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Referências: Wellek, René e Austin Warren. Teoria da Literatura, Lisboa. Publicações Europa-
América, 1971. “Gêneros Literários”, pp. 306-323
“O gênero literário não é um mero nome, pois a convenção estética da qual participa uma obra
forma o seu caráter.” (p. 306)
“(...) o gênero deve ser concebido como um agrupamento de obras literárias baseado,
teoricamente, na forma exterior (metro ou estrutura específicos) e também na forma interior
(postura, tom, propósito, mais toscamente, tema e público).” (p. 315)
“Qualquer um interessado na teoria dos gêneros deve ter cuidado para não confundir as
diferenças distintivas entre a teoria “clássica” e a moderna. A teoria clássica é regulamentadora
e prescritiva, embora as suas “regras” não sejam o autoritarismo tolo ainda atribuído
frequentemente a elas. A teoria clássica não apenas crê que um gênero difere de outro, na
natureza e na glória, mas também que devem ser mantidos separados, que não devemos
permitir que se misturem. Essa é a famosa doutrina da “pureza do gênero”, do “genre tranche”.
(p. 318)
“(...) cada tipo de arte tem suas próprias capacidades e o seu próprio prazer (...).” (p. 318)
“A moderna teoria dos gêneros é claramente descritiva, não limita o número de tipos possíveis
e não prescreve regras aos autores.” (p. 320)
“Em vez de enfatizar a distinção entre tipo e tipo, está interessada, segundo a ênfase romântica
na singularidade de cada “gênio original” e de cada obra de arte, em encontrar o denominador
comum de um tipo, os seus recursos literários compartilhados e o objetivo literário.” (p. 320)
“O gênero representa, por assim dizer, uma soma de recursos estéticos possíveis, disponíveis
para o escritor e já inteligíveis para o leitor.” (p. 320)
“Quaisquer que sejam as relações da literatura com outros domínios de valor, livros são
influenciados por livros; os livros imitam, parodiam, transformam outros livros (...).” (p. 321)