Você está na página 1de 7

Terceira Edição

CAPÍTULO RESISTÊNCIA DOS


MATERIAIS
Ferdinand P. Beer
E. Russell Johnston, Jr.

Flexão Pura
Resistência dos Materiais

Capítulo 4 – Flexão Pura

4.1 – Introdução
4.2 – Barras Prismáticas em Flexão Pura
4.3 – Análise Preliminar das Tensões na Flexão Pura
4.4 – Deformações em Barras Simétricas na Flexão Pura
4.5 – Tensões e Deformações no Regime Elástico

4-2
Resistência dos Materiais
4.1 – Introdução

Flexão Pura: Membros prismáticos


sujeitos a dois conjugados ou
momentos iguais e de sentidos opostos,
agindo no mesmo plano longitudinal.
4-3
Resistência dos Materiais

Outros Tipos de Carregamento


• Carregamento Excêntrico: Carga
axial que não passa através do
centróide da seção, produz forças
internas, equivalentes a uma força
axial e um momento
• Carregamento Transversal: cargas
concentradas ou distribuídas atuando
transversalmente à barra, produzem forças
internas equivalentes a uma força cortante e
um momento fletor.
 Principío da Superposição: a tensão normal
devido à flexão pura pode ser combinada com a
tensão normal devido à carga axial e com a
tensão de cisalhamento devida à força cortante,
para encontrar o estado real de tensão em um
ponto.
4-4
Resistência dos Materiais
4.2 – Barras Prismáticas em Flexão Pura
• Se as forças internas em qualquer seção é
equivalente a um momento, o momento
interno resistente é igual ao momento
externo, que é chamado de momento
fletor.

• A soma das componentes das forças em


qualquer direção deve ser zero

• Para o elemento interno da barra.


Fx =  σ x dA = 0
M y =  zσ x dA = 0
M z =  − yσ x dA = M

4-5
Resistência dos Materiais

4.3 – Análise Preliminar das Tensões na Flexão Pura


Vigas com um plano de simetria:
• A viga permanece simétrica;
• Flete uniformemente formando um arco
circular;
• O comprimento das fibras do topo diminuem
e os da base aumentam;
• Uma superfície neutra (S.N.) é encontrada
paralela às faces superior e inferior da barra;
 não há variação no comprimento das fibras;
 tensões e deformações são nulas.

• As tensões e deformações são negativas


(compressão) acima da superfície neutra e
positivas (tração) abaixo desta.

4-6
Resistência dos Materiais
4.4 – Deformações em Barras Simétricas na Flexão Pura
Seja uma viga de comprimento L. Após a
deformação, o comprimento da S.N.
permanece igual L.
L = ρθ
Para outra superfície, distante de y da S.N.,
L′ = ( ρ − y )θ
δ = L′ − L = ( ρ − y )θ − ρθ = − yθ
δ yθ y
εx = =− =− (varia linearm.)
L ρθ ρ

A deformação máxima ocorre na superfície


da viga:
c c y
ε máx = ou ρ =  ε x = − ε máx
ρ ε máx c
4-7
Resistência dos Materiais

4.5 – Tensões e Deformações no Regime Elástico


• Da lei de Hooke:
y+
y
σ x = Eε x = − E
ρ Tensão -
y y
σ x = − ε máx E = − σ máx
c c
• Para o equilíbrio estático, • Para o equilíbrio estático,
y  y 
Fx = 0 =  σ x dA =  − σ máx dA M =  ( − yσ x dA ) =  ( − y )  − σ máx  dA
c  c 
σ máx σ σ I EI
M = máx  y 2 dA = máx z ou M = z
0=−
c  y dA c c ρ
Mc
σ máx =
O momento estático da seção em Iz
relação a linha neutra é nulo. Isto y
Substituindo σ x = − σ máx
significa que a linha neutra passa c
pelo centróide da seção. My
σx = −
Iz
4-8
Resistência dos Materiais
Exemplos 4.1

Uma barra de aço com tensão de escoamento de 250 MPa tem seção
transversal retangular de 20×60 mm e está sob a ação de dois
conjugados iguais e de sentidos contrários que agem em um plano
vertical de simetria da barra. Determinar o valor do momento M que
provoca escoamento no material da barra.

4-9
Resistência dos Materiais

Exemplos 4.2

Considere um tubo engastado com seção transversal retangular de


uma liga de alumínio para a qual a tensão de escoamento é de
150MPa, a tensão última de 300MPa e E = 70GPa. Adotando um
coeficiente de segurança igual a 3, determine:
a)O maior momento fletor possível;
b)O raio de curvatura correspondente.

4 - 10
Resistência dos Materiais
Exemplos 4.3

Uma peça de máquina de ferro fundido de seção transversal em


forma de T fica submetida à ação do conjugado M de 3kNm.
Sabendo que E = 165 GPa. Determinar:
a)A máxima tensão de tração e de compressão no perfil;
b)O raio de curvatura da peça fletida.

4 - 11
Resistência dos Materiais

Propriedades da Seção da Viga

• Tensão normal máxima devido à flexão:


Mc M
σm = =
Iz W
Iz
W= = módulo de resistência
c
Considerar o maior módulo de resistência!

• Para uma viga de seção retangular,

I z 121 bh3 1 2 1
W= = = 6 bh = 6 Ah
c h2
Entre duas vigas com a mesma área da seção
transversal, a viga com maior momento de
inércia será a mais efetiva em resistir a flexão.
4 - 12
Resistência dos Materiais
Propriedades da Seção da Viga
As vigas I e os perfis de abas largas:
• preferidas para trabalhar a flexão;
• grande parte da seção transversal está
longe da L.N.;
• maiores valores de Iz; logo, de W;
• Tabelas fornecem os valores das
propriedades geométricas da seção
transversal.
• Com isso, é possível determinar o valor
da tensão normal na direção x.
Cuidado:
• Uma relação h/b muito alta pode resultar em instabilidade lateral
das vigas.
4 - 13
Resistência dos Materiais

Propriedades dos Perfis de Aço Laminado


CUIDADO!!!
Aqui o eixo neutro é o eixo
‘x’, logo vamos utilizar o
Os eixos apenas mudaram de valor do Ix da tabela na
posição, mas seguindo a
“regra da mão direita” expressão da Flexão!!!

4 - 14

Você também pode gostar