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TTI
I – APOSTILAS DO CURSO
Operações Imobiliárias
Matemática Financeira
Noções de Direito e Legislação
Noções de Economia e de Mercado
Organização e Técnicas Comerciais
Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa
Marketing Imobiliário
Noções de Relações Humanas e ética
Desenho Arquitetônico
OPERAÇÕES
IMOBILIÁRIAS
INTRODUÇÃO
Estamos iniciando os estudos da matéria Operações Imobiliárias. Para tanto, expomos algumas dicas para que você
tenha sucesso nos seus estudos.
Primeiro lembramos que a área de Corretor de Imóveis é muito dinâmica e tem um quadro diversificado de
aprendizagem.
Portanto, recomendamos que discuta com seu tutor e colegas as dúvidas que tiverem em relação aos conceitos
apresentados no material bem como os problemas e vivências do dia-a-dia, objetivando assim o compartilhamento de
experiências.
Tendo em vista, ser o Corretor de imóveis, um mediador da felicidade, o realizador de sonhos, a profissão progresso e
que tantas outras definições podem ter, é preciso que a categoria reflita e se movimente para mudar o curso das águas, sob pena
de ver o naufrágio acontecer.
Vivemos tempos de larga competitividade e de luta pela riqueza (para não dizer sobrevivência), onde o ter se sobrepõe ao
ser, a ponto de haver até mesmo que se questionar as possibilidades de sobrevivência em profissões escassas, contrastando a um
passado rico de opções e possibilidade de conquistas.
A complexidade dos negócios imobiliários e o conhecimento técnico não são mais uma reserva da categoria, vez que a
tecnologia proporciona ampla e rápida obtenção de informações a todas as pessoas, sendo, portanto, fácil de se saber o valor de
mercado dos imóveis e o procedimento das transações.
Ante a realidade do momento e de olhos voltados para o futuro, o que vemos é a indispensável alteração comportamental
do corretor de imóveis, voltado ao coletivo, ainda que em suas ações individuais, conscientes, acima de tudo, da necessidade da
união para o bem comum.
É necessário que cada um sinta-se responsável em derramar uma gota d’água, que irá se somar a tantas outras, fazendo
encher o balde, para poder apagar o fogo da desunião e do insucesso. A ética profissional, a interatividade, a participação, os
debates, as opiniões, as conclusões, as reivindicações, a luta consciente enfim, representarão a gota d’água.
As transformações serão possíveis, se assim almejar a categoria, na consciência de que a força de sua união é imbatível,
mas sem ela somos individualmente frágeis, por mais que pensamos sermos fortes.
Que ...
... a união se concretize,
... a categoria progrida,
... o futuro seja melhor que o presente,
... os negócios se realizem e o corretor esteja presente.
Assim, não descartaremos a célebre frase que sempre nos acompanhou: “Orgulho de ser corretor de imóveis”
Assim, aproveite as oportunidades e boa sorte!
1.1 Conceito
Bom, não há um consenso sobre o termo corretor. Para alguns, ele vem do latim corrector. Para outros, o termo teve sua
origem no provençal (língua que predominou no sul da França entre os séculos XI a XIV) num cruzamento dos vocábulos corratier
com corredor, por alusão à característica da atividade, qual seja, correr para chegar primeiro em determinada diligência com o fim
de aproximar interesses. Na Roma antiga, os corretores eram conhecidos como de grande importância, pelo papel não só de
intermediar os negócios, mas também de serem intérpretes entre os negociantes de diversas regiões e de línguas e dialetos
diferentes. Este termo proxeneta, que os Romanos usavam também para designar a “paga do corretor”, com o tempo se desvirtuou
para um sentido pejorativo atribuído ao medianeiro de mulheres.
A definição atual de corretor é o resultado de diversas etapas vividas ao longo da história. Várias eram as exigências
impostas àqueles que se dedicavam à atividade, conforme bem observa Rubens Requião (1997):
Muitas exigências e normas eram semelhantes em vários países, a começar pela
organização dos corretores segundo determinadas classes de mercadorias com
que operavam; prestação de juramento; incorporação em colégios;
incompatibilidade com o exercício de outras atividades; monopólio da função; a
obrigação de os estrangeiros se servirem de seus trabalhos.
Excluindo outros tipos de profissionais que intermedeiam interesses e considerando somente o corretor de imóveis,
podemos defini-lo como:
O profissional que, havendo satisfeito todas as exigências legais, se encontra
apto a agenciar negócios para terceiros, intervindo na aproximação de partes
interessadas em transações imobiliárias, procurando eliminar os pontos
divergentes e diminuindo as distâncias até a otimização do negócio, que é o seu
fechamento. (RESENDE, 2001)
A Regulamentação e as Leis
A regulamentação da profissão de Corretor de Imóveis data de 27 de agosto de 1962, por ocasião da sanção, pelo então
Presidente do Senado Federal, Senador Auro Soares de Moura Andrade, da Lei nº 4.116. Por este motivo, o Dia Nacional do
Corretor de Imóveis se comemora em 27 de agosto. A modernização dos tempos e das próprias leis, levou o então Ministro do
Trabalho, Arnaldo da Costa Prieto a apresentar ao Congresso Nacional, Projeto que se transformou na Lei nº 6.530/78, sancionada
em 12 de maio de 1978 e regulamentada em 29 de junho do mesmo ano pelo Decreto nº 81.871/78. Esses Diplomas legais
regulamentam até hoje a profissão e criaram o Conselho Federal e os Regionais como órgãos de disciplina e fiscalizaç ão do
exercício da profissão, constituídos em autarquia, dotada de personalidade jurídica de direito público, com autonomia administrativa,
operacional e financeira.
Conforme determina o Artigo 2º da Lei nº 6.530/78 e o Artigo 1º do Decreto nº 81.871/78 "o exercício da Profissão de
Corretor de Imóveis será permitido ao possuidor do título de Técnico em Transações Imobiliárias". O título a que se refere esses
Artigos é o Diploma fornecido pelo Estabelecimento de Ensino ao concluinte do curso de Técnico em Transações Imobiliárias - TTI.
Por se tratar de curso técnico, o interessado deve ter concluído o 2º Grau ou estar cursando, simultaneamente com o TTI, a 3ª série
do 2º Grau. Após a habilitação profissional e de posse do Diploma, o interessado deverá se dirigir ao Conselho Regional de sua
jurisdição, a fim de promover sua inscrição. Portanto, os interessados em exercer a profissão de Corretor de Imóveis que não
atendam esses requisitos e, mesmo assim, insistam em exercê-la, estão infringindo ao Artigo 47 do Decreto-Lei nº 3.688, de 03 de
outubro de 1941 (Lei das Contravenções Penais), passíveis assim, de punição na forma da Lei.
As atribuições do Corretor de Imóveis poderão ser exercidas, também, por Pessoa Jurídica, desde que, se inscreva no
CRECI e tenha como sócio-gerente ou Diretor um Corretor de Imóveis individualmente inscrito e sujeita-se aos mesmos deveres e
tem os mesmos direitos das Pessoas Físicas (Art. 6º da Lei nº 6.530 e Art. 3º do Decreto 81.871).
Atenção!
1.11. Competências
Seguramente você já percebeu que o corretor de imóveis deve apresentar algumas competências para desenvolver o
trabalho com eficiência. Vejamos agora o que compete a você enquanto corretor de imóveis.
Diz o Decreto 81.871 de 29 de junho de 1978:
Art. 2º - Compete ao Corretor de Imóveis exercer a intermediação na compra, venda, permuta e locação de imóveis e
opinar quanto à comercialização imobiliária.
Art.3º - As atribuições constantes do artigo anterior poderão, também, ser exercidas por pessoa jurídica, devidamente
inscrita no Conselho Regional de Corretores de Imóveis da jurisdição. Parágrafo Único - O atendimento ao público interessado na
compra, venda, permuta ou locação de imóvel, cuja transação esteja sendo patrocinada por pessoa jurídica, somente poderá ser
feito por Corretor de Imóveis inscrito no Conselho Regional da jurisdição.
Art.4º - O número da inscrição do Corretor de Imóveis ou da pessoa jurídica constará obrigatoriamente de toda
propaganda, bem como de qualquer impresso relativo à atividade profissional.
Art.5º - Somente poderá anunciar publicamente o Corretor de Imóveis, pessoa física ou jurídica, que tiver contrato escrito
de mediação ou autorização escrita para alienação do imóvel anunciado.
Vamos pensar um pouco:
Quando o Art. 2º estabelece que compete ao corretor de imóveis exercer a intermediação na compra, venda, permuta e
locação de imóveis e opinar quanto à comercialização imobiliária, ele pressupõe uma série de conhecimentos específicos sobre
operações imobiliárias. Vamos listar a seguir alguns desses conhecimentos específicos:
regulamentação dos órgãos de classe;
legislação específica;
avaliação de imóveis e perícia;
análise e elaboração de documentos;
técnicas comerciais: venda, anúncio, propaganda, etc.;
direitos do proprietário;
noções de construção e desenho arquitetônico;
prestação de contas na administração de imóveis;
competência dos órgãos de classe;
sistema financeiro da habitação;
tipos de imóveis
Código de Ética Profissional dos Corretores de imóveis;
Mas para exercer a sua função, o corretor deve firmar um contrato de mediação com o dono do imóvel. Esse documento
deve ser feito em duas vias e assinado por ambos. Nele devem constar ainda o valor e condições de venda, a porcentagem
ajustada e o estabelecimento do prazo assim que o corretor complete a mediação. Os corretores sindicalizados possuem uma série
de benefícios, como por exemplo, um preço especial na colocação de anúncios de publicidade de imóveis, sendo que deve constar
no anúncio o nome por extenso, do corretor e seu endereço, além do número do CRECI.
1.12. Características do Corretor de Imóveis
O corretor de imóveis é o profissional que faz a intermediação entre o vendedor e o comprador, na transação de um
imóvel. A maioria das vendas se concretiza com a partição do corretor.
Resumindo ...
Corretor de Imóveis é o profissional, que estando legalmente habilitado, faz a aproximação das partes
interessadas numa transação imobiliária.
Todos os corretores de Imóveis têm por obrigação estar inscrito e em dia com suas obrigações junto ao CRECI.
A regulamentação da profissão de Corretor de Imóveis data de 27 de agosto de 1962, (Lei 4.116)
As atribuições do Corretor de Imóveis poderão ser exercidas, também, por Pessoa Jurídica, desde que, se inscreva no
CRECI e tenha como sócio-gerente ou Diretor um Corretor de Imóveis individualmente inscrito e sujeita-se aos mesmos deveres e
tem os mesmos direitos das Pessoas Físicas (Art. 6º da Lei nº 6.530 e Art. 3º do Decreto 81.871).
Compete ao Corretor de Imóveis exercer a intermediação na compra, venda, permuta e locação de imóveis e opinar
quanto à comercialização imobiliária. (Decreto 81.871 de 29 de junho de 1978).
O exercício da Profissão de Corretor de Imóveis será permitido ao possuidor do título de Técnico em Transações
Imobiliárias". (Artigo 2º da Lei nº 6.530/78 e o Artigo 1º do Decreto nº 81.871/78).
1) Existem algumas definições sobre corretagem de imóveis. No seu entendimento, qual a melhor delas?
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2) O novo Código Civil Brasileiro traz um capítulo dedicado à corretagem. Pesquise e diga quais os artigos que tratam do assunto.
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3) De acordo com o texto, relacione quais as exigências legais para inscrição nos Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis.
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4) Qual a primeira lei que regulamento a profissão de corretor de imóveis?
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5) Quem exerce a profissão de corretor de imóveis sem estar inscrito no CRECI pratica que tipo de ato ilícito?
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6) Escreva nos parênteses V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) O corretor é o agente comercial que atua especificamente nos processos de compra e venda em nome de quem quer vender.
( ) O corretor atua nos processos de compra e venda, locação e permuta de imóveis, em nome de uma das partes.
7) Complete a lacuna com uma das opções que estão entre parênteses:
Todos os corretores de imóveis têm por obrigação estar em dia com suas obrigações junto ao ......................................... (CREA,
CRM, CRC, CRA, CRECI)
9) Complete a lacuna com uma das opções que estão entre parênteses:
11) Complete a lacuna com uma das opções que estão entre parênteses:
As atribuições do corretor de imóveis poderão, também, ser exercidas por ........................ , devidamente inscrita no Conselho
Regional de Corretores de Imóveis da jurisdição. (Advogado, Administrador de empresa, Contador, Pessoa jurídica).
12) Qual das atividades abaixo não é uma competência do corretor de imóveis?
a) Venda de imóveis
b) Locação de imóveis
c) Opinar quanto à comercialização de imóveis
d) Vender seguros
13) Quando o Art. 2º do Decreto 81.871 de 29 de junho de 1978, estabelece que compete ao corretor de imóveis exercer a
intermediação na compra, venda, permuta e locação de imóveis e opinar quanto à comercialização imobiliária, ele pressupõe uma
série de conhecimentos específicos sobre operações imobiliárias.
Qual dos conhecimentos especificados abaixo não está relacionado com operações imobiliárias?
a) regulamentação dos órgãos de classe;
b) legislação específica;
c) avaliação de imóveis e perícia;
d) Conhecimento de toda a programação da rede Globo de Televisão.
Gabarito
6) F – V 7) CRECI8) F
9) Técnico em transações imobiliária
10) 27 de agosto de 1962 11) Pessoa jurídica
12) d 13) d 14) F
Depois de ter estudado sobre o conceito, o histórico e a regulamentação da profissão “Corretor de Imóveis”, você
está preparado para aprender sobre as Transações Imobiliárias, tema que será abordado a seguir.
2 – TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
As transações imobiliárias acontecem e se sucedem a todo momento, em qualquer lugar do país, seja nas grandes
metrópoles, seja nas pequenas cidades brasileiras, indo desde pequenos lotes urbanos até grandes propriedades rurais, passando
por modestas moradias, mansões, prédios industriais e comerciais e mais uma grande variedade de imóveis. De um lado, estão
aqueles que incorporam, aqueles que constroem, os que fazem o loteamento, os locadores, aqueles que simplesmente deseja
vender o que lhe pertence. De outro lado, estão os que compram para uso, os que compram para investir, os locatários e muitos
outros que esporadicamente vão a um cartório receber a escritura.
O que há de comum em todos eles é que os seus interesses são antagônicos. Quem vende quer o melhor preço nivelado
por cima. Já o que compra, quer este preço nivelado por baixo. Entre um e outro está o corretor, como o elo de ligação, dimin uindo
a distância entre esses níveis.
Um corretor não se improvisa, se constrói. Essa construção é feita em razão da capacidade do profissional em conhecer
bem esses dois lados do cliente, seja na posição de vendedor, seja na de comprador.
O vendedor pode ser um construtor, um incorporador ou um loteador, que, sendo conhecedor das leis das incorporações,
terá muito mais cuidado na elaboração dos documentos próprios de seu negócio. Também o corretor necessita estar no mesmo
nível de conhecimento, sob pena de perder a credibilidade deste tipo de cliente que, sendo um vendedor constante, torna-se mais
exigente pelos serviços que lhe são prestados.
2.1.1. Contactar
Onde está o imóvel e quem é o seu proprietário? Este é um dos pilares básicos da atividade imobiliária. Sempre há alguém
querendo vender algum imóvel.
Numa linha mais conservadora, há aqueles que querem vender. Porém não admitem a intermediação. Têm prevenção
contra corretores de imóveis. Acreditam que procurando diretamente o comprador podem vender mais barato já que não tem de
pagar corretagem e sendo mais barato vendem mais rápido. A sociedade caminha a passos largos rumo à especialização de todas
as suas atividades. Cada um deve fazer o que sabe e acima de tudo fazer bem feito. Ora, quem sabe vender imóvel é corretor de
imóvel e não proprietário de imóvel. Está aí o ponto de partida para o corretor fazer as argumentações ao contactar um imóvel e seu
proprietário. É o momento dele vender a sua imagem e de sua empresa, quando o seu trabalho for pelo sistema de parceria.
O primeiro contato é muito importante para que o corretor ganhe a simpatia do proprietário. Esta primeira abordagem
poderá ser feita por telefone ou pessoalmente. O telefone só deverá ser usado com o fim de criar a condição de uma visita, jamais
para definir todas as condições para se trabalhar o imóvel.
2.1.2. Recepcionar
Uma vez feito o contato inicial, por telefone, deverá o corretor provocar uma visita ao proprietário para pessoalmente
oferecer os seus serviços, formalizar o documento de autorização e conhecer o imóvel. Nem toda visita resultará em uma opção de
venda, porém toda visita tem alguma forma de retorno, dependendo naturalmente da maneira com que o corretor se posta diante do
proprietário. A formalidade no tratamento é imprescindível, ainda que o proprietário seja um conhecido amigo ou cliente de
operações. Ao se falar de negócios não se pode enveredar por assuntos que não trazem contribuição alguma aos objetivos da
visita, excetuando-se, é claro, quando a iniciativa é do proprietário que em alguns casos gosta de uma boa prosa.
Atenção!
Os eventos são acontecimentos capazes de produzir um estímulo, seja de origem interna ou externa, que influencia no
comportamento. Os eventos são identificados pelo organismo através dos órgãos sensoriais, num processo de percepção.
A percepção é fundamental para a compreensão do comportamento, pois ela organiza, interpreta e traduz todas as
informações extraídas dos órgãos sensoriais. Se o evento é percebido como uma oportunidade para satisfazer uma necessidade,
ou um conjunto delas, este se transforma em um estímulo, sendo, portanto, capaz de motivar o indivíduo.
A motivação é o impulso fundamental para gerar um comportamento. Segundo HERSEY&BLANCHARD [1986, p.18], "a
motivação das pessoas depende da intensidade dos seus motivos, que podem ser definidos como necessidades, desejos ou
impulsos oriundos do indivíduo e dirigidos para objetivos, que podem ser conscientes ou subconscientes". No processo
comportamental, a motivação será responsável pela energia que o indivíduo alocará para executar a ação. É uma relação entre o
grau que se encontra a necessidade e a oportunidade de satisfazê-la.
A geração de alternativas é o processo de busca de possíveis ações que permitem utilizar o evento para satisfazer um
determinado conjunto de necessidades. Quanto mais elevado for o nível de necessidades, maior será o número de alternativas
geradas. Neste caso, o indivíduo interpretará o evento, em seguida elaborará um plano de ação através da organização de uma
série de alternativas de respostas e por último escolherá entre as várias opções a que melhor satisfaça as suas necessidades.
É importante ressaltar que para gerar essas alternativas, o indivíduo utilizará o conhecimento e as habilidades. O esforço
despendido para executar a ação escolhida, estará diretamente relacionado com o seu grau de motivação.
Geradas as alternativas de respostas, o indivíduo passará para o processo de decisão de escolha das alternativas mediante
um sistema de valoração. O critério usado neste processo está relacionado aos valores do indivíduo, em que a alternativa escolhida
proporcionará maior satisfação do conjunto de necessidades, obedecendo os valores internos de cada indivíduo.
Após a decisão de escolha, o indivíduo passará para o processo de execução da alternativa denominado de resposta, que é
a manifestação do comportamento propriamente dito.
Entretanto, existe um outro tipo de tomada de decisão que não segue o processo comportamental descrito: a decisão
reflexa. Ocorre quando o indivíduo percebe o evento, associando-o a conceitos aprendidos através de experiências passadas ou
quando o evento lhe induz a responder de forma instintiva.
Através do processo comportamental proposto neste modelo, constata-se que as características fundamentais do
comportamento humano são: necessidades, conhecimentos, habilidades e valores.
O modelo comportamental proposto neste estudo é utilizado para determinar as características da personalidade dos
corretores de imóveis, acreditando-se que a corretagem é o instrumento utilizado pelo profissional imobiliário para satisfazer suas
necessidades, em consonância com seus valores, conhecimentos e habilidades.
Com isto, apresenta-se um conjunto de atributos baseado nas características determinantes do comportamento, inspirado
na revisão da literatura especializada descrita neste capítulo no item anterior, técnicas de vendas e técnicas de transações
imobiliárias. De acordo com o conjunto de atributos, têm-se:
Conhecimentos
A corretagem é uma atividade profissional que requer um certo conhecimento generalizado de variadas áreas técnicas e
humanas. Desta maneira, o conhecimento relacionado ao corretor de imóveis é apresentado da seguinte forma:
Conhecimento do ramo imobiliário: Refere-se ao conhecimento que o corretor de imóveis possui do mercado imobiliário.
É preciso que o corretor de imóveis domine conhecimentos de outras áreas como a engenharia civil e arquitetura, para que seja
capaz de interpretar e ler tecnicamente todos os elementos básicos que concretizam o projeto arquitetônico (planta baixa, cortes e
fachadas); direito comercial, para ter um bom entendimento da área jurídico-fiscal e a legislação que rege a profissão como,
direitos, deveres, obrigações e limitações; economia, com noções básicas sobre o sistema financeiro de habitação; finanças,
Avaliação de Imóveis
Uma das principais atribuições do Corretor de Imóveis é a avaliação do imóvel. Esse tipo de atividade é normatizado pela
NBR 5.676/80 e 8.799/85.
Avaliação de imóveis, segundo o dicionário pode ser conceituada como:
Determinação técnica do valor de um imóvel ou de um direito sobre o imóvel.
Ato ou efeito de avaliar, de apreciar, de analisar um imóvel;
Valor determinado pelos avaliadores;
Arte de estimar valores de propriedades específicas, onde o conhecimento profissional de engenharia, de
corretagem imobiliária e do mercado imobiliário propriamente dito, e o bom julgamento são condições essenciais.
A avaliação de um imóvel, geralmente apresenta um caráter técnico. Mas, em situação específica pode possuir um
caráter jurídico, recebendo, então o nome de avaliação judicial.
A avaliação judicial é o ato pelo qual o avaliador oficial ou, o perito designado pelo juiz da execução, consigna em laudo a
descrição e o valor dos bens penhorados.
A avaliação de um imóvel, para determinação do valor de mercado, pressupõe a análise geral de todas as suas
características, incluindo-se aspectos, tais como:
Região onde se encontra; relevo;
Destinação (residencial, comercial, industrial, fins sociais, agricultura etc);
Extensão da área;
Tipos e formas de acessos;
Vizinhança;
Característica da construção se houver ou se é o objeto da avaliação;
Benfeitorias;
Quando se tratar de apartamento, deve-se verificar, também:
Se o mesmo é ou não vazado;
Sua localização em relação à nascente e ao pôr do sol;
Existência e tipos de ruídos externos.
Em uma avaliação deve prevalecer o bom sendo do avaliador.
Realizada a análise do imóvel, deve-se anida considerar o valor de mercado – o preço determinado bom, normalmente,
praticado no mercado imobiliário.
2.2.1. Contactar
A busca do cliente comprador representa um grande percentual do tempo de trabalho do corretor. Formar uma carteira de
clientes interessados na aquisição de um imóvel não é tarefa fácil. Por isso, o profissional deve usar toda sua capacidade de
trabalho para criar uma empatia entre si e o cliente, objetivando encontrar imóvel que lhe sirva e nas condições que lhe sejam
convenientes. Muitas são as formas de buscar esse cliente, sendo as mais usadas as seguintes:
a) anúncios com telefone para contato;
b) plantão no escritório;
c) plantão em stand de vendas, quando se trata de lançamento;
Atenção!
É no roteiro das visitas aos imóveis que o corretor vai ganhando a simpatia e a confiança do
cliente ou no sentido inverso, vai perdendo-o à medida que vai mostrando e querendo arrancar uma
proposta logo de início.
O comprador quer pensar, analisar e só depois manifestar seu interesse. O mais prudente é que o corretor, após mostrar os
imóveis, faça a clássica pergunta: Dos imóveis visitados, qual o que realmente atende à sua expectativa? se a resposta for
indicativa de determinado imóvel, aí sim, a segunda pergunta deverá ser feita já em tom afirmativo: vamos então formalizar uma
proposta para início de negociações? Entretanto, se feita a primeira pergunta e a resposta for vaga ou cheia de evasivas, o mais
conveniente é partir para a pergunta alternativa: O (a) senhor (a) gostaria de conhecer outros imóveis? Neste caso o corretor deverá
correr atrás de novas mercadorias, ou seja, deverá estar sempre pronto a se adaptar às situações advindas do comportamento do
comprador em face das visitas aos imóveis.
2.2.4. A Proposta
Uma vez definido o imóvel que interessa ao cliente, o passo seguinte é formalizar uma proposta, que deverá sempre ser por
escrito. As consultas verbais deverão ser abolidas definitivamente do vocabulário do corretor. Além de não darem garantia alguma
do real interesse do comprador, podem ainda vir a prejudicar o profissional, quando do recebimento de sua comissão. Casos há em
que o possível comprador faz a proposta verbal, o vendedor aceita, e na hora da finalização surgem dúvidas de ambas as partes,
cada um procurando defender seu interesse e conveniência.
Se o cliente tem interesse por determinado imóvel, isto deverá ser manifestado de forma escrita em proposta clara quanto
ao preço e a forma de pagamento. Muitos corretores já passaram pela experiência de atender a uma pessoa que diz estar
procurando um imóvel para pagamento à vista, mas na hora da proposta, este seu “a vista” é com carta de crédito, com o FGTS, ou
ainda com algum bem como parte de pagamento. Detalhar a forma de pagamento e demais condições propostas ao proprietário,
além de dar maior credibilidade ao negócio, demonstra o grau de profissionalismo do corretor e evidencia o trabalho por ele
2.2.5. Contraproposta
A contraproposta é uma rotina no mercado imobiliário. Dificilmente o comprador paga o preço inicialmente pedido, e
igualmente difícil é que o proprietário aceite o preço proposto. É neste vai-e-vem de proposta e contraproposta que o corretor
exerce o seu duplo papel de procurador. Quando ele leva uma proposta ao dono do imóvel, está representando o comprador . Não
tendo sido ela aceita, mas havendo a contra-oferta, o seu papel deixa de ser o de representar o comprador, transmutando-se em
representante do vendedor. Esta mobilidade exige do corretor uma dose de equilíbrio e sensatez, a fim de eliminar os pontos
divergentes e aproximar as partes, até que entre elas não mais existam pontos de atrito e o negócio possa ser finalmente fech ado.
Tanto a proposta como também a contraproposta deverá ser por escrito, e esta deverá igualmente trazer todas as informações
sobre em que condições o proprietário se dispõe a modificar o preço inicialmente pedido.
Agora, você já sabe os tramites de uma transação imobiliária. Vamos analisar a parte jurídica deste processo.
Resumindo ...
O corretor antes de chegar às negociações finais deverá passar pelas seguintes fases: abordagem,
entrevista, apresentação e ao esclarecimento de dúvidas.
A abordagem é a primeira etapa para a interação da venda. A entrevista identifica as necessidades e expectativas do
cliente. A apresentação são comentários relacionados ao imóvel, a visita, bem como deverá destacar os benefícios, por último
deverá esclarecer eventuais dúvidas ainda existentes.
Superada estas fases chega o momento de fechar o negócio. Detalhe importante: na fase da entrevista o corretor deverá
ir até a casa do cliente, mas no fechamento do negócio, o cliente é que vai até o local do trabalho do corretor. Caso não seja
possível, o corretor negociar no seu ambiente de trabalho, deverá escolher um local neutro.
Segue algumas dicas de como proceder na negociação final.
O corretor deverá escolher o dia e a hora mais favorável para fechar o negócio. Geralmente as pessoas se mostram mais
ativas e receptivas no meio da manhã, de terça a quinta-feira.
Ao organizar a sala da reunião, procure arrumar o ambiente para que pareça informal, confortável e descontraído, a fim
de que o cliente e as pessoas que o acompanha (parentes, amigos, que irão participar da negociação) se sintam à vontade e
tenham reduzido a tensão.
Esculturas, pinturas abstratas e vasos de flores podem ser colocados no ambiente para incentivar a informalidade.
Certifique-se que eventuais aparelhos eletrônicos se forem utilizados na reunião, estão funcionando. Deixe sobre a mesa
de reunião, papéis, canetas e lápis. Numa mesa ao lado, deixe água e copos. Procure regular a temperatura do ar condicionado,
para que fique numa temperatura amena.
Evite interromper a reunião, garanta a privacidade. A sala de reunião deverá ser silenciosa, pois o ruído pode prejudicar a
concentração, além de tornar difícil a audição.
Se possível, deixar a disposição uma sala auxiliar, para que o cliente e as pessoas que o acompanham possam se reunir
em particular.
Atente-se para a limpeza das salas e do banheiro.
É importante a participação na reunião do corretor que atendeu o cliente.
3 - BENS IMÓVEIS
Numa visão jurídica, todas as coisas que existem na natureza, sejam corpóreas ou incorpóreas, desde que pertençam a
alguém ou tenha algum valor econômico, são consideradas bens. Assim só é possível existir o bem se houver a coisa, o dono é um
significado econômico.
Entre os diversos bens juridicamente considerados, encontram-se os bens imóveis, definidos: como aqueles que, por
natureza ou por destino, não podem ser removidos de um lugar para outro, sem perda de sua forma ou substância. (RESENDE,
2001)
Aos bens sobre os quais se exerce o direito de usar, gozar, dispor e reaver de quem injustamente os possua dá-se o nome
de propriedade; e quando se trata de imóvel, tem-se a propriedade imóvel.
3.1. Propriedade
O conceito de propriedade variou com o tempo; entretanto, o significado tem-se mantido fiel às suas origens. Está sempre
ligado ao que é particular, próprio, peculiar de uma coisa que é inseparável de outra ou que a ela pertence. É, pois a condiç ão em
que se encontra a coisa, em caráter próprio e exclusivo a determinada pessoa. (RESENDE, 2001).
Discorrendo sobre a importância e amplitude da propriedade como a personalização do direito de um titular, Caio Mário da
Silva Pereira (1984) afirma questão
a propriedade é o direito subjetivo padrão, dado que confere ao sujeito toda
uma gama de poderes, e encontra na ordem jurídica toda sorte de proteções: A
Constituição o assegura, o Direito Civil o desenvolve, o Direito Processual
oferece as ações defensivas, o Direito Penal pune os atentados contra a
propriedade e o Direito Administrativo, vários de seus aspectos.
Com efeito, toda e qualquer pessoa pode adquirir uma propriedade, conforme lhe é assegurado pela Constituição, que em
seu artigo 5º, inciso XXII, diz: “é assegurado o direito de propriedade”. Importante observar que, ao mesmo tempo que assegur a ao
cidadão o direito de adquirir uma propriedade, faz uma ressalva logo em seguida, quando, nos incisos XXIII e XXIV, preceitua que
“a propriedade atenderá a sua função social” e que “a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou
utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta
Constituição”.
O Código Civil, por sua vez, no artigo 1228, assegura ao proprietário o “direito de usar, gozar e dispor de seus bens, e de
reavê-los do poder de quem quer que injustamente os possua”. Todavia, esse direito de dispor está condicionado a certos requisitos
regulados por lei, para assegurar direitos de terceiros.
Atenção! Na análise do artigo, devemos observar o que vem a ser usar, gozar, dispor e reaver um bem.
a) DIREITO DE USAR: é o fato de a coisa estar a serviço de seu titular, sem que haja modificações em sua
substância. É o direito de ser usada a coisa conforme os desejos da pessoa a quem pertence.
b) DIREITO DE GOZAR: é a prerrogativa do poder de exploração da coisa economicamente, tirando dela todas as suas
utilidades, seus frutos e produtos.
c) DIRETO DE DISPOR: tem a amplitude de dar ao proprietário o poder de destinar a coisa como lhe convier, podendo
alienar, gravar com ônus, transformá-la, doá-la, destruí-la etc., respeitando, todavia, o direito de outrem, que não poderá ser
prejudicado em razão do mau uso da coisa por quem legitimamente é o seu proprietário. Para se dispor dela, é necessário prova r
que além da legitimidade da propriedade, há também a liberdade para transferi-la a outrem, o que se efetiva com as certidões para
fins imobiliários.
d) DIREITO DE REAVER A COISA: se para usar, gozar e dispor o proprietário precisa, antes de tudo, ter a posse da coisa,
a lei lhe dá o direito de reavê-la daquele que, injustamente, a detém. Se o dono foi privado de seu bem, tem ele o direito de
recuperar o seu domínio. Diversas são as ações que o proprietário pode intentar para reaver a coisa, sendo a principal delas a
reivindicatória.
É importante considerarmos, contudo, que estes direitos não ilimitados, pois sujeitam-se a restrições como:
o Estado se reserva o direito de desapropriar um imóvel em função de uma função de uma necessidade social,
uma utilidade pública ou, ainda de confiscar propriedades nos casos previstos em lei;
os municípios estabelecem normas sobre zoneamento, utilização do solo, loteamentos, gabaritos para
construção, restrição de utilização conforme a natureza ou localização do imóvel;
normas federais sobre os terrenos de marinha, faixas de fronteira, desvinculação do subsolo;
normas sociais de coexistência pacífica.
Resumindo ...
Bens imóveis são aqueles que por natureza ou por destino não podem ser removidos de um lugar
para outro, sem perda de sua forma ou substância.
Propriedade é a condição em que se encontra a coisa, em caráter próprio e exclusivo a
determinada pessoa.
O Código Civil no artigo 1228, assegura ao proprietário o direito de Usar, Gozar e Dispor de seus bens, de Reavê-los do
poder de quem quer que injustamente os possua.
De acordo com o Código Civil (Artigo 43), os bens imóveis podem ser classificados em: Imóveis por sua natureza, Imóveis
por acessão física artificial, Imóveis por acessão intelectual e Imóvel por disposição da lei. Por desdobramento o imóvel pode ser:
Público ou privado, Individual ou coletivo, Urbano ou rural e Natural ou por acessão.
Gabarito
1) A, C, B, D
2) F, F, V, F, V
3) a) penhor b) usufruto c) hipoteca
5) E, C, E, C, C, E
3.3. Benfeitorias
Benfeitorias são obras executadas no imóvel com a intenção de conservá-lo, melhorá-lo ou embelezá-lo. Existem várias
espécies de benfeitorias e cada uma produz um efeito jurídico diverso. As benfeitorias podem ser Necessárias, Úteis ou
Voluptuárias.
Necessárias são aquelas que se destinam à conservação do imóvel ou que evitem que ele se deteriore. Os reparos de um
telhado, infiltração ou a substituição dos sistemas elétrico e hidráulico danificados serão benfeitorias necessárias, vez que
conservam o imóvel e evitam sua deterioração.
As benfeitorias úteis são obras que aumentam ou facilitam o uso do imóvel. A construção de uma garagem, a instalação de
grades protetoras nas janelas, ou o fechamento de uma varanda são benfeitorias úteis, porque torna o imóvel mais confortável,
seguro ou ampliam sua utilidade.
Já as benfeitorias voluptuárias não aumentam ou facilitam o uso do imóvel, mas podem torná-lo mais bonito ou mais
agradável. São as obras de jardinagem, de decoração ou alterações meramente estéticas.
A Lei trata essas benfeitorias de maneiras diferentes. As benfeitorias necessárias introduzidas pelo Locatário, ainda que não
autorizadas pelo Locador, são indenizáveis e dão direito ao Locatário de reter o imóvel até o recebimento dos gastos comprovados,
mesmo quando houver pedido de retomada pelo Locador, salvo se do contrato constar renúncia do Locatário quanto às mesmas.
1) Quais são os tipos de benfeitorias que podem ser feitas pelo locatário?
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2) Qual o conceito que você daria para propriedade?
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3) Os imóveis podem ser classificados em categorias, quais são elas?
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Em economia, a Lei da Oferta e Procura é a lei que estabelece a relação entre a demanda de um produto - isto é, a procura
- e a quantidade que é oferecida, a oferta. A partir dela, é possível descrever o comportamento preponderante dos consumidores na
aquisição de bens e serviços em determinados períodos, em função de quantidades e preços. Nos períodos em que a oferta de um
determinado produto excede muito a procura, seu preço tende a cair. Já em períodos nos quais a demanda passa a superar a
oferta, a tendência é o aumento do preço.
A estabilização da relação entre a oferta e a procura leva, em primeira análise, a uma estabilização do preço. Uma possível
concorrência, por exemplo, pode desequilibrar essas relações, provocando alterações de preço.
Ao contrário do que pode parecer a princípio, o comportamento da sociedade não é influenciado apenas pelos preços. O
valor de um produto pode ser um estímulo positivo ou negativo para que os consumidores adquiram os serviços que necessitam,
mas não é o único.
Existem outros elementos a serem considerados nesta equação, entre eles:
Os desejos e necessidades das pessoas;
O poder de compra;
A disponibilidade dos serviços;
Da mesma forma que a oferta exerce uma influência sobre a procura dos consumidores, a freqüência com que as pessoas
buscam determinados produtos também pode aumentar e diminuir os preços dos bens e serviços.
4.1. A oferta
A oferta pode ser entendida como:
4.2. Demanda
A demanda é a quantidade de um bem ou serviço que pode ser adquirido por um preço definido em um dado mercado,
durante uma unidade de tempo. A demanda sempre influencia a oferta, ou seja, é a demanda que determina o movimento da oferta.
A demanda é o desejo ou necessidade apoiadas pela capacidade e intenção de compra.
Assim, a demanda só vai acontecer se um consumidor tiver um desejo ou necessidade, se ele tiver condições financeiras
para suprir sua necessidade ou desejo, e se ele tiver intenção de satisfazê-los.
Sempre que damos prioridade para o consumo de alguma coisa, em detrimento de outra, estamos demonstrando nossa
intenção de consumir “aquela alguma coisa”, e não “outra”.
Para as empresas, além de identificar os desejos e as necessidades de seus consumidores, é muito importante identificar a
demanda para um determinado produto ou serviço, pois é ela que vai dizer o quanto se comprará da oferta da empresa. Isto é,
quem e quantos são os consumidores que irão adquirir o produto ou serviço.
5 – CONCORRÊNCIA
Também chamada livre-concorrência. Situação do regime de iniciativa privada em que as empresas competem entre si.
Nessas condições, os preços de mercado formam-se perfeitamente segundo a correção entre oferta e procura, sem interferência
predominante de compradores ou vendedores isolados. Os capitais podem então, circular livremente entre os vários ramos e
setores, transferindo-se dos menos rentáveis para os mais rentáveis em cada conjuntura econômica.
A livre concorrência entre capitalista constitui a situação ideal para a distribuição mais eficaz dos bens entre as empresas e
os consumidores.
6 – CONTRATOS
Requisitos:
Para os contratos serem válidos deverão preencher alguns requisitos:
As partes contratantes deverão ser capazes, ou seja, deverão ser pessoas maiores de 18 anos, estando em
suas perfeitas condições mentais. Caso o contrato seja celebrado com pessoas menores de 18 anos, pessoas com problemas
mentais, estes deverão ser representados ou assistidos conforme o caso, para que tenha validade o contrato.
O objeto do contrato deverá ser lícito, possível, determinado, ou seja, poderá contratar tudo, exceto o que a lei
proíbe ou que vá de encontro com a moral e os bons costumes.
O contrato poderá ser escrito, verbal, público ou particular. No entanto, em determinados casos, para dar maior
segurança e seriedade ao negócio, a lei exige a forma escrita, podendo ser pública ou particular. Ex. A outorga de Escritura deverá
ser feita de forma escrita e por instrumento público, ou seja, deverá ser escrito por um Tabelião que tem fé pública, por iss o que é
feito no Cartório de Notas, atualmente denominado Tabelião de Notas.
Consentimento recíproco ou acordo de vontades. Deve ser livre, espontâneo, sob pena de ter a sua validade
afetada.
A manifestação da vontade das partes no contrato poderá ser tácita (silêncio, da sua conduta), expressa (exteriorização
verbal, por escrito, através de gestos).
O contrato deverá conter cláusulas claras a fim de não permitir interpretações duplas, nem gerem dúvidas quanto ao seu
cumprimento e objeto; deverá prever todas as circunstâncias que poderão ocorrer com o negócio.
Atenção!
As partes no momento do recebimento das chaves, seja o locador ou o locatário deverão realizar uma
vistoria no imóvel, descrevendo o estado do imóvel.
7 - LEI DO INQUILINATO
Para aqueles que não sabem, a lei que trata das relações entre inquilino (aquele que mora em casa alugada) e senhorio
(aquele que aluga sua casa) está sintetizada na “A Lei do Inquilinato”.
Lá encontraremos os deveres e os direitos tanto do proprietário do imóvel quanto da pessoa que alugou um imóvel para
morar – ou fazer negócio.
Alugar Imóveis
A partir de 25/01/2010 passou a vigorar a Nova Lei do Inquilinato, ou Lei 8.245/91 que traz consigo algumas novidades;
entre elas está o novo limite de 45 dias para que o inquilino deixe a residência caso seja despejado. Na antiga lei, ele poderia levar
até 3 anos para devolver o imóvel.
De acordo com a nova lei, a ação de despejo deverá ser solucionada já em primeira instância no tribunal de justiça,
devendo ser dada a ordem de despejo em até 15 dias. Isto dá ao inquilino 30 dias para desocupar o imóvel, quando antes o praz o
era de 180 dias. E esta lei aplica-se tanto a imóveis comerciais quanto residenciais.
Com relação à solicitação do proprietário para a desocupação do imóvel, esta não pode ocorrer à revelia, sem que haja
uma situação específica, tais como atrasos do pagamento ou se o inquilino descumprir uma das obrigações previstas em contrato.
Caso o proprietário receba uma oferta maior e entre com ação de despejo contra o inquilino, deverá indenizá-lo se isto
ocorrer enquanto o contrato esteja vigorando. O valor da multa a ser paga para o inquilino, será definida pela Justiça, e os
responsáveis em pagá-la serão os responsáveis pela “quebra de contrato” – no caso o proprietário e o novo locador.
Claro que se o contrato tiver expirado, não há nada que obrigue o locatário (dono do imóvel) a renová-lo.
Já com relação ao IPTU, que na antiga lei era definitivamente de responsabilidade do proprietário do imóvel, já a nova lei
permite que seja feita uma negociação entre as partes sobre quem será o responsável pelo pagamento do imposto.
Fiador
A nova lei determina que o fiador, caso queira, poderá desistir de ser o fiador do contrato em questão, comunicando o
proprietário e ficar desobrigado do cargo em 4 meses. Feito isso o inquilino tem até 1 mês para buscar um novo fiador. Caso este
não consiga, o contrato é transformado num contrato de locação sem presença de fiador. Essa nova locação sem fiador permite
que desocupem o imóvel em 15 dias após ser notificado judicialmente. Com o término do contrato, o fiador não é obrigado a
permanecer em caso de renovação do mesmo. Havendo divorcio ou morte do locatário, a nova lei prevê a manutenção ou
substituição do fiador, o quem com a atual lei é impossível. Em caso de divórcio ou morte do locatário, a nova Lei do Inquilinato cria
regras para a manutenção ou substituição do fiador. Atualmente, a legislação não prevê essa possibilidade.
Inquilino
Não alterou-se a regra de que o dono do imóvel não pode pedir o imóvel antes de acabar o contrato. O locador pode
devolver o imóvel desde que pague uma multa por rescisão de contrato, de acordo com o tempo restante do contrato, ou seja, se o
inquilino ficar ¾ do tempo de contrato, este deve pagar ¼ do valor da multa rescisória estipulada previamente.
Despejo
A nova lei determina um despejo muito mais rápido, reduzindo de 14 meses para 4 meses. Quando intimado, o locatário
tem no máximo 15 dias para saldar a dívida. Atualmente, o processo normal se estende por 14 meses, pois é necessário que o
inquilino receba dois mandados em duas diligências. A retirada voluntária agora é de ate 30 dias do processo de despejo, o qu e é
atualmente 6 meses. Assim, o locador que já tinha um “poder” grande sobre os contratos, agora terá um poder ainda maior.
Especialistas dizem que com a aplicação da nova lei, o aluguel tende a abaixar, pois as ações de despejos serão mais rápidas,
assim os donos de imóveis podem recalcular as inadimplências facilitando a locação.
O contrato de locação é um dos mais importantes e também um dos mais utilizados na órbita contratual. Talvez por isso
desperte tanta controvérsia e mereça a atenção de tantos estudiosos do Direito, e até mesmo atenção especial do legislador, que
designou uma lei especial para esse tipo de contrato.
“Locar” algo, segundo Soares Amora, significa alugar, arrendar um determinado objeto. O termo arrendamento, bastante
utilizado no universo contratual, condiz ao contrato de locação, que, por sua vez, é aquele em que uma parte, geralmente o
proprietário do objeto, cede à outra parte este em troca de uma determinada prestação.
È importante salientar que a coisa não pode exaurir-se com o uso e gozo proporcionado à parte usufruinte; portanto bens
como gás, energia elétrica ou mesmo água não podem ser objeto de locação.
No que tange à sua classificação, o contrato de locação é oneroso, na maior parte das vezes consensual, comutativo, de
execução continuada (há continuidade de prestação até que se cesse o contrato – o aluguel); resulta-se a partir dessa
caracterização um dos seus três principais pressupostos: a contratualidade, seguida da chamada “cessão temporária de uso e
gozo” (onde há transferência de propriedade) e remuneração. Este último se materializa perante o aluguel, o salário e a soldada,
conforme o contrato se tratar de locação de coisa, prestação de serviço ou empreitada, respectivamente.
O contrato de locação possui três espécies: locação de serviços, de obra e de coisas.
Locação de serviços (locatio conductio operarum): De acordo com a explicação de Maria Helena Diniz, “Se relativa a uma
prestação de serviço economicamente apreciável, considerada em si mesma, independente do resultado”. Em outras palavras,
nessa espécie de locação uma parte presta serviços à outra mediante um pagamento.
Locação de obra ou empreitada (locatio conductio operis): No entender de Sílvio Rodrigues, é aquela em que há um obra
“... para a qual o locador promete fornecer seu trabalho e/ou material em troca de uma remuneração”.
Locação de coisa (locatio conductio rerum): É aquela que, como cita Venosa, “O locador cedia ao locatário o uso e gozo
de um bem mediante dinheiro”, fazendo referência ao Direito Romano. Essa espécie de locação cuida exclusivamente do uso e
gozo de bem infungível, uma vez que ao tratar de um bem fungível, ter-se-ia o negócio de mútuo e não de locação.
A lei do inquilinato, toca a espécie locação de coisas.
A lei do inquilinato, de nº 8245, publicada em outubro de 1991, dispões sobre as locações de imóveis urbanos, bem como
os procedimentos concernentes a ela, excluindo-se, pelo menos num primeiro instante – como cita Venosa, os bens móveis e os
imóveis rurais.
Isso porque, a partir da reflexão do mesmo autor, “Considera-se imóvel urbano conforme sua destinação e não de acordo
com sua localização”. O que Venosa defende é a idéia de que mesmo situado numa área rural, o imóvel pode ser considerado
urbano para fins de locação desde que seja destinado à moradia ou ao comércio.
A lei também denominada norma inquilinária por parte da doutrina exclui do seu âmbito de atuação alguns dos tipos de
imóveis urbanos. Logo em seu primeiro artigo, diz expressamente que não cuida de apart-hotéis, arrendamentos mercantis
7.1.4 Sublocação
Segundo Maria Helena Diniz, “A sublocação vem a ser um contrato de locação que se efetiva entre o locatário de um bem
e terceiro – o sublocatário, com a prévia permissão do locador, que, participando de uma primeira relação jurídica ex locatio
(contrato de locação), se vincula a uma segunda (contrato de sublocação), tendo-se em conta, nas duas, o mesmo objeto locado”
A lei do inquilinato trata especialmente da sublocação nos arts 14, 15 e 16, onde diz que essa relação jurídica ramificada
de uma outra da mesma espécie segue as mesmas normas e procedimentos da locação, sujeitando-se primordialmente à
permissão do locador original. Segue o mesmo raciocínio da sublocação a cessão e o empréstimo do imóvel já em locação.
Como todo contrato, é preciso estar atento às formalidades da lei quando esta assim determinar – quando se tratar de
contratos solenes; além de, obviamente, conter os elementos essenciais de qualquer contrato como o consentimento válido dos
contratantes e a capacidade dos sujeitos envolvidos no acordado.
Há ainda observações concernentes à locação em especial como a cessão de posse do bem locado, forma livre na maior
parte das vezes e lapso de tempo, sendo este último determinado ou não.
A extinção do contrato se dará mediante resilição bilateral, direito de retomada, cláusula resolutiva, perda da coisa (seja
de forma total ou parcial), vencimento do prazo, desapropriação, nulidade (absoluta ou relativa), inexecução contratual ou infração à
lei, falência ou concordata de um dos contratantes e ainda por extinção de usufruto ou fideicomisso, no caso do art 7º da lei.
As Nulidades da Lei
A lei do inquilinato visa proteger a ordem pública, no que tange os atos que possam atingir seus objetivos basilares. É
importante salientar que o texto legal não trata de nulidades relativas, embora estas obviamente possam ocorrer, mediante
interpretação doutrinária ou jurisprudencial. Wilson de Andrade Brandão cita, em obra especializada: “Para o art 45 da lei do
inquilinato, só existem nulidades, porque a ineficácia das cláusulas advém de sua ofensa à ordem pública em que se situam os
ditames”.
Divórcio do locatário: Ocorrendo separação ou divórcio a locação se estenderá ao cônjuge que permanecer no imóvel
locado, lembrando sempre que se deve comunicar o locador por escrito. Este, por sua vez, poderá exigir a substituição do fiad or ou
uma das garantias legais no prazo de trinta dias.
Morte: A morte de uma das partes da relação ex locatio, seja do locador ou do locatário, não finda os efeitos do contrato.
Em casos assim, ocorre a transmissão aos herdeiros ou segue-se as ordens de sub-rogação elencadas no art 11 da lei.
Alienação do imóvel: A alienação, quando ocorre durante a vigência do contrato, requer a denúncia do mesmo, que
deve ser exercida por sua vez no prazo de noventa dias, contados do registro da venda ou do compromisso, sob pena de se
presumir a concordância tácita de continuação da locação. Esta regra se aplica a todas as modalidades de locação, com exceção
apenas daquelas contratadas com prazo determinado, com cláusula de vigência e devidamente registradas no registro imobiliário
competente.
8.1.2 - SIMBOLOGIA
A simbologia adotada é aquela da ABNT, complementada com as convenções literais que seguem.
Medidas
Att - área total do terreno Vti - valor total do imóvel
Atu - área do terreno da União Vip - valor proporcional do imóvel para fins de laudêmio
T - frente ou testada real Vir - valor de referência do imóvel para cálculo do laudêmio
Tef - frente ou testada efetiva (projeção da frente sobre a Vr - valor residual
normal a um dos lados) Vl - valor locativo
Tr - frente ou testada de referência Vui - valor unitário inicial (por m² ou por ha)
Tmín - frente ou testada mínima recomendada para a zona, Vuh - valor unitário homogeneizado
segundo sua categoria Vd - valor declarado
Peq - profundidade equivalente Vad - valor adotado
Pmáx - profundidade máxima recomendada para a zona, Pa - percentagem de aproveitamento para lotear glebas
segundo sua categoria urbanizáveis
Pmín - profundidade mínima recomendada para a zona, Pgv - produto geral de vendas
segundo sua categoria Mgd - montante global das despesas
N - profundidade-padrão (ou do lote-padrão) Dp - despesas em percentagem do Pgv
Ab - área de construção das benfeitorias Li - lucro do incorporador
Abp - área de construção privativa da unidade imobiliária Lp - lucro percentual em relação ao Pgv
Idade Rlo - receita líquida operacional
Iap - idade aparente (ou estimada) do imóvel Rlef - receita líquida efetiva
Ir - idade remanescente Rlt - receita líquida total
Ip - vida útil provável (Iap + Ir) Cr - custo de reprodução
Valores e custos Cub - Custo Unitário Básico de construção por m²
Vtt - valor do terreno total 8.1.3 - Coeficientes e taxas
Vtu - valor do domínio pleno do terreno da União r - coeficiente de proporcionalidade (Atu / Att)
Vdu - valor do domínio útil do terreno da União i - taxa de juros (por período ou mensal)
Vg - valor genérico unitário (por m²) do terreno para o trecho de f - taxa de inflação (por período ou mensal)
logradouro ou de Kp - coeficiente do valor pleno
área rural Kcf - coeficiente de vantagem da coisa feita
Vo - valor genérico da faixa retangular com 1 (um) metro de Kr - coeficiente do valor residual
frente e profundidade padrão no trecho do logradouro Kv - coeficiente de vacância
Vb - valor das benfeitorias fi - fração ideal em condomínios horizontais ou verticais
Vbp - valor da benfeitoria proporcional à relação entre a área do
terreno da União e do terreno total
Na realidade a norma principal a ser estudada é a norma 5676, as demais são complementares, muito embora às vezes
tratando de assuntos diferentes, como é o caso da norma 8977, que trata das avaliações de máquinas, equipamentos, instalações e
complementos industriais, da qual não iremos abordar por ser assunto fora da atuação do corretor de imóveis
A Ética encara a virtude como prática do bem, e logo, como promotora da felicidade dos seres, individualmente ou
coletivamente, onde são avaliados os desempenhos humanos em relação às normas comportamentais pertinentes.
Nem sempre é fácil atingir-se o conceito de bem, principalmente vivenciá-lo de maneira coerente. Não se pode exigir
tanto da ética, esperar prova absoluta dos princípios gerais, ou certeza objetiva de julgamentos morais específicos. O importante é
a busca de boas razões para a opção moral correta.
Enquanto o homem existir, tem a possibilidade de modificar sua conduta e proporcionar direção diferente às suas
ações. O caminho da virtude é sempre possível. E todos os homens orientam-se na vida por um critério valorativo, conferindo
assim, um sentido pessoal em suas vidas.
Método involutivo
Identifica o valor de mercado do bem, alicerçado no seu aproveitamento eficiente, baseado em modelo de estudo de
viabilidade técnico-econômica, mediante hipotético empreendimento compatível com as características do bem e com as condições
do mercado no qual está inserido, considerando-se cenários viáveis para execução e comercialização do produto. Utilizado no caso
de inexistência de dados amostrais semelhantes ao avaliando.
Método evolutivo
Identifica o valor do bem pelo somatório dos valores de seus componentes. Caso a finalidade seja a identificação do
valor de mercado, deve ser considerado o fator de comercialização. Indicado para obter o valor de mercado no caso de inexistê ncia
de dados amostrais semelhantes ao avaliando. É o caso de residências de alto padrão, galpões, entre outros.
Método da capitalização da renda
Identifica o valor do bem, com base na capitalização presente da sua renda líquida prevista, considerando-se cenários
viáveis. Recomendado para empreendimentos de base imobiliária, tais como shopping centers, hotéis.
8.6.2 - Avaliação pelo Método Comparativo de Dados de Mercado
Preparação da pesquisa
Esta fase está vinculada diretamente ao planejamento da pesquisa. Nela se faz a escolha, definição e delimitação do problema em
análise. Observa-se as teorias e abordagens a serem empregadas e os conceitos e hipóteses que devem ser levados em consideração.
No planejamento da pesquisa imobiliária, o que se pretende é a composição de uma amostragem aleatória de valores de imóveis
com características, tanto quanto possível, semelhantes às do avaliando.Cada dado coletado deve reunir condições de tal forma que possa ser
considerado um evento representativo do mercado imobiliário na região de pesquisa.Em geral o avaliador conhece a priori as principais
características que influenciam sobre o valor de um bem e em conseqüência a formulação das hipóteses de trabalho.
Devido ao grande número de variáveis independentes (atributos dos imóveis) que teriam lugar num modelo explicativo do valor de
um imóvel e a quantidade reduzida de dados que se trabalha na prática, tenta-se na fase de planejamento da pesquisa, na medida do possível
eliminar a presença de algumas destas variáveis. Por exemplo, na pesquisa de valores para avaliação de um lote urbano,geralmente limita-se a
área de pesquisa à mesma região geoeconômica e ao mesmo zoneamento do terreno avaliando, evitando-se assim a presença de duas
covariáveis no modelo.
Imóvel
Propriedade familiar: chácara, sítio.
Minifúndio: lote, chácara, sitio.
Latifúndio por exploração: chácara, sítio, fazenda.
Latifúndio por extensão: fazenda, gleba.
Empresa rural: chácara, sítio, fazenda.
Componentes
São as terras classificadas segundo a escala de Norton.
Benfeitorias
Construções: edificações, instalações, cercas.
Culturas: perenes, temporárias, anuais.
Obras e trabalhos na terra
Desmatamento
Correção
Sistematização (Reduzir diversos elementos a sistema)
Proteção
Manutenção
Equipamentos
Máquinas industriais fixas
Máquinas agrícolas e implementos
Veículos
Semoventes (Os constituídos por animais selvagens, domesticados ou domésticos.)
Recursos naturais
Florestas
Hídricos
Minerais
Frutos
Rendas
Aluguel
Arrendamento
Direitos
Servidões
Usufruto
Concessões
Comodatos
Direitos hereditários e possessórios
De fundamental importância, também, é a verificação da reserva ambiental legal, se está averbada na matrícula, qual o
percentual da área deve ser reserva, etc. Também é fator determinante no valor de mercado de uma propriedade rural a existênc ia
de passivos ambientais, lembrando que a imprescritibilidade dos crimes ambientais poderá acarretar a penalização futura do
proprietário pelo dano ambiental causado por proprietário anterior.
O uso dado ao imóvel rural e aos de seu entorno é de suma importância para a determinação do valor de mercado,
assim como a infraestrutura existente no próprio imóvel e na região. As benfeitorias existentes devem ser verificadas, para a busca
de imóveis comparando com benfeitorias semelhantes em qualidade e quantidade. Não deve o Corretor de Imóveis manifestar-se
com respeito à qualidade do solo, produtividade e outros assuntos técnicos fora de suas atribuições. Deve restringir-se a comparar
imóveis semelhantes, verificando o valor de mercado pelos praticados na região. É muito comum para imóveis rurais, os preços
unitários de mercado não serem expressos em unidades monetárias, mas em quantidades de produtos agro-pecuários, como
arrobas de boi e sacas de soja.
8.8.2 - Locação
Quando o objetivo do PTAM é a determinação do valor de locação do imóvel objeto, o método empregado é o de
comparação direta com outros imóveis semelhantes, de mesma utilização, fazendo-se a proporção entre as áreas dos imóveis, ou
seja, através do valor de locação unitário.Pode-se, ainda, no caso de dificuldade em constituir uma amostra de, ao menos, cinco
imóveis comparandos, empregar o método da renda,que consiste em, conhecendo o valor do imóvel (conhecido previamente ou
determinado dentro do procedimento do PTAM), estimar o valor de locação pela aplicação de um percentual usual de renda
(relaciona o valor de locação ao valor do imóvel).Nos dias atuais, esse percentual varia entre 0,5% e 1,2%, estando a grande
maioria entre 0,7% e 0,8%. O percentual de renda varia com a relação entre oferta e procura, usos residencial e comercial, podendo
até superar 1,2% em casos de exclusividade do imóvel.
Atualização do valor: em períodos de processo agudo de inflação, é aconselhável desconsiderar informações superiores a 90
dias, como hoje, os níveis estão bastante moderados, podemos considerar sem qualquer problema até mesmo transações
efetuadas com mais de ano, para tanto é vital o uso dum índice de correção. Aliás, particularmente estamos desconsiderando es te
fator de correção devido a sua baixa influência na apuração do valor final, em virtude da grande margem de negociação que as
ofertas trazem embutidas. Ressalvamos apenas nos casos de vendas efetuadas e que tenham tempo o suficiente para aplicação do
índice, e que, realmente tenham sofrido modificações, ainda é por nós utilizado.
Os terrenos servidos dos melhoramentos acima, obviamente serão mais valorizados, a prática aceita nos processos de
rigor normal, a aplicação dos percentuais acima, num processo de relacionamento do terreno avaliado com o pesquisado,
estabelecendo os fatores de correção para cada caso.
Localização: O critério dos “Mínimos Quadrados” estabelece a equação da reta. A regressão simples estuda o comportamento de
uma variável dependente. Nossa reta ira se ajustar aos pontos das coordenadas (X1, Y1), (X2, Y2), (Xm, Yn), tendo como equação:
Y=a + bX
Sendo as constantes “a” e “b”, definidas pelo sistema:
∑Y = aN + b∑X
∑XY = a∑X + b∑X2
Na prática iremos confeccionar uma planilha, nos moldes abaixo:
N X(m) Y(R$/M²) X2 XY
1 100 200 10.000 20.000
2 120 150 14.400 18.000
3 130 160 16.900 20.800
4 140 140 19.600 19.600
5 150 150 22.500 22.500
Totais 640 800 83.400 100.900
800 = a x 5 + b x 640
100.900 = a x 640 + b x 83.400
Resolvendo o sistema: a = 289,27 e b=-1,014 Nossa equação, será:
Y = 289,27 + (-1,014) x X
O caminho mais fácil para estabelecer o fator Localização ou de transposição é após a homogeneização de todos os
fatores acima, utilizar a planta de valores do Município, numa regra de três.
Fonte: É mais que natural nas transações imobiliárias o valor de venda ser diferente
do valor inicialmente proposto, a famosa “queima de gordura”. Isto não se dá unicamente por imobiliárias, também as ofertas
particulares estão sujeitas a essa negociação. Geralmente quem compra quer fazer o melhor negócio e, acredita o comprador ter
feito bom negócio quando recebe um desconto da ordem de 10, 20 ou até 50% do valor pedido. Assim após longos estudos,
estudiosos chegaram aos seguintes números:
Quando se tratar de venda, fator igual a 1,00
Quando for oferta de particular, fator variando entre 0,80 a 1,00
Quando for oferta de imobiliárias, fator variando entre 0,60 a 0,90
8.9.1 - VISTORIA
É o exame criterioso do imóvel a ser avaliado, verificando localização, informações sobre vizinhança, características
físicas, topografia, estado de conservação, padrão construtivo e outros atributos intrínsecos e extrínsecos que possam exercer
qualquer influência no preço do imóvel. De grande utilidade o avaliador se dirigir ao imóvel munido de formulário para anotar as
informações do imóvel. Necessário fotografar o imóvel. Verifique o modelo anexo.
No caso de imóveis urbanos, para os que possuem edificações, verificar o uso, se residencial ou comercial, o padrão de
construção, os tipos de materiais empregados, a idade aparente e o estado de conservação. Verificar as condições do logradouro
onde se situa o imóvel objeto, os serviços públicos de que é dotado, suas dimensões reais e as constantes da matrícula no Registro
Imobiliário e, ainda, se as edificações estão averbadas na matrícula, pois sua ausência pode representar redução de valor de
mercado.
Para os imóveis rurais é imprescindível a pesquisa para conferir se o imóvel descrito na matrícula é o mesmo que está
sendo vistoriado. Parece desnecessário mencionar este pormenor, mas é muito comum o interessado fornecer uma matrícula e
apresentar para vistoria imóvel diverso. De fundamental importância, também, é a verificação da reserva ambiental legal, se está
averbada na matrícula, qual o percentual da área deve ser reserva, etc. Também é fator determinante no valor de mercado e uma
propriedade rural a existência de passivos ambientais, lembrando que a imprescritibilidade dos crimes ambientais poderá acarretar
a penalização futura do proprietário pelo dano ambiental causado por proprietário anterior.
O uso dado ao imóvel rural e aos de seu entorno é de suma importância para a determinação do valor de mercado,
assim como a infraestrutura existente no próprio imóvel e na região. As benfeitorias existentes devem ser verificadas, para a busca
de imóveis comparando com benfeitorias semelhantes em qualidade e quantidade. Não deve oCorretor de Imóveis manifestar-se
com respeito à qualidade do solo,produtividade e outros assuntos técnicos fora de suas atribuições. Deve restringir-se a comparar
imóveis semelhantes, verificando o valor de mercado pelos praticados na região. É muito comum para imóveis rurais, os preços
unitários de mercado não serem expressos em unidades monetárias, mas em quantidades de produtos agro-pecuários, como
arrobas de boi e sacas de soja.
Numa vistoria precisamos observar os seguintes aspectos:
Caracterização da região, compreendendo:
a) Aspectos físicos - condições topográficas, natureza predominante do solo, condições ambientais, ocupação
existente e tendências de modificação a curto e médio prazo;
b) Aspectos ligados à infra-estrutura urbana - sistemas viário e de coleta de lixo, redes de: abastecimento de água
potável, energia elétrica, telefone, esgotamento sanitário, águas pluviais e gás canalizado;
c) Equipamento comunitário e indicação de níveis de atividades existentes - sistema de transporte coletivo,
escolas, mercado de trabalho, comércio, rede bancária, segurança, saúde e lazer;
d) Aspectos ligados às possibilidades de desenvolvimento local, posturas legais para o uso e a ocupação do solo,
restrições físicas e legais condicionantes do aproveitamento.
e) Aspectos ligados às possibilidades de desenvolvimento local, definido por planos diretores e pela legislação
específica do parcelamento do solo, confrontando as leis de Zoneamento e uso do solo do município com a realidade
verificada no local.
Caracterização do terreno do imóvel em avaliação, abrangendo:
a) Aspectos físicos - topografia, superfície, consistência do solo, porte, forma, localização confrontando as
observações feitas com aquelas constantes da documentação disponível e divisa definida de acordo com a posição do
observador, a qual deve ser explicitada;
b) Infra-estrutura urbana;
c) Equipamento comunitário disponível;
d) Utilização atual, legal e econômica.
Caracterização das edificações e benfeitorias, englobando os aspectos:
a) Físicos - construtivos, qualitativos, quantitativos e tecnológicos comparando com a documentação disponível e
verificando possíveis extrapolações de limites e confrontações;
b) Funcionais - arquitetônicos, de projetos paisagísticos adequação da edificação em relação aos usos
recomendáveis para a região com vista à preservação do meio ambiente;
c) Condições de ocupação, tais como eventuais invasões, locações ou cessões a terceiros, ocupação pelo
proprietário ou imóvel desocupado.
d) Ambientais - adequação da edificação em relação aos usos recomendáveis para a região e preservação do
meio ambiente.
As benfeitorias não documentadas:
No caso de não constarem da documentação as edificações e benfeitorias, as mesmas deverão ser quantificadas e
avaliadas pelo profissional em grau de detalhamento compatível com a finalidade da avaliação.
- Vistoria amostral
Para avaliação de empreendimentos prontos compostos de diversas unidades autônomas semelhantes é permitida
a vistoria por amostragem desde que seja acompanhada do critério adotado na escolha da amostra.
Identificação
Local: ______________________________
Data ___/___/___ Assinatura do Pesquisador
8.11 - O PARECER TÉCNICO DE AVALIAÇÃO MERCADOLÓGICA (PTAM) EM PERÍCIAS NOS PROCESSOS JUDICIAIS.
Laudo Pericial Judicial
Disponível em: <www.exatec.unisinos.br/~gonzalez/valor/pericias/laudo.html> Acesso em: 06 jun.2009
O Laudo é o parecer técnico resultante do trabalho realizado pelo Perito, via de regra escrito. Deve ser redigido pelo próprio Perito,
mesmo quando existem Assistentes Técnicos. Os colegas devem receber a oportunidade de examinar o texto e emitir suas opiniões. Esta
tarefa deve ser realizada em conjunto, de preferência. O Perito ganha tempo e reduz os debates infrutíferos, desta forma. A maioria dos
trabalhos resolve-se dentro do campo técnico, sem margem para opiniões pessoais.
Um laudo pericial é uma forma de prova, cuja produção exige conhecimentos técnicos e científicos, e que se destina a estabelecer,
na medida do possível, uma certeza a respeito de determinados fatos e de seus efeitos. O Perito fala somente sobre os efeitos técnicos e
científicos. O Juiz declara os efeitos jurídicos desses fatos referidos pelo perito e das conclusões deste. O Perito esclarece os efeitos de fato. O
Juiz fixa os efeitos de direito. O Perito deve ter o cuidado de descrever e documentar, da forma mais objetiva possível, os fatos com base nos
quais pretende desenvolver sua argumentação e, afinal expor suas conclusões. A função do perito guarda muita semelhança com a própria
função do Juiz. O Perito examina fatos e emite um julgamento baseado em seu livre convencimento, respeitado, porém o princípio da
racionalidade e da prevalência da argumentação técnica e científica. O objetivo do trabalho pericial e afastar as dúvidas existentes sobre
determinados fatos e sobre as suas consequências práticas. O Perito não emite um julgamento ou parecer jurídico, mas seu trabalho deve
levar em consideração os efeitos jurídicos que a prova pericial se destina produzir.
O laudo pericial é uma peça do processo, que deverá ser interpretada e avaliada pelo Juiz ou Tribunal, como qualquer outro
instrumento de prova e de convencimento. É preciso que todos possam compreendê-lo. Seu texto deve ser claro, preciso e inteligível. O bom
profissional não escreve de forma que só outros experts o entendam. É importante distribuir adequadamente o trabalho:
1. Inicia apresentando as partes e a Perícia realizada.
2. Prossegue com o enunciado e o exame das questões principais.
3. Responde aos quesitos formulados pelas partes.
4. Conclui ressaltando aspectos importantes.
5. Em anexo devem ser lançados os dados empregados, os documentos consultados, fotografias e outros elementos de interesse
não relacionados no corpo do Laudo.
Após a entrega do Laudo, o Juiz intima as partes para tomarem conhecimento do mesmo. Há um prazo para que se manifestem.
As partes podem concordar com o Laudo ou discordar, contestar, solicitar esclarecimentos, formular quesitos adicionais ou mesmo impugnar o
Laudo e pedir a realização de nova perícia. A complementação de perícia busca responder ou resolver as dúvidas remanescentes. A resposta
a quesitos adicionais ou suplementares geralmente exige a carga dos autos e novo exame da causa, pelo intervalo de tempo que decorre entre
a entrega do Laudo e a intimação para a complementação. O Perito pode ser convocado para prestar esclarecimentos em
audiência,verbalmente. As partes devem indicar com antecedência os quesitos a serem respondidos.
Não o fazendo, na audiência, o Perito pode alegar a complexidade da questão e solicitar prazo para respondê-los. Além disto,
quando o trabalho adicional é significativo, exigindo tempo, dedicação e despesas extras, o Perito pode solicitar os honorários correspondentes.
Apresentação do laudo
Seu laudo deverá conter:
1. Nome do interessado
O solicitante do trabalho.
2. Menção da titularidade do imóvel
Especificar o nome do titular do imóvel.
3. Fim a que se destina
Deverá ser mencionado a que título o trabalho está sendo executado. Ex: Avaliação judicial.
4. Nível de precisão da avaliação
Determinar o nível de precisão, se rigorosa, normal ou expedita, de acordo com o grau de confiabilidade dos dados. Mesmo
tendo a certeza do potencial do corretor em efetuar uma avaliação técnica, não possuímos autorização legal, portanto, iremos
sugerir as avaliações expeditas, e informando que na mesma está expressa sua vivência no mercado.
Quarta PARTE
Em síntese, o terreno contém as seguintes construções (Tabela 1). É importante frisar que o termo “idade aparente”
refere-se à idade equivalente das construções, em relação ao estado de conservação, e não necessariamente à idade real.
Tabela 1 – Síntese das construções existentes no terreno
Total 137,60m2
Quesitos
Quesitos do Autor (fls.168-169).
1. “Informe o Senhor Perito quantas edificações existem no local.”
R: Entendo “local” como o terreno correspondente à matrícula XXXX.Existem duas edificações. Fotografias II-1 a II-4 no Anexo II.
2. “Qual o tipo de cada uma das edificações (se prédio de madeira ou alvenaria, se residencial ou comercial)”.
R: São duas edificações residenciais, uma construída em madeira e outra em alvenaria (ver Quesito 1 e detalhes na Tabela 1,
acima).
3. “Qual o estado de conservação em que se encontram as edificações”.
R: Ver Tabela 1, acima.
4. “Qual a idade aproximada de cada uma das edificações”.
R: Ver Tabela 1, acima
Quesitos dos Réus (fls.170).
1. “Pode o Sr. Perito informar a idade física da casa, onde reside a viúva?”
R: O imóvel foi construído em 1978, conforme projeto apresentado a fls.28 dos autos em apenso (ação número 1000000000-1),
portanto possui 30 anos de idade física.
2. “Qual a metragem da referida residência, e quais as condições de conservação se encontra?”
R: Ver Tabela 1, acima
3. “Qual a metragem do referido imóvel?”
R: Entendo que se trata do terreno, o qual possui 384m2 de superfície.
LAUDO PERICIAL
com base nos dados obtidos de pesquisa na região do imóvel, da maneira
como segue:
LAUDO PERICIAL
OBJETO DO LAUDO
Indicados que fomos dentro do processo em epígrafe, nosso trabalho servirá de base para apropriar corretamente o valor de
mercado dos imóveis penhorados para garantir a execução da sentença. Portanto o trabalho que ora apresentamos é o resultado
do estudo técnico a que chegamos a cerca de vários imóveis localizados na quadra 15 do loteamento Ravena Cassino Hotel, Mar
Grosso, LAGUNA - SC.
DA PROPRIEDADE
Os imóveis em apreço, são de propriedade da empresa loteadora RAVENA CASSINO HOTEL LTDA.
NÍVEL DE PRECISÃO
Iremos utilizar o processo de AVALIAÇÃO EXPEDITA, conforme o que estabelece a Norma Técnica NBR 5676, ressaltando que o
valor encontrado será um misto de fórmulas expressas dentro das normas da ABNT e nossa experiência profissional na área
imobiliária.
Os imóveis ora avaliados, são os lotes 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31 e 46 da quadra 15 do loteamento Rav ena
Cassino Hotel, nas imediações do próprio Hotel RAVENA, Mar Grosso, LAGUNA – SC, com as seguintes confrontações e
metragens:
01 – Um Terreno Urbano de Marinha, constituído pelo lote 19 da quadra 15, do loteamento Ravena Cassino Hotel LTDA,
com as seguintes confrontações e metragens:
Frente com a Rua Projetada B, na extensão de 17,10 metros; - Fundos com parte do lote 13, na extensão de 17,00 metros; Lado
Direito com o lote 20, na extensão de 2,60 metros; Lado Esquerdo com a Rua Projetada C, na extensão de 19,40 metros;
Perfazendo a área de 341,00 M², imóvel este constante da matrícula 18.539, às Fls. 118 do livro 2 – CQ do cartório do Registro de
Imóveis da Comarca de LAGUNA – SC.
02 – Um Terreno Urbano de Marinha, constituído pelo lote 20 da quadra 15, do loteamento Ravena Cassino Hotel LTDA,
com as seguintes confrontações e metragens:
Frente com a Rua Projetada B, na extensão de 17,10 metros; - Fundos com parte do lote 13, na extensão de 17,00 metros; Lado
Direito com o lote 21, na extensão de 22,00 metros; Lado Esquerdo com o lote 19 , na extensão de 20,60 metros; Perfazendo a
área de 363,16 M², imóvel este constante da matrícula 18.540, às Fls. 119 do livro 2 – CQ do cartório do Registro de Imóveis da
Comarca de LAGUNA – SC.
03 – Um Terreno Urbano de Marinha, constituído pelo lote 21 da quadra 15, do loteamento Ravena Cassino Hotel LTDA,
com as seguintes confrontações e metragens:
Frente com a Rua Projetada B, na extensão de 12,00 metros; - Fundos com o lote 10, na mesma extensão; Lado Direito com o lote
22, na extensão de 30,80 metros; Lado Esquerdo com o lote 20 e parte do lote 13, na extensão de 30,00 metros; Perfazendo a área
de 364,80 M², imóvel este constante da matrícula 18.541, às Fls. 120 do livro 2 – CQ do cartório do Registro de Imóveis da
Comarca de LAGUNA – SC.
04 – Um Terreno Urbano de Marinha, constituído pelo lote 22 da quadra 15, do loteamento Ravena cassino Hotel LTDA,
com as seguintes confrontações e metragens:
Importa o presente PARECER SOBRE O VALOR DE MERCADO (AVALIAÇÃO) DE TODOS OS LOTES em R$495.648,10
(Quatrocentos noventa e cinco mil seiscentos quarenta e oito reais e dez centavos). Por ser a avaliação, matéria que não
exprime exatidão científica, faremos o arredondamento, avaliando todos os lotes em R$500.000,00 (Quinhentos mil reais).
Laguna, 20 de março de 2000.
Alvino José Júnior
Corretor de Imóveis - CRECI 3819
PARECER OPINATIVO
DE COMERCIALIZAÇÃO IMOBILIÁRIA
Fulano de Tal
Corretor de Imóveis
Av. X, Ed. dos Fulanos, Sala 1, Brasília, DF
Creci n° 0001 - 8ª Região (Brasília)
Fone: 00-0000-0000 - E-mail: fulanodetal@ptam.com.br
ANÁLISE MERCADOLÓGICA
Conforme informações de imobiliárias que atuam no bairro, é constante a procura por imóveis semelhantes ao
avaliando, o que viabiliza a sua comercialização em curto espaço de tempo.
CONCLUSÃO
Com base em nossa experiência profissional, e considerando as tendências do Mercado Imobiliário, expressamos
firme convicção de que o Valor de Mercado do imóvel objeto deste parecer é de R$135.000,00 (cento e trinta e cinco
mil reais), admitindo-se uma variação de até 5% (cinco por cento), para cima ou para baixo, ou seja, entre o mínimo de
R$128.250,00 (cento e vinte e oito mil e duzentos e cinqüenta reais) e o máximo de R$141.750,00 (cento e quarenta e um
mil e setecentos e cinqüenta reais).
Sala Dormitório
CONCLUINDO...
Para finalizarmos os estudos desta unidade, gostaríamos de retornar os nossos propósitos pedagógicos.
Como você pôde perceber, é de fundamental importância para o profissional que trabalha com corretagem de
imóveis, compreender as noções, conceitos e as teorias que envolvem os aspectos operacionais e legais da profissão.
Esperamos que você possa ter aproveitado o estudo realizado até o momento e que esteja apto para formar opiniões bem
fundamentadas sobre os demais temas a serem abordados nesse curso.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS
COBRA, Marcos. Marketing Competitivo: uma abordagem estratégica. São Paulo: atlas, 1993.
DINIZ, Maria Helena. Tratado Teórico e Prático dos Contratos. v. 1 e 3. São Paulo, 1993.
ENRIQUEZ Garcia, Manuel; SANDOVAL de Vasconcelos, MARCO Antônio. Fundamentos da Economia. 1 ed. São Paulo: Saraiva,
1998.
GUILHERME, Bomfim Dei Vegni-Neri; ISSA, Celso Ayres. Prática das Transações Imobiliárias. 2 ed. São Paulo: Nacional, 1978.
MACEDO, Jamil P. de. Manual do Técnico em Transações Imobiliárias. v 1. 11 ed. Goiânia: AB, 1994.
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil. v. I e IV. Rio de Janeiro: Forense, 1984.
PINASSI, Ayrton. Locação, Arrendamento e Outras Cessões de Bens Imobiliários. Campinas: Agá Juris, 2003.
REQUIÃO, Rubens. Curso de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva, 1997.
RESENDE, José Machado. Operações Imobiliárias I. Goiânia: AB, 2001.
RODRIGUES, Sílvio. Curso de Direito Civil. v I e V. São Paulo: Saraiva, 1997.
Estamos iniciando os estudos da Matemática Financeira. Para tanto, expomos algumas dicas para que tenha sucesso nos
seus estudos.
Primeiro lembramos que o ensino da Matemática está presente desde o início da escolaridade e por todo o ensino básico.
Percebemos que, quando lançamos o olhar para dentro da escola, a Matemática acaba sendo caracterizada como uma
disciplina difícil. Portanto, recomendamos que discuta com o seu tutor as dúvidas e lembre-se que os livros de matemática do
ensino médio podem lhe auxiliar na revisão de alguns conceitos básicos.
Queremos lembrar que o estudo da matemática ganha relevância especial para o desenvolvimento da sua capacidade de
leitura e interpretação da linguagem gráfica e dos dados matemáticos que estão no nosso cotidiano.
Assim, aproveite as oportunidades de se envolver com as aplicações da matemática e
boa sorte!
Prezado aluno, este módulo é mais um suporte para a sua atuação profissional. Através da aprendizagem da
matemática financeira, você irá ampliar seus conhecimentos que será de grande relevância para a prática diária. Boa sorte
e bons estudos!!!
1.1. Matemática Financeira
A matemática financeira tem a finalidade de estudar as diversas formas de evolução do valor do dinheiro no tempo, e as
formas de análise e comparação de alternativas para aplicação e obtenção de recursos financeiros.
II - RAZÕES E PROPORÇÕES
2.1. Razões
Vamos considerar um carro de corrida com 4m de comprimento e um kart com 2m de comprimento. Para compararmos as
medidas dos carros, basta dividir o comprimento de um deles pelo outro. Assim:
Podemos afirmar também que o kart tem a metade do comprimento do carro de corrida.
A comparação entre dois números racionais, através de uma divisão, chama-se razão.
A razão pode também ser representada por 1:2 e significa que cada metro do kart corresponde a 2m do carro de corrida.
A razão entre 1 e -8 é .
A razão entre é
PIB
Exemplo: PIB-Percapita =
População
Resolução:
1.800.000.000.000 = R$ 10.000,00
180.000.000
2.1.1. Termos de uma razão
Observe a razão:
3:5 =
Leitura da razão: 3 está para 5 ou 3 para 5.
2.1.2. Razões Inversas
Considere as razões .
Verifique que nas razões inversas o antecedente de uma é o conseqüente da outra, e vice-versa.
Observações:
1) Uma razão de antecedente zero não possui inversa.
2) Para determinar a razão inversa de uma razão dada, devemos permutar (trocar) os seus termos.
Exemplo: O inverso de .
2.1.3. Razões equivalentes
Dada uma razão entre dois números, obtemos uma razão equivalente da seguinte maneira:
Multiplicando-se ou dividindo-se os termos de uma razão por um mesmo número racional (diferente de zero), obtemos
uma razão equivalente.
Exemplos:
Verificamos que as duas razões são iguais. Nesse caso, podemos afirmar que a igualdade é uma proporção. Assim:
Proporção é uma igualdade entre duas razões.
2.2.1. Elementos de uma proporção
Dados quatro números racionais a, b, c, d, não-nulos, nessa ordem, dizemos que eles formam uma proporção quando a
razão do 1º para o 2º for igual à razão do 3º para o 4º. Assim:
ou a:b=c:d
(lê-se "a está para b assim como c está para d")
Os números a, b, c e d são os termos da proporção, sendo:
b e c os meios da proporção.
a e d os extremos da proporção.
Exemplo:
Solução:
5 . (x-3) = 4 . (2x+1) (aplicando a propriedade fundamental)
5x - 15 = 8x + 4
5x - 8x = 4 + 15
-3x = 19
3x = -19
x= Logo, o valor de x é .
Os números 5, 8, 35 e x formam, nessa ordem, uma proporção. Determine o valor de x.
Solução:
Exemplo:
Determine a quarta proporcional dos números 8, 12 e 6.
Solução: Indicamos por x a quarta proporcional e armamos a proporção:
Dada uma proporção contínua , o número b é denominado média geométrica ou média proporcional entre a e
c. Exemplo: Determine a média geométrica positiva entre 5 e 20.
Solução:
5 . 20 = b . b
100 = b2
b2 = 100
b=
b = 10 Logo, a média geométrica positiva é 10.
2.2.8. Propriedades das proporções
1ª propriedade:
Numa proporção, a soma dos dois primeiros termos está para o 2º (ou 1º) termo, assim como a soma dos dois últimos está
para o 4º (ou 3º).
Demonstração
Considere as proporções:
Adicionando 1 a cada membro obtemos:
[Quadro1] [Quadro2]
Assim:
[Quadro3]
(Mult. os 2 membros por -1)
[Quadro4]
Exemplo:
Considere a proporção:
Considere a proporção:
5ª propriedade:
Numa proporção, o produto dos antecedentes está para o produto dos consequentes, assim como o quadrado de cada
antecedente está para quadrado do seu consequente.
Demonstração
Considere a proporção:
Assim:
Observação: a 5ª propriedade pode ser estendida para qualquer número de razões. Exemplo:
Denominamos proporção múltipla uma série de razões iguais. Assim: é uma proporção múltipla.
Regra de três simples é um processo prático para resolver problemas que envolvam quatro valores dos quais conhecemos
três deles. Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos três já conhecidos.
Passos utilizados numa regra de três simples:
1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas da mesma espécie em colunas e mantendo na mesma linha as
grandezas de espécies diferentes em correspondência.
2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamente proporcionais.
3º) Montar a proporção e resolver a equação.
Exemplos:
1) Com uma área de absorção de raios solares de 1,2m2, uma lancha com motor movido a energia solar consegue produzir 400
watts por hora de energia. Aumentando-se essa área para 1,5m2, qual será a energia produzida?
Solução: montando a tabela:
Área (m2) Energia (Wh)
1,2 400
1,5 x
Identificação do tipo de relação:
Inicialmente, colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).
Observe que: Aumentando a área de absorção, a Energia solar aumenta.
Como as palavras correspondem (aumentando - aumenta), podemos afirmar que as grandezas são diretamente
proporcionais. Assim sendo, colocamos outra seta no mesmo sentido (para baixo) na 1ª coluna. Montando a proporção e
resolvendo a equação temos:
Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).
Observe que: Aumentando a velocidade, o tempo do percurso diminui.
Como as palavras são contrárias (aumentando - diminui), podemos afirmar que as grandezas são inversamente
proporcionais. Assim sendo, colocamos uma outra seta no sentido contrário (para cima) na 1ª coluna. Montando a proporção e
resolvendo a equação temos:
Horas por dia Prazo para Observe que: Diminuindo o número de horas trabalhadas por dia, o prazo para
término (dias) término aumenta.
8 20 Como as palavras são contrárias (diminuindo - aumenta), podemos afirmar que as
grandezas são inversamente proporcionais. Montando a proporção e resolvendo a
5 x equação temos:
1) Três torneiras enchem uma piscina em 10 horas. Quantas horas levarão 10 torneiras para encher 2 piscinas?
2) Uma equipe composta de 15 homens extrai, em 30 dias, 3,6 toneladas de carvão. Se for aumentada para 20 homens, em
3) Vinte operários, trabalhando 8 horas por dia, gastam 18 dias para construir um muro de 300m. Quanto tempo levará uma
turma de 16 operários, trabalhando 9 horas por dia, para construir um muro de 225m?
4) Um caminhoneiro entrega uma carga em um mês, viajando 8 horas por dia, a uma velocidade média de 50 km/h. Quantas horas
por dia ele deveria viajar para entregar essa carga em 20 dias, a uma velocidade média de 60 km/h
5) Com certa quantidade de fio, uma fábrica produz 5400m de tecido com 90cm de largura em 50 minutos. Quantos metros de
tecido, com 1 metro e 20 centímetros de largura, seriam produzidos em 25 minutos?
VI – PORCENTAGEM
É freqüente o uso de expressões que refletem acréscimos ou reduções em preços, números ou quantidades, sempre
tomando por base 100 unidades. Alguns exemplos:
A gasolina teve um aumento de 15%
Significa que em cada R$100 houve um acréscimo de R$15,00
O cliente recebeu um desconto de 10% em todas as mercadorias.
Significa que em cada R$100 foi dado um desconto de R$10,00
Dos jogadores que jogam no Grêmio, 90% são craques.
Significa que em cada 100 jogadores que jogam no Grêmio, 90 são craques.
Razão centesimal
Toda a razão que tem para consequente o número 100 denomina-se razão centesimal. Alguns exemplos:
As expressões 7%, 16% e 125% são chamadas taxas centesimais ou taxas percentuais.
Considere o seguinte problema:
João vendeu 50% dos seus 50 cavalos. Quantos cavalos ele vendeu?
Para solucionar esse problema devemos aplicar a taxa percentual (50%) sobre o total de cavalos.
Exemplo: Calcule o montante resultante da aplicação de R$70.000,00 à taxa de 10,5% a.a. durante 145 dias.
SOLUÇÃO:
M = P . ( 1 + (i.n) )
M = 70000 [1 + (10,5/100).(145/360)] = R$72.960,42
Observe que expressamos a taxa i e o período n, na mesma unidade de tempo, ou seja, anos. Daí ter dividido 145 dias por 360,
para obter o valor equivalente em anos, já que um ano comercial possui 360 dias.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
2) Calcular os juros simples produzidos por R$40.000,00, aplicados à taxa de 36% a.a., durante 125 dias.
Temos: J = P.i.n
A taxa de 36% a.a. equivale a 0,36/360 dias = 0,001 a.d.
Agora, como a taxa e o período estão referidos à mesma unidade de tempo, ou seja, dias, poderemos calcular diretamente:
J = 40000.0,001.125 = R$5000,00
3) Qual o capital que aplicado a juros simples de 1,2% a.m. rende R$3.500,00 de juros em 75 dias?
Temos imediatamente: J = P.i.n ou seja: 3500 = P.(1,2/100).(75/30)
Observe que expressamos a taxa i e o período n em relação à mesma unidade de tempo, ou seja, meses. Logo,
3500 = P. 0,012 . 2,5 = P . 0,030; Daí, vem:
P = 3500 / 0,030 = R$116.666,67
4) Se a taxa de uma aplicação é de 150% ao ano, quantos meses serão necessários para dobrar um capital aplicado através
de capitalização simples?
Objetivo: M = 2.P
Dados: i = 150/100 = 1,5
Fórmula: M = P (1 + i.n)
Desenvolvimento:
2P = P (1 + 1,5 n)
2 = 1 + 1,5 n
n = 2/3 ano = 8 meses
M = P . (1 + i)n
Importante: a taxa i tem que ser expressa na mesma medida de tempo de n, ou seja, taxa de juros ao mês para n meses.
Para calcularmos apenas os juros basta diminuir o principal do montante ao final do período:
J=M-P
Exemplo:
Calcule o montante de um capital de R$6.000,00, aplicado a juros compostos, durante 1 ano, à taxa de 3,5% ao mês.
(use log 1,035=0,0149 e log 1,509=0,1788)
Resolução:
P = R$6.000,00
t = 1 ano = 12 meses
i = 3,5 % a.m. = 0,035
M=?
Usando a fórmula M=P.(1+i)n, obtemos:
M = 6000.(1+0,035)12 = 6000. (1,035)12
Fazendo x = 1,03512 e aplicando logaritmos, encontramos:
log x = log 1,03512 => log x = 12 log 1,035 => log x = 0,1788 => x = 1,509
Então M = 6000.1,509 = 9054.
Portanto, o montante é R$9.054,00
Relação entre juros e progressões
No regime de juros simples:
M( n ) = P + n r P
No regime de juros compostos:
M( n ) = P . ( 1 + r ) n
Portanto:
num regime de capitalização a juros simples o saldo cresce em progressão aritmética
Taxas Equivalentes
Duas taxas i1 e i2 são equivalentes, se aplicadas ao mesmo Capital P durante o mesmo período de tempo, através de
diferentes sistemas de capitalização, produzem o mesmo montante final.
Seja o capital P aplicado por um ano a uma taxa anual ia .
O montante M ao final do período de 1 ano será igual a M = P(1 + i a )
Consideremos agora, o mesmo capital P aplicado por 12 meses a uma taxa mensal im .
O montante M’ ao final do período de 12 meses será igual a M’ = P(1 + im)12 .
Pela definição de taxas equivalentes vista acima, devemos ter M = M’.
Portanto, P(1 + ia) = P(1 + im)12
Daí concluímos que 1 + ia = (1 + im)12
Com esta fórmula podemos calcular a taxa anual equivalente a uma taxa mensal conhecida.
Exemplos:
1 - Qual a taxa anual equivalente a 8% ao semestre?
Em um ano temos dois semestres, então teremos:
1 + ia = (1 + is)2
1 + ia = 1,082
ia = 0,1664 = 16,64% a.a.
Exemplo:
Qual o desconto de um título no valor de R$ 50.000,00, se ele for pago 2 meses antes do vencimento a uma taxa de 5,5%
a.m.?
Aplicando a fórmula:
d: o que você quer saber
N:50.000,00
i:5,5% - 0,055
n:2
d = 50000. 0,055. 2
d= R$ 5.500,00 de desconto
A taxa de desconto talvez seja a mais familiar de todas. Quem nunca pediu desconto em uma compra? A diferença entre o
desconto e os juros é que o desconto é calculado a partir do valor futuro, enquanto que os juros sobre o valor presente.
A fórmula é: A= N. 1/ (1+i)n
Exemplo:
Suponhamos que você quer descontar um título de R$ 25.000,00, 2 meses antes do vencimento, de um banco que utiliza uma taxa
de juros compostos de 3% a.m. Calcule o valor atual do título.
Aplicando a fórmula:
A - o que você quer saber
N - 25.000,00
i - 3 % - 0,03
n–2
Logo: 25000.1/ (1+0,03)2 = 23.564,90
X - FLUXO DE CAIXA
Fluxo de caixa de uma empresa, de uma aplicação financeira ou de um empréstimo consiste no conjunto de entradas
(recebimentos) e saídas (pagamentos) de dinheiro ao longo de um determinado período.
XI -TAXAS NOMINAIS
A taxa nominal é quando o período de formação e incorporação dos juros ao Capital não coincide com aquele a que a taxa
está referida. Alguns exemplos:
Exemplo:
Uma taxa de 15 % a.a., capitalização mensal, terá 16.08 % a.a. como taxa efetiva:
15/12 = 1,25 1,2512 = 1,1608
A taxa Efetiva é quando o período de formação e incorporação dos juros ao Capital coincide com aquele a que a taxa está
referida. Alguns exemplos:
- 11,5% ao mês com capitalização mensal.
- 25% ao semestre com capitalização semestral.
- 125% ao ano com capitalização anual.
Taxa Real: é a taxa efetiva corrigida pela taxa inflacionária do período da operação.
Fluxo de Caixa
O fluxo de caixa serve para demonstrar graficamente as transações financeiras em um período de tempo. O tempo é
representado na horizontal dividido pelo número de períodos relevantes para análise. As entradas ou recebimentos são
representados por setas verticais apontadas para cima e as saídas ou pagamentos são representados por setas verticais
apontadas para baixo. Observe o gráfico abaixo:
Chamamos de VP o valor presente, que significa o valor que eu tenho na data 0; VF é o valor futuro, que será igual ao
valor que terei no final do fluxo, após juros, entradas e saídas.
Na fórmula M = P . (1 + i)n , o principal P é também conhecido como Valor Presente (PV = present value) e o montante M é
também conhecido como Valor Futuro (FV = future value).
Então essa fórmula pode ser escrita como
FV = PV (1 + i) n
Isolando PV na fórmula temos:
PV = FV / (1+i)n
Na HP-12C, o valor presente é representado pela tecla PV.
Com essa mesma fórmula podemos calcular o valor futuro a partir do valor presente.
Exemplo:
Quanto teremos daqui a 12 meses se aplicarmos R$1.500,00 a 2% ao mês?
Solução: FV = 1500 . (1 + 0,02)12 = R$ 1.902,36
Chegamos ao fim de mais uma unidade. Antes de darmos continuidade aos estudos, refaça os exercícios propostos e
confira as respostas.
Lembre-se que o conteúdo desta unidade servirá de subsídio para a resolução de situações práticas vivenciadas no
cotidiano do Corretor.
DUARTE, Heron Márcio Ferreira. Conhecendo a matemática financeira. Brasília: Ativa Editora Gráfica, 2000.
PARENTE, Eduardo, CARIBÉ, Roberto. Matemática Comercial e Financeira. São Paulo: FTD, 1996
GABARITO
1) 6 horas.
2) 35 dias
3) 15 dias
4) 10 horas por dia
5) 2025 metros.
O estudo da ciência do direito é de grande importância para todos, posto que ela nos ensina como funciona o País, quais
são as funções dos Estados-Membros, do Distrito Federal, dos Municípios, quais são os nossos direitos e deveres, enfim, é ela
quem nos orienta sobre como devemos proceder.
É fundamental que você, aprenda qual é a função do direito (noções de direito), como é feita a organização do Estado
brasileiro (direito constitucional), como ele é administrado (direito administrativo) e com que dinheiro (atividade financeira do
Estado).
Observe que todo campo de trabalho envolve contratação de empregados (direito do trabalho), criação de empresas
(direito comercial/empresarial), realização de contratos (direito civil), prestação de serviços (direito do consumidor) e, inclusive,
processo judicial (noções de organização judiciária e processo).
Bom Estudo!
Tudo que é novo desperta uma certa curiosidade que nos move em busca do conhecimento.
Por isso, lhe damos as boas-vindas a esta disciplina, desejando que você seja um aluno bastante curioso em mais esta
jornada de aprendizado. Ao longo do seu estudo e realização das atividades, você irá consultar muitas legislações, pois o objetivo é
fazer com que você desenvolva habilidades de compreensão e interpretação das principais normas e leis que regulam as atividades
dos setores público e privado.
Compreender o Direito e suas derivações O habilita a sucessivas reinterpretações, re-significações e recepções das leis,
bem como a sua contextualização, partindo de uma dada realidade concreta para uma conseqüente aplicação nas organizações.
Nesta disciplina, vamos discutir alguns conceitos básicos que os auxiliarão a compreender os preceitos e princípios que
norteiam a disciplina de Direito.
Então, vamos aos estudos?
Primeira situação
“O „direito‟ não permite o duelo”.
Isto significa que o termo direito tem acepção de norma, lei, regra social obrigatória.
Muitas vezes escutamos as pessoas dizerem “não faça isso porque é proibido”. Ora, se é proibido significa que existe
uma lei que proíbe tal conduta, já que a Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso II, determina que “ninguém será obrigado a
fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.
Segunda situação
“O Estado tem o „direito‟ de legislar”.
Veja, aqui o direito é usado como o poder, faculdade de agir e prerrogativa que o Estado tem de legislar.
Observe que o direito no sentido de faculdade de agir não se destina somente ao Estado, mas também a pessoa (quer
individualmente ou em coletividade). Podemos citar, por exemplo, a faculdade/direito que a pessoa tem de cobrar uma dívida: ora,
ela cobra a dívida com fundamento, porque o direito de lhe dá esta opção.
Terceira situação
“A educação é „direito‟ da criança”.
Direito, nesta situação, significa o justo e, encontra-se nitidamente relacionado com o senso de justiça. O termo direito é
empregado, aqui, para dar idéia de justiça, isto porque, não seria justo a criança não ter direito à educação.
Quarta situação
“Cabe ao „direito‟ estudar a criminalidade”.
Tem-se nessa afirmativa o direito como ciência, ou seja, a palavra direito refere-se à ciência do direito.
Quando dizemos “Tião formou-se em direito”, estamos usando o termo direito no sentido de ciência.
Quinta situação
“O „direito‟ constitui um setor da realidade social”.
O sentido da palavra direito, nessa frase, é de fato social; isto porque só há direito se há sociedade e vice-versa.
O Direito, além de tudo, é uma necessidade humana. E, por isso, ante a natureza gregária do homem, não existe
sociedade sem o direito. E se não há sociedade sem direito, significa dizer que este é um acontecimento social, ou seja, um fato
social.
Direito x Moral
O Direito não é algo diverso da Moral, mas é uma parte desta, armada de garantias específicas.(REALE, 1988, p.42)
E como se estabelece a intersecção entre Direito e Moral?
O jurista Miguel Reale, em sua obra Lições Preliminares de Direito (1988), trata das características do Direito e da Moral
com muita propriedade. Então, para ampliar a discussão sobre o assunto, vejamos algumas das idéias do autor no trecho transcrito
a seguir:
Em primeiro lugar, recordemos a teoria do „mínimo ético‟, já exposta de certa maneira pelo filósofo inglês Jeremias
Bentham (...)
A teoria do „mínimo ético‟ consiste em dizer que o Direito representa apenas o mínimo de Moral declarado obrigatório para
que a sociedade possa sobreviver.
Como nem todos podem ou querem realizar de maneira espontâneas obrigações morais, é indispensável armar de força
certos preceitos éticos, para que a sociedade não soçobre. A Moral, em regra, dizem os adeptos dessa doutrina, é cumprida de
maneira espontânea, mas como as violações são inevitáveis, é indispensável que se impeça, com mais vigor e rigor, a transgressão
dos dispositivos que a comunidade considerar indispensável à paz social.
A teoria do „mínimo ético‟ pode ser reproduzida através da imagem de dois círculos concêntricos, sendo o círculo maior o
da Moral, e o círculo menor o do Direito. Haveria, portanto, um campo de ação comum a ambos, sendo o Direito envolvido pela
Moral (...)
Podemos dizer que a Moral é o mundo da conduta espontânea, do comportamento que encontra em si próprio a sua
razão de existir (...)
Só temos, na verdade, Moral autêntica quando o indivíduo, por um movimento espiritual espontâneo realiza o ato
enunciado pela norma. Não é possível conceber-se o ato moral forçado, fruto da força ou da coação. Ninguém pode ser bom pela
violência.
(...) existe entre o Direito e a Moral uma diferença básica, que podemos indicar com esta expressão: „Moral é incoercível e
o Direito é coercível‟. O que distingue o Direito da Moral, portanto, é a coercibilidade. Coercibilidade é uma expressão técnica que
serve para mostrar a plena compatibilidade que existe entre o Direito e a força. (REALE, 1988, pp.42-54).
Tendo como base as idéias de Miguel Reale, analise o seguinte quadro conceitual:
Direito Positivo
Traduz-se no conjunto de regras jurídicas escritas (positivadas) de um determinado país.
“É o direito histórica e objetivamente estabelecido, encontrado em leis, códigos, tratados internacionais (...).” (FÜHRER &
MILARÉ, 1999, p.34)
Direito Natural - a palavra natural pode ser entendida como “aquilo que é conforme a natureza; em que não há trabalho
ou intervenção do homem; inato; sem artifício, espontâneo”. (FERREIRA, 1993, p.379)
Assim, direito natural é a denominação conferida à norma instituída de forma espontânea, sem interferência humana.
Direito Natural
Segundo Franco Montoro (1999, p.51), o direito natural é preexistente ao direito positivo e constitui-se em princípios
norteadores deste. Assim, as máximas “o bem deve ser feito”, “devemos dar a cada um o que é seu” e a de que “não devemos lesar
outrem”, são princípios de direito natural utilizados para a criação do direito positivo (das leis).
RESUMINDO...
As matérias que envolvem interesses de toda a sociedade encontram-se elencadas na área de Direito Público Interno e
Externo (Direito Constitucional; Direito Administrativo; Direito Tributário/Financeiro; Direito Processual Civil; Direito Processual
Penal; Direito Penal; Direito Eleitoral; Direito Internacional Público).
Já os ramos do direito que envolvem interesses particulares fazem parte do Direito Privado Interno e Externo (Direito Civil;
Direito Comercial; Direito do Trabalho; Direito Internacional Privado).
Depois de ter estudado o conceito de Direito, a distinção entre Direito e Moral, a diferença entre Direito Positivo e Direito
Natural e entre Direito Público e Direito Privado interno e externo, você está preparado para aprender sobre os elementos que
deram origem ao direito, tema abordado a seguir.
a) Fontes diretas ou imediatas são “aquelas que, por si sós, pela própria força, são suficientes para gerar a regra
jurídica. São a lei e o costume” (BARROS, 1999, p.12). A lei e os costumes são fontes imediatas porque o direito nasce diretamente
delas.
LEI “(...) é a regra jurídica escrita, instituída pelo legislador, no cumprimento de um mandato, que lhe é outorgado pelo
povo.” (SILVA, 2002, p.481)
COSTUME é a “(...) regra de conduta criada espontaneamente pela consciência comum do povo, que a observa por modo
constante e uniforme, e sob a convicção de corresponder a uma necessidade jurídica”.
(RAO, apud FÜHRER & MILARÉ, 1999, p.38) Em outras palavras, é a repetição de condutas pelo povo de um
determinado local; é o hábito humano que passa de geração para geração.
Portanto, os costumes são regras de condutas que mesmo não estando escritas e não emanarem de autoridade
competente a sociedade deve cumpri-las. São, assim, normas consuetudinárias.
Para Silva (2002), costume tem a seguinte definição:
(...) o princípio ou a regra não escrita que se introduziu pelo „uso‟, com o consentimento tácito de todas as pessoas que
admitem sua força como norma a seguir na pratica de determinados atos. Neste sentido, então, afirma-se que o costume tem força
de lei (...).
b) Fontes indiretas ou mediatas são aquelas que não elaboram de imediato as normas jurídicas (o direito), mas sim
mediatamente, posto que não possuem a mesma “força” das fontes imediatas. As Fontes Indiretas ou Mediatas são constituídas
pela doutrina e jurisprudência, e essas se constituem fontes mediatas pelo fato de criarem o direito sob a forma indireta, já que têm
como base aquelas. Ou seja, a doutrina e a jurisprudência são formadas a partir das leis e dos costumes de determinado local.
DOUTRINA, proveniente do latim doctrina, docere, que significa ensinar. Assim, doutrina constituí-se na obra jurídica que
ensina a ciência do Direito; são os livros que tratam sobre os ramos do direito (civil, constitucional, penal, trabalhista etc.).
JURISPRUDÊNCIA é o conjunto de decisões reiteradas sobre o mesmo assunto por juízes Silva (2002) a define
jurisprudência da seguinte forma:
(...) a sábia interpretação e aplicação das leis a todos os casos concretos que se submetam a julgamento da justiça. Ou
seja, o hábito de interpretar e aplicar as leis aos fatos concretos, para que, assim, se decidam as causas. Desse modo, a
jurisprudência não se forma isoladamente, isto é, pelas decisões isoladas. É necessário que, pelo „hábito‟, a interpretação e
explicação das leis a venham formar. (ibid, p. 467)
Pois bem, tudo o que você estudou até aqui lhe dá uma noção básica, porém fundamental sobre Direito. A partir de agora,
e até o final deste item, a abordagem de seu estudo estará focado nas Leis, que são, como você já deve ter presumido, a base do
Direito.
Observe que a autoridade constituída formula/institui a Lei em razão do poder que lhe é delegado pelo povo. Este direito
de outorga do povo, no caso do Brasil – um País democrático – está garantido na Constituição que diz que “Todo poder emana do
povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”. (parágrafo único do artigo 1º
da Constituição Federal)
As Leis podem ser classificadas, quanto à natureza, à origem, ao destino e aos efeitos.
Natureza das Leis
Com relação à sua natureza (espécie, qualidade), podemos considerá-las como substantivas ou adjetivas.
• Leis substantivas - são leis de direito material que definem os direitos e garantias da sociedade.
• Leis adjetivas - são leis de direito formal que instituem regras de aplicabilidade dos direitos e garantias estabelecidos
pelas leis substantivas. São, portanto, leis processuais que determinam como devemos proceder para pleitearmos os direitos
garantidos pelas leis substantivas.
Como exemplo podemos citar:
O Código de Direito Processual Civil e o Código de Direito Processual Penal, que estabelecem como proceder para
pleitearmos os direitos contidos no Direito Civil e Direito Penal, respectivamente.
Origem das leis
Quanto à origem, as leis têm a seguinte classificação: federal, estadual e municipal. Ou seja, os entes políticos
competentes na elaboração das leis são:
• A União (Federal) – que por intermédio do Congresso Nacional (Câmara e Senado) e/ou da Presidência da República
institui as Leis Federais.
• Os Estados – que por intermédio das Assembléias Legislativas (casa legislativa em cada um dos Estados da Federação
– exceto Distrito Federal -, composta pelos deputados estaduais) e/ou do Governo do Estado criam as Leis Estaduais.
• Os Municípios – que elaboram as Leis Municipais por intermédio das Câmaras Municipais (casas legislativas dos
municípios, compostas pelos vereadores) e/ou da Prefeitura Municipal.
• O Distrito Federal – que institui Leis por intermédio da Câmara Legislativa (composta pelos deputados distritais) e/ou do
Governo do DF. O Distrito Federal tem as funções de Estado e de Município, sendo organizado em Regiões Administrativas. Por
isso, sua casa legislativa é um misto de Assembléia Estadual e Câmara Municipal.
Efeitos da lei
No que concerne à classificação da Lei em razão dos efeitos que produz, podemos distingui-la como: imperativa,
proibitiva, facultativa, primitiva.
Já o sentido lato é o significado sem definição exata, genérico, geral e amplo. Portanto, Lei em sentido lato, é a
compreensão ampla do termo, ou seja, constituí-se em todos os atos emanados do poder público competente, independentemente
do nível hierárquico ou da autoridade. Implica na compreensão da Lei em todos os seus sentidos, inclusive, em sua acepção estrita.
Com estas noções você já pode seguir adiante, mas antes faça os exercícios sugeridos.
VAMOS EXERCITAR
01- ( ) Andre Franco Motoro afirma que : O direito e uma necessidade humana.
02- ( ) Direito e moral não devem ser confundidos, mas, também, não podem ser separados porque o direito faz parte da moral.
03- ( ) Segundo Miguel Reale O direito é mais amplo que a moral.
04- ( ) A lei e os costumes são fontes imediatas porque o direito nasce diretamente delas.
05- ( ) As fontes indiretas ou mediatas são constituídas pela doutrina e jurisprudência.
GABARITO
Consta no final da apostila
Neste ponto vamos abordar vários temas relativos às Leis e ao seu cumprimento. Primeiro, vamos explorar os princípios
que regulam a hierarquia das leis, depois identificamos as fases de aprovação das Leis no Congresso Nacional, em seguida
abordaremos o processo de interpretação e sua funcionalidade. E, por último, mas não menos importante, discutiremos como
ocorre a organização judiciária, bem como o processo judiciário.
Então vamos iniciar discutindo as Leis e sua hierarquia.
Importante
A hierarquia das leis ocorre da mesma forma que o simples exemplo acima mencionado. Isto porque a lei
hierarquicamente inferior, além de dever estar de acordo com os ditames estabelecidos pela lei hierarquicamente superior, não
pode ultrapassar sua competência (não pode legislar sobre matérias que não são de sua alçada).
Isso significa dizer, então, que existem Leis hierarquicamente inferiores e hierarquicamente superiores.
A Constituição Federal, também denominada de Lei das Leis, Carta Magna, Lei Suprema e Lei Maior, é hierarquicamente
superior a todas as Leis.
Não existe nenhuma lei superior à Constituição Federal e, portanto, ela não está adstrita a nenhuma outra Lei, salvo as
cláusulas pétreas que não podem ser modificadas ou excluídas.
Já no que diz respeito às demais leis, todas são hierarquicamente superior e hierarquicamente inferior.
Por exemplo:
A Emenda Constitucional é hierarquicamente superior às Leis Complementares, mas é hierarquicamente inferior à
Constituição Federal.
Embora a hierarquia das leis não conste de modo expresso na Constituição, encontra-se evidenciada pela força e
matérias destinadas a cada modalidade de Leis.
Assim, as Emendas à Constituição são as únicas que possuem competência para modificar, extinguir ou instituir os
artigos da Constituição da República Federativa do Brasil.
Como já foi dito, no entanto, os artigos constitucionais chamados de cláusulas pétreas não podem ser modificados e/ou
extintos pelas Emendas Constitucionais.
Essas cláusulas só podem ser alteradas ou extintas com a instituição de uma Nova Constituição, por intermédio do poder
constitucional originário.
Contudo, enquanto as Emendas Constitucionais têm o poder de modificar, instituir ou extinguir artigos constitucionais, as
Medidas Provisórias não podem dispor sobre direito penal, nacionalidade, direito eleitoral etc.
É nítida, portanto, a diferença de alcance e força dessas Leis, e por tal motivo que existe a hierarquia, para evitar que Leis
mais “fracas” e com processo legislativo mais simplificado disponham sobre assuntos de maior relevância nacional.
Veja, então, a ordem hierárquica das Leis na pirâmide a seguir.
Como você observou, o quadro mostra de forma bem simplificada o caminho que uma Lei percorre desde a iniciativa
(apresentação da proposição) até sua a entrada em vigor. De forma literal, podemos resumir as fases da seguinte forma:
1ª. Iniciativa - apresentação do projeto de Lei ou Emenda de Deputados Federais ou Senadores (na Câmara dos
Deputados ou Senado - Congresso Nacional); Deputados Estaduais (na Assembléia Legislativa); Vereadores (nas Câmaras
Municipais).
2ª. Aprovação da Casa Criadora.
3ª. Aprovação ou Emenda da Casa Revisora (caso haja emenda, o projeto retornará à Casa Criadora para a sua
aprovação e, depois, voltará novamente para aprovação da Casa Revisora).
4ª. Sanção ou Veto do Presidente da República.
5ª. Promulgação (caso a lei seja sancionada pelo Presidente da República).
6ª. Publicação.
7ª. Entrada em vigor na data estabelecida pela Lei; ou, se esta for omissa quanto à data, a Lei passará a viger em todo
país quarenta e cinco dias após a sua publicação (quando a obrigatoriedade da lei for admitida nos Estados estrangeiros, passará a
vigorar, nesses, três meses após a sua publicação oficial – ver o §1º do artigo 1º da Lei de Introdução ao Código Civil – Decreto-Lei
nº 4.657/1942)
Importante!
Se for vetada (seja na íntegra ou parcialmente) pelo Presidente da República, a Lei retornará ao Congresso Nacional para
nova deliberação, na qual o veto poderá ser mantido ou derrubado.
Da Organização Judiciária
A organização judiciária pode ser traduzida como o encaixe de todas as “peças” que compõem o Poder Judiciário a fim de
criar uma unidade.
Mas como saber quais são as “peças” que compõe o Poder Judiciário?
Pois bem, leia a Constituição Federal no artigo 92. Nesse artigo você verá que o Poder Judiciário é composto por
juízes, que compõe as Varas da Primeira Instância; por desembargadores, que compõem os Tribunais (Órgão de Segunda
Instância); e por ministros, que compõem os Tribunais Superiores.
Sendo assim, os órgãos que compõe o Poder Judiciário são:
• Supremo Tribunal Federal
• Conselho Nacional de Justiça
• Superior Tribunal de Justiça
• Tribunais Regionais, Federais e Juízes Federais
• Tribunais e Juízes do Trabalho
• Tribunais e Juízes Eleitorais
• Tribunais e Juízes Militares
• Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal
Todos estes órgãos possuem o conhecido poder jurisdicional, isto porque detém a atribuição de administrar a Justiça.
“Assim, em sentido eminentemente jurídico ou propriamente forense, exprime a extensão e limite do „poder de julgar‟ de um juiz”.
(SILVA, 2002, p.466)
Visualize, agora, no diagrama simplificado abaixo a hierarquia e distribuição de competência entre órgãos do Poder
Judiciário:
Atenção! Você não deve confundir o “Código de Processo Civil” com o “Código Civil”. De forma bem simplificada: o
Código Civil, retifique-se, o Novo Código Civil (porque foi reformulado e entrou em vigor em janeiro de 2003 - em meio a críticas e
controvérsias -, depois de quase trinta anos tramitando no Congresso Nacional) é o estatuto que regula sobre os direitos e
obrigações da pessoa humana, sobre os bens, sobre os fatos jurídicos e sobre as empresas. Já o Código de Processo Civil, como
você está estudando, estabelece as regras processuais, bem como os procedimentos a serem adotados.
Na Justiça do Trabalho
Primeiramente, é importante ressaltarmos que os conflitos trabalhistas podem ser resolvidos extrajudicialmente, isto é,
fora da Justiça do Trabalho, por intermédio das Comissões de Conciliação Prévia.
As Comissões de Conciliação Prévia são comissões instituídas, facultativamente, nas empresas, grupos de empresas e
nos sindicatos com a finalidade de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho. (Artigo 625 da Consolidação das Leis
Trabalhistas - CLT)
Ao passo que a Justiça do Trabalho tem competência para resolver questões atinentes ao direito do trabalho
judicialmente, isto é, com a intervenção do Estado na qualidade de Poder Judiciário. Sendo assim, ela será acionada, em regra, por
trabalhadores ou empregadores, que recebem o nome de Reclamante.
O processo, na Justiça do Trabalho, se inicia com a Reclamação Trabalhista promovida pelo trabalhador em face do
empregador/reclamado (fase postulatória).
Após o ajuizamento desta será marcada uma audiência em que serão praticados os seguintes atos:
• tentativa de conciliação (havendo acordo, os demais atos não serão realizados);
• contestação do reclamado;
• depoimentos do Reclamante, do Reclamado e das testemunhas (fase instrutória);
• apresentação de alegações finais das partes;
• tentativa final de conciliação;
• decisão do juiz (fase decisória).
Você chegou ao fim deste tema, na qual deu mais um passo no seu aprendizado estudando sobre os princípios
determinantes do grau de superioridade das leis, sobre o sistema que influencia a interpretação da Norma Jurídica baseado na
origem, processo e efeito do intérprete, e ainda teve contato com algumas noções de organização Judiciária.
O próximo item lhe dará noções gerais sobre Direito Constitucional, complementando e aprofundando o que você
aprendeu até agora.
Pronto para seguir adiante? Então vamos lá!
06- ( ) A ordem hierárquica das leis obedece a seguinte forma:Constituição Federal, Leis Federais,Lei Complementar,Decreto e
Resoluções, Leis Estatuais e Municipais.
07- ( )O sistema de interpretação da norma jurídica pode ser definido como o conjunto dos métodos de interpretação que buscam
a verdadeira intenção do legislador ao elaborar determinada norma jurídica.
08- ( ) O Conselho Nacional de Justiça é responsável pelo controle da atuação dos promotores, advogados e juízes.
09- ( ) Os conflitos trabalhistas não podem ser resolvidos extrajudicialmente.
10- ( )Comissões de Conciliação Previa são instituídas, facultativamente, nas empresas, grupos de empresas e nos sindicatos .
GABARITO
Consta no final da apostila
03 – DIREITO CONSTITUCIONAL
No começo desta apostila, por motivos didáticos, foi apresentada a ciência do direito conforme a afinidade de matérias
(divisão em ramos) e conforme o interesse predominante da norma (divisão em direito público ou direito privado).
Observe que o Direito Constitucional é considerado como ramo de direito público interno, em razão do predomínio do
interesse público sobre o privado em suas normas. Pois bem, você aprofundará seus conhecimentos sobre o Direito Constitucional.
República
Consiste no governo do povo para o povo, realizado por intermédio de seus representantes eleitos, que serão
responsáveis pelos seus atos (diferente do que ocorre na Monarquia em que o monarca não responde por seus atos perante o
Tribunal, Câmara ou Senado).
O sistema de governo brasileiro é o Presidencialismo.
No Presidencialismo as funções do Chefe de Governo e do Chefe de Estado são exercidas por um único governante: o
Presidente da República.
A forma de Estado adotada pelo Brasil é a Federativa.
Por isso, a Federação Brasileira consiste na união de todos os seus Estados-Membros, Distrito Federal e Municípios.
No Estado federado, há reunião de vários Estados que formam a federação. Existem várias fontes de Direito, que são a
federal, a estadual e a municipal. (Martins, 2001, p.59)
O regime político adotado pela República Federativa do Brasil é o democrático.
Segundo este regime político, o governo é exercido pelo povo - diretamente pela participação em referendo, plebiscito e
elaboração de leis, ou por intermédio de seus representantes eleitos - e para o povo (veja o Parágrafo Único do Artigo 1º da
Constituição).
Importante ressaltar que o Estado Brasileiro não é apenas democrático, mas sim um Estado Democrático de Direito.
Veja o que Silva (2005) destaca a respeito do assunto:
A democracia que o Estado Democrático de Direito realiza há de ser um processo de convivência social numa sociedade
livre, justa e solidária (art.3º, I), em que o poder emana do povo, e deve ser exercido em proveito do povo, diretamente ou por
representantes eleitos (art.1º, parágrafo único); participativa, porque envolve a participação crescente do povo no processo
decisório e na formação dos atos de governo; pluralista, porque respeita a pluralidade de idéias, culturas e etnias e pressupõe,
assim, o diálogo entre opiniões e pensamentos divergentes e a possibilidade de convivência de formas de organização e interesses
diferentes da sociedade; há de ser um processo de libertação da pessoa humana das formas de opressão que não depende apenas
do reconhecimento formal de certos direitos individuais, políticos e sociais, mas especialmente da vigência de condições
econômicas suscetíveis de favorecer a seu pleno exercício. (SILVA, 2005, p.119)
Agora que você já sabe que a Constituição Federal Brasileira é a própria organização e elaboração do Estado brasileiro, o
próximo passo é analisar os temas dispostos no índice sistemático da Lei Maior.
Ao observar o sumário da Constituição, você verá que o Estado brasileiro é a junção de:
• Princípios fundamentais (Título I)
• Direitos e garantias fundamentais (Título II),
• Organização político-administrativa (Título III),
• Organização dos poderes (Título IV),
• Mecanismos de defesa do Estado e das Instituições Democráticas (Título V),
• Organização tributária e orçamentária (Título VI),
• Organização econômica e financeira (Título VII)
Da organização da União
O Capítulo II (lembre-se que estamos no Título III da Constituição) dispõe sobre os bens, competência
administrativa/funcional, competência legislativa privativa e concorrente da União.
Sendo assim, o Artigo 20 (em seus incisos e parágrafos) é possível conhecer quais são os bens que pertencem à União,
dos quais podemos citar como exemplo as terras devolutas; os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu
domínio; o mar territorial; os recursos minerais...
As diversas modalidades de competência da União estão estabelecidas nos Artigos 21, 22, 23 e 24 da Constituição.
Os títulos a seguir foram estabelecidos por Silva (1994, p. 434-441) - excetuando os dois últimos – e traduzem as
competências da União, de acordo com os artigos citados acima. Clique sobre cada um dos títulos para ver as explicações.
• Competência Internacional
• Manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais (art. 21, incisos I, II III e IV).
• Competência Política
• Decretar estado de sítio, estado de defesa e intervenção federal, legislar sobre direito eleitoral (art. 21, incisos V e XVII;
art. 22, inciso I).
• Competência Administrativa
• Organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios
(art. 21, incisos VI, VIII, XIII, XIV, XV, XVI, XVIII, XIX, XXIV).
• Competência na Área de Prestação de Serviços
• Manter o serviço postal e o correio aéreo nacional (art. 21, incisos X, XI, XII, XXIII).
• Competência em Matéria Urbanística
• Elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação (art. 21, incisos IX, XX, XXI; art. 23, IV e VI; art. 24 I).
• Competência Econômica
• Elaborar e executar planos de desenvolvimento econômico (art. 21, incisos IX, e XXV).
• Competência Social
• Elaborar e executar planos de desenvolvimento social (art. 21, incisos IX e XVIII).
• Competência Financeira e Monetária
• Emitir moeda (art. 21, VII e VIII e 22, VI).
• Competência Material Comum
• Zelar pela guarda da Constituição das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público - todos os
entes políticos possuem esta competência, assim ela é comum e não exclusiva - (incisos do art. 23).
• Competência Legislativa
3.4. Da Intervenção
A União, em regra, não intervirá nos Estados-Membros e no Distrito Federal. É o que diz o Artigo 34 da Constituição.
A intervenção só ocorrerá nos seguintes casos:
I. manter a integridade nacional;
II. repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III. pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV. garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
V. reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
1. suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;
2. deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em
lei;
I. prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
II. assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
3. forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
4. direitos da pessoa humana;
5. autonomia municipal;
6. prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
7. aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
Por sua vez, “O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal,
exceto quando” (art. 35):
I. deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;
II. não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
III. não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações
e serviços públicos de saúde;
IV. o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na
Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
Direito x Garantia
Não devemos confundir o termo direito com a garantia. Direito consiste na possibilidade de fazer ou não fazer alguma
coisa, enquanto que garantia é o meio/instrumento utilizado pelo detentor a fim de que faça ou deixe de fazer alguma coisa.
Ou seja, direito é a declaração que cria, extingue ou modifica determinada possibilidade para o indivíduo fazer ou deixar
de fazer algo.
Podemos citar os seguintes exemplos:
1) Quando dizemos “fulano” tem direito à pensão alimentícia de seu pai, queremos dizer que fulano possui a possibilidade
de fazer com que o pai dele lhe pague pensão alimentícia (cria);
VAMOS EXERCITAR
GABARITO
Consta no final da apostila
O estudo dos itens anteriores lhe proporcionou noções básicas sobre os preceitos e princípios do Direito; sobre hierarquia,
fases e interpretação das leis, bem como sobre a organização e os processos judiciários; e, ainda, permitiu-lhe aprender que todas
as leis existentes em nosso País derivam de princípios fundamentais, estabelecidos numa lei maior: a Constituição Federal.
Pois bem, neste item você vai aprender sobre Direito Administrativo Constitucional, um ramo do direito público interno.
O que é Direito Administrativo?
É importante ressaltar que a conceituação sobre de Direito Administrativo é muito divergente entre os publicistas, uma vez
que diferentes critérios permeiam as definições dadas por diferentes autores. O objetivo deste item, no entanto, é de dar-lhe uma
visão geral sobre as normas que regem a organização e a função da Administração Pública. Sendo assim, de forma bem simplista,
conceituamos Direito Administrativo como o conjunto de normas, julgados e textos doutrinários que abordam como é feita a
Administração Pública.
E por que Direito Administrativo Constitucional?
Porque tem como embasamento principal a Lei Suprema, embora também se faça referência a outras Leis.
Então, conforme a definição dada acima, a Administração Pública é composta por Órgãos Públicos e Entidades que
exercem atividades administrativas. Neste item você vai conhecer um pouco sobre a composição da Administração Pública; já no
próximo item, faremos uma abordagem sucinta sobre os atos administrativos.
A Administração Pública pode ser classificada como direta e indireta, uma vez que se divide em órgãos públicos e
entidade.
A Administração Pública será direta quando a atividade administrativa for praticada pelo Estado, por intermédio de seus
órgãos públicos.
Será indireta quando a atividade administrativa for realizada por entidades estranhas ao Estado, mas que atuam
paralelamente a ele com a finalidade de tornar os serviços e atividades públicas mais eficientes e específicos.
Órgãos Públicos
Os órgãos públicos são representados pela União, Estados-Membros, Distrito Federal e Municípios.
Ante o fenômeno da desconcentração de poder da Administração Pública Direta, os Ministérios (Ministério da Fazenda,
Ministério da Agricultura etc), Secretarias (Secretaria da Educação, Secretaria da Indústria etc), entre outros, também são
considerados órgãos públicos.
Entidades Públicas
A Administração Pública com a finalidade de descentralizar os serviços e atividades públicos criou as Entidades Públicas.
As Entidades são instituídas para majorar o grau de especialidade e eficiência da prestação do serviço público, ou para
explorar atividade econômica com a finalidade de atender a interesses coletivos e imperativos de segurança nacional.
Mas quais são as Entidades públicas?
Elas são as Autarquias, as Agências Reguladoras, as Fundações Públicas, as Empresas Públicas e a Sociedade de
Economia Mista.
• Autarquias são pessoas jurídicas de direito público criadas, por lei específica, para substituírem os órgãos públicos na
prestação de serviços públicos, a fim de que estes se tornem específicos e, por conseguinte, mais eficientes.
4.4. Licitações
A Licitação é um procedimento administrativo que precede o contrato administrativo. Sendo assim, o contrato
administrativo só será celebrado se houver, previamente, um procedimento licitatório, exceto nos casos em que a lei dispensar ou
considerar inexigível (artigos 24 e 25 da Lei 8.666/93 – Lei de Licitações e Contratos da Administração Pública).
Meirelles (2005, p.269) conceitua a licitação da seguinte forma:
Licitação é o procedimento administrativo mediante o qual a Administração Pública seleciona a proposta mais vantajosa
para o contrato de seu interesse. Como procedimento, desenvolve-se através de uma sucessão ordenada de atos vinculantes para
a Administração e para os licitantes, o que propicia igual oportunidade a todos os interessados e atua como fator de eficiência e
moralidade nos negócios administrativos.
Segundo o artigo 2º da Lei Licitações e Contratos, a licitação destina-se a garantir a observância do princípio
constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração, e será processada e julgada em estrita
conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da
probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
Existem seis modalidades de procedimentos licitatórios (licitação), e essas modalidades variam de acordo com a
importância e valor dos contratos:
1. A licitação sob a modalidade de Concorrência ocorre entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação
preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.
2. Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a
todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a
necessária qualificação.
3. Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não,
escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do
instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse
com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.
4. Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou
artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na
imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.
5. Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a
administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no artigo 19 da
Lei 8.666/93, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação.
6. Pregão (Lei 10.520/2002) é modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a aquisição de bens e serviços
comuns com a utilização de recursos de tecnologia da informação, nos termos de regulamentação específica.
O valor é fator determinante da escolha da modalidade de licitação. Assim, em se tratando de obras e serviços de
engenharia existem três tipos de modalidade licitatória, como você pode observar no quadro a seguir:
Em se tratando de compras e serviços, as modalidades licitatórias possíveis são as mesmas que para obras e serviços de
engenharia, porém, o que muda são os valores. Veja o quadro a seguir:
4.9. Orçamento
O termo orçamento nos remete à idéia de avaliação, estimativa, verba etc. Por tal motivo, quando vamos contratar os
serviços de um pedreiro, por exemplo, antes de “fecharmos o negócio” pedimos o orçamento para sabermos quanto iremos gastar e
se poderemos pagar tal serviço.
O orçamento do Estado é quase a mesma coisa, posto que se destina a delimitar, previamente, as receitas e as despesas
de um determinado período.
Harada (2005, p.87) entende que orçamento “é uma lei anual, de efeito concreto, estimando as receitas e fixando as
despesas, necessárias à execução da política governamental”.
Veja, portanto, que o orçamento do Estado é realizado por uma lei orçamentária que traça as despesas e avalia as
receitas necessárias para o cumprimento das metas e objetivos considerados prioritários pelo agente político ante o interesse
público da sociedade.
Existem três espécies de leis orçamentárias: a Lei de Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei de
Orçamentos Anuais. Todas estas leis são elaboradas pelo Poder Executivo e remetidas ao Congresso Nacional para apreciação.
No que concerne a Lei de Diretrizes Orçamentárias, podemos dizer que sua atribuição é determinar as metas e
prioridades da Administração Pública Federal e, para isso, deve tratar sobre quais serão as despesas de capital do exercício
financeiro subseqüente (abrange o período de 1º de janeiro a 31 de dezembro); orientar a elaboração da lei orçamentária anual;
dispor sobre as alterações na legislação tributária; e estabelecer a política a ser aplicada pelas agências financeiras oficiais de
fomento (exemplo: Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, etc.).
Harada (2005, p.101), ao comentar sobre a Lei de diretrizes orçamentárias, esclarece que esta deve anteceder a lei anual.
Isto porque a própria Constituição Federal, em seu §2º, determina que a primeira norteie e trace diretrizes a fim de orientar a
elaboração da lei anual.
Para concluir, importa dizer que a Lei Orçamentária Anual dispõe sobre:
I. orçamento fiscal dos Poderes da União, fundos da União, órgãos e entidades da administração direta e indireta,
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II. orçamento de investimento das empresas estatais;
III. orçamento da seguridade social e de todos os órgãos a ela vinculados. (§5º do Artigo 165 da Constituição)
Nas últimas décadas a administração pública vem sofrendo uma série de mudanças. Vários temas relacionados à
efetividade das ações da administração pública têm estado presentes nas agendas dos encontros sobre o tema, ressaltando não
apenas os princípios que regem a administração pública, mas principalmente o papel do administrador.
VAMOS EXERCITAR
GABARITO
Consta no final da apostila
05 – DIREITO DO CONSUMIDOR
O direito do consumidor é o conjunto de normas, julgados (jurisprudência, acórdão e súmula), e princípios direcionados à
relação de consumo.
Tal direito é de suma importância, já que a Constituição Federal o estabeleceu como direito fundamental dos brasileiros
em seu artigo 5º, inciso XXXII.
Atendendo à determinação legal do mencionado preceito constitucional - “O Estado promoverá, na forma da lei, a defesa
do consumidor” - criou-se o Código de Defesa do Consumidor por intermédio da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990.
VAMOS EXERCITAR
25- ( ) Consumidor e toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como
destinatário final.
26- ( ) Fornecedor é toda pessoas física ou jurídica, publica ou privada, nacional ou estrangeira, bem
como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção,montagem,exportação,
criação,construção,transformação,importação,distribuição ou comercialização de produtos/serviços.
27- ( ) O fornecedor não pode condicionar o fornecimento de um produto ou de um serviço ao fornecimento de outro produto ou
serviço ou seja a famosa venda casada isso constitui pratica abusiva.
28- ( )Para os casos de vicio de qualidade oculto o CDC garente ao consumidor o prazo decadencial.
29- ( )O prazo decadencial para serviço e produto não duráveis e de 30 dias, já os duráveis e de 60dias.
GABARITO
Consta no final da apostila
06 - DIREITO CIVIL
Neste item, serão abordados os conceitos e princípios que regem o Direito Civil. E, para começar, vejamos o conceito de
Direito Civil?
É o direito que rege relação jurídica do “civil” ligada a questões familiares (direito de família), a bens (direito das coisas),
obrigações (direito das obrigações), sucessão (direito das sucessões) e atividades econômicas próprias de empresário (direito
empresarial).
O Direito Civil possui normas gerais e normas especiais. E, por tal motivo, o Código Civil é dividido em duas partes: parte
geral e parte especial.
A parte geral tem como função estabelecer normas gerais (essências) sobre pessoas, bens (noções gerais) e fatos
jurídicos necessários para o entendimento e aplicação das normas específicas do direito civil.
Veja bem: O fato de uma lei nova, que revogou uma lei antiga, deixar de vigorar em virtude de vigência temporária
estabelecida não significa que a lei antiga voltará a viger. Muito pelo contrário, a restauração da lei antiga, pelo motivo exposto
(perda da vigência da lei nova), é proibida no Brasil, e tal fenômeno é chamado de repristinação. (Artigo 2º, § 3º, da Lei de
Introdução ao Código Civil)
Importante!
O Artigo 3º da Lei de Introdução ao Código Civil determina que a ninguém é permitido alegar o desconhecimento da lei
como motivo do seu descumprimento.
VAMOS EXERCITAR
30- ( ) A lei de introdução ao Código Civil determina que a ninguém é permito alegar o desconhecimento da lei como motivo do seu
descumprimento.
31- ( ) Podemos dizer que a posse consiste no exercício, pleno ou não de alguns poderes inerentes a propriedade.
32- ( ) São exemplos de modalidade de obrigação: solidaria,divisível,indivisível e alternativa.
33- ( ) A obrigação de dar se subdivide em duas : obrigação de dar coisa certa ou de dar coisa incerta.
34- ( ) A obrigação de não fazer coisa consiste numa ação do devedor , num ato ou serviço deste.
GABARITO
Consta no final da apostila
7 – DIREITO COMERCIAL/EMPRESARIAL
A legislação básica, ou seja, comum e geral do Direito comercial origina-se no Código Comercial. Neste item, solicitamos
a você que tenha o Código Comercial em mãos para que possa analisar seus princípios e artigos. Você o encontrará disponível no
site: http://www.dji.com.br/codigos/1850_lei_000556_ccom/ccom.htm
Vamos começar?
Veja, com o Novo Código Civil, a modalidade da atividade praticada pelo empresário não é mais requisito essencial para
considerá-lo como tal. O que importa, segundo a atual visão do Direito Empresarial é que essa modalidade seja economicamente
organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços.
Por exemplo:
Podemos citar umas clínicas médicas, instituídas legalmente, com registro conforme manda a Lei, e que, além de possuir
vários médicos, conta com o apoio de inúmeros funcionários (secretárias, faxineiras e assim por diante), numa mega estrutura. Os
pacientes que freqüentam essa clínica não procuram o “Dr. Fulano”, mas qualquer um dos médicos que atendam lá. Observem
como esta clínica atua de forma totalmente empresarial e é o oposto do consultório médico em que os pacientes vão a procura do
“Dr. Fulano”.
Empresário é pessoa física, enquanto que empresa é pessoa jurídica. Assim, o empresário enquanto pessoa física é
designado de empresário individual. Já a empresa, enquanto pessoa jurídica, é chamada de Sociedade Empresária.
Somente poderá exercer atividade de empresário os que forem absolutamente capazes (estiverem em pleno gozo da
capacidade civil) e não forem impedidos por lei (legalmente impedidos). (vide artigo 972 do Código Civil)
Portanto, os menores de dezoito anos não emancipados, os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, os portadores de
necessidade especial (deficientes mentais), os excepcionais, os pródigos e os índios não podem exercer atividade de empresário
porque não estão em pleno gozo da sua capacidade civil (leiam os artigos 3º e 4º do Código Civil). Ao passo que os impedidos
(proibidos por lei) de exercer atos empresariais são plenamente capazes para a pratica destes, mas em virtude da proibição legal
(lei) não podem exercer atividade de empresário.
São impedidos, por lei, de exercer atos empresariais (atividade empresarial):
a. o falido que não tiver se reabilitado (proibido pela Lei de Falências);
b. os condenados pela pratica de crimes cuja pena vede o acesso à atividade empresarial (proibição feita pelo artigo 35,
inciso II da Lei 8.934/1994);
c. o leiloeiro (proibido pelo artigo 3º, inciso VI, IN-DNRC nº83/1999);
d. os agentes públicos (antigamente chamados de funcionários públicos, são proibidos pelo artigo 117, inciso X, da Lei
8.112/1990 de exercer atividade empresarial de forma direta, ou seja, não podem ser sócios ou acionistas majoritários e não pode
ocupar cargo de administração. Portanto o agente público poderá ser sócio minoritário, acionista minoritário etc.;
e. os estrangeiros ou sociedades não sediadas no Brasil ou não constituídas segundo nossas leis (proibição disposta nos
artigos 1.123 e 1.141 do Código Civil);
f. os devedores do INSS (artigo 95, § 2º, alínea d, da Lei 8.212/91).
Preenchidos todos os requisitos necessários para que possa exercer atividade empresarial regularmente, o empresário,
antes de iniciá-la, deve, obrigatoriamente, se inscrever no Registro Público de Empresas Mercantis denominado de Junta Comercial
(artigo 967 do Código Civil).
Enfim, para que o empresário e a empresa possam exercer sua atividade regularmente e ser considerado regular deve
cumprir com as seguintes obrigações:
a. Inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis (vide artigos 967 ao 969 do Código Civil).
b. Fazer, regularmente, a escrituração dos livros obrigatórios. O diário é livro obrigatório comum já que imposto a todos os
empresários. Existem, também, os livros obrigatórios especiais que são impostos a uma determinada categoria de empresários
(vide artigos 1.180 ao 1.195 do Código Civil).
c. Levantar o balanço patrimonial e o resultado econômico de cada ano - salvo se for Sociedade Anônima que poderá
determinar, em seu estatuto, o levantamento semestral e, no caso de instituição financeira, que também o fará de maneira
semestral (vide artigo 1.179 do Código Civil).
Caso o empresário ou a sociedade empresária não cumpram com tais obrigações, serão considerados irregulares (a
responsabilidade é ilimitada) e não gozarão da proteção legal voltada para os que estão em situação regular (artigos 986 ao 990 do
Código Civil).
Observe também que o empresário rural - de pequeno, médio ou grande porte - e o pequeno empresário terão tratamento
favorecido, diferenciado e simplificado, quanto à inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis (artigos 970 e 971 do Código
Civil).
Pois bem, neste item trataremos apenas das sociedades empresárias, porque são essas cujo conhecimento é de extrema
relevância para você.
As sociedades empresárias estão divididas nas categorias não personificadas e personificadas.
Sociedades Empresárias Não Personificadas
As sociedades empresárias não personificadas se subdividem em:
• Sociedade comum (prevista nos artigos 986 ao 990 do Código Civil)
As sociedades comuns são consideradas irregulares porque, apesar de exercerem atividade empresária, não procederam
à sua inscrição no Registro Público das Empresas Mercantis (Junta Comercial). E não são personificadas porque não possuem
personalidade jurídica.
• Sociedade em conta de participação C/P (prevista nos artigos 991 a 996 do Código Civil)
É a sociedade irregular formada pelo sócio ostensivo e pelo sócio oculto, considerada não personificada em virtude de
não possuir personalidade jurídica.
Rubens Requião (p.374 apud NERY, 2002) ao comentar sobre o assunto afirma:
O sócio ostensivo assume os negócios com terceiros, em seu nome individual e com sua inteira responsabilidade, o sócio
oculto (ou participante) participa com o capital, colhendo os resultados e participando das perdas do negócio. O sócio ostensivo
pode ser sociedade comercial ou comerciante individual.
Sociedades Empresárias Personificadas
A sociedade personificada se subdivide em:
• Sociedade anônima – S/A (prevista nos artigos 1.088 e 1.089 do Código Civil e na Lei 6.404/76)
A sociedade anônima, em regra, é regida pela Lei das Sociedades Anônimas, de nº 6.404/76. Somente iremos aplicar a
elas os artigos do Código Civil nos casos em que aquela lei for omissa.
O capital social da sociedade anônima é formado por ações divididas entre os sócios ou acionistas. Sendo assim, a
responsabilidade dos sócios ou acionistas limita-se ao preço de emissão das ações que adquirirem ou subscreverem.
A inscrição dos atos constitutivos (estatuto social) da sociedade anônima deve ser realizada no Registro Público das
Empresas Mercantis (Junta Comercial) da sua sede.
• Sociedade em nome coletivo – N/C (prevista nos artigos 1.039 e 1.044 do Código Civil)
É a sociedade personificada que só pode ser composta por pessoas físicas. Seus sócios responderão solidária e
ilimitadamente pelas obrigações sociais da sociedade. Ressaltamos que os sócios, no ato constitutivo, poderão limitar entre si a
responsabilidade de cada um.
A inscrição dos atos constitutivos da sociedade (contrato social) em nome coletivo deve ser realizada no Registro Público
das Empresas Mercantis (Junta Comercial) da sua sede.
• Sociedade comandita simples – C/S (prevista nos artigos 1.045 e 1.051 do Código Civil)
Primeiramente, é importante dizermos que essa sociedade é considerada personificada em virtude de possuir
personalidade jurídica. A sociedade em comandita simples é a que possui dois tipos de sócios (pessoas físicas): o comanditário e o
comanditados.
Por exemplo:
Os sócios comanditários possuem R$200.000,00 (duzentos mil reais) em quotas e os comanditados R$250.000,00
(duzentos e cinqüenta mil reais). As obrigações (dívidas) da sociedade são de R$500.000,00 (quinhentos mil reais). Em razão da
responsabilidade ilimitada e solidária a obrigação atingirá as quotas dos comanditários de R$200.000,00 e as quotas no valor de
R$250.000,00 mais R$50.000,00 abatidos do patrimônio pessoal (automóveis, imóveis, móveis etc.).
A inscrição dos atos constitutivos (contrato social) da sociedade comandita simples deve ser realizada no Registro Público
das Empresas Mercantis (Junta Comercial) da sua sede.
• Sociedade limitada – LTDA (prevista nos artigos 1.052 e 1.087 do Código Civil)
Nesta sociedade a responsabilidade, pelas obrigações da empresa, de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas
todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. Em outras palavras, a responsabilidade dos sócios da
sociedade limitada é limitada e só será solidária quando o capital social não houver sido integralizado. Ou seja, se o capital social
da sociedade declarado no contrato social for de R$500.000,00 (quinhentos mil reais) e este valor não houver sido integralizado
(completado) os sócios respondem solidariamente pelo valor que falta para integrar a quantia de R$500.000,00.
A inscrição dos atos constitutivos (contrato social) da sociedade limitada deve ser realizada no Registro Público das
Empresas Mercantis (Junta Comercial) da sua sede.
• Sociedade comandita por ações – C/A (prevista nos artigos 1.090 ao 1.092 do Código Civil e na Lei 6.404/76)
A sociedade comandita por ações é aquela que possui o capital social dividido em ações e é regida pelas mesmas
normas aplicáveis à sociedade anônima. Os administradores, ou seja, os gerentes ou diretores respondem pelas obrigações sociais
da sociedade de forma ilimitada. Enquanto os acionistas comuns possuem responsabilidade limitada ao valor de suas respectivas
ações.
A inscrição dos atos constitutivos (estatuto social) da sociedade comandita por ações deve ser realizada no Registro
Público das Empresas Mercantis (Junta Comercial) da sua sede.
• Sociedade cooperativa (prevista nos artigos 1.093 a 1.096 do Código Civil)
A palavra cooperativa tem sentido de cooperação, colaboração, trabalhar com outros. (SILVA, 2002, p.222)
O código Civil determina que a responsabilidade dos sócios cooperados pelas obrigações sociais poderá ser ilimitada ou
limitada.
A responsabilidade será ilimitada quando o sócio responder solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais. E será
limitada quando o sócio responder somente pelo valor de suas quotas e pelo prejuízo verificado nas operações sociais. Ou seja, tal
responsabilidade será proporcional á sua participação nessas operações.
A inscrição dos atos constitutivos da sociedade cooperativa deve ser realizada no Registro Público das Empresas
Mercantis (Junta Comercial) da sua sede.
VAMOS EXERCITAR
35- ( ) Empresário é toda pessoa física que exerce profissionalmente atividade econômica organizada
para produção ou circulação de bens ou de serviços.
36- ( ) O nome empresarial poderá ser adotado sob a espécie de razão social ou denominação.
37- ( ) O código civil dividiu dois tipos de sociedade em sociedade empresaria e sociedade não empresaria.
38- ( ) A sociedade empresaria não personificada se subdivide em: sociedade anônima,sociedade em nome coletivo, sociedade
comandita simples,sociedade limitada,sociedade comantida por ações.
39- ( ) A sociedade empresaria personificada se subdivide em: sociedade comum e sociedade em conta participação.
GABARITO
Consta no final da apostila
Inúmeros fatos e eventos sociais ocasionaram e influenciaram o aparecimento do movimento operário e a consciência de
classe trabalhadora. Poderíamos citar alguns como a ação humanitária de alguns homens, as doutrinas sociais e econômicas
surgidas na época (ver na disciplina de Sociologia), as doutrinas sociais da igreja, as legislações dos estados totalitários: Itália,
Alemanha e União Soviética, as duas grandes guerras mundiais (Tratado de Versalhes e criação da OIT - Organização
Internacional do Trabalho), entre outros.
Para relembrarmos, vale destacar que na história da humanidade a escravidão foi a primeira forma de trabalho por conta
alheia e sua característica principal era a identificação da pessoa do trabalhador como objeto.
Na lenta evolução da humanidade e das formas de gestão e organização do trabalho produtivo surgiram outras formas de
trabalho até chegarmos nas organizações contemporâneas, inclusive, com uma enorme diversidade de trabalhos profissionais.
Os vários momentos históricos nos mostram que houve evoluções, mas há ainda muito que superar em relação a nossos
antepassados. Por exemplo, o próprio trabalho escravo não foi extinto em várias atividades e em diversos países (como aqui no
Brasil, com suas mais diversas formas e práticas de trabalho escravo).
O conceito de trabalho escravo, segundo a OIT, é o seguinte:
“Toda a forma de trabalho escravo é trabalho degradante, mas a recíproca nem sempre é verdadeira. O que diferencia um
conceito do outro é a liberdade. Quando falamos de trabalho escravo, falamos de um crime que cerceia a liberdade dos
trabalhadores. Essa falta de liberdade se dá por meio de quatro fatores: apreensão de documentos, presença de guardas armados
e “gatos” de comportamento ameaçador, por dívidas ilegalmente impostas ou pelas características geográficas do local, que
impedem a fuga.”
No Brasil, lamentavelmente, as formas de escravidão são muito difíceis de combater. E engana-se quem pensa que o
trabalho escravo se dá só na área rural; há também o trabalho escravo urbano que, embora seja em dimensões menores que o
rural, tem características próprias e exigem instrumentos específicos de combate.
Por exemplo:
A secretária que trabalha para advogado, médico, engenheiro (dentre outros que podem se enquadrar na classificação de
profissionais liberais) é empregada.
Portanto, aqueles são equiparados a “empregadores”, já que admitiram empregado.
Importante!
O requisito primordial para a definição de „empregador‟ e „equiparado a empregador‟ é admitir empregado. Isso porque, se
a pessoa física ou jurídica possui empregado, significa que há relação de emprego e que foram preenchidos os requisitos
peculiares para a classificação de empregado e empregador.
Importante!
Quando o empregado for menor de dezoito anos a celebração do contrato de trabalho somente será válida com a
autorização dos pais ou do responsável legal do menor. Os menores de 18 anos não podem trabalhar em atividades noturnas,
insalubres ou perigosas (periculosidade). E ainda, os menores de 14 anos só podem trabalhar na condição de aprendiz. Veja o que
diz o inciso XXXIII do artigo 6º da Constituição Federal:
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre aos menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores
de quatorze anos, salvo na condição de aprendiz.
O contrato de trabalho pode ser por tempo determinado ou por tempo indeterminado.
• Será por tempo determinado quando for estipulado prazo para o término do respectivo contrato.
Exemplo:
Contrato de safras, em que os “bóia fria” são contratados só no período da colheita, ou seja, por prazo determinado.
• Ao passo que, será por tempo indeterminado, quando não houver prazo estipulado para o seu término.
Em regra, empregador tem o prazo de quarenta e oito horas para anotar e devolver a Carteira de Trabalho e Previdência
Social. Mas, em locais que não possuem órgão que emita a carteira (Delegacias Regionais do Trabalho; órgãos federais, estaduais
Importante!
Para o trabalhador agrícola a lei considera noturno o horário compreendido entre as 21 horas e 5 horas. Já para o
pecuário a lei estabelece como noturno o período entre as 20 horas de um dia e 4 horas do dia seguinte.
Atenção: a hora noturna dos trabalhadores agrícolas e pecuários é equivalente à hora diurna, ou seja, é de sessenta
minutos.
Importante!
As férias dos empregados domésticos são de 20 dias úteis e não de 30 dias corridos.
VAMOS EXERCITAR
40- ( ) São característica do empregado: pessoa física, pessoalidade, habitualidade, subordinação, onerosidade.
41- ( ) Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite,
assalario e dirige a prestação pessoal de serviços.
42- ( )O contrato de trabalho pode ser feito de forma tácita ou expressa e, ainda apenas de forma escrita.
43- ( ) A jornada de trabalho comum, não pode ser superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais.
44- ( ) Não há diferença entre a hora noturna dos trabalhadores agrícolas e pecuários.
45- ( ) O empregador devera conceder ao empregado o seu direito a férias, dentro do prazo de 12 meses subseqüente ao período
concessivo.
46- ( ) Salário inclui a soma da remuneração mais as gorjetas.
47- ( ) Remuneração é o conjunto de retribuição recebida habitualmente pelo empregado pela prestação de serviço, em dinheiro,
ou, em utilidade, proveniente do empregador ou de terceiros mas decorrente a contrato de trabalho.
48- ( )Gorjetas e a prestação de serviço paga pelo empregador ao empregado.
49- ( ) O contrato de trabalho se extingue por vontade bilateral ou unilateral da partes ou por fato alheio á vontade das partes.
50- ( )Na dispensa sem justa causa o contrato cessara por vontade exclusiva do empregador.
GABARITO
Consta no final da apostila
GABARITO
ALMEIDA, Amador Paes de. Curso prático de processo do trabalho. 9 ed. São Paulo: Saraiva, 1996.
AZAMBUJA, DARCY. Teoria geral do Estado. 35 ed. São Paulo: Globo, 1996.
AZEVEDO, Álvaro Villaça; VENOSA, Silvio de Salvo. Código Civil anotado e Legislação complementar. São Paulo: Atlas, 2004.
BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Constitucional. 17 ed. São Paulo: Saraiva, 1996.
BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Financeiro e de Direito Tributário. 8 ed. São Paulo: Saraiva, 2001.
BONAVIDES, Paulo. Teoria do Estado. 3. ed. São Paulo: Malheiros, 1995.
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DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: Teoria das obrigações contratuais e extracontratuais. 17 ed. São
Paulo: Saraiva, 2002. 3 v.
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil brasileiro: Teoria geral do Direito Civil. 19 ed. São Paulo: Saraiva, 2002. 1 v.
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WAMBIER, Luiz Rodrigues (Coord.) et al. Curso avançado de Processo Civil. 5 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
As grandes questões mundiais e locais sobre desemprego, preços, crescimento econômico etc perpassam a disciplina
que você irá iniciar agora que trata de economia e mercado. Antes de iniciar o conteúdo propriamente dito, faça uma
reflexão sobre as questões abaixo:
1) na sua percepção, o desemprego é um dos mais complexos problemas das sociedades?
2) você compreende como e por que cada vez mais a economia de um país depende da economia mundial?
I – ECONOMIA
1.1. Definição
A expressão economia tem origem na palavra grega oikos, que significa casa, fortuna, riqueza, e na palavra nomos
(também grega), que quer dizer lei, regra ou administração.
Vejamos agora outras idéias para que você possa consolidar o conceito de economia:
A Economia é a ciência que estuda a atividade produtiva. De forma geral esse estudo tem por objeto a atividade
econômica de toda sociedade, tais como, as empresas como unidades de produção e as família como unidade de consumo.
Modernamente, “define-se economia como a ciência que estuda o emprego de recursos escassos, entre usos alternativos,
com o fim de obter os melhores resultados, sejam na produção de bens, ou na prestação de serviços”. (Souza, 2003)
O sistema econômico é a forma como a sociedade está organizada para desenvolver as atividades econômicas de
produção, circulação, distribuição e consumo de bens e serviços.
Mas para que esses fatores façam parte do processo produtivo, eles precisam estar organizados de tal forma que a
sua combinação resulte em algum bem ou serviço.
Vale destacar, porém, que o agrupamento básico demonstrado no esquema pode ser representado por outros elementos.
Nos agrupamentos básicos mais representativos da sociedade, mesmo que em uma versão simplificada e preliminar do
sistema, é fundamental identificar os principais setores de produção, bem como os resultados de suas atividades operacionais,
segundo os tipos e a destinação dos bens e serviços que fornecem.
O objeto de estudo da economia está relacionado à investigação do comportamento humano quanto às relações de custo,
recursos, troca etc. Toda ação humana que envolve a trilogia produção, consumo e distribuição é uma atividade econômica.
A economia é também o estudo de como as pessoas asseguram meios para sua sobrevivência (alimentação, moradia,
transporte, etc), focando nos problemas enfrentados por estas pessoas e as maneiras como estes problemas são resolvidos.
Os problemas da economia surgem em função da escassez de bens e serviços, visto que a limitação de recursos
produtivos provoca a limitação da oferta de bens. A escassez, destaca o prof. VASCONCELOS (2002), “surge em virtude da
necessidade humana ilimitada e da restrição física de recursos”.
Demanda de Mercado pode ser representada pelo comportamento do consumidor em relação a um determinado produto.
Observe que quando o preço está em um nível elevado, a demanda pelo produto é menor, isto é, uma parte dos consumidores não
está disposta a adquirir o produto a este preço.
A Demanda é uma relação que demonstra as quantidades de um bem ou serviço que os compradores estariam dispostos e
seriam capazes de adquirir a diferentes preços de mercado.
A Oferta descreve o comportamento das empresas no tocante à quantidade de um determinado produto que deseja ofertar
a preços alternativos.
O Equilíbrio de Oferta e Demanda ocorre no ponto onde a quantidade demandada iguala a quantidade ofertada. Para que
se mantenha um bom equilíbrio, é importante observar algumas questões:
a) Quais são os bens e serviços a produzir.
b) Como produzir estes bens e serviços.
c) Para quem produzir os bens e serviços.
d) Depois de prontos os bens, a quem distribuí-los.
Com base nas definições acima temos a trilogia básica da economia, como observa-se no seguinte esquema:
Produção
Consumo Distribuição
O processo produtivo possui elementos indispensáveis, veremos a seguir como funciona este processo.
O termo produção tem origem na expressão latina producere, que significa criar bens econômicos ou serviços
oferecendo-os a venda ou a troca. A ação produzir significa fazer aparecer bens ou serviços, destinados à venda ou a
troca. Também significa fazer aparecer o valor: a prestação de qualquer serviço que possa ser avaliado economicamente,
isto é, que seja possível atribuir a ele um valor que constitui produção.
É importante para você, caro aluno, conhecer e entender alguns conceitos básicos da área de economia que irão
contribuir no melhor desempenho de suas funções de corretor de imóveis.
3.6.1. Carregamento
O carregamento define qual a quantidade de trabalho que deve ser dada a cada parte da produção e pode ser feito de
forma finita ou infinita
1. Carregamento Finito
É um conceito que somente atribui trabalho a um centro de trabalho, como por exemplo, uma pessoa, uma máquina, ou
então um grupo de pessoas ou de máquinas até um limite estabelecido. O carregamento finito é usado em:
Operações em que é possível limitar a carga.
Operações em que é necessário limitar a carga.
Operações em que o custo da limitação da carga não é proibitivo.
2. Carregamento Infinito
Ele tenta corresponder à aceitação do trabalho. O carregamento infinito é usado em:
Operações em que não é possível limitar o carregamento.
Operações em que não é necessário limitar o carregamento.
Operações em que o custo de limitação é proibitivo.
3.6.2. Seqüenciamento
O seqüenciamento é responsável por decidir a ordem em que o trabalho será executado na operação. As prioridades dadas
ao trabalho em uma operação são, freqüentemente, estabelecidas por um conjunto predefinido de regras. Existem muitas regras de
decisão diferentes quanto a prioridades, que podem ajudar as operações a tomar essas decisões.
3.6.3. Programação
A programação determina quando as atividades serão iniciadas e terminadas. pode ser feita tanto para trás como para
O estoque é muito freqüentemente gerenciado através de sistemas computadorizados, que têm algumas funções,
como atualização dos registros de estoque, geração de pedidos, geração de relatórios de estoque, previsão de demanda
entre outros.
3.12.9. As metas colocadas pelo JIT em relação aos vários problemas de produção são:
Zero defeitos;
Tempo zero de preparação (“setup”)
Estoque zero.
Movimentação zero.
Quebra zero.
LEAD TIME zero.
Lote unitário (uma peça).
MERCADO
Local onde se encontram as pessoas, famílias, unidades produtivas, com a finalidade de efetuar transações econômicas,
ou seja, realizar operações de compra e venda de bens e/ou serviços.
Segundo Rossetti (2003, p.395), o conceito de mercado diz respeito a “um lugar determinado onde os agentes econômicos
realizam suas transações”. Outro conceito importante sobre mercado é proposto por Sandroni (1989, p.193): “De forma geral o
termo designa um grupo de compradores vendedores que estão em contato suficientemente próximo para que as transações entre
eles afetem as condições de compra e venda dos demais”.
O mercado está estruturado em diferentes formas, definidas a partir de um conjunto de elementos igualmente distintos:
Número de agentes envolvidos;
Formas de componentes dos agentes;
Natureza do fator de produção ou do produto.
A estrutura básica do mercado pode ser definida em quatro elementos que apresentam características e condições
específicas:
Concorrência perfeita;
Monopólio;
Oligopólio;
Concorrência monopolística.
4.1.2. Monopólio
O monopólio situa-se no outro extremo, é o oposto da concorrência perfeita. Para que exista o monopólio, é necessárias que
sejam dadas as seguintes condições:
Unicidade – há apenas um comprador ou fornecedor (vendedor) que domina totalmente a oferta ou a procura do bem ou
serviço, este tem influência direta no preço.
Insubstitutibilidade – o produto ou serviço da empresa monopolista não tem substituto. A necessidade dos
consumidores não tem como substituir com a mesma satisfação com outro produto.
Barreiras – existem barreiras de entrada de novas empresas ou fornecedores do produto no mercado monopolista, é
impossível a entrada.
Poder – a expressão “poder de monopólio” caracteriza a posição privilegiada em que se encontra o monopolista.
Extra-preço – devido o domínio do mercado: o preço e as quantidades são definidas pela empresa do monopólio que
pratica preços que desestimulam a entrada de novas empresas.
Opacidade – por definição os monopólios são opacos, as transações não são transparentes, não se tem como saber dos
processos produtivos, fontes fornecedoras, níveis de oferta etc.
Existem vários tipos de concorrência imperfeita; o monopólio é um deles.
Concorrência imperfeita só existe se um comprador ou um vendedor pode influenciar no preço. Dizemos que este
comprador ou vendedor detém poder de mercado.
4.1.3. Oligopólios
A palavra aparece no plural devido a existência de vários tipos de oligopólio . No oligopólio, nós encontramos um número
pequeno de empresas compradoras ou vendedoras. Alguns mercados são dominados por algumas empresas grandes; outros
contêm milhares de vendedores. Uma indústria onde poucos vendedores têm certo poder chama-se oligopólio, isto é, poucos
vendedores. É o tipo de estrutura de mercado, nas economias capitalistas, em que poucas empresas detêm o controle da maior
parcela do mercado. Numa indústria oligopolista, os produtores sabem que têm certo controle sobre o preço.
Uma indústria significa o conjunto de produtores de um bem ou serviço. O termo indústria pode ser empregado em relação
a qualquer bem ou serviço, não apenas aos produtos manufaturados.
O oligopólio é um pequeno número de empresa e é difícil estabelecer limites. Podem existir oligopólios mesmo quando
existe um número bastante grande de concorrentes.
É mais comum a existência de um pequeno número de empresas lideres e co-líderes, que dividem entre si uma grande fatia
do mercado como um todo. Da mesma forma que os outros tipos de mercado, para a existência de oligopólio algumas
características são importantes. Vamos a elas:
Diferenciação – é uma das características que alteram a característica da homogeneidade, substitutibilidade e
padronização.
Rivalização – os concorrentes que atuam sob condições de oligopólio são fortes rivais entre si. Vale ressaltar que essa
característica do oligopólio nem sempre ocorre.
Barreiras – é também uma característica existente na estrutura de mercado do oligopólio, já que o número de
participantes são reduzidos e de baste poder no mercado.
Preço, extra-preço e poder – no oligopólio a definição de preço, o extrapreço e o poder são também características do
mercado oligopolista.
Visibilidade – existência da visibilidade entre os componentes do monopólio é um fator comum, já que as estratégias do
grupo são definidas em comum, os componentes do oligopólio normalmente usam a mesma estratégia na definição de preços e de
quantidades produzidas.
CONCLUINDO...
Para finalizarmos os estudos de economia gostaríamos de retomar os nossos propósitos pedagógicos. Como
você pôde perceber, é de fundamental importância para o Corretor de Imóveis compreender as noções, conceitos e as
teorias que regulamentam a ciência econômica.
Os conceitos que estudamos são diretamente aplicáveis às tarefas que você deverá analisar, interpretar e avaliar os
fatos econômicos para a tomada de decisão referente aos processos que afetam a vida nas organizações.
Esperamos que você possa ter desenvolvido sensibilidade para a leitura dos fatos econômicos e das interfaces
complexas com outras áreas do conhecimento e que possa realizar predições (antecipações) com base nos construtos
teóricos da economia. E por fim que esteja apto para formar opiniões bem fundamentadas sobre as áreas da nossa vida
em que as forças econômicas e o interesse público se entrelaçam como um todo.
V - REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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MAGDOFF, Harry. Imperialismo: Da era colonial ao presente. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.
MAGDOFF, Harry. O fim da prosperidade: A economia americana na década de 1970. Rio de Janeiro: Campus, 1978.
MACEDO, Jamil P. De. Manual do Técnico em Transações Imobiliárias. 11.ed. Goiânia: AB, 1994.
Estamos felizes de tê-lo conosco e ter acompanhado seu empenho até o momento. Queremos relembrar que, o
mundo está sempre em evolução e exige atualizações constantes. Esperamos e acreditamos que, através deste curso você
consiga alcançar e exercer seu profissionalismo de forma eficaz, obtendo o reconhecimento do mercado.
Neste módulo estaremos abordando temas sobre a disciplina “Organizações e Técnicas Comerciais”, para que você,
prezado aluno, possa obter conhecimentos necessários da área administrativa e se tornar um Técnico em Transações
Imobiliárias.
I - A ORGANIZAÇÃO HUMANA
Serviços
Combinados para
produzir produtos
ou serviços.
Se analisarmos a área de processamento, poderemos verificar a existência de vários subsistemas interdependentes e Inter
atuantes, tais como: fabricação, manutenção, almoxarifado, recursos humanos, e de forma auxiliar, os sistemas de informação e
controle.
A empresa não é um sistema fechado e imune à interferências. Durante o ciclo operacional, sofre interferências, que podem
levar a alterações significativas na forma operacional, e como consequência, nos resultados esperados. Podemos dizer que as
transferências são externas e internas e as principais são:
5.5.1. Trustes
Consiste na reunião ou fusão de várias companhias com idêntico ramo industrial, em uma só, com intuito de produzir sem
concorrência, e impor preços aos consumidores dos seus produtos.
5.5.2. Cartéis
O cartel é uma associação de indústrias, elas conservam a sua independência, mas aspiram à organização da produção e da
venda dos seus produtos, para abolição da concorrência.
5.5.3. Monopólio
Consiste na exploração exclusiva de qualquer atividade econômica, seja a exclusividade desse exploração por consentimento
do governo ou forçada pelo poderio econômico.
5.5.4. Polipólio
É o monopólio bilateral, multilateral ou oligopólios.
5.5.5. Corners, Rinqs e pools
Não são empresas, são meras organizações de duração efêmera, destinam-se a especulações no mercado interno. Surtindo
efeito e verificado o seu resultado, positivo ou negativo, dissolvem-se sem qualquer formalidade, assim como foram combinados.
Não se pode definir o padrão ideal, pois cada organização tem suas tomadas de decisões antecipadas. A maior parte das
organizações adota um padrão misto, ou seja, agrupa da maneira que lhe foi mais conveniente.
EMPRESA
Apartamento
s
Casas
Lotes
Divisão Vendas
Seção Lingerie
Seção Roupa
Calçados
Seção Modas
Seção Roupas
S. Perfumaria
Essa modalidade de agrupamento exige conhecimentos especializados e detalhados, na coordenação de atividades relativas
aos clientes.
Divisão Vendas
Departamento Departamento
Feminino Masculino
Seção
Modas
Departamento
Infantil
Seção Seção
Roupas Brinquedos
Supervisor Supervisor
B) Vantagens
Facilitar a participação de especialistas em qualquer ponto da via hierárquica.
Tornar a organização mais facilmente adaptável às necessidade.
Favorecer a execução dos trabalhos dos órgãos de linha.
Utilizar em maior grau a divisão do trabalho.
C) Desvantagens
Exigir, por parte do executivo, hábil coordenação das orientações emanadas do staff.
Sugestões, às vezes, se confunde com as ordens, ou podem entrar em conflito com estas.
Staff tende a usurpar ( tirar, roubar), autoridade dos chefes de linha.
Os órgãos de linha reagem contra as sugestões de staff.
D) Aplicações
Organização de porte médio de caráter técnicos – científicas.
Níveis intermediários das organizações complexas.
Presidente
Staff
Dir. Planejamento
B) Vantagens
Julgamento impessoal
Pontos de vista mais gerais
Facilita a participação de especialistas.
Melhoria na manutenção dos processos políticos: conselho administrativo e diretoria executiva.
C) Desvantagens
Responsabilidade mais diluída.
Decisões mais demoradas.
Dificuldades ou falta de segurança.
D) Aplicações
Cúpula das organizações complexas. Decisões de matérias controvertidas ( tribunais).
C) Desvantagens
Difícil aplicação exigindo grande habilidade gerencial.
Exige maior cuidado no processo de coordenação.
Difícil manutenção da disciplina.
Elevado custo de implantação.
D) Aplicações
Organizações de natureza industrial, especialmente em linhas de produção e montagem.
B) Justificativas
É um excelente instrumento de descentralização operacional.
As empresas norte–americanas adotam “profit-center” (centro de lucro) englobando estrategicamente a idéia de
divisionalização e da descentralização operacional controlada, sendo o gerente divisional inteiramente responsável pelos resultados
da unidade.
Cada estrutura divisional deve ser auto suficiente devendo gozar de ampla competência, para conceber, desenvolver, produzir
e distribuir o respectivo produto, assim como, se for o caso, comprar sua matéria prima, contratar seu pessoal e outras atividades
correlatas.
Gerente divisional dentro do conceito de “profit – center”, é inteiramente responsável pelos resultados de uma unidade.
B) Vantagens
Solidificação da especialização.
Flexibilidade de uso da mão de obra.
Uniformidade em normas e procedimentos.
Centralização de recursos similares a cada função.
Conhecimentos são transferidos de um projeto para outro.
Perspectiva de carreira para profissionais.
C) Desvantagens
Surgimento de conflitos pela disputa de recursos.
Ênfase na especialidade em detrimento de projetos e produtos.
Do ponto de vista de projetos a organização é considerada inflexível e pouco eficiente.
Pode gerar no corpo de profissionais falta de motivação.
B) Outras Características
Unidimensionais. Cada unidade da organização está voltada para o desenvolvimento de um único projeto, sob uma única
gerência.
A base da estrutura é o projeto, desenvolvido segundo especificações dos clientes.
Objetivos e prazos bem definidos.
Prazo relativamente curto, sendo, portanto, estrutura de natureza temporária.
Depende de inovações do produto que se torna obsoleto em pouco tempo.
A sua departamentalização interna é funcional.
C) Vantagens
Unidade de direção, voltada para o objetivo único que é o desenvolvimento do projeto.
Desenvolvimento do espírito de corpo, através da identificação como o projeto .
O gerente controla todos os recursos de que necessita para desenvolver o projeto.
D) Desvantagens da estrutura
Não é bem aceita pela organização permanente devido ao seu caráter temporário.
Os meios são duplicados porque cada projeto existe uma sub-estrutura funcional.
Os recursos são utilizados sem eficácia.
Insegurança no emprego, quando do término do projeto.
B) Vantagens
Equilíbrio de objetivos tanto pela atenção dispensada às áreas funcionais quanto às coordenações de projetos.
Grande flexibilidade para enfrentar ambientes organizacionais de alta complexidade envolvendo riscos, incertezas e conflitos.
Visão dos objetivos dos projetos através das coordenações.
Desenvolvimento de um forte e coeso trabalho de equipe que se identificam com as metas dos projetos.
A utilização de mão de obra pode ser flexível, porquê se mantém uma reserva de especialistas nas estruturas permanentes.
Conhecimento e a experiência podem ser transferidos de um projeto para outro.
C) Desvantagens.
Sub utilização de recursos, com objetivo de se obter a cobertura completa dos projetos, gerando insucesso na obtenção de
economias.
Homem do meio, geralmente trabalha para dois chefes: verticalmente se reporta ao seu gerente funcional e, horizontalmente
ao coordenador de projetos, ficando em posição incômoda em caso de conflito.
Gerente funcional julga que o coordenador de projeto interfere em seu território e esse por sua vez julga que tem pouca
autoridade nas áreas funcionais.
Para minimizar estes problemas devem ser bem definidas as áreas de cada gerente.
Gerente de Projetos:
Atividade gerencial de direção e avaliação do projeto.
Planejamento, proposição e implementação do política de gerência do projeto.
Assegurar a compatibilidade de projeto com os compromissos da organização.
Gerentes Funcionais
Manter as tarefas dentro do cronograma e do orçamento.
IX - TÉCNICA COMERCIAL
9. 1. Conceito.
A Técnica Comercial é a aplicação prática das abordagens técnicas a respeito do comércio, aplicando simultaneamente os
princípios administrativos, jurídicos e econômicos.
No campo imobiliário, é importante que o Técnico em Transações Imobiliárias observe esses princípios, visto que seu campo
de atividades e de atuação exige explanação detalhada do empreendimento que está proposto a realizar.
É necessário para todos que se utilizam das técnicas comerciais, trabalhem sobre planos elaborados para zelar pelo bom
nome profissional, para que possa ser evitados quaisquer imprevisão ou imprevisto.
X - ORGANIZAÇÃO COMERCIAL.
É necessário que a Empresa seja dirigida por pessoas especializadas e competentes em suas áreas de atuação. Dentro de
uma empresa devem existir vários elementos que fazem parte de uma correta administração. Dentre esses elementos
administrativos está presente a organização.
Para que aconteça uma boa organização é importante que exista:
Ordem: A ordem está intimamente ligada com o reconhecimento da autoridade e da obediência, e com o apego à hierarquia.
Para que a organização funcione bem é indispensável que as ordens dadas sejam cumpridos.
Seleção: A seleção feita pela empresa, seja pessoal ou material deve visar a bom desempenho e um funcionamento eficiente.
Para que isso ocorra, alguns aspectos devem ser levados em consideração na hora da seleção, como: a qualidade, a capacitação
profissional, o desempenho, experiência, etc.
Obediência ao planejamento: a empresa comercial que obedece ao planejamento, terá todo seu trabalho sistematizado. Os
benefícios recorrentes a este planejamento será visto no resultado.
Departamentalização: É o agrupamento de setores personalizados em departamentos. O agrupamento de serviços de uma
mesma natureza permite a chefia exercer um controle mais eficiente, visto que todo o trabalho necessita ser controlado, e um só
homem controla apenas um número de pessoas.
Divisão de trabalho: Trata-se da distribuição dos agentes produtores, com o objetivo de aumentar com eficiência os
resultados da empresa. Para que uma organização comercial funcione bem, é preciso dividir e distribuir racionalmente o trabalho e
o tempo.
Conforto: Dentro do pensamento moderno de administração deve-se considerar que o terço do dia se passa no trabalho,
portanto, é importante tornar o ambiente de trabalho aconchegante e desejável.
13.1.1 Riscos
As empresas de companhia de seguros dividem os riscos assumidos em dois grupos:
A) RISCOS FÍSICOS: refere-se a danos físicos e sociais.
B) RISCOS MORAIS: são aqueles que decorrem de condições mentais.
13.1.2. Seguros
Os seguros podem ser:
A) SOCIAL: tem por objetivo garantir a classe trabalhadora o seguro contra acidentes ou desemprego.
B) PRIVADO: trata-se de seguro individual cujo objetivo é a segurança pessoal.
Os seguros podem garantir tanto o pessoal ( vida, acidentes, invalidez, doença, etc.) como patrimonial ( roubo, incêndio, etc.).
O contrato de seguro é composto pelo segurador, segurado, pelo risco e tempo. A apólice, conhecida como o instrumento
formal do contrato de seguro, é formada por esse conjunto.
14.9. BOLSAS
Trata-se de instituições que se destinam a negociar tendo como intermediário corrretores, mercadorias, divisas, valores
mobiliários ou outros bens fungíveis.
As bolsas se classificam de acordo com a prestação de serviço, como:
A) BOLSA DE VALORES: Estabelecimento onde são negociados títulos representativos dos valores mobiliários.
B) BOLSA DE MERCADORIAS: São mercados regulados por normas onde se pratica a compra e venda de produtos classificados
em categorias, tendo como principais produtos o algodão, a soja, o milho, o arroz e o boi em pé.
Para comercializar suas ações, uma empresa tem que se registrar na CVM (Comissão de Valores mobiliários).
Para comprar e vender ações o interessado deve se dirigir a uma agência de valores, pois somente por meio dela será
possível realizar a operação.
Quando os títulos de valores imobiliários são emitidos pela União, Estado, Municípios ou privados, pelas empresas S/A de
capital aberto são denominados de títulos públicos.
Diferença entre ação e debênture: ação é uma fração do capital da empresa e a debênture é uma promessa de pagamento em
dinheiro segundo as condições nela especificadas.
A liquidação ou pagamento dos títulos pode ser à vista (quando o pagamento é efetuado em até três dias), ou a termo, quando
a liquidação for futura, com data previamente marcada.
CONCLUINDO....
Foi um prazer tê-lo em nosso curso Técnico em Transações Imobiliárias à Distância. Esperamos que você tenha
obtido as habilidades e competências necessárias para a sua atuação na área de Operações Imobiliárias, uma vez que o
material didático foi elaborado de forma dinâmica e sua metodologia baseada no respeito às diferenças individuais.
Desejamos sucesso e que você continue na busca por novos conhecimentos, aprimoramento profissional e
acadêmico.
Lembre-se encontrar e usar bem o tempo para estudar são as duas grandes dicas sobre Administração do Tempo em
busca de especialização profissional. .
CHIAVANATTO, Idalberto. Administração nos novos tempos. São Paulo: Campus, 2000.
COSTA, Nelson Eduardo Pereira da. Marketing Pessoal Imobiliário, faça você mesmo. Campo Grande: Editora Ruy Barbosa: 1997.
MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Teoria Geral da Administração: da Escola científica à competitividade da economia
globalizada. São Paulo: Atlas, 2000.
SILVA, Antônio Pereira. Manual Técnico em Transações Imobiliárias. São Paulo: AB Editora, 1994.
I - LINGUAGEM .......................................................................................................................................................................................4
1.1. FUNÇÃO .........................................................................................................................................................................................4
1.2. INSTRUMENTO DE AÇÃO ..................................................................................................................................................................5
1.3. PROCESSO .....................................................................................................................................................................................5
1.4. DIVERSIDADE..................................................................................................................................................................................5
II – TEXTO ...............................................................................................................................................................................................5
2.1. DIVERSIDADE TEXTUAL ...................................................................................................................................................................5
2.2. ADEQUAÇÃO VOCABULAR ................................................................................................................................................................6
2.3. ESTRUTURAÇÃO .............................................................................................................................................................................6
2.4. COERÊNCIA ....................................................................................................................................................................................6
2.5. COESÃO .........................................................................................................................................................................................6
2.6. HIERARQUIA DE IDÉIAS ....................................................................................................................................................................6
2.7. ORGANIZAÇÃO ................................................................................................................................................................................6
2.8. ELEMENTOS DA NARRATIVA ............................................................................................................................................................6
2.9. ARGUMENTAÇÃO E INTENCIONALIDADE.............................................................................................................................................7
2.10. SEMÂNTICA ..................................................................................................................................................................................7
2.11. SINONÍMIA, ANTONÍMIA E POLISSEMIA ............................................................................................................................................7
III - TEXTO TÉCNICO .............................................................................................................................................................................7
3.1. ORGANIZAÇÃO ................................................................................................................................................................................7
3.2. PARAGRAFAÇÃO .............................................................................................................................................................................7
3.3. PECULIARIDADES ............................................................................................................................................................................7
IV - ELEMENTOS GRAMATICAIS ..........................................................................................................................................................7
4.1. FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO ...........................................................................................................................................................7
4.2. ORTOGRAFIA ..................................................................................................................................................................................8
V - DIFICULDADES ORTOGRÁFICAS ...................................................................................................................................................9
5.1. USOS DO PORQUÊ ..........................................................................................................................................................................9
5.2. ONDE/AONDE ...............................................................................................................................................................................10
5.3. MAU/MAL .....................................................................................................................................................................................10
5.4. CESSÃO / SESSÃO / SECÇÃO / SEÇÃO ............................................................................................................................................11
5.5. HÁ/A ............................................................................................................................................................................................11
5.6. MAS / MAIS ..................................................................................................................................................................................11
5.7. QUE E SE .....................................................................................................................................................................................12
VI - ACENTUAÇÃO ...............................................................................................................................................................................14
6.1. OXÍTONAS TERMINADAS EM: ..........................................................................................................................................................14
6.2. PAROXÍTONAS TERMINADAS EM:.....................................................................................................................................................15
6.3. PROPAROXÍTONAS ........................................................................................................................................................................15
6.4. MONOSSÍLABOS TERMINADOS EM: ..................................................................................................................................................15
6.5. HIATOS ........................................................................................................................................................................................15
6.6. DITONGOS ....................................................................................................................................................................................15
6.7. GRUPOS GU, QU ANTES DE E/I: .....................................................................................................................................................15
6.8. ACENTO DIFERENCIAL ...................................................................................................................................................................15
VII – CRASE ..........................................................................................................................................................................................16
VIII – PONTUAÇÃO...............................................................................................................................................................................18
8.1. A VÍRGULA: ..................................................................................................................................................................................18
8.2. O PONTO E O PONTO E VÍRGULA: ..................................................................................................................................................18
8.3. OS DOIS PONTOS: ........................................................................................................................................................................18
8.4. AS ASPAS: ...................................................................................................................................................................................18
8.5. O TRAVESSÃO: .............................................................................................................................................................................18
8.6. AS RETICÊNCIAS:..........................................................................................................................................................................19
8.7. OS PARÊNTESES: .........................................................................................................................................................................19
8.8. OS USOS DA VÍRGULA:..................................................................................................................................................................19
GABARITOS ..........................................................................................................................................................................................20
IX - REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS................................................................................................................................................20
SACONNI, Luiz Antonio. Gramática essencial ilustrada. São Paulo: Atual, 1994.
FIORI, José Luiz. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 2000.
I - MARKETING ....................................................................................................................................................................................... 4
1.1. CONCEITOS E DEFINIÇÕES ..............................................................................................................................................................4
1.2. O MARKETING IMOBILIÁRIO..............................................................................................................................................................4
II - HISTÓRIA E EVOLUÇÃO.................................................................................................................................................................. 4
2.1. NASCIMENTO ..................................................................................................................................................................................4
2.2. AS FUNÇÕES DO MARKETING ...........................................................................................................................................................4
2.3. FILOSOFIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING ...............................................................................................................................4
2.4. SEGMENTAÇÃO DO MERCADO ALVO..................................................................................................................................................5
2.5. FERRAMENTAS DE MARKETING MAIS UTILIZADAS ...............................................................................................................................5
2.6. DEFICIÊNCIAS SUPRIDAS PELA AÇÃO DO MARKETING........................................................................................................................5
2.7. COMPOSTO DE MARKETING .............................................................................................................................................................5
2.8. AS MUDANÇAS ...............................................................................................................................................................................6
III - O AMBIENTE DE MARKETING ....................................................................................................................................................... 6
3.1. ABORDAGENS DE MARKETING .................................................................................................................................................7
3.2. AGENTES .......................................................................................................................................................................................7
3.3. VARIÁVEIS ......................................................................................................................................................................................7
IV - O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR .................................................................................................................................... 7
4.1. SEGMENTAÇÃO DO MERCADO .........................................................................................................................................................7
4.2. SEGMENTAÇÃO DO CLIENTE ............................................................................................................................................................8
4.3. COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR (COMPRADOR) .........................................................................................................................8
4.4. NECESSIDADES DO CONSUMIDOR (COMPRADOR) .............................................................................................................................8
4.5. FLUXO DE INFORMAÇÃO ..................................................................................................................................................................9
4.6. TOMADAS DE DECISÃO ....................................................................................................................................................................9
V – PESQUISA ........................................................................................................................................................................................ 9
5.1. SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE MARKETING ........................................................................................................................................9
5.2 PERGUNTAS BÁSICAS DA PESQUISA...................................................................................................................................................9
5.3. ETAPAS, TIPOS E MÉTODOS ............................................................................................................................................................9
5.4. TRABALHO DE CAMPO ...................................................................................................................................................................10
VI – DECISÕES DO COMPOSTO ........................................................................................................................................................ 10
6.1. OS SETORES - ÁREAS ...................................................................................................................................................................10
VII - A IMPORTÂNCIA DA ESTRATÉGIA ............................................................................................................................................ 10
VIII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................................................ 10
FINALIZANDO...
O objetivo principal de toda empresa é obter resultados que promovam a obtenção de lucros nas suas atividades
produtivas.
Sabendo que o mercado é constituído de compradores e vendedores, é de fundamental importância que você
domine e pratique os conceitos e conhecimentos adquiridos nesta unidade de Marketing.
COSTA, Nelson Eduardo Pereira da. Marketing imobiliário. Goiânia: AB, 2002.
COSTA, Nelson Eduardo Pereira da. Marketing pessoal Imobiliário, faça você mesmo. Campo Grande: Ruy Barbosa, 2007.
GRACIOSO, Francisco. Marketing, uma Experiência Brasileira. São Paulo: Cultrix, 1971.
KOTLER, Philip e ARMSTRONG, Gary. Introdução de Marketing. São Paulo: LTC, 1999.
KOTLER, Philip e KELLER, Kevin. Administração de Marketing - 12a Edição. São Paulo: Prentice Hall, 2006.
I – ÉTICA ................................................................................................................................................................................................. 4
1.1. CONCEITO GERAL DE ÉTICA ............................................................................................................................................................4
1.2. VALOR DA ÉTICA HOJE ....................................................................................................................................................................4
1.3. PROBLEMAS ÉTICOS .......................................................................................................................................................................5
II - A ÉTICA E AS OUTRAS FORMAS DE COMPORTAMENTO HUMANO ......................................................................................... 6
2.1. ÉTICA E RELIGIÃO ...........................................................................................................................................................................6
2.2. ÉTICA E POLÍTICA ...........................................................................................................................................................................6
2.3. ÉTICA E DIREITO .............................................................................................................................................................................6
2.4. ÉTICA E TRATO SOCIAL ...................................................................................................................................................................6
2.5. ÉTICA E CIÊNCIA .............................................................................................................................................................................7
III - ÉTICA E CIDADANIA ....................................................................................................................................................................... 8
3.1. POLÍTICA E CIDADANIA ....................................................................................................................................................................8
3.2. IDEOLOGIA .....................................................................................................................................................................................8
3.3. ALIENAÇÃO (DES)HUMANIZAÇÃO DO HOMEM NO TRABALHO ..............................................................................................................8
3.4. ÉTICA E CIVILIZAÇÃO.......................................................................................................................................................................8
3.5. O CORPO .......................................................................................................................................................................................9
3.6. SEXUALIDADE .................................................................................................................................................................................9
3.7. LIBERDADE .....................................................................................................................................................................................9
3.8. ESTÉTICA ARTE E VIDA COTIDIANA ................................................................................................................................................10
3.9. ESTÉTICA DE SI ............................................................................................................................................................................10
3.10. ÉTICA E CIDADANIA NA SOCIEDADE TECNOLÓGICA ........................................................................................................................10
IV - O DESAFIO ÉTICO ATUAL ........................................................................................................................................................... 11
4.1. CRISE DA MODERNIDADE E ESPIRITUALIDADE ................................................................................................................................11
4.2. OS CÍRCULOS INTELECTUAIS .........................................................................................................................................................11
4.3. A PROPOSTA DE UMA ÉTICA DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DE KARL OTTO APEL .......................................................................12
4.4. CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DOS CORRETORES DE IMÓVEIS ....................................................................................................12
Parabéns! Você está iniciando os estudos sobre Noções de Relações Humanas e Ética. O estudo dos aspectos éticos que
envolvem o nosso cotidiano faz parte de uma das mais abrangentes categorias do conhecimento. Sendo assim,
destacamos que os conhecimentos que você irá adquirir serão significativamente relevantes para a sua formação.
I – ÉTICA
Antes de dar início à leitura, pare e reflita! O que é ética?
A Ética encara a virtude como prática do bem, e logo, como promotora da felicidade dos seres, individualmente ou
coletivamente, onde são avaliados os desempenhos humanos em relação às normas comportamentais pertinentes.
Nem sempre é fácil atingir-se o conceito de bem, principalmente vivenciá-lo de maneira coerente. Não se pode exigir tanto
da ética, esperar prova absoluta dos princípios gerais, ou certeza objetiva de julgamentos morais específicos. O importante é a
busca de boas razões para a opção moral correta.
Enquanto o homem existir, tem a possibilidade de modificar sua conduta e proporcionar direção diferente às suas ações. O
caminho da virtude é sempre possível. E todos os homens orientam-se na vida por um critério valorativo, conferindo assim, um
sentido pessoal em suas vidas.
Logo, o pensamento ético está sendo abordado com muita freqüência, para que o ser humano se socialize melhor
e tenha uma conduta baseada no respeito com a sociedade.
A exigência Ética fundamental atualmente consiste em recuperar a possibilidade de construir relacionamentos de comunhão
entre pessoas e comunidades.
Nesta reflexão de início de conteúdo sobre ética, você pode ver o seu conceito, o seu valor e os problemas éticos nos
agrupamentos básico e preliminar do sistema. Agora iremos tratar da ética e as formas de comportamento humano.
Para nortear as ações em sociedade é preciso possuir critérios, valores, e estabelecer relações e hierarquias entre esses
valores.
O tema respeito é central no trato social. E também é complexo, pois remete a várias dimensões de relações entre os
homens, todas “de respeito”, mas em sentidos muito diferentes.
Pode-se associar respeito à idéia de submissão. É o caso de uma pessoa obedecer incondicionalmente a outra. Tal
submissão pode vir do medo (respeita-se o mais forte, não porque mereça algum reconhecimento de ordem moral, mas
simplesmente porque detém o poder). Porém, também pode vir da admiração, da veneração (porque é mais velho ou sábio, por
exemplo). Nesses casos, o respeito é compreendido de forma unilateral, ou seja, consideração, obediência, veneração de um pelo
outro, sem que a recíproca seja verdadeira ou necessária.
Um intelectual observou a presença desse respeito unilateral na sociedade brasileira, por meio de uma expressão
popularmente freqüente: “Sabe com quem está falando?”. Essa expressão traduz uma exigência de respeito unilateral: “Eu sou
mais que você, portanto, respeite-me”.
Entretanto, uma outra expressão conhecida apresenta uma dimensão diferente do respeito: “Quem você pensa que é?”. Tal
pergunta traduz a destituição de um lugar imaginariamente ocupado, de superioridade em relação ao outro. Essa expressão é a
afirmação de um patamar de igualdade: “se devo respeitá-lo, você também deve me respeitar”. Não é a falta de respeito, mas sim a
negação da associação do respeito com a submissão. Trata-se do respeito mútuo.
É claro que, tanto a dignidade do ser humano quanto o ideal democrático de convívio social, pressupõem o respeito mútuo e
não o respeito unilateral.
O respeito mútuo se expressa de várias formas complementares. Uma delas é o dever do respeito pela diferença e a
exigência de ser respeitado na sua singularidade. Tal reciprocidade deve valer quando se fazem contratos que serão honrados,
cada um respeitando a palavra empenhada e exigindo o mesmo. O respeito pelos lugares públicos, como ruas e praças, também
deriva do respeito mútuo já que tais espaços pertencem a todos, preservá-los é dever de cada um, porque também é direito de
cada um poder desfrutá-los.
3.2. Ideologia
Ideologia é a “Ciência da formação das idéias, é um sistema de idéias.” E o que pode ser uma ideologia da ética? Ou, como
chegar a uma ideologia ética? Quando se reflete sobre os ideais éticos pergunta-se sobre os critérios da moralidade.
Por exemplo, diante de uma afirmação sobre a validade de fins justificarem meios, é preciso reconhecer que fins e meios
são conceitos relativos, como “direita e esquerda”, depende de onde se encontram, pois um define o outro. Para que exista um
progresso numa ação é necessário estabelecer determinado fenômeno como “fim”; estudar os “meios” disponíveis; comparar
valores; assegurar que uns não destruam nem corrompam aos outros. E, finalmente, verificar um progresso, quantitativo e
qualitativo, para que a ação seja moralmente correta.
Kant, por exemplo, propôs: "agir apenas de acordo com a máxima de que se possa desejar transformar em lei universal".
Em outras palavras: "não devo furtar, porque se todos o fizerem não poderemos viver em sociedade e nem em paz.".
As leis de conduta social são vivas, nascem, disputam prioridade, e sofrem a seleção natural. Sobrevivem e se fortalecem
as que parecem levar aos resultados desejados. E as leis que não apresentam resultados satisfatórios somem.
Na história das culturas, a moral é gerada no ventre dos problemas. A Ética nasce e se desenvolve como resposta e
tentativa de solução das dificuldades práticas que mais prevalecem.
Uma das ideologias éticas seria, então, incentivar os indivíduos a terem obrigação de elevar a soma de bem no mundo, em
relação ao mal, e para o maior número de pessoas e grupos pelo máximo de tempo.
Toda a noção de moral pressupõe um sentimento comum a toda a cultura que recomenda certos atos a aprovação geral e
condena outros.
Pode-se supor que o egoísmo é considerado, na maioria das culturas, como a essência da imoralidade, pois a ética é
contrária aos interesses individuais imediatos.
A adoção de um caminho ideológico ético pode levar a sacrifícios, e a pessoa, aos olhos dos que não acreditam na moral,
podem parecer que tem uma vida pior.
Entretanto, uma ideologia ética pressupõe seguir esses padrões morais e éticos, sem se importar com as influências
externas. Preocupando-se com o cultivo de certas qualidades, tais como: honestidade, escrúpulo, bondade, temperança, etc.
3.5. O Corpo
Questões éticas encontram–se a todo o momento em todas as coisas com relação aos valores humanos, elas permeiam
todos os assuntos, inclusive “o corpo”.
O corpo é algo intimamente ligado à pessoa humana. Não podemos tratá-lo, portanto, como uma realidade separada do seu
sentido mais amplo. O corpo é a manifestação do indivíduo, da alma do homem, o corpo é uma parte, e muito importante, da
própria pessoa.
O corpo não é considerado como algo separado da mente. Portanto, o intelecto e o corpo são atributos igualmente
essenciais, indissociáveis.
Corpos e pensamentos podem ser distintos, porém, são igualmente modificações da extensão e do pensamento de uma
mesma pessoa. E mais, no próprio homem, sua mente e seu corpo não se separam, não podendo o homem, por conseguinte,
identificar-se com um em detrimento do outro.
Quando perguntamos a alguém como é algum indivíduo, é comum que comecemos por descrever o seu corpo: se é alto ou
baixo, loiro ou moreno, gordo ou magro. O resto das suas qualidades espirituais, a sua inteligência, modo de ser, caráter, etc.,
inserem-se nesse físico e inclusive algumas realidades, como o temperamento, vêm determinadas precisamente pelas
características corporais.
Além de ser parte do indivíduo, o corpo tem um significado profundo quanto à comunicação das pessoas. O corpo é também
a fonte de uma rica comunicação interpessoal. Com os olhos, os gestos, as mãos, as palavras, nos comunicamos.
Para que desempenhe bem suas funções, é necessário ao Corretor de Imóveis que cuide de seu corpo como algo vinculado
ao seu intelecto, o que significa levar em conta que a saúde e a doença envolvem necessariamente a nutrição, a qualidade de vida,
a psique, as relações, o estresse, o meio.
3.6. Sexualidade
A sexualidade em nossa vida tornou-se um item suficientemente importante para ser problematizado.
A sexualidade, naturalmente, envolve relações pessoais que devem ser baseadas no respeito de parte a parte. Homem e
mulher devem ser respeitados segundo as particularidades de cada sexo.
A comunicação entre homens e mulheres deve existir e pode ser praticada em várias dimensões, que vão desde a cultura
como um todo, até a conversa amena entre duas pessoas. Dialogar pede capacidade de ouvir o outro e de se fazer entender. Esse
diálogo pode ser fonte de riquezas e é muito importante profissionalmente.
O respeito às diferenças dos sexos, feminino e masculino, é algo que deve ser levado em consideração para a aquisição de
uma conduta ética.
3.7. Liberdade
O ser humano é livre para escolher uma vida satisfatória, pode escolher o que quiser. Há, porém, uma escolha que ele não
pode deixar de fazer: “não pode deixar de escolher” não pode fugir de sua liberdade.
Segundo Spinoza “Um ser é livre quando age por necessidade própria, quando não é levado a ação por um outro.”
A liberdade humana não é dada, mas ela pode ser conquistada, se o ser humano for capaz de expressar a sua natureza. O
humano não é livre, mas a liberdade é uma possibilidade humana.
Toda a moralidade exige liberdade de quem age e é julgado. As ações humanas, suas decisões e execuções não obedecem
a causas necessárias e suficientes, mas há fatores, radicados dentro e fora do homem, no passado, no presente e no futuro, que
3.9. Estética de Si
A estética dos indivíduos, e o significado de beleza tem sido objeto de reflexão.
Kant vê na experiência do belo, e mais ainda do sublime, a realização das capacidades mais elevadas do ser humano. A
riqueza do real admitida na contemplação estética é experimentada como afirmação prazerosa de sua ampla determinabilidade por
nós.
Já para Hegel, a dificuldade de se estudar a Estética é o fato de seu objeto – o belo – ser de ordem espiritual, pois o belo
não é um objeto de existência material, mas de existência subjetiva, inerente à atividade espiritual de cada indivíduo. Contudo, esse
fato não chega a ser comprometedor para a compreensão do fenômeno estético, porque o "verdadeiro conteúdo do belo é o
espírito".
O estudo dos itens anteriores lhe proporcionou noções básicas sobre os preceitos e princípios da ética.
Pois bem, agora você vai aprender um pouco sobre os desafios éticos atuais.
O objetivo desse conteúdo é de dar-lhe uma visão simplista sobre ética e os seus diversos ramos.
Nesta unidade, demonstramos que a ética deve ser uma preocupação de qualquer profissional, sem ela, não existe
organização e condições de perfeita concorrência no mercado de trabalho.
Reflita! Quais são as características e postura que um profissional ético deve ter em relação à concorrência.
SINGER, Peter. Ética prática. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
HOBBES, Thomas. Leviatã. 2. ed. São Paulo: Abril, 1979. (Coleção Os Pensadores)
RAWLS, John. Uma teoria da justiça. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
KANT, Immanuel. Crítica da razão prática. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
Prezado aluno, a finalidade deste curso não é formar desenhista em arquitetura, mas sim, fazer com que o técnico em
Transações Imobiliárias tenha noções básicas desta área de conhecimento, por se tratar de um campo que faz parte da
sua área de atuação. Para manusear desenhos, plantas etc, torna-se necessário que o profissional tenha um
conhecimento básico para demonstração de desenho ou croqui, com o intuito de explicar melhor a seus clientes a
situação de um imóvel, assim como suas limitações para efeito de projeto.
Para os iniciantes do estudo de desenho, não importando a especialidade, devem procurar adquirir, de acordo com
suas possibilidades, instrumentos da melhor qualidade possível, pois para a executação de um bom trabalho depende da
qualidade do material utilizado.
No decorrer deste material didático estaremos explicando a finalidade de cada instrumento e a forma correta de
usá-lo. Cabe ressaltar que, é de grande relevância o uso com propriedade dos instrumentos, pois o mau uso acarreta
vícios.
Passaremos agora a traçar alguns objetivos a serem alcançados por meio deste curso no módulo de desenho
arquitetônico.
OBJETIVOS
Ao final deste módulo você deverá ser capaz de:
Identificar os instrumentos mais importantes que são utilizados em Desenho Arquitetônico.
Identificar o uso de esquadros, réguas comuns, régua T distinguindo seu manuseio.
Distinguir formatos e dimensões do papel.
Por meio de uma determinada escala, saber identificar as: dimensões do papel em função do que será desenhado.
Identificar linhas, convenções e os símbolos mais usados em Desenho Arquitetônico.
Adaptar-se aos termos mais usados em Arquitetura.
I – NOÇÕES DE DESENHO ARQUITETÔNICO
1.1. Conceito de Desenho Arquitetônico
O desenho arquitetônico é uma especialização do desenho técnico normatizado voltada à execução e a representação de
projetos de arquitetura. O desenho de arquitetura poderia ser conceituado como “todo o conjunto de registros gráficos produzidos
por arquitetos ou outros profissionais durante ou não o processo de projeto arquitetônico”.
O desenho de arquitetura, portanto, manifesta-se como um código para uma linguagem, estabelecida entre o emissor (o
desenhista ou projetista) e o receptor (o leitor do projeto). Dessa forma, seu entendimento envolve um certo nível de treinamento,
seja por parte do desenhista ou do leitor do desenho.
Bem, agora que você já está familiarizado com o conceito e os objetivos deste módulo, vamos ver um pouco sobre os
instrumentos e materiais que são utilizados na elaboração de projetos, sua descrição e uso.
II - INSTRUMENTOS E MATERIAS DE DESENHO
Quando nos referimos a elaboração de projetos na área da Engenharia, Arquitetura e áreas afins, devemos ter consciência
no que se refere a obedecer determinadas normas de representação gráfica de acordo com as normas brasileiras (NB).
2.1. Materiais de Desenho
Com a ampla difusão do desenho auxiliado pelo computador, a lista de materiais que tradicionalmente se usava para
executar desenhos de arquitetura tem se tornado cada dia mais obsoleta. Alguns desses materiais, no entanto, ainda são usados
para checar algum problema com os desenhos impressos, ou no processo de treinamento de futuros desenhistas técnicos. Após a
impressão de pranchas produzidas em CAD, ainda está em uso o escalímetro, que é uma multi-régua com 6 escalas, que serve
para conferir medidas, se o desenho foi impresso na escala 1/50 utiliza-se a mesma escala em uma de suas bordas visíveis.
Computer Aided Design (CAD), ou desenho auxiliado por computador, é o nome genérico de sistemas computacionais
(software) utilizados pela engenharia, geologia, arquitetura, e design para facilitar o projeto e desenho técnicos.
2.1.1. Desenho a mão
A seguinte lista apresenta os materiais que tradicionalmente foram utilizados no desenho dito instrumentado (ou seja, o
desenho feito a mão com auxílio de instrumentos de desenho). Porém cabe ressaltar que muitos destes materiais estão se tornando
raros nos escritórios de arquitetura, dada a sua informatização.
prancheta para desenho
Régua “T”, régua “Paralela” Escalímetro e Régua “Comum”.
Esquadros
Tecnígrafo
Compasso
Lápis e grafite
Transferidores.
Gabaritos
2.2.3. Esquadros
São instrumentos nos quais se formam ou se verificam ângulos retos e se tiram linhas
perpendiculares.
Segundo relatos históricos os primeiros a utilizar o esquadro foram os egípcios, tendo
em vista que suas pirâmides são compostas de pedras e bases perfeitamente esquadrejadas.
Os esquadros podem ser usados em jogo ou individual. O jogo de esquadros
compreende um esquadro de 30º e outro de 45º.
Os esquadros são fabricados em acrílico cristal ou madeira, com 2 mm ou 3mm de
espessura. Podem ser com escala em milímetros, sem escala, ou com rebaixo para traçado a
nanquim. O tamanho dos esquadros varia de 16 cm a 50cm.
Você observou que esses instrumentos agregam os vários elementos do desenho arquitetônico que estudamos até agora?
Vale destacar, porém, que além de todos esses instrumentos é necessário ter conhecimento sobre escala e cotas. Vamos
adiante?
III – ESCALA
O amplo conhecimento sobre escalas é um dos quesitos básicos para aquele que se dedica ao estudo de desenho técnico,
em qualquer especialidade.
Foi através da impossibilidade de representar, em muitos casos, em grandeza verdadeira certos objetos cujas dimensões
não permitiam o uso dos tamanhos dos papéis recomendados pelas Normas Técnicas, que surgiu a necessidade do uso da escala
na representação gráfica dos desenhos arquitetônicos.
A escala é, portanto, a relação que existe entre os comprimentos de um desenho e seus correspondentes no objeto. Logo,
escala nada mais é do que uma razão de semelhança.
Nos desenhos técnicos, as escalas usadas são: de redução (quando há necessidade de reduzir objetos) e de ampliação (no
caso de ampliação de objetos). No desenho arquitetônico, usa-se com mais frequência a escala reduzida.
Para a escolha de uma escala deve se ter em vista:
1) o tamanho do objeto a representar:
2) as dimensões do papel;
3) A Clareza do desenho.
Para a boa apresentação do desenho essas condições devem ser respeitadas.
3.1. Grandeza representativa da escala
Um desenho feito em escala é uma representação convencional dos elementos do mundo real, reduzidos segundo uma
proporção estabelecida previamente, e esta proporção entre o desenho e a superfície real que está sendo mostrado é o que se
denomina de escala.
3.2. Utilização das escolas
A escala é usada para aumentar ou reduzir a representação de objetos por meio do desenho.
Há três tipos de escalas como segue:
a) escala reduzida
b) escala real
c) escala ampliada
A escala real é representada (1:1), onde se lê 1 por 1.
3.3. Escalas usadas no desenho arquitetônico
O desenho arquitetônico por sua natureza, só utiliza escalas de redução. São as seguintes as escalas mínimas:
a) 1:100 para plantas
b) 1:200 para coberturas
c) 1:500 para plantas de situação
d) 1:50 para fachadas e cortes ou seções.
A indicação da escala não dispensará a indicação de cotas. As cotas deverão ser escritas em caracteres claros e facilmente
legíveis.
É importante perceber que, dependendo da escala, a denominação da representação muda para planta, carta ou mapa.
Utiliza-se para:
Detalhes de terrenos urbanos:
Teremos, pois:
BC = CD = DE = representando 1m
BN = 0,1AB = representando 0,1m ou 1dm
3.5. A Escala do papel
A escolha do tamanho do papel se dá em função da escolha da escala ou vice-versa.
Para o tamanho da folha utilizada na representação de uma porção bidimensional (área) do terreno, deverá ser levada em
consideração as dimensões reais (em largura e comprimento), bem como, as dimensões x e y do papel onde ela (a porção) será
Formato mm
A0 841 X 1189
A1 594 X 841
A2 420 X 594
A3 297 X 420
A4 210 X 297
A5 148 X 210
A6 105 X 148
A7 74 X 105
A8 52 X 74
A9 37 X 52
A10 26 X 37
A11 18 X 26
A12 13 X 18
Nas margens traçadas de 10 mm para os formatos de papel A0 a A3 e de 5 mm para o formato A4 e os subseqüentes não
se deve desenhar nestas margens.
3.6. Posição do papel
A posição do papel é determinada em função das diferenças de coordenadas máximas e mínimas, ou seja:
Posição vertical quando:
(XM – Xm) < (YM – Ym)
Posição horizontal quando:
(XM – Xm) > (YM – Ym)
Onde:
Y
X
3.7. Cotas
Cota é o valor numérico que representa a dimensão real do que é desenhado, escrito acima e no centro da linha de cota. A
unidade da medida, quando idêntica a todas as demais medidas da peça não deve ser escrita ao lado da cota.
No Brasil, por força da ABNT, subentende-se que as cotas são expressas em milímetros, caso contrário, a unidade da cota
deve ser escrita ao seu lado.
3.8. Exemplos de estilos de cotagem
A representação está numa proporção definida com o objeto representado. Essa proporção é chamada de escala.
Os comprimentos considerados no desenho são chamados distâncias gráficas e os considerados no objetos são chamados
distâncias naturais.
Exemplo de linhas de cota
3.9. Linha de Cota
A linha de cota deve ser uma linha fina, escura, traçada paralelamente à direção do comprimento a ser cotado, limitada por
flechas (no caso de desenho mecânico) ou por traços (no caso de desenho de arquitetura), indicando os limites da cota. A linha de
cota deve ser traçada a uma distância de aproximadamente 7 mm de outras linhas de cota ou do contorno do desenho.
3.10. Tipos de Linhas de Cotas mais usados
Flechas - são setas colocadas nas extremidades da linha de cota que indicam seus limites.
Obs: As cotas colocadas na planta deverão ser as medidas do terreno que está sendo representado.
A
D
E
B C
Como BE e DE são medianas dos triângulos ABC e ADC, respectivamente, elas dividem as áreas desses triângulos em
A B
D C
B E
C D D’