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Eu não conseguia ouvir os sons dos meus passos enquanto caminhava até a
beira da água, mas eu imaginei que ele podia. Edward não se virou. Eu
deixei as ondas gentis quebrarem aos meus pés, e descobri que ele
estava certo sobre a temperatura – ela estava bem quentinha, como água
de chuveiro. Eu entrei, caminhando cuidadosamente pelo chão invisível do
oceano, mas a minha preocupação era desnecessária; a areia continuava
perfeitamente suave, indo gentilmente na direção de Edward. Eu dei
braçadas pela leve correnteza até estar ao lado dele, e então repousei
minha mão gentilmente sobre a mão gelada dele que pairava sobre a água.
“Mas eu não usaria a palavra linda”, ele continuou. “Não com você bem
aqui para fazer a comparação.”
Eu dei um meio sorriso, então ergui a minha mão livre – agora ela não
tremia – e a coloquei sobre o coração dele. Branco sobre branco; nós
combinamos, para variar. Ele estremeceu só um pouquinho com o meu
toque. A respiração dele agora estava mais ríspida.
“Eu prometi que ia tentar”, ele sussurrou, ficando tenso de repente. “Se...
Se eu fizer algo errado, se eu te machucar, você precisa me dizer
imediatamente.”
Eu fiz um aceno solene com a cabeça, mantendo meus olhos grudados nos
dele. Eu dei um passo à frente nas ondas e deitei minha cabeça no peito
dele.
“Não tenha medo”, eu murmurei. “Nós fomos feitos para ficar juntos.”
Esse momento era tão perfeito, tão correto, que não havia nenhuma
dúvida disso. Os braços dele me cercaram, me segurando contra ele,
éramos como inverno e verão. Parecia que todas as terminações nervosas
do meu corpo eram fios elétricos.
“Para sempre”, ele concordou, e então nos puxou gentilmente mais para
dentro na água.
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Eu sabia que estava fazendo uma coisa irresponsável, mas naquele
momento eu só conseguia sentir o aroma dos cabelos dela, a maciez de
sua pele em contato com a minha. Nada se comparava a sensação de estar
tão próximo a ela. Segurei seu rosto suavemente e lhe dei um beijo
calmo. Não havia pressa, somente a vontade de estar mais perto.
Deixei seus lábios para beijar seu pescoço. Pude senti-la segurar a
respiração, mas em um segundo ela soltou o ar junto com um gemido
baixo. Eu não conseguia ouvir aquilo sem ficar ainda mais nervoso. Como
eu poderia me segurar com ela me fazendo querer mais? Como não
machucá-la com tamanho incentivo de sua parte? Eu demorei um pouco a
encarando, ela estava de olhos fechados. Seria o momento de dar mais
um passo? Eu precisava tentar, por ela. Por nós. Por mim.
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Fiquei à espera do que viria a seguir. Ele estava quieto, coisa natural pra
um vampiro e eu estava ficando um pouco ansiosa, mas não queria
apressar as coisas e acabar com a nossa noite por imaturidade. Eu só
ouvia minha respiração e as batidas aceleradas do meu coração. Com
certeza ele também estava sentindo e eu precisava ficar calma, do
contrário poderia estragar tudo. Podia sentir suas mãos passeando pela
minha cintura, indo em direção à minha barriga, eu queria falar pra ele
não ter medo, mas precisava ficar calada. E isso só aumentava a sensação
de entorpecimento que ele estava me proporcionando.
Quando suas mãos subiram entre meus seios eu pude sentir meu corpo
derretendo. Ele iria seguir em frente? Eu esperava que sim. Seus dedos
passaram pelo meu pescoço, colo, descendo lentamente. Parecia uma
tortura pra mim, mas pra ele também não deveria ser diferente. Quando
ele atingiu um dos meus seios eu não consegui segurar uma exclamação.
Era uma sensação eletrizante, meu corpo estava quente e suas mãos eram
tão frias. Meus seios ficaram rígidos no mesmo instante e pude ouvi-lo
respirar fundo. Pra ele não era necessidade, mas acho que era um modo
de liberar um pouco da tensão que estava sentindo.
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E-d-w-a-r-d...
Isso parecia música para os meus ouvidos. Como um simples nome podia
fazer tamanho efeito em uma pessoa? Eu precisei parar um momento e
reunir mais um pouco de força de vontade. Não sabia se poderia
continuar dali, era demais pra mim! Ouvi-la suspirar já era incrível, que
dirá gemer meu nome! Respirei fundo contra sua pele, não sabia o motivo
de precisar fazer isso, mas parecia necessário. Eu estava a ponto de
explodir e precisava de uma válvula de escape. Seus seios eram
perfeitos, seu corpo era perfeito e saber que era tudo meu me deixava
ainda mais nervoso! Eu praticamente não sabia o que fazer com ela sem
machucá-la, tamanha era a minha preocupação, mas depois de ouvi-la
dizer meu nome eu não conseguia sequer pensar em parar. Eu estava
entorpecido por ela.
Novamente encontrei o sabor de sua pele, seu corpo estava quente, ela
estava entregue e de sua boca novamente saiu um gemido. Apertei-a com
mais força, não tinha como não aumentar a pressão do meu toque. Eu
nunca havia experimentado aquilo e meu corpo reagia automaticamente
conforme eu continuava. Pude ouvi-la gemer mais um pouco, mas não em
desagrado, ela parecia ter gostado de ser mais apertada.
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Eu estava sonhando. Não era possível, só poderia ser um sonho! Tudo o
que eu ansiava por acontecer realmente estava, e eu não conseguia
raciocinar direito. Pelo menos ele não podia ler mente, senão ficaria mais
confuso do que eu. Nenhum pensamento se formava, era tudo desconexo,
enquanto suas mãos me apertavam mais eu não conseguia pensar em nada.
Ele era meu pensamento! ELE! Meu marido! Quase ri com o pensamento,
pra quem não gostava de casamento até que eu estou bastante
acostumada com a idéia!
Ele era tão carinhoso, tão gentil e naquele momento ele estava ansioso.
Eu pude sentir pelo seu toque frio que ele estava se esforçando pra ir
devagar e isso só me deixava ainda mais excitada. Meus gemidos
aumentavam de volume conforme ele continuava, eu não sabia como
estava sendo pra ele, mas pra mim era o paraíso! Não poderia ficar
melhor que isso, poderia?
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Minha boca se dirigiu devagar entre suas pernas. Ela estava com uma das
mãos na testa e na sua boca um meio sorriso eu podia ver. Fechei os olhos
e o impacto de estar ali quase me fez estragar tudo! Meus dentes
pareciam mais afiados do que nunca e eu tive que praticar um mantra pra
não me descontrolar. Ela agora gemia mais alto e eu agradecia por
estarmos em uma ilha deserta, senão estaríamos totalmente expostos
agora. Suas pernas remexiam na água e eu as apoiei sobre os ombros.
Suas mãos passeavam entre os cabelos de uma maneira alucinada e ela
parecia querer se controlar, mas era impossível! Pra ela também era uma
sensação nova, afinal, Bella era virgem!
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Eu queria ser mais forte, mas não conseguia! Era algo extraordinário e eu
nunca imaginei que poderia ser assim. Edward era o homem da minha vida
e eu nunca tinha duvidado disso, mas agora eu sabia que ele também era o
AMANTE mais perfeito mundo! E que eu não conseguiria viver sem ter
vivenciado isso. Eu sabia que ele estava estressado, nervoso, com medo,
mas sabia que ele conseguiria! Só não sabia que pra mim também seria tão
difícil. Eu parecia uma boneca de pano, flutuando na água, me sentindo
mole pelo estado de entorpecimento que ele estava me proporcionando.
Depois disso, eu não precisava mais de nada! Essa era a melhor noite da
minha vida!
- Eu já disse que não vai! Se acontecer alguma coisa que eu não possa
continuar, eu vou te dizer. Não se preocupe! – Eu enlacei minhas pernas
nele e coloquei os braços em volta de seu pescoço. – Eu também te amo!
- Ok.
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Eu sabia que ela estava pedindo muito, mas ela merecia a tentativa. Tudo
à minha volta, por mais que eu ouvisse a milhas de distância, estava em
silêncio. Neste momento éramos nós dois e nada mais. Ela estava
preparada, eu sabia disso. Mas e eu? Eu estava? Rezei mentalmente por
mais bobo que isso parecesse na hora, mas foi uma coisa a mais para me
dar a sensatez para continuar.
- Isso não vai dar certo, Bella. Eu não consigo fazer isso com você. Não
vou conseguir me segurar muito e nem quero imaginar...
- Mas Bella...
- Você prometeu...
- Eu disse que...
- Shhhh... – Ela falou num sussurro. Fiquei à sua espera até ela relaxar e
me olhar novamente. – Isso foi só você tirando a minha virgindade. Nada
demais!
- Mas Bella...
- Eu sei que você está com medo. Mas eu não... – Ela estava sendo sincera
e eu não pude contradizê-la. Estar dentro dela era incrível! Não tinha
como descrever a sensação. Segurava-me ao máximo para não me mexer.
– Eu estou bem. Acho melhor a gente continuar.
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Eu nunca pensei que nossa primeira vez seria assim, tão avassaladora.
Estar com ele era surreal, algo que eu nunca poderia imaginar em um
milhão de anos. Eu me sentia a mulher mais feliz do mundo e por mais que
fosse doloroso pra mim eu não queria que ele se sentisse culpado. Aquela
dor me perseguia, mas eu conseguia suportar e isso não me faria voltar
atrás.
- Sim?
- Acho melhor entrarmos. Vai ser mais confortável pra você. – Balancei a
cabeça sem entender direito o que ele falava. Estava tão entregue que as
palavras se embaralhavam na minha cabeça.
Sua pele contra a minha parecia prestes a derreter, mas isso era
impossível. Concentrei-me nos movimentos e a rapidez com que eles
aumentaram era impressionante. Ele estava tentando não ir rápido
demais e sussurrava meu nome várias vezes enquanto me puxava mais pra
perto. Num momento estávamos deitados e no outro eu estava sentada
nele, tocando seu tórax de mármore, levando minhas mãos a cada parte
possível de seu corpo. Eu distribuía beijos por todo ele enquanto ficava
naquele vai-e-vem sem fim.
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Aquela mulher estava me deixando louco! Como ela podia gritar meu nome
e não querer que eu a machucasse? Eu não conseguia mais me segurar,
estava queimando por dentro, se é que era possível. Ouvi-la chegar ao
auge era demais pra mim. Mordi alguns travesseiros a nossa volta na
tentativa de não mordê-la, várias penas voaram ao nosso redor e ela nem
notou. O rosto dela estava perfeito, em completo deleite. Àquela visão eu
não consegui me conter. No instante seguinte meu corpo enrijeceu e meu
líquido foi de encontro ao seu corpo. Eu também havia atingido o ápice.
Sussurrei seu nome e beijei sua cabeça. Aos poucos meu corpo foi
voltando ao normal e ela me abraçou sussurrando um ‘Eu te amo’. Ela
estava cansada, mas totalmente satisfeita, pude perceber. Sabia que
agora estávamos completos.
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O sol, quente na pele das minhas costas nuas, me acordou pela manhã. Era
tarde da manhã ou logo cedo à tarde, eu não tinha certeza.
Apesar disso, tudo além da hora estava claro; eu sabia exatamente onde
estava – o quarto claro, com a grande cama, a luz brilhante do sol
entrando pelas portas abertas. As nuvens do mosquiteiro suavizavam o
brilho.
Eu não abri meus olhos. Eu estava feliz demais para mudar qualquer coisa,
não importa o quão pequeno ela fosse. Os únicos sons eram as ondas lá
fora, nossa respiração, as batidas do meu coração...
Eu estava confortável, mesmo sob o sol forte. A pele fria dele era um
antídoto perfeito para o calor. Deitada em seu peito gelado, com os
braços dele ao meu redor, parecia simples e natural.
Eu me perguntei vagamente porque eu estava tão amedrontada por causa
de ontem à noite. Meus medos agora pareciam bobos.