Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Este artigo, cujo escopo é a onomatopéia, tem por objetivo precípuo
apresentar, panoramicamente, alguns enfoques a respeito do referido fenômeno
lingüístico.
Embora demos maior destaque ao aspecto estilístico, mais exatamente
fonoestilístico, não deixamos de salientar outros aspectos: um deles é a
relacionar o referido fenômeno de imitação sonora com a noção de arbitrário do
signo, para isso assinalaremos algumas considerações a respeito do liame que se
estabelece entre som e sentido.
Outro aspecto consiste em mostrar o tratamento do fenômeno na lingüística
estrutural, mais especificamente na Morfologia, no tocante à formação de palavras.
Ces difficultés peuvent être résolues au mieux si I'on attribue I'étude dês
procedes phoniques d'expression et d'appel à une branche scientifique
particuliere, à savoir Ia phonostyfistique. On pourrait Ia subdiviser d'une part
em stylistique expressive et em stylistique appellative, et d'autre part em
stylistique phonétique et em stylistique phonologique. Si dans Ia description
phonologique d'une langue on doit étudier Ia stylistique phonologique (aussi bien
au point de vue de Ia fonction expressive qu'à celui de Ia fonction d'appel), Ia
tache propre de cette description doit toutefois rester I'étude phonologique du
"plan représentatir. La phonologie n'a done pás à être subdívisée em phonologie
expressive, appellative et représentetive. Lê nom de "phonologie" peut comme
auparavant être reserve à I'étude de Ia face phonique de Ia langue, de valeur
représentative, tandis que \'étude dês éléments de Ia face phonique de Ia Jangue,
de valeur expressive et de valeur appellative, será faite par Ia "stylistique
phonologique", qui de son cote ne serait qu'une partie de Ia "phonostylistique"
(TRUBETZKOY, 1970, p. 29).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pelo exposto, conclui-se que a onomatopéia é um fenômeno marginal em lingüística,
em especial na morfologia, em que recebe o inexpressivo nome de criação ex nihilo
(CARVALHO, 1984, p. 22).
O raio de ação da onomatopéia, como vimos, é mais apreendido na estilística da
expressão, tendo alcance tanto na fala cotidiana quanto na criação poética, haja
vista o conhecido “Sinos de Belém”, de Manuel Bandeira e “Incêndio em Roma”, de
Olavo Bilac. Em abordagem imanente-fenomenológica, do polonês Roman Ingarden, (Cf.
CEIA, 2005), os itens onomatopáicos fazem parte do estrato fônico, portanto,
possui tratamento mais adequado no âmbito da Fonoestilística.
Contudo, por não ser universal para as línguas naturais, não fere o princípio da
arbitrariedade do signo. Apenas relativiza o princípio.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CÂMARA Jr. J. M. Contribuição à estilística portuguesa. Rio de Janeiro: Ao Livro
Técnico. 1978.
CARVALHO, J. H. de. Teoria da linguagem. Coimbra: Atlântida, 1974.
CARVALHO, N. O que é neologismo. São Paulo: Brasiliense, 1984.
CEIA, C. “Crítica fenomenológica”. In: Carlos Ceia. E-Dicionário de termos
literários, 2005. (Disponível em http://www.citadel.edu/faculty/leonard/ISER.html)
JAKOBSON, R. Lingüística e comunicação. São Paulo: Cultrix, 1969
LOPES, E. Fundamentos da lingüística contemporânea. São Paulo: Cultrix, s/d.
MARTINS, N. S. Introdução à estilística. São Paulo: T. A. Queiroz, 2000.
MASSINI-CAGLIARI, G. Acento e ritmo: fonética do português – elementos musicais da
fala, sílaba, duração e acento. São Paulo: Contexto, 1992.
MONTEIRO, J. L. A estilística. São Paulo: Ática, 1991.
ROCHA, L. C. de A. Estruturas morfológicas do português. Belo Horizonte: UFMG,
1998.
SAUSSURE, F. de. Curso de lingüística geral. São Paulo: Cultrix, 1995.
TROUBETZKOY, N. S. Principes de phonofogie. Paris: Klincksieck, 1970.