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Universidade Católica Dom Bosco

Curso de Agronomia

Projeto paisagístico residencial

Campo Grande – MS
15 de Junho de 2020
Universidade Católica Dom Bosco
Curso de Agronomia

Asser Botelho Santana – ra:171911


Pedro Henrique Ferreira de Souza– ra:170751

Projeto paisagístico residencial

Projeto desenvolvido durante a disciplina


de Floricultura e paisagismo, como parte
da avaliação do 7º semestre em questão.
Prof. Msc. LEANDRO MANOEL ALVES DE SOUSA

Campo Grande – MS
15 de Junho de 2019
INTRODUÇÃO
Por definição, paisagismo é a técnica de planejar e organizar a paisagem para
possibilitar ao homem maior aproveitamento e fruição de grandes espaços
externos de uso coletivo. O processo de criação paisagística ultrapassa a
barreira da mera criação de jardins e praças, trata-se de uma técnica bastante
específica voltada também para a elaboração de projetos de criação ou
substituição de espaços afetados por construções desordenadas. Sua missão
inclui recompor espaços geográficos e organizar a paisagem para criar
condições de uso pelo público, utilizando não apenas conhecimentos de
botânica e ecologia, mas também de arquitetura e dos costumes da região,
combinando cores e formatos para gerar um resultado harmonioso e agradável
de convivência.

O presente projeto paisagístico, visa a modificação do ambiente residencial para


o melhor aproveitamento tendo em mente, lazer, recreação e relaxamento. A
concepção da composição é baseada no estilo contemporâneo com traços do
estilo tropical; os jardins contemporâneos são definidos por uma mescla de
estilos e busca por recriar linhas naturais, com formas orgânicas, com poucas
intervenções construtivas.
1. DESCRIÇÃO
A área a ser trabalhada compreende no loteamento Jardim Bella Suíça,
empreendimento do grupo Nova Roma, localizado na cidade de Rio Verde de
Mato Grosso/MS. O projeto consiste na implantação do paisagismo residencial
seguindo o estilo moderno, através de plantas com predominância perene, e que
diminuirão os custos futuros com manutenção de jardinagem. Ademais, a área
será destinada também para gramados e forrações.

O projeto presou pela sensibilidade e praticidade, procurando construir


uma paisagem dentro do terreno, trazendo aconchego, harmonia e aproximação
das pessoas, criando uma identidade para o local e que não precise de grandes
intervenções quanto a manutenção. As espécies foram escolhidas
criteriosamente, não só por seu caráter ornamental, mas pela sua
compatibilidade com as condições do clima, solo e o local onde serão
implantadas.

O projeto em questão busca integração, bem estar, uma melhor qualidade


de vida aos usuários

2. MEMORIAL BOTÂNICO

• Nome científico: Beaucarnea recurvata


• Nome popular: Pata-de-elefante
• Categoria: Arbustos, Arbustos Tropicais, Plantas Esculturais;
• Clima: Equatorial, Oceânico, Semi-árido, Subtropical, Tropical
• Origem: América do Norte, México
• Altura: 4,7 a 6 metros
• Luminosidade: Meia-sombra, pleno sol
• Ciclo de vida: perene
• Nome Científico: Roystonea oleracea
• Nomes populares: palmeira-imperial, palmeira-real
• Família: Arecaceae
• Categoria: Árvores, Palmeiras
• Clima: Equatorial, mediterrâneo, oceânico, subtropical, tropical
• Origem: América Central, América do Norte, América do Sul, Antilhas,
Colômbia, Trindade e Tobago, Venezuela
• Altura: acima de 12 metros
• Luminosidade: Sol Pleno
• Ciclo de Vida: Perene

• Nome científico: Dietes bicolor


• Nomes Populares: Moréia-bicolor, Dietes, Moréia
• Família: Iridaceae
• Categoria: Flores Perenes
• Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical
• Origem: África, África do Sul
• Altura: 0.4 a 0.6 metros, 0.6 a 0.9 metros
• Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno
• Ciclo de Vida: Perene
• Nome Científico: Thunbergia grandiflora
• Nomes Populares: Tumbérgia-azul, azulzinha
• Família: Acanthaceae
• Categoria: Trepadeiras
• Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical
• Origem: Ásia, Índia
• Altura: 4.7 a 6.0 metros
• Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno
• Ciclo de Vida: Perene

• Nome Científico: Buxus sempervirens


• Nomes Populares: Buxinho, Árvore-da-caixa, Buxo
• Família: Buxaceae
• Categoria: Arbustos, Bonsai, Cercas Vivas
• Clima: Mediterrâneo, Subtropical, Temperado, Tropical
• Origem: Ásia, Europa, Mediterrâneo
• Altura: 1.8 a 2.4 metros
• Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno
• Ciclo de Vida: Perene
• Nome Científico: Ravenala madagascariensis
• Nomes Populares: Árvore-do-viajante, Árvore-dos-viajantes, Palmeira-
dos-viajantes
• Família: Strelitziaceae
• Categoria: Palmeiras, Plantas Esculturais
• Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical
• Origem: África, Madagascar
• Altura: 6.0 a 9.0 metros, 9.0 a 12 metros, acima de 12 metros
• Luminosidade: Sol Pleno
• Ciclo de Vida: Perene

• Nome Científico: Sansevieria trifasciata


• Nomes Populares: Espada-de-são-jorge, Língua-de-sogra, Rabo-de-
lagarto, Sansevéria
• Família: Asparagaceae
• Categoria: Folhagens, Forrações à Meia Sombra
• Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical
• Origem: África
• Altura: 0.4 a 0.6 metros, 0.6 a 0.9 metros
• Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno
• Ciclo de Vida: Perene
• Nome Científico: Bougainvillea glabra
• Nomes Populares: Primavera, Buganvile, Buganvília, Ceboleiro, Flor-
de-papel, Pataguinha, Pau-de-roseira, Roseiro, Roseta, Santa-rita,
Sempre-lustrosa, Três-marias
• Família: Nyctaginaceae
• Categoria: Arbustos, Arbustos Tropicais, Trepadeiras
• Clima: Equatorial, Oceânico, Subtropical, Tropical
• Origem: América do Sul, Brasil
• Altura: 4.7 a 6.0 metros
• Luminosidade: Sol Pleno
• Ciclo de Vida: Perene

• Nome Científico: Tradescantia zebrina


• Nomes Populares: Lambari, Judeu-errante, Trapoeraba-roxa,
Trapoeraba-zebra
• Família: Commelinaceae
• Categoria: Folhagens, Forrações à Meia Sombra
• Clima: Equatorial, Oceânico, Subtropical, Tropical
• Origem: América do Norte, México
• Altura: 0.3 a 0.4 metros, 0.4 a 0.6 metros
• Luminosidade: Luz Difusa, Meia Sombra
• Ciclo de Vida: Perene
• Nome Científico: Heliconia rostrata
• Nomes Populares: Helicônia, Bananeira-do-brejo, Bananeira-
ornamental, Caetê, Papagaio
• Família: Heliconiaceae
• Categoria: Arbustos, Arbustos Tropicais
• Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical
• Origem: América do
Sul, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana
Francesa, Peru, Suriname, Venezuela
• Altura: 1.2 a 1.8 metros, 1.8 a 2.4 metros, 2.4 a 3.0 metros, 3.0 a 3.6
metros
• Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno
• Ciclo de Vida: Perene

• Nome Científico: Clusia fluminensis


• Nomes Populares: Clúsia,
• Família: Clusiaceae
• Categoria: Arbustos, Arbustos Tropicais
• Clima: Equatorial, Mediterrâneo, Oceânico, Subtropical, Tropical
• Origem: América do Sul, Brasil
• Altura: 1.2 a 1.8 metros, 1.8 a 2.4 metros, 2.4 a 3.0 metros, 3.0 a 3.6
metros, 3.6 a 4.7 metros
• Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno
• Ciclo de Vida: Perene
• Nome Científico: Agave americana
• Nomes Populares: Agave, Pita, Pita-azul, Piteira-azul
• Família: Agavaceae
• Categoria: Arbustos, Arbustos Tropicais, Plantas Esculturais
• Clima: Equatorial, Semi-árido, Subtropical, Tropical
• Origem: América Central, América do Sul
• Altura: 1.2 a 1.8 metros
• Luminosidade: Sol Pleno
• Ciclo de Vida: Perene

• Nome Científico: Bismarckia nobilis


• Nomes Populares: Palmeira-azul, Palmeira-bismarckia, Palmeira-de-
bismarck
• Família: Arecaceae
• Categoria: Palmeiras, Plantas Esculturais
• Clima: Equatorial, Mediterrâneo, Subtropical, Tropical
• Origem: Madagascar
• Altura: acima de 12 metros
• Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno
• Ciclo de Vida: Perene
Nome comum Nome científico Unidades
Agáve Agave americana 2
Pata-de-elefante Beaucarnea recurvata 3
Palmeira-azul Bismarckia nobilis 1
Primavera Bougainvillea glabra 2
Buxinho Buxus sempervirens 7
Clúsia Clusia fluminensis 3
Móreia Dietes bicolor 100
Helicônia Heliconia rostrata 20
Árvore-do-viajante Ravenala madagascariensis 3
Palmeira-imperial Roystonea oleracea 8
Espada-de-São-Jorge Sansevieria trifasciata 30
Tumbérgia-azul Thunbergia grandiflora 3
Lambari-roxo Tradescantia zebrina 100
TOTAL 282

3. LIMPEZA DA ÁREA
Em toda a área destinada ao paisagismo, deverá ser procedida a limpeza
do terreno, com remoção inicial de todo e qualquer material que venha atrapalhar
como entulhos, britas e inços. Todo o entulho de qualquer natureza deve ser
removido do terreno. As construções devem permanecer intactas.

Ficará também, sob responsabilidade da construtora as providencias e


medidas necessárias quanto aos locais para o qual serão removidos os detritos
e a terra imprópria procedente da limpeza do terreno.

A completa limpeza será efetuada tomando os devidos cuidados de forma


a ser evitarem danos a terceiros e de modo que não acarrete prejuízos aos
trabalhos ou a obra. Esses serviços serão efetuados de forma manual e
mecânica conforme a necessidade.

Para o plantio das espécies indicadas o terreno deverá estar livro de


plantas daninhas. Após a limpeza deverá ser feita a escarificação de 15cm a
20cm do terreno, para descompactar e promover a aeração do solo, os torrões
devem ser quebrados. Efetuar o nivelamento do solo, conforme projetos,
acrescentando terra vegetal, se necessário, principalmente no plantio da grama
e canteiros.

4. CORREÇÃO E ADUBAÇÃO
Para melhores resultados, o correto é fazer análises de solo para
verificação do pH do solo para possíveis correções. Se necessário, o calcário
deve ser aplicado a lanço e posteriormente umedecer o solo.

Antes do plantio deve ser feito a aplicação de NPK 10-10-10


uniformemente na área preparada e quantidade irá variar dependendo da
quantidade de mudas e do espaço destinado a elas. Também será utilizado
adubo orgânico, podendo ser esterco curtido de gado, proveniente de animais
confinados, evitando propágulos de espécies encontradas em pastagens;
esterco curtido de frango; húmus de minhoca ou composto orgânico de
compostagem.

5. COVAS PARA PLANTIO


Para a introdução das mudas o solo necessitará primeiro de uma
preparação adequada, será realizado a demarcação das covas por meio de
estaqueamento, nos locais indicados previamente.

A terra retirada mediante a realização das covas deverá ser separada; ela
será retirada e reservada para o momento do plantio, a camada mais profunda
do solo não deverá retornar à cova, a menos que seja necessário. O fundo da
cova deverá ser coberto com terra rica em matéria orgânica.

6. SISTEMA DE PLANTIO
As mudas devem ser entregues em perfeitas condições, livres de pragas
e doenças. As características como porte, quantidade e espaçamento devem ser
observadas no memorial descritivo. Espécies mais sensíveis, como as forrações,
devem ser plantadas, preferencialmente, no início da manhã ou final da tarde,
quando a temperatura e o sol são menos intensos.

Retirar as embalagens das mudas, cuidando preservar seus torrões;


plantá-las nas covas abertas, permitindo que as raízes fiquem livres e retas sem
que haja dobramento, quebra ou que enrolem. Completar com terra ao redor e
fazendo pressão necessária para que a muda fique firme.

Deve-se tomar cuidado de deixar o colo da planta no nível do solo. Após


o plantio realizar a proteção do solo com palhas ou casas para cobrir o solo, e
evitar a exposição das raízes.
Ademais, regar o canteiro recém plantado. Essa prática tende ser
realizada principalmente se o projeto não for executado em período onde as
condições sejam favoráveis. A irrigação pós-plantio.

7. TUTORAMENTO
Para evitar que as raízes sofram deslocamento devido aos ventos, as
espécies arbustivas deverão ser bem tutoradas. De forma que não danifique o
torrão, o tutor deve ser enterrado 80cm, antes do preenchimento total das covas.
O material do tutor poderá ser de bambu ou madeira, com diâmetro de 8cm.
Cada muda de árvores/palmeiras terá dois tutores e será amarrada com
barbante ou borracha, de forma folgada em dois pontos.

8. MANUTENÇÃO DO JARDIM
8.1 Controle de Plantas Invasoras
O controle de plantas daninhas deve ser realizado periodicamente com o
arranque manual nos canteiros e gramados. O uso de herbicidas só é
recomendado para grandes áreas de gramados e em ataques com grande
número de espécies.

Em casos que seja necessária a utilização de herbicidas, é de suma


importância a consulta a um engenheiro agrônomo para diagnostico e
tratamento, bem como a utilização de EPI’s.

8.2 Controle de Pragas


O controle das pragas pode ser tanto preventivo quanto de ação direta,
pela aplicação de defensivos agrícolas, priorizando sempre os defensivos
alternativos que têm se mostrado bastante eficientes no combate das pragas.

8.3 Podas
Para as espécies indicadas no projeto como forração e flores, sugerimos
somente a poda de limpeza e manutenção, que consiste na retida de partes
indesejadas da planta como:

• retirada de galhos/folhas velhas e/ou doentes;


• retirada de ramos e partes das plantas que estejam mortos;
• retirada de ramos e partes infestadas, irremediavelmente, por
insetos.
8.4 Regas e irrigação
A rega e/ou irrigação é a forma artificial de aplicação de água às plantas,
de forma a suprir suas deficiências hídricas em épocas de regime pluvial
escasso, em quantidade e uniformidade satisfatória, proporcionando um bom
desempenho das plantas. A aplicação de água em plantas ou gramados pode
ser feita através de regadores portáteis e/ou mangueiras com torneiras
distribuídas pelo jardim e em horários considerados amenos, ou seja, início da
manhã e final da tarde. Referente a quantidade, deve-se observar a penetração
da água no solo, mas que a mesma não encharque e escorra pelo solo, evitando
o apodrecimento das raízes e colo da planta. É importante ressaltar, que em
meses onde há altas temperaturas, é indicado que a rega seja feita diariamente.

9. CUIDADOS GERAIS
Verificar a necessidade de substituição de mudas mortas, danificadas ou
doentes. Considerando que o contratado para a implantação do jardim, é
responsável pela mão de obra da substituição de mudas de qualquer espécie
que venham a morrer. Salvo exceções, como em casos de danos ou perdas de
mudas, ocorridos por obras, vandalismo. A substituição deve ser efetuada ao
longo do período de obras do jardim e durante o período de manutenção que
tem previsão de 3 meses.

Manter as características do projeto como espécies indicadas, formatos


de canteiros e locação de plantas, para que o conceito não seja
descaracterizado.

10. CONSIDERAÇÕES GERAIS


A intenção final do jardim é representada pelo projeto paisagístico, sendo
assim, o respeito às especificações e orientações contidas nele garantem o
resultado mais próximo do planejado. Sempre que necessário consulte o
projetista responsável e tenha uma equipe de jardineiros qualificados para a
conservação e manutenção do jardim.
11. PROJETO PAISAGISTICO

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