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11/10/2018
Autores
* A PACIENTE
Continuando com a avaliação
cardiológica, foram revelados defeitos do
septo ventricular, estenose pulmonar e
hipertrofia do ventrículo direito.
A paciente, pesando 9.4kg, medindo A PACIENTE
85.5cm e tendo 45cm como circunferência
da cabeça, também apresentou, neste
momento, hipoparatireoidismo,
imunodeficiência e hipocalcemia persistente.
Aos 4 anos e meio a paciente
apresentou TDAH, voz hiper anasalada e
uma leve perda auditiva. Neste momento a
paciente pesava 13.3kg, medindo 104cm e
A PACIENTE
tendo como circunferência da cabeça
47,5cm.
● Durante seus 3 primeiros anos de vida,
apresentou infecções respiratórias
recorrentes, das quais duas foram
severas, necessitando de tratamento
intensivo;
● As avaliações do sistema imune em
SISTEMA
diferentes ocasiões desses primeiros IMUNE
anos foram consideradas normais,
incluindo a contagem de células
natural-killers;
● Os seus outros 2 irmãos não
apresentaram anormalidades.
● A paciente foi imunizada de acordo com
a agenda brasileira e mostrou resposta
positiva à proteína antígena, porém não
respondeu aos 7 sorotipos;
● Imunoglobulina intravenosa foi
recomendada aos 3 anos e demonstra
SISTEMA
melhora às infecções respiratórias; IMUNE
● Análises citogenéticas e estudos
moleculares do cromossomo foram
feitos durante 72 horas em culturas de
linfócitos da paciente, dos seus pais e
irmãos.
O cariótipo com banda G revelou uma
translocação envolvendo os cromossomos 6
e 22 em um cariótipo de 45 cromossomos,
com material adicional no braço curto do
BANGA G
cromossomo 6 e um material a menos no
cromossomo 22.
*
Foi utilizado o método FISH em
cromossomos na metáfase que
demonstraram uma cópia da sonda 22q11.2
no cromossomo 22 normal e 2 cópias da
sonda 22q13.3 - uma no cromossomo 22
FISH
normal e outra na 6p.
DISCUSSÃO
deste ter resultado em uma deleção maior
do braço curto do cromossomo 6, o que por
fim causa um fenótipo muito mais severo
que a deleção 22q11.2. A deleção 6p desta
paciente é muito menor comparada com
outros pacientes.
Entre diversas influências desta deleção,
não é possível relacionar com grande
importância a imunodeficiência da paciente
com a deleção 6p, visto que esta (quando
isolada) não caracteriza problemas com a
DISCUSSÃO
imunidade. Assim é observado que a
imunodeficiência parece estar mais ligada à
deleção 22q11.2.
Muitos pacientes com a síndrome da
deleção 22q11.2 possuem baixos os
números de células T no sangue periférico,
onde a severidade pode variar de tecido DISCUSSÃO
tímico ausente sem células T circulantes a
contagem de células T completamente
normais.
A deleção 22q11.2 neste paciente
também inclui a região crítica da síndrome
do olho de gato. Quando triplicada, essa
região resulta na síndrome do olho de gato.
Quando duplicado com associação a
duplicação do 11q, resulta na síndrome de DISCUSSÃO
Emanuel. Mas, de modo interessante, a
perda dessa mesma região pode não causar
grandes situações clínicas, como um caso
reportado onde 5 membros de uma família
carregam esta deleção sem apresentar
alteração fenotípica.
Neste artigo, o primeiro sobre a deleção
22q11.2 associada a fertilização in vitro, o
uso de métodos analíticos no campo da
citogenética e técnicas moleculares
fortaleceram a análise do rearranjo DISCUSSÃO
cromossômico, dando oportunidade à
correlação entre as características
apresentadas na paciente e sua síndrome
de deleção associada ao fenótipo.
As imagens com “*” foram retiradas do artigo.