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ESTRUTURAS DE CONCRETO III

Fundamentos do concreto protendido

Profª. MSc. Gabriela A. M. Dutra Radinz


Composição do concreto armado

Esquematicamente pode-se indicar que a


pasta é o cimento misturado com a água, a
argamassa é a pasta misturada com a areia,
e o concreto é a argamassa misturada com
a pedra ou brita, também chamado concreto
simples (concreto sem armaduras).

Concreto Armado = Cimento + Água + agregados (miúdos e graúdos)


+ armadura passiva.

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Concreto Armado 3
O concreto é um material que apresenta alta
resistência às tensões de compressão, porém,
apresenta baixa resistência à tração (cerca de
10 % da sua resistência à compressão).
Tração Compressão

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Concreto Armado
Surge então o chamado “concreto armado”, onde as barras da
armadura absorvem as tensões de tração e o concreto absorve
as tensões de compressão, no que pode ser auxiliado também
por barras de aço (caso típico de pilares, por exemplo).
Tração Compressão

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Concreto Armado 5

O trabalho conjunto do concreto e do aço é possível


porque os coeficientes de dilatação térmica dos dois
materiais são praticamente iguais.

Concreto

Aço

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Concreto Armado 6

Outro aspecto positivo é que o concreto protege o aço


da oxidação (corrosão), garantindo a durabilidade do
conjunto.

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ESTRUTURAS DE CONCRETO PROTENDIDO

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O que se entende por protensão?
“Protensão é um artifício que consiste em introduzir numa estrutura um
estado prévio de tensões capaz de melhorar sua resistência ou seu
comportamento, sob diversas condições de carga.” (PFEIL, 1983)
Desse modo, as tensões de tração finais são diminuídas pelas tensões de
compressão pré-aplicadas na peça (protensão). Assim, pretende-se
diminuir os efeitos da baixa resistência do concreto à tração.

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Protensão aplicada ao Concreto

O concreto é um material com boa resistência às tensões de compressão,


mas com baixa resistência à tração. É necessário que se tomem medidas
para evitar ou controlar a fissuração.

O objetivo da força de protensão no concreto é anular a tração.

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Concreto Protendido X Concreto Armado

CONCRETO SIMPLES

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Concreto Protendido X Concreto Armado

CONCRETO SIMPLES C/CARGA

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Concreto Protendido X Concreto Armado

CONCRETO SIMPLES C/CARGA

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Concreto Protendido X Concreto Armado

CONCRETO ARMADO

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Concreto Protendido X Concreto Armado

CONCRETO ARMADO C/CARGA

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Concreto Protendido X Concreto Armado

CONCRETO ARMADO C/CARGA FISSURADO

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Concreto Protendido X Concreto Armado

CONCRETO PROTENDIDO

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Concreto Protendido X Concreto Armado

CONCRETO PROTENDIDO

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Ideia básica da protensão

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Protensão aplicada ao Concreto
ESQUEMA ILUSTRATIVO

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Protensão aplicada ao Concreto
ESQUEMA ILUSTRATIVO

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Protensão aplicada ao Concreto
ESQUEMA ILUSTRATIVO

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Protensão aplicada ao Concreto
CONCRETO PROTENDIDO

Quando ocorrer a
tensão, a compressão
prévia vai anular a
tração.

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Protensão aplicada ao Concreto

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Vantagens e Desvantagens
Concreto Protendido
VANTAGENS:
• . Seções mais esbeltas: uso de aço de alta resistência;
• Controle e redução de deformações e das fissurações (maior durabilidade);
• Maior economia de aço (20%) e concreto (50%);
• Maior resistência a fadiga (Cargas repetitivas);
• Prova de Carga.
DESVANTAGENS:
• Controle de execução mais rigoroso; (m.d.o. qualificada - material de alta resistência)
• Forças de grande magnitude nas ancoragens;
• Perdas das forças de protensão (imediatas e lentas);
• Cuidados especiais na protensão contra corrosão;
• Maior esbeltez ( λ ) horizontal da estrutura pode prejudicar a estabilidade global da edificação.

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Protensão aplicada ao Concreto

Elementos Lineares:

Tirantes Estacas Dormentes de Ferrovias

Vigas Postes

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Protensão aplicada ao Concreto

Elementos Planos:

Lajes de Edifícios Pistas de Aeroportos Pisos Industriais

Radier

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Protensão aplicada ao Concreto
Outras Aplicações:

Silos de armazenagem Reservatórios Estádios

Reforços Estruturais

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ARMADURA DE PROTENSÃO PRÉ- TRACIONADA
• O aço de protensão é fixado em uma das extremidades da pista de protensão, e na outra
extremidade um cilindro hidráulico estira (traciona) o aço, nele aplicando uma tensão de tração
pouco menor que a tensão correspondente ao limite elástico.
• Em seguida, o concreto é lançado na fôrma, envolve e adere ao aço de protensão pré-
estirado.
• Após o endurecimento e decorrido o tempo necessário para o concreto adquirir resistência, o
aço de protensão é solto (relaxado) das ancoragens e, como o aço tende elasticamente a
voltar à deformação inicial (nula), ele aplica uma força que comprime o concreto de parte ou
de toda a seção transversal da peça.

Figura – Esquema simplificado de pista de protensão, para fabricação de peças protendidas com pré- tração.

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ARMADURA DE PROTENSÃO PRÉ-TRACIONADA

Figura – Pista de protensão


para fabricação de laje
alveolar, mostrando na parte
inferior os dispositivos
metálicos da ancoragem passiva
(Fábrica SENDI de Pré- Figura – Equipamento de moldagem de laje alveolar
moldados). em pista de protensão (MARKA Pré-moldados).

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ARMADURA DE PROTENSÃO PÓS- TRACIONADA

No processo de pós-tensão primeiramente é fabricada a


peça de concreto, contendo dutos (bainhas) ao longo do
seu comprimento, como mostrado na Figura ao lado.

Posteriormente as bainhas são preenchidas com o aço de protensão,


de uma extremidade a outra da peça. Quando o concreto apresenta a
resistência necessária ocorre o estiramento da cordoalha pelo lado
da ancoragem ativa.

Terminada a operação de estiramento, a força no cilindro


hidráulico é relaxada, a armadura tende a voltar à deformação
inicial (nula), escorrega alguns poucos milímetros e desse modo
fixa as partes da cunha de aço dentro do furo porta-cunha,
existente na placa de aço de ancoragem.

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Processo de pós-tensão sem e com aderência.
Desse modo, a armadura (fixada nas duas extremidades) aplica a chamada força de
protensão, que comprime a peça, a partir de suas extremidades. Na sequência, geralmente
a bainha é totalmente preenchida com uma calda (nata) de cimento, para, após o
endurecimento, proporcionar aderência do aço de protensão com o concreto da peça. Neste
caso tem-se a protensão com pós- tensão com aderência. Quando a bainha não é
preenchida com nata de cimento, tem-se a pós-tensão sem aderência.

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Figura a – Viga protendida de seção I para
superestrutura de viaduto em rodovia.

Figura b – Ancoragens ativas da Rudloff


em uma extremidade da viga.

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Figura c – Detalhe das cordoalhas na bainha
metálica, junto à placa de ancoragem na
extremidade da viga.

Figura d – Placas de aço da ancoragem ativa (Rudloff), mostrando as


cunhas tripartidas já inseridas dentro dos furos cônicos da placa.

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Figura e – Cilindro hidráulico posicionado
para estiramento das cordoalhas.
Figura f – Aplicação da protensão pelo
conjunto cilindro e bomba hidráulica.

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Figura g – Aferição do alongamento
ocorrido na armadura de protensão após
iniciado o estiramento.

Figura h – Equipamentos para injeção de nata


de cimento nas bainhas.

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Perdas de Protensão

Ao efetuar a protensão da armadura não se consegue um esforço


constante ao longo de todo o comprimento. Há, via de regra, uma
diminuição da força de protensão.

Essas diminuições de forças são normalmente chamadas de perdas


de protensão e podem ser classificadas como:

a) Perdas de protensão Imediatas

b) Perdas de protensão Lentas/diferidas

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Perdas de Protensão

a) Perdas de protensão Imediatas:


• Perdas por atrito;
• Perdas nas ancoragens;
• Perdas por encurtamento elástico do concreto;

b) Perdas de protensão Lentas/diferidas:


• Perdas por retração e fluência do concreto;
• Perdas por relaxação do aço

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Perdas de Protensão

Vídeo:

https://www.youtube.com/watch?time_continue=
282&v=bk2RTdepTJQ&feature=emb_logo

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Obrigada!!!

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