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III.

Cálculo integral
1. Integral indefinido
1.1. Introdução
Em estudos anteriores, resolvemos problemas do tipo: Dada uma função y  f x  , determinar a

sua derivada f ' .


Estudemos agora, um problema relacionado: Dada uma função f , determinar uma função F tal

que F '  f , ou seja a operação inversa da derivada.


Definição (40): Uma função F diz-se primitiva de uma função f num intervalo I se

F ' ( x)  f ( x) para todo x  I .

Se F for definida por F ( x)  x 2 , então F '  2 x . Assim, se f for a função definida por f ( x)  2 x
, então f é a derivada de F e F diz-se primitiva de f .

Observe-se que se G for uma função definida por G( x)  x 2  3 então G também será uma

primitiva de f pois, G '  2 x .


Na verdade existe uma infinidade de primitivas para 2 x . De um modo geral, se C é uma constante
arbitrária, então x 2  C é uma primitiva de 2 x pois, a derivada de uma constante é zero.
Definição (41): O processo de determinação de todas as primitivas de uma função, chama-se
integração. Usamos o símbolo  , chamado de sinal de integração, para indicar que a operação de

integração deve ser efectuada sobre uma função f .

Assim,  f ( x)dx  F ( x)  C , indica que o integral indefinido de f é a família de funções dada

por F x   C , onde F ' ( x)  f ( x) . A função f a ser integrada é chamada de integrando e a


constante C , constante de integração.
Exemplos

 
1.  3x 2 dx  x 3  C , pois x 3  C  3x 3
'
2.  cos xdx  senx  C , pois senx  C   cos x
'

 
3.  e x dx  e x  C , pois e x  C  e x
'
4.
1
 x dx  ln x  C , pois ln x  C  
' 1
x
O seguinte teorema estabelece que a diferenciação e a integração são processos inversos.
  f ( x) dx  f ( x)  C
'
Teorema(16): (i)

(ii)  f xdx  f x '

1.2. Propriedades operatórias do integral indefinido


Teorema(17): Seja f , f1 , f 2 , …, f n , funções com primitivas num intervalo I e c , c1 , c2 , …,

cn , constantes. Então:

(i)  cf ( x)dx  c  f x dx

(ii)  c f ( x)  c
1 1 2 f 2 ( x)  ...  cn f n ( x)dx  c1  f1 ( x)dx  c2  f 2 ( x)dx  ...  cn  f n ( x)dx

1.3. Integração de funções elementares


Derivada: f ' ( x) f ( x)dx  f ( x)  C
'
Integral indefinido:

1. x   1  dx  x  C
'

 x n 1 
'
x n 1
 x dx  C
n
2.    x n
 n 1 n 1

3. ln x  
1 1
 x dx  ln x  C
'

  '
4. a x  a x ln a ax
 a dx  ln a  C
x

 
5. e x  e x
'
 e dx  e
x x
C

6.  cos x   senx  senxdx   cos x  C


'

7. senx   cos x  cos xdx  senx  C


'

1.4. Integração por tabelas


dx x dx 1 x
a)  a x2
 arcsen  C
2a
b) a 2
x 2
 arctg  C
a a

dx dx 1 xa
c)  x a2 2
 ln x  x 2  a 2  C d) x 2
a 2
 ln
2a x  a
C

dx 1 xa dx 1 x
e) a 2
x 2
 ln
2a x  a
C f) x x a
2 2

a
arcsen  C
a

Exemplos
Calcule os seguintes integrais:

 x dx
5
1.

Resolução
x 51 x6
 x dx  C  C
5

5 1 6
1
2. x 2
dx

Resolução
1 x 21 1
 x2 
2
dx  x dx   C   x 1  C    C
 2 1 x


3
3. x dx

Resolução
1 4
1 1
x3 x3 3x3 x
 x dx   x dx  C  C  C
3 3
1 4 4
1
3 3

 5x 
 8x 3  9 x 2  2 x  7 dx
4
4.

Resolução

 5x  5x5 8x 4 9 x3 2 x 2
4
 8 x 3  9 x 2  2 x  7 dx      7x  C
5 4 3 2
 x 5  2 x 4  3x 3  x 2  7 x  C
 1
5.  x  x  dx
 x
Resolução
5 1
 3  
 1
 
1 1
x2 x2 2
 x  x  dx   x 2 x  x 1 dx    x 2  x 2 dx 
 x   5

1
 C  x2 x  2 x  C
5
2 2
2x3  1
6.  x 2 dx
Resolução
2x3  1
 x2 dx 

  x2  
 2 x 
1
 dx  2 x  x 2
dx 
2x2
2
1
 x 1  C  x 2   C
x

 tg 
x  ctg 2 x  4 dx
2
7.

Resolução

 tg
2
      
x  ctg 2 x  4 dx   sec 2 x  1  cos sec 2 x  1  4 dx   sec 2 x  cos sec 2 x  2 dx 
 tgx  ctgx  2 x  C

 1 1 
8.   x 2    2e x  senx  cos x dx
 x x 
Resolução

 2 1 1   2 1 
1

  x x
               dx
x 2 x
x 2e senx cos x dx  x x 2e senx cos x 
  x 
1
3 2
x x
  ln x   2e x  cos x  senx  C
3 1
2
x3
  ln x  2 x  2e x  cos x  senx  C
3
1.5. Métodos de integração
1.5.1. Integração por substituição
Suponhamos que conhecemos uma primitiva F , para uma função f (isto é F '  f ) e que g é

uma função derivável. Denotando por h a função composta de F e g , então h  F g x  . donde:

F g x'  F | g x g | x   F g x| dx   F | g x g | xdx


 F g x   C   F | g x  g | x dx

Fazendo u  g x   du  g ' x dx , donde:

 F g xdx  F g x  C   f u du  F u   C


'

Este método de calcular integrais indefinidos é conhecido como integração por mudança de
variával ou método de substituição

 f g ( x)g ( x)dx  F g ( x)  C


'
Teorema(18): Se F é uma primitiva da função f , então
Se u  g ( x)  du  g ' ( x)dx , então  f (u)du  F (u)  C
Exemplos
Calcule os integrais:
1.  cos3x dx

Resolução
1
Fazendo t  3x  dt  3dx  dx  dt , vem:
3

 cos3xdx  3  cos tdt  3 sent  C  3 sen(3x)  C


1 1 1

2.  4 x 1dx

Resolução
1
Fazendo t  4 x  1  dt  4dx  dx  dt , vem:
4
1 3
t dt   t 2 dt   t 2  C  t t  C  4 x  1 4 x  1  C
1 1 1 2 1 1
 4 x  1dx 
4  4 4 3 6 6
senx
3.  tgxdx   dx
cos x
Resolução
Fazendo t  cos x  dt  senxdx , vem:
senx dt
 tgxdx   cos x dx   t
 ln t  C  ln cos x  C

 xe
x2
4. dx

Resolução
1
Fazendo t  x 2  dt  2 xdx  xdx  dt , vem:
2
1 t 1 1 2
 xe dx   e dt  e t  C  e x  C
x2

2 2 2

x x  1dx
2
5.

Resolução
Fazendo t  x  1  dt  dx e x  t  1 , vem:
7 5 3
 
 
1 5 3 1 2 2 2
x  1dx   t  1
t 2t t
x t dt   t 2  2t  1 t dt    t  2t  t dt    C
2 2 2 2 2 2
 7 5 3
 
2 2 2
2t 3 t 4t 2 t 2t t 2 
 C   x  1  x  1  x  1 x  1  C
4 2
  
3 2

7 5 3 7 5 3 
2x  5
6.  3x  1 dx
Resolução
dt t 1
Fazendo t  3x  1  dt  3dx  dx  e x , vem:
3 3

2x  5
2
t  1  5 1 2t  17 1  17 
 3x  1 3  t dt  9  t dt  9   2  t dt  9 2t  17 ln t   C
1 3 1
dx 


1
23x 1  17 ln 3x 1  C  2 3x 1  17 ln 3x 1  C
9 9 9
Na aplicação do método de substituição é recomendável que desenvolva a capacidade de efectuar,
sempre que possível, a introdução da nova variável implicitamente, passando factores do integral
para o sinal de diferencial. Vejamos alguns exemplos desta técnica:
Exemplos
Calcule os integrais

1. x x 2  3dx

Resolução

 
3
1 x2  3
1
  
1 2

2

 x x  3dx  2  x  3d x  3  2  3 C  x  3 x2  3  C
2 2 2

3
2
2.  sen3x  1  cos3x dx

Resolução

1 1  cos3x 2
3

 sen3x  1  cos3x dx  3  1  cos3x d 1  cos3x   3 


1
C
3
2

2
1  cos3x  1  cos3x   C
9
ln 2 x
3.  x
Resolução
ln 2 x ln 3 x
 x   ln 2
xd ln x   C
3
1.5.2. Integração por partes
Da fórmula da derivada do produto de duas funções obtemos um método de integração muito útil,
chamado integração, por partes.
Da diferencial do produto uv , onde u  ux  e v  vx 

d uv   vdu  udv  udv  d uv   vdu   udv   d uv    vdu .

  udv  uv   vdu

Este método de calcular integrais indefinidos é conhecido como método de integração por partes.
Exemplos:
Calcule os seguintes integrais:
1.  x ln xdx
Resolução
 1
 u  ln x  du  dx
x
Fazendo  , vem:
dv  xdx  v  x 1 2
 2

xdx  x 2 ln x  x 2  C  x 2 2 ln x  1  C
1 1 1 1 1
 x ln xdx  2 x ln x  
2

2 2 4 4

x e
3 x2
2. dx

Resolução
u  x 2  du  2 xdx

Fazendo  1 x 2 , vem:
dv  xe dx  v  e
x2

 2
x e
3 x2
dx 
1 2 x2
2
2 1
2
1
2
2
 
1
2
2 1 2
2
1
x e   xe x dx  x 2 e 2   e x d x 2  x 2 e x  e x  C  e x x 2  1  C
2
 
3.  x cos xdx
Resolução
u  x  du  dx
Fazendo  , vem:
dv  cos xdx  v  senx

 x cos xde  xsenx   senxdx  xsenx  cos x  C


 x 
 3x senxdx
2
4.

Resolução
u  x 2  3x  du  2 x  3dx
Fazendo  , vem:
dv  senxdx  v   cos x

 x   
 3x senxdx   x 2  3x cos x   2 x  3cos xdx
2

u  2 x  3  du  2dx
Fazendo  , vem:
dv  cos xdx  v  senx

 x  3x senxdx  x 2  3x cos x  2 x  3senx  2 senxdx


2

 
  x 2  3x cos x  2 x  3senx  2 cos x  C

5.  e x senxdx

Resolução
u  e x  du  e x dx
Fazendo  , vem:
dv  senxdx  v   cos x

 e senxdx  e cos x   e x cos xdx


x x

u  e x  du1  e x dx
Fazendo  1 , vem:
 1
dv  cos xdx  v 1  senx

 e senxdx  e
x x
cos x  e x senx   e x senxdx  C  2 e x senxdx  e x senx  cos x   C

e x senx  cos x 
  e senxdx 
x
C
2
1.5.3. Integração de funções que contêm o trinómio quadrático
Ax  B
A integração de funções que contêm o trinómio quadrático são do tipo  ax 2
 bx  c
dx e

Ax  B
 ax 2  bx  c
dx , cuja discussão será feita em quatro casos:

dx dx
(1)  ax 2
 bx  c
(2)  ax 2  bx  c
Ax  B Ax  B
(3)  ax 2
 bx  c
dx (4)  ax 2  bx  c
dx

Caso 1.
dx
Consideremos o integral  ax 2
 bx  c
Transformamos primeiramente o denominador, pondo-o sob a forma de uma soma ou de uma
diferença de quadrados:

 b c  b  b   b  c
2 2

ax 2  bx  c  a x 2  x    a  x 2  2  x      
 a a  2a  2a   2a  a 

 b  b 2  4ac 
2
 b    
2

 a  x      a  x      2  , com   b  4ac .
2

 2a   2a   4a 


2
4a 


Como 4a 2 é sempre positivo, o sinal da fracção  depende unicamente do sinal de  . Assim,
4a 2
se:

(I) Se   0 , então    0 . Fazendo k 2   , tem-se:
4a 2
 b  b
d x   x
dx dx 1  2a  1
 ax 2  bx  c    b  2   a   b  2  arctg 2a  C
ak k
a  x    k 2  x  k
2

 2a    2a 

1 2ax  b
 arctg C
ak 2ak


(II) Se   0 , então    0 . Fazendo k 2  , tem-se:
4a 2
 b  b
d x   x k
dx dx 1  2a  1
 ax 2  bx  c    b  2   a   b  2  ln 2 a C
2ak b
a  x    k 
2
x  k
2 x   k
 2a  2a
 2a  

1 2ax  b  k
 ln C
2ak 2ax  b  k
(III) Se   0 , então
2 1
dx 1 dx 1  b   b  1 b 
 ax 2  bx  c  a   b  2  a   x  2a  d  x  2a    a  x  2a   C
x 
 2a 
1 2
 C   C
 b  2ax  b
a x  
 2a 
Exemplos
Calcule os integrais:
dx
1.  2x 2
 8 x  10
Resolução
dx 1 dx 1 dx 1 dx
 2x 2
  2   2
  

 8 x  10 2 x  4 x  5 2 x  4 x  4  4  5 2 x  22  1

1 d x  2
 arctg x  2  C
1
= 
2 x  2  1 2
2

dx
2.  3x 2
 x  30
Resolução
dx 1 dx 1 dx 1 dx
 3x 2
   
 x  30 3 x 2  1 x  10 3  2 1 1  1
 
3  2
1  361
 x  x     10 x  
3  3 36  36  6 36

 1 1 361
d x   x 
1
   6 1
 
1
ln 6 36  C
2
3  1  361 3 361 1 361
x   2 x 
 6 36 36 6 36
1 19
x 
1
 ln 6 6  C  1 ln 6 x  18  C
19 x  1  19 19 6 x  20
6 6
dx
3. x 2
 6x  9
Resolução

  x  3 d x  3  x  3  C  
dx dx 1
x 
2 1
C
2
 6x  9 x  32
x 3
sen2 x
4.  2  cos 2
x  cos 4 x
dx

Resolução
Fazendo t  cos 2 x  dt  2senx cos xdx  sen2 xdx , vem:
sen2 x du dt dt
 2  cos 2
x  cos x
4
dx   
2t t2
 
1  1
 
9  1
2
2   t 2  t    t  
4  4 4  2

1 3
t 
 
du
ln 2 2  C  1 ln 2t  4  C
1
2
 1  9 2 3 t  1  3 3 2t  2
t    2 2 2
 2 4

1 2 cos 2 x  4 1 cos 2 x  2
 ln  C  ln C
3 2 cos 2 x  2 3 cos 2 x  1

Caso 2.
dx
Consideremos o integral do tipo  ax 2  bx  c
Procedendo analogamente como no Caso 1, este integral pode ser reduzida a um integral do tipo
du du
 u k2 2
, se a  0 ou  k  u2
2
, se a  0 .

Exemplos
Calcule os integrais
dx
1.  3x  6 x  15
2
Resolução
dx 1 dx 1 dx 1 dx
 3x  6 x  15
2

3  x  2x  5
2

3 x 2

 2x  1 1  5

3 x  12  4
d x  1
1 1
x  12  4  C
3
  ln x  1 
x  1 2
4 3

1
 ln x  1  x 2  2 x  5  C
3
dx
2.  x 2  3x  4
Resolução
 3
d x  
dx dx dx  2
 x 2  3x  4

 2 9 9

2

2
 x  3x     4  3  25  3  25
x   x  
 4 4  2 4  2 4
2
3  3  25
 ln x    x     C1  ln 2 x  3  2 x 2  3x  4  ln 2  C1
2  2  4

 ln 2 x  3  2 x 2  3x  4  C

dx
3.  28  12 x  x 2
Resolução
dx dx dx dx
 28  12 x  x 2


28  x 2  12 x 


28  36  x 2  12 x  36 

64  x  6
2

d x  6 x6
  arcsen C
64  x  6 8
2

dx
4. x ln x  2 ln x  5
2

Resolução
dx
Fazendo t  ln x  dt  , vem:
x
dx dt dt dt
x ln 2 x  2 ln x  5

t 2  2t  5

t 2

 2t  1  1  5

t  12  4
d t  1
  ln t  1  t  12  4  C  ln t  1  t 2  2t  5  C
t  12
4

 ln ln x  1  ln 2 x  2 ln x  5  C

Caso 3.
Ax  B
Consideremos um tipo de integral mais geral  ax 2
 bx  c
dx

Ax  B
A
2ax  b  
Ab
B
A 2ax  b  Ab  dx
 ax 2  bx  c dx   ax 2  bx  c dx  2a  ax 2  bx  c dx   B  2a  ax 2  bx  c
2 a 2 a


A d ax 2  bx  c  Ab  dx
 
2a ax  bx  c
2
B

 2
2a  ax  bx  c
A  Ab  dx
 ln ax 2  bx  c   B   2
2a  2a  ax  bx  c
Exemplos:
Calcule os integrais:
x 1
1. x 2
 4x  8
dx

Resolução

x 1
1
2 x  4  2  1 1 2 x  4 dx
 x 2  4 x  8 dx   x 2  4 x  8  2  x 2  4 x  8 dx  3 x 2  4 x  8
2


1 d x 2  4x  8  dx 1 dx
 
2 x  4x  8
2
 3 2
  ln x 2  4 x  8  3
x  4x  4  4  8 2  x  22  4
1 d  x  2 1 3 x2
 ln x 2  4 x  8  3  ln x 2  4 x  8  arctg C
2 x  2  4 2
2
2 2
3x  1
2.  2x 2
 x 5
dx

Resolução
3x  1
3
4 x  1   1
3
3 4x  1 7 dx
 2 x 2  x  5 dx   4 2 x 2  x 45 dx  4  2 x 2  x  5 dx  4  2 x 2  x  5
 

3 d 2x2  x  5 7
 
dx
4 2x  x  5
2
8 x2  1 x  5
2 2
3 7 dx
 ln 2 x 2  x  5  
4 8  2 1 1 1 5
x  x  
 2 16  16 2

 1
d x  
3 7
 ln 2 x 2  x  5  
dx 3 7
 ln 2 x 2  x  5    4
2 2
4 8  1  41 4 8  1  41
x   x  
 4  16  4  16

1 41
x 
3 7 1 4 4 C
 ln 2 x 2  x  5   ln
4 8 41 1 41
2 x 
16 4 4

3 7 4 x  1  41
 ln 2 x 2  x  5  ln C
4 4 41 4 x  1  41

2x  3
3.  7  2 x  3x 2
dx

Resolução

2x  3

2
2  6 x   2  3 2  6x
3 dx   1 7 dx
 7  2 x  3x 2 dx    dx  
6
7  2 x  3x 2
3 7  2 x  3x 2
3 7  2 x  3x 2

1 d 7  2 x  3x 2 7  dx
 
3 7  2 x  3x 2
 
9 x2  2 x  7
3 3
1 7 dx
  ln 7  2 x  3x 2  
3 9  2 2 1 1 7
x  x  
 3 9 9 3
1 7 dx
  ln 7  2 x  3x 2   2
3 9  1  22
x  
 3 9
 1
d x  
1 7
  ln 7  2 x  3x 2    3
2
3 9  1  22
x  
 3 9

1 22
x 
1 7 1 3 3 C
  ln 7  2 x  3x 2   ln
3 9 22 1 22
2 x 
9 3 3

7 3x  1  22 1
 ln  ln 7  2 x  3x 2  C
6 22 3x  1  22 3

Caso 4.
Ax  B
Consideremos um tipo de integral mais geral  ax 2  bx  c
dx .

Ax  B
A
2ax  b  Ab  B
 dx   2a 2a dx
ax  bx  c
2
ax  bx  c
2

A 2ax  b dx   B  Ab  dx

2a  ax  bx  c
2



2a  ax  bx  c
2

  d ax  Ab 
1
A  dx
  ax 2  bx  c  bx  c   B  
2 2

2a  2a  ax 2  bx  c

A  Ab  dx
 ax 2  bx  c   B  
a  2a  ax 2  bx  c

Exemplos
Calcule os integrais:
5x  3
1.  x  6 x  11
2
dx

Resolução

5x  3
5
2 x  6  15  3 5 2x  6 dx
 x 2  6 x  11
dx   2
x 2  6 x  11
dx  
2 x 2  6 x  11
dx  12
x 2  6 x  11

   
1
5  dx
    2 d x 2  6 x  11  12

2
x 6 x 11
2 x 2

 6 x  9  9  11
dx d x  3
 5 x 2  6 x  11  12  5 x 2  6 x  11  12
x  32  2 x  32  2
 5 x 2  6 x  11  12 ln x  3  x 2  6 x  11  C

3 x
2.  4  x  2x 2
dx

Resolução

3 x
1
 1  4 x   1  3 1  4x
4 dx  1 13 dx
 4  x  2x 2
dx   4
4  x  2x 2 4  4  x  2x2
dx  
4 4  x  2x 2

  d 4  x  2 x   134 
1
1  dx
4
 4  x  2x2 2 2

 1 
4  2 x 2  x 
 2 

1 13 dx
 4  x  2x2  
2 4   1 
2 2   x 2  x 
  2 

1 13 dx

2
4  x  2x 2 
4 2
  1 1 1
2   x2  x   
 2 16  16
1 13 dx

2
4  x  2x 2 
4 2
 2
33  1
x  
16  4

 1
d x  
1 13  4

2
4  x  2x 2 
4 2
 2
33  1
x  
16  4
1
x
1 13 4 C
 4  x  2x 2  arcsen
2 4 2 33
4
1 13 4x 1
 4  x  2x 2  arcsen C
2 4 2 33
1.5.4. Integração de funções racionais
px 
Uma função racional é uma função da forma f x   em que px  e qx  são polinómios e
qx 
q x   0 .
As fracções racionais podem ser classificadas em próprias e impróprias. Dizemos que uma fracção
racional é própria se o grau do numerador é menor do que o grau do denominador; caso contrário
dizemos que a fracção racional é imprópria.
Exemplos:
x 2 1 x 1
a) f x   e f x   2 são fracções próprias.
2 x  3x  x  1
3 2
x  3x  1
x2  1 x3  8
b) f x   e f  x   são fracções impróprias.
1  x  3x 2 x2 1
1.5.4.1. Integração de fracções racionais próprias.
Para integração de fracções racionais próprias recorre-se ao método de decomposição em fracções
parciais que consiste em escrever uma fracção racional própria como soma de fracções parciais
que dependem, principalmente, da decomposição do denominador da fracção racional no conjunto
dos númertos reais R .
px  p x  n
Seja f x   uma fracção racional própria. Então f x     Fk em que Fk tem uma
qx  q x  1
A Ax  B
das formas ou
ax  b n

ax 2  bx  c 
n

px 
Seja f x   uma fracção racional própria. Veremos quatro casos: nos dois primeiros casos,
qx 
qx  é decomposta em factores lineares, e nos dois últimos, qx  é decomposta em factores
lineares e quadráticos.
1° Caso: Factores lineares não repetidos
Os factores de qx  são todos lineares e nenhum repetido, isto é
qx   a1 x  b1 a2 x  b2 ...an x  bn  , em que não há factores idênticos.
Neste caso escrevemos:
px  An
f x  
A1 A2
   ... 
qx  a1 x  b1 a2 x  b2 an x  bn
em que A1 , A2 , ..., An são constantes reais a serem determinadas.

Exemplos
Calcule os integrais:
x2  2x  1
1.  2 x3  3x2  2 x dx
Resolução
x2  2x  1 x2  2x  1 x2  2x  1
 2 x3  3x2  2 x  x 2 x2  3x  2  x2 x  1x  2dx
dx 
 dx 

x2  2 x  1
Decomposição da fracção numa soma de fracções parciais
x2 x  1x  2
x2  2 x  1
 x 2  2 x  1  A2 x  1x  2  Bxx  2  Cx2 x  1
A B C
  
x2 x  1x  2 x 2 x  1 x  2
1
x  0  1  2 A  A 
2
1 1 5 1
x   BB
2 4 4 5
1
x  2  1  10C  C  
10
x  2x 1
2
1 1 1
  
x2 x  1x  2 2 x 52 x  1 10x  2
x2  2 x  1 1 dx 1 dx 1 dx 1 1 d 2 x  1 1 d x  2
 2 x3  3x2  2 x dx  2  x  5  2 x  1  10  x  2  2 ln x  10  2 x  1  10  x  2
1 1 1
 ln x  ln 2 x  1  ln x  2  C
2 10 10
1 1 1
 ln x  ln 2 x  1  ln x  2  C
2 10 10
5 1 1
 ln x  ln 2 x  1  ln x  2  C
10 10 10
x5 2 x  1

1
10
 
ln x5  ln 2 x  1  ln x  2  C  ln
1
10 x2
C

dx
2.  3
x  x 1
2 3 2

Resolução
1
2 3 2 dt 2
Fazendo t  3 x 2  dt  x dx  dt  3 dx   dx , vem:
3 3 x t 33 x 2
dx 2 dt
 3
x2  x  1
3 2
 
3 t t  1

1
Decomposição da fracção numa soma de fracções parciais
t t  1
 1  At  1  Bt
1 A B
 
t t  1 t t  1
t  0  1   A  A  1
t  11  B  B  1
1 1 1
 
t t  1 t t 1

2 dt  2
   ln t  ln t  1   C
dx 2 dt dt
 3
x2  x 1
3 2
      
3 t t  1 3  t t 1 3

2
2 t  t 
2
 3 x2 
 ln  C  ln 3    C  ln 3   C
3 t 1  t 1  3 x2  1 
 
2° Caso: Factores lineares repetidos
Os factores de qx  são todos lineares e alguns repetidos.
Supondo que ai x  bi  seja um factor repetido p vezes.

Então, correspondendo a esse factor haverá a soma de p fracções parciais

A1 A2 Ap 1 Ap
  ...  
ai x  bi ai x  bi 2
ai x  bi  p 1
ai x  bi  p
em que A1 , A2 , ..., Ap são constantes reais a serem determinadas.

Exemplos
Calcule os integrais
dx
1.  x  1 x  2 dx
2

Resolução
1
Decomposição da fracção numa soma de fracções parciais
x  1 x  2
2

 1  Ax  1x  2  Bx  2  C x  1


1 A B C
  
2

x  1 x  2
2
x  1 x  12
x2
x  1  1  B  B  1
x  2 1  C  C  1
x  0  1  2 A  2  1  A  1
1 1 1 1
  
x  1 x  2
2
x  1 x  12
x2

dx dx dx dx 1
 x  1 x  2 dx   x  1   x  1   x  2   ln
2 2
x 1 
x 1
 ln x  2  C

1 x2
  ln C
x 1 x 1
x 8
2. x 3
 4x 2  4x
dx

Resolução
x 8 x 8
x 3
 4x  4x
2
dx  
x x  2 
2
dx

x 8
Decomposição da fracção numa soma de fracções parciais
x x  2 
x 8
 x  8  Ax  2  Bx x  2  Cx
A B C
  
2

x x  2  x x  2 x  2
2 2

x  0  8  4 A  A  2
x  2  6  2C  C  3
x  1  7  2  B  3  B  2
x 8 2 2 3
  
x x  2  x x  2 x  22
2

x 8 x 8 dx dx dx
x 3
 4x  4x
2
dx  
x x  2 
2
dx  2  2
x x2
 3
x  22
2
3 3  2
 2 ln x  2 ln x  2  C   ln 1    C
x2 x2  x
3° Caso: Factores quadráticos irredutíveis
Os factores de qx  são lineares e quadráticos irredutíveis e nenhum factor quadrático é repetido.

Correspondendo ao factor quadrático ax 2  bx  c no denominador, temos uma fracção parcial da


Ax  B
forma
ax  bx  c
2
Exemplos
Calcule os integrais
dx
1. x 3
1
Resolução
dx dx
x 3
1


x  1 x 2  x  1 
1
Decomposição da fracção

x  1 x 2  x  1 
numa soma de fracções parciais

Bx  C

1
 
A
 2
x  1 x  x  1 x  1 x  x  1
2
 
 1  A x 2  x  1  Bx  C x  1

1
x  1  1  3A  A 
3
1 1 2
x  0  1   C  C  1  C  
3 3 3
1  2 1 1 2 1
x  1  1   2  B    B  1     B  
3  3 2 3 3 3
1 1 x2
 
  
x  1 x  x  1 3x  1 3 x  x  1
2 2

dx 1 dx 1 x2 1 1 2 x  1  1
x 3
    2
`1 3 x  1 3 x  x  1
dx  ln x  1   2
3 3 x  x 1
1 1 1 2x  1 1 dx
 ln x  1    2 dx   2
3 3 2 x  x 1 3 x  x 1
1
 ln x  1   2

1 d x2  x  1 1
 
 dx
3 6 x  x 1 3  2 1 1
 x  x    1
 4 4
2 1 1 dx
 ln x  1  ln x 2  x  1   2
6 6 3  1 3
x  
 2 4

1
x
1 x  1  1  2 arctg
 ln 2
2
2 C
6 x  x 1 3 3 3
2
1 x  1  2 arctg 2 x  1  C
 ln 2
2

6 x  x 1 3 3 3
dx
2.  6
x  25 3 x  22  1
 
Resolução
m.m.c.6,3  6

Fazendo x  2  t 6  dx  6t 5 dt , vem:
dx t5 dt
  6

t t 1
dt  6
t  1t  1 t 2  1
I
 
x  25 3 x  22  1
5 4
6
 
1
Decomposição da fracção
t  1t  1 t 2  1  
numa soma de fracções parciais

1 A B Ct  D
   2
 
t  1t  1 t  1 t  1 t  1 t  1
2

1  At  1t 2
 1  Bt  1t 2

 1  Ct  Dt  1t  1
1
t 11  4A  A 
4
1
t  1  1  4 B  B  
4
1 1 1
t  0 1  D D
4 4 2
15 5  1
t  2 1   3 2C    C  0
4 4  2
1 1 1 1
   2
 
t  1t  1 t  1 4t  1 4t  1 2 t  1
2
 
6 dt 6 dt 6 dt 3 3
I      2  ln t  1  ln t  1  3arctgt  C
4 t 1 4 t 1 2 t 1 2 2


3 t 1
ln
3
 3arctgt  C  ln

6
x  2 1 
 3arctg 6 x  2  C
2 t 1 2 6
x  2 1

1.5.4.2. Integração de fracções racionais impróprias


px 
Seja f x   uma fracção racional imprópria. Então podemos dividir px  por qx  e
qx 
obtermos o quociente sx  e o resto r x  . Assim px   qx sx   r x 
Desta forma, procedemos da seguinte forma:
p x  qx sx   r x  qx sx  r x  r x 
 f xdx   qx dx   q x 
dx  
q x 
dx  
q x 
dx   sx dx  
q x 
dx

Exemplos

1. Calcule os integrais
x2  2 x  2
a)  2 dx
x x4
Resolução
Divisão do numerador pelo denominador
x 2  2 x  2 x2  x  4
 x2  x  4 1
x2
x  2x  2
2
x  x  4   x  2dx  1  x  2 dx  x  x  2 dx
2

 x2  x  4 dx   x2  x  4   x2  x  4   x2  x  4
1
2 x  1  1  2 2x 1
 x 2 2 2 dx  x  1 3 dx
x x4 
2 x x4
2
dx   2
2 x x4
1 3 dx
 x  ln x 2  x  4  
2 2  2 1 1
x  x  4
 4 4
1 3 dx
 x  ln x 2  x  4   2
2 2  1  17
 x   
 2 4
 1 17
x 
ln 
1 3 4 2 2
 x  ln x 2  x  4  C
2 2 17  1 17
x 
 2 2
1 3 2 x  1  17
 x  ln x 2  x  4  ln C
2 17 2 x  1  17
x4  2x2  4x  1
b)  x3  x2  x  1 dx
Resolução
Divisão do numerador pelo denominador
x 4  0 x3  2 x 2  4 x  1 x3  x 2  x  1
 x 4  x3  x 2  x x 1
x 3
 x  3x  1
2

 x  x2  x  1
3

4x
x  2x  4x  1
4 2
 3 2

x  x  x  1 x  1  4 x  4x 
 x  x  x 1
3 2
dx  
x  x  x 1
3 2
dx    x  1  3 2
 x  x  x 1
dx

x2 4x x2 4x
 x 2 dx   x  
2 x x  1  x  1 2 x  1 x2  1
dx
 
x2 4x
 x dx
2 x  12 x  1
x
Decomposição da fracção numa soma de fracções parciais
x  12 x  1
 4 x  Ax  1x  1  Bx  1  C x  1
x A B C
  
2

x  1 x  1 x  1 x  1 x  1
2 2

x  1  4  2B  B  2
x  1  4  4C  C  1
x  0  0   A  2 1  A  1
x 1 2 1
  
x  1 x  1 x  1 x  1 x  1
2 2

x4  2 x2  4 x  1 x2 dx dx dx
 x3  x2  x  1 dx  2  x   x  1 dx 2 x  12   x  1
x2
 x  ln x  1  2 x  1 d x  1  ln x  1  ln C
2

2
C x  1 2x  1 C x  1
1
x2 x2 2
  x  ln   x  ln
2 x 1 1 2 x 1 x 1
2. Integral definido
2.1. Noção de integral definido
Consideremos uma região num plano coordenado, limitada por duas rectas verticais x  a e x  b
e pelo gráfico de uma função f contínua e não negativa num intervalo a, b .

Como f x   0 para todo x  a, b , o gráfico de f não tem parte alguma abaixo do eixo das
abcissas.
Designando por A a área da região considerada, dividimos esta região em muitos rectãngulos de
igual largura tais que cada rectãngulo esteja completamente inscrito no gráfico de f e intewresecte
o gráfico em pelo menos um ponto, conforme ilustra a figura abaixo.

A fronteira formada pela totalidade desses rectângulos é chamada de polígono rectangular inscrito.
Se a largura dos rectângulos considerados é muito pequena então, a soma das áreas de todos os
rectângulos aproxima-se da área da região. Esta ideia sugere que façamos a largura dos rectângulos
a tender para zero e definir a área A como o limite da soma das áreas dos rectângulos inscritos.
Assim, se n é um número natural arbitrário, dividimos o intervalo a, b em n subintervalos do
ba
mesmo comprimento x  , tomando a  x0 e b  xn e x  xi  xi 1 no conjunto x1 , x2 , ....
n
xn de elementos de a, b , com i  1, 2, 3, ..., n .

Assim, para cada i construimos um rectângulo de largura x  xi  xi 1 e altura f xi  . Se n é

muito grande, ou de modo equivalente x é muito pequeno então, podemos escrever:


n n
A  lim  f xi x  lim  f xi x
n  x 0
i 1 i 1

Definição (42): Se f é uma função contínua no interevalo a, b e f x   0 para todo x  a, b e
A a área da região limitada pela curva y  f x  , o eixo das abcissas e as rectas x  a e x  b
b n n
então, a área dessa região é dada por A   f x dx  lim  f ci x  lim  f ci x ,
n  x 0
a i 1 i 1

x  xi  xi 1 e ci  a, b .

2.2. Propriedades do integral definido


Se f e g são funções contínuas em a, b , então, sendo  e  números reais e a  c  b ,
a
P1   f x dx  0
a
b a
P2   f x dx    f x dx
a b

b b b
P3   f x   g x dx    f x dx    g x dx
a a a

b c b
P4   f x dx   f x dx   f x dx
a a c

2.3. Teorema fundamental de cálculo


Teorema(19): Se f x  é continua em a, b e F x  é uma primitiva de f x  então:
b

 f x dx  F b  F a 
a

Exemplo
2
dx
Calcule o integral 
0 16  x 2
Resolução


2 2
dx x 2 1

0 16  x 2
 arcsen
40
 arcsen  arcsen0  arcsen  0 
4 2 6

2.4. Integração por substituição


Se a função f x  é continua em a, b e a função g t : ,    a, b tem derivada continua em
b  
a, b e g    a , g    b então:  f x dx   f g t g | t dt   f g t dg t 
a  

Exemplos
Calcule os integrais
1
1. 
0
1  x dx

Resolução
dt  dx

Fazendo t  1  x   x  0  t  1 , vem:
x  1  t  2

2
3

 
1 2 2 1 2 2
t 2 2

0
1  x dx   t dt   t 2 dt 
1 1
3
 t t  2 2 1
3 1 3
2 1

Na aplicação do método de substituição é recomendável que desenvolva a capacidade de efectuar,


sempre que possível, a introdução da nova variável implicitamente, passando factores do integral
para o sinal de diferencial. Assim:
1

1  x 
3

 
1 1
1  x dx   1  x 2 d 1  x   1  x  1  x 0  2 2 2  1
1 2 1


2

0 0
3 3 3
2 0

4
2. x
0
x 2  9dx

Resolução
4

 
3
1 x2  9
       
4 4 1 4 4
1 1 2 1 2
 x x  9dx  2 0
  
2 0
 2 d x2  9   x  9 x2  9
2 2 2 2
x 9 d x 9 x 9
0
2 3 3 0

2 0


1
25  5  9  3  98
3 3
1  ln x
e
3. 
1
x
dx

Resolução
e
1  ln x
e
1  ln x  2 e
 
1 x dx  1 1  ln xd 1  ln x  2 1  ln e2  1  ln 12  1 4  1  3
1

1
2 2 2
4
dx
4. 1
0 x
Resolução
dx  2tdt

Fazendo x  t   x  0  t  0 , tem-se:
2

x  4  t  2

1 t 1 2 dt 
  22  ln 3
4 2 2 2
dx tdt
0 1  x 0 1  t 0 1  t      2 t 2  ln 1  t
2
 2  2 dt  2 dt 
0 0
1  t  0 0

2.5. Integração por partes


b b
Se u  ux  e v  vx  têm derivadas continuas no segmento a, b , então:  udv  uv a   vdu .
b

a a

Exemplos
Calcule os integrais
1

 xe
x
1. dx
0

Resolução
u  x  du  dx
Faendo  x x
, vem:
dv  e dx  v  e

1 1 
1 1
2
 xe   e  x dx  e 1  e  x      1  1 
x x 1 1
dx  xe
0
0
0
0 e e  e

3
x
2. 
 sen
2
x
dx
4

Resolução
u  x  du  dx

Fazendo  dx , tem-se:
 dv   v   ctgx
 sen 2 x
   

  1   3 d senx 

     cos x
3 3 3
x
 sen 2 xdx   xctgx 3

4
  ctgxdx   ctg  ctg   
 3 3 4 4   senx
dx   
3
 1  
3 4   senx
4 4 4 4

  3 
     ln senx

3


 94 3   ln sen   ln sen

4 9  
36 3 4
  4



 94 3   ln 3
 ln
2  94 3 1

  1
 ln 3  ln 2  ln 2  ln 2
36 2 2 36 2 2



 94 3   1 ln 3  ln 2   9  4 3   1 ln 3   9  4 3   ln 3
36 2 36 2 2 36 2

2
3.  e 2 x cos xdx
0

Resolução
u  e 2 x  du  2e 2 x dx
Fazendo  , tem-se:
dv  cos xdx  v  senx
  
2  2 2

e cos xdx  e senx  2  e senxdx  e  2  e 2 x senxdx


2x 2x 2 2x 
0
0 0 0

Mais uma vez, integrando por partes


u  e 2 x  du  2e 2 x dx
Fazendo  , vem:
dv  senxdx  v   cos x
   
 
2 2   2  2

0 0 0 0
  2  2 e 2 x cos xdx  e   2  4 e 2 x coxdx
e 2x
cos xdx  e  2 e 2x
senxdx  e  2  e 2x
cos x 
 
0

 
Portanto, obte-se
 
2 2

e cos xdx  e  2  4  e 2 x coxdx


2x 

0 0

Resolvendo a equação obtida em relação ao integral, vem


   
2 2 2 2
e  2
 e cos xdx  e  2  4 e coxdx  5 e cos xdx  e  2   e cos xdx 
2x  2x 2x  2x

0 0 0 0
5

2.6. Área de uma figura plana em coordenadas rectangulares


O cálculo da área de uma região plana pode ser feito com o auxílio do integral definido. A seguir,
estudaremos as situações mais comuns.
Sejam f , g : a, b  R funções contínuas. A área de uma região plana A delimitada pelo gráfico

das funções contínuas y  f x  , y  g x  , com f x   g x  , e pelas rectas x  a e x  b


b
é: A    f x   g x dx .
a

 Se f x   0 e g x   0 , para todo x  a, b,

b
então: A   f x dx .
a

 Se f x   0 e g x   0 , para todo x  a, b,


b
então: A    f x dx .
a

 Se f x   g x  , a  x  c e f x   hx  , c  x  b ,

c b
então, A    f x   g x dx    f x   hx dx .
a c

Observação
Muitas vezes os problemas ficam mais simples de resolver se integramos em relação a y e não
em relação a x .
Exemplos
Calcule a área das regiões limitadas pelas curvas dadas.
1. y  0 , y  x e y   x  5
Resolução
Pontos de intersecção entre as rectas y   x  5 e y  x

5 5 5 5
x  x  5  x   y  , donde P , 
2 2 2 2
Pontos de intersecção entre as rectas y   x  5 e y  0

0   x  5  x  5 , donde Q5,0
Pontos de intersecção entre as rectas y  x e y  0

y  0  x  0 , donde O0,0
10 processo
Integrando relativamente ao eixo das abscissas
5 5 5
2 5
x2  x2 
A   xdx    x  5dx 
2 25 25 25 25 25
    5 x     25   
0 5 2 0  2 5 8 2 8 2 4
2 2

20 processo
Integrando relativamente ao eixo das ordenadas
5

 
2 5
A   5  y  y dy  5 y  y
25 25 25
2 2   
0
0 2 4 4

1
2. x  y  3 , y  x e y  2x
2
Resolução
Pontos de intersecção entre as rectas x  y  3 e y  2 x

x  2 x  3  3x  3  x  1  y  2 , donde P1,2
1
Pontos de intersecção entre as rectas x  y  3 e y  x
2

x  3  3x  6  x  2  y  1 , donde Q2,1
1
x
2
10 processo
Integrando relativamente ao eixo das abscissas
2
 1   1  3 1 1 3 
1 2 1 2
A    2 x  x dx    3  x  x dx   xdx   6  3x dx  x 2   6 x  x 2 
3 1
0
2  1
2  20 21 4 0 2 2 1

3 1 3 3
  12  6  6   
4 2 2 2
20 processo
Integrando relativamente ao eixo das ordenadas
2
 1   1  3 1 1 3 
1 2 1 2
A    2 y  y dy    3  y  y dy   ydy   6  3 y dy  y 2   6 y  y 2 
3 1
0
2  1
2  20 21 4 0 2 2 1

3 1 3 3
  12  6  6   
4 2 2 2

3. y 2  2 x  4 e y  x  2
Resolução
Pontos de intersecção entre a parábola y 2  2 x  4 e a recta y  x  2

x  22  2x  4  x 2  6x  0  xx  6  0  x1  0  x2  6
x  0  y  2 , donde C 0,2
x  6  y  4 , donde E 6,4
10 processo
Integrando relativamente ao eixo das abcissas

   
0 6
A 2 x  4  2 x  4 dx   2 x  4  x  2 dx
2 0

0 6
1 
 2 x  4 2 x  4   2 x  4 2 x  4  x 2  2 x   
2 1 16 46 8
  18
3 2 3 2 0 3 3 3
20 processo
Integrando relativamente ao eixo das ordenadas
4
4
 1   y 2 y3  40 14
A    y  2  y 2  2 dy     4 y     18
 2   2  2 3
2 6 3

3. Integrais impróprios
Na definição do integral definido consideramos que a função integranda f x  é finita em todos os
pontos do intervalo limitado e fechado I  [a, b] .
Em diversas situações torna-se indispensável considerar integrais com intervalos de integração
ilimitados ou com funções integrandas ilimitadas. Neste caso obtém-se um alargamento da noção
do integral definido e os integrais de novo tipo são chamados integrais impróprios.
Os integrais impróprios podem ser dos seguintes tipos:
Integrais impróprios de 1ª espécie: quando o intervalo de integração não é limitado (isto é, pelo
menos um dos extremos de integração é infinito) mas a função é limitada em qualquer seu
subintervalo limitado;
Integrais impróprios de 2ª espécie: quando o intervalo de integração é limitado, mas a função
integranda não é limitada no intervalo de integração.
Dizem-se integrais impróprios mistos os integrais que têm situações dos dois tipos anteriores (ou
seja, o intervalo de integração é ilimitado e existe um seu subintervalo limitado no qual a função
é ilimitada).
3.1. Integrais Impróprios de 1ª espécie
Definição (43): Seja f uma função integrável em todo o subintervalo fechado e limitado de

a,   (isto é, todo a, b , com b  a ).


 b
Chama-se integral impróprio da função f em a,   a  f x dx  lim  f x dx .
b  
a a


Caso o limite exista e seja finito, diz-se que o integral impróprio  f x dx é convergente, sendo
a

esse o seu valor.


Caso contrário, isto é, se o limite não existir ou não for finito, diz-se que o integral impróprio é
divergente.

Observação: Nas condições da definição anterior,  f x dx é simplesmente
a
lim F b  , sendo F
b  

o integral indefinido de f .
Definição (44): Seja f uma função integrável em todo o subintervalo fechado e limitado de

 , b (isto é, todo a, b , com a  b ).


b b
Chama-se integral impróprio da função f em  , b a  f x dx  lim  f x dx .
a  
 a

b
Caso o limite exista e seja finito, diz-se que o integral impróprio  f x dx é convergente, sendo


esse o seu valor.


Caso contrário, isto é, se o limite não existir ou não for finito, diz-se que o integral impróprio é
divergente.
Definição (45): Seja f uma função integrável em todo o intervalo fechado e limitado de R .

Diz-se que o integral impróprio

 f x dx é convergente se, para algum c  R , forem convergentes
c 
ambos os integrais impróprios

 f x dx e  f x dx .
c

 c 
Nesse caso,  f x dx   f x dx   f x dx
  c

c  
Se algum dos integrais impróprios  f x dx ou  f x dx for divergente então,  f x dx é
 c 

divergente.
Nota (1): Nunca se trabalha com dois problemas num integral impróprio; parte-se de modo a
termos um problema por integral.
c  
Nota (2): Se ambos os integrais  f x dx e  f x dx forem divergentes, por definição,  f x dx
 c 

é divergente.

Nota (3): A convergência ou divergência de  f x dx , bem como o seu valor, é independente do


valor c considerado.
 a
Nota (4):  f x dx não pode ser estudado por

lim
a    f x dx pois, de facto
a

 c b

 f x dx  lim  f x dx  lim  f x dx .


a   b  
 a c

3.1.1. Significado geométrico


Se f x   0 então o integral impróprio de 1ª espécie, caso exista, representa a área finita duma
região infinita do plano:

a)  f x dx representa a área da região limitada pelo gráfico da função, o eixo das abcissas (como
a

assíntota horizontal) e a recta x  a .



A  f x dx
a

b
b)  f x dx representa a área da região limitada pelo gráfico da função, o eixo das abcissas (como


assíntota horizontal) e a recta x  b .

b
A  f x dx



c)  f x dx representa a área da região limitada pelo gráfico da função e o eixo das abcissas (como


assíntota horizontal).


A  f x dx


Se f x   0 então o integral impróprio de 1ª espécie, caso exista, representa a área finita duma
região infinita do plano.
Exemplos
Calcule os integrais impróprios:

dx
1. e x ln 3 x
Resolução

A função integranda f x   é continua em I  e,   e portanto é integrável em qualquer


1
x ln 3 x
segmento e, b , b  e . Então temos para calcular um integral impróprio de 1ª espécie.

d ln x   ln x  2 
b
 b
 1 
b b
dx dx 1
e
3
 lim  3
 lim  3
 lim 
x ln x b e x ln x b e ln x b   2 
   lim  2 
2 b ln x  e
e

 1 1 
lim  2  2    0  1 
1 1 1

2 b  
 ln b ln e  2 2

dx 1
O integral  x ln
e
3
x
existe (é convergente) e o seu valor é
2
.


2.  ln xdx
1

Resolução
A função integranda f x   ln x é continua em I  1,   e portanto é integrável em qualquer

segmento 1, b, b  1 . Então temos para calcular um integral impróprio de 1ª espécie.
 b

 ln xdx  lim  ln xdx . Integrando por partes, tem-se:


1
b  
1

 dx
u  ln x  du 
Fazendo  x , vem:

dv  dx  v  x

 
 
 b b

1   lim b ln b  ln 1  x b  lim b ln b  b  1   O
b   
ln xdx  lim ln xdx  lim  x ln x
b
 dx
b  1  b 1 b 
1  1 

integral  ln xdx
1
não existe (é divergente).
0

 x5
 x2
3. dx


Resolução

A função integranda f x   x5 x é continua em I   , 0 e portanto é integrável em qualquer


2

segmento a, 0 , a  0 . Então temos para calcular um integral impróprio de 1ª espécie.


0
 10 2  5 x
2

   1 1 
0 0
1 1
 x5 dx  lim  x5 x dx  lim   5 x d  x 2    lim
x
  a2
2 2
lim  

a  
a
a  
 2a  2 a  ln 5 2 a  ln 5 5 ln 5 
a

1 1  1 1
   0   
2  ln 5  ln 5 2
ln 25
0
1
 x5
 x2
O integral dx existe (é convergente) e o seu valor é  .

ln 25

dx
4. x

2
 6 x  11
Resolução

x 2  6 x  11  0  x  R . Portanto, a função integranda f x  


1
é contínua em R e
x  6 x  11
2

tem-se, para calcular, um integral impróprio de 1ª espécie. Para qualquer d  R , tem-se:


 d 
dx dx dx
 x 2  6 x  11   x 2  6 x  11  x
d
2
 6 x  11

Considerando, por exemplo, d  0 , vem:


 0  0 b
dx dx dx dx dx
 x 2  6 x  11   x 2  6 x  11  0 x 2  6 x  11  alim 
 x  6 x  11
a
2
 lim  2
b  x  6 x  11
0

0 b
dx dx
 lim
a  
a
2

x  6 x  9  9  11
 lim  2
b  
0

x  6 x  9  9  11
d x  3 d x  3
0 b
 lim   lim 
a   x  3  2
2 b   x  32  2
a 0

0 b
 1 x 3  1 x 3
 lim  arctg   lim  arctg 
a  
 2 2 a b  
 2 2 0
1  3 a 3 1  b3 3 
 lim  arctg  arctg  lim  arctg  arctg 
2 a  2 2  2 b 2 2

1  3    3  
 artg       arctg 
2 2  2 2 2 2

dx 
O integral x

2
 6 x  11
existe (é convergente) e o seu valor é
2
.

3.2. Integrais Impróprios de 2ª espécie


Definição (46): Seja f uma função integrável em todo o subintervalo fechado e limitado de a, b

(isto é, em todo a,    a, b e não limitada em a, b .


b 
Chama-se integral impróprio da função f em a, b a  f x dx  lim  f x dx .
b 
a a

b
Caso o limite exista e seja finito, diz-se que o integral Impróprio  f x dx é convergente.
a

Caso contrário, isto é, se o limite não existir ou não for finito, diz-se que o integral impróprio é
divergente.
b
Define-se de maneira análoga  f x dx
a
quando o problema se verifica em a , limite inferior de

b b
integração:  f x dx  lim  f x dx
a
a 

Se a função f não é definida unicamente num ponto c  a, b então,


b c b

 f x dx   f x dx   f x dx . Este integral é convergente se e somente se ambos os integrais


a a c

c b

 f x dx e  f x dx o forem, sendo o seu valor a soma.


a c

Se a função f não é definida somente nos extremos do intervalo a, b então


b d b

 f x dx   f x dx   f x dx , com d  a, b .


a a d

d b
Este integral é convergente se e somente se ambos os integrais  f x dx e  f x dx o forem, sendo
a d
o seu valor a soma.
3.2.1. Significado geométrico
Se f x   0 então o integral impróprio de 2ª espécie, caso exista, representa a área finita duma
região infinita do plano:
b c
a)  f x dx  lim  f x dx representa a área da região limitada pelo gráfico da função, o eixo das
c b
a a

abcissas , a recta x  a e a recta x  b (como assíntota vertical).

b c
A   f x dx  lim  f x dx
c b
a a

b b
b)  f x dx  lim  f x dx representa a área da região limitada pelo gráfico da função, o eixo das
c a
a c

abcissas , a recta x  a (como assíntota vertical) e a recta x  b .

b b
A   f x dx  lim  f x dx
c a
a c
b d e
c)  f x dx  lim  f x dx  lim  f x dx representa a área da região limitada pelo gráfico da
c a e b
a c d

função, o eixo das abcissas , a recta x  a e a recta x  b (como assíntotas verticais).

b d e
A   f x dx  lim  f x dx  lim  f x dx
c a e b
a c d

Exemplos
Calcule os integrais:
1
dx
1. x
0
4
 x2

Resolução
 
x 4  x 2  0  x 2 x 2  1  0  x 2  0  x 2  1  0  x  0  x  IR  x  0

Portanto, a função integranda f x   é contínua em R \  0 .


1
x  x2
4

  e f 1  temos, para calcular, um integral impróprio de 2ª epécie.


1 1
Porque lim
x 0 x x
4 2
2
A função integranda é própria racional.

f x  
1 1
 2 2
x x
4 2
x x 1  
1
Decomposição da fracção
x x2  1 
numa soma de fracções parciais
2

A B Cx  D
 1  Ax x 2  1  Bx 2  1  Cx  D x 2
1
  2 2
x x  1 x x
2 2
x 1
x  0 1  B
x  1  1  2 A  2  C  D 2 A  C  D  1 2 D  2
  
 x  1  1  2 A  2  C  D   2 A  C  D  1  2 A  C  D  1
 x  2  1  10 A  5  42C  D  10 A  8C  4 D  4 5 A  4C  2 D  2
  

 D  1 D  1 D  1
  
 2 A  C  1  1  2 A  C  0   A  0
5 A  4C  2  2 5 A  4C  0 C  0
  
1 1 1
 2 2
2 2

x x 1 x x 1 
1 1
1
dx
1
dx
1
 1 1   x 1   1 
0 x 4  x 2 a0 a x 4  x 2 a0 a  x 2 x 2  1  a0   1
 lim  lim    dx  lim   arctgx   lim    arctgx 
a a 0  x a

 1  
 lim   1   arctg1  arctga   1     0  
a 0  a  4
1
dx
O integral impróprio x
0
4
 x2
não existe (é divergente).

2
x
2.  dx
0
5
x 2
1 4

Resolução
x 2  1  0  x  1

Portanto, a função f x   é contínua em R \  1, 1


x
5
x 2
1  4

  e f 0  0 , f 2 
x x 2
Porque lim   , lim , temos para calcular,
x 1 5
x 2
1 
4 x 1 5
x 2
1 4 5
34

dois integrais impróprios de 2ª espécie.


2 1 2
x x x
 dx   dx   dx
0
5
x 2
1  4
0
5
x 2
1  4
1
5
x 2
1  4

1   1  
       
4b 4 2
 lim   x 2  1 5  d x 2  1  lim   x 2  1 5  d x 2  1
0  a 
b 1 2 a 1 2
b 2

x 2  1 x 2  1
1 1
5 1
 5  1  3 5  lim a 2  15
1 1
1 5 1 5
 lim  lim   lim b 2
 1 
2 b1 1 2 a 1 1 2 b1 a 1

5 0 5 a


5
2
 5
0 1 5 3  0  1 5 3
2
  
 
2
x 5
O integral impróprio  dx existe (e convergente) e o seu valor é 1 5 3
0
5
x 2
1  4 2


dx
3. x
2 x2  4
x2  4  0  x  0  x  2  x  0

Portanto, a função f x   é contínua em R \  2, 0, 2


1
x x2  4
1 1
Porque lim   , lim   e o limite superior é   , temos para calcular
x 2
x x2  4 x 2
x x2  4
um integral misto. Para qualquer d  2, , tem-se:
 d 
dx dx dx
x
2 x2  4

2 x x2  4
 x
d x2  4
Considerando, por exemplo, d  3 , vem:
 3  3 b 3
dx dx dx 1 x dx dx
2 x x2  4  2 x x2  4  3 x x2  4  alim
2  
a x x 4
2
 lim 
b  
3 x x 4
2
 lim arcsen
2 a 2 2a

4. Aplicação da integral definida


4.1. Determinação de funções
Seja y  f x  uma função derivável. Conhecendo sua derivada f ' x  , por integração determina-

se uma família de funções y  f x   C onde C é uma constante arbitrária.


Exemplos
1. O custo marginal de um empresa para produzir q unidades de um certo produto é dado por

Cmg q   20  q  0,01q3 .

determine o custo para produzir 120 unidades se o custo para produzir uma unidade do produto é
de 100 unidades monetárias (u. m.).
Resolução
Observe que:

 
C q    Cmg q dq  C  C q    20  q  0,01q3 dq  C  C q   20q 
q2 q4

2 400
C

Por outro lado:

C 1  100  20 
1 1 7801 32199
  C  100  C  100  C 
2 400 400 400
Donde
q 2 q 4 32199 1202 1204 32199
C q   20q     C 120  20 120   
2 400 400 2 400 400
96000  14400  207360000  32199
 C 120 
400

 C 120   C 120  518684,50


207473799
400
2. Determine a função de oferta q  f  p  de um certo produto, se a oferta marginal é dada
dq
por  p p 2  25 , sabendo que para um preço de 13 u. m. o produto tem uma oferta de 600
dp
unidades.
Resolução

f  p  
dq
dp
1
2
 1
3

dp  C  f  p    p p 2  25dp  C   p 2  25d p 2  25  C  p 2  25   p 2  25  C

 f  p 
1 2
3

p  25  p 2  25  C

Como

f 13  600 
1 2
3
 
13  25 132  25  C  600  576  C  600  C  24

Donde

f  p  
1 2
3
p  25  p 2  25  24

4.2. O integral definido como variação total


Vamos estudaremos o problema inverso do estudado na Análise Marginal.
Suponha que desejamos determinar o custo marginal resultante do aumento da produção de q0
unidades para q1 unidades. Se conhecemos a função de custo C  C q  basta calcular
C q1   C q0  . Por outro lado, se não conhecemos a função de custo, mas conhecemos o custo
marginal, podemos determiná-la utilizando o Teorema Fundamental do Cálculo. De facto:
q1

C   Cmg q dq  C q1   C q0  .


q0

Desta forma, a integral definida da taxa de variação da função de custo pode ser vista como
variação total da função de custo.
Analogamente para a receita e o lucro:
q1

R   Rmg q dq  Rq1   Rq0 


q0

q1

L   Lmg q dq  Lq1   Lq0 


q0

Exemplos
1. Determine a variação total do custo C  C q  , quando o número q unidades produzidas de um

certo produto aumentam de 1000 para 1003, se seu custo marginal é Cmg q  
3500
.
q2
Resolução
1003
 1 1 
1003
3500 3500 21
C   dx    3500    0,01047
 
2
1000
q q 1000
1003 1000 2006

2. Determine a variação total da receita R  Rq  , quando o número q unidades produzidas de um


certo produto aumentam de 100 para 101 unidades, se sua receita marginal é dada por:

Rmg q   1,3 32  q  10 . 
Resolução

   
101 101
R   1,3 32  q  10 dq  1,332q 100   q  102 d q  10
101 1

100  100 
 101  
 
 1,332101  100  q  10 q  10 100   1,332  111 111  110 110   27,93
2 2
 3   3 

3. Determine a variação do lucro L  Lq  , quando o número q unidades produzidas de um certo


produto, aumentam de 125 para 128 unidades, se o seu lucro marginal é dado por
 q q 1 
Lmg q   11,2 50  .

 100 
Resolução
128
 q q 1   128
  128

L   11,2 50  dq  11,2 50q 128  1 q q  1dq   11,2150  1 q q  1dq 
 100  

125 
100 125 




100 125 

125 
Resolvemos a última integral por substituição, fazendo t  q  1, então dt  dq e q  t  1 , se
q  125  t  126 e se q  128  t  129 ; logo:

 129 1
  129
 32 12  
L  11,2150 
1
 t  1t dt   11,2150 
2
1
  t  t dt 
 
 100 126   100 126  

  2 52 2 32  
129

L  11,2150 

1
 t  t    11,2150 
 3  
2
3t 2 t  5t t  
129 

100  5  1500 126

 126 


L  11,2150 
1 129  
t 3t  5 t   11,2150 
1
 
49278 129  46998 126  
 750 126
  750 


L  11,2150 
6
  

8213 129  23499 14   11,2150 
8213 129  23499 14 
  1200,05

 750   125 
4.3. Valor Médio de uma Função
Seja f : a, b  R uma função integrável. O valor médio de f em a, b é denotado e definido
b
f x dx .
1
b  a a
por: m 

Exemplos
1. O custo unitário C  C t  para produzir um certo artigo num período de 10 anos é dado por

C q   25  0,2t  0,5t 2  0,03t 3 , onde t é o tempo em meses.


Determine o custo unitário médio durante o período.
Resolução
Note que 0  t  120 , logo:
120

 1  0,5 3 0,03 4 
b 120
1
  1
b  a a
m f t dt  m  25  0,2t  0,5t  0,03t dt 
2 3
 25t  0,1t 
2
t  t 
120  0 0
120  3 4 0
1  0,5 0,03 
  25 120  0,1120 
2
1203  1204   15373
120  3 4 
2. Uma distribuidora coloca um stock de 24 000 caixas do seu principal produto para as vendas de
natal. Em geral, as vendas são baixas no início do mês de Dezembro e à medida que se aproxima
o dia 24, as vendas aumentam de tal modo que após n dias desde primeiro de Dezembro o stock
é dado por En  24000  3n3 .
Determine o número médio de caixas disponíveis no período de 20 dias.
Resolução
Note que 1  n  20 , logo:

     
b 20
f n dn  m 
1 1 1 1
 
20
m 2400  3n 2 dn  2400n  n3  2400  20  203  2399
ba a 20  1 1 19 1 19

70737
  17684,3
4
3. A receita de uma empresa com a venda de um certo produto foi modelada pela seguinte

função Rn  0,06n2 365  n  500 no período de um ano, onde n é o número de dias do ano.
Determine a receita média diária do produto dutante um ano comum.
Resolução
Note que 0  n  365 , logo:

 0,06n  1  
b 365 365
f n dn  m 
1 1
m  365  n  500 dn   0,06  n 2 365  ndn  500n 365 
2

ba a 365 
365  0 
0 0 
Fazemos t  365  n , então  dt  dn , n  0  t  365 , n  365  t  0 e n  365  t , logo:

1   182500 0,06 365


365

  0,06  365 2 1 3 
0
m 0,06  365  t tdt  182500    365t  t 2 dt  500   t  t 
365  365  365 365 0
365  2 3 0

0,06  365 1 
 500    3652   3653   500  23270,94  23770,9
365  2 3 
4.4. Processos Contínuos
Diversos problemas em Economia e Administração podem ser tratados como processos contínuos.
A seguir, apresentaremos alguns destes.
4.4.1. Valor Actual de um Fluxo de Renda
Se a função P  Pt  representa o fluxo contínuo de renda de uma empresa, em unidades
monetárias por ano,onde t é o tempo transcorrido em anos e se denotamos por s a taxa de juros
anual, capitalizados continuamante, o valor atual da receita no intervalo de tempo a, b é
denotado e definido por:
b
VA   Pt e st dt
a

Se a receita continua indefinidamente, o valor atual total da renda é:




 Pt e
 st
V dt
0

Exemplos
1. Uma empresa espera que a sua receita nos próximos 10 anos seja Pt   108 t .
Se existe uma taxa de inflação de 10% ao ano, qual é o valor actual da receita?
Resolução
Neste caso a  0 , b  10 e s  0,1 , então:
b 10
VA   Pt e st dt  VA  108 te  0,1t dt
a 0

u  t  du  dt
Fazendo   0,1t  0 ,1t
e integrando por partes, vem:
dv  e dt  v  10e dt
10
 10

VA   10 te  0 ,1t 10
 10  e 0,1t dt   108   102 e1  102 e 0,1t 
10
8  0,1t

dt  10   10te
8

0 
0
0   0 

  2

 1010 e1  e1  1  1010 1    2,64241 109
 e
2. Uma empresa espera que sua receita decresça continuamente segundo Pt   1000  2t P(t).
Determine o valor actual se estes recursos são aplicados a uma taxa anual de 8%, continuamente.
Resolução
  0, 08t
e0,008t
b
V   Pt e st dt  V  1000 
e
b   
dt  1000 lim dt
0 0
2t 0
2t

u  2t  du  2t ln 2dt



Fazendo   0 , 08t e  0,08t e integrando por partes, tem-se:
 dv  e dt  v  
 0,08
   0 , 08t
e 0,008t
b  2t e 0,08t b ln 2 b e 0,08t 
dt  1000 lim   dt 
e
V  1000  dt  1000 lim   
2t b   2 t b   0 ,08 0,08 2 t 
0 0  0 0 

 2b e0,08b 1  1000 ln 2 e0,08t
0,08 0 2tt
V  1000  lim   dt
 b  0,08 0,08 

V  1  12500 ln 2V  12500  V 


1000 1000 ln 2 12500
V   V  1442,53
0,08 0,08 1  12500 ln 2
Se a função P  Pt  representa o fluxo contínuo de renda de uma empresa, unidades monetárias,
t é o tempo transcorrido em anos e se denotamos por s a taxa de juros anual, capitalizados
contínuamante, e T é o tempo da anuidade em anos, o valor futuro do fluxo de renda é denotado
e definido por:
T
VF  e sT  Pt e  st dt
0

Exemplo
Se se deposita anualmente 1500 meticais numa conta que rende 2% de juros ao ano, capitalizados
continuamente, qual é valor futuro do fluxo de renda após 10 anos?
Resolução
T  10 , s  0,02 ; logo:
10

 
T 10
1500e0, 2  0,02t
 Pt e  1500e
 st  0, 02t
VF  e sT
dt  VF  e 0, 2
dt   e  7500e0, 2 e 0, 2  1
0 0
0,02 0


VF  75000 e0, 2  1  16605,20686 
Resposta: O fluxo de renda após 10 anos é de 16605,21 Mt.
4.4.3. Investimento e Formação de Capital
Se K  K t  representa o montante existente do capital de uma empresa em cada instante t e
I  I t  representa a taxa de investimento líquido por período de tempo, então:

K t    I t dt

é o montante existente ou fluxo do montante no instante t ; logo, o montante acumulado no


intervalo a  t  b :
b

 I t dt  K b  K a 
a
Exemplo
2
1. Sendo I t   5t 5 , dado em milhões de reais e K 0  100 , determine o fluxo do montante
Existente.
Resolução
2 7
K t    I t dt  K t   5 t 5 dt 
25 5
t C
7
7
Por outro lado, 100  K 0  C , logo K t  
25 5
t  100
7
5
2. Sendo I t   4t , dado em milhões de meticais por ano, determine o montante do capital no
2

final de 5 anos.
Resolução
Note que 1  t  5 , logo:
5 7
K t    I t dt  K t   4 t 2 dt  t 2  C
8
7
5
8 
5 5 7 7
8
4 t dt  t 2   5 2  1  318,29
2

1
7 1 7 
Resposta: O montante do capital é de 318290000,00 MT.
4.5. Excedentes
4.5.1. Excedente do Consumidor
Muitas vezes o preço que um consumidor paga por um produto ou serviço é menor do que
realmente estaria disposto a pagar para não ficar sem ele.
A sobra ou excedente do consumidor é a diferença entre o preço que um consumidor estaria
disposto a pagar por uma determinada quantidade de um produto e/ou serviço e o que
realmente deve pagar por determinação do mercado.
O excedente do consumidor representa o benefício que o consumidor obtém quando paga um preço
inferior ao que realmente estaria disposto a pagar. Utilizando o excedente do consumidor como
medida de conforto do consumidor, se o excedente é grande, maior é o conforto do consumidor.
Para fixar idéias, consideremos que a função da demanda de um certo produto, produzido por uma
empresa, é dada por p  f x  , onde p é o preço unitário quando x unidades são demandadas.
Denote por p0 o preço de mercado do produto e a quantidade correspondente.

Gráfico da função p  f x 
Em geral, p0 não é o preço máximo que os consumidores estão dispostos a pagar pelo produto;

para preços mais altos ainda existe demanda naturalmente menor que x0 . O excedente do

consumidor é a área entre a curva p  f x  e a reta p  p0 . Isto é:


x0

EC    f x   p dx
0
0

Excedente do consumidor
De fato, o excedente do consumidor é a diferença entre o preço que o consumidor estaria disposto
a pagar por uma quantidade menor do produto, para não ficar sem ele e o preço que paga pela
quantidade que compra.
4.5.2. Excedente do Produtor
De forma análoga ao excedente do consumidor, existe uma sobra para o produtor. O excedente do
produtor é a diferença entre o preço que o produtor estaria disposto a vender e o preço de venda
imposto pelo mercado.
O excedente do produtor representa o benefício que o produtor obtém por vender seu produto a
um preço superior ao que realmente estaria disposto a vender. Utilizando o excedente do produtor
como medida de conforto, se o excedente é grande, maior é o conforto do produtor.
Para fixar idéias, consideremos que a função da oferta de um certo produto é dada por p  f x  ,
onde p é o preço unitário quando x unidades são oferecidas. Denote por p0 o preço de mercado

do produto e x0 a quantidade correspondente.

Gráfico da função p  f x 
A diferença entre o que o produtor recebe quando vende o produto pelo preço de mercado e o que
receberia caso o vendesse por um preço inferior ao do mercado, é dita excedente do produtor e é
a área entre a reta p  p0 e a curva p  f x  . Isto é:
x0

EP   p
0
0  f x dx
Excedente do produtor.
4.5.3. Excedente Total
O excende total da Economia de um mercado, onde o preço de mercado é o preço de equilíbrio, é
a soma dos excedentes do consumidor e do produtor, isto é:
ET  EC  EP

Excedente total
Logo, o excedente total de uma economia, onde o preço de mercado é o preço de equilíbrio é a
área comprendida entre o gráfico da função de demanda e da função de oferta.
4.5.4. Excedente Total
É comum utilizar a função de demanda e a função de oferta, lineares:
 x  ap  b
 , com a, c  0
 x  cp  d
Sendo, a solução do sistema de equaçoes, o ponto de equilíbrio xE , pE  , vem:
 bd
p
 x   ap  b cp  d   ap  b  p a  c   b  d 
 ac
   
 x  cp  d  x  cp  d  x  cp  d  x  cb  d   d

 ac
 bd  bd
 p  a  c  p  a  c bc  ad bd
  . Donde xE  e pE 
 x  bc  cd  ad  cd  x  bc  ad ac ac
 ca  c   ac

Equilibrio Linear
Determinemos o excedente do consumidor se prevalecer o equilíbrio do mercado:

Excedente do consumidor
xE
b x b bd x  bc  ad x   bc  ad x2 
xE x x

E E

EC     pE dx      dx      dx   x 
0
a  0
a ac a 0 
aa  c  a   aa  c  2a  0

EC 
bc  ad xE xE

2

bc  ad  bc  ad  2b2c 2  4abcd  2a 2d 2  b2c 2  2abcd  a 2d 2
2

2

aa  c  2a aa  c 
2
2aa  c 
2
2aa  c 
b2c 2  2abcd  a 2d 2 bc  ad 
2
EC  
2aa  c  2aa  c 
2 2

EC 
bc  ad 
2

2aa  c 
2

Determinemos o excedente do produtor, se prevalecer o equilíbrio do mercado:

Excedente do produtor.

xd  bd xd  bd d x  bc  ad x 


x x x x

E E E E

EP    PE   dx      dx      dx    ca  c   c dx


0  c  0  a  c c  0  a  c c c  0  

bc  ad x  x2 bc  ad xE  xE 2  bc  ad 2  bc  ad 2


xE

EP  
ca  c  2c 0 ca  c  2c ca  c 
2
2ca  c 
2

2b2c 2  4abcd  2a 2d 2  b2c 2  2abcd  a 2d 2 b2c 2  2abcd  a 2d 2 bc  ad 


2
EP   
2ca  c  2ca  c  2ca  c 

EP 
bc  ad 2
2ca  c 
2

Logo, o excedente total da economia, no ponto de equilíbrio, é:

ET  EC  EP  ET 
bc  ad  bc  ad  bc  ad   1 1  bc  ad  a  c  bc  ad 
2

2

2
 
2

2

2 
2aa  c  2ca  c 
2 2
2a  c   a c  2aca  c 
2
2aca  c 

ET 
bc  ad 
2

2aca  c 
Excedente da economia
Exemplos
1. Determine o excedente do consumidor de um produto que custa 20 u. m. e tem como função de
demanda f x   40  2 x , se prevalecer o equilíbrio do mercado.
Resolução
Note que 20  40  2 x , logo x0  10 e p0  20 , logo:
x0

  f x  p0 dx  EC   40  2 x  20dx   20  2 x dx  20 x  x  0


10 10
10
EC  2
 200  100  100
0 0 0

2. Determine o excedente do produtor se o produto custa 30 u. m. e tem como função de oferta


f x   4 x  10 , prevalecendo o equilíbrio do mercado.
Resolução
Note que 30  4 x  10 , logo x0  5 e p0  30 , logo:
x0

  p0  f xdx  EP   30  4 x  10dx   20  4 xdx  20 x  2 x  0  100  50  50


5 5
5
EP  2

0 0 0

3. Se a demanda de um certo produto é 100 p  1600  x 2 e a oferta é 400 p  x 2  2400 , determine


o excedente total da economia, se prevalecer o equilíbrio do mercado.
Resolução
Primeiro observemos que no ponto de equilíbrio tem-se:

100 p  1600  x
2
 x 2  1600  100 p  x  20 2
     . Donde xE  20 2 e pE  8 . Então:

400 p  x  2400 500 p  4000 p  8
2

Excedente ao consumidor
x2
100 p  1600  x 2  p  16 
100
20 2
   x2   x3 
xE 20 2 20 2
x2
EC    f x   p dx  E
0
E C  
0
16 

 8 dx    8 
100  0 
dx   8 x 
100  

300  0

EC  160 2
20 2  3

 160 2 
160
2
320
2
300 3 3
Excedente ao produtor
x2
400 p  x  2400  p  2
6
400

20 2
   x2   x3 
xE 20 2 20 2
x2
EP   p0
E  f x dx  E P  
0
 8 
 400
 6 dx    2 
 0 
dx   2 x 
400  

1200  0

EP  40 2
20 2  3

 40 2 
40
2
80
2
1200 3 3
Excedente total
80 320 400
ET  EP  EC  ET  2 2 2  188,56
3 3 3
Exercícios
139. Calcule os integrais:

 7 x x  4 dx   t5 4 
2
a)
b)    3  3t dt
2 t 
c)  u 3  2u  u 5 du x 1
d)  x5
dx

 x  2 x  3 dx   2 x  3 x dx 
2
e) f)

x  1 x2  2   dx   
x  1 x  x  1 dx
2
h)
g)  3
x 2

i)  a
3 2
 3 x 2 dx 
3
j)  3
x

 3e x dx

140. Calcule os seguintes integrais:


 2 x  12 x  b)  5 x 4  3x 2 dx
10
a) 2
 2 x  3 dx

et d)  tgx sec 2 xdx


c)  et  4 dt
e)  e x cos2e x dx f)  sen5   d

xdx 3t 4  t 2 dt
g)  16  x 2
h)

j)  2 x 1
2
e x dx xdx
i)  2 x
e 16

k)  8 x 1  2 x 2 dx cos x
l)  3  senxdx
m)  t cos t 2 dt n)  8 x 2 6 x 3  5dx

o)  t t  4dt 2  x2  2  x2
p)  4  x4
dx

2x  3 x2 1
q)  2 x  1 dx r) 
x 1
dx

x4  x2  1 ax
s)  dx t)  dx
x 1 1  a2x
et senx cos x
u)  dt v)  cos 2 x  sen 2 x
dx
1  e 2t
senx  cos x dx
w)  senx  cos x dx x) e x
1
141. Calcule os integrais:
a)  xsen5xdx b)  te 4t dt

c)  cos 3 xdx d)  x ln xdx

e) x
2
cosax dx f)  e ax senbx dx

 x sen4 xdx x
3 2
g) h) ln xdx

i)  ln x 2  1dx j) x e
5 x2
dx

l) x x  1dx m)  cosln x dx


1
1
o)  e x cos xdx
n)  x 3 e x dx
p) e
x
x
dx q)  xsenx cos xdx
142. Calcule os seguintes integrais:
dx x3
a)  2x 2
 8 x  20
b) x 2
 2x  5
dx

3x  2 3x  1
c)  5x 2
 3x  2
dx d) x 2
 x 1
dx

6 x 4  5x 3  4 x 2 dx
e)  2 x 2  x  1 dx f)  2  3x  4 x 2
dx ds
g)  1 x  x 2
h)  2as  s 2
dx dx
i)  5  7 x  3x 2
j)  x3x  5 x^2
1 x 3
l)  2  3x  x 2
dx m)  3  66 x  11x 2
dx

x3 3dx
n)  3  4x  4x2
dx o)  2 x  3 2  2 ln 2 2 x  3

143. Calcule os integrais


x 1 x
a)  2 x  1 dx b)  x  1x  3x  5 dx
dx x3  1
c)  x  1 x  22 d)  3
4x  x
dx

2 x 2  3x  3 3x  7
e) 

x  1 x 2  2 x  5
dx

f) x 3
 x 2  4x  4
dx

x3 dx
g)  xx  2 x 3
dx
 h) 2 3
x x

3x 3  4 x 2  3x  2 2x3  x 2  2x 1
i)  x4  x2
dx j)  x 4 1
dx

144. Calcule os integrais:


 x  2e dx  
1 8
a) x
b) 2 x  3 x dx
0 0

1
2x 1
2
dx
c)  2 x2  4x  5 d) x
1
3
x
dx

145. Calcule os integrais:


1 
xdx
 x
2
a)
1
2
1 
2
b)  sen2 xdx
0

 1
dx
e
2
d)
 senx cos  ex
2 x
c) xdx 0
0

 0
dx
1
2
cos x f)
e)  3
dx 1
3
x 1
 sen x
6

 2
dx
2
h) 
 senx x  13
3
g) cos x dx 0 x 1 
0

146. Calcule os integrais:


1 1

 xe dx  x ln x  1dx
x
a) b)
0 0

2 1
c)  xsenxdx d)  ln 1  x dx
 0
2

 x ln 1  x dx
1

 x senxdx
3 2
e) f)
0 0

 x 
2 e
g) 3
 2 x ln xdx h)  senln x dx
1 1

147. Nas alíneas a seguir expresse a área das regiões limitadas pelas curvas dadas. Faça isso de
duas maneiras, com integração relativamente à variável x e com integração relativamente à
variável y . Escolha uma das maneiras e calcule a área.

a) y  e 2 x , y  e 2 e x  0 b) y  e x , y  e  x e x  1
c) y 2  2 x e x 2  2 y d) y  x 2 , y 
1 2
x e y  2x
2
e) y  x e y  x 2 x
f) y  x 2 e y  sen
2
148. Determine se o integral impróprio é convergente e, no caso de o ser, calcule o seu valor.
  x
1
a) 1 x 2 dx b) e3
dx
0

 
x dx
c) 5 x 2  16
dx d)  x1  x  2
3

 0

 1  x e e
x x
e) dx f) dx
0 

2 0
8
g) 4  x 2 dx h)  x 2 e x dx


 
e x
 2 xe dx  1  e 2 x dx
3 x 2
i) j)
 

149. Determine se o integral impróprio é convergente e, no caso de o ser, calcule o seu valor.
1 9
1 1
a) 0 1  xdx b) 
0 9 x
dx

1 4
dx
c)  ln xdx d) 
0 3 x2  9
2 1
1 dx
e)  3
x 1
dx f) 
4
3
x2
0

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