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“A necessidade de constituir textos autênticos se faz sentir quando um povo de alta civilização
toma consciência dessa civilização e deseja preservar dos estragos do tempo as obras que lhe
constituem o patrimônio espiritual; salvá-las não somente do olvido como também das
alterações, mutilações e adições que o uso popular ou o desleixo dos copistas nelas introduzem
necessariamente.” (p. 11)
“[...] não há quase autor da Antiguidade cuja obra tenha chegado até nós inteira, e um número
considerável de livros importantes não existem senão numa única cópia, muito amiúde
fragmentária.” (p. 13)
“[...] foi com base nos textos antigos que a gramática histórica, a história do desenvolvimento
das diferentes línguas, se pôde desenvolver;” (p. 17)
“A Linguística tem por objeto a estrutura da linguagem, aquilo que se denomina comumente de
gramática;” (p.18)
“Um linguista moderno sente-se tentando a desprezar um tanto seus antecessores, e sorrirá ao
ler uma gramática científica do começo do século XIX, em que o autor confunde o conceito de
som com o de caráter.” (p.19)
“[...] para ele, a Linguística é uma parte da “Semiologia”, ciência que estuda a vida dos signos no
seio da vida social; e mesmo esta vida social tem, nele, um caráter assaz geral e abstrato.
Logrou Saussurre aprofundar as concepções do funcionamento da linguagem por via de um
sistema de classificações claramente definidas;” (p. 23)
“A microscopia dos fenômenos dialetais permitiu estudar mais de perto o funcionamento das
variações linguísticas e delas extrair observações gerais tão interessantes do ponto de vista da
Linguística pura quanto da História e da Sociologia.” (p. 24)
“O grupo positivista, [...], rejeita todo o misticismo na concepção da História e intenta aproximar
tanto quanto possível os métodos das pesquisas históricas dos das ciências naturais; visa
menos ao conhecimento das formas históricas individuais que das leis que governam a História.”
(p. 33)
“[...] os motivos espirituais pelos quais os românticos explicavam os fenômenos foram rejeitados
para um segundo plano ou mesmo postos de parte, e os fatos econômicos tomaram-lhes o
lugar; explicavam-se, por exemplo, as cruzadas não como por um ímpeto de entusiasmo
religioso, mas pelo interesse que alguns grupos poderosos, feudais e capitalistas, tinham por
uma expansão em direção do Oriente.” (p. 33)
“[...] se é verdade que os fatos materiais não bastam sempre e inteiramente para explicar os
fenômenos literários, é absurdo querer explicar estes sem levar em conta aqueles.” (pp. 33-34)
“[...] os métodos que o positivismo descobriu nos permitem situar mais exatamente os
fenômenos literários no quadro de sua época, estabelecer com maior precisão suas relações
com outras atividades contemporâneas, e completar as biografias dos autores com tudo quanto
a Ciência moderna, por exemplo a hereditariedade, possa fornecer.” (p. 34)
“A explicação de textos, malgrado seu método muito claramente circunscrito, pode servir a
intenções as mais diversas, segundo o gênero de textos que escolhamos e a atenção que
prestemos às diferentes observações que neles podemos fazer.” (p. 42)