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TECNOLOGIA NO ENSINO DE ENFERMAGEM

TECHNOLOGY IN NURSING EDUCATION

TECNOLOGÍA EN EDUCACIÓN EN ENFERMERÍA


1
Pétala Tuani Candido de Oliveira Salvador
2
Cláudia Cristiane Filgueira Martins
3
Kisna Yasmin Andrade Alves
4
Marta Silvanêre Pereira
5
Viviane Euzébia Pereira Santos
6
Francis Solange Vieira Tourinho

O ensino de enfermagem tem incorporado em seu currículo ferramentas tecnológicas que possibilitam o uso de
metodologias ativas de ensino/aprendizagem e a flexibilidade curricular. Objetivou-se discutir as possibilidades e os
benefícios do uso de ferramentas tecnológicas no ensino da enfermagem, abarcando: e-portfólio, web-podcasting,
wiki, special interest group (SIG), tele-enfermagem, simulação realística, objective structured clinical evaluation
(OSCE), teleimersão e ambientes virtuais. Trata-se de comentário crítico, tecido à luz dos princípios da andragogia.
Os resultados mostraram que a incorporação de ferramentas tecnológicas no ensino da enfermagem condiz com
os princípios da andragogia, estimulando o raciocínio clínico, por meio da utilização de metodologias ativas de
ensino/aprendizagem. Concluiu-se que as ferramentas tecnológicas aqui apresentadas são exemplos que aliam a
tecnologia e o ensino para produzir um modelo de processo adequado e produtor de aprendizados significativos
para discentes e docentes.

PALAVRAS-CHAVE: Educação em enfermagem. Tecnologia. Ensino.

Nursing education has incorporated in its curriculum technological tools which permit the use of active teaching/learning
methodologies and curricular flexibility. The objective is to discuss about the possibilities and benefits of the use of
technological tools in nursing education, comprising: e-portfolio, web-podcasting, wiki, special interest group (SIG), tele-
nursing, realistic simulation, objective structured clinical evaluation (OSCE), the tele-immersion and virtual environments.
A critical commentary, observed in the light of the principles of andragogy. The results demonstrate that the incorporation of
technical tools nursing education is consistent with the principles of andragogy, stimulating the clinical reasoning through
the use of active teaching/learning methodologies. It was concluded that the technological tools presented are examples
that ally technology and education to produce an adequate process model and produce significant learning for teachers and
students.

KEY WORDS: Education in nursing. Technology. Teaching.

La educación en enfermería ha incorporado en su currículo herramientas tecnológicas que permiten el uso de metodologías
activas de enseñanza/aprendizaje y la flexibilidad curricular. Se objetivo discutir las posibilidades y beneficios del uso de
herramientas tecnológicas en la educación en enfermería, abarcando: e-portfólio, web-podcasting, wiki, special interest group
(SIG), tele-enfermería, simulación realística, objective structured clinical evaluation (OSCE), tele-inmersión y ambientes
virtuales. Se trata de comentario crítico, tejido a la luz de los principios de andragogía. Los resultados demuestran que la

1
Enfermeira. Professora da Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Doutoranda em Enfermagem pela UFRN. Membro do
grupo de pesquisa: Laboratório de Investigação do Cuidado, Segurança, Tecnologias em Saúde e Enfermagem (LABTEC)-UFRN. petalatuani@hotmail.com
2
Enfermeira. Professora da Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Doutoranda em Enfermagem pela UFRN. Membro do
grupo de pesquisa LABTEC-UFRN.. claudiacrisfm@yahoo.com.br
3
Enfermeira. Doutoranda em Enfermagem pela UFRN. Membro do grupo de pesquisa LABTEC-UFRN. kisnayasmin@hotmail.com
4
Enfermeira. Membro do grupo de pesquisa LABTEC-UFRN. marta_silvanere@hotmail.com
5
Doutora em Enfermagem. Professora Adjunto do Departamento de Enfermagem e Pós-Graduação em Enfermagem e líder do grupo de pesquisa LABTEC-UFRN.
vivianeepsantos@gmail.com
6
Enfermeira. Doutora em Saúde da Criança e do Adolescente. Professora do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFCS).
Vice-líder do grupo de pesquisa LABTEC-UFRN. Vice-líder do Grupo de Pesquisa Cuidando e Confortando da UFSC. francis.tourinho@ufsc.br

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incorporación de herramientas tecnológicas en la educación de enfermería es coherente con los principios de andragogía,
estimulando el raciocinio clínico, por medio de la utilización de metodologías activas de enseñanza/aprendizaje. Se concluyó
que las herramientas tecnológicas que se presentan son ejemplos que alían la tecnología y la educación para producir un
modelo de proceso adecuado y productor de significativos aprendizajes para discentes e docentes.

PALABRAS-CLAVE: Educación en enfermería. Tecnología. Enseñanza.

INTRODUÇÃO

A formação do enfermeiro foi o alvo de im- o capital intelectual baseado na valorização do


portantes mudanças ao longo do tempo, sendo conhecimento crítico e criativo, mediado por fer-
influenciada pela representação que tal pro- ramentas tecnológicas que se traduzem em avan-
fissão possuía no transcorrer da história. Em ços e desafios para o ensino da enfermagem.
2001, com a Resolução do Conselho Nacional Desde 1998, a Declaração Mundial sobre a
de Educação nº 3, de 7 de novembro de 2001 Educação Superior estabelecia o enfoque neces-
(BRASIL, 2001), são instituídas as Diretrizes sário ao potencial de incorporação das novas
Curriculares Nacionais do Curso de Graduação tecnologias da informação e comunicação no
em Enfermagem, consolidando mais um grande ensino superior, capazes de gerar modificações
avanço no campo da educação. nas formas de ensinar e aprender (BARBOSA;
Em síntese, os princípios pedagógicos eluci- VIANA, 2008).
dados pelas Diretrizes Curriculares da Graduação Desse modo, ao se abordar a essencialidade
de Enfermagem são: a pedagogia das competên- das ferramentas tecnológicas no ensino do enfer-
cias, o princípio do aprender a aprender, a for- meiro, destaca-se que é imperativo desmistificar
mação generalista, humanista, crítica e reflexiva a ideia de tecnologia apenas atrelada ao uso de
e a formação centrada no aluno e no professor equipamentos de última geração, uma vez que o
como facilitador (BRASIL, 2001). saber profissional e o processo relacional cons-
O que se busca, atualmente, é a formação tituem mecanismos intrínsecos ao processo de
do enfermeiro sob a ótica da complexidade e trabalho em saúde.
do holismo, que atue de forma multiprofissio- Compreende-se, assim, a interdependência
nal, de acordo com as necessidades do Sistema de três categorias tecnológicas: as tecnologias
Único de Saúde. Assim, “[...] a formação assume duras, caracterizadas pelo uso de equipamentos;
hoje um papel que transcende àquele ensino as tecnologias leve-duras, próprias dos saberes
que pretende a mera atualização científica peda- estruturados, normas, protocolos e conhecimen-
gógica e didática, ou seja, ela se transforma na tos; e as tecnologias leves, das relações (MERHY,
possibilidade de criar espaços de participação, 2011).
reflexão e formação [...]” (LEONI; ANDRADE; Enfatiza-se a essencialidade de superação de
VASCONCELOS, 2008, p. 302). uma visão errônea de incorporação da tecnolo-
A reestruturação acadêmica do processo de gia ao ensino, uma vez que se compreende que
formação do enfermeiro envolve, portanto, o a tecnologia por si mesma não é uma ferramen-
reconhecimento do caráter multidisciplinar da ta autossuficiente. Sua aplicação pura e simples
prática profissional, o estímulo ao raciocínio clí- não solucionará todos os problemas inerentes ao
nico, a valorização da articulação teoria e prática, ensino (OLIVEIRA; PORROZZI, 2009).
a utilização de metodologias ativas de ensino/ Para que se efetive, destarte, um ensino
aprendizagem e a flexibilidade curricular. de enfermagem inovador, tendo por base os
Nesse contexto, visualizam-se mudanças na princípios estabelecidos por suas Diretrizes
formação do enfermeiro associadas a um pano- Curriculares, bem como o uso de ferramentas
rama amplo de inovações, em que predomina tecnológicas como mediadoras de seu processo

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de ensino/aprendizagem, alguns desafios se ins- princípios da andragogia, sobre as possibilidades


tituem: a transformação da concepção sobre in- e os benefícios do uso de ferramentas tecnológi-
teração professor-aluno; a preparação adequada cas no ensino do enfermeiro.
dos professores, compreendendo que só o pro- A andragogia é a arte e a ciência de condu-
fessor, no contato pessoal, é capaz de trabalhar zir os adultos ao aprendizado. O termo deriva
reflexivamente com o estudante, mesmo num das palavras: “andros”, homem e “gogia”, liderar,
ensino mediado por computador; e mudanças guiar, conduzir. Assim, apoiado em conceitos e
estruturais nas instituições de ensino, tanto no pressupostos diferenciados, esse vocábulo nor-
domínio organizacional como no domínio do en- teia e conduz o aprendizado e a educação do
sino e da investigação (MERHY, 2011; OLIVEIRA; adulto. Em face disto, a andragogia é uma op-
PORROZZI, 2009). ção para embasar estratégias de aprendizagem
Nessa conjuntura, o importante no uso das dos adultos com o envolvimento dos educandos
tecnologias interativas é a abordagem pedagógica com a temática, captando suas experiências e
que o professor imprime e não a tecnologia em si, estimulando a mudança de atitudes relaciona-
já que se entende que as ferramentas tecnológicas das com a pedagogia tradicional (DRAGONOV;
são capazes de qualificar práticas de ensino, me- FRIEDLÄNDER; SANNA, 2011).
diante uma visão de coparticipação entre docente Com o auxílio dessa teoria, é possível formar,
e discente mediada pela interatividade e pela cria- treinar e aperfeiçoar os recursos humanos, favo-
tividade (OLIVEIRA; PORROZZI, 2009). recendo a assimilação de conhecimentos apoia-
Com base em tais reflexões e tendo por da em vivências prévias dos alunos.
norte a ideia de que a tecnologia, nos tempos Na graduação em enfermagem, o uso dessa
hodiernos, é imprescindível a qualquer área, es- teoria pode ser amplamente observado e difun-
tabelece-se como questão para reflexão: Quais dido, visto que os acadêmicos já atingiram a ida-
as possibilidades e os benefícios do uso de fer- de adulta e já possuem experiências de contato e
ramentas tecnológicas no ensino de enferma- convívio com outras situações. Logo, o que é im-
gem? Tal questionamento emerge da indagação prescindível para que seja concretizada a apren-
de que as instituições de ensino são particular- dizagem desses discentes é envolvê-los com seu
mente ambientes carentes de uma incorporação processo de formação, tentando construir sabe-
tecnológica eficaz, que proporcione benefícios res e qualificar a aprendizagem baseada na vi-
e melhorias ao ensino. Isso ocorre porque suas vência prévia que tenham sobre esse assunto.
atividades principais são o manuseio e a produ- A andragogia consiste, portanto, num aporte
ção de conhecimento, aspectos que podem ser teórico significativo para que se analisem as pos-
favorecidos pelo uso crítico da tecnologia. sibilidades e os benefícios da incorporação de
Objetiva-se, assim, discutir acerca das pos- inovações tecnológicas ao ensino do enfermeiro,
sibilidades e benefícios do uso de ferramentas aspecto que norteia o estudo em questão.
tecnológicas no ensino da enfermagem, abar- Serviram como subsídio para as discussões
cando: e-portfólio, web-podcasting, wiki, special desenvolvidas: artigos que versassem sobre a te-
interest group (SIG), tele-enfermagem, simulação mática, captados na Biblioteca Virtual em Saúde,
realística, objective structured clinical evaluation com base nos descritores controlados educação
(OSCE), teleimersão e ambientes virtuais. em enfermagem, tecnologia e ensino; experiên-
cias positivas de incorporações tecnológicas no
MATERIAIS E MÉTODOS ensino do enfermeiro, vivenciadas pelas autoras
do presente estudo; além de discussões teóricas
Trata-se de um comentário crítico – compreen- ocorridas na disciplina “Tecnologias Emergentes
dido como um recurso reflexivo, argumentativo, em Saúde e Enfermagem”, do Programa de Pós-
de exposição lógica e cabível de julgamento Graduação em Enfermagem da Universidade
pessoal (SEVERINO, 2007) – tecido à luz dos Federal do Rio Grande do Norte (PGENF-UFRN).

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RESULTADOS e-portfólios, documentos digitais que articulam


o conhecimento dos discentes e constituem-se
A Web 2.0 tem, em suas raízes filosóficas, em portfólios digitais (COSTA; CRUZ; FERREIRA,
a possibilidade de facilitar as publicações, o ar- 2006).
mazenamento de textos e a construção de um Os portfólios, de modo geral, são coletâneas
ambiente que garanta acessibilidade a todos os de trabalhos realizados durante um determinado
usuários, bem como estabelece um ambiente so- período, os quais permitem o desenvolvimento
cial. Assim, a informação é selecionada confor- do pensamento crítico, a solução de problemas
me o interesse do utilizador. complexos, o planejamento de projetos e pes-
Atualmente, são diversas as ferramentas da quisas, trabalho coletivo e, em especial, a for-
Web 2.0. Dentre elas, podem-se citar: e-portfó- mulação pessoal dos objetivos para o alcance do
lio, web-podcasting, wiki, special interest group aprendizado do discente (SORDI; MONTEJANO,
(SIG), tele-enfermagem, a simulação realística, 2010).
objective structured clinical evaluation (OSCE), Diante disso, o emprego dos portfólios na
teleimersão e ambientes virtuais. educação demanda transformações de concep-
A incorporação de tais inovações condiz ção, principalmente quanto à relação discen-
com os princípios teóricos da andragogia, que te/docente, a qual deve perpassar o sentido
tem como pressupostos a concepção de que as “examinador”–“examinado” e alcançar a relação
experiências são recursos de aprendizados que de parceria (SORDI; MONTEJANO, 2010).
potencializam a capacidade de aprender, garan-
tindo, como consequência, a autoidentidade do Web-podcasting
discente. Por outro lado, a prontidão para apren-
der está relacionada com a técnica utilizada no O web-podcasting é uma inovação tecnoló-
processo (BROUSSARD; McEWEN; WILLS, 2009), gica de web que permite transferir conteúdos
características presentes em todas as ferramentas de áudio digitais para dispositivos móveis: MP3
apresentadas. players, telefones celulares e computadores mó-
No contexto da enfermagem, os pressupos- veis. Esta característica ímpar para o processo de
tos da andragogia são afirmados como essen- aprendizado garante facilidade e conforto para
ciais para o processo de formação profissional. ouvir os conteúdos (CEBECI; TEKDAL, 2006).
Compreende-se que os cursos de Graduação em
Enfermagem devem formar enfermeiros críticos, Wiki
reflexivos, humanísticos, generalistas e capazes
de identificar e atuar – com senso de respon- A ferramenta wiki, termo havaiano que sig-
sabilidade e compromisso cidadão – sobre pro- nifica rápido, possibilita que o usuário realize
blemas e situações de saúde-doença nacional e edições de conteúdo, contribuindo com a página
regional (BRASIL, 2001). visitada (BRITO, 2008).
Nessa perspectiva, elucidam-se, a seguir, al- Trata-se de um site que tem por base a lógica
gumas possibilidades tecnológicas que podem do trabalho em grupo mediante o desafio da co-
ser incorporadas ao ensino do enfermeiro, qua- municação online, estando os usuários sensíveis
lificando o processo de ensinar/aprender por a participar – como emissor e receptor – do pro-
meio da promoção de um ambiente inovador, cesso de construção de conhecimentos por meio
crítico e reflexivo. das suas contribuições e experiências.

E-portfólio Tele-enfermagem

Como alternativa tecnológica para abordar as Dentre as novas tecnologias que podem
capacidades de pensamento crítico, têm-se os ser utilizadas no ensino, pode-se mencionar o

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Computer Mediated Comunication (CMC), que colaborativa entre os centros de ensino e às ses-
inclui as aplicações via Internet, facilitando a sões de teleconsultorias; trocas de experiências;
comunicação, tais como o correio eletrônico redução de custos, principalmente de desloca-
(e-mail), as conversações (chats), os grupos ou mento; acesso à grande quantidade de informa-
fóruns de discussão. Como exemplo, citam-se: ções; e contribuição para a equidade da saúde,
(listservers), as informações hipermídia (WWW), qualificando os profissionais que trabalham em
as bibliotecas virtuais, os jornais eletrônicos e as regiões distantes e de difícil acesso (BOLAÑOS,
bases de dados; o Computer Managed Instruction 2010; FERNÁNDEZ; HERNÁNDEZ, 2010).
(CMI), que utiliza o computador para armaze- Dessa forma, a tele-enfermagem, ao ser uti-
nar, recuperar dados e organizar a instrução; e o lizada como ferramenta pedagógica adequada e
Computer Based Multimídia (CBM), baseado em diferenciada, pode proporcionar ensino de qua-
recursos sofisticados e robustos que integram vá- lidade a uma clientela que possui determinadas
rias tecnologias, incluindo os novos softwares de características, destacando-se a educação do
administração de ensino via Internet e as novas profissional já inserido no mercado de trabalho
tecnologias da videoconferência, teleconferência e que tem uma experiência acumulada, facili-
e audioconferência que permitem integrar várias tando o acesso ao saber coletivo por meio do
mídias (MERHY, 2011). intercâmbio de experiências (LIMA et al., 2012).
No contexto de utilização das ferramentas Para a consolidação de tais ideias, é imperati-
CBM para a qualificação da prática sanitária, em vo que haja bom planejamento didático, seleção
seus diversos ambientes, destaca-se a telemedici- de conteúdos que sejam adequadamente relacio-
na, definida como a utilização de tecnologias de nados às competências a serem adquiridas pelo
informação e comunicação para transferência de aluno, construção de material gráfico adequado à
informação médica com finalidades diagnósticas, concepção pedagógica adotada e estrutura orga-
terapêuticas e educativas (ROIG; SAIGÍ, 2009). nizacional de suporte, com tutores que compreen-
No Brasil, vislumbrando os benefícios de tal dam o seu papel de facilitadores do processo de
ferramenta tecnológica, o Ministério da Saúde, ensino-aprendizagem (LIMA et al., 2012).
em parceria com os Ministérios de Ciência e
Tecnologia e Educação, implantou, em 2007, o Special Interest Group (SIG)
Programa Telessaúde Brasil. Outrossim, destaca-
-se a Rede Universitária de Telemedicina (RUTE), Inseridos no âmbito da telemedicina, estão
iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia, os grupos de interesse especial (SIG), do inglês
apoiada pela Financiadora de Estudos e Projetos Special Interest Group. Trata-se de uma rede de
(Finep) e pela Associação Brasileira de Hospitais interesse específico, que se fomenta por meio de
Universitários (Abrahue) e coordenada pela uma agenda de trabalho definida por videocon-
Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), vi- ferências, com o objetivo de agregar profissio-
sando ao apoio e aprimoramento de projetos em nais que se encontram regionalmente distantes,
telemedicina já existentes (COURY et al., 2010). exercendo atividades de ensino, pesquisa e as-
Inserida nesse contexto está a tele-enferma- sistência na área da saúde (SALVADOR et al.,
gem, que busca incorporar os benefícios ímpares 2010).
da telemedicina à área da enfermagem, em seus Os SIGs promovem debates, discussões de
diversos campos de trabalho, sobretudo no en- caso, aulas e diagnósticos a distância. Integra,
sino, compreendido como um processo perma- atualmente, 140 instituições distribuídas em to-
nente e infinito, que se lapida paulatinamente, dos os estados da federação brasileira, organi-
sobretudo no ambiente de trabalho. zadas num quantitativo de aproximadamente 50
Destacam-se, assim, como benefícios da tele SIGs em Psiquiatria, Cardiologia, Enfermagem,
-enfermagem: capacitações permanentes; aces- Oftalmologia, Dermatologia, dentre outras espe-
so aos protocolos sistematizados, à pesquisa cialidades. Aproxima, de forma virtual, centros

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de excelência distantes geograficamente, para adequado. Destaca-se, ainda, como benefício de


discussão de assuntos pertinentes a cada es- tal estratégia a possibilidade de uma avaliação
pecialidade da área da saúde (HOSPITAL SÃO mais aprofundada dos alunos, complementando
PAULO, 2012). o ensino prático com melhor avaliação cognitiva
É possível listar alguns dos benefícios do uso (BARBOSA; MARIN, 2009).
dos SIGs no ensino do enfermeiro: intercâmbio, en-
tre os profissionais, de protocolos, aulas, palestras, Teleimersão
imagens e vídeos; estudos multicêntricos; estudos
de caso; rompimento da barreira da distância; dis- Esta tecnologia permite a interação e integra-
cussão e busca de soluções compartilhadas entre ção cooperativa entre pessoas distantes e entre
os diferentes serviços de enfermagem das institui- grupos, auxiliando a descobrir novas formas de
ções participantes; além do compartilhamento de se trabalhar em um mesmo ambiente virtual a
experiências bem-sucedidas e discussão de estra- longa distância.
tégias que busquem o aperfeiçoamento da equipe A teleimersão permite a discussão de casos
de enfermagem das instituições participantes com e os atendimentos virtuais, possibilitando que
vistas à melhoria do atendimento a saúde da po- usuários geograficamente distribuídos em locais
pulação brasileira (HOSPITAL SÃO PAULO, 2012; diferentes colaborem em tempo real em um mes-
SALVADOR et al., 2010). mo ambiente compartilhado e simulado, como
Apreende-se, por conseguinte, que é possível se estivessem em uma mesma sala física.
compreender a distância entre os participantes
como um elemento promotor da interação, en- Ambientes Virtuais de Aprendizagem
gajar os discentes/profissionais de forma dinâ-
mica ao processo de aprendizagem, respeitando Novas formas de se proceder com o ensino
a independência e a autonomia, estabelecendo e a aprendizagem de alunos adultos ganharam
elos entre a aprendizagem e a experiência de espaço desde o crescimento e avanço da web.
vida e profissional (LIMA et al., 2012). Afinal, com a utilização desse recurso é possível
permitir aos discentes novos espaços de intera-
Simulação realística ção, comunicação e novas concepções do pro-
cesso de ensino.
A simulação realística constitui uma ferra- Desse modo, o objetivo da construção de no-
menta tecnológica ímpar para a qualificação do vos ambientes extrassala de aula é privilegiar o
ensino do enfermeiro, sobretudo nos aspectos envolvimento dos alunos com a interatividade,
referentes às situações clínicas, que tanto envol- potencializando a construção do conhecimento
vem riscos aos seres humanos quanto não pos- compartilhado, a interatividade, a intersubjetivi-
suem uma certeza de vivência pelos alunos. dade e o alcance de uma consciência dialógica.
Nesse sentido, o desenvolvimento de simu- Isto culminou com uma nova concepção de
lações clínicas traduz-se em proposta inovado- espaço de aprendizagem: as comunidades vir-
ra e complementar ao ensino do enfermeiro, tuais de ensino ou ambientes virtuais de aprendi-
permitindo que o estudante aprenda sem cor- zagem (AVA). Os AVAs surgiram isoladamente,
rer os riscos decorrentes de condutas errôneas há 10 anos, dentro das Instituições de Ensino
(BARBOSA; MARIN, 2009). Além disso, permite Superior. Nesse período, eram realizados ape-
aos discentes a vivência prévia de situações pas- nas cursos a distância, disponibilizando-se so-
síveis ou não de serem enfrentadas. mente textos e livros com pouca ou nenhuma
As simulações realísticas podem ocorrer em interatividade.
ambiente real, com uso de materiais artificiais, No entanto, com o avanço dessa ferramenta e
ou em ambiente virtual, combinando diferen- de tecnologias que facilitaram a comunicação em
tes tecnologias para o seu desenvolvimento tempo real, como os chats, as redes sociais, isso

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também promoveu maior integração e interação, uma folha de marcação/tempo previamente es-
proporcionando a disseminação do conheci- truturada. Isso permite avaliar as habilidades, o
mento por parte dos alunos. Esses benefícios e raciocínio clínico, a abordagem diagnóstica e a
possibilidades também são notórios no ambiente postura do aluno frente a essas situações, consti-
Moodle, que oferece diversificadas ferramentas tuindo-se em uma importante ferramenta para o
de interação docente-discente e entre discentes ensino e a aprendizagem do aluno.
para promover um processo de ensino-aprendi-
zagem integrado. DISCUSSÃO
Com isso, o AVA passou a ser um espaço
fecundo, em que alunos, professores e objetos A incorporação de inovações tecnológicas
técnicos interatuam, potencializando a constru- ao ensino do enfermeiro, quando direcionada
ção do conhecimento e da aprendizagem. Ele ao processo de ensino-aprendizagem, possibi-
é capaz de simular uma determinada realidade, lita construir um ambiente de conforto físico,
bem como disponibilizar textos interativos, ima- confiança e respeito mútuo com o docente fa-
gens, gráficos e atividades que possam favorecer cilitador do processo, além de possibilitar que
o raciocínio do conteúdo e a construção de no- o discente compreenda a importância do co-
vas aprendizagens. nhecimento para o futuro, passando de sujeitos
passivos, para a condição de sujeito capaz de au-
Objective Structured Clinical todireção, pressupostos inerentes ao modelo de
Examination (OSCE) processo andragógico (BROUSSARD; McEWEN;
WILLS, 2009).
A introdução de novos métodos de avalia- A andragogia difere da pedagogia por diferen-
ção que simulam situações clínicas da prática tes pressupostos sobre o conceito de aprendiz:
tem fornecido suporte para o aprimoramento da o papel da sua experiência na aprendizagem, a
aprendizagem do aluno. Nessa modalidade, uma disponibilidade para aprender, a orientação para
das ferramentas mais utilizadas é o exame clí- a aprendizagem e a motivação para aprender.
nico objetivo estruturado – Objective Structured Tudo isso influenciará no aprendizado do adulto
Clinical Examination (OSCE). em um ambiente (DRAGONOV; FRIEDLÄNDER;
Desde 1975, o OSCE tem sido utilizado como SANNA, 2011).
ferramenta e avaliação da aprendizagem dos alu- Afinal, para essa teoria, o adulto é um aluno
nos. Por isso, tem se mostrado adequado para diferenciado, visto que já passou por diferentes
avaliar as competências clínicas dos discentes situações, experiências, transformações de pen-
no decorrer do processo de formação, principal- samentos e atitude, como também já acumulou
mente em cursos da área da saúde. experiências que podem tanto fundamentar sua
O OSCE parte da simulação ou aproximações aprendizagem como também ser fonte de redu-
com a realidade, na tentativa de reproduzir situa- ção de interesse e de conhecimentos.
ções clínicas em condições padronizadas, per- Fazendo um paralelo entre a pedagogia e a
mitindo, por meio da observação e avaliação, o andragogia tem-se que a primeira faz pouca uti-
alcance de objetivos específicos. lização desses pressupostos e prefere recorrer à
Esse exame busca fazer com que o aluno experiência do professor, do manual, do auxí-
seja avaliado nas mais diferentes situações, or- lio audiovisual, o que faz com que o essencial
ganizando essa avaliação em várias estações, da sua metodologia consista na transmissão de
ao redor das quais os estudantes rodam e são técnicas. Já a andragogia, ao reconhecer a expe-
avaliados em tarefas específicas (anamnese, exa- riência dos adultos, quantitativa (anos de vida)
me físico, comunicação com o paciente, dentre e qualitativamente (diversidade de papéis e de
outras), em que são avaliados por um ou dois contextos da existência), percebe, nesses dois
avaliadores que pontuam seu desempenho em

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Tecnologia no ensino de enfermagem

pontos, o elemento motivador para a transfor- tecnologia e o ensino para produzir um modelo
mação da aprendizagem do aluno. de processo adequado e produtor de aprendiza-
A utilização das ferramentas tecnológicas, à dos significativos para discentes e docentes.
luz dos princípios da andragogia, por conseguin- Sendo assim, almeja-se promover reflexões
te, rompe com o modelo técnico e de avaliação em discentes, docentes e demais atores do meio
quantitativa e inaugura um processo coletivo de científico quanto à necessidade de transforma-
ensino/aprendizado pautado na multidimensio- ções nas práticas de formação profissional, as
nalidade, solidariedade e reflexividade. quais devem ser voltadas para as novas tendên-
Com isso, o educador, ao utilizar a teoria cias. Somado a isso, move-se discussão acerca
andragógica, passa a visualizar os alunos como dos métodos educativos empregados na realida-
participantes ativos do processo de ensino-apren- de atual de formação de enfermeiros.
dizagem, o que pode vir a facilitar a interação
e integração desse processo. Desse modo, para REFERÊNCIAS
que a aprendizagem seja deveras significativa
para o aprendiz, o processo de ensino deve en- BARBOSA, Elizabeth C.V.; VIANA, Lígia O. Um olhar
sobre a formação do enfermeiro/docente no Brasil.
volver estratégias inovadoras e adequadas para
Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, v. 16, n. 3, p. 399-
tal finalidade, tornando os alunos copartícipes
344, 2008. Disponível em: <http://www.facenf.uerj.
desse processo (DRAGONOV; FRIEDLÄNDER; br/v16n3/v16n3a07.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2014.
SANNA, 2011).
BARBOSA, Sayonara F.F.; MARIN, Heimar F.
Simulação baseada na web: uma ferramenta para
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o futuro profissional deve ser formado não so-
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mente para técnicas e aspectos teóricos, mas que
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Concluiu-se que as ferramentas inovado- usability - the brazilian telemedicine university
ras apresentadas são exemplos que aliam a network. Online braz. J. nurs., Niterói,

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