Sistema para análise fitossociológica e elaboração de planos de
formar agrupamentos, M. umbellata, que é bastante rara na Floresta Estacional Decidual, T. clausseni, manejo de florestas nativas. São Paulo.
encontrada no interior da floresta, e S. bonplandii, que é uma das arvoretas de maior importância no sub-
bosque da Floresta Estacional Decidual. Ruschel et al. (2006) estudaram a demografia de S. bonplandii Felfili, J.M. 1991. Dynamics of the natural regeneration in the Gama gallery forest in central
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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 7 | Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

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186 187
Capítulo 8
Floresta Estacional Decidual

Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional


Decidual em Santa Catarina1

Diameter distribution of remnants of Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina

Alexander Christian Vibrans, Débora Vanessa Lingner,


Paolo Moser, Camila Mayara Gessner

Resumo
Distribuições diamétricas são uma importante ferramenta para avaliar a estrutura de classes de tamanho
e de idade de uma floresta, seu histórico de uso e exploração, sua dinâmica (atual e histórica), sua
regeneração e, de forma geral, seu estado de conservação. Neste capítulo, as distribuições de 78
Unidades Amostrais, considerando número de indivíduos e área basal, foram analisadas, bem como as
distribuições das 30 espécies com maior valor de importância. Como esperado, as distribuições gerais
com todas as espécies mostram curvas com forma exponencial inversa (em forma de J invertido). 47
Unidades Amostrais foram estatisticamente iguais à curva geral, 31 foram diferentes, de acordo com
teste de Kolmogorov-Smirnov (α=0,05). Espécies como Ocotea puberula, Nectandra megapotamica,
Luehea divaricata, Nectandra lanceolata, Cedrela fissilis e Parapiptadenia rigida mostraram
distribuição decrescente e regular, características de espécies secundárias tardias ou climácicas. Outras
espécies, como as secundárias iniciais e as superexploradas mostraram distribuições irregulares e
frequências deficitárias em muitas classes de diâmetro. A comparação das distribuições por espécie
mostrou que poucas são diferentes entre si e a maioria não mostra diferenças significativas (Kolmogorov-
Smirnov). Espécies historicamente exploradas para fins madeireiros apresentaram alarmantes níveis de
frequência, tanto nos diâmetros inferiores como nos maiores, pondo em risco sua futura presença na
Floresta Estacional Decidual.
Abstract
Diameter distributions are an important tool for analyzing population or community structure, stand
history, dynamics, regeneration and conservation status and also for management planning. In this
chapter diameter distributions, considering tree density and basal area of 78 Sample Plots in Seasonal
Deciduous Forest were analyzed, as well as distributions of the 30 tree species with greater importance
value. In general terms, considering all species in all Sample Plots, distribution showed an inverted
J shape, as expected. Kolmogorov-Smirnov test (α=0,05) showed that 47 Sample Plots had similar
distributions to the general one, while 31 plots were significantly different, with frequency gaps
specially in the higher diameter classes. Species as Ocotea puberula, Nectandra megapotamica, Luehea
divaricata, Nectandra lanceolata, Cedrela fissilis and Parapiptadenia rigida had regular decreasing
distributions, typical for late secondary tree species. Other species, like early secondary species and
overexploited climax species showed irregular distributions. Comparing all species distribution which
each other, we found that only four of them had significant differences, while the great majority of
the 210 tree species had similar distributions (Kolmogorov-Smirnov). Species of merchantable timber
value showed alarmingly low frequencies both in lower and in higher diameter classes, which puts at
risk their survival as constituents of Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.

1
Vibrans, A.C.; Lingner, D.V.; Moser, P.; Gessner, C.M. Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em
Santa Catarina. In: Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Gasper, A.L. de; Lingner, D.V. (eds.). 2012. Inventário Florístico Florestal de Santa
Catarina, Vol. II, Floresta Estacional Decidual. Blumenau. Edifurb.

191
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 8 | Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

8.1 Introdução 8.3 Resultados e discussão

A análise da distribuição diamétrica de uma população ou comunidade florestal a partir do 8.3.1 Distribuições diamétricas gerais
número de indivíduos, área basal ou volume por classe de diâmetro, constitui uma importante ferramenta
que permite inferir sobre estrutura de classes de tamanho e de idade de uma floresta, seu histórico de A Figura 8.1 mostra a distribuição diamétrica do conjunto de árvores amostradas nas 78
uso e exploração, sua dinâmica (atual e histórica), sua regeneração e, de forma geral, sobre seu estado Unidades Amostrais, considerando tanto o número de indivíduos por classe diamétrica, quanto o total
de conservação (Odum 1988; Whitmore 1998). Niklas et al. (2003) apontam para a importância das de área basal por classe diamétrica, caracterizada pelo centro da classe em centímetros (cm). Como
correlações entre distribuição diamétrica, densidade, os diâmetro máximo, mínimo e médio das árvores é baseada em valores médios para todos os remanescentes, a distribuição do número de indivíduos
e o papel destas variáveis como indicadores para mudanças e perturbações sofridas por comunidades por classe de DAP assemelha-se, como era esperado, à curva de uma função exponencial negativa.
florestais. Na distribuição da área basal, no entanto, a classe com menor diâmetro, naturalmente, tem área basal
desproporcional ao número de indivíduos e diâmetros muito elevados proporcionam maior participação
Além disso, as distribuições diamétricas são base para a modelagem de incremento e o na área basal.
planejamento de intervenções de manejo (Meyer 1952; Davis & Johnson 1987), especificamente em
florestas tropicais (Lamprecht 1988; Vanclay 1994; Cunha et al. 2002; Souza & Souza 2005). Neste
capítulo, serão abordados alguns dos dados referentes à distribuição diamétrica das 78 Unidades
Amostrais, considerando as comunidades como um todo, bem como os resultados por Unidade Amostral
e para algumas das espécies no conjunto das Unidades Amostrais nas quais foram encontrados. Os
dados aqui apresentados fornecem informações generalizadas, uma vez que os levantamentos foram
realizados em 78 remanescentes diferentes, distantes entre si e formando uma metacomunidade no
sentido de Hubbel (2001). Análises pormenorizadas precisam ser realizadas das diversas espécies
separadamente por remanescente florestal para caracterizar suas populações; estas análises, no entanto,
ultrapassam os propósitos deste capítulo e devem ser objetos de futuros estudos, baseados nos dados
coletados pelo IFFSC.

Figura 8.1. Distribuição diamétrica dos 78 remanescentes amostrados na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
(a) densidade (ind.ha-1); (b) dominância (m2.ha-1).
8.2 Metodologia
Figure 8.1. Diameter distribution of 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina (a) tree density (ind.
ha-1); (b) basal area (m2.ha-1).
Os dados avaliados neste capítulo são provenientes da medição de 78 Unidades Amostrais, com
4.000 m² cada uma, implantadas na Floresta Estacional Decidual. No total foram amostrados 12.899 Quando analisadas separadamente por estádio sucessional nos dois grupos florísticos (bacias
indivíduos com DAP ≥10 cm, em 28,0 hectares de efetiva área amostral. As classes diamétricas têm hidrográficas Leste e Oeste, de acordo com resultados do Capítulo 5), é possível observar que as
amplitude de 10 cm, abrangendo densidade absoluta (número de indivíduos por hectare) e dominância distribuições diamétricas gerais dos dois estádios sucessionais (médio e avançado de regeneração
absoluta (área basal por hectare) apenas dos indivíduos vivos do componente arbóreo/arbustivo (com (Capítulo 9), não diferem significativamente (α=0,05) entre si, pelo teste Kolmogorov-Smirnov (Figura
DAP ≥ 10 cm). 8.2). Isto mostra que os grupos sucessionais são caracterizados, de forma nítida, pela sua composição
de espécies, enquanto a sua estrutura de tamanhos (ainda) é semelhante, o que pode mudar, contudo, ao
As distribuições totais das densidades absolutas das 78 Unidades Amostrais foram avaliadas longo do processo de sucessão.
em relação à similaridade com a distribuição geral da Floresta Estacional Decidual, mediante aplicação
do teste de Kolmogorov-Smirnov. Da mesma forma, as distribuições totais das 30 espécies com maior
valor de importância na Floresta Estacional Decidual foram comparadas entre si para investigar se há
similaridade entre eles.

Este teste de Kolmogorov-Smirnov foi desenvolvido como um método analítico para testar a
aderência de uma distribuição qualquer (empírica) à distribuição normal (teórica). Apesar disto, este
teste pode ser utilizado para comparar duas distribuições de frequências empíricas, com o intuito de
averiguar semelhanças/diferenças entre as mesmas (Siegel & Castellan 2006). A fundamentação teórica
do teste consta no Volume I.

Figura 8.2. Distribuição diamétrica dos 78 remanescentes amostrados na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina,
por grupo florístico e estádio sucessional.
Figure 8.2. Diameter distribution of 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina, separated by floristic
group and successional stage.

192 193
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 8 | Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

8.3.2 Distribuição diamétrica por Unidade Amostral

Nas Figuras 8.3 a 8.6 são apresentadas as estruturas diamétricas totais das 31 Unidades Amostrais
que mostram distribuições diferentes da distribuição geral da Floresta Estacional Decidual, de acordo
com o teste de Kolmogorov-Smirnov. As demais 47 Unidades Amostrais têm distribuições semelhantes
à distribuição geral. Tendo em vista que a distribuição geral (Figura 8.1) representa uma distribuição
regular, incluídas todas as espécies, percebe-se que as Unidades Amostrais com distribuição diferente
mostram frequências deficitárias em uma ou mais classes diamétricas, principalmente nas classes de
diâmetros maiores. A Tabela 8.1 expõe os valores de densidade (ind.ha-1) como para a dominância
absoluta (m².ha-1) das 78 Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual.

Figura 8.4. Unidades Amostrais (UA) da Floresta Estacional Decidual, com distribuições
diamétricas diferentes da distribuição geral (Kolmogorov-Smirnov; α=0,05).
Figure 8.4. Sample Plots (UA) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina with diameter
distribution different from general distribution (Kolmogorov-Smirnov; α=0,05).

Figura 8.3. Unidades Amostrais (UA) da Floresta Estacional Decidual, com distribuições
diamétricas diferentes da distribuição geral (Kolmogorov-Smirnov; α=0,05).
Figure 8.3. Sample Plots (UA) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina with
diameter distribution different from general distribution (Kolmogorov-Smirnov; α=0,05).

194 195
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 8 | Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

Figura 8.6. Unidades Amostrais (UA) da Floresta Estacional Decidual, com distribuições
diamétricas diferentes da distribuição geral (Kolmogorov-Smirnov; α=0,05).
Figure 8.6. Sample Plots (UA) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina with diameter
distribution different from general distribution (Kolmogorov-Smirnov; α=0,05).

Figura 8.5. Unidades Amostrais (UA) da Floresta Estacional Decidual, com distribuições
diamétricas diferentes da distribuição geral (Kolmogorov-Smirnov; α=0,05).
Figure 8.5. Sample Plots (UA) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina with diameter
distribution different from general distribution (Kolmogorov-Smirnov; α=0,05).

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 8 | Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

Tabela 8.1. Distribuição diamétrica dos 78 remanescentes amostrados na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.
Centro da classe de DAP (cm)
N = número de indivíduos (ind.ha-1); AB = área basal (m2.ha-1).
Table 8.1. Diameter distribution of 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. N = number of Unidade Amostral Variável 15,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 ≥ 80,0 Total
individuals (ind.ha-1); AB = basal area (m2.ha-1). 1542 N 378 173 40 8 - - - - 598
Centro da classe de DAP (cm) AB 5,93 8,16 3,54 1,11 - - - - 18,74
Unidade Amostral Variável 15,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 ≥ 80,0 Total 1616 N 320 125 38 20 13 - - - 515
398 N 487 131 46 28 5 5 3 0 705 1618 N 243 120 33 5 - - - - 400
AB 8,13 5,78 4,56 4,42 1,21 1,48 1,05 - 26,63 AB 3,87 5,79 2,94 0,84 - - - - 13,44
435 N 321 128 48 10 3 - - - 510 1619 N 222 99 39 14 7 - 4 - 384
AB 4,93 6,08 4,53 1,35 0,86 - - - 17,75 AB 3,58 4,77 3,50 2,34 1,50 - 1,76 - 17,46
438 N 320 115 33 15 0 - - - 483 1693 N 400 72 25 3 0 3 - - 503
AB 4,97 5,51 3,08 2,26 - - - - 15,82 AB 6,02 3,06 2,21 0,36 - 0,97 - - 12,61
487 N 260 120 55 16 6 - - 10 468 1694 N 217 80 21 24 3 0 - 3 348
AB 4,13 5,51 5,37 2,59 1,42 - - 8,32 27,34 AB 3,35 3,89 2,11 3,55 0,53 - - 1,87 15,30
494 N 335 140 60 23 8 5 - 3 573 1703 N 323 56 10 - - - - - 389
AB 5,77 6,62 5,66 3,52 1,65 1,66 - 1,74 26,63 AB 4,87 2,39 0,93 - - - - - 8,19
537 N 210 53 38 38 15 5 5 8 370 1770 N 303 78 40 13 - 3 - - 435
AB 3,28 2,47 3,71 5,85 3,70 1,63 2,06 4,92 27,62 AB 4,77 3,68 3,66 1,82 - 0,72 - - 14,66
597 N 268 85 53 33 18 8 10 3 475 1774 N 250 58 8 4 - - - - 319
AB 4,08 4,00 4,97 5,13 3,89 2,76 4,29 1,49 30,60 AB 3,49 2,71 0,82 0,66 - - - - 7,68
712 N 311 129 63 18 8 - 3 - 532 1775 N 222 105 43 30 8 8 3 - 419
AB 4,96 6,38 5,96 2,78 1,75 - 1,05 - 22,86 AB 3,92 4,73 3,98 4,50 1,75 2,62 1,26 - 22,75
918 N 400 100 13 5 5 - - - 523 1787 N 223 88 45 13 10 10 - 3 390
AB 6,00 4,51 1,06 0,69 1,06 - - - 13,31 AB 3,58 4,17 4,26 1,93 2,56 3,26 - 3,53 23,28
941 N 380 110 35 10 - - - - 535 1859 N 154 69 34 29 6 3 9 3 306
AB 5,70 5,21 2,77 1,29 - - - - 14,97 AB 2,44 3,02 3,23 4,39 1,40 1,05 4,00 1,44 20,98
1000 N 552 147 43 78 9 - - - 828 1861 N 225 80 33 18 8 5 - - 368
AB 9,53 6,72 3,59 11,54 1,71 - - - 33,09 AB 3,80 3,71 2,88 2,63 1,86 1,54 - - 16,42
1123 N 444 144 50 12 - - - - 650 1864 N 290 108 58 15 3 8 - 3 483
AB 7,10 6,63 4,75 1,67 - - - - 20,15 AB 4,79 4,88 5,39 2,24 0,66 2,65 - 1,97 22,60
1187 N 428 180 53 10 18 5 - - 693 1869 N 215 115 65 25 15 15 3 - 453
AB 7,40 7,81 4,67 1,45 3,85 1,71 - - 26,89 AB 3,37 5,41 6,53 4,15 3,54 4,75 1,24 - 28,99
1188 N 270 93 35 10 3 - 3 - 413 1959 N 413 128 50 13 - 3 - - 605
AB 4,16 4,68 3,18 1,40 0,50 - 1,03 - 14,95 AB 6,63 6,09 4,50 1,97 - 0,88 - - 20,08
1249 N 543 120 28 5 5 - - - 700 1961 N 395 85 13 21 18 8 3 3 544
AB 8,04 5,22 2,31 0,80 1,19 - - - 17,55 AB 5,61 4,15 1,38 3,08 4,02 2,37 1,22 1,75 23,57
1318 N 470 163 63 13 8 3 - - 718 1965 N 325 93 21 29 7 7 7 4 493
AB 7,10 7,96 5,87 1,96 1,76 0,79 - - 25,44 AB 4,36 4,38 1,89 4,32 1,55 2,12 3,21 2,44 24,26
1388 N 337 147 67 17 13 - - - 580 1970 N 268 185 43 8 3 - - - 505
AB 5,63 7,22 6,37 2,30 3,10 - - - 24,61 AB 4,30 8,73 3,65 1,27 0,68 - - - 18,63
1461 N 456 99 48 19 3 3 - - 627 2051 N 105 43 33 5 3 - 3 3 193
AB 7,12 4,58 4,27 2,91 0,54 0,79 - - 20,22 AB 1,99 2,37 3,18 0,81 0,56 - 1,03 2,68 12,62
1536 N 363 132 34 13 - 3 - - 545 2056 N 412 76 36 4 - - - - 528

198 199
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 8 | Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

Centro da classe de DAP (cm) Centro da classe de DAP (cm)


Unidade Amostral Variável 15,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 ≥ 80,0 Total Unidade Amostral Variável 15,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 ≥ 80,0 Total
2079 N 372 82 7 4 18 4 4 - 489 2510 N 154 54 19 19 - 8 - - 254
AB 5,98 3,82 0,77 0,59 3,97 1,05 1,44 - 17,61 AB 2,94 2,33 1,89 3,12 - 2,44 - - 12,71
2081 N 303 105 29 8 5 - 3 3 455 2512 N 188 65 25 3 3 0 - - 283
AB 5,19 5,07 2,58 1,18 1,12 - 1,11 1,53 17,77 AB 2,86 3,03 2,18 0,43 0,54 - - - 9,03
AB 3,66 5,09 4,80 3,40 2,39 2,28 - 3,40 25,02 2515 N 150 57 30 20 - 13 - - 270
2088 N 338 100 83 38 5 3 - - 565 AB 2,70 2,75 2,85 2,81 - 4,34 - - 15,45
AB 4,98 4,63 7,76 5,70 1,15 0,71 - - 24,93 2530 N 278 95 15 5 - - - - 393
2099 N 326 101 58 28 - - 3 - 515 2531 N 205 93 43 25 28 15 5 5 418
AB 5,03 4,99 5,35 4,08 - - 1,06 - 20,52 AB 3,25 4,25 4,12 4,12 6,48 4,92 2,19 3,36 32,69
2100 N 383 128 43 13 5 - - - 570 2623 N 150 86 41 9 5 - - - 291
AB 5,54 5,86 4,02 1,87 1,09 - - - 18,39 AB 2,87 4,23 3,94 1,39 1,00 - - - 13,43
2101 N 348 138 18 3 - - - - 505 2645 N 393 110 31 13 6 3 - - 557
AB 5,14 6,46 1,53 0,38 - - - - 13,51 AB 6,15 5,11 2,82 1,94 1,29 1,03 - - 18,33
2166 N 223 73 28 18 5 5 - - 350 2987 N 250 110 55 28 15 - 10 10 478
AB 3,44 3,13 2,46 2,60 1,09 1,57 - - 14,29 AB 4,28 4,81 5,27 4,27 3,40 - 4,49 7,54 34,06
2170 N 182 39 14 14 11 - - 4 264 3082 N 153 68 23 5 - - - 3 250
AB 2,91 1,81 1,29 1,92 2,66 - - 2,15 12,74 AB 2,60 3,02 2,00 0,74 - - - 1,43 9,78
2172 N 395 70 33 10 8 3 3 - 520 3097 N 228 93 25 33 10 13 5 10 415
AB 6,29 3,14 2,97 1,34 1,63 0,85 1,05 - 17,27 AB 3,64 4,09 2,22 5,19 2,28 4,00 2,18 7,68 31,29
2179 N 103 65 28 28 5 5 8 3 243 3197 N 66 27 15 4 12 8 4 - 135
AB 1,68 3,03 2,52 4,28 1,12 1,78 3,07 1,32 18,81 AB 0,94 1,26 1,24 0,64 2,63 2,55 1,54 - 10,80
2194 N 244 78 28 11 - 8 - - 369 3309 N 220 94 43 30 8 3 3 5 405
AB 3,85 3,95 2,73 1,69 - 2,74 - - 14,95 AB 3,77 4,36 4,09 4,73 1,60 0,91 1,09 6,15 26,70
2195 N 263 103 45 21 3 5 - - 439 3414 N 120 90 43 32 16 11 - 3 314
AB 4,09 5,10 4,57 3,34 0,72 1,62 - - 19,45 AB 2,11 4,26 4,05 4,79 3,74 3,35 - 2,52 24,83
2216 N 393 103 63 15 10 3 - - 585 3416 N 256 104 39 16 8 - - - 422
AB 6,29 5,30 5,61 2,19 2,26 0,74 - - 22,39 AB 4,15 4,76 3,42 2,49 1,92 - - - 16,73
2281 N 320 69 6 3 - - - - 397 3427 N 281 83 40 24 21 5 5 5 465
AB 4,56 2,79 0,48 0,40 - - - - 8,21 AB 4,48 3,86 3,45 3,83 4,56 1,69 2,54 6,93 31,33
2287 N 503 100 28 6 3 3 - - 642 3520 N 240 70 40 27 7 3 - 7 393
AB 7,85 4,57 2,27 0,93 0,76 0,81 - - 17,18 AB 3,97 3,51 3,89 4,12 1,54 1,20 - 5,30 23,54
2294 N 400 138 13 13 5 3 5 - 575 Total N 292 99 38 17 7 4 2 2 459
AB 6,99 5,98 1,16 2,07 1,18 0,83 2,17 - 20,38 AB 4,63 4,62 3,49 2,58 1,53 1,15 0,71 1,32 20,01
2310 N 165 68 55 35 10 10 5 13 361
AB 2,63 3,08 5,50 5,57 2,38 3,20 2,30 8,77 33,43
2406 N 123 68 33 18 13 5 3 - 260
AB 2,22 2,93 2,98 3,03 2,94 1,68 1,17 - 16,93
2414 N 279 66 42 21 21 8 5 5 447
2425 N 227 83 53 20 3 7 - 10 403
AB 3,57 4,02 5,23 3,28 0,94 2,18 - 6,55 25,78

200 201
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 8 | Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

8.3.3 Distribuição diamétrica por espécie Tabela 8.2. Distribuição diamétrica das 30 espécies com maior VI da Floresta Estacional Decidual, em ordem decrescente
de VI. DA = densidade absoluta (ind.ha-1); DoA = dominância absoluta (m².ha-1).
Na Tabela 8.2 constam os valores da distribuição diamétrica das 30 espécies mais importantes, Table 8.2. Diameter distribution of 30 species with major importance value (VI) in Seasonal Deciduous Forest in Santa
considerando seu valor de importância (VI), tanto para a densidade (ind.ha-1) como para a dominância Catarina. DA = tree density (ind.ha-1); DoA = basal area (m2.ha-1).
absoluta (m².ha-1) em ordem decrescente de VI. No Apêndice IV são apresentados os dados para todas Centro da classe de DAP (cm)
as espécies do componente arbóreo/arbustivo em ordem alfabética. Na (hipotética) situação de poder
Nome Científico Variável 15,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 ≥ 80,0 Total
considerar as distribuições diamétricas das espécies como pertencentes às mesmas populações, as
distribuições de Ocotea puberula, Nectandra megapotamica, Luehea divaricata, Nectandra lanceolata, DA 15,0 11,8 5,3 1,7 0,6 0,4 0,1 0,0 35
Ocotea puberula
Cedrela fissilis e Parapiptadenia rigida podem ser descritas como decrescentes e regulares, típicas de DoA 0,27 0,57 0,48 0,26 0,13 0,12 0,06 0,02 1,92
espécies secundárias tardias ou climácicas (Figura 8.7). As distribuições de outras espécies, no entanto, DA 14,4 9,3 5,0 2,6 0,9 0,3 0,1 0,1 33
Nectandra megapotamica
são restritas às classes de diâmetros menores, o que pode indicar a existência de restrição natural do seu DoA 0,24 0,45 0,48 0,39 0,21 0,11 0,04 0,04 1,96
crescimento em diâmetro, da espécie pertencer ao grupo ecológico das espécies secundárias iniciais, DA 15,6 7,1 2,9 1,2 0,2 0,3 0,2 0,4 28
como em Cupania vernalis, Machaerium stipitatum, Syagrus romazoffiana e Casearia sylvestris (Figura Luehea divaricata
DoA 0,25 0,34 0,26 0,19 0,05 0,08 0,10 0,29 1,56
8.8), ou existir sobre-exploração da espécie e descaracterização de sua população original, como em
Myrocarpus frondosus, Chrysophyllum marginatum, Matayba elaeagnoides, Cabralea canjerana, DA 7,9 5,8 3,1 1,4 0,6 0,4 0,1 0,1 19
Nectandra lanceolata
Lonchocarpus campestres, Trichilia clausseni, Cordia americana, Prunus myrtifolia, Allophylus edulis, DoA 0,14 0,28 0,30 0,22 0,13 0,13 0,06 0,10 1,36
Machaerium paraguariense, Chrysophyllum gonocarpum, Balfourodendron riedelianum e Apuleia DA 16,3 2,9 0,6 0,1 - - - - 20
Cupania vernalis
leiocarpa (Figuras 8.9 e 8.10). O conjunto destas 30 espécies citadas totaliza 62,8% do VI da Floresta DoA 0,24 0,12 0,06 0,02 - - - - 0,45
Estacional Decidual amostrada pelas 78 Unidades Amostrais. DA 12,1 2,6 0,8 0,3 0,0 0,0 - - 16
Machaerium stipitatum
O teste de similaridade das distribuições (Kolmogorov-Smirnov) mostrou, que apenas as DoA 0,20 0,12 0,07 0,05 0,01 0,01 - - 0,45
populações de Ocotea puberula e Cupania vernalis, bem como de Luehea divaricata e Chrysophyllum DA 7,1 5,5 0,3 0,0 0,0 - - - 13,0
marginata têm distribuições significativamente diferentes, embora todas pertençam ao grupo das Syagrus romanzoffiana
DoA 0,15 0,23 0,02 0,01 0,01 - - - 0,42
espécies secundárias. As diferenças entre si podem ser causadas tanto por eventos aleatórios como
DA 7,0 2,2 0,9 0,5 0,2 0,0 0,0 - 10,8
pelo histórico de exploração dos fragmentos onde ocorrem. Os testes das combinações Cordia Cedrela fissilis
americana x Phytolacca dioica, Cordia americana x Apuleia leiocarpa, Phytolacca dioica x DoA 0,12 0,10 0,08 0,07 0,04 0,01 0,02 - 0,44
Diatenopteryx sorbifolia, Phytolacca dioica x Apuleia leiocarpa, Phytolacca dioica x Aspidosperma DA 3,3 0,9 0,6 0,6 0,2 0,3 0,1 0,2 6,3
australe, Diatenopteryx sorbifolia x Apuleia leiocarpa e Apuleia leiocarpa x Aspidosperma australe Parapiptadenia rigida
DoA 0,05 0,05 0,06 0,10 0,05 0,09 0,06 0,13 0,59
não puderam ser realizados pelo número insuficiente de indivíduos. As demais combinações entre
as 30 espécies com maior VI não mostraram diferenças estatisticamente significativas de suas DA 9,4 2,1 0,3 0,0 0,0 - - - 11,8
Casearia sylvestris
distribuições diamétricas. Entre as espécies com as maiores frequências nos diâmetros menores e, DoA 0,14 0,10 0,02 0,01 0,01 - - - 0,28
com isso, indicadores para a composição futura das comunidades, encontram-se as onipresentes
DA 8,8 2,5 0,5 0,1 0,1 - 0,0 - 12,0
Ocotea puberula e Nectandra megapotamica, além de Luehea divaricata, Cupania vernalis, Hovenia dulcis
Macchaerium stipitatum, Casearia sylvestris e da exótica Hovenia dulcis. Esta última, introduzida DoA 0,15 0,11 0,05 0,02 0,02 - 0,02 - 0,36
na segunda metade do século XX, já está estabelecida em praticamente todos os fragmentos da DA 4,5 1,0 0,6 0,4 0,1 - 0,0 0,0 6,8
Floresta Estacional Decidual e ocupa entre todas as espécies, a 11a posição em termos de valor de Myrocarpus frondosus
DoA 0,07 0,05 0,06 0,06 0,03 - 0,02 0,02 0,31
importância. Espécies com valor comercial mais elevado como Myrocarpus frondosos, Cabralea
canjerana, Cedrela fissilis, Balfourodendron riedelianum, Parapiptadenia rigida e Cordia americana Chrysophyllum DA 3,4 1,5 0,6 0,4 0,3 0,0 - 0,0 6,3
mostram frequências baixíssimas, mesmo nas classes de menor diâmetro, e estão ausentes nas classes marginatum DoA 0,06 0,07 0,06 0,07 0,06 0,01 - 0,05 0,38
maiores. Apuleia leiocarpa apresenta a situação mais preocupante, uma vez que se tornou tão rara DA 7,0 1,4 0,3 0,2 0,1 0,0 - - 9,0
que sua frequência média na Floresta Estacional Decidual é de um indivíduo entre 10 e 20 cm, meio Matayba elaeagnoides
indivíduo na classe de 20 a 30 cm e 0,2 e 0,3 indivíduos nas classes maiores, o que significa que tem DoA 0,11 0,07 0,02 0,03 0,02 0,01 - - 0,26
um indivíduo maduro (com DAP > 50 cm) a cada 3 ou 4 hectares. Em termos gerais, a densidade das DA 4,1 1,1 0,4 0,4 0,1 0,1 - 0,1 6,4
30 espécies com maior VI, nas classes de diâmetro maiores, varia de 0,04 a 1 indivíduo por hectare Cabralea canjerana
DoA 0,07 0,05 0,04 0,07 0,02 0,04 - 0,04 0,33
(Figuras 8.7 a 8.10) o que significa que de muitas das espécies ocorre um indivíduo com diâmetro >
40 cm a cada 1 a 25 (!) hectares. DA 4,1 1,3 0,8 0,3 0,1 - - - 6,5
Lonchocarpus campestris
DoA 0,06 0,07 0,07 0,05 0,02 - - - 0,26
DA 7,3 0,8 0,4 0,1 0,0 - - - 8,5
Trichilia clausseni
DoA 0,11 0,04 0,03 0,01 0,00 - - - 0,19
DA 1,8 0,8 0,3 0,3 0,1 0,2 0,1 0,2 3,8
Cordia americana
DoA 0,03 0,04 0,03 0,05 0,02 0,06 0,05 0,13 0,40

202 203
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 8 | Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

Centro da classe de DAP (cm)


Nome Científico Variável 15,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 ≥ 80,0 Total
DA 3,0 1,3 0,7 0,3 0,1 0,1 - 0,0 5,5
Prunus myrtifolia
DoA 0,05 0,06 0,07 0,05 0,02 0,03 - 0,02 0,30
DA 5,5 1,0 0,3 0,1 - - - - 6,8
Allophylus edulis
DoA 0,09 0,05 0,02 0,02 - - - - 0,18
Machaerium DA 4,7 1,1 0,4 0,2 0,1 0,0 - 0,0 6,5
paraguariense DoA 0,07 0,05 0,03 0,03 0,02 - - - 0,21
Chrysophyllum DA 3,1 1,7 0,6 0,2 - - - - 5,6
gonocarpum DoA 0,05 0,07 0,06 0,03 - - - - 0,22
Balfourodendron DA 3,9 1,3 0,4 0,1 0,0 - - - 5,7
riedelianum DoA 0,06 0,06 0,04 0,02 0,01 - - - 0,19
DA 1,0 0,5 0,5 0,5 0,3 0,0 0,1 0,1 2,8
Phytolacca dioica
DoA 0,02 0,03 0,04 0,07 0,06 0,01 -3 0,08 0,34
DA 1,9 1,0 0,4 0,3 0,1 0,3 - 0,1 3,9
Diatenopteryx sorbifolia
DoA 0,03 0,04 0,03 0,04 0,03 0,09 - 0,04 0,31
DA 1,0 0,7 0,3 0,3 0,4 0,1 - 0,1 2,9
Apuleia leiocarpa
DoA 0,02 0,03 0,03 0,04 0,09 0,03 - 0,08 0,33
DA 4,8 1,0 0,1 0,1 - - - - 5,9
Annona sylvatica
DoA 0,07 0,05 0,01 0,01 - - - - 0,13
DA 3,9 1,9 0,4 0,0 - - - - 6,3
Helietta apiculata
DoA 0,07 0,09 0,04 0,01 0,01 0,00 - 0,00 0,21
DA 6,7 0,2 0,0 0,0 - - - - 6,9
Pilocarpus pennatifolius
DoA 0,08 0,01 0,00 0,00 - - - - 0,10
DA 2,6 1,0 0,2 0,1 - - - - 3,9
Aspidosperma australe
DoA 0,04 0,05 0,02 0,01 - - - - 0,12
DA 100,9 25,6 9,7 3,9 2,0 0,9 0,6 0,3 143,8
Outras espécies
DoA 1,50 1,17 0,90 0,59 0,48 0,30 0,26 0,28 5,47
DA 292,1 98,7 37,5 16,7 6,6 3,5 1,6 1,7 458,6
Total
DoA 4,63 4,62 3,49 2,58 1,53 1,15 0,71 1,32 20,01

Figura 8.7. Distribuição diamétrica da densidade média (ind.ha-1) das oito espécies com maior valor de
importância (VI) nas 78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual.
Figure 8.7. Diameter distribution of mean tree density (ind.ha-1) of eight species with major importance value
(VI) in 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.

204 205
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 8 | Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

Figura 8.9. Distribuição diamétrica da densidade média (ind.ha-1) das espécies com 17° a 24° maior valor de
importância (VI) nas 78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual.
Figura 8.8. Distribuição diamétrica da densidade média (ind.ha-1) das espécies com 9° a 16° maior valor de
Figure 8.9. Diameter distribution of mean tree density (ind.ha-1) of species with 17th to 24th major importance
importância (VI) nas 78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual.
value (VI) in 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.
Figure 8.8. Diameter distribution of mean tree density (ind.ha-1) of species with 9th to 16th major importance
value (VI) in 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 8 | Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

apontam para populações intactas ou pouco impactadas. Somente estudos da distribuição diamétrica
por espécie e por Unidade Amostral podem expressar o estado atual de conservação das espécies
e do fragmento florestal amostrado e, em analogia (como a amostragem é sistemática), permitirão
afirmações sobre o estado de conservação das referidas espécies e dos remanescentes da Floresta
Estacional Decidual, de forma geral. São evidentes a concentração de grande número de indivíduos
com diâmetros nas três primeiras classes (até 39 cm) e a ausência de árvores com diâmetros maiores:
a densidade nas classes de diâmetro maiores das 25 espécies com maior VI variou de 0,04 a 1 ind. ha-1
(Figuras 8.7 a 8.10).

As distribuições diamétricas gerais e por Unidade Amostral (fragmento) mostram valores


semelhantes às encontradas pela maioria dos trabalhos realizados em florestas exploradas e degradadas
no âmbito da Mata Atlântica, especialmente às descritas por Longhi et al. (1999), Araujo et al. (2005)
e Kilca & Longhi (2011), na Floresta Estacional Decidual no Rio Grande do Sul, e por Scolforo et al.
(2008), na mesma região fitoecológica em Minas Gerais. Nos levantamentos no estado vizinho do Rio
Grande do Sul, o rol de espécies e os dados estruturais considerando as espécies com maiores valores
de importância (VI) são muito semelhantes aos encontrados pelo presente trabalho, o que mostra a
homogeneidade desta região fitoecológica, apesar de alguns sítios comparados estarem a mais de 300
km de distância das florestas catarinenses.

Referências

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importância (VI) nas 78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual.
Figure 8.10. Diameter distribution of mean tree density (ind.ha-1) of species with 25th to 30th major importance
Kilca, R.V.; Longhi, S.J. 2011. A composição florística e a estrutura das florestas secundárias
value (VI) in 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. no rebordo do Planalto Meridional. In: Schumacher, M.V.; Longhi, S.J.; Brun, E.J.; Kilca, R.V. (eds.).
A Floresta Estacional Subtropical. Caracterização e Ecologia no Rebordo do Planalto Meridional. Santa
Entre as 228 espécies do componente arbóreo/arbustivo na Floresta Estacional Decidual, 43 Maria.
espécies ocorreram com apenas um indivíduo, 17 espécies com dois e 14 espécies com três indivíduos
em todas as 78 Unidades Amostrais. Estas espécies podem ser naturalmente “raras” ou de ocorrência Lamprecht, H. 1988. Silviculture in the tropics. Eschborn. GTZ.
ocasional, ou podem ter suas populações reduzidas pela exploração madeireira, pelo próprio desmate
Longhi, S.J.; Nascimento, A.T.; Fleig, F.D.; Della-Flora, J.B., Freitas, R.A.; Charão, L.W. 1999.
para mudanças do uso do solo com a consequente redução da cobertura florestal que hoje não passa dos
Composição florística e estrutura da comunidade arbórea de um fragmento florestal no município de
16% na Floresta Estacional Decidual (Capítulo 1). A amostragem realizada leva a crer que muitas destas
Santa Maria, Brasil. Ciência Florestal 9(1): 115-133.
espécies têm apenas indivíduos de ocorrência esporádica e isolada o que dificulta ou impossibilita sua
reprodução e sobrevivência, caracterizando sua situação como crítica. Meyer, H.A. 1952. Structure, growth, and drain in balanced uneven-aged forests. Journal of
Forestry 50(2): 85-92.
É importante salientar que também nesta abordagem geral, quando consideradas as 78 Unidades
Amostrais nos fragmentos amostrados como um todo, distribuições regulares não necessariamente

208 209
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina

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210
Capítulo 9
Floresta Estacional Decidual

Estádios sucessionais da Floresta Estacional Decidual


em Santa Catarina1

Sucessional stages of Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina


Lucia Sevegnani, Alexander Christian Vibrans,
Alexandre Uhlmann, André Luís de Gasper, Leila Meyer,
Débora Vanessa Lingner, Anita Stival dos Santos,
Marcio Verdi, Susana Dreveck

Resumo

A legislação estabelece para os estádios sucessionais quatro categorias: floresta primária, vegetação em
estádio inicial de regeneração, em estádio médio e avançado de regeneração. Contudo, observaram-se
muitas dificuldades na aplicação dos critérios previstos na legislação para a identificação dos estádios
em campo. Por isso, foram utilizados os dados provenientes das descrições elaboradas em campo e das
variáveis fitossociológicas mensuradas tanto no componente arbóreo/arbustivo como no da regeneração
natural para propor um novo método. Selecionaram-se três variáveis por meio de uma PCA, que, juntas
com a classificação elaborada em campo, foram submetidas à análise discriminatória de Fischer. A
aplicação da análise discriminatória sobre o total de 78 Unidades Amostrais circunscritas à Floresta
Estacional Decidual apontou para um coeficiente de correlação canônico elevado (r = 0,45) e significativo
estatisticamente, conforme atestado pelas permutações Monte Carlo (p = 0,001). Com estes resultados,
pode-se afirmar que a equação com os coeficientes obtidos mediante a análise discriminatória para as
três variáveis consideradas nesta análise (número de espécies arbóreas, número de indivíduos com DAP
≥ 10 cm e área basal) é robusta e condizente com as classificações feitas em campo. Assim, a equação
pode ser utilizada na classificação dos estádios sucessionais da vegetação. As comunidades segregadas
por este método foram descritas e suas espécies mais importantes listadas, separadamente, por grupo
florístico (bacias do Leste e do Oeste) e estádio sucessional (médio e avançado de regeneração).

Abstract
Environmental legislation establishes four successional stages: primary forest, initial, medium
and advanced secondary successional stages. However the application of criteria to classify natural
vegetation according to legislation is not straightforward. Therefore floristic and structural data from
tree/shrub component (DAP ≥ 10 cm) and regeneration/understory component of 78 Sample Plots, as
well as the in loco classification made by field crews were used to perform Fisher’s linear discriminant
analysis. We obtained a relatively high and significant (Monte Carlo p = 0.001) canonic correlation
coefficient (r = 0.45). The equation with its three coefficients for tree density, species richness and basal
area showed to be robust and consistent with in loco classification of vegetation by field crews. As a
result, this model may be useful to classifiy successional stages in Seasonal Deciduous Forest in Santa
Catarina. Classsified communities were described and their species with greatest importance values
were listed, separately by floristic group (western and eastern watersheds) and by sucessional stage
(medium and advanced secondary stage).

1
Sevegnani, L.; Vibrans, A.C.; Uhlmann, A.; Gasper, A.L. de; Meyer, L.; Lingner, D.V.; Santos, A.S. dos; Verdi, M.; Dreveck, S. Estádios
sucessionais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. In: Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Gasper, A.L. de; Lingner, D.V. (eds.).
2012. Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, Vol. II, Floresta Estacional Decidual. Blumenau. Edifurb.

213
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 9 | Estádios sucessionais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

9.1 Introdução Perante esta situação buscou-se no presente capítulo uma nova abordagem para a definição de
critérios que possam ser usados para segregar os estádios sucessionais “médio” e “avançado” de regeneração
O processo de modificações que ocorrem ao longo do tempo na composição de espécies e na estrutura no âmbito da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. São estes os estádios de maior ocorrência e que
de ecossistemas é chamado sucessão ecológica (Odum 1988). As fases transitórias da sequência destes apresentam a maior dificuldade para reconhecimento e definição em campo, tanto em trabalhos científicos
processos são os estádios da sucessão. Existem diversas abordagens para a descrição destes estádios nas como no licenciamento ambiental.
regiões (neo-) tropicais (Corlett 1995; Finegan 1996; Chokkalingam & de Jong 2001; Guariguata & Ostertag
2001) e na Mata Atlântica brasileira (Klein 1980; Tabarelli et al. 1993; Liebsch et al. 2008; Groeneveld et al.
2009; Siminski et al. 2011). A definição dos estádios sucessionais na Mata Atlântica ganhou importância 9.2 Metodologia
para o licenciamento ambiental quando as modalidades de uso e normas para a supressão da vegetação
foram regulamentadas pela legislação para cada estádio de forma separada (Decreto 750/1993; Brasil Foram usadas as seguintes variáveis dendrométricas e parâmetros fitossociológicos oriundos de 78
1993); Lei 11.428/2006 (Brasil 2006) e Resoluções CONAMA 10/1993 e 04/1994, convalidadas pela Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual: a) do componente arbóreo/arbustivo – densidade absoluta
Resolução CONAMA 388/2007 (CONAMA 1993;1994; 2007).
(DA ind.ha-1), número de espécies (Nsp.arb.), DAP, altura total (Ht), altura do fuste (Hf), altura dominante (Hdom),
Adotando a denominação para os estádios sucessionais estabelecida pela Resolução CONAMA área basal (AB), índices de diversidade de Shannon & Wiener (H´), Simpson (S) e de equabilidade de Pielou
04/1994, pode-se segregar a vegetação secundária em: (J) (Magurran 2004); b) do componente da regeneração - número de espécies (N°sp.Reg) e número de indivíduos
da regeneração (NI.Reg); além destes, as classificações do estádio sucessional feitas em campo foram usadas na
1. Estádio Inicial de regeneração – também chamado de estádio pioneiro, secundário inicial e análise (Apêndice 5).
capoeirinha. A vegetação é dominada por arbustos e ervas e se alguma árvore existir, esta é pré-
existente ao abandono da área. A comunidade de plantas lenhosas apresenta pequeno diâmetro e Uma matriz constituída por 78 colunas (Unidades Amostrais) e 12 linhas (contendo as variáveis acima
altura média, sendo que o diâmetro médio apresenta baixo coeficiente de variação (Clark 1996). citadas) foi primeiramente submetida à Análise de Componentes Principais (PCA) para eliminar as variáveis
Em geral, pequeno número de espécies lenhosas, baixa complexidade da estrutura da vegetação, ou colineares (Figura 9.1). A seleção das variáveis que seriam usadas nas análises seguintes foi feita com base
seja, com poucas sinúsias (IBGE 1992), epífitos vasculares ausentes ou raros, trepadeiras herbáceas, na matriz de carregamentos derivada da rotação dos três primeiros eixos da PCA. Com esta matriz foram
serapilheira formando fina camada. A resolução CONAMA 04/1994 apresenta alguns parâmetros segregados três grupos de variáveis; muitas destas puderam ser descartadas em virtude de apresentarem forte
quantitativos como: altura média (até 4 m), área basal até 8 m2.ha-1, diâmetro médio até 8 cm, com associação umas com as outras, trazendo redundância às análises. Por consequência, somente uma variável de
pequena amplitude. cada um dos grupos formados foi selecionada, adotando-se como critério aquela que pudesse ser mais fácil e
corretamente obtida em campo, ou seja, o número de indivíduos do componente arbóreo/arbustivo por hectare
2. Estádio Médio de Regeneração – também chamado de capoeira (Klein 1980), secundário inicial (DA), a área basal (AB) e o número de espécies (Nsp.arb).
(Clark 1996). Na vegetação predominam arvoretas e arbustos, sobre as herbáceas e se alguma árvore
com maior porte existir esta é pré-existente ao abandono da área. A comunidade de plantas lenhosas
apresenta pequeno diâmetro e altura média, mas os valores são superiores ao do estádio inicial, sendo
que o diâmetro médio apresenta ainda baixo coeficiente de variação (Clark 1996). Domínio de espécies
lenhosas, apesar do aumento, ainda é restrita a complexidade da estrutura da vegetação, ou seja, com
poucas sinúsias (IBGE 1992), epífitos vasculares presentes em maior número que no estádio inicial,
trepadeiras lenhosas com pequeno diâmetro, serapilheira presente variando de espessura. A resolução
CONAMA 04/1994 apresenta alguns parâmetros quantitativos como: altura média (até 12 m), área
basal até 15 m2.ha-1, diâmetro médio entre 8 e 15 cm, com amplitude moderada.
3. Estádio Avançado de Regeneração – também chamado de capoeirão e mata secundária (Klein
1980) e secundário avançado (Clark 1996). Na vegetação predominam árvores sobre as arvoretas
e arbustos; as herbáceas são em menor quantidade e estas especializadas na condição de sombra.
A comunidade de plantas lenhosas apresenta diâmetro e altura elevados, mas o diâmetro médio
apresenta intermediário coeficiente de variação (Clark 1996). Domínio de espécies lenhosas, com
grande complexidade da estrutura da vegetação, ou seja, com várias sinúsias (IBGE 1992), epífitos
vasculares presentes em abundância, trepadeiras lenhosas bem desenvolvidas, serapilheira presente e
espessa. A resolução CONAMA 04/1994 apresenta alguns parâmetros quantitativos como: altura total
média (maior que 12 até 20 m), área basal de 15 a 20 m2.ha-1, diâmetro médio entre 15 a 25 cm, com
maior amplitude.
Observaram-se, no entanto, muitas dificuldades na aplicação dos critérios previstos na legislação para
a identificação dos estádios em campo (Siminski et al. 2011). A maioria delas é causada pela heterogeneidade
estutural das formações florestais secundárias, resultado da influência, muitas vezes cumulativa, de uma série
de interferências antrópicas nas comunidades vegetais. Figura 9.1. Ordenação por PCA das Unidades Amostrais gerada com
base nos parâmetros fitossociológicos usados para seleção.
Figure 9.1. PCA ordination of Sample Plots generated based on
phytosociological parameters used for selection.

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 9 | Estádios sucessionais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

Em seguida, foi montada uma matriz contendo os dados das três variáveis selecionadas (nas 9.3.2 Caracterização dos estádios sucessionais
colunas) e nas 78 Unidades Amostrais (nas linhas), com uma quarta coluna contendo a classificação das
Unidades Amostrais em estádios sucessionais (médio e avançado), definida em campo pelas equipes do O número de espécies (Nsp.arb) variou de 14 até 60 por Unidade Amostral, sendo que cinco das
levantamento (conforme as descrições do Apêndice 5). 30 Unidades Amostrais consideradas em estádio avançado tiveram menos de 38 espécies na amostra e
35 das 48 Unidades Amostrais categorizadas como estádio médio tiveram entre 14 e 38 espécies. Em
A esta matriz foi aplicada à análise discriminatória de Fischer, também conhecida como análise 38 Unidades Amostrais, foi encontrada riqueza de 39 a 60 espécies; destas, 25 Unidades Amostrais
discriminatória linear. Esta análise tem dois objetivos: testar a eficiência da classificação feita em campo foram categorizadas como estádio avançado e 13 Unidades Amostrais como médio. Em geral, as
com base nas três variáveis selecionadas e gerar uma equação cuja aplicação permita classificar novas Unidades Amostrais com maior número de espécies encontram-se em estádio avançado. Em relação à
Unidades Amostrais que não estejam inseridas no levantamento original. A fim de testar a significância densidade absoluta, as 78 Unidades Amostrais continham de 135 a 828 indivíduos por hectare. Destas,
estatística dos resultados, as associações entre os três parâmetros selecionados e as duas categorias 39 Unidades Amostrais apresentaram densidade absoluta menor que a média de 460 ind.ha-1, sendo
sucessionais (expressas pelo coeficiente de correlação de Pearson) foram testadas por meio da geração destas 26 Unidades Amostrais consideradas como estando em estádio médio e 13 Unidades Amostrais
de um modelo nulo através de 999 aleatorizações Monte Carlo. A segregação das Unidades Amostrais em estádio avançado; 39 Unidades Amostrais tiveram valores superiores a 460, destas, 22 Unidades
foi ainda testada através do cálculo do lambda de Wilks. As análises foram realizadas utilizando os Amostrais categorizadas em estádio médio e 17 em estádio avançado. Estes números evidenciam que
algoritmos dos softwares CANOCO for Windows 4.5 (Ter Braak & Smilauer 2002) e JMP (2004). a densidade absoluta pode variar muito dentro dos estádios sucessionais médio e avançado, decorrente
dos fatores de perturbação da floresta, antropogênicos ou não.
Em relação à área basal, os valores variaram entre 7,82 e 34,06 m2.ha-1, com 42 Unidades
9.3 Resultados Amostrais apresentando valores inferiores ao valor médio de 19,83 m2.ha-1, todas classificadas como
estando no estádio médio de regeneração. Há 36 Unidades Amostrais que apresentaram valores
9.3.1 Análise discriminatória superiores a 19,83 m2.ha-1, sendo 30 Unidades Amostrais em estádio avançado e apenas seis em estádio
médio. Portanto, a área basal por hectare mostrou-se como um forte descritor, para os estádios avançado
A aplicação da análise discriminatória sobre o total de 78 Unidades Amostrais circunscritas à
e médio, conforme evidenciado pelo coeficiente 3 da equação (1), coadjuvado pela densidade absoluta
Floresta Estacional Decidual resultou na extração de somente um eixo canônico que expressou 21% da
e pelo número de espécies.
variância original dos dados. Contudo, o coeficiente de correlação canônico mostrou-se elevado (r =
0,45) e significativo estatisticamente, conforme atestado pelas permutações Monte Carlo (p = 0,001). Cabe ressaltar que nenhuma Unidade Amostral foi categorizada como floresta primária, apesar
Isto significa que, embora o total da variância dos dados não possa ser atribuído somente ao único de apresentar valores elevados de área basal por hectare. Por exemplo, sete Unidades Amostrais, a
eixo extraído pela análise, ainda assim, a geração do modelo nulo pelo teste acima citado demonstra saber: 597 (Chapecó), 3097 (Quilombo), 3427 (São Lourenço do Oeste), 2531 (Chapecó), 1000 (Anita
haver associações significativas entre a os parâmetros analisados (DA, AB e Nsp.arb) e a classificação Garibaldi), 2310 (Xavantina) e 2987 (Ipuaçu) apresentaram valores entre 30,6 a 34,1 m2.ha-1. No
em estádios sucessionais. Além disso, o valor calculado para o lambda de Wilks demonstra haver entanto, quando se recorre aos registros efetuados in loco, constatou-se a forte influência de fatores de
segregação significativa entre os dois grupos avaliados (p = 0,0006). degradação, como a exploração seletiva histórica ou atual, presença de estradas cortando a Unidade
Amostral, corte raso em parte desta, roçada de sub-bosque e/ou pastejo.
Com estes resultados, pode-se afirmar que as classificações feitas em campo são, de fato, robustas
quando baseadas nos três parâmetros considerados nesta análise (Nsp.arb, DA, AB) e que a equação (1) Quanto às espécies indicadoras dos estádios médio e avançado, considerou-se pertinente
pode ser utilizada na definição dos estádios sucessionais dos remanescentes da Floresta Estacional segregar as 23 Unidades Amostrais pertencentes às bacias do Leste (rios Pelotas, Canoas, do Peixe)
Decidual, classificando os remanescentes com estádio médio quando Y < 3,86 e como estádio avançado das 55 Unidades Amostrais das bacias do Oeste (dos rios Jacutinga, Irani, Chapecó, das Antas, Peperi-
quando Y > 3,86: Guaçu), conforme descrito no Capítulo 5.

Y = (0,0287462 . Nsp.arb) + (-0,000946 . DA) + (0,1450475 . AB) (1) Em decorrência da segregação mencionada, para o Leste, no estádio avançado, as espécies
características (Tabelas 9.1 e 9.3), com destaque para as 10 espécies com maior valor de importância,
Após a aplicação da equação (1), 16 Unidades Amostrais tiveram seus estádios sucessionais são: Nectandra megapotamica, Ocotea puberula, Luehea divaricata, Cupania vernalis, Nectandra
alterados, pois a reanálise das descrições evidenciou que para 14 delas a alteração era pertinente, lanceolata, Matayba elaeagnoides, Prunus myrtifolia, Parapiptadenia rigida, Machaerium stipitatum
sendo seis reclassificadas como de médio para avançado (Unidade Amostral 494 em Herval do Oeste, e Allophylus edulis. No estádio médio, destacam-se: Ocotea puberula, Luehea divaricata, Nectandra
Unidade Amostral 1775 em Concórdia, Unidade Amostral 1864 em Seara, Unidade Amostral 1961 megapotamica, N. lanceolata, Cupania vernalis, Ateleia glazioveana, Cedrela fissilis, Syagrus
em Paial, Unidade Amostral 1965 em Seara, Unidade Amostral 2425 em Xavantina). Outras oito romanzoffiana, Lonchocarpus campestris. Se comparado com o estádio médio verifica-se que, das 10
foram reclassificadas de avançado para médio (Unidade Amostral 1859 em Paial, Unidade Amostral primeiras espécies do estádio avançado, somente quatro espécies diferem.
2051 em Itapiranga, Unidade Amostral 2100 em Herval do Oeste, Unidade Amostral 2216 em Ibicaré,
Unidade Amostral 2294 em São Carlos, Unidade Amostral 2406 em Caibi, Unidade Amostral 2530 em Relativo ao Oeste, as espécies mais características do estádio avançado (Tabelas 9.1 e 9.3),
Nova Itaberaba, Unidade Amostral 2515 em Iporã do Oeste). Comparando as classificações do estádio com maiores valores de importância são: Nectandra megapotamica, Luehea divaricata, Nectandra
preditas com as realizadas em campo, constatou-se que em somente duas unidades - Unidade Amostral lanceolata, Ocotea puberula, Chrysophyllum marginatum, Machaerium stipitatum, Cedrela fissilis,
438 em Herval do Oeste e Unidade Amostral 2101 em Ibicaré a descrição do estádio em campo não Cabralea canjerana, Syagrus romanzoffiana e Cupania vernalis. Para o estádio médio, embora as
10 primeiras espécies não estejam na mesma ordem de valor, somente duas (Casearia sylvestris e
corresponde à predita, representando um erro em 2,5% dos casos analisados. Para todas as demais
Aloysia virgata) não estão entre as 10 primeiras do avançado. Destacadas em negrito, estão as espécies
Unidades Amostrais, a categorização resultante da equação (1) foi adotada. No Apêndice 5, no entanto,
comuns entre as 10 primeiras do avançado Leste e Oeste, sendo estes, portanto, 60% semelhantes
foram mantidos os estádios sucessionais originais da descrição realizada em campo.
floristicamente.

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 9 | Estádios sucessionais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

Apesar dos fragmentos classificados como estádio sucessional avançado serem muito Leste Oeste
semelhantes entre si, quanto às espécies com maior valor de importância, existe um conjunto de 13 Espécie
espécies exclusivas do grupo das bacias do Leste e de 24 espécies do grupo das bacias do Oeste (Figura A M A M
9.1 e Tabela 9.3). Esta diferença é evidenciada quando se leva em conta o total das espécies, inclusive Lonchocarpus campestris 30 11 18 21
aquelas com baixo número de indivíduos e de pequenos tamanhos. Como os dados representam as Casearia decandra 31 60 54 79
florestas distribuídas numa extensão de 300 km de longitude, o conjunto principal de espécies se
assemelha, mas diferenças existem no grupo das espécies com menores valores de importância. Diatenopteryx sorbifolia 32 57 13 33
Pilocarpus pennatifolius 33 61 12 52
Tabela 9.1. Ranking das espécies de acordo com seu valor de importância no conjunto das Unidades Amostrais instaladas
nas bacias do Leste e Oeste, na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. M = estádio médio; A = estádio avançado. Casearia sylvestris 34 25 14 8
Table 9.1. Ranking of species according to their importance value in Sample Plots of eastern (Leste) and western (Oeste) Eugenia uniflora 35 - 40 72
watersheds. M = medium stage, A = advanced successional stage.
Inga vera 36 24 58 69
Leste Oeste
Espécie Banara tomentosa 37 75 55 54
A M A M
Trichilia clausseni 38 36 8 20
Nectandra megapotamica 1 3 1 2
Zanthoxylum rhoifolium 39 13 88 39
Ocotea puberula 2 1 4 1
Luehea divaricata 3 2 2 4
Cupania vernalis 4 5 6 10 Dentre as 20 espécies com maior valor de importância no Leste (estádios avançado e médio)
não se registram espécies de Myrtaceae, que estão presentes com poucos indivíduos e pequenos
Nectandra lanceolata 5 4 3 3
tamanhos. Campomanesia xanthocarpa e C. guazumifolia aparecem entre as espécies generalistas
Matayba elaeagnoides 6 19 21 32 para a Floresta Estacional Decidual. Como exclusivas do estádio avançado, foram encontradas Myrcia
Parapiptadenia rigida 7 15 15 14 oblongata, Myrcia pubipetala, Myrcianthes gigantea, características de florestas e Myrcia splendens,
muito comum em áreas abertas, porém na Floresta Ombrófila Densa (Klein 1980). No estádio médio,
Prunus myrtifolia 8 22 28 27
foram constatadas cinco espécies de Myrtaceae (Eugenia involucrata, Campomanesia guazumifolia,
Machaerium stipitatum 9 9 7 7 C. xanthocarpa, Calyptranthes tricona, Myrciaria floribunda), sendo apenas uma (Calyptranthes
Allophylus edulis 10 12 25 31 grandifolia) exclusiva, mas novamente não entre as 20 com maior valor de importância. Algumas
espécies desta família são exigentes quanto à qualidade do ambiente, tais como M. floribunda,
Helietta apiculata 11 28 60 24
Calyptranthes tricona, C. grandifolia, E. involucrata.
Ruprechtia laxiflora 12 - 48 61
Lithrea brasiliensis 13 30 - - A ocorrência de espécies mais exigentes em estádio médio pode estar relacionada aos mosaicos
de tamanhos e de qualidade que constituem os fragmentos florestais. Estes podem conter pequenas
Sebastiania commersoniana 14 42 35 58 manchas com floresta em melhor qualidade, entremeada em uma matriz mais degradada ou mesmo
Chrysophyllum marginatum 15 104 5 26 agropecuária. Além disso, em muitas áreas, o processo sucessional ocorre com frequentes interferências
Aspidosperma australe 16 26 41 41 antropogênicas.
Machaerium paraguariense 17 23 27 19 No estádio avançado das bacias do Leste, entre as 20 espécies com maior valor de importância,
Annona sylvatica 18 17 39 29 que abrangem 64,7% dos indivíduos amostrados, 14 espécies não são decíduas (nas bacias do Oeste são
dez espécies), o que evidencia o caráter nem sempre decíduo da vegetação.
Syagrus romanzoffiana 20 10 10 5
Albizia edwallii 21 18 63 40 Árvores atingindo até 40 m de altura, conforme registrado por Klein (1972), são raríssimas,
como pode ser observado nos dados quantitativos de diâmetros, alturas e área basal (Capítulos 6 e 8;
Phytolacca dioica 22 21 30 23
Tabela 9.3) . Algumas das espécies com potencial de compor o estrato emergente são Apuleia leiocarpa,
Cedrela fissilis 23 7 11 9 Parapiptadenia rigida, Cedrela fissilis, Diatenopteryx sorbifolia e Peltophorum dubium (Klein 1972).
Myrocarpus frondosus 24 29 9 18 A manutenção da suspensão de sua explotação irá permitir o desenvolvimento da floresta e, com o
passar do tempo, haverá novamente árvores emergentes de grande tamanho na floresta estacional.
Cinnamodendron dinisii 25 - 135 -
Cordia americana 26 35 20 16
Campomanesia xanthocarpa 27 67 31 37
Styrax leprosus 28 108 51 48
Ocotea pulchella 29 14 - 95

218 219
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 9 | Estádios sucessionais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

Tabela 9.2. Espécies dos estádios sucessionais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. OA = Oeste Avançado;
OM = Oeste Médio; LA = Leste Avançado; LM = Leste Médio.
Table 9.2. Species of successional stages in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. OA = western advanced stage;
OM = western medium stage; LA = eastern advanced stage; LM = eastern medium stage.
Estádios
Generalistas – AO/OM/LA/LM
Actinostemon concolor, Albizia edwallii, Allophylus edulis, Allophylus puberulus, Annona emarginata,
Annona sylvatica, Apuleia leiocarpa, Aspidosperma australe, Ateleia glazioveana, Balfourodendron
riedelianum, Banara tomentosa, Cabralea canjerana, Campomanesia guazumifolia, Campomanesia
xanthocarpa, Casearia decandra, Casearia sylvestris, Cedrela fissilis, Chrysophyllum gonocarpum,
Chrysophyllum marginatum, Citronella paniculata, Cordia americana, Cordia trichotoma, Cordyline
spectabilis, Cryptocarya aschersoniana, Cupania vernalis, Dalbergia frutescens, Diatenopteryx sorbifolia,
Enterolobium contortisiliquum, Erythrina falcata, Erythroxylum deciduum, Ficus adhatodifolia, Helietta
apiculata, Inga vera subsp. affinis, Inga virescens, Lonchocarpus campestris, Lonchocarpus cultratus,
Luehea divaricata, Machaerium paraguariense, Machaerium stipitatum, Matayba elaeagnoides, Myrocarpus
frondosus, Myrsine umbellata, Nectandra lanceolata, Nectandra megapotamica, Ocotea diospyrifolia, Ocotea
puberula, Parapiptadenia rigida, Phytolacca dioica, Picrasma crenata, Pilocarpus pennatifolius, Prunus
myrtifolia, Randia ferox, Roupala montana, Sapium glandulosum, Sebastiania commersoniana, Solanum
bullatum, Solanum mauritianum, Solanum sanctaecatharinae, Strychnos brasiliensis, Styrax leprosus, Syagrus
Figura 9.2. Percentual de espécies presentes (total 212) em cada estádio sucessional e grupo de bacias da romanzoffiana, Trichilia clausseni, Vitex megapotamica, Zanthoxylum fagara, Zanthoxylum rhoifolium.
Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. OA = Oeste Avançado; OM = Oeste Médio; LA = Leste Exclusivas OA
Avançado; LM = Leste Médio; Três = espécies presentes em três grupos; Dois = espécies presentes em dois
grupos. Campomanesia guaviroba, Chrysophyllum inornatum, Coccoloba argentinensis, Cordiera concolor, Cous-
Figure 9.2. Percentage of species (total 212) within successional stages and watershed groups in Seasonal sapoa microcarpa, Eugenia subterminalis, Eugenia uruguayensis, Gleditsia amorphoides, Hybanthus bigi-
Deciduous Forest in Santa Catarina. OA = western advanced stage; OM = western medium stage; LA = bbosus, Machaerium nyctitans, Miconia cinerascens, Myrceugenia myrcioides, Myrcia hebepetala, Myrsine
eastern advanced stage, LM, eastern medium stage; Três = species present in three groups; Dois = species loefgrenii, Piptadenia gonoacantha, Schaefferia argentinensis, Vernonanthura discolor
present in two groups.
Exclusivas OM
Allophylus petiolulatus, Aloysia virgate, Aralia warmingiana, Baccharis dracunculifolia, Chionanthus tricho-
tomus, Cryptocarya mandioccana, Diospyros inconstans, Endlicheria paniculata, Esenbeckia grandiflora, Eu-
Levando-se em consideração as espécies exclusivas de cada um dos estádios constata-se que
genia brasiliensis, Eugenia burkartiana, Handroanthus heptaphyllus, Heliocarpus popayanensis, Jacaranda
há espécies que são abundantes em outras regiões fitoecológicas: Dicksonia sellowiana, Quillaja
micranta, Jacaratia spinosa, Leptolobium elegans, Machaerium hirtum, Maclura tinctoria, Manihot graha-
brasiliensis (Floresta Ombrófila Mista), Myrcia pubipetala, Myrceugenia myrcioides, Esenbeckia mii, Plinia rivularis, Siphoneugena reitzii, Tetrorchidium rubrivenium, Varronia polycephala
grandiflora, Vernonanthura discolor, Myrcia splendens (Floresta Ombrófila Mista e Densa), Nectandra
Exclusivas LA
membranacea (Floresta Ombrófila Densa), mas também um conjunto característico desta região
fitoecológica, como Eugenia uruguayensis, Eugenia gracillima, Machaerium hirtum, Schaefferia Allophylus guaraniticus , Bunchosia marítima, Cereus sp., Maytenus aquifolia, Myrcia oblongata, Myrcia
splendens, Myrcianthes gigantea, Ocotea laxa, Quillaja brasiliensis, Seguieria langsdorffii, Senegalia recurva
argentinensi.
Exclusivas LM
Aegiphila brachiata, Baccharis semiserrata, Calyptranthes grandifolia, Dasyphyllum spinescens, Dicksonia
sellowiana, Ficus gomelleira, Myrcia pubipetala, Myrsine guianensis, Raulinoreitzia sp., Solanum compres-
sum, Solanum pseudoquina, Symplocos uniflora

220 221
Tabela 9.3. Descritores fitossociológicos para bacias do Leste e Oeste, com vegetação em estádio médio e avançado. DoA = dominância absoluta (m2.ha-1); DA = densidade absoluta
(ind.ha-1); Ht = altura total (m); DAP = Diâmetro na altura do peito (cm).
Table 9.3. Structural descriptors for western and eastern watersheds with vegetation at medium and advanced successional stages. DoA = absolut dominance (m2.ha-1); DA = absolute
density (ind.ha-1); Ht = total height (m); DAP = DBH (cm).
Oeste Aavançado Oeste Médio Leste Avançado Leste Médio
DA DoA Ht DAP DA DoA Ht DAP DA DoA Ht DAP DA DoA Ht DAP
Actinostemon concolor 6,23 0,08 7,70 12,36 0,83 0,01 6,60 12,70 1,56 0,01 5,80 11,65 0,40 0,005 12,50 12,26
Allophylus edulis 6,87 0,24 10,78 19,29 3,76 0,11 8,38 17,95 14,67 0,32 9,39 16,02 9,04 0,13 8,67 13,36
Aloysia virgata - - - - 11,44 0,17 5,6 13,39 - - - - - - - -
Annona sylvatica 3,82 0,15 10,41 20,68 4,09 0,08 7,74 15,3 9,99 0,19 8,30 14,88 11,05 0,17 7,83 13,87
Apuleia leiocarpa 4,45 0,62 15,72 37,09 3,25 0,33 12,64 30,02 0,31 0,01 10 21,96 1,40 0,02 7,1 15,38
Ateleia glazioveana 2,92 0,10 10,56 20,31 0,50 0,03 9,50 23,98 1,24 0,14 15,97 37,05 24,11 0,68 10,33 16,89
Balfourodendron riedelianum 7,38 0,30 13,03 20,64 5,09 0,15 11,11 17,99 2,18 0,08 10,86 20,92 6,83 0,15 10,58 15,96
Banara tomentosa 1,40 0,05 11,00 21,04 1,75 0,04 7,71 18,05 2,49 0,07 8,63 18,9 0,40 0,01 12,27 20,4
Bauhinia forficata 1,01 0,01 9,72 14,68 1,17 0,01 8,71 12,62 - - - - 1,40 0,01 8,86 11,28
Cabralea canjerana 6,62 0,58 12,11 28,03 8,85 0,33 8,94 19,27 0,93 0,04 9,33 22,94 3,41 0,06 11,06 15,26
Campomanesia xanthocarpa 4,45 0,20 11,09 22,71 2,59 0,07 9,00 17 5,30 0,25 12,65 22,58 1,00 0,02 10,20 17,70

222
Casearia decandra 1,65 0,04 10,5 17,68 0,58 0,01 9,29 17,51 4,37 0,07 10,57 14,36 1,00 0,01 9,30 12,22
Casearia sylvestris 13,36 0,37 10,11 17,26 15,95 0,35 8,25 15,88 4,68 0,09 7,29 15,07 4,62 0,07 8,68 13,46
Cedrela fissilis 9,04 0,59 13,84 25,95 11,53 0,40 9,59 18,71 4,68 0,21 11,58 21,96 16,47 0,42 11,17 17,13
Chrysophyllum gonocarpum 9,80 0,39 10,45 21,22 5,76 0,22 8,68 20,18 2,49 0,06 7,19 17,49 0,80 0,01 7,50 14,17
Chrysophyllum marginatum 12,47 0,91 11,91 25,6 4,17 0,19 9,84 21,57 8,43 0,34 10,35 20,51 0,20 0,00 10,00 16,55
Cinnamodendron dinisii 0,12 0,00 15,00 12,41 - - - - 8,74 0,28 10,96 19,21 - - - -
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina

Cordia americana 3,56 0,69 12,78 41,49 4,26 0,37 10,30 26,62 5,30 0,28 10,79 23,69 2,00 0,04 8,24 16,43
Cordia trichotoma 1,91 0,10 15,87 23,92 4,51 0,11 10,66 17,08 1,24 0,04 12,00 18,78 0,20 0,00 6,50 10,82
Cordyline spectabilis 0,76 0,01 7,64 12,84 0,66 0,01 6,72 14,12 1,56 0,01 6,00 11,27 2,81 0,03 4,25 12,62
Cupania vernalis 15,66 0,44 11,82 17,59 11,69 0,25 9,59 15,7 44,9 1,13 9,68 16,73 31,14 0,46 6,97 13,44
Diatenopteryx sorbifolia 7,51 0,69 12,68 28,96 2,50 0,17 10,13 23,97 5,30 0,28 8,85 22,92 1,00 0,01 5,80 14,39
Erythrina falcata 0,63 0,15 19,41 53,24 1,75 0,19 11,8 31,11 0,62 0,02 8,50 21,01 0,40 0,02 12,00 25,79
Eugenia rostrifolia 5,47 0,52 14,48 31,29 0,75 0,04 11,44 26,21 - - - - 2,21 0,07 10,64 19,24

Oeste Aavançado Oeste Médio Leste Avançado Leste Médio


DA DoA Ht DAP DA DoA Ht DAP DA DoA Ht DAP DA DoA Ht DAP

Eugenia uniflora 3,18 0,24 11,74 28,1 1,17 0,02 8,36 15,09 2,81 0,19 8,89 26,90 - - - -
Ficus luschnathiana 1,14 0,35 12,56 45,58 2,42 0,09 8,18 20,13 - - - - 0,80 0,12 9,30 35,34
Holocalyx balansae 3,31 0,40 11,83 35,22 2,17 0,17 11,58 27,45 - - - - - - - -
Ilex paraguariensis 0,50 0,00 7,53 13,53 1,08 0,04 6,3 19,49 - - - - 3,61 0,07 9,33 15,52
Inga marginata 3,05 0,04 8,44 13,78 3,59 0,07 7,83 15,76 - - - - 1,00 0,01 11,2 14,47
Lonchocarpus campestris 7,89 0,42 12,37 23,75 4,76 0,20 10,88 20,96 4,99 0,12 9,28 16,15 9,64 0,22 10,31 15,69
Luehea divaricata 15,53 1,99 12,82 31,27 18,54 0,82 8,83 21,28 43,09 2,49 10,89 23,77 60,07 2,06 9,24 19,15
Machaerium paraguariense 4,71 0,27 12,96 24,02 6,43 0,18 9,68 17,45 13,42 0,29 9,21 16,35 5,22 0,09 7,91 14,66
Machaerium stipitatum 14,00 0,59 11,11 20,81 17,21 0,42 9,07 16,47 21,86 0,55 10,2 17,14 12,25 0,22 8,79 14,74
Matayba elaeagnoides 9,67 0,37 11,7 20,27 3,50 0,12 8,66 18,4 30,60 0,61 8,34 15,22 7,83 0,17 8,64 15,83
Myrocarpus frondosus 9,80 0,70 13,57 26,43 6,43 0,15 8,74 16,06 4,68 0,20 10,00 20,01 4,21 0,13 10 17,22
Nectandra lanceolata 14,13 1,91 15,52 36,9 18,29 1,04 10,89 23,97 17,17 1,14 12,92 26,94 31,94 1,40 11,75 21,97
Nectandra megapotamica 39,85 3,04 13,50 27,82 19,46 1,17 11,22 24,74 55,27 2,80 11,61 22,96 39,10 1,61 11,66 21,03
223

Ocotea diospyrifolia 4,32 0,65 14,12 40,76 1,17 0,10 11,93 29,73 3,12 0,20 11,5 27,14 1,20 0,01 10,00 11,94
Ocotea puberula 14,00 1,26 16,00 30,91 26,15 1,45 11,39 24,01 50,28 2,53 13,29 22,93 80,57 3,70 12,34 22,37
Parapiptadenia rigida 4,32 0,95 15,65 45,72 5,09 0,36 11,11 24,25 13,42 1,08 11,58 28,26 7,83 0,26 8,87 18,61
Phytolacca dioica 2,03 0,49 11,35 45,27 3,09 0,28 9,82 30,53 3,43 0,29 12,18 30,22 3,01 0,23 10,69 27,71
Picrasma crenata 3,69 0,10 10,26 17,84 0,66 0,01 9,26 15,84 2,49 0,08 10,00 19,91 0,40 0,00 5,00 15,44
Pilocarpus pennatifolius 17,18 0,24 9,16 13,04 2,59 0,03 7,82 13,2 7,80 0,10 6,41 12,58 1,00 0,01 8,50 11,71
Prunus myrtifolia 4,20 0,29 10,45 24,91 3,92 0,22 10,09 24,25 15,30 0,87 11,05 24,64 5,02 0,11 9,00 15,68
Ruprechtia laxiflora 1,52 0,16 12,71 31,88 1,42 0,04 8,94 17,36 4,99 0,81 12,66 35,93 - - - -
Sebastiania brasiliensis 7,13 0,13 9,48 15,02 2,17 0,05 7,18 15,97 5,30 0,10 6,82 14,82 - - - -
Sebastiania commersoniana 4,20 0,19 10,63 21,07 1,42 0,04 7,65 17,95 10,93 0,36 8,34 18,35 2,00 0,02 5,44 11,52
9 | Estádios sucessionais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

Solanum mauritianum 0,76 0,01 10,33 17,24 3,25 0,09 8,76 18,19 0,62 0,00 8,5 11,14 1,80 0,06 7,53 19,79
Sorocea bonplandii 4,96 0,13 9,17 15,72 2,00 0,03 8,07 13,31 0,31 0,00 4 9,87 - - - -
Styrax leprosus 1,52 0,10 11,75 27,14 2,42 0,06 8,14 17,28 5,30 0,18 9,36 19,69 0,20 0,00 8 13,37
Syagrus romanzoffiana 12,47 0,41 11,10 19,90 17,21 0,51 9,3 19,03 6,24 0,24 11,19 21,85 7,83 0,30 8,91 21,44
Trichilia clausseni 16,29 0,37 8,89 15,97 6,43 0,14 8,24 16,02 5,62 0,07 6,28 12,76 3,01 0,09 9,73 18,53
Urera baccifera 4,83 0,08 5,34 14,22 3,17 0,07 4,76 16,1 - - - - 0,40 0,00 7,00 11,30
Zanthoxylum fagara 0,38 0,02 12,67 27,38 0,58 0,01 8,57 16,64 3,74 0,15 12,00 21,62 2,61 0,06 5,79 16,03
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 9 | Estádios sucessionais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

Quando avaliados em conjunto, os grupos de bacias do Leste e do Oeste não mostram diferenças Corlett, R.T. 1994. What is secondary forest? Journal of Tropical Ecology 6:1-31.
significativas no número de indivíduos, número de espécies, área basal e altura dominante (Tabela
2.8, Capítulo 2). Considerando, no entanto, os estádios sucessionais, percebe-se que há diferenças Finegan, B. 1996. Pattern and process in neotropical secondary rain forests: the first 100 years
significativas dos valores da área basal e do número de espécies entre os estádios, como esperado, mas of sucession. Tree 11(3): 119-124.
não entre os grupos de bacias (Tabela 9.4). As demais variáveis não mostram comportamento uniforme
Groeneveld, J.; Alvesc, L.F.; Bernacci, L.C.; Catharino, E.L.M.; Knogge, C.; Metzger, J.P.;
em relação aos testes de igualdade.
Pütza, S.; Hutha, A. 2009. The impact of fragmentation and density regulation on forest succession in
Tabela 9.4. Síntese dos estádios sucessionais das bacias de Leste e do Oeste na Floresta Estacional Decidual em Santa the Atlantic rain forest. Ecological Modelling 220: 2450-2459.
Catarina. Nsp = número de espécies; N = número de indivíduos totais amostrados; UA = Unidade Amostral; DA = densidade
absoluta; AB = área basal; Ht = altura total; DAP = diâmetro na altura do peito. Os grupos com letras diferentes diferem Guariguata, M.R.; Ostertag, R. 2001. Neotropical secondary forest succession: changes in
estatisticamente entre si, pelo teste de Tukey-Kramer (α = 0,01). structural and functional characteristics. Forest Ecology and Management 148: 185-206.
Table 9.4. Synthesis of successional stages in western (Oeste) and eastern (Leste) watersheds in Seasonal Deciduous Forest
in Santa Catarina. Nsp = species number; N = number of sampled trees; UA = Sample Plot; DA = tree density; AB = basal IBGE. 1992. Manual técnico da vegetação brasileira. Rio de Janeiro. IBGE.
area; Ht = total tree height; DAP = DBH. The areas with different characters differ at α = 0,01, by Tukey-Kramer test.
N° Nsp DA AB(m². Ht DAP Klein, R.M. 1963. Observações e considerações sobre a vegetação do Planalto Nordeste
Bacias/Estádio Nsp N
UA por UA (ind.ha-1) ha-1) (m) (cm) catarinense. Sellowia 15: 39-56.
Leste avançado 9 118 1.921 44,1 a 617,6 a 25,37 a 9,9 a, b 19,2 b
Klein, R.M. 1972. Árvores nativas da floresta subtropical do Alto Uruguai. Sellowia 24: 9-62.
Oeste avançado 21 155 3.494 43,4 a 444,4 b, c 27,25 a 11,4 a 22,9 a
Leste médio 14 123 2.669 31,6 b 530,0 a, c 16,72 b 9, 8 a, b 16,7 b Klein, R.M. 1980. Ecologia da flora e vegetação do vale do Itajaí (continuação). Sellowia 32:
Oeste médio 34 168 4.815 36,5 a 398,6 b 15,06 b 9,3 b 18,8 b 165-373.

Liebsch, D.; Marques, M.C.M.; Goldenberg, R. 2008. How long does the Atlantic Rain Forest
Pode-se afirmar que todos os remanescentes florestais estudados apresentaram alterações na
take to recover after a disturbance? Changes in species composition and ecological features during
composição florística e na sua estrutura de tamanhos ocasionada pelas ações antrópicas diretas ou
secondary succession. Biological Conservation 141: 1717-1725.
indiretas; estas afetam o componente estrutural (as árvores) e o intersticial (as espécies da flora, fauna
e microrganismos vivendo entre aquelas). Cabe destacar que Apuleia leiocarpa não se encontra entre Magurran, A.E. 2004. Measuring biological diversity. Oxford. Blackwell Publishing.
as dez espécies mais importantes destas florestas, como ainda observou Klein (1972) na metade do
século passado. Isso deve-se ao intenso processo de exploração de que foi alvo, seguida de redução Odum, E.P. 1988. Ecologia. Rio de Janeiro. Editora Guanabara.
drástica do tamanho e da conectividade dos remanescentes. Sua regeneração natural está presente em
pouquíssimos fragmentos, com apenas quatro indivíduos encontrados em duas Unidades Amostrais. SAS. 2004. JMP Statistics and Graphics Guide, Version 5, Release 5.1.2. Statistical Analysis
System, Cary. North Carolina.

Siminski A.; Fantini, A.C.; Guries, R.P.; Ruschel, A.R.; Reis, M.S. 2011. Secondary Forest
Referências Succession in the Mata Atlantica, Brazil: Floristic and Phytosociological Trends. ISRN Ecology 2011:
1-19.
Brasil. 1993. Decreto nº 750, de 10 de fevereiro de 1993. Dispõe sobre o corte, a exploração e
a supressão de vegetação primária ou nos estágios avançado e médio de regeneração da Mata Atlântica, Tabarelli, M.; Villani, J.P.; Mantovani, W. 1993. Aspectos da sucessão secundária em floresta
e dá outras providências. Diário Oficial da União de 11 de fevereiro de 1993. atlântica no Parque Estadual da Serra do Mar, SP. Revista do Instituto Florestal 5(1): 99-112.

Brasil. 2006. Lei 11.428, de 22 de dezembro de 2006. Dispõe sobre a utilização e proteção da Ter Braak, C.J.F.; Smilauer, P. 2002. CANOCO reference manual and CanoDraw for
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Chokkalingam, U.; Jong, W. 2001. Secondary forest: a working definition and typology
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CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente (Brasil). 1994. Resolução CONAMA 04/94,
de 4 de maio de 1994. Diário Oficial da União de 17 de junho de 1994, nº 114.

CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente (Brasil). 2007. Resolução CONAMA


388/2007, de 23 de fevereiro de 2007. Diário Oficial da União de 26 de fevereiro de 2007, nº 38.

224 225
Capítulo 10
Floresta Estacional Decidual

Considerações finais sobre a Floresta Estacional Decidual


em Santa Catarina1

Final considerations about Seasonal Deciduous Florests in Santa Catarina

Alexander Christian Vibrans, Lucia Sevegnani,


André Luís de Gasper

Os dados apresentados neste volume mostram que os remanescentes da Floresta Estacional


Decidual cobrem aproximadamente 1.231 km2, equivalentes a apenas 16,1% de sua extensão original
de acordo com o mapa fitogeográfico de Klein (1978). Mostram também que os remanescentes são
menores e mais fragmentados do que nas demais regiões fitoecológicas de Santa Catarina, uma vez
que 89,8% de todos os fragmentos florestais possuem área de até 50 hectares e a soma das áreas destes
pequenos fragmentos representa 52% de toda a cobertura florestal na Floresta Estacional Decidual.
A amostragem destes remanescentes realizada pelo IFFSC foi adequada para retratar o estado
atual da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina, seja do ponto de vista de sua diversidade
como de seus aspectos quantitativos e de sua estrutura. Também é possível afirmar que se dispõe de
dados representativos para a situação de cada um dos 78 fragmentos amostrados.
Ao todo, foram registradas 477 espécies vasculares. Esse conjunto representa 104 famílias e
303 gêneros. No componente arbóreo/arbustivo e regeneração natural foram amostradas 236 espécies,
sendo 207 com diâmetro na altura do peito DAP ≥ 10 cm – componente arbóreo/arbustivo e, 162 com
diâmetro na altura do peito DAP ≤ 10 cm e altura ≥ 1,50m – regeneração natural. Dessas, 56% são
comuns a ambas as sinúsias, sendo exclusivas da arbórea 74 espécies e da regeneração 29. A coleta de
material fértil no entorno e na Unidade Amostral – florístico extra - registrou 331 angiospermas, 58
pteridófitas, além de uma gimnosperma (Araucaria angustifolia). Das 389 espécies, 194 são árvores
ou arbustos, 137 ervas terrícolas, 34 epífitos e 43 lianescentes. Entre as ameaçadas de extinção foram
registradas Dicksonia sellowiana, Ocotea odorifera e Araucaria angustifolia. Este elevado número de
espécies (predominantemente florestais) corresponde a 61,8% das listadas por Stehmann et al. (2009)
para toda a Floresta Estacional Decidual do bioma Mata Atlântica no Brasil, destacando Santa Catarina
como um estado bem amostrado em relação à sua biodiversidade nesta região fitoecológica. Apesar
do grande esforço amostral empreendido pelo IFFSC, quando comparado com outros trabalhos até
então realizados, não foi possível registrar 36 espécies arbóreas citadas para a Floresta Estacional
Decidual em Santa Catarina. Desconsiderando que algumas podem não ter sido encontradas por conta
do critério de inclusão, este número mostra a fragilidade destas espécies, por ocorrerem com uma forma
de raridade ou restrição populacional que não permitiram o seu registro.
Apesar da grande riqueza geral registrada, o baixo número de espécies por fragmento é alarmante:
foram encontradas, em média, apenas 38 espécies no componente arbóreo/arbustivo (variando de 14 a
60) e 15 espécies no estrato da regeneração natural e do sub-bosque (variando de 4 a 32 espécies). As
florestas remanescentes são compostas em média por 460 árvores com DAP > 10 cm por hectare, com
diâmetro (DAP) de 19,6 cm, altura de 10,0 metros e fustes de 5,0 m de comprimento. Por hectare, a área
basal destes fragmentos soma 19,8 m².ha-1, enquanto o volume dos fustes com casca soma 84,0 m³.ha-1
e o peso seco total das árvores (incluídos as árvores mortas em pé) 140,2 Mg.ha-1, com um estoque total
de carbono de 70,1 Mg.ha-1.

1
Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Gasper, A.L. de. Considerações finais sobre a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. In: Vibrans,
A.C.; Sevegnani, L.; Gasper, A.L. de; Lingner, D.V. (eds.). 2012. Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, Vol. II, Floresta
Estacional Decidual. Blumenau. Edifurb.

229
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 10 | Considerações finais sobre a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina

A busca por agrupamentos florísticos e estruturais dos remanescentes resultou na segregação de a floresta evidencia também a falta de conjuntos de árvores permeando as pastagens e que possam
dois grupos: 1) um grupo das bacias hidrográficas dos rios Jacutinga, Irani, Chapecó, das Antas e Peperi- amenizar o calor e a radiação durante o dia e o frio e os ventos durante a noite.
Guaçu, localizadas no lado Oeste e configurando uma área núcleo da Floresta Estacional Decidual. Esta
área é caracterizada pela presença de Apuleia leiocarpa, Rauvolfia sellowii, Bastardiopsis densiflora, Somam-se a estas perturbações os fatores externos aos remanescentes que têm modificado as
Chrysophyllum gonocarpum, Cordia trichotoma, Holocalyx balansae, Myrocarpus frondosus e Pisonia condições e os recursos na borda e no interior dos fragmentos, que são: a agricultura (no entorno de
ambigua, espécies frequentes em florestas estacionais do interior meridional do Brasil; 2) o grupo das 66% dos remanescentes), a pecuária (47%), as plantações florestais, principalmente dos gêneros Pinus e
bacias do rio Canoas, Pelotas e do Peixe, localizadas mais ao Leste e em altitudes de aproximadamente Eucalyptus (32%), além de outros usos como mineração e obras de infraestrutura (rodovias e ferrovias)
600 m s.n.m., possui forte presença de espécies comumente associadas à Floresta Ombrófila Mista, como e ações impactantes (queimada, caça, desmate e conversão de uso em andamento). Enquanto isso, em
Ocotea pulchella, Zanthoxylum fagara, Lithrea brasiliensis, Matayba elaeagnoides, Cinnamodendron apenas 25% dos casos, existe na proximidade outro remanescente florestal, embora de tamanho e estado
dinisii, constituindo uma zona de ecótono com a mesma. de conservação variável. O uso intensivo de agrotóxicos e de fertilizantes na agricultura circundante
dos pequenos fragmentos florestais deve modificar ou destruir as teias de interações, comprometendo
As dez espécies com maior valor de importância foram Ocotea puberula, Nectandra os fluxos de matéria e energia nos ecossistemas naturais.
megapotamica, Luehea divaricata, Nectandra lanceolata, Cupania vernalis, Machaerium stipitatum,
Syagrus romanzoffiana, Cedrela fissilis, Parapiptadenia rigida e Casearia sylvestris. Estas espécies Estes fatores de degradação são similares aos que ocorrem na Floresta Ombrófila Mista no
são generalistas em termos de exigências de sítio, todas com caráter pioneiro ou secundário inicial, planalto de Santa Catarina (Vibrans et al. 2011), no entanto, certamente impactam a Floresta Estacional
beneficiadas pela abertura de clareiras e comuns nas bordas de florestas. Portanto, fragmentos Decidual potencializados pelo reduzido tamanho e pela maior fragmentação dos remanescentes.
com pequena área, explorados e com estradas em seu interior apresentam condições ideais para o
Entre as espécies exóticas, destaca-se Hovenia dulcis (uva-do-japão) que foi encontrada com
desenvolvimento destas espécies. São apenas estas espécies generalistas que mostram uma distribuição
337 indivíduos com DAP >10 cm em 34 das 79 Unidades Amostrais (43%), mas apenas em 4 Unidades
diamétrica regular e decrescente, enquanto as demais, principalmente as mais exigentes em termos de
Amostrais na regeneração, num total de 10 indivíduos regenerantes. A espécie compõe a fisionomia
qualidade do ambiente, mostram baixíssimas frequências e estruturas deficitárias nas classes inferiores
da vegetação e provoca aumento da área basal dos remanescentes. Ela, no entanto, é espécie invasora,
(das árvores jovens) ou das classes das árvores adultas, com diâmetros maiores. Esta constatação
contaminante biológica e tem forte interação com a fauna autóctone fornecendo néctar e pólen aos
corrobora o cenário crítico em que se encontram estas florestas.
insetos polinizadores e pseudofrutos apreciados pelos animais, o que favorece a sua dispersão. Além
Para classificar o estado de desenvolvimento dos remanescentes amostrados foi desenvolvido desta, foram encontradas apenas as espécies exóticas Persea americana (presente em duas Unidades
um processo analítico como alternativa ao uso dos critérios quantitativos da Resolução 04/1994 do Amostrais) e Morus nigra (em uma Unidade Amostral), Tipuana tipu (em uma Unidade Amostral),
CONAMA. Nenhuma floresta madura (“primária”) foi amostrada, todos os 78 fragmentos analisados além das espécies herbáceas Cirsium vulgare, Elephantopus mollis, Leonurus japonicus, Lilium regale,
encontram-se em sucessão secundária, 48 em estádio médio e 30 em estádio avançado de regeneração; Pennisetum latifolium, Torilis arvensis, entre outras.
muitas vezes, remanescentes encontram-se isoladas por extensas áreas agrícolas ou pastoris; além
A restrição do tamanho populacional de Apuleia leiocarpa, Cordia trichotoma, Parapiptadenia
disso, fatores degradadores como pastoreio, exploração seletiva ou corte raso dentro da floresta foram
rigida, Balfourodendron riedelianum e Diatenopteryx sorbifolia, entre outras, demonstra de modo
constatados frequentemente, impactando certamente muito mais profundamente do que é possível
contundente o estado degradado da vegetação e a ameaça às espécies. O corte seletivo efetuado pelos
avaliar no momento.
proprietários rurais exige, além de maior rigor na fiscalização, também e de forma urgente, políticas
Os fatores principais de degradação ambiental constatados no interior dos remanescentes no públicas de incentivo aos proprietários que ainda possuem em suas propriedades remanescentes florestais
Oeste de Santa Catarina, foram: o corte seletivo atual ou histórico de espécies arbóreas, em 60% dos biodiversos. Áreas contendo espécies ameaçadas ou características desta região fitoecológica devem
fragmentos, o pastejo pelo gado em 36%, a presença de estradas (41%), a roçada do sub-bosque (12%) ser mantidas para continuar fornecendo os serviços ecossistêmicos, bem como, servir de reserva de
e a presença de espécies exóticas, principalmente de Hovenia dulcis, em 43%. Na maior parte dos germoplasma para a realização de medidas de recuperação e restauração dos remanescentes degradados.
fragmentos ocorre a combinação de dois ou mais fatores de alteração. A sinergia dos fatores degradadores
afeta a estrutura de tamanhos dos indivíduos que compõem o fragmento, causa redução no número de
espécies e provoca abertura e até mesmo a eliminação do dossel; causa exclusão e redução das espécies
Referências
exclusivas de sub-bosque (sinúsias dos micro e nanofanerófitos - arbustos), dos caméfitos (ervas),
favorecendo lianas (cipós e trepadeiras) e espécies invasoras ou as anteriormente citadas especialistas
CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente (Brasil). 1994. Resolução CONAMA 04/94,
em áreas degradadas. A roçada do sub-bosque e o pastejo subtraem indivíduos jovens, diminuindo
de 4 de maio de 1994. Diário Oficial da União de 17 de junho de 1994, nº 114.
assim o número de sinúsias presentes no remanescente florestal. Em muitos casos constata-se ‘sucessão
secundária regressiva’, descrita por Richards (1996), isto é, um permanente processo de degradação e Klein, R.M. 1978. Mapa fitogeográfico de Santa Catarina. In: Reitz, R. Flora Ilustrada
empobrecimento da vegetação, resultante da ação constante de fatores de degradação, que impedem que Catarinense. Itajaí. Herbário Barbosa Rodrigues.
a vegetação avance e passe para estádios de sucessão mais complexos; ao invés disto, ela permanece no
seu estado degradado ou até regride para estádios cada vez mais simplificados e degradados. Richards, P.W. 1996. The tropical rain forest: an ecological study. Cambridge University
Press.
A ação do gado sobre a floresta, presente em 36,3% dos fragmentos estudados, é extremamente
danosa, sendo relatada como um fator de alto impacto por Sampaio e Guarino (2007) na bacia do rio Sampaio, M.B.; Guarino, E.S.G. 2007. Efeitos do pastoreio de bovinos na estrutura populacional
Pelotas, em Santa Catarina. No Oeste, assim como no Planalto Catarinense, é hábito dos pecuaristas de planta em fragmento de Floresta Ombrófila Mista. Revista Árvore 31(6): 1035-1046.
ampliarem as áreas de pastagens através da roçada do sub-bosque das florestas, as quais, no inverno,
servem como abrigo para o gado, denominado popularmente de ‘invernada’. A busca de abrigo sob

230 231
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina

Stehmann, J.R.; Forzza, R.C.; Salino, A.; Sobral, M.; Costa, D.P.; Kamino, L.H.Y. 2009. Plantas
da Floresta Atlântica. Rio de Janeiro. Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Uhlmann, A.; Schorn, L.A.; Sobral, M.; Gasper, A.L. de; Lingner,
D.V.; Brogni, E.; Klemz, G.; Godoy, M.B.; Verdi, M. 2011. Structure of mixed ombrophyllous forests
with Araucaria angustifolia (Araucariaceae) under external stress in Southern Brazil. Revista de
Biologia Tropical 59(3): 1371-1387.

232
Apêndice I : Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual
Apêndice I
Floresta Estacional Decidual
Nome científico/ Família A R H Bacia

Dryopteridaceae
Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual Ctenitis falciculata (Raddi) Ching x 2/3

Apêndice I. Lista das espécies coletadas no Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, na Floresta Estacional Ctenitis pedicellata (H.Christ.) Copel. x 2/3
Decidual. A = coletada no componente arbóreo/arbustivo; B = coletada na regeneração natural; H = coletada no componente
florístico. Bacias hidrográficas: 1 = rio Canoas; 2 = rio Chapecó; 3 = rio das Antas; 4 = rio do Peixe; 5 = rio Irani; 6 = rio Ctenitis submarginalis (Langsd. & Fisch.) Ching x 2/3/5/6/8
Jacutinga; 7 = rio Pelotas; 8 = rio Peperi-Guaçu.
Apendix I. List of species collected on Floristic and Forest Inventory of Santa Catarina State on Seasonal Deciduous Didymochlaena truncatula (Sw.) J.Sm. x 2/3/4/5/6/8
Forest. A = collected on tree/shrub component; R = collected on natural regeneration; H = collected on floristic component.
Watershed s: 1 = rio Canoas; 2 = rio Chapecó; 3 = rio das Antas; 4 = rio do Peixe; 5 = rio Irani; 6 = rio Jacutinga; 7 = rio Lastreopsis effusa (Sw.) Tindale x 1/2//4/6
Pelotas; 8 = rio Peperi-Guaçu.
Megalastrum connexum (Kaulf.) A.R.Sm. & R.C.Moran x 1/2/3/4/6
Nome científico/ Família A R H Bacia
Megalastrum oreocharis (Sehnem) Salino & Ponce x 1/2/3/4/6
Anemiaceae  
Hymenophyllaceae
Anemia phyllitidis (L.) Sw. x 1/4
Vandenboschia radicans (Sw.) Copel. x 6
Anemia raddiana Link x 5/8
Lomariopsidaceae
Anemia tomentosa (Savigny) Sw. x 4/5
Nephrolepis pectinata (Willd.) Schott x 1/2/3/4/5/6/8
Aspleniaceae
Ophioglossaceae
Asplenium brasiliense Sw. x 3
Botrychium virginianum (L.) Sw. x 2
Asplenium claussenii Hieron. x 3
Polypodiaceae
Asplenium gastonis Fée x 3/5/6/8
Campyloneurum acrocarpon Fée x 2
Asplenium inaequilaterale Willd. x 3/4/6
Campyloneurum minus Fée x 2
Blechnaceae
Campyloneurum nitidum (Kaulf.) C.Presl x 2
Blechnum australe (Cav.) de la Sota subsp. auriculatum x 3/4/5
Campyloneurum rigidum Sm. x 2//4/6
Blechnum austrobrasilianum de la Sota x 3/4/5/6
Microgramma squamulosa (Kaulf.) de la Sota x 1/2/3/4/6/7/8
Blechnum binervatum (Poir.) C.V.Morton & Lellinger subsp. acutum x 2
Niphidium crassifolium (L.) Lellinger x 1/2/3/4/5/6/7/8
Blechnum brasiliense Desv. x 2
Pecluma robusta (Fée) M.Kessler & A.R.Sm. x 1/4/6
Blechnum occidentale L. x 2
Pecluma sicca (Lindm.) M.G.Price x 1/4/5/6
Cyatheaceae
Pecluma singeri (de la Sota) M.G.Price x 1/5/6
Alsophila setosa Kaulf. x x 5
Pleopeltis hirsutissima (Raddi) de la Sota x 4/6
Cyathea corcovadensis (Raddi) Domin x 2/3/4
Pleopeltis minima (Bory) J.Prado & R.Y.Hirai x 4/6
Dennstaedtiaceae
Pleopeltis pleopeltifolia (Raddi) Alston x 5/6
Dennstaedtia dissecta (Sw.) T.Moore x 2/3/4
Pteridaceae
Dennstaedtia globulifera (Poir.) Hieron. x 2/3/4/6
Adiantopsis chlorophylla (Sw.) Fée x 4
Dicksoniaceae
Adiantopsis perfasciculata Sehnem x 4
Dicksonia sellowiana Hook. x x 2/3/4/6/8
Adiantum pseudotinctum Hieron. x 4

236 237
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice I : Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual

Apêndice
Nome I : Lista
científico/ Família Florística geral da Floresta Estacional
A R H Decidual
Bacia Nome científico/ Família A R H Bacia

Adiantum raddianum C.Presl x 4 Chamissoa acuminata Mart. x 1/


Apêndice
Anogramma II: Estimativas
chaerophylla (Desv.) Link das variáveis dendrométricas por
x espécie e 3 Chamissoa altissima (Jacq.) Kunth x 2/3/6/8

Doryopteris collina (Raddi) J.Sm.


por hectare x 2/3/8 Iresine diffusa Humb. & Bonpl. ex Willd. x 2/3/6/8

Doryopteris concolor (Langsd. & Fisch.) Kuhn x 2/5/6 Amaryllidaceae


Apêndice III: Variáveis fitossociológicas das espécies da Floresta
Doryopteris majestosa Yesilyurt x
Esta-
2/6 Hippeastrum reticulatum Herb. x 3
cional Decidual
Doryopteris pentagona Pic.Serm. x 2/6/8 Anacardiaceae

Hemionitis tomentosa (Lam.) Raddi. x 8 Lithrea brasiliensis Marchand x x 1/4/7


Apêndice IV: Distribuição diamétrica por espécie da Floresta Estacio-
Pteris deflexa Link x 6 Schinus lentiscifolius Marchand x 4
nal Decidual
Pteris denticulata Sw. var. denticulata x 6 Schinus terebinthifolius Raddi x x x 1/2/3/4/5/6/7

Pteris lechleri Mett. x 6 Annonaceae


Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta
Pteris splendens Kaulf. x 6 Annona emarginata (Schltdl.) H.Rainer x x x 1/2/3/4/5/6/7/8
Estacional Decidual
Thelypteridaceae Annona sylvatica A.St.-Hil. x x x 1/2/3/4/5/6/7/8

Thelypteris hispidula (Decne.) C.F.Reed x 6 Apiaceae

Thelypteris scabra (C.Presl) Lellinger x 6 Daucus pusillus Michx. x 4

Woodsiaceae Apocynaceae

Diplazium cristatum (Desr.) Alston x 2/3/4/58 Asclepias curassavica L. x 2/3/4/5/6

Diplazium herbaceum Fée x 2/3/6 Aspidosperma australe Müll.Arg. x x x 1/2/3/4/5/6/7/8

Araucariaceae Fischeria stellata (Vell.) E.Fourn. x 3

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze x x x 2/4/6/7 Oxypetalum pannosum Decne. x 1/6

Acanthaceae Rauvolfia sellowii Müll.Arg. x x x 2/3/5/6

Justicia brasiliana Roth x x 1/2/3/4/5/6/8 Schubertia sp. x 8

Justicia carnea Lindl. x 2/4 Tabernaemontana catharinensis A.DC. x x 2/4/5/8

Ruellia angustiflora (Nees) Lindau ex Rambo x 3 Aquifoliaceae

Achatocarpaceae Ilex brevicuspis Reissek x x 1/2/3/6

Achatocarpus praecox Griseb. x x x 3/8 Ilex microdonta Reissek x x 2/3/5/6

Adoxaceae Ilex paraguariensis A.St.-Hil. x x x 2/3/4/6

Sambucus australis Cham. & Schltdl. x x 2/3/5/6/8 Ilex theezans Mart. ex Reissek x x 1/2

Alstroemeriaceae Araceae

Bomarea edulis (Tussac.) Herb. x 3/4/6 Philodendron bipinnatifidum Schott x 3

Amaranthaceae Spathicarpa hastifolia Hook. x 6

Alternanthera micrantha R.E.Fr. x 3/8 Araliaceae

238 239
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice I : Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual

Nome científico/ Família A R H Bacia Nome científico/ Família A R H Bacia

Aralia warmingiana (Marchal) J.Wen x x 3 Pterocaulon alopecuroides (Lam.) DC. x 2/6

Hydrocotyle quinqueloba Ruiz & Pav. x 3 Pterocaulon polystachyum DC. x 6

Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire et al. x x x 2/3/4/5/8 Raulinoreitzia crenulata (Spreng.) R.M.King & H.Rob. x 1

Arecaceae Senecio brasiliensis (Spreng.) Less. x 4

Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman x x 1/2/3/4/5/6/8 Smallanthus connatus (Spreng.) H.Rob. x 1

Trithrinax brasiliensis Mart. x 4 Solidago chilensis Meyen x 1/2/3

Aristolochiaceae Trixis praestans (Vell.) Cabrera x 4

Aristolochia triangularis Cham. & Schltdl. x 4/8 Urolepis hecatantha (DC.) R.M.King & H.Rob. x 5

Asparagaceae Verbesina sordescens DC. x 1

Cordyline spectabilis Kunth & Bouché x x x 1/2/3/4/5/6 Vernonanthura chamaedrys (Less.) H.Rob. x 1

Asteraceae Vernonanthura discolor (Spreng.) H.Rob. x 5

Achyrocline satureioides (Lam.) DC. x 6 Vernonanthura montevidensis (Spreng.) H.Rob. x 1

Austroeupatorium inulifolium (Kunth) R.M.King & H.Rob. x x 1/2/4 Vernonanthura tweedieana (Baker) H.Rob. x 2/3

Baccharis anomala DC. x 1 Basellaceae

Baccharis dracunculifolia DC. x x x 1/4/6 Anredera cordifolia (Ten.) Steenis x 2/3/8

Baccharis punctulata DC. x x 4/5 Begoniaceae

Baccharis semiserrata DC. x 1 Begonia descoleana L.B.Sm. & B.G.Schub. x 4

Campuloclinium macrocephalum (Less.) DC. x 1 Bignoniaceae

Chromolaena laevigata (Lam.) R.M.King & H.Rob. x 1/4 Adenocalymma marginatum (Cham.) DC. x 2/3/8

Chromolaena odorata (L.) R.M.King & H.Rob. x 2/4 Amphilophium crucigerum (L.) L.G.Lohmann x 1/3

Chromolaena pedunculosa (Hook. & Arn.) R.M.King & H.Rob. x 3/4/5 Fridericia sp. x 2/3/5/8

Chrysolaena platensis (Spreng.) H.Rob. x 3 Handroanthus heptaphyllus (Vell.) Mattos x x 3

Dasyphyllum spinescens (Less.) Cabrera x x x 1/4/7 Jacaranda micrantha Cham. x x 3/8

Dasyphyllum tomentosum (Spreng.) Cabrera x 3/4 Jacaranda puberula Cham. x x 1/2/3/4/5/6

Erechtites hieraciifolia (L.) Raf. ex DC. x 4 Pyrostegia venusta (Ker Gawl.) Miers x 2/4

Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera x 1 Boraginaceae

Jungia floribunda Less. x 5/6/8 Cordia americana (L.) Gottschling & J.S.Mill. x x x 1/2/3/4/5/6/7/8

Kaunia rufescens (P.W.Lund ex DC.) R.M.King & H.Rob. x 2/5 Cordia ecalyculata Vell. x x x 2/3/5/6/8

Mikania micrantha Kunth x 2 Cordia trichotoma (Vell.) Arráb. ex Steud. x x x 1/2/3/4/5/6/8

Neocabreria malachophylla (Klatt) R.M.King & H.Rob. x x 4 Heliotropium transalpinum Vell. x 3/4/6/8

Piptocarpha angustifolia Dusén x x 1/4/5 Tournefortia paniculata Cham. x 2/4/6

240 241
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice I : Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual

Nome científico/ Família A R H Bacia Nome científico/ Família A R H Bacia

Varronia polycephala Lam. x x 2/5 Clethra scabra Pers. x x x 1/4

Bromeliaceae Combretaceae

Aechmea calyculata (E.Morren) Baker x 1 Combretum fruticosum (Loefl.) Stuntz x 1/2/3

Aechmea recurvata (Klotzsch) L.B.Sm. x 3 Commelinaceae

Tillandsia tenuifolia L. x 6 Commelina villosa C.B.Clarke ex Chodat & Hassl. x 6

Cactaceae Dichorisandra hexandra (Aubl.) Kuntze ex Hand.-Mazz x 2/3/4/5/6/8

Cereus sp. x 1 Tradescantia fluminensis Vell. x 3

Lepismium warmingianum (K.Schum.) Barthlott x 4 Tripogandra diuretica (Mart.) Handlos x 2

Pereskia aculeata Mill. x 2/3/6/8 Convolvulaceae

Rhipsalis baccifera (J.S.Muell.) Stearn x 4 Ipomoea indivisa (Vell.) Hallier f. x 3

Campanulaceae Ipomoea quamoclit L. x 3

Lobelia exaltata Pohl x 5 Cucurbitaceae

Lobelia hassleri Zahlbr. x 4/6 Melothria pendula L. x 2

Siphocampylus verticillatus G.Don x 5 Cunoniaceae

Cannabaceae Lamanonia ternata Vell. x 1/4

Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg. x x x 1/2/3/4/5/6/8 Cyperaceae

Trema micrantha (L.) Blume x x x 1/2/3/4/5/6/8 Carex sellowiana Schltdl. x 4

Cannaceae Cyperus andreanus Maury x 4

Canna indica L. x 3/6 Cyperus burkartii Guagl. x 6

Cannelaceae Cyperus hermaphroditus (Jacq.) Standl. x 2/6

Cinnamodendron dinisii Schwacke x x 1/6/7 Cyperus incomtus Kunth x 1/4/6/7/8

Cardiopteridaceae Dioscoreaceae

Citronella paniculata (Mart.) R.A.Howard x x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Dioscorea multiflora Mart. ex Griseb. 3

Caricaceae Dioscorea piperifolia Humb. & Bonpl. ex Willd. x 4

Jacaratia spinosa (Aubl.) A.DC. x x 3/8 Ebenaceae

Vasconcellea quercifolia A.St.-Hil. x x 1/2/3/4/5/6/8 Diospyros inconstans Jacq. x 3

Celastraceae Elaeocarpaceae

Maytenus aquifolia Mart. x x 1/4/5/6 Sloanea hirsuta (Schott) Planch. ex Benth. x 1/2

Pristimera celastroides (Kunth) A.C.Sm. x 4 Erythroxylaceae

Schaefferia argentinensis Speg. x x 2 Erythroxylum deciduum A.St.-Hil. x x x 1/2/3/4/6/8

Clethraceae Erythroxylum myrsinites Mart. x 4

242 243
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice I : Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual

Nome científico/ Família A R H Bacia Nome científico/ Família A R H Bacia

Euphorbiaceae Inga subnuda Salzm. ex Benth. x x 1/2/6/8

Acalypha gracilis Spreng. x x 2/3/4/5/6/8 Inga vera Wild. x x x 1/2/3/4/5/6/8

Actinostemon concolor (Spreng.) Müll.Arg. x x x 1/2/3/4/5/6/8 Inga virescens Benth. x 1/2/4/6/7

Alchornea sidifolia Müll.Arg. x 2/3 Leptolobium elegans Vogel x 2

Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll.Arg. x 2/4/8 Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth. x x x 1/2/3/4/5/6/8

Bernardia pulchella (Baill.) Müll.Arg. x x 3/5/6 Lonchocarpus cultratus (Vell.) A.M.G.Azevedo & H.C.Lima x x x 4/6/7/8

Croton sp. x 2 Lonchocarpus muehlbergianus Hassl. x x x 2/3/4

Euphorbia heterophylla L. x 3/5/6 Lonchocarpus nitidus (Vogel) Benth. x x 3/4/6

Manihot grahamii Hook. x x x 1/2/4/5/6/8 Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld x 8

Sapium glandulosum (L.) Morong x x x 1/2/3/4/5/6/8 Machaerium nyctitans (Vell.) Benth. x 6

Sebastiania brasiliensis Spreng. x x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Machaerium paraguariense Hassl. x x 1/2/3/4/5/6/8

Sebastiania commersoniana (Baill.) L.B.Sm. & Downs x x x 1/2/3/4/6/7/8 Machaerium stipitatum (DC.) Vogel x x x 1/2/3/4/5/6/7/8

Tetrorchidium rubrivenium Poepp. x 2/6 Mimosa scabrella Benth. x x x 1/4/6

Tragia volubilis L. x 6 Myrocarpus frondosus Allemão x x x 1/2/3/4/5/6/8

Fabaceae Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan x x x 1/2/3/4/5/6/7/8

Albizia edwallii (Hoehne) Barneby & J.W.Grimes x x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. x x 2/3/8

Albizia niopoides (Spruce ex Benth.) Burkart x x 1/2/3/4/8 Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr. x 2

Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F.Macbr. x x 1/2/3/4/5/6/8 Senegalia nitidifolia (Speg.) Seigler & Ebinger x 4/8

Ateleia glazioveana Baill. x x 1/2/4/5/8 Senegalia recurva (Benth.) Seigler & Ebinger x x x 1/3/4/6

Bauhinia forficata Link x x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Senegalia tenuifolia (L.) Britton & Rose x 5

Calliandra brevipes Benth. x 6 Senegalia tucumanensis (Griseb.) Seigler & Ebinger x x 2/5/8

Calliandra foliolosa Benth. x x 2/3/4/5/6/8 Senegalia velutina (DC.) Seigler & Ebinger x 6

Dahlstedtia pinnata (Benth.) Malme x x 1/3/4/5/6/8 Senna occidentalis (L.) Link x 3

Dalbergia frutescens (Vell.) Britton x x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Vicia sp. x 4

Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong x x 2/3/4/5/8 Vigna sp. x 1/8

Erythrina crista-galli L. x 4/6 Hypericaceae

Erythrina falcata Benth. x x x 1/3/4/5/6/8 Hypericum connatum Lam x 6

Gleditsia amorphoides (Griseb.) Taub. x 2/3 Lamiaceae

Holocalyx balansae Micheli x x 2/3/8 Aegiphila brachiata Vell. x x 1/4/5

Inga edulis Mart. x 1/2/3/4/5/6/8 Ocimum carnosum (Spreng.) Link & Otto ex Benth. x 1/4/5/8

Inga marginata Willd. x x x 2/3/4/5/6/8 Rhabdocaulon strictum (Benth.) Epling x 1

244 245
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice I : Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual

Nome científico/ Família A R H Bacia Nome científico/ Família A R H Bacia

Salvia sp. x 8 Pavonia communis A.St.-Hil. x 7

Vitex megapotamica (Spreng.) Moldenke x x x 1/2/3/4/5/6/8 Pavonia sepium A.St.-Hil. x 1/2/5/8

Lauraceae Sida rhombifolia L. x 2/4/5/6/8

Cinnamomum amoenum (Nees & Mart.) Kosterm. x x 1/8 Maranthaceae

Cryptocarya aschersoniana Mez x x x 4/5/6 Ctenanthe muelleri Petersen x 6

Cryptocarya mandioccana Meisn. x 6 Melastomataceae

Endlicheria paniculata (Spreng.) J.F.Macbr. x x 2/5 Leandra australis (Cham.) Cogn. x 6

Nectandra grandiflora Nees x 6 Leandra regnellii (Triana) Cogn. x 4/6

Nectandra lanceolata Nees x x x 1/2/3/4/5/6/8 Leandra xanthocoma (Naudin) Cogn. x 4

Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez x x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Miconia cinerascens Miq. x x x 2/6

Nectandra membranacea (Sw.) Griseb. x x 4 Miconia pusilliflora (DC.) Naudin x 3

Ocotea diospyrifolia (Meisn.) Mez x x x 1/2/3/4/5/6/8 Meliaceae

Ocotea laxa (Nees) Mez x x 4 Cabralea canjerana (Vell.) Mart. x x x 1/2/3/4/5/6/8

Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer x x 2/4/5/6 Cedrela fissilis Vell. x x x 1/2/3/4/5/6/8

Ocotea puberula (Rich.) Nees x x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Guarea macrophylla Vahl x x x 2/3/5/6/8

Ocotea pulchella (Nees & Mart.) Mez x x x 2/3/4/6/7 Trichilia catigua A.Juss. x x x 2/3/8

Loganiaceae Trichilia claussenii C.DC. x x x 1/2/3/4/5/6/8

Strychnos brasiliensis (Spreng.) Mart. x x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Trichilia elegans A.Juss. x x x 1/2/3/4/5/6/8

Malpighiaceae Monimiaceae

Bunchosia maritima (Vell.) J.F.Macbr. x x 1 Hennecartia omphalandra J.Poiss. x x x 2/3/4/5/6

Dicella nucifera Chodat x 3 Moraceae

Heteropterys intermedia (A.Juss.) Griseb. x 2/3 Ficus adhatodifolia Schott x 4/6

Malvaceae Ficus gomelleira Kunth x 4

Abutilon umbelliflorum A.St.-Hil. x 4 Ficus luschnathiana (Miq.) Miq. x x x 2/3/4/5/6

Bastardiopsis densiflora (Hook. & Arn.) Hassl. x x 3 Maclura tinctoria (L.) D.Don ex Steud. x x 2/3/5/8

Byttneria australis A.St.-Hil. x 3/6 Sorocea bonplandii (Baill.) W.C.Burger et al. x x 2/3/4/5/6/8

Ceiba speciosa (A.St.-Hil.) Ravenna x x 2/3/8 Myrtaceae

Heliocarpus popayanensis Kunth x x 8 Acca sellowiana (O.Berg) Burret x 4

Hibiscus sp. x 3 Blepharocalyx salicifolius (Kunth) O.Berg x 4/5

Luehea divaricata Mart. & Zucc. x x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Calyptranthes grandifolia O.Berg x x 4

Malvastrum coromandelianum Garcke x 5 Calyptranthes tricona D.Legrand x x x 2/3/4/5/6/8

246 247
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice I : Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual

Nome científico/ Família A R H Bacia Nome científico/ Família A R H Bacia

Campomanesia guaviroba (DC.) Kiaersk. x 6 Pisonia ambigua Heimerl x x 4/3/5/6/8

Campomanesia guazumifolia (Cambess.) O.Berg x x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Oleaceae

Campomanesia xanthocarpa (Mart.) O.Berg x x x 1/2/3/4/5/6/8 Chionanthus trichotomus (Vell.) P.S.Green x 3

Eugenia burkartiana (D.Legrand) D.Legrand x x x 3/8 Onagraceae

Eugenia gracillima Kiaersk. x x 2/6 Oenothera sp. x 4

Eugenia hiemalis Cambess. x 8 Opiliaceae

Eugenia involucrata DC. x x 2/3/4/6/8 Agonandra excelsa Griseb. x x 1/3

Eugenia pyriformis Cambess. x x x 1/2/3/5/6 Orchidaceae

Eugenia ramboi D.Legrand x x x 2/3/4/5 Alatiglossum longipes (Lindl.) Baptista x 6

Eugenia rostrifolia D.Legrand x x 2/3/4/5 Baptistonia riograndensis (Cogn.) Chiron & V.P.Castro x 5

Eugenia subterminalis DC. x 6 Corymborkis flava (Sw.) Kuntze x 2/6

Eugenia uniflora L. x x 1/2/3/4/5/6/8 Galeandra beyrichii Rchb.f. x 1

Eugenia uruguayensis Cambess. x 5 Gomesa recurva R.Br. x 2/3

Eugenia verticillata (Vell.) Angely x x x 4/5/6 Govenia urticulata (Sw.) Lindl. x 1/3/4

Myrceugenia myrcioides (Cambess.) O.Berg x x 4/6 Grandiphyllum divaricatum (Lindl.) Docha Neto x 1/6

Myrcia guianensis (Aubl.) DC. x 1 Mesadenella cuspidata (Lindl.) Garay x 1/3

Myrcia hebepetala DC. x 2/5/6 Oxalidaceae

Myrcia oblongata DC. x x x 1/7 Oxalis cytisoides Mart. ex Zucc. x 4

Myrcia palustris DC. x x 1 Passifloraceae

Myrcia pubipetala Miq. x x 2/4 Passiflora amethystina J.C.Mikan x 1

Myrcia selloi (Spreng.) N.Silveira x 1 Passiflora caerulea L. x 3

Myrcia splendens (Sw.) DC. x 4 Passiflora capsularis L. x 4

Myrcianthes gigantea (D.Legrand) D.Legrand x 1 Phytolaccaceae

Myrcianthes pungens (O.Berg) D.Legrand x x 1/2/3/5/6 Phytolacca americana L. x 2/5/6

Myrciaria floribunda (H.West ex Willd.) O.Berg x x x 4/6 Phytolacca dioica L. x x 1/2/3/4/5/6/7/8

Myrrhinium atropurpureum Schott x 7 Seguieria aculeata Jacq. x x x 1/2/3/4/5/6/8

Plinia rivularis (Cambess.) Rotman x x x 3 Seguieria americana L. x 5

Plinia trunciflora (O.Berg) Kausel x x 1/3 Seguieria langsdorffii Moq. x 4

Psidium australe Cambess. x 1 Picramniaceae

Siphoneugena reitzii D.Legrand x 6 Picramnia parvifolia Engl. x x 1/4/6

Nyctaginaceae Piperaceae

248 249
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice I : Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual

Nome científico/ Família A R H Bacia Nome científico/ Família A R H Bacia

Peperomia blanda (Jacq.) Kunth x 2/3/8 Sporobolus pseudairoides Parodi x 6

Peperomia corcovadensis Gardner. x 1/4/5/6 Polygonaceae

Peperomia delicatula Henschen x 6 Coccoloba argentinensis Speg. x x 2

Peperomia pereskiifolia (Jacq.) Kunth x 1 Polygonum punctatum Elliott x 4

Peperomia tetraphylla (G.Forst.) Hook. & Arn. x 2 Ruprechtia laxiflora Meisn. x x x 1/2/3/4/5/6/8

Peperomia trineura Miq. x 5 Primulaceae

Peperomia trineuroides Dahlst. x 6 Myrsine balansae (Mez) Arechav. x x 3/4

Peperomia urocarpa Fisch. & C.A.Mey. x 1/2/6/8 Myrsine coriacea (Sw.) R.Br. ex Roem. & Schult. x x x 1/3/4/5/6/7/8

Piper aduncum L. x x 2/3/4/5/6/8 Myrsine guianensis (Aubl.) Kuntze x x x 4

Piper amalago L. x x 2/3/8 Myrsine loefgrenii (Mez) Imkhan. x x 2/4

Piper caldense C.DC. x 3 Myrsine parvula (Mez) Otegui x 1

Piper gaudichaudianum Kunth x 3/4/8 Myrsine umbellata Mart. x x x 1/2/3/4/5/6

Piper hispidum Sw. x 2/3/6 Proteaceae

Piper macedoi Yunck. x 4 Roupala montana Aubl. x x 1/2/3/6

Piper mikanianum (Kunth) Steud. x 4/6 Quillajaceae

Plantaginaceae Quillaja brasiliensis (A.St.-Hil. & Tul.) Mart. x 1

Plantago sp. x 6 Rosaceae

Stemodia verticillata (Mill.) Hassl. x 8 Prunus myrtifolia (L.) Urb. x x x 1/2/3/4/5/6/7/8

Poaceae Rubus brasiliensis Mart. x 4/5/6/7

Andropogon bicornis L. x 6 Rubiaceae

Eustachys distichophylla (Lag.) Nees x 4/8 Cordiera concolor (Cham.) Kuntze x 6

Lasiacis divaricata (L.) Hitch. x 3/4/8 Coussarea contracta (Walp.) Müll.Arg. x x x 2/3/4/5/6

Melica macra Ness x 4 Coutarea hexandra (Jacq.) K.Schum. x x x 1/3/4/5/6

Merostachys skvortzovii Send. x 4 Galium sp. x 4

Olyra humilis Nees x 4 Manettia luteo-rubra (Vell.) Benth. x 2

Oplismenus hirtellus (L.) P.Beauv. x 3 Manettia paraguariensis Chodat x 3

Pharus latifolius L. x 3 Mitracarpus sp. x 6

Pseudechinolaena polystachya (Kunth) Stapf x 1/6 Palicourea australis C.M.Taylor x 1/4

Schizachyrium microstachyum (Desv. ex Ham.) Roseng. x 4 Psychotria carthagenensis Jacq. x x 2/3/4/8

Setaria parviflora (Poir.) Kerguélen x 4 Psychotria leiocarpa Cham. & Schltdl. x x 2/4/6

Setaria vulpiseta (Lam.) Roem. & Schult. x 3/4/5/8 Psychotria myriantha Müll.Arg. x 2/3/8

250 251
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice I : Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual

Nome científico/ Família A R H Bacia Nome científico/ Família A R H Bacia

Psychotria suterella Müll.Arg. x 2/5/6 Sapotaceae

Randia ferox (Cham. & Schltdl.) DC. x x x 1/2/3/4/5/6 Chrysophyllum gonocarpum (Mart. & Eichler ex Miq.) Engl. x x x 1/2/3/4/5/6/8

Rudgea parquioides (Cham.) Müll.Arg. x 1/2/6 Chrysophyllum inornatum Mart. x x 6

Rutaceae Chrysophyllum marginatum (Hook. & Arn.) Radlk. x x x 1/2/3/4/5/6/8

Balfourodendron riedelianum (Engl.) Engl. x x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Simaroubaceae

Esenbeckia grandiflora Mart. x x x 2/4 Picrasma crenata (Vell.) Engl. x x x 1/2/3/4/5/6/7

Helietta apiculata Benth. x x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Solanaceae

Pilocarpus pennatifolius Lem. x x x 1/2/3/4/5/6/8 Aureliana sp. x x 2/4

Zanthoxylum fagara (L.) Sarg. x x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Capsicum flexuosum Sendtn. x 1/4

Zanthoxylum petiolare A.St.-Hil. & Tul. x x x 1/2/3/4/5/6 Cestrum intermedium Sendtn. x x 1/3/4/5/6/8

Zanthoxylum rhoifolium Lam. x x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Cestrum strigilatum Ruiz & Pav. x x 2/3/6/8

Salicaceae Nicotiana alata Link & Otto x 4

Banara tomentosa Clos x x x 1/2/3/4/5/6/8 Sessea regnellii Taub. x x 2/4/5/6

Casearia decandra Jacq. x x x 1/2/3/4/5/6/8 Solanum americanum Mill. x 4

Casearia obliqua Spreng. x 1/2/4/7 Solanum bullatum Vell. x x 4/5/6

Casearia sylvestris Sw. x x x 1/2/3/4/5/6/8 Solanum compressum L.B.Sm. & Downs x 4

Xylosma pseudosalzmannii Sleumer x 2/3/4/6/8 Solanum corymbiflorum (Sendtn.) Bohs x 1/4

Sapindaceae Solanum diploconos (Mart.) Bohs x 8

Allophylus edulis (A.St.-Hil. et al.) Hieron. ex Niederl. x x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Solanum fusiforme L.B.Sm. & Downs x 2

Allophylus guaraniticus (A.St.-Hil.) Radlk. x x x 1/2/3/4/6/7/8 Solanum guaraniticum A.St.-Hil. x 4

Allophylus petiolulatus Radlk. x 6 Solanum hirtellum (Spreng.) Hassl. x 8

Allophylus puberulus (Cambess.) Radlk x x x 1/2/4/5/6 Solanum mauritianum Scop. x x x 1/2/3/4/5/6/7/8

Cardiospermum halicacabum L. x 3 Solanum pabstii L.B.Sm. & Downs x 4

Cupania vernalis Cambess. x x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Solanum pseudocapsicum L. x 4

Diatenopteryx sorbifolia Radlk. x x 1/2/3/4/5/6/8 Solanum pseudoquina A.St.-Hil. x 1/4

Matayba elaeagnoides Radlk. x x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Solanum sanctaecatharinae Dunal x x x 1/3/4/5/6/8

Matayba intermedia Radlk. x 4/5 Solanum sisymbriifolium Lam. x 6

Paullinia meliifolia Juss. x 3 Solanum trachytrichium Bitter x 6

Serjania sp. x 7 Solanum vaillantii Dunal x 4

Thinouia sp. xxxxx Solanum variabile Mart. x x 1/4/7

Urvillea sp. x 4 Vassobia breviflora (Sendtn.) Hunz. x 5/6

252 253
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice I : Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual

Nome científico/ Família A R H Bacia

Styracaceae

Styrax leprosus Hook. & Arn. x x x 1/2/3/4/5/6/7/8

Symplocaceae

Symplocos tetrandra Mart. x 5

Symplocos uniflora (Pohl) Benth. x 7

Talinaceae

Talinum paniculatum (Jacq.) Gaertn. x 2/4/5/6

Thymelaeaceae

Daphnopsis racemosa Griseb. x 1

Urticaceae

Boehmeria caudata Sw. x x 2/3/5/6/8

Coussapoa microcarpa (Schott) Rizzini x 6

Pilea pubescens Liebm. x 3

Urera baccifera (L.) Gaudich. ex Wedd. x x x 2/3/4/5/6/8

Valerianaceae

Valeriana scandens L. x 6

Verbenaceae

Aloysia virgata (Ruiz & Pav.) Juss. x x x 2/3/5/8

Citharexylum solanaceum Cham. x 7

Lantana camara L. x x 4/7

Lippia brasiliensis (Link) T.R.S.Silva x 5

Lippia lippioides (Cham.) Rusby x 1/6

Verbena bonariensis L. x 3/4

Verbena litoralis Kunth x 3

Violaceae

Hybanthus bigibbosus (A.St.-Hil.) Hassl. x x x 2/3/4/5/6/8

Vitaceae

Cissus sulcicaulis (Baker) Planch. x 5

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E.Jarvis x 3/6

Vivianiaceae

Caesarea albiflora Cambess. x 1

254 255
Apêndice II
Floresta Estacional Decidual

Estimativas das variáveis dendrométricas


por espécie e por hectare

257
Apêndice II. Estimativas das variáveis dendrométricas para as 230 espécies na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Valores médios com intervalo de confiança (95%).
ind.ha-1 = número de indivíduos por hectare; CV = coeficiente de variação; DAP = diâmetro à altura do peito; Hf = altura do fuste; Ht = altura total; AB = área basal total; Vf c/c =
volume total do fuste com casca; PS = peso seco total; C = estoque de carbono total; PI = população insuficiente.
Apendix II. Estimates of dendrometric variables of 230 tree species in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. Mean values with 95% confidence interval. ind.ha-1 = number
of trees per hectare; CV = coefficient of variation; DAP = DBH; Hf = stem height; Ht = total tree height; AB = total basal area; Vf c/c  = stem volume with bark; PS = total dry weight;
C = total carbon stock e; PI = insufficient population size.

Variáveis dendrométricas
Espécie
-1
ind.ha CV (%) DAP (cm) CV (%) Hf (m) CV (%) Ht (m) CV (%) AB (m².ha-1) CV (%) Vf c/c (m³.ha-1) CV (%) PS (Mg.ha-1) CV (%) C (Mg.ha-1) CV (%)

Achatocarpus praecox 0,31 ± 0,28 411,0 17,37 ± 6,29 29,2 3,42 ± 3,19 37,5 7,59 ± 2,81 29,8 0,02 ± 0,02 467,7 0,03 ± 0,04 532,7 0,12 ± 0,13 475,7 0,06 ± 0,07 475,7

Actinostemon concolor 2,23 ± 1,17 232,9 12,13 ± 0,91 16,1 2,41 ± 0,82 40,7 7,48 ± 0,94 26,9 0,03 ± 0,02 254,1 0,03 ± 0,03 398,8 0,14 ± 0,08 268,3 0,07 ± 0,04 268,3

Aegiphila brachiata PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Agonandra excelsa 0,45 ± 0,71 705,6 14,25 ± 2,09 5,9 3,14 ± 1,98 25,3 7,62 ± 3,12 16,5 < 0,01 653,8 0,02 ± 0,03 585,6 0,05 ± 0,07 654,2 0,02 ± 0,03 654,2

Albizia edwallii 3,52 ± 1,4 177,2 16,88 ± 1,86 31,6 4,57 ± 0,58 33,2 9,77 ± 0,72 21,2 0,09 ± 0,04 178,0 0,36 ± 0,14 177,0 0,5 ± 0,21 188,7 0,25 ± 0,11 188,7

Albizia niopoides 0,62 ± 0,43 312,1 17,69 ± 6,31 42,7 5,36 ± 2,26 45,7 10,4 ± 2,35 27,1 0,02 ± 0,02 449,9 0,11 ± 0,14 547,7 0,12 ± 0,14 511,8 0,06 ± 0,07 511,8

Alchornea sidifolia 0,17 ± 0,22 589,2 20,81 ± 17,18 33,2 2,57 ± 1,23 19,2 10,92 ± 8,2 30,2 0,01 ± 0,02 654,6 0,05 ± 0,07 672,7 0,08 ± 0,13 688,7 0,04 ± 0,06 688,7

Alchornea triplinervia 0,23 ± 0,28 544,5 19,99 ± 15,13 30,5 3 ± 2,48 33,3 8,42 ± 5,64 27,0 0,01 ± 0,02 615,2 0,05 ± 0,07 608,1 0,08 ± 0,11 628,1 0,04 ± 0,05 628,1

258
Allophylus edulis 6,84 ± 2,16 140,2 15,95 ± 1,42 30,2 3,99 ± 0,47 34,2 8,77 ± 0,77 30,0 0,18 ± 0,07 179,2 0,54 ± 0,24 194,2 1,04 ± 0,46 197,5 0,52 ± 0,23 197,5

Allophylus guaraniticus PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Allophylus petiolulatus PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Allophylus puberulus 1,74 ± 1,5 381,5 13,97 ± 1,65 18,6 4,51 ± 2,26 40,3 7,77 ± 1,83 37,0 0,03 ± 0,03 403,4 0,05 ± 0,06 519,0 0,16 ± 0,15 409,7 0,08 ± 0,07 409,7

Aloysia virgata 5,23 ± 3,94 334,1 14,75 ± 1,81 23,0 2,76 ± 0,65 35,3 6,18 ± 0,86 26,2 0,08 ± 0,05 304,6 0,11 ± 0,1 399,9 0,37 ± 0,25 298,2 0,19 ± 0,13 298,2

Alsophila setosa 0,06 ± 0,09 620,4 13,05 ± 12,13 10,3 3,1 ± 11,44 41,1 4 ± 6,35 17,7 < 0,01 627,1 < 0,01 623,0 < 0,01 630,1 < 0,01 630,1
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina

Annona emarginata 1,06 ± 0,61 255,4 12,83 ± 1,03 14,5 4,3 ± 1,84 51,1 7,93 ± 1,77 40,3 0,01 ± 0,01 258,3 0,03 ± 0,02 343,0 0,07 ± 0,04 258,5 0,04 ± 0,02 258,5

Annona sp. 0,16 ± 0,16 442,1 17,97 ± 11,41 39,9 PI PI 8,5 ± 2,34 17,3 < 0,01 573,7 0,01 ± 0,02 883,2 0,03 ± 0,05 606,9 0,02 ± 0,02 606,9

Annona sylvatica 5,75 ± 2,41 185,5 16,45 ± 1,6 30,4 4,05 ± 0,56 39,7 8,47 ± 0,76 27,9 0,13 ± 0,05 178,6 0,42 ± 0,23 243,3 0,71 ± 0,31 192,3 0,36 ± 0,15 192,3

Apuleia leiocarpa 2,98 ± 1,23 183,7 29,87 ± 7,41 70,0 5,96 ± 1,09 49,9 12,85 ± 2,4 52,7 0,31 ± 0,17 239,4 1,65 ± 0,93 248,5 2,66 ± 1,59 264,8 1,33 ± 0,79 264,8

Aralia warmingiana PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Araucaria angustifolia 0,29 ± 0,41 618,3 58,46 ± 47,56 32,7 14,33 ± 7,99 22,4 16,61 ± 8,41 20,4 0,06 ± 0,07 524,7 0,58 ± 0,7 541,8 0,52 ± 0,62 532,2 0,26 ± 0,31 532,2

Aspidosperma australe 4,03 ± 1,63 179,8 17,81 ± 2,2 36,0 5,6 ± 1,26 58,1 11,1 ± 1,58 41,3 0,12 ± 0,05 178,5 0,62 ± 0,31 222,0 0,73 ± 0,31 190,3 0,37 ± 0,16 190,3

Aspidosperma sp. PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Variáveis dendrométricas
Espécie
ind.ha-1 CV (%) DAP (cm) CV (%) Hf (m) CV (%) Ht (m) CV (%) AB (m².ha-1) CV (%) Vf c/c (m³.ha-1) CV (%) PS (Mg.ha-1) CV (%) C (Mg.ha-1) CV (%)

Asteraceae PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Ateleia glazioveana 5,2 ± 7,82 667,8 19,24 ± 6,02 33,8 5,32 ± 0,76 11,5 10,16 ± 3,14 33,4 0,17 ± 0,21 542,8 0,82 ± 1,18 640,9 1,03 ± 1,24 534,0 0,52 ± 0,62 534,0

Baccharis dracunculifolia PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Baccharis semiserrata PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Baccharis sp. PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Balfourodendron riedelianum 5,6 ± 1,73 136,8 18,14 ± 1,55 29,0 5,32 ± 0,57 35,1 11,09 ± 0,89 27,3 0,18 ± 0,06 145,3 0,91 ± 0,34 167,3 1,13 ± 0,4 157,5 0,56 ± 0,2 157,5

Banara tomentosa 1,41 ± 0,78 246,4 19,56 ± 2,88 35,7 4,25 ± 0,82 37,5 9,63 ± 1,17 29,4 0,05 ± 0,02 226,7 0,15 ± 0,09 264,6 0,27 ± 0,14 230,6 0,14 ± 0,07 230,6

Bastardiopsis densiflora 1,32 ± 2,22 745,2 23,31 ± 27,36 13,1 5,56 ± 5,57 11,1 9,78 ± 1,69 1,9 0,08 ± 0,13 732,3 0,42 ± 0,68 726,6 0,52 ± 0,84 718,1 0,26 ± 0,42 718,1

Bauhinia forficata 1,07 ± 0,45 185,8 12,58 ± 1,2 22,1 4,3 ± 1,82 59,1 9,09 ± 1,43 36,4 0,01 ± 0,01 211,7 0,02 ± 0,02 295,2 0,07 ± 0,04 221,7 0,04 ± 0,02 221,7

Blepharocalyx salicifolius 0,06 ± 0,09 620,5 29,92 ± 169,87 63,2 PI PI 13,5 ± 19,06 15,7 < 0,01 775,1 0,03 ± 0,05 883,2 0,04 ± 0,07 805,1 0,02 ± 0,04 805,1

Bunchosia maritima PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Cabralea canjerana 6,12 ± 2,29 166,4 20,93 ± 2,34 36,4 4,87 ± 0,56 34,6 10,26 ± 0,89 28,3 0,3 ± 0,16 232,7 1,16 ± 0,55 209,6 2,25 ± 1,39 274,9 1,13 ± 0,7 274,9

Calliandra foliolosa 0,8 ± 0,65 361,0 18,92 ± 11,06 76,1 4,3 ± 2,22 41,6 9,64 ± 3,5 47,3 0,03 ± 0,02 400,4 0,08 ± 0,1 531,6 0,17 ± 0,17 442,8 0,09 ± 0,09 442,8
259

Calyptranthes grandifolia PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Calyptranthes tricona 0,66 ± 0,6 398,5 18,22 ± 7,35 43,6 2,48 ± 0,89 22,4 7,31 ± 2,24 33,1 0,02 ± 0,02 415,8 0,03 ± 0,04 548,7 0,13 ± 0,13 426,9 0,07 ± 0,06 426,9

Campomanesia guaviroba PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Campomanesia guazumifolia 0,94 ± 0,53 248,9 16,36 ± 2,98 34,2 4,56 ± 1,36 44,3 9,23 ± 1,14 23,2 0,02 ± 0,01 261,1 0,1 ± 0,07 323,8 0,13 ± 0,08 274,9 0,06 ± 0,04 274,9

Campomanesia xanthocarpa 2,96 ± 1,27 190,9 18,35 ± 2,61 40,8 4,72 ± 0,73 40,5 10,14 ± 1,01 28,5 0,12 ± 0,06 241,8 0,5 ± 0,33 290,7 0,73 ± 0,42 254,5 0,37 ± 0,21 254,5

Casearia decandra 1,33 ± 0,57 189,3 15,66 ± 1,7 25,1 4,35 ± 0,64 28,6 9,59 ± 1,02 24,6 0,03 ± 0,01 212,9 0,12 ± 0,06 242,5 0,15 ± 0,08 222,2 0,08 ± 0,04 222,2

Casearia obliqua 0,54 ± 0,49 397,3 15,21 ± 4,58 32,6 5,75 ± 2,79 39,1 9,31 ± 3,37 39,1 0,01 ± 0,01 465,1 0,04 ± 0,04 465,8 0,06 ± 0,07 474,7 0,03 ± 0,03 474,7

Casearia sylvestris 11,28 ± 6,42 252,6 15,57 ± 1,05 24,3 3,45 ± 0,38 32,6 8,45 ± 0,6 25,3 0,26 ± 0,15 252,1 0,84 ± 0,66 350,3 1,46 ± 0,83 251,3 0,73 ± 0,41 251,3

Cedrela fissilis 10,86 ± 3,05 124,5 21,8 ± 2,28 40,5 5,19 ± 0,55 39,8 11,55 ± 0,93 31,2 0,45 ± 0,13 133,2 2,24 ± 0,76 151,6 2,98 ± 1,03 153,0 1,49 ± 0,51 153,0
Apêndice II: Estimativas das variáveis dendrométricas por espécie e por hectare

Ceiba speciosa 0,41 ± 0,4 441,2 29,92 ± 19,38 61,7 6,05 ± 2,22 29,6 11,86 ± 4,23 34,0 0,04 ± 0,05 565,8 0,2 ± 0,25 573,7 0,36 ± 0,49 615,1 0,18 ± 0,25 615,1

Celtis iguanaea 1,33 ± 0,67 222,0 13,28 ± 0,88 14,1 3,52 ± 1,44 49,1 7,11 ± 1,17 35,1 0,03 ± 0,01 246,7 0,03 ± 0,02 356,1 0,13 ± 0,08 259,5 0,07 ± 0,04 259,5

Cereus sp. PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Cestrum intermedium 0,24 ± 0,2 366,5 11,83 ± 0,98 7,9 3,83 ± 1,9 19,9 9,83 ± 2,77 26,8 < 0,01 380,2 < 0,01 504,7 0,01 ± 0,01 384,5 < 0,01 384,5

Chionanthus trichotomus PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Chrysophyllum gonocarpum 5,65 ± 1,58 124,0 19,04 ± 1,55 27,4 4,21 ± 0,56 40,7 9,01 ± 0,74 27,6 0,21 ± 0,07 147,8 0,6 ± 0,26 189,5 1,34 ± 0,48 157,9 0,67 ± 0,24 157,9
Variáveis dendrométricas
Espécie
ind.ha-1 CV (%) DAP (cm) CV (%) Hf (m) CV (%) Ht (m) CV (%) AB (m².ha-1) CV (%) Vf c/c (m³.ha-1) CV (%) PS (Mg.ha-1) CV (%) C (Mg.ha-1) CV (%)

Chrysophyllum inornatum PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Chrysophyllum marginatum 6,21 ± 1,98 141,5 23,95 ± 3,03 40,0 5,16 ± 0,65 37,0 11,1 ± 1,01 28,7 0,38 ± 0,15 172,2 1,48 ± 0,64 190,8 2,86 ± 1,35 208,5 1,43 ± 0,67 208,5

Cinnamodendron dinisii 1,07 ± 1,45 602,9 16,92 ± 9,78 23,3 4,47 ± 5,36 48,3 12,3 ± 5,82 19,1 0,03 ± 0,05 613,2 0,19 ± 0,26 616,6 0,21 ± 0,28 614,8 0,1 ± 0,14 614,8

Cinnamomum amoenum 0,06 ± 0,09 620,4 16,79 ± 63,7 42,2 PI 0,0 9,75 ± 28,59 32,6 < 0,01 779,8 < 0,01 723,6 0,02 ± 0,03 800,5 < 0,01 800,5

Citronella paniculata 0,93 ± 0,53 253,6 16,35 ± 3,89 47,9 4,13 ± 1,08 41,4 8,24 ± 1,32 32,2 0,03 ± 0,02 302,0 0,07 ± 0,05 311,5 0,15 ± 0,1 314,3 0,07 ± 0,05 314,3

Citrus reticulata PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Citrus x lemon 0,11 ± 0,13 510,7 11,67 ± 4 13,8 < 0,01 0,0 4 ± 4,3 43,3 < 0,01 586,2 < 0,01 0,0 0,01 ± 0,01 598,1 < 0,01 598,1

Clethra scabra 0,45 ± 0,71 699,8 20,54 ± 7,64 23,4 5,63 ± 4,38 48,9 12,66 ± 3,3 16,4 0,01 ± 0,02 598,6 0,05 ± 0,05 467,4 0,08 ± 0,1 567,9 0,04 ± 0,05 567,9

Coccoloba argentinensis 0,07 ± 0,09 620,6 13,61 ± 5,06 4,1 3,5 ± 6,35 20,2 8,25 ± 22,24 30,0 < 0,01 650,1 < 0,01 635,0 < 0,01 648,8 < 0,01 648,8

Cordia americana 3,95 ± 1,43 159,9 28,5 ± 5,55 60,1 4,77 ± 0,87 48,6 10,77 ± 1,2 34,3 0,39 ± 0,16 182,8 1,72 ± 0,96 247,0 3,29 ± 1,49 200,3 1,65 ± 0,74 200,3

Cordia ecalyculata 0,92 ± 0,56 269,4 17,29 ± 2,53 25,4 3,36 ± 0,71 31,6 8,05 ± 1,49 32,0 0,03 ± 0,02 301,2 0,1 ± 0,08 341,4 0,17 ± 0,12 310,4 0,09 ± 0,06 310,4

Cordia trichotoma 2,7 ± 1,07 175,8 18,46 ± 2,41 38,0 6,82 ± 0,92 36,3 12,02 ± 1,29 31,1 0,09 ± 0,04 198,6 0,53 ± 0,25 212,8 0,54 ± 0,27 226,4 0,27 ± 0,14 226,4

Cordiera concolor PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

260
Cordyline spectabilis 1,1 ± 0,68 275,2 12,45 ± 0,73 10,6 2,63 ± 0,96 35,0 5,68 ± 1,12 35,8 0,02 ± 0,01 307,7 0,03 ± 0,04 572,3 0,07 ± 0,05 315,1 0,04 ± 0,03 315,1

Coussapoa microcarpa PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Coussarea contracta 0,67 ± 0,71 474,3 12,98 ± 0,7 6,5 3,7 ± 1,36 29,6 9,19 ± 1,67 21,7 < 0,01 490,9 0,03 ± 0,03 497,0 0,05 ± 0,05 496,6 0,02 ± 0,03 496,6

Coutarea hexandra 0,26 ± 0,21 360,1 24,68 ± 12,65 48,8 4,63 ± 3,64 49,4 8,42 ± 3,55 40,2 0,01 ± 0,01 462,5 0,06 ± 0,08 580,9 0,1 ± 0,11 492,1 0,05 ± 0,05 492,1

Cryptocarya aschersoniana 1,23 ± 1,12 403,8 30,71 ± 11,46 58,7 5,21 ± 1,39 37,2 14,62 ± 2,45 26,3 0,11 ± 0,08 299,7 0,48 ± 0,35 321,6 0,89 ± 0,63 314,5 0,44 ± 0,31 314,5
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina

Cryptocarya mandioccana PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Cupania vernalis 20,03 ± 6,29 139,2 15,65 ± 1,02 26,1 4,13 ± 0,4 35,8 9,57 ± 0,64 26,9 0,45 ± 0,13 126,1 1,75 ± 0,64 161,3 2,49 ± 0,71 126,9 1,24 ± 0,36 126,9

Cyathea corcovadensis 2,03 ± 3,32 723,1 11,2 ± 1,06 5,9 4,2 ± 2,63 25,2 5,6 ± 3,03 34,0 0,02 ± 0,03 719,4 0,12 ± 0,19 742,3 0,09 ± 0,14 718,5 0,04 ± 0,07 718,5

Cyathea sp. PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Dalbergia frutescens 1,33 ± 0,84 277,6 13,86 ± 1,62 21,9 3,54 ± 0,67 33,0 8,9 ± 1,42 29,9 0,02 ± 0,02 305,7 0,05 ± 0,03 241,8 0,11 ± 0,08 306,6 0,06 ± 0,04 306,6

Dasyphyllum spinescens 0,16 ± 0,26 726,1 14,56 ± 13,14 10,0 2,4 ± 7,62 35,4 7,3 ± 29,22 44,6 < 0,01 696,2 < 0,01 668,3 0,01 ± 0,02 690,2 < 0,01 690,2

Dasyphyllum tomentosum 0,32 ± 0,52 726,1 22,35 ± 55,81 27,8 3,7 ± 2,54 7,6 11,23 ± 22,45 22,2 0,02 ± 0,03 719,3 0,07 ± 0,12 718,6 0,11 ± 0,17 710,0 0,05 ± 0,09 710,0

Diatenopteryx sorbifolia 4 ± 1,67 185,3 31,13 ± 7,04 63,8 5,11 ± 0,83 41,8 12,47 ± 1,83 41,4 0,31 ± 0,14 202,5 1,47 ± 0,78 235,7 2,47 ± 1,28 229,9 1,24 ± 0,64 229,9

Variáveis dendrométricas
Espécie
ind.ha-1 CV (%) DAP (cm) CV (%) Hf (m) CV (%) Ht (m) CV (%) AB (m².ha-1) CV (%) Vf c/c (m³.ha-1) CV (%) PS (Mg.ha-1) CV (%) C (Mg.ha-1) CV (%)

Dicksonia sellowiana 0,13 ± 0,15 534,9 21,01 ± 7,79 14,9 2 ± 6,35 35,4 2,75 ± 1,86 27,3 < 0,01 505,8 < 0,01 622,0 0,02 ± 0,03 504,7 0,01 ± 0,01 504,7

Diospyros inconstans PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Endlicheria paniculata PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Enterolobium contortisiliquum 0,35 ± 0,28 356,4 28,1 ± 12,4 47,7 6,33 ± 2,7 46,1 11,07 ± 3,27 32,0 0,04 ± 0,05 574,4 0,26 ± 0,36 629,5 0,29 ± 0,4 622,5 0,14 ± 0,2 622,5

Erythrina crista-galli 0,1 ± 0,15 662,0 68,04 ± 332,66 54,4 12,25 ± 3,18 2,9 22,5 ± 19,06 9,4 0,03 ± 0,05 667,5 0,27 ± 0,39 656,3 0,32 ± 0,5 700,3 0,16 ± 0,25 700,3

Erythrina falcata 1,09 ± 0,78 316,8 29,91 ± 8,67 52,4 6,04 ± 1,91 52,3 12,94 ± 3,47 48,4 0,14 ± 0,11 331,2 0,87 ± 0,81 410,4 1,12 ± 0,91 360,5 0,56 ± 0,46 360,5

Erythroxylum deciduum 0,61 ± 0,45 324,4 20,39 ± 9,33 59,5 4,56 ± 1,32 27,6 10,81 ± 3,94 47,5 0,02 ± 0,02 365,6 0,09 ± 0,09 429,7 0,14 ± 0,13 405,4 0,07 ± 0,07 405,4

Esenbeckia grandiflora PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Eugenia brasiliensis PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Eugenia burkartiana PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Eugenia gracillima 0,19 ± 0,27 620,4 19,2 ± 20,32 42,6 PI 0,0 8,04 ± 4,48 22,4 0,01 ± 0,02 813,0 0,06 ± 0,11 851,1 0,1 ± 0,2 838,6 0,05 ± 0,1 838,6

Eugenia involucrata 0,16 ± 0,14 384,7 25,18 ± 20,62 66,0 5,75 ± 3,53 38,6 12 ± 3,93 26,4 0,01 ± 0,01 537,9 0,06 ± 0,08 566,0 0,08 ± 0,11 569,2 0,04 ± 0,05 569,2
261

Eugenia pyriformis 0,21 ± 0,16 350,9 18,25 ± 11,72 61,2 5,08 ± 3,22 60,4 11,5 ± 4,44 36,8 < 0,01 538,6 0,05 ± 0,06 594,4 0,05 ± 0,06 595,1 0,02 ± 0,03 595,1

Eugenia ramboi 0,19 ± 0,18 407,0 19,15 ± 9,13 38,4 5,9 ± 0,68 9,3 11,4 ± 3,89 27,5 < 0,01 448,3 0,03 ± 0,03 422,6 0,03 ± 0,04 475,5 0,02 ± 0,02 475,5

Eugenia rostrifolia 2,03 ± 2,28 496,6 26,82 ± 7,9 38,3 5,5 ± 1,08 23,4 11,82 ± 1,64 18,0 0,16 ± 0,22 590,2 0,82 ± 1,08 584,4 1,23 ± 1,69 610,4 0,62 ± 0,85 610,4

Eugenia subterminalis PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Eugenia uniflora 1,67 ± 1,04 275,6 24,15 ± 4,56 35,4 5,09 ± 1,4 40,9 10,77 ± 1,68 29,2 0,1 ± 0,07 314,7 0,27 ± 0,21 347,0 0,73 ± 0,54 328,3 0,37 ± 0,27 328,3

Eugenia uruguayensis PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Eugenia verticillata 0,4 ± 0,67 746,1 11,75 ± 13,75 13,0 < 0,01 0,0 8,55 ± 18,42 24,0 < 0,01 782,5 < 0,01 0,0 0,02 ± 0,04 790,2 0,01 ± 0,02 790,2

Fabaceae 0,16 ± 0,26 725,8 60,04 ± 212,84 39,5 10,25 ± 47,65 51,7 25,75 ± 54 23,3 0,07 ± 0,12 821,0 0,38 ± 0,67 785,5 0,65 ± 1,21 833,5 0,32 ± 0,61 833,5

Ficus adhatodifolia 0,29 ± 0,34 517,4 20,38 ± 9,47 37,4 4,33 ± 2,48 36,0 9,7 ± 4,29 35,6 0,01 ± 0,01 457,7 0,04 ± 0,04 499,8 0,06 ± 0,06 453,7 0,03 ± 0,03 453,7

Ficus gomelleira PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI
Apêndice II: Estimativas das variáveis dendrométricas por espécie e por hectare

Ficus luschnathiana 1,52 ± 0,93 271,0 27,83 ± 13,29 110,4 4,44 ± 1,07 45,4 10,1 ± 1,7 39,0 0,16 ± 0,15 407,8 0,64 ± 0,86 593,5 1,57 ± 1,93 545,4 0,78 ± 0,96 545,4

Ficus sp. PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Gleditsia amorphoides 0,07 ± 0,09 620,7 33,74 ± 16,18 5,3 5,5 ± 19,06 38,6 12,5 ± 57,18 50,9 < 0,01 621,2 0,03 ± 0,04 625,0 0,04 ± 0,06 621,7 0,02 ± 0,03 621,7

Guarea macrophylla 0,27 ± 0,41 682,7 13,48 ± 5,39 4,5 PI PI 6,25 ± 13,77 24,5 < 0,01 656,3 < 0,01 883,2 0,02 ± 0,03 659,3 0,01 ± 0,02 659,3
Variáveis dendrométricas
Espécie
ind.ha-1 CV (%) DAP (cm) CV (%) Hf (m) CV (%) Ht (m) CV (%) AB (m².ha-1) CV (%) Vf c/c (m³.ha-1) CV (%) PS (Mg.ha-1) CV (%) C (Mg.ha-1) CV (%)

Handroanthus heptaphyllus PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Helietta apiculata 6,92 ± 5,85 374,8 19,71 ± 2,57 26,2 5,5 ± 0,84 27,4 11,54 ± 1,11 19,4 0,23 ± 0,17 332,4 1,03 ± 0,81 347,2 1,3 ± 0,93 316,6 0,65 ± 0,46 316,6

Heliocarpus popayanensis PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Hennecartia omphalandra 0,25 ± 0,24 430,4 12,05 ± 0,95 6,3 PI 0,0 7,13 ± 3,84 43,4 < 0,01 457,3 < 0,01 697,2 0,01 ± 0,01 464,0 < 0,01 464,0

Holocalyx balansae 1,87 ± 0,98 231,2 30,9 ± 6,73 39,3 5,95 ± 1,44 39,9 11,99 ± 1,65 24,9 0,19 ± 0,12 277,3 1,05 ± 0,71 300,0 1,54 ± 1 289,7 0,77 ± 0,5 289,7

Hovenia dulcis 12,27 ± 8,96 323,8 18,52 ± 1,72 26,6 7,13 ± 1,08 43,4 12,57 ± 1,31 29,8 0,37 ± 0,26 314,8 2,33 ± 1,79 340,7 2,19 ± 1,61 325,9 1,09 ± 0,8 325,9

Hybanthus bigibbosus PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Ilex brevicuspis 0,59 ± 0,55 412,0 19,77 ± 7,86 47,5 5,57 ± 1,69 36,3 11,69 ± 2,43 24,8 0,02 ± 0,02 382,4 0,1 ± 0,09 379,3 0,12 ± 0,1 396,4 0,06 ± 0,05 396,4

Ilex microdonta 0,26 ± 0,3 511,3 18,36 ± 11,86 40,6 5,04 ± 3,79 47,2 11,81 ± 6,6 35,1 0,01 ± 0,01 535,3 0,05 ± 0,05 491,3 0,07 ± 0,09 593,8 0,03 ± 0,05 593,8

Ilex paraguariensis 1,14 ± 1,08 420,3 15,04 ± 3,84 30,6 4,56 ± 1,6 33,5 9,04 ± 3,2 42,4 0,03 ± 0,03 475,8 0,05 ± 0,05 519,1 0,17 ± 0,19 489,0 0,08 ± 0,09 489,0

Ilex theezans 0,16 ± 0,23 633,0 13,4 ± 10,45 8,7 4,25 ± 9,53 25,0 9,75 ± 15,88 18,1 < 0,01 652,0 0,01 ± 0,02 665,6 0,01 ± 0,02 657,0 < 0,01 657,0

Inga edulis 0,29 ± 0,46 699,4 13,71 ± 5,8 17,0 6,42 ± 20,12 34,9 11,48 ± 3,73 13,1 < 0,01 789,5 0,04 ± 0,07 810,0 0,04 ± 0,07 800,8 0,02 ± 0,03 800,8

Inga marginata 2,44 ± 1,36 247,3 13,53 ± 1,59 25,8 3,74 ± 0,76 35,0 7,61 ± 1,06 30,5 0,05 ± 0,03 301,9 0,12 ± 0,09 337,7 0,24 ± 0,16 303,3 0,12 ± 0,08 303,3

262
Inga sp. 0,17 ± 0,17 454,5 18,86 ± 11,79 39,3 4,25 ± 15,88 41,6 9,5 ± 4,21 27,9 < 0,01 524,5 < 0,01 658,8 0,03 ± 0,04 561,4 0,01 ± 0,02 561,4

Inga subnuda 0,3 ± 0,28 412,1 16,02 ± 2,23 11,2 4,58 ± 3,19 43,8 8,8 ± 3,77 34,5 < 0,01 429,2 0,03 ± 0,04 535,9 0,04 ± 0,03 434,6 0,02 ± 0,02 434,6

Inga vera subsp. affinis 2,3 ± 1,21 232,7 15,43 ± 2,54 39,0 4,23 ± 0,74 36,5 9,86 ± 1,28 30,7 0,06 ± 0,03 242,4 0,22 ± 0,14 282,3 0,3 ± 0,17 242,3 0,15 ± 0,08 242,3

Inga vera 0,63 ± 0,58 406,4 16,53 ± 5,82 33,6 4,38 ± 2,12 46,2 9,33 ± 3,4 34,7 0,01 ± 0,01 420,6 0,07 ± 0,08 496,2 0,08 ± 0,08 445,7 0,04 ± 0,04 445,7

Inga virescens 0,61 ± 0,35 255,0 14,99 ± 3,25 34,2 6,28 ± 2,5 51,8 9,46 ± 2,38 39,6 0,01 ± 0,01 321,0 0,08 ± 0,08 428,5 0,08 ± 0,07 354,7 0,04 ± 0,03 354,7
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina

Jacaranda micrantha PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Jacaranda puberula 0,51 ± 0,45 386,8 21,83 ± 7,75 42,4 5,72 ± 2,8 46,7 10,73 ± 1,81 20,2 0,03 ± 0,02 405,7 0,14 ± 0,14 442,1 0,17 ± 0,16 437,5 0,08 ± 0,08 437,5

Jacaratia spinosa 0,13 ± 0,15 512,4 43,71 ± 35,77 32,9 7,33 ± 7,59 41,7 11,33 ± 11,74 41,7 0,02 ± 0,03 584,4 0,13 ± 0,19 626,0 0,17 ± 0,23 611,9 0,08 ± 0,12 611,9

Lamanonia ternata 0,26 ± 0,37 640,0 21,42 ± 42,51 22,1 4,5 ± 13,98 34,6 12,11 ± 1,41 1,3 0,02 ± 0,02 620,4 0,06 ± 0,09 694,3 0,11 ± 0,15 621,3 0,05 ± 0,07 621,3

Leptolobium elegans PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Lithrea brasiliensis 2,25 ± 2,09 410,2 18,07 ± 2,87 22,2 3,33 ± 1,06 41,4 7,48 ± 2,21 41,3 0,09 ± 0,08 404,1 0,29 ± 0,33 509,8 0,54 ± 0,51 412,0 0,27 ± 0,25 412,0

Lonchocarpus campestris 6,36 ± 2,08 144,8 18,93 ± 2,46 46,3 4,84 ± 0,69 44,8 10,88 ± 1,08 35,2 0,25 ± 0,09 157,0 1,06 ± 0,47 195,3 1,64 ± 0,61 165,4 0,82 ± 0,31 165,4

Lonchocarpus cultratus 0,64 ± 0,6 420,0 15,61 ± 7,04 43,0 3,63 ± 1,97 34,1 8,96 ± 3,96 42,2 0,01 ± 0,02 528,0 0,04 ± 0,05 574,3 0,09 ± 0,11 584,8 0,04 ± 0,06 584,8

Variáveis dendrométricas
Espécie
ind.ha-1 CV (%) DAP (cm) CV (%) Hf (m) CV (%) Ht (m) CV (%) AB (m².ha-1) CV (%) Vf c/c (m³.ha-1) CV (%) PS (Mg.ha-1) CV (%) C (Mg.ha-1) CV (%)

Lonchocarpus muehlbergianus 0,19 ± 0,28 654,9 14,32 ± 15,17 11,8 4,18 ± 0,95 2,5 10,41 ± 20,17 21,6 < 0,01 633,0 0,02 ± 0,03 627,9 0,02 ± 0,03 641,1 0,01 ± 0,02 641,1

Lonchocarpus nitidus 0,29 ± 0,45 691,0 12,16 ± 5,79 19,2 PI PI 10,24 ± 11,47 45,1 < 0,01 770,0 < 0,01 883,2 0,02 ± 0,04 785,1 0,01 ± 0,02 785,1

Luehea divaricata 27,63 ± 6,91 110,9 23,96 ± 4,29 74,0 4,01 ± 0,39 38,6 10,27 ± 0,92 37,1 1,55 ± 0,37 107,2 5,85 ± 1,93 146,2 11,05 ± 3,16 126,6 5,53 ± 1,58 126,6

Machaerium hirtum PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Machaerium nyctitans PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Machaerium paraguariense 6,36 ± 2,9 202,0 21,08 ± 3,42 52,8 4,95 ± 0,74 45,4 11,17 ± 1,33 38,6 0,21 ± 0,08 169,1 0,82 ± 0,35 188,5 1,29 ± 0,49 169,0 0,65 ± 0,25 169,0

Machaerium stipitatum 15,91 ± 4,23 118,0 17,42 ± 1,37 30,1 4,5 ± 0,45 36,2 9,99 ± 0,74 28,4 0,44 ± 0,13 128,0 1,65 ± 0,65 174,7 2,66 ± 0,84 139,7 1,33 ± 0,42 139,7

Maclura tinctoria 0,34 ± 0,36 471,2 19,2 ± 10,41 43,7 6 ± 2,15 14,4 9,06 ± 4,27 38,0 0,02 ± 0,02 571,6 0,09 ± 0,14 673,8 0,12 ± 0,17 602,9 0,06 ± 0,08 602,9

Manihot grahamii PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Matayba elaeagnoides 9,68 ± 5,2 238,3 18,3 ± 2,72 45,3 4,09 ± 0,51 35,6 9,54 ± 0,78 24,7 0,27 ± 0,12 190,8 0,99 ± 0,46 204,8 1,63 ± 0,69 187,8 0,82 ± 0,35 187,8

Matayba intermedia 0,74 ± 1,4 844,2 22,31 ± 129,02 64,4 3,41 ± 10,08 32,9 12,48 ± 62,5 55,7 0,01 ± 0,02 727,3 0,04 ± 0,07 680,6 0,07 ± 0,11 686,2 0,04 ± 0,05 686,2

Maytenus aquifolia 0,17 ± 0,18 452,8 11,36 ± 2,01 11,1 PI PI 6,38 ± 5,09 50,2 < 0,01 480,8 < 0,01 883,2 < 0,01 488,1 < 0,01 488,1
263

Miconia cinerascens PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Mimosa scabrella 0,13 ± 0,18 620,4 32,23 ± 57,63 19,9 5,75 ± 9,53 18,4 9,25 ± 28,59 34,4 0,01 ± 0,02 643,5 0,06 ± 0,08 654,1 0,08 ± 0,11 653,1 0,04 ± 0,06 653,1

Morus nigra PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Myrceugenia myrcioides 0,08 ± 0,11 629,0 12,73 ± 28,31 24,7 < 0,01 0,0 8,75 ± 9,53 12,1 < 0,01 631,3 < 0,01 0,0 < 0,01 640,7 < 0,01 640,7

Myrcia hebepetala 0,25 ± 0,2 362,8 16,1 ± 5,5 32,5 5,5 ± 31,77 64,3 10,17 ± 2,34 21,9 < 0,01 416,2 0,01 ± 0,02 649,9 0,03 ± 0,03 430,7 0,02 ± 0,02 430,7

Myrcia oblongata PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Myrcia pubipetala PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Myrcia splendens PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Myrcianthes gigantea PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Myrcianthes pungens 0,89 ± 0,55 276,3 24,18 ± 5,58 38,2 5,93 ± 1,17 27,6 11,55 ± 1,93 27,6 0,05 ± 0,05 405,5 0,26 ± 0,27 455,5 0,37 ± 0,38 455,8 0,19 ± 0,19 455,8
Apêndice II: Estimativas das variáveis dendrométricas por espécie e por hectare

Myrciaria floribunda 0,1 ± 0,11 503,4 23,98 ± 24,68 41,4 5 ± 12,71 28,3 13,67 ± 8,72 25,7 < 0,01 579,4 0,02 ± 0,03 621,2 0,03 ± 0,04 596,8 0,02 ± 0,02 596,8

Myrocarpus frondosus 6,68 ± 2,7 179,5 20,72 ± 2,73 45,4 5,06 ± 0,63 42,7 11,25 ± 1,18 36,1 0,3 ± 0,15 225,9 1,61 ± 0,97 266,6 2,13 ± 1,16 241,2 1,06 ± 0,58 241,2

Myrsine coriacea 1,5 ± 1,15 340,5 17,17 ± 3,43 31,4 4,88 ± 1,54 46,9 9 ± 2,29 40,1 0,03 ± 0,02 310,4 0,17 ± 0,12 317,5 0,19 ± 0,13 310,5 0,1 ± 0,07 310,5

Myrsine guianensis PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI
Variáveis dendrométricas
Espécie
ind.ha-1 CV (%) DAP (cm) CV (%) Hf (m) CV (%) Ht (m) CV (%) AB (m².ha-1) CV (%) Vf c/c (m³.ha-1) CV (%) PS (Mg.ha-1) CV (%) C (Mg.ha-1) CV (%)

Myrsine loefgrenii 0,07 ± 0,09 620,8 11,78 ± 8,09 7,6 < 0,01 0,0 7 ± 12,71 20,2 < 0,01 622,2 < 0,01 0,0 < 0,01 623,4 < 0,01 623,4

Myrsine umbellata 3,86 ± 1,9 217,8 14,77 ± 1,46 24,5 4,27 ± 0,64 32,1 8,76 ± 1,04 29,3 0,06 ± 0,03 198,3 0,17 ± 0,08 207,0 0,3 ± 0,13 196,2 0,15 ± 0,07 196,2

Myrtaceae 0,17 ± 0,15 387,4 23,36 ± 13,83 47,7 PI PI 9,9 ± 3,47 28,2 < 0,01 499,7 < 0,01 883,2 0,06 ± 0,07 541,6 0,03 ± 0,04 541,6

Nectandra grandiflora 0,07 ± 0,09 620,6 23,48 ± 43,48 20,6 < 0,01 0,0 PI 0,0 < 0,01 725,2 < 0,01 0,0 0,03 ± 0,05 740,8 0,02 ± 0,03 740,8

Nectandra lanceolata 18,92 ± 5,54 129,7 27,83 ± 3,39 46,4 5,71 ± 0,52 33,1 12,79 ± 0,79 23,4 1,33 ± 0,38 128,0 6,49 ± 2,34 160,2 9,5 ± 2,87 134,3 4,75 ± 1,44 134,3

Nectandra megapotamica 32,72 ± 5,71 77,4 23,63 ± 1,73 31,2 5,21 ± 0,36 29,1 11,75 ± 0,65 23,5 1,93 ± 0,38 87,9 8,64 ± 1,9 97,6 13,52 ± 2,93 96,2 6,76 ± 1,47 96,2

Nectandra membranacea 0,19 ± 0,32 746,2 17,91 ± 90,02 55,9 3,88 ± 11,2 32,1 8,51 ± 19,14 25,0 0,01 ± 0,03 863,6 0,07 ± 0,13 866,5 0,09 ± 0,17 869,7 0,04 ± 0,09 869,7

Ocotea diospyrifolia 2,28 ± 1,08 210,2 27,47 ± 5,23 48,1 5,45 ± 0,86 38,3 11,98 ± 1,4 29,5 0,25 ± 0,15 259,7 1,23 ± 0,73 262,7 1,99 ± 1,21 269,5 0,99 ± 0,6 269,5

Ocotea laxa PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Ocotea odorifera 0,56 ± 0,56 443,4 20,16 ± 4,06 16,2 4,14 ± 0,67 10,1 9,42 ± 3,53 30,2 0,02 ± 0,03 461,5 0,08 ± 0,09 488,0 0,16 ± 0,18 491,7 0,08 ± 0,09 491,7

Ocotea puberula 35,72 ± 11,04 137,1 23,73 ± 2,38 40,4 5,83 ± 0,47 32,4 12,29 ± 0,87 28,5 1,91 ± 0,51 118,5 10,04 ± 2,91 128,3 12,64 ± 3,34 117,3 6,32 ± 1,67 117,3

Ocotea pulchella 2,42 ± 2,02 369,1 20,94 ± 4,55 34,2 6,11 ± 2,04 49,8 10,53 ± 2,1 31,5 0,14 ± 0,12 375,2 0,76 ± 0,64 376,3 0,93 ± 0,81 386,3 0,47 ± 0,41 386,3

Parapiptadenia rigida 6,95 ± 2,87 183,2 32 ± 6,36 63,0 5,68 ± 1,1 59,8 12,87 ± 1,75 43,2 0,61 ± 0,26 192,2 3,14 ± 1,44 203,0 4,99 ± 2,32 205,8 2,5 ± 1,16 205,8

264
Peltophorum dubium 0,46 ± 0,29 277,0 39,54 ± 20,25 76,2 6,39 ± 1,73 40,4 12,15 ± 2,57 31,4 0,08 ± 0,08 452,9 0,5 ± 0,57 503,0 0,73 ± 0,89 543,9 0,36 ± 0,45 543,9

Persea americana 0,71 ± 1,01 626,1 23,04 ± 51,6 24,9 4,25 ± 15,88 41,6 12,86 ± 49,01 42,4 0,04 ± 0,07 683,6 0,08 ± 0,13 701,2 0,32 ± 0,5 697,2 0,16 ± 0,25 697,2

Persea sp. PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Phytolacca dioica 3,07 ± 1,03 149,1 30,62 ± 5,44 55,6 4,6 ± 0,7 41,5 10,37 ± 1,33 40,2 0,36 ± 0,17 212,9 1,39 ± 0,7 222,7 3,18 ± 1,87 260,9 1,59 ± 0,94 260,9

Picramnia parvifolia 0,91 ± 1,01 492,5 21,6 ± 8,28 36,5 6,19 ± 3,09 47,6 13,81 ± 4,52 31,2 0,04 ± 0,05 538,1 0,23 ± 0,28 524,7 0,28 ± 0,33 537,5 0,14 ± 0,17 537,5
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina

Picrasma crenata 1,76 ± 0,7 176,7 17,27 ± 2,29 34,1 4,62 ± 1,19 51,8 9,63 ± 1,23 32,9 0,05 ± 0,03 237,3 0,19 ± 0,17 404,4 0,33 ± 0,2 270,2 0,16 ± 0,1 270,2

Pilocarpus pennatifolius 6,82 ± 3,49 227,2 12,56 ± 0,48 9,7 3,85 ± 0,43 23,9 8,27 ± 0,56 17,1 0,1 ± 0,05 239,2 0,27 ± 0,19 304,7 0,48 ± 0,27 246,9 0,24 ± 0,13 246,9

Piptadenia gonoacantha PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Piptocarpha angustifolia 0,06 ± 0,09 620,4 25,15 ± 190,09 84,1 PI PI 13 ± 38,12 32,6 < 0,01 830,8 < 0,01 883,2 0,03 ± 0,06 852,1 0,02 ± 0,03 852,1

Pisonia ambigua 1,12 ± 0,48 188,3 17,55 ± 2,62 32,8 2,86 ± 0,79 43,5 7,64 ± 1,26 36,1 0,03 ± 0,02 222,1 0,07 ± 0,05 315,0 0,2 ± 0,11 238,8 0,1 ± 0,05 238,8

Plinia rivularis PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Plinia trunciflora 0,12 ± 0,13 507,5 20,58 ± 8,89 17,4 2,67 ± 2,87 43,3 8,67 ± 3,79 17,6 < 0,01 535,3 0,01 ± 0,02 574,1 0,02 ± 0,03 546,6 0,01 ± 0,01 546,6

Prunus myrtifolia 5,47 ± 2,04 165,1 22,54 ± 4,54 63,0 4,83 ± 0,53 31,6 10,67 ± 1,09 32,0 0,29 ± 0,13 195,8 1,32 ± 0,68 227,0 2,01 ± 0,96 213,2 1 ± 0,48 213,2

Variáveis dendrométricas
Espécie
ind.ha-1 CV (%) DAP (cm) CV (%) Hf (m) CV (%) Ht (m) CV (%) AB (m².ha-1) CV (%) Vf c/c (m³.ha-1) CV (%) PS (Mg.ha-1) CV (%) C (Mg.ha-1) CV (%)

Quillaja brasiliensis PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Randia ferox 0,79 ± 0,48 268,5 12,97 ± 1,6 22,2 4,72 ± 1,41 35,7 8,52 ± 1,36 28,8 0,01 ± 0,01 321,1 0,04 ± 0,05 470,7 0,07 ± 0,05 328,4 0,04 ± 0,03 328,4

Raulinoreitzia sp. PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Rauvolfia sellowii 1,27 ± 0,97 339,3 21,98 ± 5,16 35,0 5,46 ± 1,77 48,1 10,17 ± 1,54 22,6 0,06 ± 0,05 363,0 0,18 ± 0,12 304,9 0,4 ± 0,34 373,2 0,2 ± 0,17 373,2

Roupala montana 0,18 ± 0,16 388,7 18,08 ± 8,4 37,4 5,67 ± 3,79 27,0 11,6 ± 6,43 44,6 < 0,01 500,4 0,03 ± 0,03 591,9 0,03 ± 0,04 533,1 0,02 ± 0,02 533,1

Ruprechtia laxiflora 1,56 ± 0,8 226,9 30,83 ± 10,74 74,4 5,87 ± 0,97 32,2 11,87 ± 1,89 34,0 0,15 ± 0,12 354,8 0,79 ± 0,66 373,0 1,39 ± 1,36 434,2 0,7 ± 0,68 434,2

Sambucus australis 0,25 ± 0,21 362,9 16,31 ± 3,49 20,4 < 0,01 0,0 8,13 ± 4,09 48,0 < 0,01 380,9 < 0,01 0,0 0,03 ± 0,03 387,2 0,01 ± 0,01 387,2

Sapium glandulosum 2,89 ± 1,45 222,9 20,95 ± 3,27 44,7 6,17 ± 0,7 28,5 11,76 ± 1,04 25,3 0,12 ± 0,06 215,5 0,66 ± 0,36 240,7 0,82 ± 0,4 219,6 0,41 ± 0,2 219,6

Schaefferia argentinensis PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Schefflera morototoni 0,23 ± 0,19 366,5 26,53 ± 10,23 36,7 8,92 ± 2,78 29,8 17,33 ± 7,17 39,4 0,01 ± 0,01 410,9 0,1 ± 0,09 401,4 0,09 ± 0,09 436,0 0,04 ± 0,04 436,0

Schinus terebinthifolius 0,99 ± 0,78 349,5 12,14 ± 1,27 13,6 2,37 ± 0,52 20,8 5,23 ± 1,55 38,6 0,01 ± 0,01 364,9 0,02 ± 0,02 490,0 0,06 ± 0,05 368,4 0,03 ± 0,02 368,4

Sebastiania brasiliensis 3,58 ± 1,78 220,0 14,37 ± 1,42 22,8 3,13 ± 0,61 36,6 8,43 ± 0,98 27,0 0,07 ± 0,04 219,7 0,18 ± 0,14 342,1 0,38 ± 0,19 221,4 0,19 ± 0,09 221,4
265

Sebastiania commersoniana 3,89 ± 2,04 233,0 18,52 ± 3,15 47,2 3,96 ± 0,63 39,2 8,7 ± 1,06 33,6 0,14 ± 0,07 222,9 0,4 ± 0,23 251,1 0,89 ± 0,47 233,4 0,45 ± 0,23 233,4

Seguieria aculeata 0,49 ± 0,55 497,4 14,91 ± 3,82 20,6 3,7 ± 18,38 55,3 6,63 ± 4,09 49,7 < 0,01 512,6 0,03 ± 0,05 732,7 0,05 ± 0,06 514,2 0,03 ± 0,03 514,2

Seguieria langsdorffii PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Senegalia recurva PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Sessea regnellii 0,52 ± 0,47 405,2 19,87 ± 6,49 39,1 4,73 ± 2,96 50,4 11,73 ± 2,28 23,3 0,02 ± 0,02 433,6 0,05 ± 0,05 502,8 0,11 ± 0,11 440,9 0,05 ± 0,05 440,9

Siphoneugena reitzii PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Sloanea hirsuta 0,07 ± 0,11 626,9 38,99 ± 240,65 68,7 5,5 ± 19,06 38,6 10,5 ± 19,06 20,2 0,01 ± 0,02 812,7 0,05 ± 0,09 779,6 0,1 ± 0,2 835,4 0,05 ± 0,1 835,4

Solanum bullatum 0,77 ± 0,58 336,0 22,07 ± 12,13 71,5 5,81 ± 1,79 29,3 12,37 ± 2,27 23,9 0,04 ± 0,04 445,1 0,17 ± 0,21 566,2 0,29 ± 0,32 487,2 0,15 ± 0,16 487,2

Solanum compressum PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Solanum mauritianum 2,13 ± 1,22 253,2 15,82 ± 1,6 23,9 3,29 ± 1,07 58,9 7,87 ± 1,44 43,4 0,06 ± 0,05 340,8 0,15 ± 0,12 347,6 0,33 ± 0,27 360,6 0,17 ± 0,14 360,6
Apêndice II: Estimativas das variáveis dendrométricas por espécie e por hectare

Solanum pseudoquina 0,07 ± 0,1 622,5 25,39 ± 114,26 50,1 4 ± 12,71 35,4 12 ± 50,82 47,1 < 0,01 752,0 0,02 ± 0,03 711,4 0,03 ± 0,05 779,3 0,01 ± 0,02 779,3

Solanum sanctae-catharinae 1,48 ± 0,65 196,1 16,3 ± 1,78 25,3 3,64 ± 1,19 48,6 8,14 ± 1,26 35,7 0,04 ± 0,02 236,4 0,07 ± 0,06 378,7 0,22 ± 0,12 249,6 0,11 ± 0,06 249,6

Solanum sp. 0,1 ± 0,11 503,2 31,88 ± 48,76 61,6 8,5 ± 19,06 25,0 12,5 ± 16,8 54,1 0,01 ± 0,02 647,8 0,06 ± 0,11 773,8 0,08 ± 0,13 701,1 0,04 ± 0,06 701,1

Sorocea bonplandii 2,18 ± 1,15 233,8 12,65 ± 1,37 24,5 3,48 ± 0,83 33,6 7,68 ± 0,98 28,9 0,05 ± 0,05 439,0 0,08 ± 0,09 520,7 0,3 ± 0,34 502,7 0,15 ± 0,17 502,7
Variáveis dendrométricas
Espécie
ind.ha-1 CV (%) DAP (cm) CV (%) Hf (m) CV (%) Ht (m) CV (%) AB (m².ha-1) CV (%) Vf c/c (m³.ha-1) CV (%) PS (Mg.ha-1) CV (%) C (Mg.ha-1) CV (%)

Strychnos brasiliensis 1,69 ± 0,84 221,4 12,99 ± 1,23 21,9 3,31 ± 1,44 56,8 6,28 ± 0,74 27,2 0,03 ± 0,02 263,6 0,05 ± 0,05 450,4 0,19 ± 0,12 286,6 0,09 ± 0,06 286,6

Styrax leprosus 2,12 ± 1,22 254,8 21,73 ± 3,74 39,8 5,24 ± 1,05 41,6 10,36 ± 0,99 22,1 0,08 ± 0,04 234,1 0,39 ± 0,22 253,6 0,54 ± 0,28 233,6 0,27 ± 0,14 233,6

Syagrus romanzoffiana 13,3 ± 4,15 138,6 20,18 ± 0,82 16,2 8,26 ± 0,68 32,3 10,77 ± 0,69 25,5 0,43 ± 0,12 119,7 2,69 ± 0,71 117,7 2,55 ± 0,68 118,5 1,27 ± 0,34 118,5

Symplocos tetrandra 0,13 ± 0,2 695,2 18,89 ± 26,96 15,9 PI PI 7,17 ± 10,59 16,4 < 0,01 652,7 < 0,01 883,2 0,02 ± 0,03 646,3 < 0,01 646,3

Symplocos uniflora PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Tabernaemontana catharinensis 0,39 ± 0,59 674,1 14,62 ± 5,54 15,2 2,76 ± 3,07 12,4 6,51 ± 3,73 23,0 < 0,01 692,7 0,02 ± 0,04 777,9 0,04 ± 0,06 692,8 0,02 ± 0,03 692,8

Tetrorchidium rubrivenium 0,1 ± 0,14 654,9 26,9 ± 42,47 17,6 4,5 ± 6,35 15,7 12,25 ± 22,24 20,2 < 0,01 623,7 0,02 ± 0,03 622,2 0,03 ± 0,05 621,4 0,02 ± 0,02 621,4

Trema micrantha 1,15 ± 0,64 246,0 12,44 ± 0,78 13,4 3,37 ± 1,25 44,2 6,91 ± 1,06 32,9 0,01 ± 0,01 242,7 0,03 ± 0,02 389,6 0,07 ± 0,04 243,0 0,03 ± 0,02 243,0

Trichilia catigua 0,82 ± 0,55 297,0 14,5 ± 2,17 22,2 4,33 ± 1,52 37,9 8,72 ± 1,77 30,2 0,02 ± 0,01 362,1 0,05 ± 0,05 493,2 0,09 ± 0,09 409,4 0,05 ± 0,04 409,4

Trichilia clausseni 8,21 ± 3,63 196,3 14,87 ± 1 21,6 3,8 ± 0,48 33,0 8,26 ± 0,64 24,9 0,19 ± 0,09 212,7 0,27 ± 0,14 225,3 1,06 ± 0,53 221,2 0,53 ± 0,26 221,2

Trichilia elegans 0,26 ± 0,33 561,1 10,96 ± 1 3,7 3,67 ± 4,24 12,9 7,94 ± 1,45 7,4 < 0,01 566,2 < 0,01 689,9 0,01 ± 0,01 567,2 < 0,01 567,2

Trichilia sp. PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Urera baccifera 2,74 ± 1,26 203,9 14,37 ± 1,07 18,0 2,7 ± 1,73 51,7 5,27 ± 0,54 24,7 0,05 ± 0,03 243,9 0,01 ± 0,01 439,7 0,28 ± 0,15 246,6 0,14 ± 0,08 246,6

266
Varronia polycephala 0,11 ± 0,16 667,4 15,52 ± 23,26 16,7 4,25 ± 3,18 8,3 9 ± 12,71 15,7 < 0,01 733,5 0,01 ± 0,02 722,0 0,01 ± 0,02 752,7 < 0,01 752,7

Vasconcellea quercifolia 1,83 ± 1,44 349,4 16,54 ± 3,67 36,7 3,68 ± 0,62 23,7 7,69 ± 0,85 18,2 0,05 ± 0,04 390,6 0,12 ± 0,11 407,8 0,27 ± 0,24 394,5 0,13 ± 0,12 394,5

Vernonanthura discolor PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI PI

Vitex megapotamica 1,42 ± 0,71 222,6 25,91 ± 10,69 88,2 4,17 ± 1,05 49,0 10,55 ± 2,27 46,0 0,09 ± 0,06 317,2 0,33 ± 0,25 327,3 0,71 ± 0,61 382,0 0,36 ± 0,31 382,0

Xylosma ciliatifolia 0,17 ± 0,22 559,6 11,64 ± 4,42 15,3 4,83 ± 14,82 34,1 10,39 ± 4,94 19,1 < 0,01 544,5 < 0,01 652,1 < 0,01 544,6 < 0,01 544,6
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina

Xylosma pseudosalzmannii 0,34 ± 0,26 343,5 13,48 ± 2,78 22,3 PI PI 8,55 ± 2,61 33,1 < 0,01 404,6 < 0,01 883,2 0,03 ± 0,03 424,6 0,01 ± 0,01 424,6

Xylosma sp. 0,26 ± 0,39 676,6 18,04 ± 30,42 67,9 5,5 ± 6,35 12,9 8,56 ± 12,89 60,7 < 0,01 591,9 0,02 ± 0,03 786,6 0,03 ± 0,04 623,7 0,01 ± 0,02 623,7

Zanthoxylum fagara 1,47 ± 1,4 420,0 17,24 ± 4,83 48,5 3,73 ± 1,07 40,3 9,12 ± 2,05 38,9 0,05 ± 0,04 382,2 0,15 ± 0,18 511,2 0,28 ± 0,24 385,4 0,14 ± 0,12 385,4

Zanthoxylum petiolare 0,55 ± 0,36 287,4 22,04 ± 12,08 81,6 4,58 ± 2,48 75,6 12 ± 3,87 48,0 0,03 ± 0,03 480,0 0,17 ± 0,23 624,7 0,2 ± 0,27 581,0 0,1 ± 0,13 581,0

Zanthoxylum rhoifolium 3,34 ± 1,48 196,7 15,06 ± 1,36 24,6 4,37 ± 1,1 56,6 8,99 ± 1,08 32,6 0,06 ± 0,03 202,6 0,24 ± 0,13 236,1 0,34 ± 0,16 209,3 0,17 ± 0,08 209,3

Não identificada 6,79 ± 1,51 98,7 19,86 ± 1,76 35,2 4,95 ± 0,64 44,2 9,86 ± 0,82 33,2 0,26 ± 0,07 112,7 1,04 ± 0,36 155,8 1,74 ± 0,5 127,1 0,87 ± 0,25 127,1
Apêndice III
Floresta Estacional Decidual

Parâmetros fitossociológicos das espécies


da Floresta Estacional Decidual

269
Apêndice III. Parâmetros fitossociológicos do componente arbóreo/arbustivo e da regeneração natural da Floresta Estacional Decidual de Santa Catarina. N: número de indivíduos; DA:
densidade absoluta (ind.ha-1); DR: densidade relativa (%); FR: frequência relativa (%); DoA: dominância absoluta (m².ha-1); DoR: dominância relativa; VI: valor de importância (%); Ht: altura
total média (m).
Appendix III. Phytosociological parameters of the tree/shrub component and natural regeneration at the Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. N: number of individuals; DA: absolute
density (ind.ha-1); DR: relative density (%); FR: relative frequency (%); DoA: absolute dominance (m².ha-1); DoR: relative dominance (%); VI: importance value; Ht: mean total height (m).
Componente arbóreo/arbustivo Regeneração natural
Nome científico Nome popular
N DA DR FR DoA DoR VI Ht N DA DR FR VI Ht
Abutilon sp. - - - - - - - - 1 1,48 0,03 0,09 0,12 2,00
Acalypha gracilis tapa-buraco - - - - - - - - 7 10,36 0,21 0,34 0,55 1,60
Achatocarpus praecox cabo-de-lança 9 0,32 0,07 0,17 0,02 0,11 0,35 6,97 2 2,96 0,06 0,09 0,15 3,50
Actinostemon concolor laranjeira-do-mato 66 2,36 0,51 0,69 0,03 0,15 1,35 7,54 272 402,37 8,18 3,68 11,87 2,77
Aegiphila brachiata botim 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,00 0,04 5,00 - - - - - -
Agonandra excelsa umbu-do-mato 14 0,50 0,11 0,10 0,01 0,05 0,26 6,71 - - - - - -
Albizia edwallii pau-gambá 98 3,50 0,76 1,17 0,09 0,43 2,36 9,70 7 10,36 0,21 0,60 0,81 2,93
Albizia niopoides angico-branco 19 0,68 0,15 0,27 0,02 0,11 0,53 10,02 3 4,44 0,09 0,09 0,18 3,33
Alchornea sidifolia tanheiro 5 0,18 0,04 0,10 0,01 0,07 0,21 10,36 - - - - - -

270
Alchornea triplinervia tanheiro 7 0,25 0,05 0,10 0,01 0,07 0,22 9,21 - - - - - -
Allophylus edulis vacum 191 6,82 1,48 1,61 0,18 0,88 3,97 9,37 62 91,72 1,86 1,80 3,66 2,77
Allophylus guaraniticus vacum-mirim 2 0,07 0,02 0,03 0,00 0,00 0,05 11,00 7 10,36 0,21 0,26 0,47 2,03
Allophylus petiolulatus baga-de-morcego 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,00 0,04 7,00 - - - - - -
Allophylus puberulus chal-chal 48 1,71 0,37 0,41 0,03 0,16 0,95 8,90 20 29,59 0,60 0,43 1,03 3,72
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina

Aloysia virgata cambará 137 4,89 1,06 0,55 0,07 0,36 1,97 5,60 10 14,79 0,30 0,69 0,99 3,60
Alsophila setosa xaxim-setoso 2 0,07 0,02 0,07 0,00 0,00 0,09 4,00 - - - - - -
Annona emarginata araticum 30 1,07 0,23 0,51 0,02 0,08 0,82 7,39 12 17,75 0,36 0,51 0,88 2,81
Annona sp. 4 0,14 0,03 0,14 0,01 0,03 0,20 8,55 2 2,96 0,06 0,09 0,15 5,35
Annona sylvatica ariticum 166 5,93 1,29 1,37 0,13 0,66 3,32 8,36 34 50,30 1,02 1,37 2,39 3,54
Apuleia leiocarpa grápia 82 2,93 0,64 1,13 0,33 1,64 3,40 13,45 4 5,92 0,12 0,17 0,29 2,38
Aralia warmingiana carobão 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,00 0,04 5,00 - - - - - -
Araucaria angustifolia pinheiro-brasileiro 6 0,21 0,05 0,10 0,05 0,27 0,42 16,50 2 2,96 0,06 0,17 0,23 7,00

Componente arbóreo/arbustivo Regeneração natural


Nome científico Nome popular
N DA DR FR DoA DoR VI Ht N DA DR FR VI Ht
Aspidosperma australe peroba-branca 109 3,89 0,85 1,20 0,12 0,60 2,65 10,83 16 23,67 0,48 0,94 1,42 3,57
Aspidosperma sp. 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,01 0,06 8,00 - - - - - -
Asteraceae 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,02 0,06 9,24 11 16,27 0,33 0,09 0,42 1,75
Ateleia glazioveana timbó 153 5,46 1,19 0,24 0,18 0,92 2,34 10,48 - - - - - -
Aureliana sp. - - - - - - - - 1 1,48 0,03 0,09 0,12 1,70
Austroeupatorium inulaefolium cambará - - - - - - - - 6 8,88 0,18 0,09 0,27 1,77
Baccharis dracunculifolia vassourinha 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,00 0,04 4,00 2 2,96 0,06 0,17 0,23 2,65
Baccharis punctulata vassoura - - - - - - - - 4 5,92 0,12 0,09 0,21 2,03
Baccharis semiserrata trupichava 2 0,07 0,02 0,03 0,00 0,00 0,05 5,00 - - - - - -
Baccharis sp. 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,00 0,04 4,00 - - - - - -
Balfourodendron riedelianum guatambu 160 5,71 1,24 1,61 0,19 0,93 3,78 11,68 24 35,50 0,72 1,29 2,01 3,42
Banara tomentosa cabroré-mirim 42 1,50 0,33 0,86 0,05 0,24 1,42 8,96 30 44,38 0,90 0,51 1,42 3,87
271

Bastardiopsis densiflora louro-branco 40 1,43 0,31 0,07 0,08 0,42 0,80 9,97 - - - - - -
Bauhinia forficata pata-de-vaca 29 1,04 0,22 0,79 0,01 0,07 1,09 9,03 31 45,86 0,93 1,63 2,56 3,61
Bernardia pulchella canela-de-virá - - - - - - - - 3 4,44 0,09 0,26 0,35 2,50
Blepharocalyx salicifolius cambuí 2 0,07 0,02 0,07 0,01 0,03 0,11 13,50 - - - - - -
Boehmeria caudata assa-peixe - - - - - - - - 14 20,71 0,42 0,60 1,02 2,28
Bunchosia maritima riteira 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,00 0,04 5,00 - - - - - -
Cabralea canjerana canjerana 178 6,36 1,38 1,47 0,33 1,62 4,48 10,08 14 20,71 0,42 0,86 1,28 3,24
Calliandra foliolosa cabelo-de-anjo 22 0,79 0,17 0,31 0,03 0,13 0,61 10,20 38 56,21 1,14 0,94 2,09 3,89
Calyptranthes grandifolia guamirim-chorão 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,00 0,05 18,00 1 1,48 0,03 0,09 0,12 3,00
Calyptranthes tricona guamirim-ferro 19 0,68 0,15 0,24 0,02 0,11 0,50 7,71 4 5,92 0,12 0,34 0,46 3,00
Apêndice III: Parâmetros fitossociológicos das espécies da Floresta Estacional Decidual

Campomanesia guaviroba guabirobão 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,01 0,05 9,00 - - - - - -
Campomanesia guazumifolia sete capotes 27 0,96 0,21 0,55 0,02 0,11 0,87 9,76 12 17,75 0,36 0,60 0,96 3,64
Campomanesia xanthocarpa guabirobeira 88 3,14 0,68 1,17 0,12 0,61 2,46 10,60 15 22,19 0,45 1,03 1,48 3,36
Casearia decandra cambroé 39 1,39 0,30 0,79 0,03 0,14 1,24 10,15 17 25,15 0,51 0,86 1,37 3,45
Componente arbóreo/arbustivo Regeneração natural
Nome científico Nome popular
N DA DR FR DoA DoR VI Ht N DA DR FR VI Ht
Casearia obliqua cambroé 14 0,50 0,11 0,24 0,01 0,06 0,41 10,06 - - - - - -
Casearia sp. - - - - - - - - 8 11,83 0,24 0,09 0,33 1,60
Casearia sylvestris chá-de-bugre 334 11,93 2,59 1,78 0,28 1,39 5,77 8,82 81 119,82 2,44 2,06 4,49 3,09
Cedrela fissilis cedro 306 10,93 2,37 2,06 0,44 2,21 6,64 11,10 23 34,02 0,69 1,29 1,98 3,57
Ceiba speciosa paineira 10 0,36 0,08 0,21 0,04 0,20 0,48 12,70 - - - - - -
Celtis iguanaea esporão-de-galo 35 1,25 0,27 0,69 0,03 0,12 1,08 7,01 18 26,63 0,54 0,51 1,06 2,64
Cereus sp. 3 0,11 0,02 0,03 0,01 0,04 0,09 5,94 - - - - - -
Cestrum intermedium coerana 7 0,25 0,05 0,21 0,00 0,01 0,27 9,57 20 29,59 0,60 1,03 1,63 2,96
Cestrum strigilatum coerana - - - - - - - - 3 4,44 0,09 0,26 0,35 2,20
Chionanthus trichotomus azeitona-do-mato 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,00 0,04 8,00 - - - - - -
Chrysophyllum gonocarpum aguaí-da-serra 158 5,64 1,22 1,58 0,22 1,08 3,88 9,44 21 31,07 0,63 1,03 1,66 3,58
Chrysophyllum inornatum murta 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,01 0,05 12,00 1 1,48 0,03 0,09 0,12 8,10

272
Chrysophyllum marginatum aguaí-vermelho 176 6,29 1,36 1,41 0,38 1,88 4,65 11,07 14 20,71 0,42 0,69 1,11 3,40
Cinnamodendron dinisii pimenteira-pau-para tudo 29 1,04 0,22 0,10 0,03 0,16 0,49 11,10 4 5,92 0,12 0,26 0,38 2,30
Cinnamomum amoenum canela 2 0,07 0,02 0,07 0,00 0,02 0,10 10,16 1 1,48 0,03 0,09 0,12 1,50
Citronella paniculata congonha-verdadeira 22 0,79 0,17 0,62 0,02 0,11 0,89 8,14 4 5,92 0,12 0,34 0,46 2,75
Citrus reticulata laranja 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,00 0,05 3,00 - - - - - -
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina

Citrus x limon limão 3 0,11 0,02 0,10 0,00 0,01 0,14 4,00 2 2,96 0,06 0,17 0,23 2,25
Clethra scabra caujuva 14 0,50 0,11 0,14 0,02 0,08 0,33 11,02 7 10,36 0,21 0,17 0,38 2,79
Coccoloba argentinensis pau-de-junta 2 0,07 0,02 0,07 0,00 0,01 0,09 8,20 - - - - - -
Cordia americana guaraiúva 106 3,79 0,82 1,34 0,40 1,97 4,13 10,84 24 35,50 0,72 1,11 1,84 3,05
Cordia ecalyculata claraíba 25 0,89 0,19 0,48 0,03 0,14 0,82 7,98 2 2,96 0,06 0,17 0,23 3,15
Cordia trichotoma louro-pardo 74 2,64 0,57 1,20 0,09 0,42 2,20 11,74 6 8,88 0,18 0,43 0,61 4,83
Cordiera concolor marmelinho 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,00 0,04 6,00 - - - - - -
Cordyline spectabilis capim-de-anta 33 1,18 0,26 0,51 0,02 0,08 0,85 5,73 6 8,88 0,18 0,34 0,52 3,33
Coussapoa microcarpa mata-pau 4 0,14 0,03 0,03 0,02 0,12 0,18 15,75 - - - - - -

Componente arbóreo/arbustivo Regeneração natural


Nome científico Nome popular
N DA DR FR DoA DoR VI Ht N DA DR FR VI Ht
Coussarea contracta pimenteira 20 0,71 0,16 0,27 0,01 0,05 0,48 8,32 7 10,36 0,21 0,17 0,38 2,97
Coutarea hexandra quina 7 0,25 0,05 0,21 0,01 0,06 0,32 8,14 1 1,48 0,03 0,09 0,12 2,00
Cryptocarya aschersoniana canela-fogo 36 1,29 0,28 0,41 0,12 0,58 1,27 13,48 1 1,48 0,03 0,09 0,12 1,70
Cryptocarya mandioccana 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,00 0,04 10,00 - - - - - -
Cupania vernalis cubantã 562 20,07 4,36 2,19 0,45 2,23 8,78 9,38 158 233,73 4,75 3,86 8,61 3,54
Cyathea corcovadensis xaxim 62 2,21 0,48 0,14 0,02 0,11 0,72 5,71 - - - - - -
Cyathea sp. 27 0,96 0,21 0,03 0,01 0,05 0,29 6,19 - - - - - -
Dahlstedtia pinnata falsa-eritrina - - - - - - - - 15 22,19 0,45 0,51 0,97 2,23
Dalbergia frutescens rabo-de-bugio 35 1,25 0,27 0,55 0,02 0,11 0,93 9,32 22 32,54 0,66 1,37 2,03 2,59
Daphnopsis racemosa embira-branca - - - - - - - - 1 1,48 0,03 0,09 0,12 2,20
Dasyphyllum spinescens sucará 3 0,11 0,02 0,07 0,00 0,01 0,10 6,53 3 4,44 0,09 0,09 0,18 3,33
Dasyphyllum tomentosum açurará 10 0,36 0,08 0,07 0,02 0,10 0,24 9,60 - - - - - -
273

Diatenopteryx sorbifolia quepé 111 3,96 0,86 1,13 0,31 1,53 3,52 11,09 23 34,02 0,69 0,86 1,55 3,87
Dicksonia sellowiana xaxim-bugio 4 0,14 0,03 0,10 0,01 0,02 0,16 2,75 - - - - - -
Diospyros inconstans fruta-de-jacu-macho 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,00 0,04 8,00 - - - - - -
Endlicheria paniculata canela-frade 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,01 0,05 12,69 - - - - - -
Enterolobium contortisiliquum timbaúva 11 0,39 0,09 0,24 0,04 0,20 0,53 12,36 - - - - - -
Erythrina crista-galli mulungu 3 0,11 0,02 0,07 0,04 0,17 0,27 22,00 - - - - - -
Erythrina falcata corticeira-da-serra 30 1,07 0,23 0,51 0,13 0,66 1,40 12,86 1 1,48 0,03 0,09 0,12 2,00
Erythroxylum deciduum cocão 15 0,54 0,12 0,31 0,02 0,10 0,53 10,11 7 10,36 0,21 0,43 0,64 2,83
Esenbeckia grandiflora cutia-guxupita 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,01 0,06 10,70 24 35,50 0,72 0,17 0,89 2,97
Eugenia brasiliensis grumixama 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,01 0,05 9,00 - - - - - -
Apêndice III: Parâmetros fitossociológicos das espécies da Floresta Estacional Decidual

Eugenia burkartiana farinha-seca 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,00 0,04 4,00 3 4,44 0,09 0,17 0,26 1,90
Eugenia gracillima 6 0,21 0,05 0,10 0,02 0,07 0,22 9,08 - - - - - -
Eugenia hiemalis guamirim-de-folha miúda - - - - - - - - 5 7,40 0,15 0,09 0,24 6,00
Eugenia involucrata cereja 5 0,18 0,04 0,17 0,01 0,06 0,27 12,00 5 7,40 0,15 0,43 0,58 2,06
Componente arbóreo/arbustivo Regeneração natural
Nome científico Nome popular
N DA DR FR DoA DoR VI Ht N DA DR FR VI Ht
Eugenia pyriformis uvaieira 6 0,21 0,05 0,21 0,01 0,04 0,29 11,50 3 4,44 0,09 0,26 0,35 4,17
Eugenia ramboi batingua-branca 6 0,21 0,05 0,17 0,01 0,03 0,25 11,67 6 8,88 0,18 0,34 0,52 2,53
Eugenia rostrifolia guapi 63 2,25 0,49 0,31 0,18 0,90 1,69 13,37 6 8,88 0,18 0,34 0,52 2,35
Eugenia subterminalis guamirim-de-riedel 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,01 0,05 13,00 - - - - - -
Eugenia uniflora pitanga 48 1,71 0,37 0,55 0,10 0,52 1,44 10,22 22 32,54 0,66 0,94 1,60 3,53
Eugenia uruguayensis batinga-vermelha 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,00 0,05 8,00 - - - - - -
Eugenia verticillata guamirim 12 0,43 0,09 0,07 0,01 0,03 0,19 7,58 5 7,40 0,15 0,17 0,32 2,86
Fabaceae 5 0,18 0,04 0,07 0,07 0,36 0,47 23,20 - - - - - -
Ficus adhatodifolia figueira 9 0,32 0,07 0,17 0,01 0,06 0,30 8,39 - - - - - -
Ficus gomelleira figueira 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,01 0,05 8,00 - - - - - -
Ficus luschnathiana figueira 42 1,50 0,33 0,79 0,16 0,81 1,92 9,22 1 1,48 0,03 0,09 0,12 1,60
Ficus sp. 1 0,04 0,01 0,03 0,02 0,08 0,12 20,00 - - - - - -

274
Gleditsia amorphoides coronilha 2 0,07 0,02 0,07 0,01 0,03 0,12 12,50 - - - - - -
Guarea macrophylla catriguá-morcego 8 0,29 0,06 0,07 0,01 0,02 0,15 5,63 5 7,40 0,15 0,34 0,49 2,74
Handroanthus heptaphyllus ipé-roxo 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,00 0,04 6,00 - - - - - -
Helietta apiculata cun-cun 177 6,32 1,37 0,62 0,21 1,03 3,02 10,43 67 99,11 2,02 0,94 2,96 3,52
Heliocarpus popayanensis pau-jangada 7 0,25 0,05 0,03 0,03 0,13 0,22 10,14 - - - - - -
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina

Hennecartia omphalandra canemeira 7 0,25 0,05 0,17 0,00 0,02 0,24 7,29 8 11,83 0,24 0,34 0,58 2,94
Holocalyx balansae alecrim 52 1,86 0,40 0,51 0,19 0,93 1,85 11,71 8 11,83 0,24 0,51 0,76 2,06
Hovenia dulcis uva-do-japão 337 12,04 2,61 1,17 0,36 1,81 5,59 12,99 10 14,79 0,30 0,34 0,64 4,01
Hybanthus bigibbosus canela-de-veado 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,00 0,05 13,00 37 54,73 1,11 1,20 2,31 2,13
Ilex brevicuspis caúna-da-serra 18 0,64 0,14 0,27 0,02 0,11 0,52 10,21 - - - - - -
Ilex microdonta congonha 8 0,29 0,06 0,14 0,01 0,06 0,26 13,76 1 1,48 0,03 0,09 0,12 5,50
Ilex paraguariensis erva-mate 35 1,25 0,27 0,27 0,03 0,17 0,71 8,00 7 10,36 0,21 0,26 0,47 3,30
Ilex theezans congonha 5 0,18 0,04 0,07 0,00 0,01 0,12 10,00 - - - - - -
Inga edulis ingá-cipo 9 0,32 0,07 0,10 0,01 0,04 0,21 11,22 - - - - - -

Componente arbóreo/arbustivo Regeneração natural


Nome científico Nome popular
N DA DR FR DoA DoR VI Ht N DA DR FR VI Ht
Inga marginata ingá-feijão 72 2,57 0,56 0,72 0,05 0,25 1,53 8,27 24 35,50 0,72 1,03 1,75 3,03
Inga sp. 4 0,14 0,03 0,14 0,00 0,02 0,19 9,50 - - - - - -
Inga subnuda subsp. luschnathiana ingá-de-quatro-quinas 8 0,29 0,06 0,17 0,01 0,03 0,27 10,00 3 4,44 0,09 0,09 0,18 2,17
Inga vera ingá-de-quatro-quinas 15 0,54 0,12 0,21 0,01 0,06 0,38 8,63 - - - - - -
Inga vera subsp. affinis ingá-banana 69 2,46 0,53 0,82 0,06 0,29 1,65 9,54 2 2,96 0,06 0,17 0,23 2,25
Inga virescens inga 16 0,57 0,12 0,41 0,01 0,07 0,60 9,67 - - - - - -
Jacaranda micrantha caroba 3 0,11 0,02 0,07 0,00 0,01 0,10 7,00 - - - - - -
Jacaranda puberula carobinha 16 0,57 0,12 0,27 0,03 0,14 0,54 10,89 - - - - - -
Jacaratia spinosa jacaratiá 3 0,11 0,02 0,10 0,02 0,09 0,21 11,33 - - - - - -
Justicia brasiliana justicia-vermelha - - - - - - - - 42 62,13 1,26 1,63 2,89 1,97
Lamanonia ternata guaperê 8 0,29 0,06 0,07 0,02 0,09 0,23 11,23 - - - - - -
Lantana camara camará - - - - - - - - 2 2,96 0,06 0,09 0,15 1,85
275

Leptolobium elegans perobinha do campo 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,00 0,04 8,00 - - - - - -
Lithrea brasiliensis aroeira-braba 54 1,93 0,42 0,34 0,07 0,37 1,13 9,44 1 1,48 0,03 0,09 0,12 1,70
Lonchocarpus campestris rabo-de-macaco 183 6,54 1,42 1,75 0,26 1,31 4,47 11,10 161 238,17 4,84 2,57 7,41 2,83
Lonchocarpus cultratus rabo-de-bugio 13 0,46 0,10 0,21 0,01 0,07 0,38 10,31 1 1,48 0,03 0,09 0,12 2,00
Lonchocarpus muehlbergianus rabo-de-bugio 6 0,21 0,05 0,07 0,01 0,02 0,14 10,55 13 19,23 0,39 0,09 0,48 1,98
Lonchocarpus nitidus rabo-de-bugio 9 0,32 0,07 0,10 0,01 0,03 0,20 12,56 1 1,48 0,03 0,09 0,12 4,00
Lonchocarpus sp. - - - - - - - - 4 5,92 0,12 0,17 0,29 2,63
Luehea divaricata açoita-cavalo 781 27,89 6,05 2,33 1,56 7,81 16,19 9,97 52 76,92 1,56 1,80 3,36 3,49
Machaerium hirtum bico-de-pato 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,00 0,04 6,00 - - - - - -
Machaerium nyctitans bico-de-pato 1 0,04 0,01 0,03 0,01 0,03 0,07 13,90 - - - - - -
Apêndice III: Parâmetros fitossociológicos das espécies da Floresta Estacional Decidual

Machaerium paraguariense farinha-seca 183 6,54 1,42 1,47 0,21 1,04 3,93 9,98 33 48,82 0,99 1,03 2,02 3,50
Machaerium stipitatum farinha-seca 447 15,96 3,47 2,02 0,45 2,26 7,75 9,71 93 137,57 2,80 1,97 4,77 3,53
Maclura tinctoria tajuva 10 0,36 0,08 0,17 0,02 0,10 0,35 10,40 - - - - - -
Manihot grahamii mandioca-braba 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,00 0,05 6,00 13 19,23 0,39 0,26 0,65 2,42
Componente arbóreo/arbustivo Regeneração natural
Nome científico Nome popular
N DA DR FR DoA DoR VI Ht N DA DR FR VI Ht
Matayba elaeagnoides camboatá 255 9,11 1,98 1,30 0,26 1,30 4,58 9,44 30 44,38 0,90 1,20 2,10 2,89
Matayba intermedia camboatá 23 0,82 0,18 0,07 0,02 0,08 0,32 7,85 - - - - - -
Maytenus aquifolia cancorosa 5 0,18 0,04 0,14 0,00 0,01 0,19 6,00 3 4,44 0,09 0,26 0,35 2,77
Miconia cinerascens var. cinerascens pixirica 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,00 0,04 8,00 2 2,96 0,06 0,09 0,15 2,10
Mimosa scabrella bracatinga 3 0,11 0,02 0,07 0,01 0,05 0,14 10,00 1 1,48 0,03 0,09 0,12 5,00
Morus nigra amora preta 2 0,07 0,02 0,03 0,00 0,00 0,06 3,50 - - - - - -
Myrceugenia myrcioides guamirim 2 0,07 0,02 0,07 0,00 0,00 0,09 8,75 2 2,96 0,06 0,09 0,15 1,60
Myrcia hebepetala rapa-güela 7 0,25 0,05 0,21 0,01 0,03 0,29 10,14 - - - - - -
Myrcia oblongata guamirm-do-campo 3 0,11 0,02 0,03 0,00 0,01 0,06 6,67 110 162,72 3,31 0,17 3,48 2,16
Myrcia palustris guamirim - - - - - - - - 2 2,96 0,06 0,09 0,15 3,25
Myrcia pubipetala guamirim-araça 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,00 0,04 6,00 3 4,44 0,09 0,17 0,26 2,73
Myrcia selloi camboí - - - - - - - - 1 1,48 0,03 0,09 0,12 2,00

276
Myrcia splendens guamirim-de folha-fina 2 0,07 0,02 0,03 0,00 0,01 0,06 14,00 - - - - - -
Myrcianthes gigantea araçá-do-mato 1 0,04 0,01 0,03 0,01 0,04 0,09 19,00 - - - - - -
Myrcianthes pungens guabiju 24 0,86 0,19 0,45 0,05 0,26 0,89 11,48 4 5,92 0,12 0,26 0,38 2,80
Myrciaria floribunda cambuí 3 0,11 0,02 0,10 0,01 0,03 0,15 13,67 2 2,96 0,06 0,17 0,23 1,60
Myrocarpus frondosus cabreúva 190 6,79 1,47 1,65 0,31 1,55 4,67 10,94 36 53,25 1,08 1,37 2,45 3,41
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina

Myrrhinium atropurpureum murtilho - - - - - - - - 3 4,44 0,09 0,09 0,18 1,90


Myrsine balansae capororoca - - - - - - - - 8 11,83 0,24 0,17 0,41 2,14
Myrsine coriacea capororoca 40 1,43 0,31 0,41 0,03 0,15 0,87 7,83 3 4,44 0,09 0,17 0,26 2,60
Myrsine guianensis capororoca 3 0,11 0,02 0,03 0,00 0,01 0,06 5,67 7 10,36 0,21 0,09 0,30 1,93
Myrsine loefgrenii capororoca 2 0,07 0,02 0,07 0,00 0,00 0,09 7,00 2 2,96 0,06 0,17 0,23 3,30
Myrsine parvula capororoca - - - - - - - - 1 1,48 0,03 0,09 0,12 1,70
Myrsine umbellata capororoca 108 3,86 0,84 0,89 0,06 0,30 2,03 8,23 78 115,39 2,35 1,80 4,15 2,62
Myrtaceae 5 0,18 0,04 0,17 0,01 0,05 0,26 9,90 - - - - - -
Nectandra grandiflora canela-fedida 2 0,07 0,02 0,07 0,01 0,03 0,11 8,00 - - - - - -

Componente arbóreo/arbustivo Regeneração natural


Nome científico Nome popular
N DA DR FR DoA DoR VI Ht N DA DR FR VI Ht
Nectandra lanceolata canela-amarela 544 19,43 4,22 1,99 1,36 6,80 13,01 12,29 20 29,59 0,60 1,03 1,63 2,51
Nectandra megapotamica canela-imbuia 918 32,78 7,12 2,47 1,97 9,81 19,39 12,16 90 133,14 2,71 3,26 5,96 2,91
Nectandra membranacea canela 6 0,21 0,05 0,07 0,02 0,08 0,19 9,67 2 2,96 0,06 0,09 0,15 5,50
Neocabreria malachophylla eupatório - - - - - - - - 2 2,96 0,06 0,09 0,15 2,27
Ocotea diospyrifolia canela 64 2,29 0,50 0,93 0,25 1,27 2,69 12,84 8 11,83 0,24 0,26 0,50 3,59
Ocotea laxa canela 4 0,14 0,03 0,03 0,00 0,01 0,08 9,00 1 1,48 0,03 0,09 0,12 3,00
Ocotea odorifera canela-sassafrás 17 0,61 0,13 0,17 0,03 0,13 0,43 10,75 7 10,36 0,21 0,17 0,38 2,26
Ocotea puberula canela-guaicá 985 35,18 7,64 2,23 1,93 9,61 19,48 12,60 19 28,11 0,57 0,86 1,43 3,17
Ocotea pulchella canela-lageana 52 1,86 0,40 0,41 0,11 0,55 1,36 9,99 3 4,44 0,09 0,17 0,26 4,57
Ocotea sp. - - - - - - - - 1 1,48 0,03 0,09 0,12 3,00
Parapiptadenia rigida angico-do-banhado 177 6,32 1,37 1,41 0,59 2,96 5,74 11,60 59 87,28 1,77 0,86 2,63 2,86
Peltophorum dubium canafístula 13 0,46 0,10 0,38 0,08 0,41 0,89 11,92 - - - - - -
277

Persea americana abacateiro 19 0,68 0,15 0,07 0,04 0,22 0,44 14,05 1 1,48 0,03 0,09 0,12 3,00
Persea sp. 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,00 0,04 11,00 - - - - - -
Phytolacca dioica umbu 79 2,82 0,61 1,37 0,34 1,68 3,66 10,62 - - - - - -
Picramnia parvifolia cedrinho 28 1,00 0,22 0,21 0,05 0,23 0,66 16,59 - - - - - -
Picrasma crenata pau-amargo 47 1,68 0,36 0,96 0,05 0,23 1,56 9,82 3 4,44 0,09 0,26 0,35 4,57
Pilocarpus pennatifolius cutia-branca 196 7,00 1,52 0,93 0,10 0,49 2,94 8,58 126 186,39 3,79 2,14 5,93 3,25
Piper aduncum paripaioba - - - - - - - - 43 63,61 1,29 0,51 1,81 1,98
Piper amalago var. medium jaborandi-manso - - - - - - - - 46 68,05 1,38 0,94 2,33 2,37
Piper caldense paraguarandy - - - - - - - - 9 13,31 0,27 0,09 0,36 2,13
Piper hispidum murta - - - - - - - - 16 23,67 0,48 0,43 0,91 2,23
Apêndice III: Parâmetros fitossociológicos das espécies da Floresta Estacional Decidual

Piper sp. - - - - - - - - 7 10,36 0,21 0,26 0,47 1,74


Piptadenia gonoacantha pau-jacaré 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,00 0,05 11,00 - - - - - -
Piptocarpha angustifolia vassourão- branco 2 0,07 0,02 0,07 0,01 0,02 0,11 13,00 1 1,48 0,03 0,09 0,12 2,00
Pisonia ambigua maria-mole 33 1,18 0,26 0,72 0,04 0,18 1,16 7,86 - - - - - -
Componente arbóreo/arbustivo Regeneração natural
Nome científico Nome popular
N DA DR FR DoA DoR VI Ht N DA DR FR VI Ht
Plinia rivularis guamirim 2 0,07 0,02 0,03 0,00 0,00 0,05 7,50 - - - - - -
Plinia trunciflora jaboticabeira 3 0,11 0,02 0,10 0,00 0,02 0,14 8,67 2 2,96 0,06 0,17 0,23 2,10
Prunus myrtifolia pessegueiro-do-mato 154 5,50 1,19 1,37 0,30 1,50 4,07 10,30 21 31,07 0,63 1,29 1,92 3,51
Psychotria carthagenensis juruvarana - - - - - - - - 1 1,48 0,03 0,09 0,12 2,20
Psychotria leiocarpa grandiúva-d’anta - - - - - - - - 2 2,96 0,06 0,09 0,15 2,25
Quillaja brasiliensis pau-sabão 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,00 0,05 11,00 - - - - - -
Randia ferox limoeiro-do-mato 23 0,82 0,18 0,51 0,02 0,07 0,77 8,47 4 5,92 0,12 0,26 0,38 4,08
Raulinoreitzia sp. 2 0,07 0,02 0,03 0,00 0,00 0,05 5,50 5 7,40 0,15 0,09 0,24 2,30
Rauvolfia sellowii jasmin-grado 36 1,29 0,28 0,38 0,06 0,31 0,97 10,18 1 1,48 0,03 0,09 0,12 3,00
Roupala montana carvalho-brasileiro 5 0,18 0,04 0,17 0,01 0,03 0,24 11,60 1 1,48 0,03 0,09 0,12 2,20
Ruellia angustiflora flor-de-fogo - - - - - - - - 2 2,96 0,06 0,09 0,15 1,80
Ruprechtia laxiflora marmeleiro-do-mato 45 1,61 0,35 0,69 0,16 0,78 1,82 11,27 8 11,83 0,24 0,51 0,76 4,53

278
Sambucus australis sabugueiro 7 0,25 0,05 0,21 0,01 0,03 0,29 8,36 - - - - - -
Sapium glandulosum leiteiro-de-folha-graúda 86 3,07 0,67 1,17 0,13 0,67 2,50 11,03 10 14,79 0,30 0,51 0,82 4,01
Schaefferia argentinensis falsa-coronilha 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,00 0,04 6,00 - - - - - -
Schefflera morototoni caixeta 7 0,25 0,05 0,21 0,02 0,07 0,33 17,29 2 2,96 0,06 0,17 0,23 5,50
Schinus terebinthifolius aroeira-vermelha 27 0,96 0,21 0,31 0,01 0,06 0,58 5,00 37 54,73 1,11 0,60 1,71 2,97
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina

Sebastiania brasiliensis leiteiro-de-folha-fina 99 3,54 0,77 0,79 0,07 0,36 1,92 8,42 46 68,05 1,38 1,89 3,27 3,43
Sebastiania commersoniana branquilho 95 3,39 0,74 1,10 0,12 0,60 2,43 8,71 29 42,90 0,87 0,77 1,64 3,90
Seguieria aculeata cipó-limoero-do-mato 13 0,46 0,10 0,17 0,01 0,05 0,32 8,86 12 17,75 0,36 0,60 0,96 2,57
Seguieria langsdorffii limoeiro-do-mato 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,01 0,05 9,00 - - - - - -
Senegalia recurva unha-de-gato 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,02 0,06 14,00 2 2,96 0,06 0,17 0,23 1,65
Senegalia tucumanensis unha-de-gato - - - - - - - - 19 28,11 0,57 0,17 0,74 3,21
Sessea regnellii peroba-dágua 15 0,54 0,12 0,27 0,02 0,09 0,48 12,53 1 1,48 0,03 0,09 0,12 7,00
Siphoneugena reitzii cambuí-de-reitz 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,01 0,05 6,00 - - - - - -
Sloanea hirsuta sapopema 2 0,07 0,02 0,07 0,01 0,05 0,14 10,50 - - - - - -

Componente arbóreo/arbustivo Regeneração natural


Nome científico Nome popular
N DA DR FR DoA DoR VI Ht N DA DR FR VI Ht
Solanum bullatum joá-açu 23 0,82 0,18 0,31 0,04 0,20 0,68 12,11 1 1,48 0,03 0,09 0,12 5,00
Solanum compressum canema-mirim 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,00 0,05 8,50 - - - - - -
Solanum mauritianum cuvitinga 56 2,00 0,43 0,82 0,06 0,28 1,54 8,72 2 2,96 0,06 0,09 0,15 3,00
Solanum pabstii canema - - - - - - - - 1 1,48 0,03 0,09 0,12 2,20
Solanum pseudoquina canema 2 0,07 0,02 0,07 0,00 0,02 0,10 12,00 - - - - - -
Solanum sanctaecatharinae joá-manso 39 1,39 0,30 0,79 0,04 0,18 1,27 8,65 6 8,88 0,18 0,43 0,61 4,08
Solanum sp. 3 0,11 0,02 0,10 0,01 0,06 0,19 12,79 2 2,96 0,06 0,17 0,23 3,00
Solanum variabile jurubeba-velame - - - - - - - - 1 1,48 0,03 0,09 0,12 3,50
Sorocea bonplandii cincho 64 2,29 0,50 0,75 0,05 0,27 1,52 8,67 73 107,99 2,20 2,14 4,34 2,83
Strychnos brasiliensis esporão-de-galo 48 1,71 0,37 0,79 0,04 0,17 1,34 6,74 39 57,69 1,17 1,37 2,54 3,51
Styrax leprosus carne-de-vaca 59 2,11 0,46 0,79 0,08 0,40 1,65 9,22 16 23,67 0,48 0,51 1,00 3,51
Syagrus romanzoffiana gerivá 363 12,96 2,81 2,19 0,42 2,10 7,11 9,85 2 2,96 0,06 0,17 0,23 4,00
279

Symplocos tetrandra sete-sangria 4 0,14 0,03 0,07 0,00 0,02 0,12 6,75 - - - - - -
Symplocos uniflora sete-sangrias 8 0,29 0,06 0,03 0,02 0,07 0,17 4,06 - - - - - -
Tabernaemontana catharinensis jasmim 12 0,43 0,09 0,10 0,01 0,04 0,24 6,56 - - - - - -
Tetrorchidium rubrivenium canemaçu 3 0,11 0,02 0,07 0,01 0,03 0,12 11,67 - - - - - -
Trema micrantha grandiúva 33 1,18 0,26 0,69 0,01 0,07 1,01 6,38 36 53,25 1,08 0,94 2,03 2,65
Trichilia catigua cariguá 23 0,82 0,18 0,38 0,02 0,08 0,64 8,09 7 10,36 0,21 0,43 0,64 2,56
Trichilia clausseni catiguá-vermelho 238 8,50 1,85 1,44 0,19 0,97 4,26 8,53 54 79,88 1,62 2,23 3,85 3,64
Trichilia elegans pau-de-ervilha 8 0,29 0,06 0,10 0,00 0,01 0,18 8,00 149 220,41 4,48 3,43 7,91 2,78
Trichilia sp. 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,01 0,05 13,00 - - - - - -
Trithrinax brasiliensis carandaí - - - - - - - - 1 1,48 0,03 0,09 0,12 1,60
Apêndice III: Parâmetros fitossociológicos das espécies da Floresta Estacional Decidual

Trixis praestans assa-peixe-manso - - - - - - - - 1 1,48 0,03 0,09 0,12 1,70


Urera baccifera urtigão 78 2,79 0,60 0,86 0,05 0,27 1,73 5,10 61 90,24 1,83 2,23 4,06 2,40
Varronia polycephala balieira 3 0,11 0,02 0,07 0,00 0,01 0,10 9,33 - - - - - -
Vasconcellea quercifolia mamoeiro-do-mato 50 1,79 0,39 0,45 0,05 0,23 1,07 7,74 - - - - - -
Componente arbóreo/arbustivo Regeneração natural
Nome científico Nome popular
N DA DR FR DoA DoR VI Ht N DA DR FR VI Ht
Vernonanthura discolor vassourão-preto 1 0,04 0,01 0,03 0,00 0,01 0,05 8,00 - - - - - -
Vitex megapotamica tarumã 40 1,43 0,31 0,69 0,09 0,44 1,44 9,61 9 13,31 0,27 0,34 0,61 3,76
Xylosma pseudosalzmannii espinho-de-judeu 14 0,50 0,11 0,34 0,01 0,04 0,49 9,25 - - - - - -
Xylosma sp. 5 0,18 0,04 0,10 0,00 0,02 0,16 6,60 - - - - - -
Zanthoxylum fagara coentrilho 35 1,25 0,27 0,48 0,04 0,22 0,97 9,07 5 7,40 0,15 0,26 0,41 2,06
Zanthoxylum petiolare juva 16 0,57 0,12 0,38 0,03 0,14 0,64 12,00 4 5,92 0,12 0,17 0,29 5,63
Zanthoxylum rhoifolium maminha-de-cadela 94 3,36 0,73 1,06 0,06 0,32 2,11 8,18 17 25,15 0,51 0,86 1,37 3,63
Não identificada   195 6,96 1,51 2,16 0,27 1,34 5,02 10,25 31 45,86 0,93 1,03 1,96 2,31

* Valores iguais a 0,00 são menores que 0,04. O – (traço) significa que não há dados para esta espécie.

280
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Apêndice IV
Floresta Estacional Decidual

Distribuição diamétrica por espécie


da Floresta Estacional Decidual

Apêndice IV. Distribuição diamétrica das espécies do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em
valores de indivíduos por hectare.
Appendix IV. Diameter distribution of tree species in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina, considering tree density
per hectare.
Centro da classe de DAP (cm)
Nome Científico
15,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 ≥ 80,0 Total
Achatocarpus praecox 0,07 0,14 0,07 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,32
Actinostemon concolor 2,29 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,36
Aegiphila brachiata 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04
Agonandra excelsa 0,39 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,50
Albizia edwallii 2,61 0,68 0,18 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,46
Albizia niopoides 0,54 0,07 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,68
Alchornea sidifolia 0,00 0,14 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,18
Alchornea triplinervia 0,04 0,14 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,25
Allophylus edulis 5,50 0,96 0,25 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 6,82
Allophylus guaraniticus 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07
Allophylus petiolulatus 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04
Allophylus puberulus 1,36 0,25 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,64
Aloysia virgata 4,68 0,21 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,89
Alsophila setosa 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07
Annona emarginata 1,00 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,07
Annona sp. 0,07 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,14
Annona sylvatica 4,79 1,00 0,07 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 5,93
Apuleia leiocarpa 1,00 0,71 0,32 0,25 0,39 0,11 0,00 0,11 2,89
Aralia warmingiana 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04
Araucaria angustifolia 0,00 0,00 0,07 0,04 0,00 0,04 0,07 0,00 0,21
Aspidosperma australe 2,64 0,96 0,21 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 3,89
Aspidosperma sp. 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04
Asteraceae 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04
Ateleia glazioveana 4,18 0,64 0,36 0,18 0,00 0,07 0,00 0,00 5,43
Baccharis dracunculifolia 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04
Baccharis semiserrata 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07
Baccharis sp. 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04
Balfourodendron riedelianum 3,89 1,25 0,39 0,14 0,04 0,00 0,00 0,00 5,71
Banara tomentosa 0,86 0,61 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,50
Bastardiopsis densiflora 0,50 0,57 0,21 0,07 0,07 0,00 0,00 0,00 1,43

283
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice IV: Distribuição diamétrica por espécie da Floresta Estacional Decidual

Centro da classe de DAP (cm) Centro da classe de DAP (cm)


Nome Científico Nome Científico
15,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 ≥ 80,0 Total 15,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 ≥ 80,0 Total
Bauhinia forficata 0,96 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,04 Cyathea corcovadensis 2,21 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,21
Blepharocalyx salicifolius 0,04 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07 Cyathea sp. 0,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,96
Bunchosia maritima 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Dalbergia frutescens 1,14 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,25
Cabralea canjerana 4,11 1,14 0,43 0,43 0,07 0,11 0,00 0,07 6,36 Dasyphyllum spinescens 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11
Calliandra foliolosa 0,54 0,21 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,79 Dasyphyllum tomentosum 0,21 0,04 0,07 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,36
Calyptranthes grandifolia 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Diatenopteryx sorbifolia 1,89 1,00 0,36 0,25 0,11 0,25 0,00 0,07 3,93
Calyptranthes tricona 0,43 0,18 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,68 Dicksonia sellowiana 0,07 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,14
Campomanesia guaviroba 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Diospyros inconstans 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04
Campomanesia guazumifolia 0,79 0,14 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,96 Endlicheria paniculata 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04
Campomanesia xanthocarpa 1,71 0,96 0,32 0,14 0,00 0,00 0,00 0,00 3,14 Enterolobium contortisiliquum 0,07 0,11 0,14 0,00 0,04 0,04 0,00 0,00 0,39
Casearia decandra 1,11 0,29 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,39 Erythrina crista-galli 0,00 0,00 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 0,04 0,11
Casearia obliqua 0,36 0,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,50 Erythrina falcata 0,36 0,21 0,18 0,14 0,04 0,07 0,04 0,04 1,07
Casearia sylvestris 9,39 2,07 0,25 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 11,79 Erythroxylum deciduum 0,32 0,14 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,54
Cedrela fissilis 7,04 2,18 0,86 0,46 0,18 0,04 0,04 0,00 10,79 Esenbeckia grandiflora 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04
Ceiba speciosa 0,14 0,07 0,07 0,00 0,04 0,00 0,04 0,00 0,36 Eugenia brasiliensis 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04
Celtis iguanaea 1,04 0,18 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,25 Eugenia burkartiana 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04
Cereus sp. 0,07 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11 Eugenia gracillima 0,14 0,00 0,04 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,21
Cestrum intermedium 0,25 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,25 Eugenia involucrata 0,11 0,00 0,00 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,18
Chionanthus trichotomus 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Eugenia pyriformis 0,14 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,21
Chrysophyllum gonocarpum 3,11 1,71 0,64 0,18 0,00 0,00 0,00 0,00 5,64 Eugenia ramboi 0,14 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,21
Chrysophyllum inornatum 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Eugenia rostrifolia 0,82 0,57 0,32 0,32 0,14 0,07 0,00 0,00 2,25
Chrysophyllum marginatum 3,39 1,46 0,64 0,43 0,29 0,04 0,00 0,04 6,29 Eugenia subterminalis 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04
Cinnamodendron dinisii 0,61 0,36 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,04 Eugenia uniflora 0,89 0,29 0,29 0,14 0,07 0,04 0,00 0,00 1,71
Cinnamomum amoenum 0,04 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07 Eugenia uruguayensis 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04
Citronella paniculata 0,61 0,14 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,79 Eugenia verticillata 0,43 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,43
Citrus reticulata 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Fabaceae 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,04 0,07 0,04 0,18
Citrus x limon 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11 Ficus adhatodifolia 0,14 0,14 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,32
Clethra scabra 0,25 0,25 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,50 Ficus gomelleira 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04
Coccoloba argentinensis 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07 Ficus luschnathiana 0,75 0,36 0,21 0,04 0,07 0,00 0,04 0,04 1,50
Cordia americana 1,82 0,79 0,32 0,32 0,07 0,18 0,11 0,18 3,79 Ficus sp. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,04
Cordia ecalyculata 0,54 0,29 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,89 Gleditsia amorphoides 0,00 0,00 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07
Cordia trichotoma 1,86 0,43 0,32 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 2,64 Guarea macrophylla 0,29 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,29
Cordiera concolor 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Handroanthus heptaphyllus 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04
Cordyline spectabilis 1,14 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,18 Helietta apiculata 3,89 1,93 0,43 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 6,32
Coussapoa microcarpa 0,07 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 0,14 Heliocarpus popayanensis 0,11 0,04 0,07 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,25
Coussarea contracta 0,68 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,68 Hennecartia omphalandra 0,25 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,25
Coutarea hexandra 0,11 0,07 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,25 Holocalyx balansae 0,64 0,36 0,36 0,21 0,11 0,11 0,07 0,00 1,86
Cryptocarya aschersoniana 0,39 0,57 0,07 0,04 0,07 0,07 0,07 0,00 1,29 Hovenia dulcis 8,79 2,46 0,50 0,14 0,11 0,00 0,04 0,00 12,04
Cryptocarya mandioccana 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Hybanthus bigibbosus 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04
Cupania vernalis 16,32 2,86 0,64 0,14 0,00 0,00 0,00 0,00 19,96 Ilex brevicuspis 0,50 0,04 0,07 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,64

284 285
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice IV: Distribuição diamétrica por espécie da Floresta Estacional Decidual

Centro da classe de DAP (cm) Centro da classe de DAP (cm)


Nome Científico Nome Científico
15,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 ≥ 80,0 Total 15,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 ≥ 80,0 Total
Ilex microdonta 0,21 0,04 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,29 Myrciaria floribunda 0,04 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11
Ilex paraguariensis 0,93 0,21 0,07 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 1,25 Myrocarpus frondosus 4,50 1,04 0,64 0,36 0,14 0,00 0,04 0,04 6,75
Ilex theezans 0,18 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,18 Myrsine coriacea 1,11 0,29 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,39
Inga edulis 0,21 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,32 Myrsine guianensis 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11
Inga marginata 2,25 0,25 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,54 Myrsine loefgrenii 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07
Inga sp. 0,11 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,14 Myrsine umbellata 3,29 0,36 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,64
Inga subnuda subsp. luschnathiana 0,25 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,29 Myrtaceae 0,07 0,07 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,18
Inga vera 0,43 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,54 Nectandra grandiflora 0,00 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07
Inga vera subsp. affinis 1,89 0,46 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,43 Nectandra lanceolata 7,86 5,75 3,11 1,39 0,57 0,43 0,14 0,14 19,39
Inga virescens 0,50 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,57 Nectandra megapotamica 14,39 9,29 5,04 2,57 0,89 0,32 0,11 0,07 32,68
Jacaranda micrantha 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11 Nectandra membranacea 0,07 0,04 0,07 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,21
Jacaranda puberula 0,25 0,21 0,07 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,57 Ocotea diospyrifolia 0,61 0,32 0,46 0,39 0,25 0,18 0,04 0,00 2,25
Jacaratia spinosa 0,00 0,00 0,04 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 0,11 Ocotea laxa 0,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,14
Lamanonia ternata 0,14 0,07 0,00 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 0,29 Ocotea odorifera 0,36 0,18 0,04 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,61
Leptolobium elegans 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Ocotea puberula 15,04 11,82 5,25 1,71 0,61 0,39 0,14 0,04 35,00
Lithrea brasiliensis 1,18 0,46 0,21 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 1,93 Ocotea pulchella 0,86 0,61 0,07 0,18 0,14 0,00 0,00 0,00 1,86
Lonchocarpus campestris 4,11 1,29 0,75 0,32 0,07 0,00 0,00 0,00 6,54 Parapiptadenia rigida 3,29 0,93 0,61 0,64 0,21 0,29 0,14 0,21 6,32
Lonchocarpus cultratus 0,32 0,07 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,46 Peltophorum dubium 0,07 0,14 0,11 0,00 0,11 0,00 0,00 0,04 0,46
Lonchocarpus muehlbergianus 0,18 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,21 Persea americana 0,21 0,29 0,11 0,04 0,00 0,04 0,00 0,00 0,68
Lonchocarpus nitidus 0,29 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,32 Persea sp. 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04
Luehea divaricata 15,57 7,11 2,89 1,21 0,21 0,25 0,21 0,36 27,82 Phytolacca dioica 1,00 0,46 0,46 0,46 0,25 0,04 0,07 0,07 2,82
Machaerium hirtum 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Picramnia parvifolia 0,68 0,00 0,18 0,07 0,04 0,00 0,00 0,00 0,96
Machaerium nyctitans 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Picrasma crenata 1,18 0,39 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,64
Machaerium paraguariense 4,71 1,14 0,36 0,18 0,11 0,00 0,00 0,00 6,50 Pilocarpus pennatifolius 6,68 0,21 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 6,93
Machaerium stipitatum 12,11 2,61 0,79 0,32 0,04 0,04 0,00 0,00 15,89 Piptadenia gonoacantha 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04
Maclura tinctoria 0,11 0,14 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,36 Piptocarpha angustifolia 0,04 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07
Manihot grahamii 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Pisonia ambigua 0,79 0,32 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 1,18
Matayba elaeagnoides 7,04 1,43 0,25 0,21 0,07 0,04 0,00 0,00 9,04 Plinia rivularis 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07
Matayba intermedia 0,71 0,07 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,82 Plinia trunciflora 0,07 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11
Maytenus aquifolia 0,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,14 Prunus myrtifolia 2,96 1,32 0,68 0,29 0,07 0,11 0,00 0,04 5,46
Miconia cinerascens var. cinerascens 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Quillaja brasiliensis 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04
Mimosa scabrella 0,00 0,04 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11 Randia ferox 0,71 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,82
Morus nigra 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07 Raulinoreitzia sp. 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07
Myrceugenia myrcioides 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07 Rauvolfia sellowii 0,68 0,32 0,18 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 1,29
Myrcia hebepetala 0,14 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,25 Roupala montana 0,11 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,18
Myrcia oblongata 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11 Ruprechtia laxiflora 0,64 0,50 0,21 0,07 0,11 0,00 0,04 0,04 1,61
Myrcia pubipetala 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Sambucus australis 0,21 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,25
Myrcia splendens 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07 Sapium glandulosum 1,82 0,57 0,50 0,14 0,04 0,00 0,00 0,00 3,07
Myrcianthes gigantea 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,04 Schaefferia argentinensis 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04
Myrcianthes pungens 0,39 0,21 0,18 0,00 0,07 0,00 0,00 0,00 0,86 Schefflera morototoni 0,07 0,11 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,25

286 287
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina

Centro da classe de DAP (cm)


Nome Científico
15,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 ≥ 80,0 Total
Schinus terebinthifolius 0,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,96
Sebastiania brasiliensis 3,00 0,39 0,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,54
Sebastiania commersoniana 2,39 0,50 0,29 0,07 0,11 0,00 0,00 0,00 3,36
Seguieria aculeata 0,39 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,46
Seguieria langsdorffii 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04
Senegalia recurva 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04
Sessea regnellii 0,36 0,07 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,54
Siphoneugena reitzii 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04
Sloanea hirsuta 0,00 0,04 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,07
Solanum bullatum 0,54 0,11 0,11 0,04 0,00 0,04 0,00 0,00 0,82
Solanum compressum 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04
Solanum mauritianum 1,29 0,61 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,00
Solanum pseudoquina 0,04 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07
Solanum sanctaecatharinae 1,00 0,36 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,39
Solanum sp. 0t,00 0,07 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,11
Sorocea bonplandii 2,00 0,11 0,07 0,00 0,04 0,04 0,00 0,00 2,25
Strychnos brasiliensis 1,39 0,25 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 1,68
Styrax leprosus 1,18 0,61 0,25 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 2,11
Syagrus romanzoffiana 7,14 5,50 0,25 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 12,96
Symplocos tetrandra 0,11 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,14
Symplocos uniflora 0,11 0,11 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,29
Tabernaemontana catharinensis 0,36 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,43
Tetrorchidium rubrivenium 0,00 0,07 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11
Trema micrantha 1,18 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,18
Trichilia catigua 0,75 0,04 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,82
Trichilia clausseni 7,29 0,79 0,36 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 8,50
Trichilia elegans 0,29 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,29
Trichilia sp. 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04
Urera baccifera 2,39 0,32 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,79
Varronia polycephala 0,07 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11
Vasconcellea quercifolia 1,14 0,57 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,79
Vernonanthura discolor 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04
Vitex megapotamica 0,96 0,18 0,07 0,07 0,04 0,04 0,00 0,04 1,39
Xylosma pseudosalzmannii 0,46 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,50
Xylosma sp. 0,14 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,18
Zanthoxylum fagara 0,89 0,18 0,14 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 1,25
Zanthoxylum petiolare 0,39 0,11 0,04 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,57
Zanthoxylum rhoifolium 2,86 0,43 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,32
Não identificada 4,29 1,68 0,54 0,25 0,07 0,07 0,00 0,00 6,89
TOTAL 292,09 98,74 37,53 16,71 6,64 3,54 1,61 1,71 458,58

288
Apêndice V
Floresta Estacional Decidual

Descrições resumidas das Unidades Amostrais


da Floresta Estacional Decidual

Appendix V. Description of the Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest.

As Unidades Amostrais aqui descritas estão localizadas no Planalto e Oeste de Santa Catarina,
na região fitoecológica da Floresta Estacional Decidual. As informações contidas nas descrições que
seguem, contêm quatro componentes importantes:

a) Dados de caracterização do local, tais como: número da Unidade Amostral, localidade,


município de Santa Catarina, altitude, data do levantamento, se houve ou não deslocamento do ponto
de localização originalmente previsto na grade de 5 x 5 km, bem como:

• a síntese dos parâmetros fitossociológicos de cada Unidade Amostral, sem as


árvores mortas; nestes parâmetros trata-se de meras extrapolações por hectare,
não de estimativas populacionais (Capítulo 2).
• as possíveis categorizações de estádio sucessional, baseando-se em parâmetros
da Resolução CONAMA 04/1994, de 4 de maio de 1994;
• a categorização baseada nas informações advindas do campo e da análise
fitossociológica;
• as espécies com maior valor de importância;

b) Representação fitofisionômica e estado de conservação dos remanescentes estudados,


efetuada pelos biólogos de campo: Marcio Verdi, Anita Stival dos Santos e Susana Dreveck, durante os
trabalhos in loco.
c) Fotografias do aspecto da vegetação na data do levantamento, de autoria dos membros das
equipes;

d) Imagem Google Earth.

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual

Unidade Amostral 398 – localidade de Alto São Roque, Capinzal: 717 m de altitude, deslocamento 130 m a noroeste do Unidade Amostral 438 – localidade de Linha Caçador, Ouro: 779 m de altitude, deslocamento 156 m a sul do ponto
ponto central original, inventariada em 21 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 733,33 ind. central original, inventariada em 22 e 23 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 497,50
ha-1, 45 espécies, área basal 26,91 m2.ha-1, diâmetro médio 17,98 cm, altura total média 9,53 m, altura do fuste 4,92 m, altura ind.ha-1, 49 espécies, área basal 15,99 m2.ha-1, diâmetro médio 16,93 cm, altura total média 8,17 m, altura do fuste 4,81
dominante 16,34 m, índice de Shannon 3,13 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo m, altura dominante 14,23 m, índice de Shannon 3,33 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista, com altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floreta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista,
fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, muito alterada, pela exploração seletiva histórica de espécies,
com fisionomia de vegetação em estádio avançado, alterada, pela presença de estradas e exploração seletiva histórica e
bosqueamento, pastejo e presença de estradas. Espécies com maior valor de importância: Luehea divaricata, Machaerium
paraguariense, Nectandra megapotamica, M. stipitatum e N. lanceolata. Observações adicionais: dossel semi-contínuo e atual de espécies. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, N. lanceolata, Ocotea puberula,
variado com cobertura lenhosa aproximada de 70-80%. Sub-bosque presente, porém ralo. Destacam-se ainda as espécies: Eugenia rostrifolia e Luehea divaricata. Observações adicionais: dossel semi-contínuo e variado com cobertura lenhosa
Lonchocarpus campestris, Parapiptadenia rigida, Annona sylvatica, Chrysophyllum marginatum e Cupania vernalis, no aproximada de 75-80%. Destacam-se ainda as espécies: Prunus myrtifolia, Cupania vernalis, Machaerium stipitatum,
sub-bosque Allophylus edulis, Casearia sylvestris e mirtáceas e, na regeneração N. megapotamica, Prunus myrtifolia, C. Apuleia leiocarpa, Hovenia dulcis, no sub-bosque Allophylus edulis, A. puberulus, Actinostemon concolor e Pilocarpus
vernalis, Aspidosperma australe, Strychnos brasiliensis, Casearia sylvestris e L. divaricata. As árvores apresentam muitas pennatifolius entremeado por uma espécie de carazinho e taquara seca (Merostachys sp.), além de muitas lianas e, na
lianas, epífitos em sua maioria ausentes, exceto líquens e briófitas. A sinúsia herbácea é formada principalmente por espécies regeneração Myrsine umbellata, A. edulis, A. concolor, P. pennatifolius, Trichilia clausseni e N. lanceolata. As árvores
de pteridófitas e poáceas. apresentam muitas lianas e epífitos em sua maioria ausentes, exceto líquens. A sinúsia herbácea é formada principalmente
por espécies de pteridófitas e poáceas.

Unidade Amostral 435 – localidade Linha Vermelha, Caçador: 702 m de altitude, deslocamento 215 m a sul do ponto Unidade Amostral 487 – localidade Lajeado dos Pintos, Concórdia: 768 m de altitude, deslocamento 8 m a leste do
central original, inventariada em 21 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 510,35 ind.ha-1, ponto central original, inventariada em 20 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 467,84 ind.
34 espécies, área basal 17,75 m2.ha-1, diâmetro médio 16,05 cm, altura total média 9,97 m, altura do fuste 4,41 m, altura ha-1, 40 espécies, área basal 24,34 m2.ha-1, diâmetro médio 21,59 cm, altura total média 11,51 m, altura do fuste 3,68
dominante 14,61 m, índice de Shannon 3,07 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo m, altura dominante 18,28 m, índice de Shannon 3,28 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
estádio médio, alterada, com presença de estradas com 5 m de largura, lixo e espécies exóticas. Espécies com maior valor secundária em estádio avançado muito alterada, com presença de estradas no interior da Unidade Amostral, além de
de importância: Luehea divaricata, Hovenia dulcis, Syagrus romanzoffiana, Nectandra lanceolata e Ocotea puberula. exploração seletiva de espécies arbóreas. Espécies com maior valor de importância: Pilocarpus pennatifolius, Phytolacca
Observações adicionais: a cobertura florestal apresenta-se em 50% e o sub-bosque é ralo. O fragmento encontra-se em dioica, Chrysophyllum marginatum, Nectandra megapotamica e Eugenia uniflora. Observações adicionais: A cobertura
uma encosta com declividade de 12°. Destacam-se ainda as espécies: Campomanesia guazumifolia, Trichilia elegans, T. florestal apresenta-se descontínuo variando entre 30 e 60%. O fragmento encontra-se em uma encosta com declividade de
clausseni, Cupania vernalis, Lonchocarpus campestris, Cedrela fissilis, Diatenopteryx sorbifolia, Machaerium stipitatum 30°. Além de muitos cipós a Unidade Amostral também contém muitas taquaras e árvores mortas. Destacam-se ainda as
e Persea americana. espécies: Luehea divaricata, Aspidosperma australe, Pisonia ambigua e Annona sylvatica e, no sub-bosque Campomanesia
xanthocarpa, Trichilia elegans, Trichilia clausseni, Banara tomentosa, Actinostemon concolor e Justicia brasiliana.

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual

Unidade Amostral 494 – localidade Linha Barreira, Herval do Oeste: 808 m de altitude, deslocamento 291 m a nordeste Unidade Amostral 597 – Bairro Trevo, Chapecó: 724 m de altitude, deslocamento 430 m ao norte do ponto central
do ponto central original, inventariada em 22 e 24 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade original, inventariada em 25 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 475,00 ind.ha-1, 33 espécies,
572,50 ind.ha-1, 31 espécies, área basal 26,65 m2.ha-1, diâmetro médio 18,78 cm, altura total média 12,89 m, altura do fuste área basal 30,61 m2.ha-1, diâmetro médio 23,64 cm, altura total média 12,37 m, altura do fuste 6,26 m, altura dominante
6,69 m, altura dominante 18,97 m, índice de Shannon 2,35 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais 18,13 m, índice de Shannon 2,69 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média –
altura total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista, Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista, com fisionomia de
com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, alterada, evidência de pastejo e indícios de caça, este último vegetação secundária em estádio avançado, muito alterada, em grande parte demarcada por cercas, com a presença de gado,
denotado pela existência de cabanas de caçadores. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Nectandra espécies exóticas, área construída para fins de lazer, lixo e vestígios de pequenas fogueiras. Espécies com maior valor
megapotamica, Luehea divaricata, Cupania vernalis e N. lanceolata. Observações adicionais: Vegetação com baixa de importância: Myrocarpus frondosus, Casearia sylvestris, Parapiptadenia rigida, Nectandra megapotamica e Luehea
riqueza de espécies arbóreas, as árvores dossel com uma cobertura de copas de 10-50% e, o sub-bosque variando de ralo a divaricata. Observações adicionais: sinúsia arbórea caracterizada por cobertura de copas de 50 a 70% e sub-bosque em
médio. Destacam-se ainda as espécies: O. puberula e no sub-bosque Actinostemon concolor, Dahlstedtia pinnata, Urera sua maior parte denso. Destacam-se ainda as espécies: Annona sylvatica, Machaerium paraguariense, Chrysophyllum
baccifera e Merostachys multiramea. Sinúsia herbácea composta essencialmente por espécies de pteridófitas, acantáceas e marginatum, N. lanceolata e Araucaria angustifolia, o sub-bosque composto principalmente por mirtáceas e lauráceas,
piperáceas. Lianas e epífitos pouco abundantes. É importante salientar que entre as pteridófitas foi encontrado um indivíduo a sinúsia herbácea pouco expressiva, salvo por algumas espécies de piperáceas e pteridófitas. Lianas e epífitos pouco
fértil de Botrychium virginianum, espécie bastante rara. abundantes.

Unidade Amostral 537 – Linha Feliz, Guatambu: 480 m de altitude, inventariada em 20 de janeiro de 2009. Síntese da
análise fitossociológica: densidade 370,00 ind.ha-1, 43 espécies, área basal 27,62 m2.ha-1, diâmetro médio 24,51 cm, altura
total média 11,66 m, altura do fuste 5,66 m, altura dominante 18,14 m, índice de Shannon 3,37 nats.ind-1. Classificação da
vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo
diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, Unidade Amostral 712 – Pesqueiro do Meio, Xanxerê: 700 m de altitude, deslocamento 40 m a sudeste do ponto central
com fisionomia de vegetação secundária em estado avançado, muito alterada, com indícios de pastejo e exploração seletiva original, inventariada em 24 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: 531,65 ind.ha-1, 39 espécies, área
histórica. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Parapiptadenia rigida, N. lanceolata, basal 22,86 m2.ha-1, diâmetro médio 18,45 cm, altura total média 10,30 m, altura do fuste 5,74 m, altura dominante 17,99
Pilocarpus pennatifolius e Eugenia uniflora. Observações adicionais: Sinúsia arbórea com cobertura de copas entre 50 e m, índice de Shannon 3,08 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994
70% e sub-bosque variando de médio a denso. Destacam-se ainda as espécies: Campomanesia xanthocarpa, Ruprechtia do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de
laxiflora, Diatenopteryx sorbifolia, Chrysophyllum marginatum, Parapiptadenia rigida e Holocalyx balansae, no sub- sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado,
bosque em geral com muita Chusquea, lianas, Actinostemon concolor, Pilocarpus pennatifolius, Trichilia elegans e Sorocea alterada. Espécies com maior valor de importância: Nectandra lanceolata, Ocotea puberula, Ateleia glazioveana,
bonplandii e, sinúsia herbácea constituída por espécies de pteridófitas, como Anemia raddiana, Asplenium brasiliensis, Matayba elaeagnoides e O. diospyrifolia. Observações adicionais: A cobertura florestal apresenta-se descontínuo entre
além de poáceas e bromeliáceas, esta última também com indivíduos rupícolas. Lianas e epífitos pouco abundantes. 30 e 50% e o sub-bosque é ralo. Destacam-se ainda as espécies: Luehea divaricata, Cordia americana, Styrax leprosus,
Picrasma crenata, Casearia decandra, Ilex paraguariensis, Campomanesia xanthocarpa, Sebastiania commersoniana e N.
megapotamica, e no sub-bosque Campomanesia guazumifolia, Trichilia elegans, Piper sp., Cordyline spectabilis, Helietta
apiculata, Cupania vernalis e M. elaeagnoides.

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual

Unidade Amostral 918 – localidade de Café Filho, Anchieta: 830 m, deslocamento 197 m a nordeste do ponto central Unidade Amostral 1000 – localidade Lajeado do Crespus, Anita Garibaldi: 630 m de altitude, deslocamento 139 m a
original, inventariada em 23 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 522,50 ind.ha-1, 42 espécies, sudoeste do ponto central original, inventariada em 23 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade
área basal 13,31 m2.ha-1, diâmetro médio 14,47 cm, altura total média 9,10 m, altura do fuste 4,57 m, altura dominante 11,26 827,59 ind.ha-1, 23 espécies, área basal 33,09 m2.ha-1, diâmetro médio 18,89 cm, altura total média 7,39 m, altura do fuste
m, índice de Shannon 2,80 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do 4,81 m, altura dominante 13,17 m, índice de Shannon 2,79 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Médio e pela altura total média – Médio de sucessão. segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista, com fisionomia de vegetação secundária altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
em estádio médio, alterada, com presença de espécie exótica e indícios de exploração madeireira histórica. Espécies com secundária em estádio avançado, muito alterada, pela exploração seletiva histórica de espécies e corte raso, além de pastejo
maior valor de importância: Helietta apiculata, Nectandra lanceolata, Dasyphyllum tomentosum, Ocotea puberula e e bosqueamento. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Matayba elaeagnoides, Parapiptadenia
Parapiptadenia rigida. Observações adicionais: Sinúsia arbórea empreendendo uma cobertura de copas de 50 a 70%, rigida, Nectandra megapotamica e O. pulchella. Observações adicionais: fragmento situado no vale às margens do lago
formada por grande quantidade de árvores, porém de baixa estatura e diâmetro, com pouca riqueza específica e, o sub- do reservatório da UHE de Barra Grande no início de encosta com topografia fortemente ondulada e declividade de 38°. O
dossel descontínuo é praticamente uniforme com cobertura lenhosa aproximada de 80%, e sub-bosque é ralo. Destacam-
bosque denso. Destacam-se ainda as espécies: Syagrus romanzoffiana e Eugenia uniflora, no sub-bosque Actinostemon
se ainda as espécies: Luehea divaricata e Machaerium stipitatum, no sub-bosque Allophylus puberulus, Campomanesia
concolor e grande quantidade de regenerantes de espécies arbóreas, alternado por locais com predomínio de Chusquea sp., guazumifolia, N. megapotamica, P. rigida e Prunus myrtifolia, na regeneração Schinus terebinthifolius, Cinnamodendron
Merostachys multiramea e lianas, em geral arbustivas e espinescentes. Sinúsia herbácea pouco diversificada, composta em dinisii, Zanthoxylum rhoifolium e Bauhinia forficata. Baixa densidade de epífitos e lianas. A sinúsia herbácea praticamente
geral por espécies de pteridófitas, poáceas e orquidáceas. Epífitos pouco frequentes, sendo observadas pteridófitas. é formada por pteridófitas e poáceas.

Unidade Amostral 941 – Fazenda Lago Azul, Anita Garibaldi: 784 m de altitude, deslocamento 209 m a noroeste
do ponto central original, inventariada em 22 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: 535,00 ind.ha-1,
21 espécies, área basal 15,01 m2.ha-1, diâmetro médio 15,30 cm, altura total média 6,15 m, altura do fuste 3,86 m, altura
dominante 12,83 m, índice de Shannon 2,59 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura Unidade Amostral 1123 – localidade de Linha Silva, Celso Ramos: 627 m de altitude, deslocamento 256 m a leste
total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista, com do ponto central original, inventariada em 28 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 650,00
fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, muito alterada, pela exploração seletiva histórica de espécies e corte ind.ha-1, 29 espécies, área basal 20,15 m2.ha-1, diâmetro médio 15,56 cm, altura total média 8,66 m, altura do fuste 5,51
raso histórico, além de pastejo, bosqueamento e presença de estradas. Espécies com maior valor de importância: Helietta m, altura dominante 13,28 m, índice de Shannon 2,77 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
apiculata, Symplocos uniflora, Zanthoxylum fagara, Luehea divaricata e Ocotea pulchella. Observações adicionais: O segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 70-80%, e sub-bosque ralo. Destacam-se ainda as altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista,
espécies: Lithraea brasiliensis, Annona sylvatica e Ocotea puberula, no sub-bosque destacam-se mirtáceas, Campomanesia com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, muito alterada, pela presença de estrada, exploração seletiva
guazumifolia, Sebastiania commersoniana, Allophylus edulis e A. angustifolia e, na regeneração P. rigida, H. apiculata, histórica de espécies e pastejo. Espécies com maior valor de importância: Nectandra lanceolata, Ocotea puberula, N.
Strychnos brasiliensis, Z. fagara e Z. rhoifolium. Baixa densidade de epífitos e quando presente são pteridófitas e líquens. megapotamica, O. pulchella e Luehea divaricata. Observações adicionais: dossel semi-contínuo e praticamente uniforme
Alta densidade de lianas, e sinúsia herbácea praticamente formada por pteridófitas e poáceas. com cobertura lenhosa aproximada de 70-80%, sub-bosque denso. Destacam-se ainda as espécies: Zanthoxylum rhoifolium,
Parapiptadenia rigida, Albizia edwallii, Machaerium paraguariense, Lonchocarpus campestris, Annona rugulosa e Myrsine
coriacea, no sub-bosque Allophylus edulis, Actinostemon concolor, Trichilia elegans, Cordyline spectabilis, Campomanesia
guazumifolia, C. xanthocarpa, Eugenia uniflora, Dahlstedtia pinnata, Casearia decandra, Dicksonia sellowiana e algumas
mirtáceas, na regeneração T. elegans, Cupania vernalis, C. decandra, L. campestris, Sebastiania commersoniana, Cedrela
fissilis, Cinnamodendron dinisii, E. uniflora e P. rigida. Baixa densidade de epífitos e média de lianas. A sinúsia herbácea é
formada por pteridófitas, piperáceas, ciperáceas, orquidáceas e poáceas.

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual

Unidade Amostral 1187 – localidade Linha Fabris, Celso Ramos: 755 m de altitude, deslocamento 211 m a oeste do Unidade Amostral 1249 – localidade Nossa Senhora da Salete, Celso Ramos: 742 m, deslocamento 307 m a noroeste
ponto central original, inventariada em 15 e 16 de dezembro 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 692,50 do ponto central original, inventariada em 30 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 700,00
ind.ha-1, 48 espécies, área basal 26,90 m2h-1, diâmetro médio 19,24 cm, altura total média 11,63 m, altura do fuste 5,52 ind.ha-1, 36 espécies, área basal 17,55 m2ha-1, diâmetro médio 15,26 cm, altura total média 7,36 m, altura do fuste 4,02
m, altura dominante 16,72 m, índice de Shannon 3,20 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais m, altura dominante 13,00 m, índice de Shannon 2,82 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista, altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista,
com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, em bom estado de conservação. Espécies com maior valor com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, alterada, pela presença de estradas, exploração seletiva histórica
de importância: Luehea divaricata, Lithraea brasiliensis, Helietta apiculata, Cupania vernalis e Prunus myrtifolia. e recente de espécies e pastejo. Espécies com maior valor de importância: Cupania vernalis, Luehea divaricata, Ocotea
Observações adicionais: Sinúsia arbórea bastante rica e densa, formada por árvores pujantes, que proporcionam ao dossel pulchella, O. puberula e Annona sylvatica. Observações adicionais: O dossel semi-contínuo e praticamente uniforme com
uma cobertura de copas de 70% e, sub-bosque com densidade média. Destacam-se ainda as espécies: Zanthoxylum fagara, cobertura lenhosa aproximada de 80-90%, o sub-bosque denso com muitas arvoretas finas e lianas. Destacam-se ainda
as espécies: C. vernalis, O. puberula, Aspidosperma australe, Machaerium stipitatum, Cordia americana, L. divaricata,
Annona sylvatica, Casearia decandra, Erythroxylum deciduum e Cinnamodendron dinisii, no sub-bosque Trichilia elegans,
Lonchocarpus campestris, Inga sp., Annona sp., Agonandra excelsa e Zanthoxylum rhoifolium, no sub-bosque L.
Urera baccifera e Merostachys multiramea. Sinúsia herbácea bastante densa, constituída por espécies terrícolas e rupícolas campestris, Campomanesia guazumifolia e Annona sp., na regeneração Cordia americana, A. australe, Casearia sylvestris,
de piperáceas, pteridófitas, cactáceas e bromeliáceas. Pela umidade do local, abundam briófitas sobre as árvores e rochas, L. campestris, Sebastiania brasiliensis, Bauhinia forficata e Chrysophyllum marginatum. Baixa densidade de epífitos e alta
além de grande quantidade de epífitos vasculares, tais como: Aechmea calyculata e Oncidium sphegiferum. densidade de lianas. A sinúsia herbácea é formada por poáceas, orquidáceas, bromeliáceas, Elephantopus mollis, Sida sp. e
Ocimum selloi.

Unidade Amostral 1188 – localidade São Francisco, Campos Novos: 707 m de altitude, deslocamento 500 m a leste do
ponto central original, inventariada em 19 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 412,50 ind.
ha-1, 30 espécies, área basal 14,95 m2.ha-1, diâmetro médio 16,91 cm, altura total média 8,16 m, altura do fuste 4,37 m, altura
dominante 13,67 m, índice de Shannon 2,84 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo Unidade Amostral 1318 – localidade Fazenda Tupininga, Zortéa: 657 m de altitude, deslocamento 30 m a norte do
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total ponto central original, inventariada em 17 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 717,50 ind.
média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária ha-1, 43 espécies, área basal 25,44 m2.ha-1, diâmetro médio 17,41 cm, altura total média 9,89 m, altura do fuste 5,18 m, altura
em estádio médio, muito alterada, pela exploração seletiva histórica e corte raso das espécies. Espécies com maior valor dominante 16,39 m, índice de Shannon 3,12 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
de importância: Ocotea puberula, Nectandra lanceolata, N. megapotamica, Cupania vernalis e Parapiptadenia rigida. resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
Observações adicionais: O dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 70% e sub-bosque média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista, com fisionomia
médio. Destacam-se ainda as espécies: Cedrela fissilis, Luehea divaricata e Trema micrantha, o sub-bosque com poucas de vegetação secundária em estádio avançado, alterada, pela exploração seletiva histórica de espécies e pastejo. Espécies
taquaras secas (Merostachys sp.) e muitas lianas, além de Cordyline spectabilis, Dahlstedtia pinnata, Urera baccifera, com maior valor de importância: Matayba elaeagnoides, Nectandra megapotamica, Ocotea puberula, N. lanceolata
Justicia brasiliana e Dicksonia sellowiana, a regeneração Lonchocarpus campestris, Matayba elaeagnoides, C. vernalis, e Luehea divaricata. Observações adicionais: dossel semi-contínuo com cobertura lenhosa aproximada de 90% e sub-
N. megapotamica, T. micranta, Campomanesia guazumifolia, C. xanthocarpa, C. fissilis e Casearia sylvestris. Baixa bosque médio. Destacam-se ainda as espécies: Ateleia glazioveana, Prunus myrtifolia, Cupania vernalis, Cedrela fissilis,
diversidade de epífito e grande densidade de lianas. A sinúsia herbácea é formada por comelináceas, poáceas e mais Syagrus romanzoffiana, Cordia americana e Hovenia dulcis, o sub-bosque com poucas taquaras secas (Merostachys sp.) e
abundantes pteridófitas. cará verde (Chusquea sp.), além de Actinostemon concolor, Cordyline spectabilis, Dahlstedtia pinnata, Trichilia elegans,
Allophylus guaraniticus e Justicia brasiliana, na regeneração Diatenopteryx sorbifolia, Lonchocarpus campestris, Helietta
apiculata, Myrcia bombycina, Campomanesia xanthocarpa, N. megapotamica, P. myrtifolia, Styrax leprosus, Chrysophyllum
gonocarpum, C. vernalis e M. elaeagnoides. Baixa densidade de epífito e média de lianas. A sinúsia herbácea é formada por
orquidáceas (Galeandra beyrichii e Govenia urticulata), piperáceas, comelináceas e pteridófitas.

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual

Unidade Amostral 1388 – localidade Passo Raso, Zortéa: 661 m de altitude, deslocamento 166 m a sudoeste do ponto Unidade Amostral 1536 – localidade de Linha Floresta, Alta Bela Vista: 450 m de altitude, deslocamento 80 m a sul do
central original, inventariada em 18 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 580,00 ind.ha-1, ponto central original, inventariada em 27 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 544,74 ind.
57 espécies, área basal 24,61 m2.ha-1, diâmetro médio 20,43 cm, altura total média 8,65 m, altura do fuste 4,53 m, altura ha-1, 40 espécies, área basal 17,86 m2ha-1, diâmetro médio 18,14 cm, altura total média 14,64 m, altura do fuste 5,55 m, altura
dominante 15,05 m, índice de Shannon 3,64 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo dominante 23,17 m, índice de Shannon 3,10 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primária, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista, com média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, muito alterada, pela exploração seletiva histórica e corte raso, em estádio médio, muito alterada. Espécies com maior valor de importância: Hovenia dulcis, Persea americana, Luehea
bosqueamento e pastejo. Espécies com maior valor de importância: Luehea divaricata, Cinnamodendron dinisii, Ocotea divaricata, Nectandra megapotamica e N. lanceolata. Observações adicionais: cobertura do dossel apresentava-se com
diospyrifolia, Helietta apiculata e Lithraea brasiliensis. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com 60% e o sub-bosque é médio. Destacam-se ainda as espécies: Syagrus romanzoffiana, Cabralea canjerana e Myrsine
cobertura lenhosa aproximada de 70% e sub-bosque ralo. Destacam-se ainda as espécies: Prunus myrtifolia, Cedrela umbellata, no sub-bosque Trichilia clausseni, M. umbellata e Allophylus edulis.
fissilis, Cordia americana, C. trichotoma, Cupania vernalis, Lonchocarpus campestris, Annona sp., Myrcianthes pungens
e Styrax leprosus, no sub-bosque poucas taquaras secas (Merostachys sp.) e muitas lianas, além de Actinostemon concolor,
Dahlstedtia pinnata, Urera baccifera, Piper sp. e Justicia brasiliana, na regeneração Myrcia bombycina, C. americana,
C. vernalis, Pilocarpus pennatifolius, H. apiculata, Celtis iguanaea, Casearia sylvestris, M. pungens, Campomanesia
guazumifolia, C. xanthocarpa e L. campestris. Os forófitos apresentam baixa densidade de epífitos, sendo observadas
Sinningia douglasii, bromeliáceas, cactáceas, briófitas e líquens. As árvores e o sub-bosque apresentam grande densidade
de lianas. A sinúsia herbácea é formada por Elephantopus mollis, Ocimum selloi, comelináceas e poáceas.

Unidade Amostral 1542 – localidade de Linha Lindemberg, Capinzal: 584 m de altitude, deslocamento 100 m ao leste
do ponto central original, inventariada em 01 de abril de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 597,50 ind.
ha-1, 33 espécies, área basal 18,74 m2ha-1, diâmetro médio 16,49 cm, altura total média 8,63 m, altura do fuste 4,68 m, altura
Unidade Amostral 1461 – localidade Linha Planalto, Piratuba: 615 m de altitude, deslocamento 30 m ao norte do dominante 14,60 m, índice de Shannon 2,61 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
ponto central original, inventariada em 31 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 632,00 resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura
ind.ha-1, 30 espécies, área basal 20,26 m2.ha-1, diâmetro médio 17,33 cm, altura total média 9,65 m, altura do fuste 5,13 total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista, com
m, altura dominante 16,70 m, índice de Shannon 2,14 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, muito alterada, pela presença de estradas, exploração seletiva, corte
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela raso histórico e recente de espécies. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Luehea divaricata,
altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação Nectandra megapotamica, Ateleia glazioveana e Cedrela fissilis. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado
secundária em estádio médio, alterada, pela exploração seletiva e rasa histórica de espécies. Espécies com maior valor de com cobertura lenhosa aproximada de 60-70% e sub-bosque médio. Destacam-se ainda as espécies: N. lanceolata, Prunus
importância: Ateleia glazioveana, Luehea divaricata, Nectandra megapotamica, Syagrus romanzoffiana e N. lanceolata. myrtifolia, Araucaria angustifolia, Lonchocarpus campestris e Syagrus romanzoffiana, o sub-bosque com poucas taquaras
Observações adicionais: dossel semi-contínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 50-60%, sub-bosque secas (Merostachys sp.), Actinostemon concolor, Dahlstedtia pinnata, Allophylus guaraniticus, Piper sp., Trichilia elegans,
médio. Destacam-se ainda as espécies: Prunus myrtifolia, Cedrela fissilis, Lonchocarpus campestris, Casearia decandra, Justicia brasiliana e Cordyline spectabilis, na regeneração P. myrtifolia, N. lanceolata, N. megapotamica, O. diospyrifolia, A.
Cabralea canjerana e Sapium glandulosum, o sub-bosque com poucas taquaras secas (Merostachys sp.) e Actinostemon angustifolia, Diatenopteryx sorbifolia, Cordia americana, Cupania vernalis, Chrysophyllum marginatum, C. gonocarpum,
concolor, Dahlstedtia pinnata, Urera baccifera, Piper sp., Trichilia elegans, Justicia brasiliana e Cordyline spectabilis, na Ilex paraguariensis, I. brevicuspis, Balfourodendron riedelianum, A. edulis, Myrsine sp., Casearia decandra, Strychnos
regeneração Cupania vernalis, N. lanceolata, N. megapotamica, Ocotea diospyrifolia, Ilex paraguariensis, Styrax leprosus, brasiliensis e L. campestris. Baixa densidade de epífitos e lianas. A sinúsia herbácea é formada por Elephantopus mollis,
C. fissilis, C. canjerana, Tabernaemontana catharinensis, L. campestris, Chrysophyllum gonocarpum, Zanthoxylum Ocimum selloi, orquidáceas, pteridófitas, poáceas e piperáceas.
rhoifolium, A. glazioveana e muitas O. odorifera. Baixa densidade de epífitos e média de lianas. A sinúsia herbácea é
formada por Hydrocotyle quinqueloba, Elephantopus mollis, pteridófitas, marantáceas e poáceas.

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual

Unidade Amostral 1616 – Centro, Peritiba: 611 m de altitude, inventariada em 29 de novembro de 2008. Síntese da Unidade Amostral 1619 – localidade de Linha Ferraz, Ipira: 575 m de altitude, deslocamento 80 m ao sul do ponto
análise fitossociológica: 525,00 ind.ha-1, 49 espécies, área basal 20,86 m2.ha-1, diâmetro médio 18,99 cm, altura total central original, inventariada em 29 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 383,80 ind.ha-1,
média 9,33 m, altura do fuste 6,33 m, altura dominante 15,41 m, índice de Shannon 3,22 nats.ind-1. Classificação da 29 espécies, área basal 17,46 m2.ha-1, diâmetro médio 18,52 cm, altura total média 12,91 m, altura do fuste 4,48 m, altura
vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo dominante 18,29 m, índice de Shannon 2,63 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura
Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado. Espécies com maior valor de importância: total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
Nectandra megapotamica, Parapiptadenia rigida, Ocotea puberula, Cupania vernalis e N. lanceolata. Observações secundária em estádio médio, alterada. Espécies com maior valor de importância: Luehea divaricata, Ocotea puberula,
adicionais: dossel semi-contínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 70-80%, o sub-bosque médio a ralo. Nectandra megapotamica, Hovenia dulcis e Ficus luschnathiana. Observações adicionais: dossel apresentava-se acima de
Destacam-se ainda as espécies: Casearia sylvestris, Machaerium stipitatum, Myrocarpus frondosus, Ocotea diospyrifolia, 50% e sub-bosque ralo com poucas arvoretas. Destacam-se ainda as espécies: Balfourodendron riedelianum, Phytolacca
Lonchocarpus campestris, Helietta apiculata e Hovenia dulcis, o sub-bosque com taquara seca (Merostachys sp.) e cará dioica e, no sub-bosque Pilocarpus pennatifolius e Trichilia clausseni.
verde (Chusquea sp.) predominam mirtáceas, Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii, Trichilia clausseni, Pilocarpus
pennatifolius e Allophylus edulis, na regeneração A. concolor, P. pennatifolius, P. rigida, Campomanesia guazumifolia,
Sebastiania brasiliensis, S. commersoniana, C. vernalis, L. campestris, M. stipitatum e Luehea divaricata. Baixa densidade
de epífitos e muitas lianas. A sinúsia herbácea é representada por poucas espécies de poáceas e pteridófitas.

Unidade Amostral 1693 – localidade Linha Sertão, Concórdia: 584 m de altitude, deslocamento 111 m ao sul do ponto
central original, inventariada em 26 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 547,22 ind.ha-1,
32 espécies, área basal 13,03 m2ha-1, diâmetro médio 14,96 cm, altura total média 7,11 m, altura do fuste 4,60 m, altura
dominante 14,06 m, índice de Shannon 2,89 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
Unidade Amostral 1618 – localidade Linha dos Pintos, Ipira: 653 m de altitude, deslocamento 100 m a Oeste do ponto resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Médio e pela altura total média
central original, inventariada em 01 de dezembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 400,00 ind. – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em
ha-1, 19 espécies, área basal 13,44 m2.ha-1, diâmetro médio 16,15 cm, altura total média 13,79 m, altura do fuste 4,19 estádio médio, muito alterada, pela exploração seletiva histórica e corte raso de espécies e pastejo. Espécies com maior
m, altura dominante 18,02 m, índice de Shannon 1,79 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais valor de importância: Ocotea puberula, Nectandra lanceolata, Cedrela fissilis, Myrsine umbellata e Myrsine coriacea.
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 60-70%, sub-bosque denso.
total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação Destacam-se ainda as espécies: Ilex paraguariensis, I. microdonta, M. coriacea, Luehea divaricata, Syagrus romanzoffiana,
secundária em estádio médio, alterada. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Nectandra lanceolata, Hovenia dulcis e um indivíduo de Araucaria angustifolia, no sub-bosque Miconia sp., Piper sp. e Allophylus puberulus,
N. megapotamica, Cedrela fissilis e Myrsine umbellata. Observações adicionais: cobertura do dossel apresentava-se com na regeneração M. umbellata, A. puberulus, A. edulis, O. puberula, Matayba elaeagnoides, Cupania vernalis e C. fissilis.
mais de 50% e sub-bosque é ralo. Destacam-se ainda as espécies: Luehea divaricata, Hovenia dulcis, Inga marginata, As árvores apresentam poucas lianas e epífitos e a sinúsia herbácea é formada por poucas espécies de poáceas, piperáceas,
Citronela paniculata e Vitex megapotamica, no sub-bosque Cupania vernalis, C. fissilis, Prunus myrtifolia, Casearia melastomatáceas e pteridófitas.
sylvestris, Lonchocarpus campestris e Myrsine umbellata.

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual

Unidade Amostral 1694 – localidade Linha Kaiser, Concórdia: 511 m de altitude, deslocamento 5 m a nordeste do Unidade Amostral 1770 – localidade Linha Campina Goio-Ên, Chapecó: 605 m de altitude, deslocamento 25 m a
ponto central original, inventariada em 25 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 360,96 noroeste do ponto central original, inventariada em 22 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade
ind.ha-1, 33 espécies, área basal 15,45 m2.ha-1, diâmetro médio 18,36 cm, altura total média 10,16 m, altura do fuste 7,09 437,50 ind.ha-1, 59 espécies, área basal 14,68 m2.ha-1, diâmetro médio 17,60 cm, altura total média 9,00 m, altura do fuste
m, altura dominante 16,93 m, índice de Shannon 2,94 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais 3,97 m, altura dominante 13,29 m, índice de Shannon 3,66 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
secundária em estádio médio, muito alterada, pela presença de estradas e exploração seletiva histórica de espécies e secundária em estádio avançado até inicial, profundamente alterada, coberta em grande parte por Chusquea e Pteridium
perturbações presentes dentro da Unidade Amostral. Espécies com maior valor de importância: Nectandra lanceolata, arachnoideum e com a presença de espécies exóticas. Espécies com maior valor de importância: Prunus myrtifolia,
N. megapotamica, Luehea divaricata, Ocotea puberula e Erythrina falcata. Observações adicionais: dossel descontínuo e Casearia sylvestris, Luehea divaricata, Tabernaemontana catharinensis e Nectandra lanceolata. Observações adicionais:
variado com cobertura lenhosa aproximada de 60-70% e, sub-bosque denso. Destacam-se ainda as espécies: Cryptocarya Sinúsia arbórea proporcionando uma cobertura de copas de até 50%, e sub-bosque variando de ralo a denso. Destacam-se
aschersoniana, Cupania vernalis, Machaerium stipitatum e Hovenia dulcis, no sub-bosque Myrsine umbellata e grande ainda as espécies: Calyptranthes tricona, Cordia ecalyculata, Chrysophyllum marginatum, Ocotea odorifera, Syagrus
densidade de lianas, na regeneração Allophylus puberulus, M. stipitatum e também se observou indivíduos jovens de romanzoffiana e Schinus terebinthifolius. Epífitos pouco frequentes e sinúsia herbácea pouco diversificada, formada
Araucaria angustifolia e O. odorifera. Grande densidade de lianas e baixa densidade e diversidade de epífitos. A sinúsia principalmente por espécies de poáceas e pteridófitas.
herbácea é composta principalmente por espécies de piperáceas e pteridófitas.

Unidade Amostral 1703 – localidade Florão da Serra, Campos Novos: 585 m de altitude, deslocamento 310 m a noroeste
do ponto central original, inventariada em 19 e 20 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade
404,04 ind.ha-1, 21 espécies, área basal 8,34 m2.ha-1, diâmetro médio 14,02 cm, altura total média 6,03 m, altura do fuste
3,04 m, altura dominante 9,46 m, índice de Shannon 2,09 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais Unidade Amostral 1774 – localidade de Poço Rico, Concórdia: 608 m de altitude, deslocamento 177 m a sudeste do
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Médio e pela altura total ponto central original, inventariada em 27 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 334,62 ind.
média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária ha-1, 34 espécies, área basal 7,82 m2.ha-1, diâmetro médio 15,03 cm, altura total média 6,43 m, altura do fuste 4,77 m, altura
em estádio médio, muito alterada, pela exploração seletiva e corte raso histórico de espécies, pastejo e presença de estradas. dominante 12,64 m, índice de Shannon 3,07 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Matayba elaeagnoides, Nectandra megapotamica e resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Inicial, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
Phytolacca dioica. Observações adicionais: o ponto central situado em uma estrada com cobertura lenhosa aproximada média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
de 50-60% e o sub-bosque é denso. Destacam-se ainda as espécies: N. lanceolata, Diatenopteryx sorbifolia e Luehea em estádio médio, muito alterada, pela exploração seletiva de madeira e corte raso de espécies. Espécies com maior
divaricata, o sub-bosque com taquara seca (Merostachys sp.), Hennecartia omphalandra, Urera baccifera, Dahlstedtia valor de importância: Nectandra megapotamica, Hovenia dulcis, Ocotea puberula, N. lanceolata e Luehea divaricata.
pinnata e Cereus sp., na regeneração Allophylus puberulus, Cupania vernalis, N. megapotamica, Syagrus romanzoffiana, Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 70-80% e sub-bosque denso.
Schinus terebinthifolius e Manihot grahamii. Baixa densidade e diversidade de epífitos e densidade média de lianas. A Destacam-se ainda as espécies: Cupania vernalis, Chrysophyllum gonocarpum e C. marginatum, o sub-bosque com
sinúsia herbácea é formada por poáceas, piperáceas, ciperáceas e pteridófitas. cará verde (Chusquea sp.), Actinostemon concolor e grande densidade de lianas, na regeneração N. megapotamica, C.
vernalis, Myrsine umbellata, Aspidosperma australe e Sorocea bonplandii. Baixa densidade de epífitos e a sinúsia herbácea
é composta por poáceas e poucas pteridófitas.

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual

Unidade Amostral 1775 – localidade de Pinheiro Preto, Concórdia: 503 m de altitude, inventariada em 28 de novembro de Unidade Amostral 1859 – localidade Linha Aparecida, Paial: 470 m de altitude, inventariada em 30 de janeiro de
2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 418,92 ind.ha-1, 38 espécies, área basal 22,77 m2.ha-1, diâmetro médio 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 308,57 ind.ha-1, 34 espécies, área basal 21,00 m2.ha-1, diâmetro médio
21,55 cm, altura total média 10,22 m, altura do fuste 6,39 m, altura dominante 18,76 m, índice de Shannon 3,19 nats.ind-1. 23,73 cm, altura total média 10,93 m, altura do fuste 4,31 m, altura dominante 16,97 m, índice de Shannon 3,17 nats.ind-1.
Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal
– Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta
Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançada em uma das subunidades, muito alterada, Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançada, muito alterada por corte seletivo,
pela exploração seletiva histórica de espécies, corte raso, agricultura, bosqueamento, pastejo e presença de estrada. Espécies supressão da floresta para plantio de exóticas. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica,
com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, N. lanceolata, Cupania vernalis, Machaerium stipitatum e Solanum mauritianum, Luehea divaricata, N. lanceolata e Chrysophyllum gonocarpum. Observações adicionais: dossel
Luehea divaricata. Observações adicionais: dossel semi-contínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 70- apresentava-se descontínuo variando entre 30 e 50%, e o sub-bosque é ralo com poucas arvoretas. Destacam-se ainda as
80% e sub-bosque médio. Destacam-se ainda as espécies: Ocotea puberula, Matayba elaeagnoides, Cabralea canjerana, espécies: Chrysophyllum gonocarpum, Cabralea canjerana, Cordia americana, Casearia sylvestris, Cupania vernalis,
Parapiptadenia rigida, Prunus myrtifolia e Hovenia dulcis, o Sub-bosque com cará verde (Chusquea sp.), taquara seca Parapiptadenia rigida e Hovenia dulcis, no sub-bosque Trichilia clausseni, C. vernalis, L. divaricata, Urera baccifera e
(Merostachys sp.), mirtáceas, Sorocea bonplandii, Guarea macrophylla, Cyathea sp., Esenbeckia grandiflora e Piper sp., Boehmeria caudata.
na regeneração Trema micrantha, Boehmeria caudata, Campomanesia xanthocarpa, Casearia decandra, Inga marginata,
Cupania vernalis, Casearia sylvestris, Allophylus edulis, Cedrela fissilis e Aspidosperma australe. Baixa densidade de
epífitos e lianas. Na sinúsia herbácea encontram-se poucas espécies de poáceas e pteridófitas.

Unidade Amostral 1861 – localidade de Ponte Preta, Itá: 540 m de altitude, deslocamento 400 m a nordeste do ponto
central original, inventariada em 23 de fevereiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 367,50 ind.ha-1,
44 espécies, área basal 16,42 m2.ha-1, diâmetro médio 20,42 cm, altura total média 10,50 m, altura do fuste 4,63 m, altura
dominante 17,00 m, índice de Shannon 3,42 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
em estádio médio. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Trichilia clausseni, Cabralea
Unidade Amostral 1787 – localidade Santa Bárbara, Ouro: 647 m de altitude, deslocamento 120 m a sul do ponto central canjerana, Apuleia leiocarpa e Sebastiania brasiliensis. Observações adicionais: A cobertura florestal apresentava-
original, inventariada em 18 e 19 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 395,00 ind.ha-1, 40 se com 50% e o sub-bosque com muitas arvoretas. Destacam-se ainda as espécies: Machaerium stipitatum, Inga sp.,
espécies, área basal 3,32 m2.ha-1, diâmetro médio 22,39 cm, altura total média 9,07 m, altura do fuste 5,53 m, altura dominante Myrsine umbellata, Balfourodendron riedelianum, Solanum mauritianum e Campomanesia xanthocarpa, no sub-bosque
16,07, índice de Shannon 3,21 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 Actinostemon concolor, T. elegans, T. clausseni, Cupania vernalis, Sorocea bonplandii, Urera baccifera e Chusquea sp.
do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de
sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado,
muito alterada, pela exploração seletiva histórica, corte raso de espécies e em alguns trechos por pastejo e bosqueamento.
Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Ruprechtia laxiflora, Diatenopteryx sorbifolia,
Pilocarpus pennatifolius e Ocotea puberula. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa
aproximada de 70-80% e sub-bosque denso. Destacam-se ainda as espécies: N. lanceolata, Diatenopteryx sorbifolia,
Prunus myrtifolia, Cupania vernalis, Aspidosperma australe, Machaerium stipitatum, Parapiptadenia rigida e Myrocarpus
frondosus, no sub-bosque Actinostemon concolor e Pilocarpus pennatifolius, na regeneração A. concolor, P. pennatifolius,
Eugenia uniflora, C. vernalis e N. megapotamica. Densidade média de epífitos e grande de lianas. A sinúsia herbácea é
formada por poáceas e pteridófitas.

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual

Unidade Amostral 1864 – localidade Linha Vitória, Seara: 531 m de altitude, deslocamento 200 m a oeste do ponto Unidade Amostral 1959 – localidade de Água Amarela, Chapecó: 666 m de altitude, inventariada em 22 de janeiro de
central original, inventariada em 16 e 17 de dezembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 482,50 ind. 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 605,00 ind.ha-1, 45 espécies, área basal 20,08 m2.ha-1, diâmetro médio
ha-1, 39 espécies, área basal 22,60 m2.ha-1, diâmetro médio 20,58 cm, altura total média 12,13 m, altura do fuste 4,76 m, 17,44 cm, altura total média 8,96 m, altura do fuste 4,05 m, altura dominante 13,33 m, índice de Shannon 2,70 nats.ind-1.
altura dominante 19,26 m, índice de Shannon 3,05 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta
média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, muito alterada, pelo pastejo, roçada de sub-
em estádio médio, alterada. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Trichilia clausseni, bosque e presença da espécie exótica. Espécies com maior valor de importância: Casearia sylvestris, Sapium glandulosum,
Luehea divaricata, Syagrus romanzoffiana e Pilocarpus pennatifolius. Observações adicionais: cobertura do dossel Ocotea puberula, Nectandra lanceolata e Lonchocarpus campestris. Observações adicionais: sinúsia arbórea com baixa
apresentava em 50% e o sub-bosque é raro. Destacam-se ainda as espécies: Cupania vernalis, Machaerium stipitatum e riqueza específica, proporcionam ao dossel uma cobertura de copas entre 50 e 70%, sub-bosque variando de médio a ralo.
Diatenopteryx sorbifolia, no sub-bosque Sorocea bonplandii, Actinostemon concolor, P. pennatifolius, Allophylus edulis, Destacam-se ainda as espécies: Pisonia ambigua e o sub-bosque com muitas lianas e predomínio de Urera baccifera e
C. vernalis e T. clausseni. piperáceas, sendo poucos os regenerantes de espécies arbóreas ou características da sinúsia das arvoretas. Sinúsia herbácea
constituída por espécies de piperáceas, poáceas, rubiáceas e pteridófitas. Epífitos pouco frequentes.

Unidade Amostral 1869 – localidade Linha Marchezan, Concórdia: 741 m de altitude, deslocamento 97 m a nordeste
do ponto central original, inventariada em 26 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 452,50 Unidade Amostral 1961 – localidade Linha Monte Claro, Paial: 539 m de altitude, deslocamento 200 m a norte do
ind.ha-1, 31 espécies, área basal 28,99 m2.ha-1, diâmetro médio 21,27 cm, altura total média 13,72 m, altura do fuste 7,68 ponto central original, inventariada em 25 de fevereiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 543,59
m, altura dominante 19,67 m, índice de Shannon 2,87 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais ind.ha-1, 50 espécies, área basal 23,57 m2.ha-1, diâmetro médio 19,21 cm, altura total média 9,13 m, altura do fuste 4,79
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela m, altura dominante 18,07 m, índice de Shannon 3,25 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
altura total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
secundária em estádio avançada muito alterada, com indícios de exploração madeireira histórica. Espécies com maior altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
valor de importância: Nectandra lanceolata, Ocotea puberula, Luehea divaricata, Cedrela fissilis e N. megapotamica. secundária em estádio médio, alterada. Espécies com maior valor de importância: Cyathea corcovadensis, Nectandra
Observações adicionais: sinúsia arbórea constituída, em geral praticamente sem epífitos, empreendendo uma cobertura lanceolata, Trichilia clausseni, Chrysophyllum marginatum e Prunus myrtifolia. Observações adicionais: a cobertura
de copas de 11-50% e, sub-bosque com densidade média. Destacam-se ainda as espécies: no sub-bosque Actinostemon florestal encontra-se praticamente contínua em torno de 50%, e o sub-bosque é ralo. Destacam-se ainda as espécies: C.
concolor, Hybanthus bigibbosus e grande quantidade de lianas espinescentes. Sinúsia herbácea composta por espécies de gonocarpum, N. megapotamica, Cedrela fissilis, Inga marginata, Ocotea odorifera, Apuleia leiocarpa, Banara tomentosa,
pteridófitas e acantáceas, além de várias plântulas de Balfourodendron riedelianum. Myrocarpus frondosus, O. diospyrifolia e Hovenia dulcis, no sub-bosque Actinostemon concolor, Trichilia clausseni,
Myrsine umbellata, T. elegans, Urera baccifera, Boehmeria caudata, Sorocea bonplandii e Cyathea corcovadensis.

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual

Unidade Amostral 1965 – localidade de Linha Dois Irmãos, Seara: 620 m de altitude, inventariada em 28 de janeiro Unidade Amostral 2051 - localidade de Laranjeira, Itapiranga: 259 m de altitude, deslocamento 115 m ao leste do
de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 492,86 ind.ha-1, 42 espécies, área basal 24,26 m2.ha-1, diâmetro ponto central original, inventariada em 14 de fevereiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 192,50
médio 19,91 cm, altura total média 10,64 m, altura do fuste 4,82 m, altura dominante 17,72 m, índice de Shannon 3,17 nats. ind.ha-1, 28 espécies, área basal 12,62 m2.ha-1, diâmetro médio 24,29 cm, altura total média 9,95 m, altura do fuste 6,02
ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área m, altura dominante 21,00 m, índice de Shannon 2,95 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, alterada. Espécies com maior altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
valor de importância: Cyathea sp., Nectandra megapotamica, Allophylus edulis, Luehea divaricata e Cupania vernalis. secundária em estádio avançado, muito alterada, pela presença de estradas e histórica exploração seletiva de espécies.
Observações adicionais: a cobertura do dossel apresentava-se em 50%. Destacam-se ainda as espécies: Lonchocarpus Espécies com maior valor de importância: Cabralea canjerana, Nectandra megapotamica, Heliocarpus popayanensis,
campestris, Annona emarginata, Ocotea diospyrifolia, Coussarea contracta e Coutarea hexandra, no sub-bosque Trichilia Apuleia leiocarpa e Maclura tinctoria. Observações adicionais: O dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa
clausseni, Actinostemon concolor, Dalbergia frutescens, Sorocea bonplandii e Cupania vernalis. aproximada de 50-60%. Destacam-se ainda as espécies: Cedrela fissilis, Cordia trichotoma, C. ecalyculata, Aloysia
virgata, Solanum mauritianum, Syagrus romanzoffiana, Trichilia clausseni e Jacaratia spinosa, o sub-bosque com cará
verde (Chusquea sp.), Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii, Trichilia elegans, Piper sp. e mirtáceas, na regeneração
N. megapotamica, C. canjerana, Inga marginata, Lonchocarpus sp., Parapiptadenia rigida, Balfourodendron riedelianum,
Sorocea bonplandii, Pilocarpus pennatifolius, Guarea macrophylla, T. clausseni, T. elegans e Piper sp. Baixa densidade de
epífitos e alta densidade de lianas. A sinúsia herbácea é formada por pteridófitas, comelináceas e marantáceas.

Unidade Amostral 1970 – localidade Linha dos Grando, Concórdia: 530 m de altitude, deslocamento 175 m a noroeste
do ponto central original, inventariada em 25 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 505,00
ind.ha-1, 30 espécies, área basal 18,63 m2.ha-1, diâmetro médio 17,16 cm, altura total média 11,59 m, altura do fuste 6,19
m, altura dominante 16,80 m, índice de Shannon 2,61 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
secundária em estádio médio, alterada pelo efeito de borda, mata ciliar, com presença de espécie exótica. Espécies
com maior valor de importância: Ocotea puberula, Luehea divaricata, Nectandra megapotamica, Cedrela fissilis e Unidade Amostral 2056 – localidade Linha Itacuruçú, São João do Oeste: 309 m de altitude, deslocamento 318
Cryptocarya aschersoniana. Observações adicionais: Sinúsia arbórea composta por árvores não muito altas, formando m a nordeste do ponto central original, inventariada em 11 de fevereiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica:
um dossel descontínuo, com cobertura de copas de 10 a 50% e, sub-bosque ralo a médio. Destacam-se ainda as espécies: densidade 528,00 ind.ha-1, 31 espécies, área basal 13,26 m2.ha-1, diâmetro médio 15,46 cm, altura total média 6,76 m, altura
lauráceas, no sub-bosque Actinostemon concolor, Eugenia uniflora, Trichilia elegans e muitas lianas espinescentes. Epífitos do fuste 3,85 m, altura dominante 11,56 m, índice de Shannon 2,67 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios
vasculares quase que inexistentes, com exceção de Tillandsia tenuifolia. Sinúsia herbácea bastante diferenciada entre as sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado
subunidades, mas em geral constituída por um grande número de pteridófitas, tais como Asplenium clausseni e Anemia e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de
phyllitidis, além de acantáceas e piperáceas. vegetação secundária em estádio médio, muito alterada, pela presença de estradas, exploração seletiva histórica de espécies
e pastejo. Espécies com maior valor de importância: Syagrus romanzoffiana, Aloysia virgata, Machaerium stipitatum,
Luehea divaricata e Parapiptadenia rigida. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa
aproximada de 30-40% e o Sub-bosque denso. Destacam-se ainda as espécies: Casearia sylvestris, Diatenopteryx
sorbifolia, Cordia americana, Luehea divaricata e Hovenia dulcis, o sub-bosque com muito cará verde (Chusquea sp.) e
lianas, destacam-se ainda Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii, Trichilia elegans, Urera baccifera e Piper sp., na
regeneração Balfourodendron riedelianum, C. americana, Holocalyx balansae, Guarea macrophylla, Cupania vernalis,
Urera baccifera, Bauhinia forficata e Trichilia elegans. As árvores apresentam alta densidade de lianas; epífitos não foram
observados. A sinúsia herbácea é formada por poucas poáceas e pteridófitas.

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual

Unidade Amostral 2077 – localidade de Lajeado Cruzeiro, Seara: 546 m de altitude, deslocamento 495 m a sudeste do Unidade Amostral 2081 – localidade Linha Salete, Seara: 720 m de altitude, deslocamento 395 m a oeste do ponto
ponto central original, inventariada em 31 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 471,43 ind. central original, inventariada em 27 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 455,26 ind.ha-1,
ha-1, 46 espécies, área basal 15,35 m2.ha-1, diâmetro médio 16,42 cm, altura total média 9,73 m, altura do fuste 4,12 m, altura 36 espécies, área basal 17,77 m2.ha-1, diâmetro médio 17,18 cm, altura total média 9,53 m, altura do fuste 3,77 m, altura
dominante 14,19 m, índice de Shannon 3,49 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo dominante 14,80 m, índice de Shannon 2,84 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
em estádio médio, alterada. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Luehea divaricata, Rauvolfia em estádio médio, alterada. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Luehea divaricata, Nectandra
sellowii, Myrocarpus frondosus e Machaerium paraguariense. Observações adicionais: A cobertura florestal apresenta-se lanceolata, Machaerium stipitatum e Parapiptadenia rigida. Observações adicionais: A cobertura do dossel apresentava-
com 50% e o sub-bosque é raro. Destacam-se ainda as espécies: Nectandra megapotamica, N. lanceolata, M. stipitatum, se descontínua entre 30 e 60% e o sub-bosque é pouco denso. Destacam-se ainda as espécies: N. megapotamica,
Chrysophyllum gonocarpum, C. marginatum, Phytolacca dioica e Vasconcellea quercifolia, no sub-bosque Aspidosperma Chrysophyllum gonocarpum e Cabralea canjerana, no sub-bosque Trichilia clausseni, Actinostemon concolor, Hennecartia
australe, Casearia sylvestris e Actinostemon concolor. omphalandra, Sorocea bonplandii e Cupania vernalis.

Unidade Amostral 2079 – localidade Sagrado Coração, Seara: 471 m de altitude, deslocamento 150 m a sudeste do Unidade Amostral 2083 – localidade de Nova Estrela, Arabutã: 497 m de altitude, deslocamento 100 m a noroeste do
ponto central original, inventariada em 11 de dezembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 489,36 ponto central original, inventariada em 24 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 431,53
ind.ha-1, 27 espécies, área basal 17,61 m2.ha-1, diâmetro médio 17,86 cm, altura total média 12,68 m, altura do fuste 5,10 ind.ha-1, 42 espécies, área basal 25,02 m2.ha-1, diâmetro médio 22,87 cm, altura total média 13,80 m, altura do fuste 4,72
m, altura dominante 18,26 m, índice de Shannon 2,36 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais m, altura dominante 24,17 m, índice de Shannon 3,14 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
pela altura total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de altura total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
vegetação secundária em estádio médio muito alterada, com característica de plantio de Hovenia dulcis, sub-bosque com secundária em estádio médio, alterado, com vestígios de corte seletivo. Espécies com maior valor de importância:
espécies nativas. Espécies com maior valor de importância: Hovenia dulcis, Ocotea puberula, Nectandra lanceolata, Nectandra megapotamica, Pilocarpus pennatifolius, Sorocea bonplandii e Luehea divaricata. Observações adicionais:
Allophylus edulis e N. megapotamica. Observações adicionais: A cobertura do dossel apresentava-se com mais de 60% A cobertura do dossel apresentava-se com acima de 70% e o sub-bosque é esparso com muitas lianas e algumas arvoretas.
e o sub-bosque é médio. Destacam-se ainda as espécies: Luehea divaricata, Cedrela fissilis e Lonchocarpus campestris, Destacam-se ainda as espécies: Balfourodendron riedelianum, Parapiptadenia rigida e Hovenia dulcis, no sub-bosque
no sub-bosque Sorocea bonplandii, Bauhinia forficata, Cupania vernalis, Campomanesia xanthocarpa, Urera baccifera e Trichilia clausseni, Sorocea bonplandii, Actinostemon concolor, Bauhinia forficata e Cupania vernalis.
Strychnos brasiliensis.

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual

Unidade Amostral 2088 – localidade Lajeado Cascudo, Concórdia: 652 m de altitude, deslocamento 100 m ao sul do Unidade Amostral 2100 – localidade Linha Terezinha, Herval do Oeste: 742 m de altitude, deslocamento 5 m a leste do
ponto central original, inventariada em 26 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 565,00 ponto central original, inventariada em 18 e 19 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 572,50
ind.ha-1, 29 espécies, área basal 24,93 m2.ha-1, diâmetro médio 18,78 cm, altura total média 16,24 m, altura do fuste 4,88 ind.ha-1, 28 espécies, área basal 18,41 m2.ha-1, diâmetro médio 16,03 cm, altura total média 10,54 m, altura do fuste 3,75 m,
m, altura dominante 24,89 m, índice de Shannon 2,76 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais altura dominante 18,21 m, índice de Shannon 2,82 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário pelo diâmetro médio – Avançado e resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
pela altura total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
de vegetação secundária em estádio avançado, alterada. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, em estádio médio, alterada. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Annona sylvatica,
Nectandra megapotamica, Luehea divaricata, Matayba elaeagnoides e Cupania vernalis. Observações adicionais: dossel Parapiptadenia rigida, Matayba intermedia e Balfourodendron riedelianum. Observações adicionais: a cobertura florestal
com cobertura acima de 60% e sub-bosque ralo. Destacam-se ainda as espécies: Machaerium stipitatum, Diatenopteryx é contínua em torno de 50 a 70%, o sub-bosque é denso com muitas lianas e arvoretas. Destacam-se ainda as espécies:
sorbifolia, Parapiptadenia rigida, Ateleia glazioveana e Hovenia dulcis, no sub-bosque C. vernalis, Allophylus puberulus, Luehea divaricata, Matayba elaeagnoides, Cupania vernalis e Ocotea puberula.
Dalbergia frutescens, Prunus myrtifolia e Citrus sp.

Unidade Amostral 2101 – localidade Lajeado Cruzeiro, Ibicaré: 762 m de altitude, deslocamento 100 m a sul do ponto
Unidade Amostral 2099 – localidade Linha Nogueira, Luzerna: 704 m de altitude, deslocamento 106 m a oeste do ponto central original, inventariada em 20 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 505,00 ind.ha-1,
central original, inventariada em 18 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 515,15 ind.ha-1, 31 espécies, área basal 13,51 m2.ha-1, diâmetro médio 15,64 cm, altura total média 11,31 m, altura do fuste 4,20 m, altura
52 espécies, área basal 20,52 m2.ha-1, diâmetro médio 19,68 cm, altura total média 12,85 m, altura do fuste 5,29 m, altura dominante 18,98 m, índice de Shannon 2,61 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
dominante 21,86 m, índice de Shannon 3,55 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançada, muito alterada, pelas estradas em bom estado de conservação dentro do fragmento. Espécies com
em estádio avançado, muito alterada, com indícios de exploração madeireira, pastejo e vários indivíduos de Hovenia dulcis. maior valor de importância: Ocotea puberula, Luehea divaricata, Cedrela fissilis, Nectandra megapotamica e Syagrus
Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Campomanesia xanthocarpa, Ocotea puberula, romanzoffiana. Observações adicionais: a cobertura florestal apresenta-se acima de 70% e sub-bosque denso com muitas
Cupania vernalis e Phytolacca dioica. Observações adicionais: sinúsia arbórea com de copas de 70-80%. Destacam-se arvoretas. Destacam-se ainda as espécies: Hovenia dulcis, Albizia edwallii, Bauhinia forficata e N. lanceolata, no sub-
ainda as espécies: no sub-bosque Actinostemon concolor e a sinúsia herbácea composta principalmente por espécies de bosque Campomanesia guazumifolia, Trichilia elegans, Allophylus edulis e Myrocarpus frondosus.
pteridófitas e acantáceas, como Justicia carnea. Epífitos pouco abundantes no fragmento.

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual

Unidade Amostral 2166 – localidade Popí, Itapiranga: 340 m de altitude, deslocamento 389 m a sudoeste do ponto Unidade Amostral 2172 – localidade Linha Capivara, Mondai: 341 m de altitude, deslocamento 100 m ao sul do ponto
central original, inventariada em 12 de fevereiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 350,00 ind.ha-1, central original, inventariada em 09 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 520,00 ind.ha-1,
43 espécies, área basal 14,29 m2.ha-1, diâmetro médio 18,82 cm, altura total média 8,91 m, altura do fuste 5,34 m, altura 40 espécies, área basal 17,27 m2.ha-1, diâmetro médio 17,07 cm, altura total média 9,74 m, altura do fuste 6,30 m, altura
dominante 17,25 m, índice de Shannon 3,41 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo dominante 15,58 m, índice de Shannon 2,30 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária média – Média de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
em estádio médio, muito alterada, pela exploração seletiva histórica de espécies, bosqueamento e pastagem. Espécies com em estádio médio, muito alterada, pela exploração seletiva histórica de espécies, corte raso e manejo histórico de Ilex
maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Ocotea puberula, Parapiptadenia rigida, Phytolacca dioica e paraguariensis. Presença dominante de Hovenia dulcis. Espécies com maior valor de importância: H. dulcis, Trichilia
Annona sylvatica. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 70%, clausseni, I. paraguariensis, Nectandra megapotamica e N. lanceolata. Observações adicionais: dossel descontínuo e
porém com indivíduos de O. puberula chegando a medir até 31 m de altura e, sub-bosque denso. Destacam-se ainda as variado com cobertura lenhosa aproximada de 50% e sub-bosque médio com muitas lianas. Destacam-se ainda as espécies:
espécies: Balfourodendron riedelianum, Aspidosperma australe, Prunus myrtifolia, Casearia sylvestris, Campomanesia Cabralea canjerana, Syagrus romanzoffiana, Aloysia virgata, Strychnos brasiliensis, Calyptranthes sp., Cupania vernalis e
xanthocarpa e Aloysia virgata, o sub-bosque com taquara seca (Merostachys sp.), Actinostemon concolor, Sorocea
Balfourodendron riedelianum, no sub-bosque Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii, T. elegans, Guarea macrophylla
bonplandii, Allophylus guaraniticus, Trichilia elegans e Piper sp. e muitas lianas, na regeneração Cordia americana, A.
australe, Helietta apiculata, N. megapotamica, P. myrtifolia, Sebastiania commersoniana, Urera baccifera e Piper sp. Baixa , Piper sp., Psychotria sp., Miconia sp., Dahlstedtia pinnata e Justicia brasiliana, na regeneração B. riedelianum, Inga
densidade epífitos e densidade média de lianas. A sinúsia herbácea é formada por muitas pteridófitas, além de piperáceas, marginata, T. clausseni, N. megapotamica, Cordia americana, I. paraguariensis, S. brasiliensis, Casearia sylvestris,
rubiáceas e marantáceas. Matayba elaeagnoides, Diatenopteryx sorbifolia, A. virgata, S. romanzoffiana e I. microdonta. Baixa densidade de epífitos e
média de lianas. A sinúsia herbácea é formada por Hydrocotyle quinqueloba, marantáceas, comelináceas, melastomatáceas,
poáceas e pteridófitas.

Unidade Amostral 2170 – localidade Linha Quilombo, Mondaí: 338 m de altitude, deslocamento 431 m a leste do ponto
central original, inventariada em 05 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 264,29 ind.ha-1,
34 espécies, área basal 12,74 m2.ha-1, diâmetro médio 20,27 cm, altura total média 9,10 m, altura do fuste 5,81 m, altura
dominante 17,79 m, índice de Shannon 3,32 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária Unidade Amostral 2179 – localidade Linha Santa Catarina, Palmitos: 320 m de altitude, deslocamento 174 m ao sul do
em estádio médio, muito alterada, pela presença de estradas e exploração seletiva histórica de espécies, em alguns pontos é ponto central original, inventariada em 28 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 242,50 ind.ha-
um mosaico, contendo inclusive estádio avançado. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, 1
, 33 espécies, área basal 18,81 m2.ha-1, diâmetro médio 26,52 cm, altura total média 10,40 m, altura do fuste 5,28 m, altura
Diatenopteryx sorbifolia, Holocalyx balansae, Syagrus romanzoffiana e Aloysia virgata. Observações adicionais: dossel dominante 15,48 m, índice de Shannon 3,20 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 40-50% e sub-bosque denso. Destacam-se ainda as espécies: resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Primário e pela altura total
Machaerium stipitatum, Chrysophyllum gonocarpum, Cedrela fissilis, Cupania vernalis, Cordia americana, C. trichotoma, média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
C. ecalyculata, Jacaratia spinosa, Calyptranthes tricona e Phytolacca dioica, além da presença de Hovenia dulcis, no
em estádio médio alterado, com indícios de exploração seletiva histórica de madeira. Espécies com maior valor de
sub-bosque muitas lianas e cará verde (Chusquea sp.), Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii, Seguieria aculeata,
Trichilia elegans, Piper sp., Heliconia sp., Carica sp. e Urera baccifera, na regeneração J. spinosa, Parapiptadenia rigida, importância: Nectandra megapotamica, Cabralea canjerana, Ocotea puberula, Lonchocarpus campestris e N. lanceolata.
H. balansae, C. vernalis, C. americana, Balfourodendron riedelianum, T. clausseni, Cabralea canjerana, C. tricona, Trema Observações adicionais: sinúsia arbórea formando dossel descontínuo, com cobertura de copas de 10 a 50% e, sub-bosque
micrantha, Inga marginata, Pilocarpus pennatifolius, A. virgata, Styrax leprosus, Sebastiania brasiliensis e D. sorbifolia. variando de ralo a médio. Destacam-se ainda as espécies: Inga marginata, Cordia trichotoma e Alchornea triplinervia,
Baixa densidade de epífitos e alta de lianas. A sinúsia herbácea é formada por muitas Hydrocotyle quinqueloba, pteridófitas no sub-bosque Actinostemon concolor, Piper amalago, Boehmeria caudata, Urera baccifera e grande quantidade de lianas.
e marantáceas. Sinúsia herbácea constituída por pteridófitas, bromeliáceas e uma espécie de orquidáceas (Corymborchis flava). Epífitos
pouco abundantes.

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual

Unidade Amostral 2194 – localidade São Pedro, Seara: 651 m de altitude, deslocamento 70 m a sudoeste do ponto central Unidade Amostral 2216 – Ibicaré: 713 m de altitude, deslocamento 250 m a sudoeste do ponto central original, inventariada
original, inventariada em 13 e 15 de dezembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 369,44 ind.ha-1, em 21 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 585,00 ind.ha-1, 32 espécies, área basal 22,39
42 espécies, área basal 14,95 m2.ha-1, diâmetro médio 19,06 cm, altura total média 11,25 m, altura do fuste 4,20 m, altura m2.ha-1, diâmetro médio 17,87 cm, altura total média 13,14 m, altura do fuste 4,77 m, altura dominante 23,58 m, índice de
dominante 16,56 m, índice de Shannon 3,37 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo Shannon 2,83 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA:
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Avançado de sucessão.
média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado alterado.
em estádio médio. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Machaerium paraguariense, Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Luehea divaricata, Nectandra megapotamica, Lonchocarpus
Cupania vernalis e Diatenopteryx sorbifolia. Observações adicionais: a cobertura do dossel em torno de 70% e sub- campestris e Cedrela fissilis. Observações adicionais: dossel apresentava-se em média com 50% e o sub-bosque é ralo.
bosque denso. Destacam-se ainda as espécies: Luehea divaricata, Balfourodendron riedelianum, Diatenopteryx sorbifolia Destacam-se ainda as espécies: Ilex paraguariensis, Clethra scabra, Dicksonia sellowiana, Lamanonia ternata, Hovenia
e Chrysophyllum marginatum, o sub-bosque com muitos cipós, Chusquea sp., Sorocea bonplandii, Trichilia clausseni, dulcis e N. lanceolata.
Actinostemon concolor, C. vernalis e Pilocarpus pennatifolius.

Unidade Amostral 2195 – localidade Santa Luiza, Seara: 866 m de altitude, deslocamento 380 m a sudeste do ponto
central original, inventariada em 12 de dezembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 439,47 ind.ha-1,
33 espécies, área basal 19,47 m2.ha-1, diâmetro médio 17,48 cm, altura total média 12,38 m, altura do fuste 3,61 m, altura Unidade Amostral 2281 – localidade de São Sebastião, Tunapólis: 250 m de altitude, deslocamento 132 m ao sul do
dominante 16,86 m, índice de Shannon 3,12 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo ponto central original, inventariada em 13 de fevereiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 397,14 ind.
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal –Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total ha-1, 27 espécies, área basal 8,22 m2.ha-1, diâmetro médio 14,20 cm, altura total média 6,81 m, altura do fuste 3,90 m, altura
média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária dominante 11,09 m, índice de Shannon 2,85 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
em estádio médio, alterada. Espécies com maior valor de importância: Nectandra lanceolata, Ocotea puberula, Erythrina resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Médio e pela altura total média –
falcata, Cedrela fissilis e Luehea divaricata. Observações adicionais: a cobertura do dossel estava em torno de 50%, porém Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio
descontínuo, e sub-bosque médio. Destacam-se ainda as espécies: Albizia edwallii, N. megapotamica, N. grandiflora, médio, muito alterada, pela presença de estradas e exploração seletiva histórica de espécies e corte raso. Espécies com
Sapium glandulosum e Vasconcellea quercifolia, no sub-bosque Helietta apiculata, Luehea divaricata, Cupania vernalis, maior valor de importância: Syagrus romanzoffiana, Luehea divaricata, Allophylus edulis, Aloysia virgata e Machaerium
Myrsine umbellata e Lonchocarpus campestris. stipitatum. Observações adicionais: dossel semi-contínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 80-90% e sub-
bosque denso com muitas lianas e arvoretas. Destacam-se ainda as espécies: Parapiptadenia rigida, Cordia americana, C.
trichotoma, Campomanesia xanthocarpa e Cupania vernalis, no sub-bosque Actinostemon concolor, Dahlstedtia pinnata,
Sorocea bonplandii, Trichilia elegans e Piper sp., na regeneração P. rigida, Sebastiania commersoniana, C. americana,
Diatenopteryx sorbifolia, M. stipitatum, Balfourodendron riedelianum, C. vernalis, A. concolor, Strychnos brasiliensis,
Lonchocarpus sp., Helietta apiculata e S. bonplandii. Alta densidade de lianas; epífitos não foram observados. A sinúsia
herbácea é formada por bromeliáceas e muitas pteridófitas e poáceas.

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual

Unidade Amostral 2287 – localidade Linha Cascalho, Mondaí: 292 m de altitude, deslocamento 293 m ao norte do Unidade Amostral 2310 – localidade Linha Guararapes, Xavantina: 898 m de altitude, deslocamento 40 m a leste do
ponto central original, inventariada em 06 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 641,67 ind. ponto central original, inventariada em 19 de fevereiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 360,90 ind.
ha-1, 37 espécies, área basal 17,18 m2.ha-1, diâmetro médio 15,94 cm, altura total média 7,03 m, altura do fuste 4,03 m, altura ha-1, 51 espécies, área basal 33,43 m2ha-1, diâmetro médio 27,34 cm, altura total média 12,77 m, altura do fuste 5,33 m, altura
dominante 14,16 m, índice de Shannon 2,79 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo dominante 22,48 m, índice de Shannon 3,57 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Primário e pela altura total
média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
em estádio médio, muito alterada, pela presença de estradas, indícios de caça e exploração seletiva histórica de espécies e em estádio avançado alterado. Espécies com maior valor de importância: Cabralea canjerana, Luehea divaricata,
corte raso. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Nectandra lanceolata, Aloysia virgata, Cabralea Nectandra megapotamica, Ocotea diospyrifolia e Diatenopteryx sorbifolia. Observações adicionais: a cobertura florestal
canjerana e Luehea divaricata. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada encontrava-se praticamente contínuo em torno de 50 a 70%, e o sub-bosque é médio. Destacam-se ainda as espécies:
de 70-80% e sub-bosque médio. Destacam-se ainda as espécies: N. megapotamica, Syagrus romanzoffiana, Cordia Cedrela fissilis, Sapium glandulosum, Myrocarpus frondosus, N. lanceolata, Picrasma crenata, Lonchocarpus campestris,
americana, Cupania vernalis, Erythrina falcata, Cedrela fissilis e Peltophorum dubium, além da presença de Hovenia Chrysophyllum gonocarpum e Parapiptadenia rigida, o sub-bosque com presença marcante de Chusquea sp., piperáceas,
dulcis, o sub-bosque com taquaras secas (Merostachys sp.) e cará verde (Chusquea sp.), Actinostemon concolor, Sorocea Urera baccifera, Sorocea bonplandii, Actinostemon concolor, Casearia sylvestris, Trichilia clausseni e pteridófitas como
bonplandii, Seguieria aculeata, Trichilia elegans, Piper sp., Guarea macrophylla, Citrus x limon, Urera baccifera e Justicia Cyathea corcovadensis.
brasiliana, na regeneração N. megapotamica, Chrysophyllum gonocarpum, C. vernalis, Matayba elaeagnoides, O. puberula,
C. fissilis, Strychnos brasiliensis, Balfourodendron riedelianum, C. canjerana, Casearia sylvestris, Vitex megapotamica,
Allophylus edulis, A. virgata, Sebastiania brasiliensis e S. commersoniana.

Unidade Amostral 2406 – localidade de Linha Aparecida, Caibi: 430 m de altitude, deslocamento 298 m ao leste do
ponto central original, inventariada em 07 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 260,00 ind.
ha-1, 38 espécies, área basal 16,93 m2.ha-1, diâmetro médio 24,09 cm, altura total média 9,11 m, altura do fuste 4,98 m, altura
dominante 16,10 m, índice de Shannon 3,31 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
Unidade Amostral 2294 – localidade Alto São Pedro, São Carlos: 396 m de altitude, deslocamento 130 m ao norte do em estádio avançado, muito alterada, pela presença de estradas e exploração seletiva histórica de espécies e corte raso.
ponto central original, inventariada em 26 de janeiro 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 577,50 ind.ha-1, Espécies com maior valor de importância: Phytolacca dioica, Prunus myrtifolia, Cedrela fissilis, Cabralea canjerana
41 espécies, área basal 20,42 m2.ha-1, diâmetro médio 18,31 cm, altura total média 9,47 m, altura do fuste 4,58 m, altura e Machaerium stipitatum. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada
dominante 14,11 m, índice de Shannon 2,94 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo de 30-40%, sub-bosque denso. Destacam-se ainda as espécies: Syagrus romanzoffiana, Holocalyx balansae, Aloysia
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total virgata, Nectandra lanceolata, N. megapotamica, Inga marginata, Cordia trichotoma, C. ecalyculata, Cupania vernalis,
média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária Balfourodendron riedelianum e Hovenia dulcis, o sub-bosque com muitas lianas, taquaras secas (Merostachys sp.), cará
em estádio médio e presença de espécie exótica. Espécies com maior valor de importância: Cupania vernalis, Nectandra verde (Chusquea sp.), Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii, Trichilia elegans, Piper sp., Urera baccifera e Justicia
megapotamica, Machaerium stipitatum, Syagrus romanzoffiana e Cordia americana. Observações adicionais: sinúsia brasiliana, na regeneração Trema micrantha, Prunus myrtifolia, B. riedelianum, C. vernalis, H. balansae, I. marginata,
arbórea formada por árvores em geral baixas, que proporcionam um dossel descontínuo, com cobertura de copas de até T. clausseni, N. megapotamica, P. dioica, C. canjerana, C. americana, C. ecalyculata e C. fissilis. Baixa densidade de
50% e, sub-bosque médio. Destacam-se ainda as espécies: C. trichotoma, M. paraguariense, Annona sylvatica, Luehea epífitos e alta densidade de lianas, incluindo Pereskia aculeata. A sinúsia herbácea é formada por Hydrocotyle quinqueloba,
divaricata, Hovenia dulcis e Apuleia leiocarpa, no sub-bosque Aloysia virgata, Actinostemon concolor e Hennecartia piperáceas, acantáceas, marantáceas, comelináceas e muitas poáceas e pteridófitas.
omphalandra, entremeadas por grande quantidade de lianas e Chusquea sp. Sinúsia herbácea pouco representativa e epífitos
raramente presentes.

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual

Unidade Amostral 2414 – localidade de Planalto Alto, Nova Itaberaba: 414 m de altitude, deslocamento 189 m a Unidade Amostral 2510 – localidade Raigão, Tunápolis: 380 m de altitude, deslocamento 182 m ao norte do ponto
noroeste do ponto central original, inventariada em 27 e 28 de janeiro 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade central original, inventariada em 18 de fevereiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 253,85 ind.
447,37 ind.ha-1, 43 espécies, área basal 28,05 m2.ha-1, diâmetro médio 23,08 cm, altura total média 9,95 m, altura do fuste ha-1, 31 espécies, área basal 12,71 m2.ha-1, diâmetro médio 21,67 cm, altura total média 10,76 m, altura do fuste 6,89
5,05 m, altura dominante 15,43 m, índice de Shannon 3,28 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais m, altura dominante 16,60 m, índice de Shannon 3,16 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
secundária em estádio avançado, muito alterada, com a presença de estradas e indícios de exploração seletiva recente e secundária em estádio médio, muito alterada, pela presença de estradas, exploração seletiva histórica de espécies, corte
histórica. Espécies com maior valor de importância: Machaerium stipitatum, Pilocarpus pennatifolius, Diatenopteryx raso, bosqueamento e pastejo. Espécies com maior valor de importância: Cedrela fissilis, Syagrus romanzoffiana, Ocotea
sorbifolia, Holocalyx balansae e Syagrus romanzoffiana. Observações adicionais: sinúsia arbórea formando dossel diospyrifolia, Erythrina falcata e Hovenia dulcis. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura
descontínuo, com cobertura de copas de 50 a 70 % e sub-bosque ralo a médio. Destacam-se ainda as espécies: Annona lenhosa aproximada de 30-40% e sub-bosque denso. Destacam-se ainda as espécies: Cabralea canjerana, Aloysia virgata,
sylvatica, Eugenia rostrifolia, Apuleia leiocarpa e Lonchocarpus campestris, no sub-bosque Actinostemon concolor, P. Nectandra megapotamica, Solanum mauritianum, Chrysophyllum gonocarpum, Holocalyx balansae, Prunus myrtifolia,
pennatifolius, Trichilia elegans e Piper amalago, entremeados por grande quantidade de lianas e, em alguns locais, também Cordia americana e Balfourodendron riedelianum, o sub-bosque com muito cará verde (Chusquea sp.), Sorocea bonplandii,
por Chusquea. Sinúsia herbácea pouco diversificada, em geral composta por espécies de pteridófitas e rubiáceas. Epífitos Trichilia elegans, Piper sp., Urera baccifera, Boehmeria caudata e Actinostemon concolor, na regeneração U. baccifera,
pouco abundantes. Inga marginata, B. riedelianum, T. clausseni, C. gonocarpum, H. balansae, Cupania vernalis, Bauhinia forficata e Trema
micrantha. Baixa densidade de epífitos e alta densidade de lianas. A sinúsia herbácea é formada por pteridófitas, poáceas e
piperáceas.

Unidade Amostral 2425 – localidade Linha Rondom, Xavantina: 649 m de altitude, inventariada em 25 de março de
2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 403,33 ind.ha-1, 48 espécies, área basal 25,78 m2.ha-1, diâmetro médio
22,92 cm, altura total média 9,87 m, altura do fuste 4,69 m, altura dominante 16,55 m, índice de Shannon 3,38 nats.ind-
1
. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área Unidade Amostral 2512 – localidade Canaleta, Tunápolis: 393 m de altitude, deslocamento 40 m ao leste do ponto
basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: central original, inventariada em 17 de fevereiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 282,50 ind.
Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, muito alterada, pela ocorrência ha-1, 25 espécies, área basal 9,03 m2.ha-1, diâmetro médio 16,69 cm, altura total média 7,63 m, altura do fuste 4,21 m,
de corte seletivo histórico e estrada em uso dentro do fragmento. Espécies com maior valor de importância: Nectandra altura dominante 13,41 m, índice de Shannon 2,77 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
megapotamica, N. lanceolata, Phytolacca dioica, Chrysophyllum marginatum e Machaerium stipitatum. Observações segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
adicionais: cobertura do dossel apresentava-se descontínuo em torno de 30% e com muitas clareiras, o sub-bosque é ralo. altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
Destacam-se ainda as espécies: Ocotea puberula, C. gonocarpum, Helietta apiculata, Inga sp., Parapiptadenia rigida e secundária em estádio médio, muito alterada, pela presença de estradas e exploração rasa e seletiva histórica de espécies,
Vasconcellea quercifolia, no sub-bosque Sorocea bonplandii, Pilocarpus pennatifolius, Urera baccifera, Piper sp., Trichilia bosqueamento e pastejo. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Styrax leprosus, Luehea divaricata,
clausseni, Justicia brasiliana e Actinostemon concolor. Machaerium stipitatum e Sapium glandulosum. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura
lenhosa aproximada de 20-30% e sub-bosque ralo. Destacam-se ainda as espécies: Helietta apiculata, Parapiptadenia
rigida, Lonchocarpus sp., Myrocarpus frondosus, Erythrina falcata, Casearia sylvestris, Sapium glandulosum, Myrsine
coriacea e Hovenia dulcis, o sub-bosque com Citrus x limon, na regeneração O. puberula, Nectandra megapotamica, Celtis
iguanaea, C. sylvestris, S. leprosus, M. frondosus, Sebastiania brasiliensis, S. commersoniana, H. apiculata, Campomanesia
xanthocarpa, C. guazumifolia, Erythroxylum deciduum, B. forficata, Annona sp., Lonchocarpus sp., Balfourodendron
riedelianum e Pilocarpus pennatifolius. Baixa densidade de epífitos e lianas. A sinúsia herbácea é formada por Pteridium
arachnoideum, Asclepias curassavica, Elephantopus mollis, Sida sp., poáceas, pteridófitas e asteráceas.

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual

Unidade Amostral 2515 – localidade Linha Iratim, Iporã do Oeste: 372 m de altitude, deslocamento 82 m ao norte do Unidade Amostral 2531 – localidade Linha Figueira, Chapecó: 604 m de altitude, inventariada em 27 de fevereiro de
ponto central original, inventariada em 03 e 04 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 270,00 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 417,50 ind.ha-1, 43 espécies, área basal 33,69 m2.ha-1, diâmetro médio
ind.ha-1, 33 espécies, área basal 15,45 m2.ha-1, diâmetro médio 22,96 cm, altura total média 10,10 m, altura do fuste 6,20 m, 25,93 cm, altura total média 12,62 m, altura do fuste 6,11 m, altura dominante 24,03 m, índice de Shannon 3,24 nats.ind-1.
altura dominante 21,78 m, índice de Shannon 3,17 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total – Primário, pelo diâmetro médio – Primário e pela altura total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta
média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, alterada, com vestígios de corte seletivo
em estádio avançado, muito alterada, pela presença de estradas e exploração seletiva histórica de espécies. Espécies com histórico. Espécies com maior valor de importância: Eugenia rostrifolia, Apuleia leiocarpa, Chrysophyllum marginatum
maior valor de importância: Cordia americana, Nectandra megapotamica, Syagrus romanzoffiana, Holocalyx balansae e e E. uniflora. Observações adicionais: cobertura florestal apresenta-se descontínua variando entre 30 e 50% e sub-bosque
Apuleia leiocarpa. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 70-80% e médio. Destacam-se ainda as espécies: Cabralea canjerana, Aspidosperma australe, C. gonocarpum, Machaerium
sub-bosque é denso. Destacam-se ainda as espécies: N. lanceolata, Machaerium stipitatum, Chrysophyllum gonocarpum, stipitatum, Holocalyx balansae, Balfourodendron riedelianum, Sapium glandulosum, Campomanesia xanthocarpa,
Diatenopteryx sorbifolia, Helietta apiculata, Matayba elaeagnoides, Aloysia virgata, Parapiptadenia rigida e Phytolacca Allophylus edulis e Helietta apiculata, no sub-bosque Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii, Trichilia clausseni,
dioica, o sub-bosque denso com muitas lianas e cará verde (Chusquea sp.), Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii, Pilocarpus pennatifolius, T. elegans, Justicia brasiliana e muitas taquaras (Chusquea sp.).
Trichilia elegans, Piper sp., Urera baccifera e Justicia brasiliana, na regeneração N. megapotamica, P. rigida, C.
gonocarpum, H. balansae, Hennecartia omphalandra, Cupania vernalis, S. romanzoffiana, C. americana, Balfourodendron
riedelianum, Myrcianthes pungens, Inga marginata, Pilocarpus pennatifolius, A. virgata, Sebastiania brasiliensis e D.
sorbifolia. Baixa densidade de epífitos e alta densidade de lianas. A sinúsia herbácea é formada por muita Hydrocotyle
quinqueloba, pteridófitas e acantáceas.

Unidade Amostral 2623 – localidade Sanga Joaçaba, Santa Helena: 373 m de altitude, deslocamento 150 m ao leste
do ponto central original, inventariada em 19 de fevereiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 290,91
ind.ha-1, 31 espécies, área basal 13,43 m2.ha-1, diâmetro médio 21,73 cm, altura total média 9,56 m, altura do fuste 5,87
m, altura dominante 15,29 m, índice de Shannon 3,28 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
Unidade Amostral 2530 – localidade Dalchiovão, Nova Itaberaba: 590 m de altitude, deslocamento 180 m a nordeste segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
do ponto central original, inventariada em 02 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 392,50 ind. altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
ha-1, 35 espécies, área basal 10,79 m2.ha-1, diâmetro médio 17,45 cm, altura total média 8,33 m, altura do fuste 5,07 m, altura secundária em estádio médio, alterada, pela presença de estradas e exploração seletiva histórica de espécies. Espécies
dominante 14,57 m, índice de Shannon 3,15 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Holocalyx balansae, Ceiba speciosa, Helietta apiculata e
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total Chrysophyllum marginatum. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada
média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária de 40-50% e sub-bosque denso. Destacam-se ainda as espécies: N. lanceolata, Solanum mauritianum, Syagrus
em estádio médio alterado pelo efeito de borda. Espécies com maior valor de importância: Vasconcellea quercifolia, romanzoffiana, C. gonocarpum, Machaerium stipitatum, Vitex megapotamica, Cordia americana, Apuleia leiocarpa, Ceiba
Chrysophyllum marginatum, Balfourodendron riedelianum, Machaerium stipitatum e Eugenia rostrifolia. Observações speciosa e Balfourodendron riedelianum, o sub-bosque com muito cará verde (Chusquea sp.), Sorocea bonplandii, Trichilia
adicionais: cobertura florestal encontra-se descontínuo em torno de 30 a 50%, no ponto central as árvores alcançam e o elegans, Piper sp., Urera baccifera, Actinostemon concolor e rubiáceas, na regeneração N. megapotamica, Parapiptadenia
sub-bosque é ralo. Destacam-se ainda as espécies: C. gonocarpum, Helietta apiculata, Syagrus romanzoffiana, Ficus sp., rigida, Chrysophyllum gonocarpum, H. balansae, Hennecartia omphalandra, S. bonplandii, Cupania vernalis, Matayba
Cordia americana, Apuleia leiocarpa, Sapium glandulosum e Holocalyx balansae, no sub-bosque Pilocarpus pennatifolius, elaeagnoides, Sebastiania brasiliensis, Zanthoxylum petiolare, A. concolor, Diatenopteryx sorbifolia e Trema micrantha.
Actinostemon concolor, Justicia brasiliana e Strychnos brasiliensis. Baixa densidade de epífitos e alta densidade de lianas. A sinúsia herbácea é formada por pteridófitas e rubiáceas.

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual

Unidade Amostral 2645 – Coronel Freitas: 479 m de altitude, deslocamento 170 m a oeste do ponto central original, Unidade Amostral 3082 – localidade Lajeado Rabo de Galo, Barra Bonita: 467 m de altitude, deslocamento 482 m a
inventariada em 04 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 556,60 ind.ha-1, 36 espécies, área sudoeste do ponto central original, inventariada em 19 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade
basal 18,33 m2.ha-1, diâmetro médio 16,97 cm, altura total média 9,79 m, altura do fuste 5,55 m, altura dominante 14,83 250,00 ind.ha-1, 36 espécies, área basal 9,78 m2.ha-1, diâmetro médio 18,65 cm, altura total média 9,12 m, altura do fuste
m, índice de Shannon 3,27 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 5,20 m, altura dominante 13,46 m, índice de Shannon 3,12 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
muito alterada, formando mosaico. Espécies com maior valor de importância: Nectandra lanceolata, Machaerium secundária em estádio médio, alterada. Espécies com maior valor de importância: Machaerium stipitatum, Urera baccifera,
stipitatum, Parapiptadenia rigida e Helietta apiculata. Observações adicionais: dossel apresentava cobertura descontínua Cordia americana, Syagrus romanzoffiana e Nectandra megapotamica. Observações adicionais: sinúsia arbórea com uma
variando entre 30 e 50% e sub-bosque ralo. Destacam-se ainda as espécies: Annona sp., Vasconcellea quercifolia, N. cobertura de copas de 50 a 70% e, sub-bosque variando de ralo a médio. Destacam-se ainda as espécies: Chrysophyllum
megapotamica, Holocalyx balansae, Cordia trichotoma, Cedrela fissilis, Myrocarpus frondosus, Prunus myrtifolia, Ocotea marginatum, M. paraguariense, Ruprechtia laxiflora, Balfourodendron riedelianum e Phytolacca dioica, no sub-bosque
puberula, Picrasma crenata, Luehea divaricata e Diatenopteryx sorbifolia, no sub-bosque Cupania vernalis, M. frondosus, Urera baccifera, Trichilia elegans, Actinostemon concolor, Pilocarpus pennatifolius e piperáceas, entremeados por densos
Strychnos brasiliensis, Sebastiania commersoniana, Casearia sylvestris, Lonchocarpus campestris e muitos cipós. taquarais (Chusquea sp.) e grande quantidade de lianas. Sinúsia herbácea representada por espécies de pteridófitas, tais
como Campyloneurum nitidum e Didymochlaena truncatula, além de poáceas e menos frequentemente bromeliáceas e
orquidáceas. Epífitos pouco abundantes.

Unidade Amostral 2987 – localidade Banhado Grande – Reserva Indígena Xapecó, Ipuaçu: 542 m de altitude,
deslocamento 192 m a sudoeste do ponto central original, inventariada em 05 de maio de 2009. Síntese da análise
fitossociológica: densidade 477,50 ind.ha-1, 51 espécies, área basal 34,06 m2.ha-1, diâmetro médio 24,22 cm, altura total Unidade Amostral 3097 – Margem da SC/468, Quilombo: 592 m de altitude, deslocamento 10 m a norte do ponto central
média 12,49 m, altura do fuste 6,36 m, altura dominante 17,52 m, índice de Shannon 3,44 nats.ind-1. Classificação da original, inventariada em 31 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 415,00 ind.ha-1, 44 espécies,
vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal - Primário, pelo área basal 31,29 m2.ha-1, diâmetro médio 24,69 cm, altura total média 11,44 m, altura do fuste 5,44 m, altura dominante 17,06
diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional m, índice de Shannon 3,43 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994
Decidual e Floresta Ombrófila Mista, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, alterada, com presença do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de
de trilhas supostamente abertas para a extração de madeira. Espécies com maior valor de importância: Luehea divaricata, sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado,
Nectandra megapotamica, Cedrela fissilis, N. lanceolata e Matayba elaeagnoides. Observações adicionais: sinúsia arbórea muito alterada. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Luehea divaricata, Lonchocarpus
com dossel descontínuo, com cobertura de copas de 50 a 70% e, sub-bosque denso. Destacam-se ainda as espécies: campestris, Machaerium stipitatum e Apuleia leiocarpa. Observações adicionais: dossel apresenta cobertura descontínua
Balfourodendron riedelianum, Diatenopteryx sorbifolia, Parapiptadenia rigida, Cordia americana e Lonchocarpus variando entre 30 e 50% e sub-bosque é médio. Destacam-se ainda as espécies: Balfourodendron riedelianum, Vitex
campestris, o sub-bosque com grande quantidade de Chusquea sp., Actinostemon concolor, Pilocarpus pennatifolius, megapotamica, Myrocarpus frondosus, Phytolacca dioica, Luehea divaricata e Chrysophyllum gonocarpum, no sub-bosque
Trichilia elegans, Campomanesia guazumifolia, Sebastiania brasiliensis, piperáceas e vários regenerantes de espécies Cupania vernalis, Strychnos brasiliensis, Actinostemon concolor, Pilocarpus pennatifolius, Sorocea bonplandii, Justicia
arbóreas. Sinúsia herbácea constituída principalmente por espécies de pteridófitas e poáceas. Epífitos pouco abundantes, em brasiliana e Urera baccifera.
geral pequenas pteridófitas.

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual

Unidade Amostral 3197 – localidade Linha Sargento, São Miguel da Boa Vista: 352 m de altitude, deslocamento Unidade Amostral 3414 – localidade Linha Arvoredo, Barra Bonita: 464 m de altitude, deslocamento 465 m a sudeste
96 m a noroeste do ponto central original, inventariada em 09 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: do ponto central original, inventariada em 04 e 05 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 313,83
densidade 135,14 ind.ha-1, 13 espécies, área basal 10,80 m2.ha-1, diâmetro médio 23,26 cm, altura total média 10,26 m, altura ind.ha-1, 45 espécies, área basal 24,83 m2.ha-1, diâmetro médio 26,80 cm, altura total média 9,69 m, altura do fuste 5,24
do fuste 4,65 m, altura dominante 14,20 m, índice de Shannon 2,42 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios m, altura dominante 13,79 m, índice de Shannon 3,32 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Primário e pela
e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
vegetação secundária em estádio médio, alterada. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Cedrela secundária em estádio avançado, muito alterada, entremeado por estradas construídas para exploração madeireira. Espécies
fissilis, Cordia americana, Luehea divaricata e Machaerium paraguariense. Observações adicionais: sinúsia arbórea com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Ocotea diospyrifolia, Syagrus romanzoffiana, Holocalyx
formando dossel descontínuo, com cobertura de copas de menos de 50% e, sub-bosque variando de médio a muito ralo. balansae e Cordia americana. Observações adicionais: sinúsia arbórea apresentando dossel descontínuo, com cobertura
Destacam-se ainda as espécies: Myrocarpus frondosus, no sub-bosque Pilocarpus pennatifolius, Actinostemon concolor, de copas de 50 a 70% e sub-bosque variando de médio a ralo. Destacam-se ainda as espécies: Chrysophyllum marginatum,
Urera baccifera e regenerantes de Lonchocarpus muehlbergianus. Sinúsia herbácea constituída por espécies de asteráceas, Balfourodendron riedelianum e Holocalyx balansae, no sub-bosque Trichilia elegans e Actinostemon concolor, Urera
poáceas e pteridófitas, principalmente Anemia tomentosa. Presença de poucas lianas, epífitos vasculares não observados. baccifera, Trema micrantha e Piper amalago, entremeados por densos taquarais (Chusquea sp.) e grande quantidade de
lianas. Sinúsia herbácea constituída por espécies de pteridófitas e poáceas. Epífitos pouco abundantes, em geral espécies de
piperáceas e bromeliáceas.

Unidade Amostral 3309 – localidade Linha Pinhal, Romelândia: 559 m de altitude, deslocamento 82 m a nordeste do
ponto central original, inventariada em 02 e 03 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 407,60 Unidade Amostral 3416 – localidade Linha Sede Ouro, Romelândia: 610 m de altitude, deslocamento 210 m a nordeste
ind.ha-1, 46 espécies, área basal 26,72 m2.ha-1, diâmetro médio 23,15 cm, altura total média 9,10 m, altura do fuste 4,95 do ponto central original, inventariada em 05 e 06 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 422,28
m, altura dominante 13,09 m, índice de Shannon 3,43 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais ind.ha-1, 48 espécies, área basal 16,75 m2.ha-1, diâmetro médio 17,99 cm, altura total média 9,22 m, altura do fuste 4,72 m,
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura dominante 12,92 m, índice de Shannon 3,31 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
secundária em estádio avançado, muito alterada, com indícios de exploração seletiva histórica, presença de gado e estradas. média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Chrysophyllum marginatum, Chrysophyllum em estádio médio, alterada, com indícios de exploração madeireira histórica. Espécies com maior valor de importância:
gonocarpum, Peltophorum dubium e Syagrus romanzoffiana. Observações adicionais: sinúsia arbórea empreendendo Bastardiopsis densiflora, Inga marginata, Apuleia leiocarpa, Syagrus romanzoffiana e Nectandra megapotamica.
uma cobertura de copas de 50 a 70% e, sub-bosque médio. Destacam-se ainda as espécies: Chrysophyllum marginatum, Observações adicionais: Sinúsia arbórea empreendendo uma cobertura de copas de 50 a 70%, e sub-bosque variando de
C. gonocarpum, Holocalyx balansae, Syagrus romanzoffiana, Prunus myrtifolia, Cabralea canjerana, Diatenopteryx médio a denso. Destacam-se ainda as espécies: Machaerium stipitatum, Holocalyx balansae e Cordia trichotoma, no sub-
sorbifolia, Nectandra megapotamica e Sebastiania brasiliensis. Sub-bosque com densidade média, dominado por arbustos bosque Actinostemon concolor, Piper aduncum, P. amalago e Urera baccifera. Sinúsia herbácea representada por grande
como Justicia brasiliana e Piper sp. e arvoretas como Trichilia elegans, Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii e quantidade de pteridófitas. Epífitos e lianas pouco abundantes.
Guarea macrophylla, entremeados por grande quantidade de Chusquea sp. Sinúsia herbácea constituída principalmente por
Tradescantia fluminense e espécies de pteridófitas e poáceas. Lianas muito abundantes e epífitas pouco frequentes, em geral
espécies de pteridófitas, piperáceas e uma espécie de orquidáceas.

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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual

Unidade Amostral 3427 – localidade Linha Prata, São Lourenço do Oeste: 738 m de altitude, deslocamento de 420 m Unidade Amostral 6005 – localidade Linha Escondida, Palma Sola: 709 m de altitude, inventariada em 13 de maio de
a nordeste do ponto central original, inventariada em 01 de abril de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 407,50 ind.ha-1, 60 espécies, área basal 25,52 m2.ha-1, diâmetro médio
465,24 ind.ha-1, 48 espécies, área basal 31,33 m2.ha-1, diâmetro médio 23,28 cm, altura total média 11,02 m, altura do fuste 24,42 cm, altura total média 12,70 m, altura do fuste 6,83 m, altura dominante 17,83 m, índice de Shannon 3,80 nats.ind-
5,10 m, altura dominante 17,17 m, índice de Shannon 3,25 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais 1
. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica:
altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual com fisionomia de vegetação Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, muito alterada, com vestígios
secundária em estádio avançado, alterada. Espécies com maior valor de importância: Trichilia clausseni, Ficus de gado e grandes clareiras. Espécies com maior valor de importância: Cordia americana, Syagrus romanzoffiana,
luschnathiana, Nectandra megapotamica, Apuleia leiocarpa e Myrocarpus frondosus. Observações adicionais: cobertura Holocalyx balansae, Prunus myrtifolia e Helietta apiculata. Observações adicionais: sinúsia arbórea formando dossel
florestal apresenta-se com 50% e sub-bosque é médio. Destacam-se ainda as espécies: Prunus myrtifolia, Chrysophyllum descontínuo, com 10 a 50% de cobertura de copas, e sub-bosque variando de médio a ralo. Destacam-se ainda as espécies:
marginatum, C. gonocarpum, Diatenopteryx sorbifolia, Lonchocarpus campestris, Luehea divaricata, Balfourodendron Balfourodendron riedelianum, Machaerium stipitatum e Diatenopteryx sorbifolia, o sub-bosque composto por piperáceas,
riedelianum e Machaerium stipitatum, no sub-bosque Sorocea bonplandii, Actinostemon concolor, Trichilia elegans, T. Urera baccifera, Justicia brasiliana, Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii e Trichilia elegans. Epífitas e herbáceas
clausseni e Pilocarpus pennatifolius. pouco representativas.

Unidade Amostral 3520 – localidade Linha Prateleira, Anchieta: 524 m de altitude, deslocamento 290 m a sudoeste
do ponto central original, inventariada em 27 de maio de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 393,33
ind.ha-1, 44 espécies, área basal 23,54 m2.ha-1, diâmetro médio 22,66 cm, altura total média 11,93 m, altura do fuste 5,76
m, altura dominante 15,67 m, índice de Shannon 3,45 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
secundária em estádio avançado, muito alterada, com a presença de espécie exótica e indícios de exploração madeireira
recente, pastagem e agricultura. Espécies com maior valor de importância: Luehea divaricata, Nectandra megapotamica,
Sebastiania brasiliensis, Lonchocarpus campestris e Cedrela fissilis. Observações adicionais: sinúsia arbórea formando
um dossel descontínuo, com cobertura de copas de 10 a 50%, e sub-bosque com densidade média. Destacam-se ainda
as espécies: Styrax leprosus, S. commersoniana, Balfourodendron riedelianum e Parapiptadenia rigida, no sub-bosque
Actinostemon concolor, S. brasiliense, Trichilia elegans, Piper amalago, Justicia brasiliana e Urera baccifera, entremeados
por grande quantidade de lianas e Chusquea sp. Sinúsia herbácea pouco representativa, composta por espécies de poáceas
e pteridófitas. Dentre os epífitos, destacam-se espécies de bromeliáceas, aráceas e pteridófitas.

330 331
Legendas das fotografias Página Município Unidade Amostral Descrição

(todas de autoria da equipe do IFFSC) 190


Myrocarpus frondosus e Cedrela
fissilis
Da direita para a esquerda: Luehea
Página Município Unidade Amostral Descrição divaricata, Cordia trichotoma,
Combretum fruticosum, Pereskia
Myrocarpus frondosus e Cedrela 211
Capa aculeata, Dichorisandra
fissilis hexandra, Annona sylvatica, Vitex
Parque Estadual Fritz megapotamica e Helietta apiculata.
4 Concórdia Parapiptadenia rigida
Plaumann
acima: Arabutã Mosaico vegetacional
6 acima: Arabutã 212 1123
abaixo: Celso Ramos Mosaico vegetacional
6 abaixo: Seara acima: Anita Garibaldi Locomóvel
226
abaixo: Campos Novos UHE Campos Novos
Parque Estadual Fritz acima: Joaçaba
12 Concórdia Apuleia leiocarpa 227
Plaumann abaixo: Seara
15 Piratuba 1461 Nectandra lanceolata 228 Concórdia 1775 Parapiptadenia rigida
16 Equipe do IFFSC abaixo: Itá
233 Lago UHE Itá
Remanescente da Floresta acima: Arabutã
24 Piratuba 1461
Estacional Decidual 234 Acima e abaixo: Arabutã
32 Concórdia 1775 235 Equipes IFFSC
78 Herval do Oeste Cubagem de espécie arbórea 255 Cubagem de árvore em pé
79 Joaçaba Localização da Unidade amostral acima: Celso Ramos 1249 Acima: Gomesa recurva
256
abaixo: Ibicaré 2101 Abaixo: Doryopteris concolor
80 São Joaquim Instalação da Unidade Amostral
267 Zortéa 1318 Arsenura sp.
Interior de um fragmento florestal
112 Zortéa 1318 Phyllomedusa tetraploidea Pombal
de Floresta Estacional Decidual 268 acima: Concórdia 1869
e Haddad, 1992
113 acima: Zortéa 1318 Campuloclinium macrocephalum
268 abaixo: Concórdia 1775 Erinnyis ello
113 abaixo: Caibi 2406 Pereskia aculeata
114 Coleta de material botânico 281 Chapecó 1959 Lagartas
Cordia americana (flor) 282 Chapecó 1959 Cereus
127 Zortéa 1388
Vitex megapotamica (fruto) acima: Concórdia Perfil de Solo
Fragmento florestal da Floresta 289
128 Zortéa 1318 abaixo: Itá Lago UHE Itá
Estacional Decidual acima: Jaborá
Fragmento florestal da Floresta 290
141 Ipira 1618 abaixo: Arabutã
Estacional Decidual acima: Concórdia 1774 Guarea macrophylla – frutos
Fragmento florestal da Floresta 332
142 Celso Ramos 1187 abaixo: Piratuba 1461 Fungo – estrela da terra
Estacional Decidual acima: Concórdia 2088
Sub-bosque da Floresta Estacional 333 Fungos
164 Zortéa 1318 abaixo: Seara 1965
Decidual
165 acima Balfourodendron riedelianum
165 abaixo Urera baccifera
166 Ipira 1618 Cubagem de árvore em pé
188 acima Solanum variabile
188 abaixo Ocotea puberula
189 Anchieta 3520 Aralia warmingiana

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