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Nesta disciplina foram abordados diversos temas realmente reveladores, tanto do ponto de vista
teórico como do ponto de vista prático. Foi de suma importância a apresentação desta matéria pois podemos
nos aprofundar mais no respeito da origem e os avanços que ocorreram na educação infantil.
O conselho nacional de educação decidiu revisar as diretrizes curriculares nacionais para a educação
infantil, passando a tratar a educação básica como um conjunto orgânico, sequencial de suas etapas e
modalidades. É a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) que traduz através de resoluções, os
princípios e as diretrizes contidas na Constituição Federal, com o intuito de fazer orientações que contribuam
para assegurar a formação comum básica nacional.
Os avanços trazidos pela resolução nº4/2010, no quesito as etapas da Educação básica definiu como
ter por objetivo desenvolvimento integral da criança, em seus aspectos físico, afetivo, psicológico,
intelectual, social, complementando a ação da família e da comunidade.
Outro ponto importante trazido pelo estudo da matéria foi a, implementação das diretrizes curriculares
nacionais gerais para a educação básica e das diretrizes curriculares gerais para a educação infantil, tal
instituto foi de grande importância pois a câmara da educação básica através da Emenda Constitucional
nº59/2009, adotou uma situação posta pela obrigatoriedade da educação para a faixa etária de 4 e 5 anos.
Na implementação das diretrizes curriculares vemos algumas orientações que servem para a prática,
quais sejam elas: acesso à educação, carga horária mínima anual da educação infantil, turno e jornada,
organização e enturmação, material pedagógico, avaliação e sobre a formação de professor de Educação
infantil.
Um dos fatores essenciais que contribuem para uma melhora, na educação infantil é a formação de
professores, que através do crescimento da necessidade de atendimento na educação infantil, tem se perdido
na qualidade. Por isto uma série de medidas devem ser tomadas a curto prazo, com caráter provisório, e a
médio prazo voltados a melhor formação destes profissionais. Pois cabe aos professores organizar situações
agradáveis, estimulantes, que ampliam as habilidades infantis de cuidar e ser cuidada de interagir com seus
colegas de classe aprendendo o trabalho em grupo.
O dia Nacional da Educação infantil também constitui um tema trazido, no qual é de recente
conhecimento, onde a presidente Dilma Rousseff, sancionou em 03 de Abril de 2012, uma lei que
estabeleceu o dia 25 de agosto o dia da Educação infantil, sendo estendida durante esta mesma semana.
A alfabetização constitui um dos principais temas trazidos pela disciplina, grande parte disso pois o
país vem obtendo grandes avanços no tocante as taxas de analfabetismo mas contendo ainda números
inaceitáveis, só para se ter uma noção, a taxa de analfabetismo no Brasil passou 64,9% em 1940 para 9,6%
em 2010, tendo um reflexo devastador nas classes baixas, onde possuem quase a totalidade desta taxa.
Outra divergência que vale a pena ser citada é a diferença entre alfabetização e letramento, sendo a
primeira o processo pelo qual se adquire o domínio de um código e das habilidades de utilizá-lo para ler e
escrever. Já o letramento refere-se aos usos de competência de leitura e de escrita por um indivíduo que já
domina o código.
Atividades simples, como apresentar sinal de trânsito, e placas relacionando com as atitudes exigidas
por cada símbolo demonstrado, isso estimula o letramento, e mesmo que ainda não estejam alfabetizadas,
podem claramente entender aqueles símbolos, e entender a conduta exigida por cada um. Mesmo que as
crianças ainda não estejam prontas para a alfabetização, o mesmo não podemos dizer sobre o letramento, pois
desde muito novos já se consegue notar a percepção das coisas que estão ao seu redor. Ler os códigos
linguísticos do país, no caso do Brasil a língua portuguesa, parece uma tarefa difícil que antes era um critério
essencial para o processo de desenvolvimento da criança, hoje com as novas políticas sobre educação
infantil, se nota que esta obrigatoriedade prejudica o processo cognitivo da criança, e que se deve intensificar
as atividades que estimulam o letramento, a coordenação motora das crianças, dentre outras atividades, mais
compatíveis com a faixa etária.
Para relacionar minha prática profissional com a matéria, é preciso primeiro ter o conhecimento que
minha experiência profissional se relaciona diretamente com a educação infantil, mais especificamente ligado
aos CMEIS, (Centro Municipal de Educação Infantil), desta feita um dos fatores que prejudicam essas
atividades mecanicistas herança das cartilhas, é a própria idade do público alcançado. É preferível atividades
em que as crianças pensam, raciocinam, inventam em um processo dinâmico em constante construção de
sistemas interpretativos.
Quando em minha sala de aula conto uma história para as crianças, e elas compreendem o significado
e a mensagem por trás desta, elas estão passando por um processo de letramento, apesar de ainda não serem
alfabetizadas, devido à idade, já entendem e até mesmo criam suas próprias histórias advindas de sua
imaginação. É essencial esse entendimento de que, o processo de letramento não depende de uma inicial
alfabetização, pois socialmente é primeiro necessário a instigação ao pensamento e criatividade, e descartar
textos artificiais como os da antiga cartilha.
Portanto, é sempre de muita importância esse entrelaço entre a teoria e a prática, pois a teoria bem
interpretada pode influenciar com grande relevância na prática, e cotidiano nas diversas áreas da educação
infantil, aqui objeto de estudo. Como um exemplo do letramento podemos citar, quando pedimos aos alunos
para que recontem o que foi lido, e ajudem a professora a criar uma nova história, afastando desta forma o
mecanicismo apresentado no passado. O grande equívoco advindo da alfabetização ocorrido aqui no Brasil é
exatamente este erro de hermenêutica decorrentes da má interpretação da pesquisa de Ferreiro e Teberosky, a
Psicogênese da língua escrita.
Ana Teberosky é uma das pesquisadoras mais respeitadas quando o tema é alfabetização, Doutora em
psicologia e docente do Departamento de Psicologia Evolutiva e da Educação da Universidade de Barcelona,.
A Psicogênese da Língua Escrita, estudo desenvolvido por ela e por Emília Ferreiro no final dos anos 1970,
trouxe novos elementos para esclarecer o processo vivido pelo aluno que está aprendendo a ler e a escrever.
A pesquisa tirou a alfabetização do âmbito exclusivo da pedagogia e a levou para a psicologia.
Essas duas autoras revolucionaram todo o processo de alfabetização utilizado no Brasil, na prática se
pode perceber inúmeras mudanças, quando pensamos no processo antigo de alfabetização, logo nos
deparamos com um sistema antigo mecanizado, baseado nas técnicas de decoração de símbolos, onde o aluno
remonta aquilo que o professor fez no quadro, ou transmite aquele símbolo que ele vê na linha da cartilha,
sem saber o real significado daquilo. Oque essa teoria da Psicogênese da língua escrita trouxe de diferente foi
a importância do pensamento do aluno, o processo tenta soltar as amarras do formalismo, buscando uma
própria sistemática de interpretação.
As descobertas de Emilia levam à conclusão de que as crianças têm um papel ativo no aprendizado.
Elas constroem o próprio conhecimento, daí a palavra construtivismo. A principal implicação dessa
conclusão para a prática escolar é transferir o foco da escola, e da alfabetização em particular, do conteúdo
ensinado para o sujeito que aprende, ou seja, o aluno.
Nós que trabalhamos com a Educação Infantil devemos acreditar que o aluno pode aprender, é a
melhor atitude de um professor para chegar a um resultado positivo em termos de alfabetização. A grande
vantagem de trabalhar com as crianças é ter a evolução natural a seu favor. Se não existe traumas, maus-
tratos familiares ou algo parecido, eles são máquinas de aprender: processam rapidamente as informações,
têm boa memória, estão sempre dispostos a receber novidades e se empolgam com elas.
É muito ver como o conhecimento obtido acrescenta na vida de um profissional, todos aqueles que
buscam o conhecimento, e não se acomodam de ficar parados no tempo satisfeitos com os conhecimentos já
obtidos na graduação, possuem uma grande vantagem tanto no mercado de trabalho, como nas próprias
relações com os demais. Quem mais ganha com esse novo conhecimento é o profissional que vê seus
conhecimentos lhe rendendo frutos na sala de aula, e ao ver seus alunos progredirem no percorrer de sua vida
educacional.
No que se refere a matéria atual, a teoria da psicogênese é um grande pilar da educação infantil, esse
novo conceito de letramento, pode tirar o foco do alfabetismo e poder abortar temas de maior importância
para essas crianças de baixa faixa etária, quando se aprende uma nova técnica como essa, não só se tem a
chance de transformar nosso método educacional, mas também temos a chance de contribuir um pouco na
vida daqueles que passam por sua aprendizagem e também contribuir para todo o sistema educacional.
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Assinatura do Aluno