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CURSO DE PEDAGOGIA
PROJETO INTEGRADOR I
ROSEMEIRE DE ANDRADE
R.A: 127348549
Mirante do Paranapanema
2018
ROSEMEIRE DE ANDRADE
Mirante do Paranapanema
2018
PIAGET, Jean. A linguagem e o pensamento da criança. SP, Martins Fontes, 1986.
Pensando nisso ela aborda que Vygotsky e Piaget estavam preocupados com
o desenvolvimento intelectual, porém cada um começou e perseguiu por diferentes
questões e problemas. Piaget estava interessado em como o conhecimento é
adquirido ou construído, onde a teoria é um acontecimento da invenção ou
construção que ocorre na mente do indivíduo, Vygotsky estava preocupado com a
questão de como os fatores sociais e culturais influenciam o desenvolvimento
intelectual.
A teoria de Vygotsky é uma teoria de transmissão do conhecimento da cultura
para a criança, os indivíduos interagem com agentes sociais mais lecionados, como
professores e colegas. As crianças constroem e internalizam o conhecimento que
esses seres instruídos possuem. Enquanto que Piaget, não acreditava que a
transmissão direta desse tipo fosse viável. Para ele as crianças adquirem uma forma
própria de se desenvolver no social, mediante a construção pessoal desse
conhecimento. Piaget aprovou a construção individual como singular e diferente,
embora comumente ligada e próxima daquela da cultura, com isso a criança tem a
chance de errar e construir sendo assim esse material será muito útil na construção
do artigo, pois permitirá relacionar as questões que envolvem teoria e prática.
La Taille considera que nada há de mais injusto que a crítica feita a Piaget de
desprezar o papel dos fatores sociais no desenvolvimento humano. O máximo que
se pode dizer é que Piaget não se deteve sobre a questão, mas, o pouco que
levantou é de suma importância. Para o autor, o postulado de Wallon de que o
homem é “geneticamente social” (impossível de ser pensado fora do contexto da
sociedade) também vale para a teoria de Piaget, pois são suas palavras: “desde o
nascimento, o desenvolvimento intelectual é, simultaneamente, obra da sociedade e
do indivíduo” (p.12).
Para Piaget, o homem não é social da mesma maneira aos seis meses ou
aos vinte anos. A socialização da inteligência só começa a partir da aquisição da
linguagem. Assim, no estágio sensório-motor a inteligência é essencialmente
individual, não há socialização. No estágio pré-operatório, as trocas intelectuais
equilibradas ainda são limitadas pelo pensamento egocêntrico (centrado no eu): as
crianças não conseguem seguir uma referência única (falam uma coisa agora e o
contrário daí a pouco), colocar-se no ponto de vista do outro e não são autônomas
no agir e no pensar. No estágio operatório-concreto, começam a se efetuar as trocas
intelectuais e a criança alcança o que Piaget chama de personalidade – o indivíduo
se submetendo voluntariamente às normas de reciprocidade e universalidade. A
personalidade é o ponto mais refinado da socialização: o eu renuncia a si mesmo
para inserir seu ponto de vista entre os outros, em oposição ao egocentrismo, em
que a criança elege o próprio pensamento como absoluto. O ser social de mais alto
nível é aquele que consegue relacionar-se com seus semelhantes realizando trocas
em cooperação, o que só é possível quando atingido o estágio das operações
formais (adolescência).