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Agropecuaria Fitopatologia
Agropecuaria Fitopatologia
Fitopatologia
Governador
Cid Ferreira Gomes
Vice Governador
Domingos Gomes de Aguiar Filho
Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia
Secretário Executivo
Antônio Idilvan de Lima Alencar
Sumário
Fitopatologia 03
1. Generalidades Sobre Fitopatologia 03
2. Objetivos da Fitopatologia 04
3. Historia da Fitopatologia 05
3.1. Período Místico 05
3.2. Período da Predisposição 06
3.3. Período Etiológico 06
3.4. Período Ecológico 07
3.5. Período Atual 07
4. Fitopatologia no Brasil 08
5. Características Gerais de Fitopatologia 09
5.1. Fungos 09
5.1.1. Estruturas 09
5.1.2. Reprodução 11
5.1.3. Metabolismo 16
5.1.4. Classificação 18
5.1.4.1. Divisão Zygomycota 18
5.1.4.2. Divisão Ascomycota 18
5.1.4.3. Divisão Basidiomycota 18
5.1.4.4. Divisão Deuteromycota 19
5.2. Bactérias 19
5.2.1. Sintomatologia e Diagnose Preliminar 20
5.2.1.1. Classificação dos Sintomas 20
5.2.2. Sintomas das Bactérias Fitopatogênico 20
5.3. Fitonematodeo 24
5.3.1. Anatomia e Morfologia dos Nematoides 25
FITOPATOLOGIA
2. OBJETIVOS DA FITOPATOLOGIA
3. HISTORIA DA FITOPATOLOGIA
E mb o r a a F i t o p a t o l o g i a , c o mo c i ê n c i a , s e ja r e l a t i v a me n t e
nova, as doenças das plantas são conhecidas desde há
mu i t o , p o i s , d e s d e q u e o h o me m p a s s o u a v i v e r e m
sociedade, assentando a base de sua alimentação nos produtos
agrícolas, o problema da escassez dos alimentos intimamente
relacionado com a ocorrência de doenças, teve sempre grande
importância e mereceu a atenção de historiadores de várias épocas.
Na Bíblia, encontramos, talvez, as referências mais antigas a doenças de
plantas, sempre atribuídas a causas místicas. Geralmente apresentadas
como castigo divino (GALLI e CARVALHO,1978). P a r a f i n s
d i d á t i c o s , p o d e - s e d i v i d i r o e s t u do d a s d o e n ç a s d a s p l a n t a s
e m v á r i o s períodos distintos.
me s mo t e mp o , a s c o n t r i b u i ç õ e s a d v i n d a s d o e s t u d o d a s
c o n d i ç õ e s ecológicas eram cada vez menores, indicando claramente a
necessidade da formulação de novos princípios e idéias, que
permitissem uma revitalização dos conceitos (GALLI e
CARVALHO, 1978).T a l s e d e u c o m a p u b l i c a ç ã o , e m 1 9 4 6 ,
d o l i v r o P f l a n z l i c h e I n f e k t i o n s l e h r e (traduzido para o inglês,
em 1950, com o título Principles of plant infection), de autoria de Ernest
Gaumann. Neste livro, novas idéias e princípios são apresentados,
iniciando-se duas novas abordagens dentro da Fitopatologia,
abordagens que perduram até hoje e coexistem e m h a r m o n i a : a
abordagem fisiológica, na qual as doenças de plantas
p a s s a m a s e r encaradas com base nas relações fisiológicas,
dinâmicas, entre a planta e o patógeno e a abordagem
e p i d e mi o l ó g i c a , b a s e a d a n u ma vi s ã o h o l í s t i c a d e c o mo a
d o e n ç a c r e s c e n o campo (BERGAMIN FILHO e KIMATI).
4. FITOPATOLOGIA NO BRASIL
A h i s t ó r i a i n i c i a l d a F i t o p a t o l o g ia n o B r a s i l e s t á l i g a d a e m
s u a ma i o r p a r t e a cientistas estrangeiros que vieram ao país e
estudaram problemas espécies de patologia r e l a c i o n a d o s c o m
as plantas que, no século XIX e início do século XX,
e r a m d e importância para a nossa agricultura como cana-de-
açúcar, cafeeiro, videira, coqueiro e outras (PUTTEMANS, 1936;
FIDALGO, 1968; COSTA, 1975).PUTTEMANS (1936), um dos
nossos primeiros fitopatologistas, menciona como trabalho
pioneiro, feito com doenças de plantas no Brasil, o realizado pelo
alemão F. M. Draenert, que estudou uma bacteriose da cana-de-açúcar na
Bahia. Só no final do século XIX, com a criação das primeiras
Escolas de Agronomia no B r a s i l , a q u i s e i n i c i o u a f o r ma ç ã o
d e p r o f i s s i o n a i s c o m c o n h e c i me n t o e m d o e n ç a s d e plantas
(CUPERTINO, 1993).
5.1. Fungos
Organismos pertencentes ao Domínio Eukarya, Reino Mycota,
eucarióticos, unicelulares ou filamentosos, aclorofilados, crista
mitocondrial plana, heterotróficos (nutrição adsortiva), com reprodução
assexual e sexual, constituído de parede celular com presença de quitina ou
quitasina, e com ausência de flagelos em todos os estádios de seu ciclo de
vida.
5.1.1. Estrutura
5.1.2. Reprodução
1) fragmentação de artroconídios;
4) produção de conídios.
Reprodução sexuada.
Basidiosporos
5.1.3. Metabolismo
Muitas espécies fúngicas exigem luz para seu desenvolvimento; outras são
por ela inibidos e outras ainda mostram-se indiferentes a este agente. Em
geral, a luz solar direta, devido à radiação ultravioleta, é elemento
fungicida.
5.1.4. Classificação
5.2. Bacterias
São organismos microscópicos, unicelulares, que possuem parede celular.
Elas não possuem núcleo verdadeiro como o de organismos superiores,
separado do restante dos outros componentes celulares por uma membrana,
e seu material genético, um DNA circular de fita simples, se localiza
diretamente no citoplasma da célula. Além desse DNA, elas possuem os
plasmídeos, DNA’s extra-cromossômicos, que controlam certas
características exibidas por estes organismos como resistência à
estreptomicina, cobre e a outros antibióticos.
As bactérias fitopatogênicas estão distribuídas em vários gêneros, espécies
e subespécies separadas entre si por características culturais, bioquímicas,
fisiológicas e serológicas. Recentemente, o emprego de técnicas
moleculares promoveu profundas mudanças na taxonomia das bactérias
fitopatogênicas. Atualmente, são reconhecidos 26 gêneros de bactérias
fitopatogênicas, sendo que representantes de muitos desses gêneros
Murcha: ocorre por obstrução dos feixes vasculares, devido à invasão e/ou
colonização pelas bactérias fitopatogênicas, impedindo ou dificultando o
transporte de água e nutrientes. A infecção vascular nem sempre resulta em
murcha aparente, podendo causar nanismo e/ou clorose.
Murcha bacteriana
Podridão mole: resulta em maceração de tecidos, devido à produção, pela
bactéria, de enzimas que degradam as substâncias pécticas da lamela média
e da parede celular. Este tipo de sintoma é muito importante também
durante o armazenamento, no caso de bulbos e rizomas.
Entretanto, a identificação de fitobacterioses não deve ser baseada apenas
na sintomatologia apresentada pelo hospedeiro, visto que diversos agentes
como vírus, fungos, nematóides, insetos ou mesmo desequilíbrios
nutricionais ou fitotoxidez, podem causar sintomas semelhantes. Além
disso, é importante ressaltar que diferentes gêneros e espécies bacterianas
podem incitar sintomas similares e que uma mesma bactéria pode provocar
mais de um tipo de sintoma. Por isto torna-se necessário, muitas vezes, a
realização de exames ou testes laboratoriais para a confirmação do agente
causal.
5.3.Fitonematoides
Os nematóides constituem um diverso grupo dos invertebrados, abundantes
como parasitas ou na forma de vida livre no solo, em ambientes aquáticos
ou marinhos. Segundo Barker (1998), existe mais de 15.000 espécies
descritas, representando somente uma pequena porção dentro do filo
Nematoda. Cerca de 26% dos gêneros descritos habitam o solo sob
diferentes grupos funcionais, bacterívoros, fungívoros, onívoros,
predadores ou fitoparasitas. A umidade do solo, a umidade relativa e os
fatores ambientais afetam diretamente a sobrevivência dos nematóides. Os
nematóides possuem variadas formas de adaptação a mudanças que
ocorrem no ambiente causadas por diversos fatores, entre os quais o
manejo dos cultivos, estresse climático, época de plantio, fisiologia das
plantas e melhoramento genético (BLAKELY et al. 2002).
A importância dos nematóides para a agricultura não se restringe apenas às
perdas que alguns deles causam na produção agrícola. Os nematóides de
vida livre, que se alimentam de bactérias e fungos, têm um papel
importantíssimo na decomposição de matéria orgânica, essencial para a
melhoria das condições edáficas e, por conseqüência, da produtividade das
culturas. Nematóides parasitas de insetos também apresentam importante
função controladora de pragas agrícolas.
formado por uma parede externa que delimita uma cavidade interna, cheia
de um fluido sob pressão, onde estão imersos os diversos órgãos (esôfago,
intestino, ovário ou testículo).
Sistema nervoso – constituído por uma região central, o anel nervoso, que
fica ao redor do istmo do esôfago, e por ramificações nervosas que daí
partem para as diversas partes do corpo.
Órgãos sensoriais ligados a este sistema:
Fêmea de um namatoide
5.3.2.Biologia Geral
Ciclo de vida
Reprodução
Alimentação
Tipos de parasitismo
Dormência
5.3.3.Ecologia
BANANA
Radopholus similis essa é a espécie mais importante para a cultura. Foi
descoberta no Brasil em 1959 pelo Dr. Jair Carvalho do Instituto Biológico
(Carvalho, 1959) a partir de mudas oriundas do litoral de São Paulo. Mais
de 40 anos após esse relato, ainda há ampla disseminação do parasito para
outras regiões produtoras. É um nematóide endoparasito migrador, ou seja,
penetra nas raízes da bananeira e migra pelos tecidos radiculares, podendo
chegar até o rizoma. O ato de migrar internamente nas raízes ocasiona a
desintegração dos tecidos, formando cavidades. Daí o nome comum do
nematóide. Os tecidos necrosados, inicialmente de coloração parda e, após
a colonização de fungos: enegrecidos, podem coalescer originando extensas
necroses. Essa destruição do sistema radicular favorece o tombamento das
plantas sob ventos fortes ou pelo peso do cacho. Esses são sintomas
indicativos do ataque dessa espécie. Com a
evolução desse processo, o parasito pode voltar ao solo a procura de novas
plantas hospedeiras ou permanecer em pedaços de rizoma no campo. Sem
Curso Técnico em Agropecuária - Fitopatologia Página 34
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
alimento ele pode sobreviver pouco menos do que seis meses com reservas
de seu próprio organismo. À temperatura de 24 º C, o ciclo biológico se
completa em 21 dias. Pode haver variação nesse período em decorrência de
fatores ligados às plantas hospedeiras ou ao meio.
Radopholus similis
CITROS
COCO
Anel Vermelho do Coquiro esta doença provoca a morte da planta em
apenas poucos meses. Geralmente, os coqueiros de 3 a 7 anos são os mais
suscetíveis e morrem 3 a 4 meses após o aparecimento dos sintomas. As
perdas têm sido calculadas entre 20 a 98% em vários países da América
Central.
A doença foi observada pela primeira vez em Trinidad, em 1905. O
nematóide tem como vetor o besouro Rhynchophorus palmarum e
possivelmente um outro besouro, Dynamis borassi, também lhe serve de
vetor.
O anel vermelho do coqueiro tem sido registrado no Neotrópico, a partir do
México, passando pela América Central, até América do Sul e área do
Caribe. No Brasil, a doença está presente nos estados de Alagoas, Bahia,
Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte,
São Paulo e Sergipe.
ABACAXI
GOIABA
Nematóides do gênero são tidos como os mais importantes porque têm uma
distribuição geográfica ampla, apresentam uma enorme gama de
hospedeiros e causam grandes danos às culturas.
Em 1855, Berkeley classificou o nematóide das galhas como sendo
Heterodera radicicola. Jebert, em 1877 no Rio de Janeiro, associou a
presença de galhas em raízes de cafeeiro (Coffea arabica L.) ao declínio da
cultura, e Göeldi em 1887, classificou o nematóide das galhas como sendo
M. exigua Göeldi. Esta foi a primeira vez que o nematóide das galhas foi
chamado de Meloidogyne, mas esse gênero não foi imediatamente aceito
pela comunidade científica (FREITAS; OLIVEIRA; FERRAZ, 2001). Em
1949, Chitwood fez uma revisão completa e classificou as quatro principais
espécies de Meloidogyne (M. incognita, M. javanica, M. arenaria, M.
hapla), separando-as pelas marcas cuticulares na região perineal. A partir
Ciclo de Vida
O ciclo de vida de Meloidogyne spp. começa com o ovo, cujo interior sofre
várias mudanças durante o desenvolvimento embrionário até culminar na
formação do juvenil do primeiro estádio, ou J1. O J1 sofre uma ecdise e se
torna J2 ainda dentro do ovo. O J2 perfura o ovo com o estilete, rompendo
a casca e segue um gradiente de concentração de exsudatos radiculares
(gradientes de pH e moléculas da superfície celular) que orienta o
movimento até chegar à raiz onde penetra na região da zona de
alongamento celular, logo atrás da coifa. Esta zona apresenta alto
metabolismo por estar em diferenciação celular e, portanto, produz bastante
exsudatos. As células possuem pouca quitina, suberina e celulose
depositada em suas paredes e, por isso, são mais facilmente penetradas pelo
J2 que migra para o tecido vascular e inicia a alimentação introduzindo
substâncias nas células da planta, que irão alterá-las morfológica e
fisiologicamente. Neste instante, o J2 adquire uma forma alargada
tornando-se sedentário. Estas células especializadas da raiz, recebem o
nome de células gigantes (AGRIOS, 2005; FREITAS; OLIVEIRA;
FERRAZ, 2001).
As alterações causadas pelos nematóides não se restringem as células
gigantes, isto é, as células do córtex se multiplicam desordenadamente e a
raiz engrossa, formando um tumor que recebe o nome de galha. As
mudanças celulares resultam em aumento da concentração de aminoácidos,
proteínas, RNA e DNA nas células gigantes; em aumento de exsudatos
radiculares, minerais, lipídios, hormônio de crescimento, respiração e
transpiração, seguido por um decréscimo de açúcares e celulose. Com a
formação das células gigantes, ocorre também obstrução física dos vasos
condutores de água e minerais, o que resulta em sintomas de murcha
prematura e de deficiência de nutrientes, além do subdesenvolvimento da
planta. Em seguida, o J2 sofre três ecdises, passando a J3, J4 e forma adulta
IDENTIFICAÇÃO DE RAÇAS
6. INTRODUÇÃO A MICROSCOPIA
6.1.2. Óticas
a)Oculares: são encaixadas nas extremidades superiores do tubo.
Podem ser retiradas e substituídas facilmente segundo a necessidade
do momento. É importante saber que as oculares ampliam apenas a imagem
formada pela objetiva. Não tornam mais nítidas as estruturas do objeto a ser
estudado. Seria ilógico, portanto, empregarem-se nos trabalhos
microscópicos objetivas de pouco aumento próprio e o c u l a r e s d e
g r a n d e p o d e r d e a mp l i a ç ã o . T a mb é m n ã o s e p o d e a c o n s e l h a r
o u s o s i mu l t â n e o d e objetivas e oculares de forte aumento. O
campo visual seria pouco nítido nas estruturas das células. Por
exemplo, se apresentariam ―apagadas‖, quase não haveria
Preparação da lamina
7. LITERATURA CONSULTADA
http://www.agrolink.com.br/agricultura/problemas/busca/citros/tylenchulus
-semipenetrans.html
http://www.ufrgs.br/agrofitossan/AGR04002/nematoda.htm#Morfo-
Anatomia(UFRGS)
http://www.cpatsa.embrapa.br/cpatsa/imprensa/noticias/pesquisador-alerta-
para-ocorrencia-de-nematoide-em-coqueiros-no-submedio-do-vale-do-sao-
francisco
http://www.incaper.es.gov.br/servicos/images/Nematoide_das_GalhasdaGo
iabeira.pdf
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!