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CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA

Disciplina:
TRATAMENTO DE ÁGUAS E RESÍDUOS

Aula
Características Químicas das Águas Naturais

Professora: Cristiane Pereira Zdradek


❖  pH

o  Consiste na concentração dos íons H+ nas águas e representa


a intensidade das condições ácidas ou alcalinas do ambiente
aquático.

o  Talvez seja o parâmetro de maior frequência de


monitoramento na rotina operacional das estações de
tratamento de águas, pela interferência em diversos
processos e operações unitárias inerentes à potabilitização,
da aplicação dos coagulantes ao processo de desinfecção
química.

o  Equipamento: potenciomêtro / pHmetro




❖  pH

o  O pH influi no grau de solubilidade de diversas substâncias, e


como consequência na intensidade da cor, na distribuição da
forma livre e ionizada de diversos compostos químicos.

o  Águas naturais de superfície apresentam pH variando de 6,0


a 8,5, intervalo adequado à manutenção da vida aquática.

❖  pH

o  Fatores que podem influenciar nos valores normais do pH:

ü  Atividade algal – fotossíntese e respiração

ü  Dissolução das rochas

ü  Lançamento inaqudequado de despejos domésticos e industriais


❖  pH

o  A relevância do pH manifesta-se em diversas vertentes na


potabilização das águas de consumo humano:

ü  Na desinfecção com compostos de cloro, pois ocorre a formação do


ácido hipocloroso (HOCl), significativamente mais eficiente na
inativação dos microroganismos (desinfecção com compostos de
cloro em pH inferior a 8,0).

ü  Na coagulação de sais de ferro e de alumínio, que se vincula a uma


faixa normalmente mais ampla para os primeiros e mais restrita para
os segundos.

ü  No controle da corrosão nas adutoras e redes de distribuição.

ü  Na formação de subprodutos da desinfecção como trialometanos,


mais pronunciadas em pHs mais elevados.

ü  No abrandamento de águas de dureza mais significativa.


❖  Alcalinidade

o  Capacidade de neutralizar ácidos (ou íons H+) ou a


capacidade de minimizar variações significativas de pH
(tamponamento), constituindo-se especialmente de
bicarbonatos (HCO3-), carbonatos (CO3-2) e hidróxidos (OH-).

o  As diferentes formas de alcalinidade manifestam-se em


função do pH.

o  A alcalinidade é determinada por titulação com ácido


sulfúrico ou ácido forte e expressa em termos de mg/L de
CaCO3.

o  A alcalinidade não apresenta significado sanitário e, desta


forma, não sendo comtemplada pelo padrão de
potabilidade.
❖  Alcalinidade

o  Águas naturais de origem superficial no Brasil apresentam


alcalinidade geralmente inferior a 100 mg/L de CaCO3.

o  valores elevados de alcalinidades nas águas estão associados


a:
ü  Processos de decomposição da matéria orgânica;
ü  À atividade respiratória de microrganismos, com liberação de
CO2 na água;
ü  Lançamento de efluentes.


❖  Alcalinidade

o  Para que se possa calcular os três componentes da


alcalinidade, hidróxidos, carbonatos e bicarbonatos, são
formuladas três hipóteses:


❖  Alcalinidade


❖  Alcalinidade


❖  Alcalinidade


❖  Alcalinidade


❖  Acidez

o  É a característica química de neutralizar bases e também


evitar alterações bruscas no pH, especialmente
concentrações de gases dissolvidos como CO2 e H2S ou de
ácidos húmicos, fúlvicos e himatomelânicos.

o  Origem natural – absorção da atmosfera e decomposição da


matéria orgânica.

o  Origem Antrópica – lançamento de despejos industriais e


lixiviação do solo de áreas de mineração.

o  A acidez é expressa em mg/L CaCO3.


❖  Acidez

o  Acidez devido à presença de ácidos fortes (ácidos minerais:


clorídrico, sulfúrico, nítrico, entre outros.

o  Acidez devido à presença de ácidos fracos (orgânicos: ácido


acético, por ex., e inorgânicos: ácido carbônico, por ex.).

o  Acidez devido a sais que apresentam caráter ácido (sulfato


de alumínio, cloreto férrico, cloreto de amônio).
❖  Acidez
❖  Dureza

o  Indica a concentração de cátions multivalentes em solução


na água, sobretudo de cálcio (Ca+2) e magnésio (Mg+2),
expressa em mg/L de CaCO3 e se manifesta pela resistência à
reação de saponificação.

o  Outros íons divalentes e trivalentes, como alumínio (Al+3),


ferro (Fe+2), manganês (Mn+2) e estrôncio (Sr+2), podem
também contribuir com a dureza das águas naturais, mas em
quantidades geralmente inferior a 1,0 mg/L.

o  Origem natural – dissolução de rochas calcárias, ricas em


cálcio e magnésio.
❖  Dureza

o  Classificação da Dureza: (dependendo do ânion com o qual esá


associada)

ü  Dureza carbonato (dureza não permanente)

ü  Dureza não carbonato (dureza permanente)


Mais a frente falaremos em dureza e sobre o processo de abrandamento
utilizado para retirar a dureza das águas.
❖  Dureza

ü  Dureza carbonato (dureza não permanente)

Pode ser retirada por abrandamento e troca iônica

ü  Dureza não carbonato (dureza permanente)

Não pode ser retirada por ebulição e resulta da presença de íôns


metálicos divalentes ligados a sulfatos, cloretos ou nitratos, podendo
ser determinada pela diferença entre a dureza total e a alcalinidade da
água.


❖  Dureza

v  Em função da dureza a água pode ser classificada:

ü  Mole ou branda: < 50 mg/L de CaCO3


ü  Dureza moderada: entre 50 e 150 mg/L de CaCO3
ü  Dura: entre 150 e 300 mg/L de CaCO3
ü  Muito dura: >300 mg/L de CaCO3

Os padrões de potabilidade brasileiro, norte-americano e da OMS


estabelecem idêntico limite de 500 mg/L de CaCO3. Embora,
dureza até 200 mg/L de CaCO3 possa ser tolerada, intervalo de 40
a 100 mg/L de CaCO3 apresentam maior aceitabilidade pela
população abastecida.



❖  Oxigênio Dissolvido (OD)

o  Parâmetro mais importante para expressar a qualidade dos


ambientes aquáticos.

o  Não se constitui um parâmetro usual de controle operacional


nas ETAs, pois o próprio manancial escolhido já é
considerado como parâmetro relevante.

o  A concentração de OD à saturação é diretamente


proporcional à pressão atmosférica ou inversamente
proporcional à altitude – e indiretamente proporcional à
temperatura.



❖  Oxigênio Dissolvido (OD)

o  A concentração de OD à saturação traduz a concentração
teórica máxima àquelas temperatura e pressão.

o  Ao nível do mar tenderiam a apresentar maiores


concentrações de OD quando comparadas às regiões
montanhosas.

Ao nível do mar e à
temperatura de 20 0C, a
concentração de OD à
saturação é 9,17 mg/L.
❖  Oxigênio Dissolvido (OD)

o  Além das ações antrópicas no lançamento de efluentes, as
concentrações de OD podem variar naturalmente.

o  Cursos d’água de velocidade mais elevada favorecem o


aporte de oxigênio da atmosfera, ao passo que em lagos e
reservatórios a concentração de OD pode superar à de
saturação em dias de intensa atividade fotossintética da
comunidade algal e das plantas aquáticas.

o  O Fenômeno denominado supersaturação de OD, somente


pode suceder pela atividade fotossintética.
❖  Oxigênio Dissolvido (OD)

o  A redução do OD pode ocorrer por razões naturais, especialemente pela
respiração ou pela degradação da matéria orgânica pelos organismos
presentes no ambiente aquático.

o  Também ocorre redução devido às perdas para a atmosfera e oxidação


de íons.

o  No período noturno lagos e reservatórios podem apresentar variações


significativas de OD, graças ao inverso da fotossíntese realizado pelas
algas e plantas aquáticas que, na respiração, consomem o Oxigênio e
liberam o CO2.

o  O aumento da concentração de CO2 pode causar também a redução mais


significativa do pH e favorecer a ressolubilização de diversos compostos
depositados no fundo do corpo d’água. Ex são a elevação da
concentração de ferro e manganês solúvel em águas captadas em
reservatórios de acumulação como consequência da redução do pH.
❖  Oxigênio Dissolvido (OD)

o  Para a manutenção da vida aquática aeróbia são necessários
teores mínimos de oxigêncio dissolvido de 2 a 5 mg/L, de acordo
com o grau de exigência de cada organismo.

o  A concentração de oxigêncio mínima para espécies de água doce é


de 4 mg/L para a maioria dos peixes é de 5 mg/L para trutas e
salmões, o que explica a prevalência destas espécies em águas de
baixa temperatura elocalizadas a baixas altitudes, principalmente
no Norte dos EUA e Canadá.

o  A legislação estabelece valores decrescentes para as sucessivas


classes dos corpos d’água......

•  Pesquise sobre estes valores!!!!


❖  Salinidade

o  Vincula-se a presença de sais minerais dissolvidos formados por
âniona como cloreto, sulfato e bicarbonato e cátions como cálcio,
magnésio, potásio e sódio.

o  A dificuldade inerente à determinação da concentração de cada sal


– cujo somatório seria a mais precisa indicação da magnitude da
salinidade – culminou com o usual emprego da concentração de
cloretos como estimativa desta característica química.

o  A salinidade também pode estar associada a condtividade ou a


concentração de sólidos totais dissolvidos.
❖  Salinidade

o  A salinidade resulta dos seguintes principais fatores:

ü  Intrusão da água do mar no aquífero freático;


ü  Grau de imtemperismo e composição das rochas e solo da bacia de
drenagem;
ü  Balanço hídrico referente à precipitação e à evaporação;
ü  inlfuência e características das águas subterrâneas;
ü  Lançamento de águas residuárias domésticas e industriais.
❖  Demandas química e bioquímica de oxigênio

o  DBO – Demanda Bioquímica de Oxigêncio:
Indica a intensidade do consumo de oxigênio ( em mg/L) necessário
às bactérias na estabilização da matéria orgânica carbonácea,
acabando por também indicar a concentração do cabono
biodegradável.

o  Metodologia de determinação:
Realiza-se com base na diferença na concentração de OD em amostra
de água no período de 5 dias e temperatura de 20 0C. Sendo assim,
por ex., se a amostra de água natural apresentar DBO de 5 mg/L serão
necessários 5 mg de oxigênio dissolvido para estalibizar, no período
de 5 dias à temperatura de 200C, quantidade de matéria orgânica
biodegradável contida em 1,0 mL de amostra.

❖  Demandas química e bioquímica de oxigênio

o  DQO – Demanda Química de Oxigêncio:
Engloba a matéria orgância passível de ser estabilizada
quimicamente, tendo, portanto, valores sempre mais elevado.

o  Metodologia de determinação:
É determinada por titulação química com dicromato de potássio (K2Cr2O7),
sendo o resultado obtido em menos de 3 horas. Desta forma, utilizada no
tratamento mais estrito do desempenho de estações de tratamento de
esgotos.

Para esgotos domésticos a relação DQO/DBO5 varia de 1,7 a 2,4,


com amplitude muito mais significativa que a de esgotos industriais.
❖  Ferro e Manganês

❖  Nitrogênio

❖  Fósforo

❖  Agrotóxicos, pesticidas ou defensivos agrícolas

❖  Alumínio e Lítio


Para estes parâmetros serão feitas atividades extras e corrigidas na
próxima aula.
❖  Roteiro da Atividade
Em relação aos elementos que estão no último anterior pesquisem e respondam
sobre os seguintes aspectos:

1 – Quais as formas que podem ser encontrados nas águas naturais?

2 - Essas formas se presentes nos mananciais são retiradas pelos processos


convencionais de tratamento de águas?

3 – Quais as formas são inconvenientes (se forem) do ponto de vista sanitário?

Sugestão: Façam uma tabela com os parâmetros pedidos e as respostas de cada


item.

Parâmetro 1 2 3
Ferro e Manganês
Nitrogênio
Fósforo
Agrotóxicos, ...
Alumínio e Lítio

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