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1.

Legislação mineira é um conjunto de normas jurídicas que regulam a actividade mineira;


e tem como objecto regular o uso e aproveitamento dos recursos minerais, em harmonia
com as melhores e mais seguras práticas mineiras, socio – ambientais, transparência, com
vista a um desenvolvimento sustentável e de longo prazo e captação de receitas para o
Estado.

2. O direito de uso e aproveitamento dos recursos minerais, é o direito que o cidadão


moçambicano goza sobre a exploração dos recursos minerais existentes no território
nacional, não lhe da o direito de uso e aproveitamento da terra e de outros direitos
preexistentes na lei.

Analisando o Caso 3

1. A licença de Prospeção e Pesquisa é submetida pelo requerente ao Instituto Nacional de


Minas sobre a área requerida (RLM, Art. 30, n° 1);
2. A licença de Prospeção e Pesquisa deve ser atribuída a pessoa coletiva constituída e
registada de acordo com a Lei em vigor em Moçambique (RLM, art. 30, n° 2);
3. Após a decisão do Ministro sobre o pedido de licença de Prospeção e Pesquisa, é
notificado o interessado no prazo máximo de 10 dias (RLM,A rt. 32, n 2);
4. O sre Chato por não estar devidamente informado sobre a Legislação Mineira em vigor
no pais submeteu outro pedido de Licença de Prospeção e Pesquisa sendo este cancelado.
O correto seria submeter uma carta ao Ministro que tutela a área a explicar sobre o
cancelamento da sua Licença de Prospeção e Pesquisa porque este encontrava – se dentro
do tempo estipulado de levantamento.

Analisando o caso 4
1. Sobre recursos minerais para construção a extração dos mesmos não carece de título
ou autorização quando reúne os seguintes requisitos:
a) Realizada por cidadão nacional na medida e pela forma permitida pelos costumes
locais e na terra onde e usual realizar essa extração (LM, Art. 53a);
2. Os recursos mineral citado no artigo acima suspende a comercialização dos mesmos
(LM, Art. 55, n° 1);
3. Para além da suspensão previsto no n° anterior, deve – se pagar o imposto sobre
produção (LM, Art. 55, n° 2).

1. Interpretação e Aplicação da Lei que sustenta o Princípio da Legalidade


O princípio acima, defende que a actividade mineira deve ser exercida em conformidade com as
leis e regulamentos em vigor sobre o uso e aproveitamento dos recursos minerais, bem como as
normas de protecção e preservado do meio ambiente, incluindo os aspectos sociais, económicos
e culturais. Também, em conformidade com as boas práticas mineiras, afim de assegurar a
preservação da biodiversidade, minimizar o desperdício e as perdas de recursos naturais e
protegê-los contra efeitos adversos ao ambiente.
Este princípio sustenta-se com base a aplicação da lei 20/2014 de 18 Agosto (lei de minas),
Artigo nº 68 (princípios), alínea a) e b). O Principio explica que durante a actividade mineira
deve a empresa pública e privada, sociedade civil (população ou comunidade local) e governo ter
vínculo em conformidade com leis e regulamento da legislação mineira.
Este principio aplica-se na Lei nº 20/2014 (Lei de Minas), capitulo I, artigo 5 e 7
respectivamente, que diz:
1. Para efeitos da presente lei a titularização mineira é feita através de:
a) Licença de Prospecção e Pesquisa;
b) Concessão Mineira;
c) Certificado Mineiro;
d) Senha Mineira;
e) Licença de Tratamento Mineiro;
f) Licença de Processamento Mineiro;
g) Licença de comercialização de Produtos Mineiros.
1. Os títulos mineiros são atribuídos em áreas disponíveis a requerentes que reúnam os requisitos
estabelecidos na presente Lei e nos demais diplomas legais aplicáveis.
2. Os requerentes títulos mineiros, constituídos sob forma de sociedade, devem, no acto da
submissão do pedido, juntar o documento comprovativo de constituição de sociedade, incluindo
a identificação dos titulares de participações e o respectivo valor do capital social subscrito.
2. Interpretação e Aplicação da Lei que sustenta o Principio da justa compensação
Este principio explica que no reassentamento ou movimentação da população numa zona onde
há recursos minerais no meio em que vive a comunidade local (população), tem que reassentar
de acordo com as condições iguais donde a comunidade local (população) vivia antes do
reassentamento, ou seja justa indemnização aquele que cobre não só o valor real e actual dos
bens expropriados à data do pagamento, como também os danos emergentes e os lucros
cessantes do proprietário, decorrentes do despojamento dos seus bens e património.
Este principio aplica-se na Lei nº 20/2014 (Lei de Minas), capitulo I, artigo 30 e 31
respectivamente, que diz:
1. Quando a área disponível da concessão abranja em partes ou totalidade, espaços
ocupados por famílias ou comunidade que implique o seu reassentamento a empresa é
obrigada a indemnizar os abrangidos de forma justa e transparente, em moldes a
regulamentar pelo Governo.
2. A justa indemnização deve ser firmada num memorando de entendimento entre o
Governo, a empresa e as comunidades, podendo o acto ser testemunhado por organização
de base comunitária, se tal for requerida por uma das partes.
3. O memorando do entendimento referido no numero anterior constitui um dos requisitos
para atribuição do direito de exploração mineira.
4. É responsabilidade do Governo assegurar melhores termos e condições do acordo em
beneficio da comunidade, incluindo o pagamento da justa indemnização.
1. A justa indemnização aos utentes dos direitos preexistentes abrangidos pela actividade
mineira referida no artigo anterior abrange, inter alia:
a) Reassentamento em habitações condignas pelo titular da concessão, em melhores que
as anteriores;
b) Pagamento do valor das benfeitorias nos termos da Lei de Terra e outra legislação
aplicável;
c) Apoio no desenvolvimento das actividades de que depende a vida e a segurança
alimentar e nutricional dos abrangidos;
d) Preservação do património histórico, cultural e simbólico das famílias e das
comunidades em modalidades a serem acordados pelas partes.
3. Interpretação e Aplicação da Lei que sustenta o Principio de Utilização e gestão racional
do ambiente
Este principio explica que antes da exploração dos recursos minerais ou naturais deve-se
primeiro fazer o plano de gestão ambiental, para melhor exploração dos recursos minerais de
forma sustentável, e também com vista à promoção da melhoria da qualidade de vida dos
cidadãos e a manutenção da biodiversidade e dos ecossistemas.
Este principio aplica-se Lei do Ambiente nº 20/97 (Lei do Ambiente) capitulo I, artigo 4 e alínea
a.
4.Interpretação e Aplicação da Lei que sustenta o Principio de Responsabilidade ou
responsabilização
Este principio explica que com base na qual quem polui ou de qualquer outra forma degrada o
ambiente, tem sempre a obrigação de reparar ou compensar os danos dai decorrentes. Este
princípio aplica-se na Lei do Ambiente nº 20/97 (Lei do Ambiente), capitulo I, artigo 4, alínea g,
e Lei Mãe da CR, capitulo I, artigo 1 e 3.
5. Interpretação e Aplicação da Lei que sustenta o Princípio de Democrático ou da
participação
Este princípio explica que deve haver transparência e coerência em informação para a
participação de todos cidadãos (sociedade civil, comunidades locais ou população em geral
governo, empresas publicas e privadas) para a tomada de decisões, e também visa participação
pública e consciencialização dos cidadãos, através do acesso à informação, permitindo assim a
sua intervenção nos procedimentos de elaboração, execução, avaliação, bem como na revisão dos
instrumentos de ordenamento territorial. Este principio aplica-se na Lei do Ambiente nº 20/97
(Lei do Ambiente), capitulo I, artigo 4, alínea e, e capitulo VI, artigo 19 e 21 e capitulo VIII,
artigo 30.
6. Interpretação e Aplicação da Lei que sustenta o Principio de Prevenção
Este principio explica que deve-se a criar medidas para suprimir ou reduzir os efeitos negativos
da actividade sobre a qualidade do ambiente e a fim de assegurar a preservação dos componentes
ambientais, bem como a manutenção de ecossistemas de reconhecido valor ecológico e
socioeconómico. Este principio aplica-se na Lei do Ambiente nº 20/97 (Lei do Ambiente),
capitulo IV artigo 13, capitulo V, artigo 15.
7. Interpretação e Aplicação da Lei que sustenta o Principio de Precaução
Este princípio explica que deve-se prevenir impactos desconhecidos, com base na qual a gestão
ambiental deve priorizar o estabelecimento de sistemas de prevenção de actos lesivos ao
ambiente de modo a evitar a ocorrência de impactos ambientais negativos significativos ou
irreversíveis, independentemente da existência de certeza científica sobre a ocorrência de tais.
Este princípio aplica-se na Lei nº 20/97 (Lei do Ambiente), capitulo I, artigo 4, alínea c, e Lei
Mãe da CRM, capitulo III e artigo 117.
8. Interpretação e Aplicação da Lei que sustenta o Principio de Poluidor pagador
Este princípio explica que todas as actividades que à data da entrada em vigor desta Lei se
encontrem em funcionamento sem a aplicação de tecnologias ou processos apropriados e, por
consequência disso, resultem ou possam resultar em danos para o ambiente, são objectos de
auditorias ambientais. E que todas as pessoas que exerçam actividades que envolvam elevado
risco de degradação do ambiente e, assim classificadas pela legislação sobre a avaliação do
imposto ambiental, devem segurar a sua responsabilidade civil.
Este principio aplica-se, na Lei nº 20/97 (Lei do Ambiente), capitulo III e artigo 9, capitulo V,
artigo 18 e capitulo VII, artigo 25.
9. Interpretação e Aplicação da Lei que sustenta o Conhecimento e valorização e do
saber das comunidades locais
Este princípio explica que é de obrigatória a informação prévia as comunidades locais sobre
inicio de actividades de prospecção e pesquisa, bem como da necessidade do seu reassentamento
provisório para tal fim, também nas áreas rurais, as comunidades devem participar na gestão dos
recursos naturais e na resolução dos conflitos.
Este princípio aplica-se na Lei nº 20/97 (Lei do Ambiente), capitulo I e artigo 4 e alínea b, nas
Lei nº 20/14 (Lei de Minas), capitulo II, artigo 32 e Lei de Terra, capitulo V, artigo 24.
10. Interpretação e Aplicação da Lei que sustenta o Principio de Igualdade
Este princípio explica que todos cidadãos tem a mesma igualdade no âmbito do direito do
ambiente de forma de desenvolvimento sustentável, que garante oportunidades iguais de acesso e
uso de recurso naturais a homens e mulheres, ou no acesso à terra e aos recursos naturais, infra-
estruturas, equipamentos sociais e serviços públicos por parte dos cidadãos, quer nas zonas
urbanas quer nas zonas rurais. Também qualquer cidadão que considere ter sido violados os seus
direitos que lhe são conferidos por lei pode recorrer as instancias jurisdicionais. Todos os
cidadãos são iguais perante a lei, gozam dos mesmos direitos e estão sujeitos aos mesmos
deveres, independentemente da cor, raça, sexo, origem étnica, lugar de nascimento, religião, grau
de instrução, posição social, estado civil dos pais, profissão ou opção política
Este princípio aplica-se na Lei nº 20/97 (Lei do Ambiente), capitulo I, artigo 4, alínea f, e
capitulo VI artigo 21 e Lei Mãe da CRM, capitulo I, artigo 35 e 90.

11. Interpretação e Aplicação da Lei que sustenta o Principio de Cooperação


Internacional
Este princípio explica que para a obtenção de soluções harmoniosas dos problemas ambientais
reconhecidas que são as dimensões transfronteiriças e globais. A República de Moçambique
estabelece relações de amizade e cooperação com outros Estados na base dos princípios de
respeito mútuo pela soberania e integridade territorial, igualdade, não interferência nos assuntos
internos e reciprocidade de benefícios.
Este princípio aplica-se na Lei do Ambiente nº 20/97 (Lei do Ambiente), artigo 4, alínea h, e Lei
Mãe da CRM, capitulo I, artigo 17 e 19.
1. Como vou escolher um consultor ambiental?
Os consultores ambientais devem estar registados no MICOA. O MICOA possui uma lista de
consultores registados, tanto singulares como empresas que poderão facultá-lo. Depois pode
fazer uma selecção da lista. Se optar por escolher um consultor ou empresa de consultoria
ambiental estrangeira para apoiá-lo no seu EIA ou EAS, o estrangeiro deve trabalhar em
conjunto com consultores ambientais registados localmente e deve poder provar que está a
cumprir as normas legais estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e pela Direcção Nacional de
Migração para ser autorizado a trabalhar em Moçambique. Mudanças recentes no regulamento
ambiental (no Decreto no 42/2008) abrem a possibilidade de o pessoal do próprio MICOA
realizar EIA’s e EAS’s em nome de empresas. Artigo 13, no 1.
2. Como é que o MITADER calcula a taxa de licenciamento?
As taxas baseiam-se no valor de investimento. A decisão no recém-publicado Manual para o
Licenciamento Ambiental de precisar que o valor de investimento deve ser calculado pelo
Ministério das Finanças ou por um técnico de contas acreditado pelo Governo. Artigo 1, n o1a)
até d).
3. Disseram-me que eu devo pagar pela visita duma equipa da DPTADER ao meu
projecto antes do processo de AIA poder iniciar. É verdade isso?
Não constitui verdade, porque O licenciamento ambiental é diferente de, por exemplo, a emissão
duma concessão de terra que requer uma ou mais visitas ao local por técnicos governamentais. A
aprovação dum projecto pelo MICOA não depende de visitas do seu pessoal ao local. É
exactamente por esta razão que os consultores ambientais que realizam EIA’s e EAS’s têm a
obrigação legal de declarar conflitos de interesses e são devidamente lembrados na legislação das
possíveis penas criminais e civis relacionadas com as suas actividades.
Posso obter o meu DUAT provisório antes de ter a minha licença ambiental?
A emissão dum DUAT provisório para uma área de terra não está condicionado à posse duma
licença ambiental. De facto, o DUAT provisório deve ser apresentado como parte do processo de
AIA.
4. O que acontece com o meu DUAT se houver uma demora na emissão da minha
licença ambiental?
Porém, DUAT’s provisórios têm uma validade limitada, com titulares estrangeiros dum
DUAT a terem dois anos e titulares nacionais a terem cinco anos para concluir a exploração
da sua terra, na base do plano de exploração apresentado aquando do pedido dum DUAT
5. Tenho uma actividade existente que na minha opinião poderia carecer duma licença
ambiental. O que devo fazer?
Seria conveniente procurar um aconselhamento jurídico nesta situação e você deve o mais
rapidamente possível preparar e apresentar um processo de AIA. Isto irá determinar qual é a
categoria da sua actividade e que tipo de procedimento de licenciamento você precisa de
implementar. As multas pelas operações sem uma licença são altas e o MICOA também tem o
direito de encerrar temporariamente ou definitivamente a sua actividade por causa desta
infracção.
6. A apresentação do meu pedido de pré-avaliação não foi aceite porque o tamanho e a
escala dos meus mapas não são correctos. Qual deve ser o tamanho e a escala dos
mapas?
Não há nenhuma cláusula legal em relação ao tamanho ou escala dos mapas a serem
apresentados. Tanto a legislação como o formulário usado para apresentar os documentos da pré-
avaliação dizem que os mapas devem ter uma escala conveniente. Por isso, pode-se presumir que
a escala julgada conveniente pelo requerente seja a usada. Pode ser assim porque, especialmente
para algumas áreas rurais, mapas oficiais precisos não estão disponíveis a diferentes escalas. Os
investidores referem que por vezes se usa este argumento como pretexto para recusar a recepção
dos documentos de pré-avaliação e mesmo de outros documentos (como EIA’s). Esta situação
pode ser resultado dum mal-entendido genuíno ou pode ser um indicativo da procura de dinheiro.
A sua melhor resposta é fazer um recurso escrito ao superior hierárquico do funcionário que
recusou aceitar os documentos, apresentando uma descrição do sucedido.
7. Os meus documentos já estão no MITADER há mais tempo que os prazos
legalmente previstos. Não recebi qualquer comunicação que é preciso informação
adicional. O que devo fazer?
Deve escrever uma carta ao chefe da direcção onde apresentou os documentos, fornecendo todas
as informações possíveis e anexando cópias da prova de apresentação, e pedindo um
esclarecimento sobre os motivos da demora do processo e quando pode esperar uma resposta. É
importante construir um registo da sua interacção com a direcção (isto é válido para as suas
interacções com qualquer entidade governamental, não apenas o MICOA), na forma de provas
de apresentação carimbadas e datadas de qualquer um e de todos os documentos e
correspondência. Isto irá ajudá-lo, se precisar de levar o assunto para instâncias superiores, ou
recorrendo a uma autoridade superior dentro do MICOA ou mesmo recorrendo a um processo
legal administrativo com o fim de conseguir uma resposta ao seu pedido. Estes casos são raros,
mas é boa prática ficar com um registo documental.
8. Tenho tido um grande número de relatórios especializados e estudos científicos
elaborados por consultores estrangeiros para o meu EIA. Estes relatórios são em
inglês. Preciso de traduções?
Sim é preciso, Todos os documentos de apoio dum EIA devem ser apresentados em português.
9. Tenho um plano de gestão ambiental. Preciso de fazer uma actualização? Como
posso verificar se estamos a segui-lo correctamente?
É preciso actualizar Sim, porque o plano de gestão ambiental é um documento que deve servir
de guiar e orientação nas suas actividades e o monitoramento destas actividades. É boa prática
rever o plano de gestão regularmente.
10. A minha actividade exige um processo de consulta pública. Quem irá organizá-lo
para mim e preciso de estar envolvido?
O consultor ambiental que você contratou deve apoiá-lo durante o processo de consulta pública,
porque é de sua responsabilidade fazer um relatório independente da consulta pública como parte
do seu relatório da EIA ou do EAS. Estar envolvido ou não, depende mais da estrutura da
consulta pública. Geralmente é bom ter pelo menos um representante da sua actividade presente
nas consultas públicas, porque as reuniões oferecem uma oportunidade para explicar a sua
actividade àqueles que em última análise poderão ser os seus vizinhos, e também oferecem uma
base sobre a qual você poderá construir o diálogo futuro com a comunidade à sua volta.
11. Levámos a cabo e concluímos um processo de consulta pública, e submetemos o
relatório da consulta pública como parte do EIA. Contudo, fomos agora contactados
por um grupo que tem preocupações sobre o projecto e diz que não foi incluído no
processo de consulta pública. O que devemos fazer?
Deve verificar se foram cumpridas inteiramente todas as etapas necessárias para organizar o
processo de consulta pública. É preciso Verificar de igual modo se a publicidade de reuniões
públicas cumpriu o requisito de se dar o aviso com 15 dias de antecedência. Você pode ser
solicitado a provar que cumpriu estes requisitos.
12. Gostaria de realizar uma auditoria ambiental. Como posso encontrar um consultor
para fazer isso para mim?
Os auditores ambientais, como os consultores ambientais, devem estar registados no MICOA. É
preciso entrar no MICOA, eles têm uma lista de auditores ambientais que lhe pode facultar. Você
deve fazer uma selecção desta lista.
13. O MITADER enviou uma equipa para fazer uma auditoria à minha actividade. Na
base das suas conclusões instruíram-me a encerrar a minha actividade. Podem fazer
isso?
Sim podem fazer e mais, Dependendo das conclusões da auditoria a pessoa pode ser sujeito ao
encerramento temporário da sua actividade enquanto corrige as questões identificadas.
Resolução de exercícios de aplicação sobre legislação mineira
Resposta
Em primeiro lugar, analisando o caso do senhor Arthuro, Com base na legislação mineira (lei
nº 20/2014 de 18 de Agosto, capitulo I, artigo 26, alínea b e c), a atribuição de concessão
mineira compete ao instituto nacional de minas que é a autoridade reguladora de toda
actividade mineira tutelada pelo ministério dos recursos minerais e não a direcção provincial.
Nesse contexto o senhor Arthuro violou a lei pelo facto de ter ignorado a hierarquia da
instituição, pelo que o seu pedido não será satisfatoriamente deferido ou seja aprovado.
Em Segundo lugar, conforme a lei acima, no seu capítulo I, artigo 7; o governo atribui
concessão mineira apenas em áreas disponíveis. Porem a área que o senhor Arthuro pretende
já está ocupada pela mineradora moçambicana “Minas Centrais Limitada”.
Terceira e última analise sobre a mesma questão de atribuição de concessão mineira ao
senhor Arthuro, através da lei anteriormente mencionada, no seu capítulo I, artigo 29, nos
números 3 e 4; o pedido do senhor Arthur tomaria outro sentido promissor, se porventura a
empresa moçambicana “Minas Centrais Limitadas” tivesse encerrado as suas actividades por
motivos financeiros ou caducidade da licença ou mesmo violação da lei. e quando assim
acontece o estado pode voltar a atribuir aos interessados, como por exemplo o “senhor
Arthuro”, o direito de uso e aproveitamento de terra.
Resposta
Analisando o caso da Tete mining Coal, com base na legislação mineira (lei nº 20/2014,
capitulo IV, artigo 42), perante este dispositivo a Tete mining coal, não será concedida, a esse
título mineiro pelo facto de não possuir capacidades técnicas e financeiras para levar a cabo
operações de prospecção e pesquisa. Ademais, a apresentação de documentação falsa por
parte dessa empresa, na opinião do grupo pode culminar com um processo criminal (multa
que varia de 15 mil a 150 mil meticais), plasmado pelo decreto nº 20/2011, capitulo II, artigo
26, alínea b.

Porque o titular mineiro deve apresentar a carta topográfica, da área pelo qual pede a
concessão mineira?
R: é importante que o titular apresente a carta topográfica da área para o conhecimento das
entidades governamentais sobre a área pretendida, os seus acidentes naturais tal como as
posições planimétricas e altimétricas. Estas informações conjugadas com o método de lavra, de
certa forma irão influenciar na decisão sobre autorização da área.
2. Com base nos dispositivos legais (Lei de minas/Regulamento da lei de minas), o que é
capacidade técnica e financeira?

R: Com base no anexo 10 do decreto 31/2015, Capacidade técnica refere-se a prova da


existência de recursos técnicos à disposição do requerente de título mineiro e exigíveis, nos
termos das disposições específicas do Regulamento da lei de Minas. Capacidade Financeira
refere-se a prova da existência de recursos financeiros à disposição do requerente de título
mineiro e exigíveis, nos termos das disposições específicas do Regulamento da lei de Minas
3. Qual é o valor mínimo que o titular mineiro deve apresentar como garantia, durante o
pedido da concessão mineira?

R: Conforme o Decreto 31/2015, no seu artigo 17, no ponto 3, alínea d), conjugado com os
pontos 1 e 2, determina que o titular mineiro deve apresenta uma garantia através da sua conta
bancaria um montante de 2% do valor do investimento previsto no estudo de viabilidade
económica.
4. Quanto tempo leva a vida útil de uma concessão mineira?
R: Segundo artigo 51 do Decreto 31/2015, no seu ponto 1, dita que a concessão mineira é valida
pelo prazo de 25 anos, a contar da data de emissão, prorrogável uma vez no máximo por igual
período, não excedendo 50 anos.
5. Fale da concessão mineira comparativamente aos outros títulos mineiros em termos de
exigências na capacidade técnica e financeira.
R: Existe uma exigência forte na concessão mineira em relação aos outros títulos mineiros
porque tratasse de um título de grande dimensão e por se tratar de uma mineração de grande
escala e isso envolve responsabilidade, tanto a mão-de-obra como a protecção ao meio ambiente,
por isso nos termos do anexo 10 do Decreto 31/2015 no seu I ponto refere:
i. A capacidade técnica de requerente de título mineiro, consiste no pessoal técnico a sua
disposição, qualificado na área geológico-mineira, e com experiencia mínima de 3 anos na
realização de operações e actividades mineiras;
ii. O pessoal referido no número anterior pode ser próprio ou contratado;
iii. No caso do pessoal técnico próprio do requerente é exigível a apresentação da descrição das
qualificações e experiencias na respectiva área, sendo exigível para o pessoal técnico contratado,
para além da descrição das qualificações e experiencias, o contrato, entre a pessoa requerente e o
referido pessoal técnico;
iv. Os Currículo Vitae, apresentados pelo requerente do titulo mineiro, devem conter a assinatura
reconhecida dos respectivos signatários, bem como estar actualizados.
6. Relativamente aos outros títulos mineiros, em que posição se encontra a concessão
mineira?
R: relativamente aos outros títulos mineiros, a concessão mineira encontra-se em primeiro lugar,
porque devido a dimensão do título tal como o conjunto de operações que envolve o próprio
titulo mineiro.
7. O que é Concessão mineira?
R: entende por Concessão mineira como um título mineiro atribuído nos termos da Lei, que
permite as operações e trabalhos relacionados ao desenvolvimento, extracção, tratamento,
processamento mineiro, bem como a disposição dos produtos minerais.

Análise histórica entre leis de minas de 1986, 2002 e 2014


Em 1986 é aprovada a primeira Lei de Minas do país independente, esta lei apresentava 4
quatro formas de títulos mineiros, a licença de prospeção e pesquisa; as concessões mineiras, o
alvará de pedreira e certificado mineiro. Esta lei era caracterizada por ser defensora dos
interesses do Estado e não referência à questão ambiental. em 2002 foi a provada a segunda lei,
revogando a primeira devido algumas lacunas que apresentava, na segunda lei, foram
adicionadas duas formas de titulos mineiros a saber, licenca de reconhecimento e a senha
mineira. Ela era caracterizada pelo respeito ao meio ambiente, assim como dava o direito de uso
e aproveitamento de terra aos titulares mineiros, um aspecto muito importante é que o
regulamento desta lei, responsabilizava detentores as questoes do reassentamento e a
responsablidade social de forma geral. Em 2014 foi aprovada a lei 20/2014, ela apresenta titulos,
a saber; licenca de prospeccao e pesquisa, concessao mineira, certificado mineiro, licenca de de
tratamento mineiro, licenca de processamentto mineiro, licencao de comercializacao de produtos
minerais e senha mineira. Ela é caracterizada por respeitar as questoes ambientais, as questoes
relacionadas com as dimensoes sociais, ecnonomicas e culturais que de forma de directa afectam
as familias pelos projectos.
Legislaçao ambiental é o conjunto de regulamentos juridicos especificamente dirigidos as
actividades que afectam a qualidade do meio ambiente.
CLASSIFICAÇAO AMBIENTAL DE ACTIVIDADES MINEIRAS INSTRUMENTOS DE
GESTAO
Ao ponto de vista ambiental, as actividades mineiras podem ser classificadas em três categorias a
saber:
 Categoria A ou nivel 3( Concessão mineira): Está sujeita a um Estudo de Impacto
Ambiental (EIA) completo;
 Categoria B ou nivel 2(mineração em pedreiras, certificado, prospecção e pesquisa para
projecto piloto): Está sujeita a um Estudo Ambiental Simplificado (EAS);
 Categoria C ou nivel 1(senha mineira e prospecção e pesquisa mineira não mecanizada):
Está sujeita à observância das normas de boa gestão ambiental
Os instrumentos de gestão ambiental que regulam as actividades mineiras são:
Estudo de impacto ambiental;
b)Plano de gestão ambiental;
c)Programa de gestão ambiental;
e)Programa de controlo de situação de riscos e emergência;
f)Auditoria ambiental.
Tipos de interpretação da lei
Interpretar a lei consiste em determinar o seu significado e fixar o seu alcance.

A boa interpretação da norma legal deve:

a)Esclarecer seu significado, mostrando sua validade;

b)Demonstrar o alcance social da norma;

c)Demonstrar que o conflito pode ser resolvido conforme os fins sociais da norma e
concretizando valores que levam ao bem comum. Existem, para cada um desses pontos, um
conjunto de métodos de interpretação.

Para entendermos os tipos de interpretacao da lei, devemos classificar as palavras como código
fraco ou código forte. Uma palavra é um código forte se seu significado corresponder a um
fenômeno determinado (ex. agravo de instrumento é um tipo único de recurso); será código fraco
se seu significado referir-se a mais de um fenômeno (ex. tributo é u conceito que pode referir-se
a várias coisas, como contribuição, imposto e taxa). Conforme o resultado da actividade
interpretativa, pode a interpretação ser considerada:

1) Declarativa, gramatical ou literal: a interpretação que atribui à lei o exacto sentido


proveniente do significado das palavras que a expressam.A interpretação literal mantém a força
do código: se forte, é interpretado como forte; se fraco, é interpretado como fraco. A
interpretação mantém o mesmo número de factos sociais sob alcance da lei.

2) Extensiva: considera a lei aplicável a casos que não estão abrangidos pelo seu teor literal. A
interpretação extensiva enfraquece o código. O significado da norma é ampliado, passando a
englobar mais objectos do que seu sentido literal. Por exemplo, uma lei que proíbe o
estacionamento de carros pode ser enfraquecida e ser interpretada como proibindo também o
estacionamento de motos.
3) Restritiva: a interpretação que limita o âmbito de aplicação da lei a um círculo mais estrito de
casos do que o indicado pelas suas palavras. A interpretação restritiva fortalece o código. Um
código fraco, por exemplo, pode ser interpretado como código forte. Uma lei pode usar a palavra
recurso, que se refere a vários objetos. Sua interpretação pode reduzir o alcance da palavra,
traduzindo-a como apenas apelação, um tipo de recurso.

4) Histórica (perspectiva histórica da lei, vicissitudes sociais das quais resultou e aspirações a
que correspondeu). A interpretação histórica assemelha-se à busca da vontade do legislador.
Recorrendo aos precedentes normativos e aos trabalhos preparatórios, que antecedem a
aprovação da lei, tenta encontrar o significado das palavras no contexto de criação da norma.

As palavras de uma lei podem ser:

 indeterminadas – não identificamos os fenômenos (ex. repouso noturno: o que é


repouso? quando é noturno?);
 valorativas – não sabemos quais os atributos que preenchem significado (ex.
honestidade: quando uma pessoa é considerada honesta?);
 discricionárias – há uma gradação que deve ser preenchida no momento de análise do
caso (ex. grave/leve; preponderante/secundário).

Actividade Mineira, segundo a lei.


O exercício da actividade mineira deve ser precedido de autorização concedida pela entidade
competente. A actividade mineira refere-se a todas as operações que consistem no
desenvolvimento, de forma conjunta ou isolada, de acções como o reconhecimento, prospecção e
pesquisa, mineração, processamento e tratamento de produtos mineiros.
Entidade Responsável:
Licença de prospecção e pesquisa e concessão mineira: é competente ao Ministro que
superintende a área dos recursos minerais. O pedido dá-se a entrada na Direcção Nacional de
Minas.
Certificado mineiro: é submetido na Direcção Nacional de Minas ou na Direcção Provincial dos
Recursos Minerais e Energia, consoante o caso. Compete ao ministro a sua emissão.
Senha Mineira: compete ao governador (a atribuição é feita nas áreas designadas de senha
mineira).
Tratamento e processamento mineiro: compete ao ministro, e é submetido ao instituto de
minas.

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