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A Vida — Teve um Criador?

Em que você crê?


Muitos religiosos fundamentalistas acreditam
que a Terra e tudo o que existe nela foram
criados em seis dias de 24 horas, apenas
alguns milhares de anos atrás. Alguns ateus
gostariam de fazer você crer que Deus não
existe, que a Bíblia é um livro de mitos e que
a vida é produto de eventos casuais,
sem orientação.

A maioria das pessoas tem ideias mais ou menos interme-


diárias entre esses conceitos opostos. O fato de você estar len-
do essa brochura talvez indique que esse é também o seu caso.
Talvez acredite em Deus e respeite a Bíblia. Mas possivelmen-
te valorize também a opinião de cientistas bem preparados e
influentes que não acreditam que a vida foi criada. Se você
tem filhos, talvez se pergunte como responderia se eles lhe in-
dagassem sobre a evolução e a criação.
Qual é o objetivo desta brochura?
Esta matéria não visa ridicularizar os conceitos de funda-
Capa: praia e recife: 5 Digital Vision Ltd/age fotostock

mentalistas ou dos que preferem não crer em Deus. Em vez


disso, esperamos que esta publicação o leve a reexaminar a
base de algumas de suas crenças. Ela apresentará uma explica-
ção do relato da Bíblia sobre a criação que você talvez nunca
tenha considerado. E enfatizará por que realmente importa o
que você crê sobre como a vida começou.
Você confiará nas afirmações dos que dizem que não existe
Criador inteligente e que a Bíblia não é confiável? Ou exami-
nará o que a Bíblia realmente diz? Que ensinos são dignos de
sua confiança, de sua fé: os da Bíblia ou os dos evolucionistas?
(Hebreus 11:1) Que tal examinar os fatos?

2 A VIDA — TEVE UM CRIADOR?


Sumário
PÁGINA 4
O planeta vivo

PÁGINA 11
Quem projetou
primeiro?

PÁGINA 18
Evolução
— mitos e fatos

PÁGINA 24
A ciência e o
relato de Gênesis

PÁGINA 29
Importa em que
você crê?

PÁGINA 30
Bibliografia

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Ela faz parte de uma obra
educativa bíblica, mundial,
mantida por donativos.
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www.jw.org.
A menos que haja outra indicação,
os textos bíblicos citados são da
Tradução do Novo Mundo das
Escrituras Sagradas com Referências.
A Vida — Teve um Criador?
Was Life Created?
Edição de janeiro de 2017
Portuguese (Brazilian Edition) (lc-T)
ISBN 978-85-7392-119-9
5 2010
WATCH TOWER BIBLE AND TRACT
SOCIETY OF PENNSYLVANIA
ASSOCIAÇÃO TORRE DE VIGIA
DE BÍBLIAS E TRATADOS
Editoras
Watchtower Bible and Tract Society
of New York, Inc.
Wallkill, New York, U.S.A.
˜ ´
Associaçao Torre de Vigia de Bıblias
e Tratados
´ ˜
Cesario Lange, Sao Paulo, Brasil
Todos os direitos reservados
Made in Brazil
Impresso no Brasil
O planeta vivo
A vida na Terra nunca poderia existir se não fosse uma série de felizes
“coincidências”, algumas das quais eram desconhecidas ou pouco entendidas
até o século 20. Essas coincidências incluem:
˛ A localização da Terra na galáxia Via Láctea e no sistema solar, bem como a
órbita, a inclinação, a velocidade de rotação e a incomum lua do planeta
˛ Um campo magnético e uma atmosfera que servem de escudo duplo
˛ Ciclos naturais que reabastecem e purificam o ar e a água do planeta
Ao considerar cada um desses pontos, pergunte-se: ‘Será que as características
da Terra são produto do acaso ou de projeto intencional?’

4 A VIDA — TEVE UM CRIADOR?


Poderia haver uma localização melhor
para a Terra abrigar a vida?

elementos químicos necessários para sus-

& Nasa/JPL/Caltech
tentar a vida. Mais afastado do centro, es-
ses elementos são escassos demais; mais
perto, o ambiente é perigoso demais devi-
do à maior concentração de radiação po-
tencialmente letal e de outros fatores. “Vi-
vemos numa região nobre”, diz a revista
Scientific American.1
A “rua” ideal: Não menos “nobre” é a
“rua” da Terra, ou sua órbita na “cidade”, o
sistema solar. A uns 150 milhões de quilô-
O “endereço” perfeito da Terra metros do Sol, essa órbita fica numa limita-
Ao escrever seu endereço, o que você da zona habitável porque ali as condições
inclui? Talvez o país, a cidade e a rua. não são nem frias nem quentes ao extre-
Para efeito de comparação, chamemos a mo. Além disso, a trajetória da Terra é qua-
Via Láctea de “país” da Terra; o sistema so- se circular, mantendo-nos praticamente à
lar (o Sol e seus planetas) de “cidade” da mesma distância do Sol o ano todo.
Terra; e a órbita da Terra no sistema so- Enquanto isso, o Sol é a perfeita “usina
lar de “rua” da Terra. Graças aos avanços de energia”. É estável, do tamanho ideal, e
na astronomia e na física, os cientistas têm emite a quantidade exata de energia. Por
compreendido cada vez mais as vantagens boas razões, tem sido chamado de “estrela
de nossa localização especial no Universo. muito especial”.2
Para começar, a nossa “cidade”, ou sis- O “vizinho” perfeito: Se você fosse esco-
tema solar, está localizada na região ideal lher um “vizinho” para a Terra, não have-
da Via Láctea — não muito perto do centro ria opção melhor do que a Lua. Seu diâme-
nem muito longe dele. Essa “zona habitá- tro mede um pouco mais de um quarto do
vel”, como os cientistas a chamam, contém diâmetro da Terra. Assim, em comparação
as concentrações rigorosamente certas dos com outras luas do sistema solar, a nossa

O PLANETA VIVO 5
Lua é excepcionalmente grande em rela-
ção ao planeta que ela orbita. Mera coinci-
dência? Parece improvável.
Por um lado, a Lua é a principal res-
ponsável pelas marés, que desempenham
um papel vital na ecologia da Terra. A Lua
também contribui para a estabilidade do
eixo de rotação do planeta. Sem a Lua, fei-
ta sob medida, nosso planeta seria como
um pião em baixa velocidade que acaba
tombando e girando de lado. O clima, as
marés e outras condições sofreriam mu- Os escudos protetores da Terra
danças catastróficas. O espaço é um lugar perigoso, onde é

Magnetosfera: Nasa/Steele Hill; inclinação da Terra: baseado em Nasa/Visible Earth imagery


Inclinação e rotação perfeitas da Terra: comum a radiação letal e os meteoroides
Graças à inclinação da Terra, de uns 23,4 são um perigo constante. Mas o nosso
graus, temos o ciclo das estações do ano, planeta azul parece trafegar no meio des-
temperaturas equilibradas e grande varie- sa “galeria de tiro” galáctica com relativa
dade de zonas climáticas. “A inclinação do segurança. Por quê? A Terra é protegida
eixo de nosso planeta parece ‘perfeita’ ”, por uma blindagem incrível — um podero-
diz o livro Rare Earth—Why Complex Life so campo magnético e uma atmosfera feita
Is Uncommon in the Universe (Terra sob medida.
Rara — Por Que a Forma Com- O campo magnético da Terra: O cen-
plexa de Vida É Incomum no tro da Terra é uma bola giratória de fer-
Universo).3 ro fundido, que produz no nosso planeta
Também “perfeita” é a du- um enorme e poderoso campo magnético
ração do dia e da noite, resul- que se estende espaço afora. Esse escudo
tante da rotação da Terra. Se nos protege da intensidade total de radia-
a velocidade de rotação fosse ção cósmica e das potencialmente mortífe-
bem mais lenta, os dias seriam ras forças vindas do Sol. Estas incluem o
mais longos e o lado da Terra vento solar, que é uma corrente constante
voltado para o Sol ficaria supera- de partículas energéticas; erupções solares,
quecido, ao passo que o outro lado fi- que em questão de minutos liberam ener-
caria congelado. E se a rotação da Terra gia equivalente à de bilhões de bombas
fosse mais veloz, os dias seriam mais cur- de hidrogênio; e explosões na região exte-
tos, talvez de apenas algumas horas de du- rior, ou coroa, do Sol, que lançam bilhões
ração, e essa rotação veloz causaria impla- de toneladas de matéria no espaço. Você
cáveis ventanias e outros efeitos nocivos. pode observar lembretes visíveis da pro-

6 A VIDA — TEVE UM CRIADOR?


O invisível escudo Aurora boreal
magnético da Terra

teção que recebe do campo magnético da dra. A atmosfera queima a vasta maioria
Terra. Erupções e explosões na coroa so- desses, que se tornam rastros de luz cha-
Aurora: foto: Jan Curtis (http://latitude64photos.com); meteorito: ESA, Nasa

lar causam auroras intensas, ou coloridas mados meteoros. Mas os escudos da Ter-
exibições de luz visíveis na atmosfera supe- ra não bloqueiam a radiação vital à vida,
rior, perto dos polos magnéticos da Terra. como o calor e a luz visível. A atmosfera
A atmosfera da Terra: Esse cobertor de até mesmo ajuda a distribuir o calor ao re-
gases, além de nos manter respirando, for- dor do globo e, à noite, atua como um co-
nece proteção adicional. Uma camada ex- bertor, diminuindo a velocidade do escape
terna da atmosfera, a estratosfera, contém de calor.
uma variedade de oxigênio chamada ozô- A atmosfera e o campo magnético da
nio, que absorve até 99% da radiação ultra- Terra são realmente maravilhas de proje-
violeta (UV). Assim, a camada de ozônio to ainda não bem entendidos. O mesmo
ajuda a proteger da radiação nociva muitas pode-se dizer dos ciclos que sustentam a
formas de vida, incluindo a dos humanos vida neste planeta.
e a dos plânctons, dos quais dependemos
para a produção de grande parte do nosso
oxigênio. A quantidade de ozônio estratos-
A atmosfera nos
férico não é fixa. Em vez disso, é variável, protege dos meteoros
aumenta de acordo com o aumento da in-
tensidade da radiação UV. Portanto, a ca-
mada de ozônio é um escudo versátil e efi-
ciente.
Será mera
A atmosfera também nos protege contra coincidência que o
um bombardeio diário de detritos do espa- nosso planeta seja
ço — milhões de objetos cujo tamanho va- protegido por dois
ria de minúsculas partículas a blocos de pe- versáteis escudos?
Ciclos naturais que sustentam a vida
Se fosse cortado o suprimento de ar puro e de
água tratada de uma cidade, e bloqueado seu siste-
ma de esgoto, doenças e mortes logo se seguiriam.
Mas considere: nosso planeta não é como um res-
taurante, onde a reposição de alimentos e suprimen-
tos vem de fora para dentro e o lixo é retirado. Os
essenciais ar puro e água limpa não vêm do espaço,
nem lixo e outros resíduos são despachados para lá.
Então como a Terra permanece saudável e habitá-
vel? A resposta: por causa dos ciclos naturais, como
os da água, do carbono, do oxigênio e do nitrogênio,
explicados e ilustrados aqui de maneira simples.

O ciclo da água: A água é essencial para a


vida. Nenhum de nós pode viver sem ela por mais
2 de alguns dias. O ciclo da água distribui água
doce e limpa ao redor do planeta. Envolve três es-
tágios. (1) A energia solar suspende a água para
a atmosfera pela evaporação. (2) A condensa-
3 ção dessa água purificada produz nuvens. (3) As
nuvens, por sua vez, produzem chuva, granizo ou
1 neve, que caem no solo prontos para nova evapo-
ração, completando assim o ciclo. Quanta água
é reciclada por ano? Segundo estimativas, o sufi-
ciente para cobrir uniformemente a superfície da
Terra com quase 80 centímetros de água.4

Os ciclos do carbono e do oxigênio: Como


sabe, para viver você precisa respirar, inalar
2 oxigênio e exalar dióxido de carbono. Mas, com
Oxigênio incontáveis bilhões de humanos e de animais fa-
zendo a mesma coisa, por que a atmosfera nun-
ca fica sem oxigênio e nem saturada de dióxido
de carbono? A resposta tem a ver com o ciclo do
oxigênio. (1) Num incrível processo chamado fo-
tossíntese, as plantas absorvem o dióxido de car-
Dióxido bono que nós exalamos, usando-o com a energia
de carbono 1
solar para produzir carboidratos e oxigênio. (2) Ao
inalarmos oxigênio, completamos esse ciclo. Toda
essa produção de vegetação e de ar respirável
acontece de modo limpo, eficiente e silencioso.

8 A VIDA — TEVE UM CRIADOR?


A atmosfera da
Terra é composta de
78% de nitrogênio

Moléculas
A orgânicas

Bactérias
B C

Compostos nitrogenados Bactérias

O ciclo do nitrogênio: A vida na Terra depende também da produção de moléculas


orgânicas, como as proteínas. (A) Para produzir essas moléculas, é preciso nitrogênio.
Felizmente, esse gás compõe quase 80% da atmosfera. Raios convertem nitrogênio em
compostos que as plantas podem absorver. (B) As plantas incorporam esses compostos
em moléculas orgânicas. Assim, os animais que comem essas plantas também absorvem
nitrogênio. (C) Por fim, quando plantas e animais morrem, os compostos nitrogenados ne-
les são decompostos por bactérias. Esse processo de decomposição libera o nitrogênio de
volta para o solo e para a atmosfera, completando o ciclo.
Stockbyte/Getty Images

Reciclagem perfeita
Os humanos, com toda sua avançada
tecnologia, geram anualmente incontáveis
toneladas de lixo tóxico não reciclável. No
entanto, a Terra recicla todo seu lixo de
modo perfeito, por meio de engenhosos
processos químicos.
Como você acha que surgiram os siste-
mas de reciclagem da Terra? “Se o ecossis-
tema da Terra tivesse realmente evoluído
só por acaso, teria sido impossível alcançar Como responderia?
tal nível perfeito de harmonia ambiental”, ˛ Você acha que as características
diz Michael A. Corey, escritor de religião e da Terra são produto de projeto
ciência.5 Você concorda com essa conclu- intencional? Em caso afirmativo,
são? quais dos fatos acima você acha
mais convincentes?
˛ Como você responderia à afirmação
de que a Terra não é nada especial,
que é apenas mais um local em que a
evolução poderia ocorrer?

O PLANETA VIVO 9
Fervilhando de vida
Ninguém sabe quantas espécies exis-
tem na Terra. As estimativas variam
de 2 milhões a 100 milhões.6 Qual a
amplitude da vida no nosso planeta?
Solo: Descobriu-se que apenas 100
gramas de solo abrigam 10 mil espé-
cies de bactérias,7 sem contar o nú-
mero de micróbios. Algumas espécies
foram encontradas quase três quilôme-
tros abaixo da superfície do solo!8
Ar: Além dos pássaros, morcegos e
Bactérias insetos que voam no espaço, a atmos-
subterrâneas fera está cheia de pólen e de outros es-
poros, bem como de sementes e, em
certas regiões, de milhares de tipos de
micróbios. A diversidade de vida micro-
biana no ar “rivaliza com a diversidade
de micróbios no solo”, diz a revista
Scientific American.9
Água: Os oceanos ainda são um
grande mistério, pois, a fim de estudar
Pólen as suas profundezas, os cientistas mui-
tas vezes precisam usar custosa tecno-
logia. Até mesmo os recifes de coral,
relativamente acessíveis e bem pesqui-
sados, talvez abriguem milhões de es-
pécies ainda não conhecidas.
Será que essa espantosa variedade de
vida surgiu por acaso? Muitos concor-
dariam com o poeta que escreveu:
“Quantos são os teus trabalhos, ó
Anêmona Jeová! A todos eles fizeste em sabedo-
ria. A terra está cheia das tuas produ-
ções.”1 — Salmo 104:24.
1 Na Bíblia, o nome de Deus é Jeová.
— Salmo 83:18.

Bactérias: Penn State University, laboratório de Jean Brenchley, e com permissão


de Springer ScienceBusiness Media: extremófilos, inusitadas amostras ultramicro-
bacterianas de um profundo núcleo de gelo groenlandês representam uma sugerida
nova espécie, Chryseobacterium greenlandense sp. nov., janeiro de 2010, Jennifer
10 A VIDA — TEVE UM CRIADOR? Loveland-Curtze; pólen: 5 Fotosearch
Quem projetou
primeiro? Em anos recentes, cientistas e
engenheiros vêm permitindo que
plantas e animais os ensinem, no verdadeiro sentido da pa-
lavra. (Jó 12:7, 8) Eles estudam e copiam os detalhes de
projeto de várias criaturas (um campo conhecido como bio-
mimética) para criar novos produtos e melhorar o desempe-
nho dos já existentes. Ao considerar os seguintes exem-
plos, pergunte-se: ‘Quem realmente merece o crédito
por esses projetos?’

11
O que ensinam baleia não precisariam de tantos flaps nem
as nadadeiras da baleia de outros dispositivos mecânicos para al-
terar o fluxo do ar. Tais asas seriam mais
O que os projetistas de aviões podem seguras e de manutenção mais fácil. John
aprender da baleia jubarte (ou baleia-cor- Long, especialista em biomecânica, acredi-
cunda)? Pelo visto, muita coisa. Uma ba- ta ser “bem provável” que um dia, em breve,
leia jubarte adulta pesa umas 30 toneladas “todos os aviões comerciais a jato tenham
— o peso de um caminhão carregado — e asas com saliências parecidas com as das
tem um corpo relativamente inflexível, com nadadeiras da baleia jubarte”.11
grandes nadadeiras, ou barbatanas, que pa-
recem asas. Esse animal de 12 metros de Imitação das asas da gaivota
comprimento é muito ágil debaixo da água.
É claro que as asas dos aviões já imitam
O que mais intrigou os pesquisadores foi o formato das asas de aves. No entanto, re-
como esse animal de corpo inflexível conse- centemente, engenheiros levaram essa imi-
gue nadar em círculos incrivelmente fecha- tação a novos níveis. “Pesquisadores na
dos. Eles descobriram que o segredo está Universidade da Flórida”, publicou a revis-
no formato das nadadeiras da baleia. A bor- ta New Scientist, “construíram um protótipo
da frontal delas não é lisa, como a asa de de aeronave comandada por controle remo-
avião, mas serrilhada, com uma fileira de sa- to, que tem a capacidade de pairar, descer e
liências chamadas tubérculos. subir rapidamente como uma gaivota”.12
À medida que a baleia desliza pela água, As gaivotas realizam suas notáveis acro-
esses tubérculos aumentam a força de sus- bacias aéreas flexionando as asas nas articu-
tentação e diminuem a resistência da água. lações do cotovelo e do ombro. Copiando o
Como? A revista Natural History explica
que os tubérculos fazem com que a água
flua pela nadadeira num fluxo giratório sua-
ve, mesmo quando a baleia sobe em ângu-
los bem íngremes.10
Que aplicações práticas oferece essa
descoberta? Ao que tudo indica,
as asas de aviões projetadas
de acordo com o formato
da nadadeira dessa

12 A VIDA — TEVE UM CRIADOR?


calor da água quente será transmitida para

Avião: Kristen Bartlett/Universidade da Flórida


a fria. Mas, se a água quente e a água fria
fluírem em direções opostas, quase todo o
calor será transferido da água quente para a
fria.
Quando a gaivota pisa com os pés no
projeto dessa asa flexível, “o protótipo de gelo, os trocadores de calor nas suas pernas
aeronave, de 61 centímetros, usa um peque- aquecem o sangue quando ele retorna dos
no motor para controlar uma série de varas pés gelados da ave. Os trocadores de calor
de metal que movem as asas”, diz a revista. conservam o calor no corpo da ave e impe-
Essas asas projetadas de modo inteligente dem a perda de calor que seria provocada
permitem que a pequena aeronave paire e pelos pés. Arthur P. Fraas, engenheiro me-
mergulhe entre prédios altos. Alguns milita- cânico e aeronáutico, chamou esse projeto
res estão ansiosos para desenvolver uma ae- de “um dos mais eficazes regenerativos ‘tro-
ronave que tenha tal facilidade de manobra cadores de calor’ do mundo”.13 Esse proje-
para uso na procura de armas químicas e to é tão sofisticado que engenheiros huma-
biológicas em grandes cidades. nos o copiam.

Imitação da perna da gaivota


5 Fotosearch

A gaivota não fica gelada, nem mesmo


quando fica em pé no gelo. Como essa ave
conserva o calor do corpo? Parte do segre-
do está num fascinante detalhe de projeto
que existe em vários animais que vivem em
regiões frias. É chamado de “trocador de
calor em contracorrente”.
O que é um “trocador de calor em con-
tracorrente”? Para entender isso, imagine
dois canos de água colocados bem rentes
um ao outro. Num deles corre água quente O calor se transfere,
e no outro água fria. Se tanto a água quente permanece no corpo
como a fria fluírem pelos canos na mesma
direção, cerca de metade do O frio permanece
nos pés
Um carro-conceito imita
o surpreendente projeto
aerodinâmico e de
estabilidade do
peixe-cofre

O sonar dos golfinhos é


superior à imitação humana

Quem merece o crédito? de diferentes sistemas biológicos. Os cien-

Peixe-cofre e carro: Mercedes-Benz USA


A Administração Nacional de Aeronáuti- tistas podem pesquisar esse banco de dados
ca e Espaço (Nasa) está desenvolvendo um para encontrar “soluções naturais para seus
robô de múltiplas pernas que anda como problemas de projeto”, diz a revista The
um escorpião, e engenheiros na Finlândia Economist. Os sistemas naturais mantidos
já desenvolveram um trator de seis “pernas” nesse banco de dados são conhecidos como
que pode transpor obstáculos como se fos- patentes biológicas. Em geral, o detentor de
se um inseto gigante. Outros pesquisado- uma patente é uma pessoa ou empresa que
res projetaram tecido com pequenos flaps registra legalmente uma nova ideia ou uma
que imitam o modo como a pinha se abre e nova máquina. Sobre esse banco de dados
de patentes biológicas The Economist diz:
“Por chamarem de ‘patentes biológicas’ as
Quem é o detentor de patentes da natureza? geniais ideias biomiméticas, os pesquisado-
res estão na realidade dizendo que a nature-
za é a legítima detentora dessas patentes.”14
se fecha. Esse tecido se ajusta à temperatu- De onde a natureza tirou todas essas
ra do corpo do usuário. Um fabricante de ideias brilhantes? Muitos pesquisadores
automóveis está desenvolvendo um veículo atribuiriam os engenhosos projetos evi-
que imita o surpreendente projeto aerodi- dentes na natureza a milhões de anos de
nâmico do peixe-cofre. E outros pesquisa- evolutivo processo de tentativas de erro e
dores estudam a capacidade de absorção de acerto. Outros pesquisadores, porém, che-
impactos das conchas dos moluscos abalo- garam a uma conclusão diferente. O micro-
ne, com a intenção de fabricar coletes à pro- biólogo Michael J. Behe escreveu no jornal
va de bala mais resistentes. The New York Times de 7 de fevereiro de
A natureza contribui com tantas boas 2005: “A forte indicação da existência de
ideias que os pesquisadores criaram um projeto [na natureza] permite um irrefutá-
banco de dados que já catalogou milhares vel argumento simples: se algo parece um

14 A VIDA — TEVE UM CRIADOR?


Cientistas pesquisam a A lagartixa consegue
capacidade de resistência aderir às mais lisas
a impactos dos moluscos abalone superfícies usando
forças moleculares

pato, anda e grasna como pato, então, salvo Conclusão lógica


Pata de geco: 5 Fotosearch; beija-flor: Laurie Excell/Fogstock/age fotostock

esmagadora prova em contrário, temos ra- Depois de examinar as evidências de que


zões para concluir que se trata de um pato.” existe projeto na natureza, muitas pessoas
Qual é a opinião dele? “A existência de pro- concordam com o conceito do escritor bí-
jeto não deve ser despercebida só porque é blico Paulo, que disse: ‘As qualidades invisí-
tão óbvia.”15 veis [de Deus] são claramente vistas desde
Certamente, o engenheiro que desenha a criação do mundo, porque são percebi-
uma asa de avião mais segura e eficiente das por meio das coisas feitas, mesmo seu
merece o crédito pelo seu projeto. Da mes- sempiterno poder e Divindade.’ — Roma-
ma forma, quem inventa um tecido mais nos 1:19, 20.
confortável ou um carro mais eficiente me-
rece o crédito pelo seu projeto. De fato,
o fabricante que copia um projeto alheio Como responderia?
sem reconhecer ou dar crédito ao projetista
˛ Parece-lhe lógico crer
pode ser considerado criminoso.
que a esplêndida
Então considere estes fatos: pesquisado- engenharia evidente
res altamente especializados copiam de na natureza é fruto
modo rudimentar certos sistemas da natu- do acaso?
reza para resolver difíceis problemas de en-
genharia. No entanto, alguns atribuem a ge- ˛ Como responderia à
nialidade de desenvolver a ideia original a afirmação de que a
uma evolução não inteligente. Isso lhe pare- vida apenas parece
ce razoável? Se a cópia exige um projetis- ter sido projetada?
ta inteligente, que dizer do original? Quem
realmente merece mais crédito, o mestre
engenheiro ou o aprendiz que imita seus
projetos?

QUEM PROJETOU PRIMEIRO? 15


Foi projetado?
Se a cópia exige um projetista, que dizer do original?

Fibras
˛ Produto de fabricação humana: Kevlar é
uma resistente fibra de fabricação humana
usada em produtos como coletes à prova
de bala. Fabricar o kevlar exige temperatu-
ras altas e o uso de perigosos solventes.
˛ Produto natural: As aranhas orbitelas pro-
duzem sete tipos de seda. A mais resisten-
te, conhecida como seda do fio estrutural,
é mais leve do que o algodão, mas propor-
cionalmente mais forte do que o aço e
mais resistente do que o kevlar. Se fosse
ampliada para ficar do tamanho de um
campo de futebol americano, uma teia fei-
ta de seda de fio estrutural com 1 centíme-
tro de espessura e com 4 centímetros de
espaço entre os fios poderia parar um Jum-
bo em pleno voo! As aranhas produzem a
seda do fio estrutural em temperatura am-
biente, usando água como solvente.

Vista microscópica da
secreção de seda de aranha
Copyright Dennis Kunkel Microscopy, Inc.

16 A VIDA — TEVE UM CRIADOR?


Navegação
˛ Produto de fabricação humana: Alguns aviões
comerciais têm sistemas de piloto automático com-
putadorizados que podem tanto guiar o avião de um
país para outro como fazer a aterrissagem. O computa-
dor usado num sistema de piloto automático experimen-
tal é do tamanho de um cartão de crédito.
˛ Produto natural: Com um cérebro do tamanho da ponta
de uma caneta esferográfica, a borboleta-monarca mi-
gra uns 3 mil quilômetros do Canadá até um pequeno
trecho de floresta no México. Essa borboleta se orienta
pelo Sol na sua viagem e tem a capacidade de compen-
sar o movimento do Sol no céu.

Lentes
˛ Produto de fabricação humana: Enge-
nheiros desenvolveram um olho artificial
composto que acomoda 8.500 lentes num
espaço do tamanho de uma cabeça de alfi-
nete. Tais lentes poderiam ser usadas em detec-
tores de movimento de alta velocidade e em câmeras
multidirecionais ultrafinas.
˛ Produto natural: Cada olho da libélula tem umas 30 mil
lentes. Essas lentes produzem imagens que se combi-
nam para criar um amplo campo de visão em mosaico.
Os olhos compostos da libélula são detectores de movi-
mento por excelência.

QUEM PROJETOU PRIMEIRO? 17


Evolução
mitos e fatos

“Assim como o calor do Sol é um fato, a evolução também é um fato”, afirmou o pro-
fessor Richard Dawkins, destacado cientista evolucionista.16 Naturalmente, experiên-
cias e observações diretas provam que o Sol é quente. Mas será que experiências e
observações diretas dão ao ensino da evolução o mesmo apoio inquestionável?

Antes de respondermos a essa pergunta, nas mais curtas ou pelo mais longo que seus

Darwin: do livro Origin of Species, 1902; livro: AbeBooks.com


há algo que precisa ser esclarecido. Mui- antepassados.1 Alguns cientistas chamam
tos cientistas notaram que, com o tempo, essas leves mudanças de “microevolução”.
os descendentes de seres vivos podem sofrer No entanto, os evolucionistas ensinam
leves mudanças. Por exemplo, os humanos que essas pequenas mudanças lentamente
podem cruzar cães de modo seletivo para se acumularam no decorrer de bilhões de
que mais tarde os descendentes tenham per- anos e produziram as grandes mudanças ne-
cessárias para transformar peixes em anfí-
bios, e criaturas simiescas em seres huma-
nos. Essas supostas grandes mudanças são
definidas como “macroevolução”.
Charles Darwin e Charles Darwin, por exemplo, ensinou
seu livro Origem
das Espécies 1 As mudanças que os criadores de cães conseguem
produzir muitas vezes resultam de falha genética. Por
exemplo, a baixa estatura do bassê deve-se a uma falha
no desenvolvimento normal da cartilagem, causando
nanismo.
que as pequenas mudanças que podemos taram entusiasticamente um novo concei-
observar significam que mudan ças bem to. Eles já achavam que a seleção natural
maiores — nunca observadas — também são — o processo pelo qual o organismo mais
possíveis.17 Ele achava que com o passar bem adaptado ao ambiente teria mais chan-
de longos períodos, algumas formas de vida ce de sobreviver e procriar — poderia pro-
originais, chamadas de vida simples, evoluí- duzir novas espécies de plantas por meio
ram — por meio de “modificações extrema- de mutações aleatórias. Assim, eles agora
mente leves” — para os milhões de diferen- presumiam que a escolha artificial de mu-
tes formas de vida na Terra.18 tações, ou seja, a escolha manipulada pelo
Muitos acham razoável essa afirmação. homem, deveria ser capaz de fazer o mes-
Eles se perguntam: ‘Se pequenas mudan- mo com mais eficiência. “Espalhou-se a eu-
ças podem ocorrer dentro de uma espécie, foria entre os biólogos em geral e em es-
por que a evolução não produziria grandes pecial entre os geneticistas e criadores de
modificações com o passar de longos pe- plantas e animais”, disse Wolf-Ekkehard Normal
ríodos?’1 Na realidade, porém, o ensino da Lönnig, cientista do Instituto Max Planck
evolução se baseia em três mitos. Considere de Melhoramento Genético em Plantas,
o seguinte. na Alemanha.1 Por que a euforia? Lönnig,
que já passou cerca de 30 anos estudando
Mito 1. As mutações suprem a ma-
téria-prima necessária para se criar no- 1 Lnnnig acredita que a vida teve um Criador. Os
seus comentários nesta publicação são de sua auto-
vas espécies. O ensino da macroevo- ria, mas não representam a opinião do Instituto Max
lução baseia-se na suposição de que as Planck de Melhoramento Genético em Plantas.
mutações — mudanças aleatórias no códi-
go genético de plantas e animais — po-
dem produzir não apenas novas espécies, Moscas-das-frutas, embora malformadas,
mas também famílias inteiramente novas ainda são moscas-das-frutas
de plantas e animais.19
Os fatos. Muitas características de uma As mutações podem produzir
planta ou de um animal são determinadas mudanças em plantas — como essa
pelas instruções contidas em seu código ge- mutante de flores grandes — mas
nético, o projeto, ou planta, presente no nú- apenas dentro de certo limite
cleo de cada célula.2 Os pesquisadores des-
cobriram que as mutações podem produzir Normal
alterações nos descendentes das plantas e
dos animais. Mas será que as mutações po-
dem realmente produzir espécies inteira-
mente novas? O que um século de estudo no
campo da pesquisa genética revelou?
Em fins dos anos 30, os cientistas ado-
1 Apesar de a palavra “espécie” ser usada com fre-
quência nesta seção, deve-se notar que esse mesmo
termo, no livro bíblico de Gênesis, é muito mais
abrangente. Muitas vezes, o que os cientistas decidem
chamar de evolução para uma nova espécie trata-se,
na verdade, de uma variação dentro da “espécie” refe-
rida no relato de Gênesis.
2 Pesquisas mostram que o citoplasma da célula,
suas membranas e outras estruturas também desempe-
nham um papel na modelação de um organismo.

EVOLUÇÃO — MITOS E FATOS 19


a genética das mutações em plantas, disse: mutação realizados no século 20 e também
“Esses pesquisadores pensavam que o tem- com as leis da probabilidade.”
po de revolucionar o método tradicional de Portanto, podem as mutações fazer com
criação de plantas e de animais havia chega- que uma espécie evolua para uma espécie
do. Achavam que, por induzir e selecionar de criatura inteiramente nova? Não, segun-
as mutações favoráveis, poderiam produzir do as evidências. As pesquisas de Lönnig le-
plantas e animais novos e melhores.”20 De varam-no a concluir “que espécies genetica-
fato, alguns esperavam produzir espécies in- mente bem definidas têm limites reais que
teiramente novas. não podem ser anulados ou ultrapassados
Cientistas nos Estados Unidos, Ásia e Eu- por mutações acidentais”.22
ropa lançaram programas de pesquisa soli- Pense nas implicações dos fatos mencio-
damente financiados que usavam métodos nados acima. Se cientistas altamente qua-
que prometiam acelerar a evolução. Depois lificados não conseguem produzir novas
de mais de 40 anos de intensas pesquisas, espécies por induzir e escolher de modo ar-
quais foram os resultados? “Apesar do enor- tificial as mutações favoráveis, seria prová-
me gasto financeiro”, diz o pesquisador Pe- vel que um processo sem inteligência fizesse
ter von Sengbusch, “a tentativa de desenvol- um trabalho melhor? Se a pesquisa mostra
ver variedades cada vez mais produtivas por que as mutações não podem transformar
meio de irradiação [para causar mutações] uma espécie original em outra totalmente
mostrou ser um fiasco total”.21 E Lönnig nova, então exatamente como é que a ma-
disse: “Nos anos 80, a esperança e a eufo- croevolução teria ocorrido?
ria entre os cientistas acabou num fracas-
so global. O melhoramento genético como Mito 2. A seleção natural levou à cria-
campo específico de pesquisa foi desconti- ção de novas espécies. Darwin acredi-
nuado nos países ocidentais. Quase todos os tava que aquilo que ele chamou de sele-
mutantes . . . morriam ou eram mais fracos ção natural favoreceria as formas de vida
que os espécimes naturais.”1 mais bem adaptadas ao ambiente, en-
Mesmo assim, os dados agora disponíveis quanto as formas de vida menos adapta-
depois de uns cem anos de pesquisa de mu- das acabariam se extinguindo. Os evolu-
tações em geral, e de 70 anos de melho- cionistas modernos ensinam que, ao
ramento genético em especial, possibilitam passo que as espécies se espalharam e se
que os cientistas tirem conclusões sobre a isolaram, a seleção natural escolheu as
capacidade das mutações de produzir novas
espécies. Após examinar as provas, Lönnig
espécies cujas mutações genéticas as tor-
concluiu: “As mutações não podem trans- naram mais adaptadas ao novo ambiente.
formar uma espécie original [de planta ou Eles especulam que, em resultado disso,
animal] em outra totalmente nova. Essa esses grupos isolados por fim evoluíram
conclusão está de acordo com o conjunto para espécies totalmente novas.
de todas as experiências e resultados sobre Os fatos. Como já mencionado, as evi-
dências obtidas pelas pesquisas científicas
1 Os experimentos com mutações revelaram vez indicam fortemente que mutações não po-
após vez que o número de novos mutantes diminuía
constantemente, ao passo que os mesmos tipos de mu- dem produzir espécies de animais ou plan-
tantes continuavam a surgir. Além disso, menos de 1% tas inteiramente novas. Mesmo assim, que
das mutações em plantas foi selecionado para pesqui-
sa adicional, e menos de 1% desse grupo foi conside- provas os evolucionistas apresentam para
rado próprio para uso comercial. Mas nenhuma espé- apoiar sua afirmação de que a seleção na-
cie inteiramente nova foi criada. Os resultados das tural escolhe as mutações mais favoráveis
tentativas de melhoramento genético em animais fo-
ram ainda piores que os realizados em plantas, e o para produzir novas espécies? Uma brochu-
procedimento foi descontinuado por completo. ra publicada em 1999 pela Academia Na-

20 A VIDA — TEVE UM CRIADOR?


Quando muito, os tentilhões
de Darwin mostram que uma
espécie pode adaptar-se às
mudanças climáticas

cional de Ciências (NAS), nos Estados Uni- longos dominavam num ano, mas depois

Darwin (1873); imagem: cortesia da Biodiversity Heritage Library


Desenhos de bicos: do livro Journal of Researches, de Charles
dos, refere-se às “13 espécies de tentilhões quem dominava eram os de bicos menores.
estudadas por Darwin nas ilhas Galápagos, Perceberam também que algumas das su-
agora conhecidos como os tentilhões de postas espécies de tentilhões se cruzavam e
Darwin”.23 produziam descendência que sobrevivia me-
Nos anos 70, um grupo de pesquisa lide- lhor que seus pais. Eles concluíram que, se
rado por Peter e Rosemary Grant, da Uni- esse cruzamento continuasse, poderia resul-
versidade de Princeton, começou a estudar tar na fusão de duas “espécies” numa só.25
esses tentilhões e descobriu que, depois de Portanto, será que a seleção natural real-
um ano de seca nas ilhas, os tentilhões que mente criou esp écies inteiramente no-
tinham o bico ligeiramente maior sobrevi- vas? Décadas atrás, o biólogo evolucionis-
viam com mais facilidade que os de bico ta George Christopher Williams começou
menor. Visto que observar o tamanho e o a questionar se a seleção natural tinha tal
formato do bico é uma das maneiras prin- capacidade.26 Em 1999, o teórico evolucio-
cipais de classificar as 13 espécies de ten- nista Jeffrey H. Schwartz escreveu que a se-
tilhões, essas descobertas foram encaradas leção natural pode ajudar as espécies a se
como significativas. A brochura NAS conti- adaptarem às exigências variáveis da exis-
nua: “O casal Grant calculou que, se hou- tência, mas não cria nada novo.27
vesse uma seca a cada dez anos nas ilhas, De fato, os tentilhões de Darwin não es-
uma nova espécie de tentilhão poderia sur- tão se transformando em algo “novo”. Ain-
gir em apenas uns 200 anos.”24 da são tentilhões. E o cruzamento entre eles
No entanto, a brochura da NAS deixou lança dúvidas sobre os métodos usados por
de mencionar que nos anos que se seguiram alguns evolucionistas para definir uma es-
à seca os tentilhões com bicos menores vol- pécie. Além disso, as informações sobre es-
taram a dominar a população. Os pesquisa- sas aves revelam que até mesmo academias
dores descobriram que, conforme mudava científicas de prestígio não estão imunes a
o clima na ilha, os tentilhões de bicos mais apresentar provas de maneira tendenciosa.

EVOLUÇÃO — MITOS E FATOS 21


Mito 3. O registro fóssil prova mudan- Crer na evolução é um
ças macroevolucionárias. A já mencio- “ato de fé”
nada brochura da NAS passa para o leitor
a impressão de que os fósseis encontra- Por que muitos evolucionistas de desta-
que insistem que a macroevolu ção é um
dos pelos cientistas são provas mais do que
fato? Richard Lewontin, um influente evolu-
suficientes da macroevolução. Ela diz: “Fo-
ram descobertas tantas formas intermediá- cionista, escreveu candidamente que muitos
cientistas estão dispostos a aceitar afirma-
rias entre peixes e anfíbios, entre anfíbios e
ções científicas não comprovadas “porque
répteis, entre répteis e mamíferos e nas li-
já [assumiram] outro compromisso, um
nhagens dos primatas, que muitas vezes
se torna difícil identificar categoricamente compromisso com o materialismo”.1 Mui-
tos cientistas se recusam até mesmo a con-
quando ocorre a transição entre uma espé-
siderar a possibilidade de que exista um
cie e outra.”28
Projetista inteligente porque, como escre-
Os fatos. Essa declaração confiante feita ve Lewontin, “não podemos permitir que a
na brochura da NAS é muito surpreenden- ciência abra a porta à ideia de um Deus”.30
te. Por quê? Niles Eldredge, um evolucio-
Nesse respeito, o sociólogo Rodney Stark
nista ferrenho, diz que o registro fóssil não
é citado na revista Scientific American como
mostra que houve um gradativo acúmulo de
tendo dito: “Há 200 anos se propaga a ideia
de que, se você quer ser um cientista, tem
de manter a mente livre dos grilhões da reli-
De acordo com o registro fóssil, gião.” Ele disse ainda que nas universidades
todos os principais grupos de animais em que se faz pesquisa “os religiosos ficam
surgiram de repente e permaneceram de boca fechada”.31
praticamente inalterados Para aceitar o ensino da macroevolução
como verdade, você tem de acreditar que os
cientistas agnósticos ou ateus não se deixam
influenciar por suas crenças pessoais ao in-
terpretar as descobertas científicas. Tem

Royal Tyrrell Museum of Palaeontology


5 Juan Carlos Mu ñoz/age fotostock, e cortesia do
mudanças, mas sim que, por longos perío- de acreditar que as mutações e a seleção
dos, “pouca ou nenhuma mudança evolu- natural produziram todas as complexas for-
cionária se acumulou na maioria das espé-
mas de vida, mesmo que um século de pes-
cies”.129 quisas tenha mostrado que as mutações não
Até hoje, cientistas do mundo inteiro já transformaram nem uma única espécie bem
desenterraram e catalogaram uns 200 mi- definida em algo inteiramente novo. Tem
lhões de fósseis grandes e bilhões de micro- de acreditar que todas as criaturas evoluí-
fósseis. Muitos pesquisadores concordam ram de forma gradual de um ancestral co-
que esse vasto e detalhado registro mos- mum, apesar de o registro fóssil indicar de
tra que todos os principais grupos de ani- modo eloquente que as principais espécies
mais surgiram de repente e permaneceram de plantas e de animais surgiram de repen-
praticamente inalterados, com muitas espé- te e não evoluíram para outras, mesmo ao
cies desaparecendo de modo tão repentino longo de incontáveis eras. Esse tipo de cren-
quanto surgiram. ça parece basear-se em fatos ou em mitos?
1 At mesmo os poucos exemplos do registro fóssil
Realmente, crer na evolução é um “ato de
ao qual os pesquisadores apontam como prova da evo- fé”.
lução estão abertos ao debate. Veja as páginas 22 a 29
da brochura A Origem da Vida — Cinco Perguntas Que 1 “Materialismo”, nesse sentido, refere-se à teoria
Merecem Resposta, publicada pelas Testemunhas de de que tudo no Universo, incluindo toda vida, veio à
Jeová. existência sem nenhuma intervenção sobrenatural.

22 A VIDA — TEVE UM CRIADOR?


Como responderia?
˛ Como responderia
à afirmação de que as
provas da chamada
microevolução confirmam
que a macroevolução
forçosamente ocorreu?
˛ Por que é significativo que o
registro fóssil mostra que a
maioria das espécies mudou
muito pouco no decurso de
longos períodos?
A ciência e o
relato de Gênesis
Muitos afirmam que a ciência desmente o relato bíblico da criação. Mas a ver-
dadeira contradição não está entre a ciência e a Bíblia, mas sim entre a ciência e a
opinião de cristãos fundamentalistas. Alguns desses grupos declaram erroneamen-
te que, segundo a Bíblia, toda a criação física foi produzida em seis dias de 24 ho-
ras, cerca de 10 mil anos atrás.
A Bíblia, porém, não apoia essa conclusão. Se ela o fizesse, muitas descobertas
científicas feitas durante os últimos cem anos realmente desacreditariam a Bíblia.
Um estudo cuidadoso do texto bíblico revela que não há conflito com os fatos cien-
tíficos comprovados. Por esse motivo, as Testemunhas de Jeová discordam dos
cristãos fundamentalistas e de muitos criacionistas. O que se segue mostra o que
a Bíblia realmente ensina.

Quando foi o “princípio”? A Bíblia não especifica a idade exata ‘dos


O relato de Gênesis começa com esta céus e da Terra’. A ciência não contradiz
simples e poderosa declaração: “No prin- o texto bíblico.
cípio Deus criou os céus e a terra.” (Gê-
nesis 1:1) Muitos eruditos bíblicos con- Qual foi a duração dos
cordam que essa declaração se refere a dias criativos?
uma ação à parte dos dias criativos, que Que dizer da duração dos dias criati-
são relatados a partir do versículo 3. As vos? Será que tinham literalmente 24 ho-
implica ç ões disso s ão profundas. De ras? Alguns afirmam que, pelo fato de
acordo com as palavras iniciais da Bíblia, Moisés (o escritor de Gênesis) mais tar-
o Universo, incluindo nosso planeta Ter- de ter se referido ao dia após os seis dias
Nebulosa: IAC/RGO/David Malin Images

ra, já existia por um tempo indetermina- criativos como modelo para o sábado
do antes do início dos dias criativos. (dia de descanso) semanal, cada um dos
Os geólogos estimam que a Terra já dias criativos deve ter durado literalmen-
existe há 4 bilhões de anos, e os astrôno- te 24 horas. (Êxodo 20:11) Será que a
mos calculam que o Universo pode ter fraseologia de Gênesis apoia essa conclu-
até 15 bilhões de anos. Será que esses são?
cálculos — ou possíveis ajustes futuros Não. O fato é que a palavra hebrai-
a eles — contradizem Gênesis 1:1? Não. ca traduzida “dia” pode significar vários

24 A VIDA — TEVE UM CRIADOR?


Gênesis não ensina que
a Terra e o Universo foram
criados em seis dias de
24 horas apenas alguns
milhares de anos atrás
Eventos iniciados no decorrer de um “dia”
continuaram no “dia” ou “dias” seguintes

períodos, não apenas um de 24 horas. Um exame do relato de Gênesis revela


Por exemplo, quando resumiu a obra que os eventos iniciados no decorrer de
criativa de Deus, Moisés referiu-se a to- um “dia” continuaram no dia ou dias se-
dos os seis dias criativos como apenas guintes. Por exemplo, antes de começar o
um dia. (Gênesis 2:4) Além disso, no primeiro “dia” criativo, a luz do já exis-
primeiro dia criativo, “Deus começou a tente Sol estava, de alguma forma, im-
chamar a luz de Dia, mas a escuridão pedida de alcançar a superfície da Ter-
chamou de Noite”. (Gênesis 1:5) Aqui, ra, possivelmente por nuvens densas. (Jó
apenas uma parte do período de 24 horas 38:9) Durante o primeiro “dia”, essa bar-
é definida pelo termo “dia”. Com certeza reira começou a dissipar-se, permitindo
não há base nas Escrituras para declarar que a luz difusa penetrasse na atmosfe-
arbitrariamente que cada dia criativo foi ra.1
de 24 horas. No segundo “dia” pelo visto a atmosfe-
Então, qual foi a duração dos dias cria- ra continuou a clarear, criando um espa-
tivos? A Bíblia não diz; no entanto, a ço entre as nuvens espessas no céu e o
fraseologia de Gênesis, capítulos 1 e 2, oceano abaixo. No quarto “dia”, a atmos-
indica que estavam envolvidos longos pe- fera já havia gradualmente clareado o su-
ríodos. ficiente para que o Sol e a Lua ficassem
visíveis “na expansão dos céus”. (Gêne-
Seis períodos criativos sis 1:14-16) Em outras palavras, do pon-
Moisés escreveu seu relato em hebrai- to de vista de uma pessoa na Terra, o Sol
co e fez isso da perspectiva de alguém e a Lua começaram a ficar visíveis. Esses
na Terra. Esses dois fatores, mais o co- eventos ocorreram de forma gradual.
nhecimento de que o Universo já existia O relato de Gênesis diz também que,
antes do começo dos períodos (ou dias)
criativos, ajudam a eliminar grande parte 1 Na descrição dos acontecimentos do primeiro
da controvérsia sobre o relato da criação. “dia”, a palavra hebraica usada para luz é ‘ohr, luz no
sentido geral; mas com respeito ao quarto “dia”, a pa-
Como assim? lavra usada é ma·’óhr, que se refere à fonte de luz.

26 A VIDA — TEVE UM CRIADOR?


ao passo que a atmosfera continuava a
clarear, criaturas voadoras — incluindo
insetos e criaturas com membranas ala-
res — começaram a aparecer no quinto
“dia”.
A narrativa da Bíblia deixa margem
para a possibilidade de que alguns dos
acontecimentos maiores durante cada
dia, ou período criativo, ocorreram aos
poucos, em vez de instantaneamente, e
alguns deles podem ter se estendido até
os dias criativos seguintes.1
Segundo as suas espécies
Será que o fato de as plantas e os ani-
mais terem surgido progressivamente in-
dica que Deus usou a evolução para pro-
duzir a vasta diversidade de seres vivos?
Não. O registro diz de maneira clara
que Deus criou todas as “espécies” bá-
sicas da vida vegetal e animal. (Gêne-
sis 1:11, 12, 20-25) Será que essas “espé-
cies” originais de plantas e animais foram
1 Por exemplo, durante o sexto dia criativo, Deus
decretou que os humanos ‘se tornassem muitos, e en-
chessem a Terra’. (Gênesis 1:28, 31) No entanto, esse
evento começou a ocorrer no “dia” seguinte. — Gêne-
sis 2:2.
As pesquisas programadas com a capaci- Ao contrário do que afirmam alguns

Pinguins: cortesia de John R. Peiniger


modernas confirmam
que todas as coisas
dade de se ajustar às mudan- religiosos fundamentalistas, Gênesis não
vivas se reproduzem ças ambientais? O que define ensina que o Universo, incluindo a Ter-
“segundo as suas os limites da “espécie”? A Bí- ra e todos os seres que vivem nela, foi
espécies” blia não diz. No entanto, ela criado num curto período num passado
diz que as criaturas viventes relativamente recente. Em vez disso, as-
foram produzidas “em enxames segundo pectos da descrição de Gênesis sobre a
as suas espécies”. (Gênesis 1:21) Essa de- criação do Universo e do aparecimento
claração sugere que há um limite na va- da vida na Terra harmonizam-se com des-
riação que pode ocorrer dentro de uma cobertas científicas recentes.
“espécie”. O registro fóssil e a pesquisa Por causa de suas crenças filosóficas,
moderna apoiam a ideia de que as cate- muitos cientistas rejeitam a declaração
gorias fundamentais de plantas e animais da Bíblia de que Deus criou todas as coi-
mudaram pouco no decorrer de longos sas. É interessante, porém, que no anti-
períodos. go livro bíblico de Gênesis Moisés tenha
escrito que o Universo teve um início e
que a vida apareceu em estágios, progres-
sivamente, ao longo de vários períodos.
Como Moisés podia, 3.500 anos atrás,
ter acesso a essas informações científi-
cas tão exatas? Há uma explicação lógi-
ca. Aquele que teve o poder e a sabedoria
para criar os céus e a Terra podia com
certeza dar a Moisés esse conhecimen-
to tão avançado. Isso dá peso à afirma-
ção da Bíblia de que ela é “inspirada por
Como responderia? Deus”.1 — 2 Timóteo 3:16.
˛ Quais são alguns dos equívocos comuns a Você talvez se pergunte se realmente
respeito do relato bíblico da criação? importa crer no relato bíblico da criação.
˛ Por que é notável que a Bíblia e a ciência Considere algumas fortes razões para
concordem em muitos pontos? que a resposta seja “sim”.
1 Para mais informações, acesse jw.org e assista
ao vídeo Como podemos ter certeza de que a Bíblia é
verdadeira?

28 A VIDA — TEVE UM CRIADOR?


Importa em que
você crê?
Acha que a vida tem objetivo? O evolucionista William B.
Provine diz: “O que aprendemos sobre o processo evolu-
tivo tem enormes implicações para nós, afetando nosso
conceito sobre o sentido da vida.” Sua conclusão? “Não
vejo nenhum motivo real para a existência do cosmos ou
da vida humana.”32

Pense no significado dessas palavras. Se o que a Bíblia diz é verdade, a vida


& Faunia, Madri

Se a vida não tivesse um sentido real, tem realmente sentido. Nosso Criador
você não teria objetivo na vida a não ser tem um propósito amoroso que benefi-
tentar fazer algum bem e talvez passar ciará a todos os que escolherem viver de
suas características genéticas para a gera- acordo com a Sua vontade. (Eclesiastes
ção seguinte. Ao morrer, você deixaria de 12:13) Esse propósito inclui a promes-
existir para sempre. Seu cérebro, com sua sa de uma vida sem caos, conflitos e cor-
capacidade de pensar, arrazoar e meditar rupção — até mesmo sem morte. — Salmo
sobre o sentido da vida seria apenas uma 37:10, 11; Isaías 25:6-8.
casualidade da natureza. Com bons motivos, milhões de pes-
Mas isso não é tudo. Muitos que creem soas ao redor do mundo creem que nada
na evolução afirmam que Deus não exis- dá mais sentido à vida do que aprender
te, ou que ele não intervirá nos assun- sobre Deus e obedecê-lo. (João 17:3) Tal
tos humanos. Em ambos os casos, nos- crença não é uma doce ilusão. As evidên-
so futuro dependeria de líderes políticos, cias são claras — a vida teve um Criador.
acadêmicos e religiosos. Com base nos
antecedentes desses homens, o caos, os
conflitos e a corrupção que atormentam
a sociedade humana continuariam. Se Como responderia?
a evolução fosse um fato, haveria mui- ˛ Em que você está inclinado
tos motivos para se viver de acordo com a crer — que somos fruto
o lema fatalista: “Comamos e bebamos, de uma evolução ou que
pois amanhã morreremos.” — 1 Coríntios fomos criados? Por que
15:32. responde assim?
Em contraste com isso, a Bíblia ensi- ˛ Quais são alguns bons
na: “[Com Deus] está a fonte da vida.” motivos para examinar a
(Salmo 36:9) Essas palavras têm profun- base de suas crenças?
das implicações.

29
14. The Economist Technology Quarterly, matéria
Bibliografia “Technology That Imitates Nature”, 11 de junho
de 2005, pp. 18-22.
O planeta vivo
15. The New York Times, “Design for Living”,
1. Scientific American, edição especial de 2008 de Michael J. Behe, 7 de fevereiro de 2005,
intitulada “Majestic Universe”, p. 11. p. A21.
2. Perfect Planet, Clever Species—How Unique Evolução — mitos e fatos
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16. Natural History, “Darwin & Evolution—The
3. Rare Earth—Why Complex Life Is Uncommon Illusion of Design”, de Richard Dawkins, novem-
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17. Origin of Species, de Charles Darwin, primei-
4. The Sacred Balance—Rediscovering Our Place ra edição, 1859, sexta edição, 1872,
in Nature, de David Suzuki, 2007, p. 102. pp. 285-286.
5. God and the New Cosmology—The Anthropic 18. Charles Darwin—The Origin of Species, intro-
Design Argument, de M. A. Corey, 1993, dução de Sir Julian Huxley, 1958 para Introdução,
pp. 144-145. First Signet Classic Printing, setembro de 2003,
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6. Wildlife in a Changing World—An 19. Nobel Lectures, Physiology or Medicine
Analysis of the 2008 IUCN Red 1942-1962, 1999, “The Production of
List of Threatened Species, edita- Mutations”, de H. J. Muller, 1946, p. 162.
do por Jean-Christophe Vié, Craig 20. Mutation Breeding, Evolution, and the Law of
Hilton-Taylor e Simon N. Stuart, Recurrent Variation, de Wolf-Ekkehard Lönnig,
2009, p. 6. “Expectations in Mutation Breeding”, 2005,
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nities—A Review”, de V. Torsvik, 22. Mutation Breeding, Evolution, and the Law of
R. Sørheim e J. Goksøyr, Recurrent Variation, pp. 49, 50, 52, 54, 59, 64, e
Volume 17, 1996, pp. 170- entrevista com Wolf-Ekkehard Lönnig.
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23. Science and Creationism—A View From the
8. Science, “Environmental National Academy of Sciences, “Evidence Sup-
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Species Ecosystem Deep Within
Earth”, de Dylan Chivian, et al, 24. Science and Creationism—A View From the
Volume 322, 10 de outubro de National Academy of Sciences, “Evidence Sup-
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30 A VIDA — TEVE UM CRIADOR?


28. Science and Creationism—A View From

Nasa, ESA, e Hubble Heritage (STScl/AURA) -ESA/Hubble Collaboration


the National Academy of Sciences, segunda
edição, “Evidence Supporting Biological Evolu-
tion”, p. 14.
29. The Triumph of Evolution and the Failure
of Creationism, de Niles Eldredge, 2000,
pp. 49, 85.
30. The New York Review of Books,
“Billions and Billions of Demons”, de Richard
C. Lewontin, 9 de janeiro de 1997, pp. 28-32.
31. Scientific American, “Scientists and Re-
ligion in America”, de Edward J. Larson e Larry
Witham, setembro de 1999, p. 91.
Importa em que você crê?
32. Science, Technology, and Social Progress,
editado por Steven L. Goldman, “Evolution and
the Foundation of Ethics”, de William B. Pro-
vine, 1989, pp. 253, 266.

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Realmente Ensina?
˛ Como tornar mais feliz a vida familiar?
˛ O que acontece conosco depois da morte?
O livro de 224 páginas intitulado O Que a Bíblia Realmente
Ensina? responde a essas e a muitas outras perguntas.
Você pode baixar esse livro no jw.org.
Será que a vida teve um Criador ou você é meramente produto
de eventos aleatórios, não planejados? Poucas questões criam
mais controvérsia do que essa. Mas a resposta é de importância
vital. Esta brochura considera perguntas tais como:
˛ O nosso planeta foi projetado para abrigar vida?
˛ O que podemos aprender do design, ou projeto, evidente na
natureza?
˛ Será que o ensino da evolução baseia-se solidamente em fatos?
˛ Será que a ciência desmente o relato bíblico da criação?
˛ Por que importa em que você crê?

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