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Regimento Interno

Projeto Construindo Vidas

INTRODUÇÃO

O presente Regimento Interno do Projeto Construindo Vidas visa criar


condições indispensáveis à harmonia entre pessoas que aplicarão a escuta
ativa e a escrita imediata do projeto, objetivando o bom entendimento no senti-
do de atingir um objetivo comum, estabelecendo e definindo as normas que
dirigem as relações de interlocução entre os conselheiros e aconselhados, in-
tegrando um termo de responsabilidade individual do serviço prestado durante
seus plantões. A ação reguladora que descreve neste regimento estende-se a
todos os voluntários, sem distinção hierárquica, e complementa os princípios
gerais de direitos e deveres contidos na Constituição Federal e na Consolida-
ção da Parceria Voluntária das partes. Esse projeto prioriza a escuta ativa e a
escrita imediata, sendo ferramentas importantes para o desenvolvimento do
diálogo produtivo, capaz de promover o entendimento, melhorar relacionamen-
tos pessoais e profissionais, bem como facilitar o atendimento de necessida-
des, sendo assim atenderemos os munícipes de Jaboticabal, dando – lhes
apoio emocional e psicológicos.

CAPÍTULO I
Do Perfil do Conselheiro

Art. 1º – Ficam sujeitos a este Regulamento Interno todos os colaboradores do


Projeto Construindo Vidas, sejam quais foram às categorias profissionais a que
pertencerem.
§ 1º. - A obrigatoriedade de cumprimento deste Regulamento Interno permane-
ce por todo o tempo de duração do Projeto, sendo que o ingresso de qualquer
colaborador somente é possível mediante a sua aceitação, não sendo possível
alegar o desconhecimento do Regimento.
§ 2º. – O presente Regulamento Interno entra em vigor em 21 de junho de
2021, para aqueles voluntários já pertencentes e, para os demais, a partir da
data da assinatura do Regimento e do Termo de Responsabilidade.
Art. 2º – Para admissão como Conselheiro do Projeto espera-se:
– Ética
– Disponibilidade
- Comprometimento;
– Sigilo
– Idoneidade
– Idade mínima de 25 anos
– Saber Ouvir
– Descrição
– Empatia

CAPÍTULO II
Do Voluntariado

O voluntário do Projeto Construindo Vidas doa seu tempo e sua atenção


para quem deseja conversar com outra pessoa de forma anônima, sigilosa e
sem julgamentos ou críticas. Se você tem mais de 25 anos de idade, no míni-
mo quatro horas disponíveis por semana e vontade de ajudar pessoas, você
pode ser um plantonista do projeto.

Art. 3º – A admissão e a saída dos voluntários são atos privativos da Igreja on-
de foi direcionado para participar, devendo aos responsáveis da Igreja decidir
sobre a admissão ou saída de algum conselheiro.
Art. 4º. - A admissão do voluntário é condicionada à realização de entrevista e
seleção técnica, mediante apresentação dos documentos definidos pelo repre-
sentante da Igreja em questão.
Art. 5º. - A admissão só se efetivará após período experimental, observando-se
a LEI Nº 9.608, DE 18 DE FEVEREIRO DE 1998,
Parágrafo único: O serviço voluntário não gera vínculo empregatício, nem
obrigação de natureza trabalhista previdenciária ou afim.

CAPÍTULO III
Dos Deveres, Obrigações e Responsabilidades do Conselheiro.
Art. 6º – Todo voluntário, além das disposições legais, deve atender com rigor
as seguintes disposições:
a) - cumprir os compromissos expressamente assumidos com a equipe de tra-
balho, com zelo, espírito de colaboração, atenção e competência profissional;
b) – acatar com presteza e consideração às ordens e instruções emanadas de
superiores hierárquicos e chefes imediatos;
c) - sugerir medidas para maior eficiência do serviço, comunicando imediata-
mente qualquer irregularidade que tiver conhecimento;
d) - observar a máxima disciplina no horário de trabalho; zelar pela organiza-
ção, manutenção e asseio da escuta ativa aos aconselhados, bem como zelar
pelo sigilo e comprometimento na escuta.
e) – Ser Imparcial
f) - zelar pela boa conservação do aparelho telefônico.
g) - manter na vida privada e profissional conduta compatível com a dignidade
do cargo ocupado e com a reputação do quadro de pessoal da Equipe;
h) – Zelar e atender por todas as normas de segurança e Neutralidade da Es-
cuta Ativa.
i) – usar o seu tempo dedicado ao trabalho para ter foco no aconselhado, para
que ele se sinta seguro e você consiga compreender o assunto em sua ampli-
tude.
j) - prestar toda colaboração a equipe, cultivando o espírito de comunhão e mú-
tua fidelidade na realização do serviço em prol dos objetivos do Projeto.
k) - informar a Equipe qualquer anormalidade no telefonema.
l) – Casos que você julgar grave, propor a equipe soluções para ajudar essa
pessoa.
m) - respeitar a honra, boa fama e integridade física de todas as pessoas com
quem mantiver contato.
n) – trabalhar com a atenção necessária a fim de evitar danos e prejuízos mo-
rais.
o) – o intuito do serviço prestado, não tem nenhum valor agregado de nenhuma
forma.
p) – frequentar os cursos de aprendizagem, treinamento e aperfeiçoamento em
que a equipe o matricular;
§ 1º. A responsabilidade do voluntário não o exime da responsabilidade civil ou
criminal.

CAPÍTULO IV
Do Horário de Trabalho da Equipe
Art. 7º – O horário de trabalho, estabelecido de acordo com as conveniências
da Equipe.
Art. 8º – A jornada de atendimento será direcionada e decidida entre a chefia
imediata.
Art. 9º – Os voluntários deverão cumprir os horários firmados em equipe.
Art. 10º – O horário do serviço prestado poderá ser prorrogado independente-
mente de qualquer acordo, sempre que houver imperiosa necessidade de ser-
viço ou motivo de força maior, ficando conselheiro comprometido à prestação
de serviços pelo excesso de tempo necessário, obedecida as disposições le-
gais vigentes e o companheirismo da equipe, visando o não rompimento do
atendimento.
Art. 11 – Os horários dos atendimentos devem ser rigorosamente observados.
§ 1º. A dispensa do voluntário de seu horário de trabalho deve ser decido em
equipe e pela chefia imediata.
§ 2º. Não se admitirá quaisquer emendas, rasuras ou alterações neste regi-
mento.
Art. 12 – O atendimento por outro voluntário que não seja o direcionado pela
equipe constitui falta grave e ato de má fé, podendo o infrator e o solicitante,
em caso de reincidência, ser dispensado por justa causa.

CAPÍTULO V
Das Capacitações
Art. 13 – As capacitações serão realizadas inicialmente pela Diretoria do Proje-
to e convidados, explicando as ações a serem seguidas pelo voluntário para
preservação da vida, sendo que cada igreja poderá ficar responsável por um
tema: Motivação, Sigilo, Escuta Ativa, Suicídio, Violência Doméstica dentre ou-
tros.
Art. 14 – O treinamento e capacitação dos voluntários é uma prática que per-
mite o desenvolvimento contínuo dos colaboradores do projeto, impactando
diretamente na qualidade e eficiência dos atendimentos visando a satisfação
do aconselhado.

CAPÌTULO VI
Das Ausências e Atrasos
Art. 15 – O voluntário que se atrasar ao serviço, sair antes do término da jor-
nada ou faltar por qualquer motivo, deverá apresentar justificativa a Equipe
imediata do Projeto.
Art. 16 - O Voluntário que precisar se ausentar por motivo de doença ou trata-
mento dentário deverá conversar com a equipe e decidirem em equipe o que
for melhor para que o atendimento aos Munícipes seja contínuo.
Art. 17 - O voluntário se obriga avisar ou mandar avisar por qualquer meio, de
forma há consignar os dias em que, por doença ou motivo de força maior, não
puder prestar o atendimento, no dia anterior à sua falta, se esta for previsível e,
quando não for, no início do dia em ela se verificar.
Art. 18 – O empregado que precisar acompanhar filho menor ao médico ou
dentista deverá avisar a equipe.

CAPÍTULO VII
Do Sigilo das Informações e Coleta de dados
Art. 19 – Todos os plantões serão registrados, contendo o dia, as horas, relató-
rio e o nome do conselheiro responsável pelo atendimento.
§ 1º Todo atendimento será de responsabilidade do conselheiro plantonista;
§ 2º Em caso de dúvida o conselheiro tem a liberdade de se orientar com seu
chefe imediato.
§ 3º Caso seja necessário tomar alguma decisão que envolva a integridade do
aconselhado , está decisão será tomada pela diretoria. Se esta recomendação
não for seguida e houver algum descumprimento desse regimento, serão apli-
cadas todas as penalidades do artigo 37.
Art. 20 – Todos os dados coletados serão arquivados em um programa de res-
trito acesso aos demais envolvidos do projeto e de terceiros.
Art. 21 – Os dados do atendimento só poderão ser abertos a terceiros por via
judicial, assegurando os direitos e integridade das pessoas aconselhadas.
Art. 22 – Apenas a diretória poderá acessar esses dados para fins de avaliação
do projeto e se necessário encaminhamento para algum setor.

CAPÍTULO VIII
Das Férias
Art. 23 – As férias serão gozadas sempre que for um acordo das partes, orga-
nizando o cronograma para a não suspensão dos atendimentos de escuta ativa
e da escrita imediata.
Art. 24 – O conselheiro afastado por motivo de férias será substituído pelo pe-
ríodo, por outro conselheiro designado pelo responsável imediato da equipe.

CAPÍTULO IX
Das Disposições Exclusivas
Art. 25 - Compete aos Pastores e ou responsáveis pelas Igrejas aqui mencio-
nadas as Chefias imediatas do Projeto e:
I) – Zelar pela harmonia no serviço, bem como pelo espírito de cordialidade e
colaboração com relação a seus subordinados e superiores;
II) – Manter a boa ordem e segurança no serviço de sua responsabilidade;
III) – Delegar e distribuir serviços, obedecendo à capacidade e habilidade de
cada um;
IV) – Não abusar ou se exceder em sua autoridade;
V) – Cumprir fielmente e sob todos os aspectos o presente Regimento.
Art. 26 – Cabe a cada voluntário levar o aparelho telefônico ao próximo aten-
dente.
Art. 27 – Todos os voluntários terão acesso ao aparelho telefônico, com uma
linha disponibilizada apenas para atendimento das pessoas que buscam auxílio
e alguém que as escute.
Parágrafo único: o uso indevido desta linha telefônica, será considerada de má-
fé e o voluntário convidado a se retirar.
CAPÍTULO X
Das parcerias e decisões
Art. 28 – Este projeto visa à parceria de todos que estão dispostos a dar um
tempo do seu tempo para escutar as pessoas que precisam de alguém para
ouvir e de algo para se apoiarem. Os parceiros destes projetos são:
I) Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer
II) Igreja Presbiteriana
III) Igreja Batista Livre
IV) Igreja Assembleia de Deus Ministério Missão
V) Igreja Comunidade Cristã
VI) Centro de Referencia da Assistência Social ( CRAS )
VII) Secretaria Assistência e Desenvolvimento Social
VIII) Policia Militar
IX) Conselheiros Tutelares
X) Grupo Sobreviver
Art. 29 – A despesa com parelho telefônico, chip e linha telefônica ficará a car-
go da Prefeitura do Município de Jaboticabal.

CAPÍTULO XI
Das Proibições
Art. 30 – É expressamente proibido ao voluntário:
a) – falar sobre o atendimento com pessoas que não fazem parte da equipe;
b) – Decidir qualquer movimento de continuidade de atendimento sozinho;
c) – incentivar algazarra, crime ao próximo, depredação do patrimônio;
d) – exercer o comércio de qualquer forma pelo telefone;
e) – se identificar;
f) - utilizar-se da linha e do aparelho para fins pessoais;
g) – divulgar qualquer situação da ligação para outras pessoas;
Art. 31 - É expressamente proibido aos voluntários e será considerado como
ato de violação de segredo profissional e ato de improbidade, tomar anotações
ou cópias de detalhes técnicos e administrativos sobre qualquer assunto que
se relacione com as atividades.

CAPÍTULO XII
Das Relações Humanas
Art. 32 - Todo o voluntário tem o direito de trabalhar e fazer as suas atividades
normais diárias enquanto está no seu plantão de atendimento do Projeto.
Art. 33 – Todas as pessoas da equipe devem colaborar e trabalhar com senti-
do de ajudar de forma mais eficaz à realização dos fins e objetivos da Empre-
sa.
Art. 34 – Harmonia, cordialidade, respeito e espírito de compreensão devem
predominar nos contatos estabelecidos, independentemente de posição hierár-
quica. A equipe não tolerará atitudes de discriminação, seja por raça, sexo, cor,
religião, idade, característica física, origem, orientação sexual, ou qualquer
conduta que seja ilegal ou inapropriada.
Art. 35 – A equipe não tolerará atitudes que evidenciem o assédio moral, defi-
nido como maus-tratos aplicado ao indivíduo, derivado de uma lógica perversa
na relação de poder existente no local de trabalho. O assédio moral está relaci-
onado à presença de ações e condutas por parte do detentor do poder, contra
o bem-estar do trabalhador, manifestado por humilhações, xingamentos e per-
seguições, cuja repetição e permanência acabam por desencadear um proces-
so de diminuição da sua autoestima.
Art. 36 - A diretoria da Equipe, através da Chefia imediata do Projeto, deve
procurar, sempre que solicitada e desde que julgue conveniente, colaborar na
solução de problemas e questões de ordem pessoal, familiar e moral dos em-
pregados, com respeito e absoluto sigilo.

CAPÍTULO XIII
Penalidades
Art. 37 – Aos voluntários transgressores das normas deste Regimento, apli-
cam-se as seguintes penalidades:
a) - advertência verbal;
b) - advertência escrita;
c) – suspensão imediata;
§ 1º. A advertência é o aviso ao infrator, no sentido de lhe dar conhecimento do
ilícito que praticou, informando-lhe das consequências que poderão advir, em
caso de reincidência.
§ 2º. A suspensão normalmente ocorrerá depois da aplicação de uma ou mais
advertências, nada impedindo que possa ser aplicada, de imediato, diante de
uma falta mais grave.
Art. 38 – As penalidades serão aplicadas segundo a gravidade da infração.
Nas esferas:
a) Civil
b) Penal
CAPÍTULO XIV
Das Disposições Gerais
Art. 39 – Ao voluntário é garantido o direito de formular sugestão ou reclama-
ção acerca de qualquer assunto pertinente ao serviço e à atividade do Projeto.
Parágrafo único: as sugestões ou reclamações podem ser encaminhadas aos
Pastores, encarregados e aos próprios administradores, que poderão premiar
os voluntários que tiverem sugestões aprovadas.
Art. 40 – O acobertamento de falta praticada por qualquer voluntário implica
em falta idêntica, com suas consequências decorrentes.
Art. 41 – Todos os atendimentos serão registrados pelo conselheiro plantonista
e todos dados serão mantidos em um programa de restrito acesso, permitido
apenas para a diretoria do projeto para fins de controle de atendimento, respal-
do jurídico e se necessário encaminhamentos.
Art. 42 – Os voluntários devem observar o presente regimento, Circulares, or-
dens de serviço, Avisos, Comunicados e outras instruções expedidas pela
equipe.
Art. 43 – O voluntário receberá um exemplar e deverá ler o presente regimen-
to, mantendo a cópia para consulta periódica, declarando desde a assinatura
do recibo, ter lido e estar de acordo com todos os seus preceitos.
Art. 44 - O presente regimento faz parte integrante do Contrato de Voluntaria-
do, podendo ser substituído por outro, sempre que a equipe julgar conveniente
ou em decorrência de eventuais alterações da legislação do voluntário e da
Escuta ativa.
Art. 45 – Os casos omissos ou não previstos serão resolvidos pelos responsá-
veis do Projeto Construindo Vidas à luz da legislação complementar pertinente.

Jaboticabal, 21 de junho de 2021.


Diretoria do Projeto Construindo Vidas:

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Lúcia Helena Vasques Profº Emerson Rodrigo Camargo
Secretária da Educação Prefeito de Jaboticabal

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