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IMPUGNAÇÃO

O que é impugnação?

É a partir dos sinônimos que iniciamos o entendimento acerca do significado de qualquer


palavra ou expressão desconhecida ou pouco compreendida dentro do nosso universo.

Na complexidade do Direito, sinônimos não bastam, mas são um ótimo ponto de partida.

Contradição, refutação, contestação e oposição são algumas das palavras com significado
semelhante ao do nosso elemento de análise neste momento.

São expressões que conotam uma atividade reativa, na busca por enfrentar algo determinado
anteriormente.

Em um processo, a impugnação determina uma discordância a respeito de itens apresentados


pela parte contrária, que vão desde provas e documentos a valores ou quaisquer outras
manifestações expressas nos autos.

A diferença de outras manifestações de contrariedade

Muitas vezes, a ação impugnativa pode ser confundida com contestação e até com réplica, por
também possuírem características de oposição e estarem presentes em um processo.

Iniciemos pela contestação, que é a primeira resposta do réu à acusação do autor.

É por meio da contestação que o requerido pode fazer seus contrapontos ao que foi formulado
na petição inicial, resistindo, pois, à pretensão do autor. O prazo para a contestação é
apresentado na citação.

O autor da “intimação” pode se opor à contestação do citado através de uma réplica, forma
através da qual o requerente analisa a intensidade da controvérsia apresentada pelo
requerido.

A réplica pode vir em três pontos distintos: total controvérsia, parcial controvérsia ou matéria
não controvertida.
Findos os aclaramentos sobre as peculiaridades da contestação e da réplica, voltemos ao nosso
artefato principal. Diferente dos dois primeiros, a impugnação não possui um momento
específico para ser utilizada.

O advogado de defesa ou acusação pode – e deve – impugnar qualquer documento,


argumento, prova ou manifestação da outra parte que não seja da concordância do cliente,
sob pena de ser considerado verdade no processo.

Afinal de contas, tudo o que não for impugnado será aceito como definitivo pelo juiz.

Tempestividade processual

A tempestividade processual é um requisito concedido à parte que consiste em um prazo


razoável para análise e apresentação de recurso contra decisão insatisfatória.

Em casos onde o prazo não é respeitado, a tempestividade da impugnação também serve


como consolidação da decisão proferida em juízo.

Os prazos são iguais para todas as partes, com exceção da Fazenda e do Ministério Público,
que possuem o dobro do tempo para se manifestarem nos autos.

Isso, por sua vez, provoca debates importantes no meio jurídico sobre tal diferenciação ser
considerada um privilégio ou uma prerrogativa necessária.

Código de Processo Civil de 2015

No Código de Processo Civil de 2015, lei 13.105/15, algumas mudanças foram implementadas
nos prazos para apresentação de recurso em um processo civil.

A contagem deixou de ser em dias corridos e passou a ser em dias úteis, que, em regra, são 15,
podendo dobrar caso haja mais de um citado no processo e que estes sejam representados por
advogados de diferentes escritórios.

Para entender melhor a respeito dessas mudanças preparamos um conteúdo especial falando
sobre a atualização do CPC.

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