Você está na página 1de 48

Universidade Federal do Amazonas

Faculdade de Tecnologia
Departamento de Eletricidade
Disciplina: FTE041 - Eletricidade

ELETRICIDADE BÁSICA
Parte 02

Profª Cristiane Freitas


Força Eletromotriz
Resolver um circuito de corrente contínua é calcular o valor e o sentido da
corrente.
Para que se estabeleça uma corrente duradoura num condutor, é necessário
manter uma diferença de potencial entre as cargas inseridas no circuito, como por
exemplo, os elementos resistivos.
No caso prático, isto é feito por um dispositivo chamado fonte de força
eletromotriz (f.e.m), cujo símbolo é:

A força eletromotriz, nada mais é do que a diferença


de potencial produzida por uma fonte de tensão.

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
2
Fontes de alimentação
Uma fonte de alimentação ideal é aquela que não apresenta nenhuma resistência ao
movimento das cargas de um terminal para o outro.
Cada fonte de tensão ou de corrente tem uma resistência interna que afeta adversamente o
funcionamento da fonte
a. Para qualquer carga uma fonte de tensão tem uma perda de tensão através de sua
resistência interna série
b. Para uma fonte de corrente, temos uma perda de corrente através de sua resistência
interna paralelo
Circuito equivalente da fonte de tensão Circuito equivalente da fonte de corrente

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
3
Fontes de tensão

Fonte de tensão Ideal

Fonte de tensão Real

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
4
Circuitos em série
O circuito da figura apresenta três elementos conectados em três pontos (a, b e c), de
modo a constituir um caminho fechado para a corrente I:
Condições para dois elementos estarem em série
num circuito
✓ Eles devem possuir somente um terminal em
comum (um terminal de um está conectado a
somente um terminal do outro).
✓ O ponto comum entre os dois elementos não está
conectado a outro elemento percorrido por
corrente.
➢ No circuito da figura, os resistores R1 e R2 estão em série, pois o único ponto
em comum entre eles é o b.
➢ A bateria E e o resistor R1 estão em série, tendo apenas o ponto a em comum.
➢ O resistor R2 e a bateria E também estão em série tendo o ponto c em comum,
apenas
PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -
FT/UFAM
5
Circuitos em série
O circuito da figura apresenta três elementos conectados em três pontos (a, b e c), de
modo a constituir um caminho fechado para a corrente I:

Visto que todos os elementos estão em série, o


circuito é chamado de circuito em série.

A corrente elétrica será a mesma através dos


elementos em série.

Um ramo do circuito é qualquer parte do circuito que possui um ou mais


elementos em série.
O resistor R1 constitui um ramo do circuito, o resistor R2 constitui outro ramo do
circuito e a bateria E um terceiro ramo.

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
6
Circuitos em série
Resistência total do circuito
A resistência total (ou equivalente) do circuito será a
resistência vista pela bateria quando ela observa a
combinação de elementos em série que compõe o
circuito ao qual ela estará alimentando.

A resistência total de um circuito em série será a soma de todas as


resistências do circuito.

Resistência total de um circuito Unidade:


com N elementos. 𝑅𝑇 = 𝑅1 + 𝑅2 + ⋯ + 𝑅𝑁
Ohms - Ω
PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -
FT/UFAM
7
Circuitos em série
Resistência total do circuito
Representação da resistência total do circuito

Sendo conhecido o valor da resistência total é possível determinar a corrente que


será drenada da bateria para alimentar o circuito, utilizando a Lei de Ohm:
𝐸 Como a tensão E tem valor único, o
𝐼𝑆 = (Ampère - A) valor da corrente dependerá somente
𝑅𝑇 do valor de RT.
PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -
FT/UFAM
8
Circuitos em série
Tensão dos elementos do circuito

Sabendo que a corrente é a mesma em todos os elementos do circuito, é possível


determinar a tensão entre os terminais de cada elemento, também utilizando a Lei de
Ohm.
𝑉1 = 𝐼 ∙ 𝑅1 𝑉3 = 𝐼 ∙ 𝑅3
(Volts - V)
𝑉2 = 𝐼 ∙ 𝑅2 𝑉𝑁 = 𝐼 ∙ 𝑅𝑁

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
9
Circuitos em série
Potência Fornecida

Também é possível determinar potência


fornecida a cada resistor utilizando qualquer uma
das três equações:
2
𝑉1
𝑃1 = 𝑉1 ∙ 𝐼1 = 𝐼12 ∙ 𝑅1 =
𝑅1

A potência fornecida pela fonte é dada por: 𝑃𝑓𝑜𝑟𝑛𝑒𝑐𝑖𝑑𝑎 = 𝐼 ∙ 𝐸

A potência total fornecida a um circuito resistivo é igual à potência total dissipada pelos
elementos resistivos:
𝑃𝑓𝑜𝑟𝑛𝑒𝑐𝑖𝑑𝑎 = 𝑃1 + 𝑃2 + ⋯ + 𝑃3
PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -
FT/UFAM
10
Circuitos em série
EXEMPLO 01
a) Determine a resistência total para o circuito em série da figura
b) Calcule a corrente fornecida pela fonte, Is
c) Determine as tensões V1, V2 e V3.
d) Calcule a potência dissipada por R1, R2 e R3.
e) Determine a potência fornecida pela fonte e a compare com a soma das
potências calculadas no item c.

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
11
Fontes de tensão em série
As fontes de tensão podem ser conectadas em série para aumentar ou diminuir a
tensão aplicada a um sistema.
A tensão resultante ou tensão total, ET, é determinada somando-se as tensões das
fontes de mesma polaridade e subtraindo-se as de polaridade oposta.

A polaridade resultante será aquela para a qual a soma é maior.


De acordo com a figura, pode-se dizer que todas as
E1 E2 E3 fontes estão “forçando” a corrente a seguir para a direita.
ET

ET = E1 + E2 + E3 = 18V
10V 6V 2V

18V

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
12
Fontes de tensão em série
I E1 E2 E3

4V 9V 3V

Neste outro caso, a maior força vista será para a esquerda, assim obtendo a
tensão resultante como:
ET
ET = E2 + E3 - E1 = 8V I

8V

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
13
Intercâmbio de elementos em série
Elementos de um circuito em série podem ser intercambiados sem que
isto modifique a resistência total, a corrente elétrica que atravessa o
circuito e a potência consumida pelos diferentes elementos

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
14
Intercâmbio de elementos em série
EXEMPLO 2:
Determine a corrente I e a tensão entre os terminais do resistor de 7Ω no
circuito da figura.

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
15
Lei de Kirchhoff para tensões
Com a finalidade de se analisar circuitos elétricos, a Lei de Kirchhoff, permitirá
determinar os níveis de tensão nos elementos do circuito, através do estudo das
malhas.
A Lei de Kirchhoff para tensões (LKT) afirma que a soma algébrica das
elevações e quedas de potencial em uma malha fechada é zero.
Uma malha fechada é qualquer caminho contínuo que,
ao ser percorrido em um sentido a partir de um ponto,
retorna no mesmo ponto vindo do sentido oposto, sem
deixar o circuito.
Neste circuito abcda é uma malha fechada.

+𝐸 − 𝑉1 − 𝑉2 = 0
෍𝑉 = 0 𝐸 = 𝑉1 + 𝑉2
PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -
FT/UFAM
16
Lei de Kirchhoff para tensões
A aplicação da lei de Kirchhoff para tensões não precisa seguir um
caminho que inclua elementos percorridos por corrente!

Na figura há uma diferença de potencial entre os


pontos a e b embora os dois pontos não estejam
conectados por um elemento percorrido por corrente

Fazendo a mesma análise para uma malha


fechada, tem-se:

+12 − 𝑉𝑥 − 8 = 0
𝑉𝑥 = 4𝑉

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
17
Lei de Kirchhoff para tensões
EXEMPLO 3
Determine a tensão desconhecida no circuito aplicando a Lei de Kirchhoff

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
18
Regra dos divisores de tensão
Nos circuitos em série:
A tensão entre os terminais dos elementos resistivos divide-se na mesma
proporção que os valores da resistência.
Captura a
maior parte
da tensão

Captura a
menor parte
da tensão

Ainda que as resistências sejam multiplicadas por um milhão


a tensão sobre elas ainda será a mesma
PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -
FT/UFAM
19
Regra dos divisores de tensão
Neste outro caso do circuito abaixo, a maior parte da tensão aplicada aparecerá
entre os terminais do resistor de 1MΩ e muito pouco entre os terminais do
resistor de 100Ω.

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
20
Regra dos divisores de tensão
Na discussão anterior a corrente era determinada antes das tensões em cada
elemento do circuito. Com o método da regra dos divisores de tensão, permite
determinar as tensões sem determinar primeiro a corrente.
𝐸
𝑅𝑇 = 𝑅1 + 𝑅2 𝐼=
𝑅𝑇

Aplicando a lei de Ohm


𝐸 𝑅1 𝐸
𝑉1 = 𝐼 ∙ 𝑅1 = 𝑅 =
𝑅𝑇 1 𝑅𝑇

𝐸 𝑅2 𝐸
𝑉2 = 𝐼 ∙ 𝑅2 = 𝑅 =
𝑅𝑇 2 𝑅𝑇

𝑅𝑋 𝐸
Note que o formato para V1 e V2 é: 𝑉𝑋 = (Regra dos divisores de tensão)
𝑅𝑇
PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -
FT/UFAM
21
Regra dos divisores de tensão
EXEMPLO 4

Determine a tensão V1 para o circuito mostrado na figura, utilizando a regra dos


divisores de tensão.

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
22
Circuitos em paralelo
Dois elementos, ramos ou circuitos estão conectados em paralelo quando
possuem dois pontos em comum.

Os retângulos representam, resistências, ou baterias ou outro circuito complexo, a fim de indicar


a relação das ligações desses elementos em paralelo.

Configurações
em série e
em paralelo

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
23
Circuitos em paralelo
Condutância e resistência totais
A condutância (G) é a capacidade de condução de algum elementos e indica a capacidade que
o elemento tem de conduzir corrente elétrica, sendo o inverso da resistência.
1 Unidade:
𝐺= 1/Ohms (Ω-1) = Siemens (S)
𝑅
Em elementos ligados em paralelo a condutância
total será a soma das condutâncias individuais.

𝐺𝑇 = 𝐺1 + 𝐺2 + 𝐺3 + ⋯ + 𝐺𝑁

➢ Quanto maior a condutância de um circuito maior será a intensidade da corrente total


(com tensão aplicada constante).

➢ Assim, quanto maior o número de elementos em paralelo, maior será a corrente


fornecida na entrada do circuito
PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -
FT/UFAM
24
Circuitos em paralelo
Condutância e resistência totais

No caso de se analisar a resistência total dos elementos do circuito, substitui-se a relação


da resistência na equação da condutância total.

1
𝐺𝑇 =
𝑅𝑇

Resistência total de um circuito com N elementos em paralelo.

1 1 1 1 1 Unidade:
= + + + ⋯+ Ohms - Ω
𝑅𝑇 𝑅1 𝑅2 𝑅3 𝑅𝑁

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
25
Circuitos em paralelo
Condutância e resistência totais

EXEMPLO 5

Determine a resistência equivalente do circuito da figura

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
26
Circuitos em paralelo
Condutância e resistência totais
A resistência total de um conjunto de resistores em paralelo é sempre menor que a do
resistor de menor resistência

Sabendo que quanto menor a resistência maior será a corrente elétrica fornecida, observa-
se que o uso de resistores em paralelo ocorre para aumentar a corrente de entrada do
circuito.
No caso de um circuito com vários elementos com o mesmo valor de resistência em
paralelo, pode-se obter as seguintes relações para calcular a resistência total:

1 1 1 1 1 1 1
= + + +⋯+ =𝑁
𝑅𝑇 𝑅 𝑅 𝑅 𝑅 𝑅𝑇 𝑅

𝑅
N elementos 𝑅𝑇 =
𝑁
PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -
FT/UFAM
27
Circuitos em paralelo
Condutância e resistência totais

EXEMPLO 6

Calcule a resistência total dos circuitos abaixo.

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
28
Circuitos em paralelo
Condutância e resistência totais
Em muitas análises é preciso verificar a resistência total de apenas dois ou três elementos
assim pode-se deduzir as seguintes equações para simplificar os cálculos.

Para dois elementos Para três elementos

1 1 1 1 1 1 1
= + = + +
𝑅 𝑇 𝑅1 𝑅2 𝑅 𝑇 𝑅1 𝑅2 𝑅3

𝑅1 𝑅2 𝑅1 𝑅2 𝑅3
𝑅𝑇 = 𝑅𝑇 =
𝑅1 + 𝑅2 𝑅1 𝑅2 + 𝑅1 𝑅3 + 𝑅2 𝑅3

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
29
Circuitos em paralelo
Condutância e resistência totais

EXEMPLO 7

Determine o valor de R2 a partir do circuito da figura de modo que a resistência


total do circuito seja 9kΩ.

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
30
Circuitos em paralelo
Características dos circuitos com elementos ligados em paralelo

No circuito da figura os terminais a e b são


comuns a todos os elementos do circuito.

✓ As tensões obtidas entre os terminais


de elementos paralelos são iguais

Através da afirmação da igualdade das tensões podemos calcular a corrente que circula em
cada elemento paralelo

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
31
Circuitos em paralelo
Características dos circuitos com elementos ligados em paralelo

Se tomarmos a equação para cálculo da


resistência total e multiplicarmos os dois
lados pela tensão aplicada obtemos:

1 1 1
= +
𝑅 𝑇 𝑅1 𝑅2 xE

1 1 1
𝐸 =𝐸 +
𝑅𝑇 𝑅1 𝑅2

𝐸 𝐸 𝐸
Para circuitos em paralelo, com apenas = +
𝑅 𝑇 𝑅1 𝑅 2
uma fonte, a corrente fornecida pela fonte
(Is) é igual a soma das correntes em cada
𝐼𝑆 = 𝐼1 + 𝐼2
um dos ramos do circuito.
PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -
FT/UFAM
32
Circuitos em paralelo
Características dos circuitos com elementos ligados em paralelo

A potência dissipada pelos resistores e a


potência fornecida pela fonte podem ser
obtidas de:

PS = P1 +P2

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
33
Circuitos em paralelo
EXEMPLO 8
Para o circuito em paralelo da figura:
a) Calcule RT
b) Determine IS
c) Calcule I1, I2, verificando que IS = I1 + I2
d) Determine a potência dissipada por cada uma das cargas resistivas
e) Determine a potência fornecida pela fonte, comparando o resultado com a
potência dissipada pelos resistores.

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
34
Lei de Kirchhoff para corrente
A Lei de Kirchoff, permitirá determinar as correntes que chegam em qualquer nó do
circuito.
A Lei de Kirchhoff para corrente (LKC) afirma que a soma algébrica das
correntes que entram e saem de uma região, sistema ou nó é igual a zero.

෍ 𝐼𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑚 = ෍ 𝐼𝑠𝑎𝑒𝑚

Demonstração da Lei de ෍ 𝐼𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑚 = ෍ 𝐼𝑠𝑎𝑒𝑚


Kirchhoff para corrente
6𝐴 = 2𝐴 + 4𝐴
6𝐴 = 6𝐴

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
35
Regra do divisor de corrente
Na regra do divisor de corrente, uma corrente que entra em um conjunto de elementos
ligados em paralelo se dividirá entre esses elementos.

No caso de dois elementos em paralelo com resistências iguais, a corrente se


dividirá igualmente.
Se os elementos em paralelo tiverem resistências diferentes, o elemento de menor resistência
será percorrido pela maior fração da corrente.

A razão entre os valores das correntes nos dois ramos será inversamente proporcional à
razão entre as suas resistências.

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
36
Regra do divisor de corrente
Dedução da regra do divisor de corrente:

A corrente de entrada, I, é
dada por V/RT

Substituindo V=IxRx, onde Ix é a corrente que atravessa o ramo de resistência Rx,


obtém-se:

𝑉 𝐼𝑋 𝑅𝑋 𝑅𝑇 (Regra geral do
𝐼= = 𝐼𝑋 = 𝐼 divisor de corrente)
𝑅𝑇 𝑅𝑇 𝑅𝑋

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
37
Regra do divisor de corrente
Divisor de corrente para dois resistores em paralelo:

𝑅1 𝑅2
𝑅𝑇 =
𝑅1 + 𝑅2

𝑅1 𝑅2
𝑅𝑇 𝑅1 + 𝑅2
𝐼1 = 𝐼= 𝐼
𝑅1 𝑅1

Define-se I1 como: Analogamente para I2:

𝑅2 𝑅1
𝐼1 = 𝐼 𝐼2 = 𝐼
𝑅1 + 𝑅2 𝑅1 + 𝑅2

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
38
Regra do divisor de corrente
EXEMPLO 9

Determine o valor de R1 de modo a efetuar a divisão de corrente ilustrada na figura


abaixo.

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
39
Regra do divisor de corrente
Para dois resistores em paralelo, a maior corrente passará através do resistor de menor
resistência.

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
40
Fontes de tensão em paralelo
As fontes de tensão podem ser conectadas em paralelo somente se as tensões nos
seus terminais forem idênticas.
A razão para se colocar duas baterias em paralelo, por exemplo, é para a obtenção
de uma intensidade de corrente maior.

Consequentemente a potência também será maior.

Se duas baterias com diferentes tensões forem ligadas em paralelo, ambas podem acabar
descarregadas ou danificadas, pois a bateria de tensão mais elevada irá tender a se igualar à
bateria de tensão mais baixa.
PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -
FT/UFAM
41
Circuito aberto e curto circuito
Um circuito aberto consiste simplesmente em dois terminais isolados sem
qualquer conexão entre si.

Em um circuito aberto podemos ter uma diferença


de potencial (tensão) qualquer entre seus
terminais, mas o valor da corrente é sempre zero.

circuito aberto
Vcircuito aberto = E

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
42
Circuito aberto e curto circuito
Um curto circuito é uma baixa resistência conectada diretamente entre dois
pontos de um circuito.

Um curto circuito pode ser percorrido por uma corrente


de um valor determinado pelo circuito externo, porém
a diferença de potencial (tensão) sobre os pontos em
curto circuito é sempre nula.

A tensão será nula, pois a resistência atribuída a este curto


circuito é essencialmente nula.

𝑉 = 𝐼𝑅 = 𝐼 0Ω = 0𝑉

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
43
Circuito aberto e curto circuito

Curto circuito = 0V

Obs.: Lembrando que o terra no circuito


indica potencial nulo no ponto onde se
encontra
Quando o resistor de 2Ω é curto-circuitado a resistência total desses dois ramos
conectados em paralelo, será A corrente que percorre o
2×0 curto-circuito é a mais
2Ω ∥ 0Ω = = 0Ω elevada possível, pois não
2+0
há resistência à sua
passagem
PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -
FT/UFAM
44
Circuito aberto e curto circuito
EXEMPLO 10

Determine a tensão Vab para o circuito da figura:

Para que se caracterize um circuito aberto, é


necessário que a corrente I seja nula.

Dessa forma a queda de tensão sobre os


resistores será nula:

V1 = IxR1 = (0A)x2k = 0V
V2 = IxR2 = (0A)x4k = 0V

Aplicando a Lei de Kirchhoff para a tensão na malha:

Vab = E = 20V
PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -
FT/UFAM
45
Circuito aberto e curto circuito
EXEMPLO 11

Determine a tensão Vab e Vac para o circuito da figura:


✓ A corrente é nula em função do circuito
aberto, resultando em uma queda de
tensão nula em cada resistor.
✓ Os dois resistores podem ser substituídos
por um curto-circuito.
✓ Assim, a tensão Vab será

Vab = E1 = 10V

Para obter Vcd é necessário aplicar a Lei de


Kirchhoff para a tensão na malha:

Vcd = E1 – E2 = 10V – 30 = -20V

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
46
Circuito aberto e curto circuito
EXEMPLO 12

Determine a corrente desconhecida, I:

Nesse caso a corrente IT passará através


do caminho de menor resistência. Ou seja,
no curto-circuito.

A tensão entre os terminais de todos os


ramos é a mesma àquela entre os terminais
do curto, ou seja, zero.

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
47
POR HOJE É SÓ!

Prof. Cristiane Freitas

cristianefreitas@ufam.edu.br

PROF. CRISTIANE FREITAS - DEPARTAMENTO DE ELETRICIDADE -


FT/UFAM
48

Você também pode gostar