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Moderna PLUS

FÍSICA
RAMALHO • NICOLAU • TOLEDO

Suplemento de revisão

Organizadora: Editora Moderna


Obra coletiva concebida, desenvolvida
e produzida pela Editora Moderna.
Editores Executivos:
Marco Antonio Costa Fioravante
Rita Helena Bröckelmann

Exemplar do professor
10a edição

FIS_PLUS_TOP_INICIAIS.indd 1 09.10.09 16:54:29


© Editora Moderna, 2009

Moderna PLUS
Coordenação de Projeto e Inovação: Sérgio Quadros, Sandra Homma Elaboração dos originais
Coordenação editorial: Marco Antonio Costa Fioravante, Rita Helena
Bröckelmann Hugo Carneiro Reis
Edição de texto: Edna Emiko Nomura (coordenação), Alexandre Braga D’Avila, Bacharel em Física pela Universidade Estadual Paulista
Erich Gonçalves da Silva, Eugenio Dalle Olle, Luciana Ribeiro Guimarães, Caio Júlio de Mesquita Filho (Unesp).
Alencar de Matos, Reginaldo Dias dos Santos
Licenciado em Física pela Universidade de São Paulo (USP).
Assistência editorial: Denise Minematsu
Mestre e doutor em Física Teórica pelo Instituto de
Coordenação de design e projetos visuais: Sandra Homma
Física da USP. Pós-doutorados na Universidade Estadual
Projeto gráfico e capa: Everson de Paula, Marta Cerqueira Leite
de Campinas (Unicamp) e no Instituto de Física Teórica
Foto: bola e pinos de boliche - © Brian Hagiwara/Other
da Unesp.
Images
Coordenação de produção gráfica: André Monteiro, Maria de Lourdes Rodrigues Professor de Física em escolas particulares de São Paulo.
Coordenação de revisão: Elaine C. del Nero, Lara Milani Professor colaborador do Instituto de Física da Unicamp.
Revisão: Equipe Moderna Professor doutor do Departamento de Física, Estatística
Coordenação de arte: Wilson Gazzoni Agostinho, Aderson Oliveira e Matemática da Universidade Regional do Noroeste do
Edição de arte: Fernanda Fencz, Ricardo Yorio Estado do Rio Grande do Sul.
Ilustrações: Studio Caparroz, Adilson Secco
Editoração eletrônica: Grapho Editoração Marcelo de Hollanda Wolff
Coordenação de pesquisa iconográfica: Ana Lucia Soares
Pesquisa iconográfica: Fabio Yoshihito Matsuura, Pamela Rosa Bacharel em Física pela Universidade de São Paulo (USP).
As imagens identificadas com a sigla CID foram fornecidas pelo Centro de Licenciado em Física e em Matemática pela USP.
Informação e Documentação da Editora Moderna Especialização em História da Ciência e Ensino de Física
Coordenação de bureau: Américo Jesus pelo Centro de Extensão Universitária. Professor de
Tratamento de imagens: Arleth Rodrigues, Fabio N. Precendo, Física e Matemática em escolas de Ensino Médio
Rubens N. Rodrigues, Luiz C. Costa, Rodrigo Fragoso em São Paulo. Editor
Pré-impressão: Everton L. de Oliveira, Helio P. de Souza Filho, Marcio H. Kamoto
Coordenação de produção industrial: Wilson Aparecido Troque
Impressão e acabamento:

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Ramalho Junior, Francisco


Os Fundamentos da Física / Francisco Ramalho
Junior, Nicolau Gilberto Ferraro, Paulo Antônio de Toledo
Soares. — 10. ed. — São Paulo : Moderna, 2009.

Conteúdo: V. 1. Mecânica — V. 2. Termologia,


óptica e ondas — V. 3. Eletricidade, introdução à
física moderna e análise dimensional.
Bibliografia.

1. Física (Ensino médio) 2. Física (Ensino médio) –


Problemas, exercícios etc. I. Ferraro, Nicolau Gilberto.
II. Soares, Paulo Antônio de Toledo. III. Título.

09-07089 CDD-530.7

Índices para catálogo sistemático:


1. Física : Estudo e ensino 530.7

ISBN 978-85-16-06338-2 (LA)


ISBN 978-85-16-06339-9 (LP)

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Todos os direitos reservados
EDITORA MODERNA LTDA.
Rua Padre Adelino, 758 - Belenzinho
São Paulo - SP - Brasil - CEP 03303-904
Vendas e Atendimento: Tel. (0_ _11) 2602-5510
Fax (0_ _11) 2790-1501
www.moderna.com.br
2009
Impresso no Brasil

1 3 5 7 9 10 8 6 4 2

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Apresentação
Ao final do terceiro ano do Ensino Médio faz-se necessária
uma revisão dos três anos de curso. O Suplemento de
revisão foi organizado para esse momento.
Ele acompanha o terceiro livro da Coleção Moderna Plus
– Física e está organizado em 24 temas que sintetizam os
principais conceitos dos três anos de curso. O texto destaca
as palavras-chave do tema, organizando as informações
essenciais. Imagens, gráficos, tabelas e esquemas auxiliam
na compreensão e fixação dos conceitos revisados.
Para cada tema, o material traz quatro páginas com
questões de vestibulares e de exames nacionais selecionadas
de diversos estados brasileiros.
Ao longo do Suplemento de revisão, há remissões para o
Portal Moderna Plus, que contém recursos multimídia como
simuladores, vídeos, animações e textos para complementar o
aprendizado.
O Suplemento de revisão é um importante auxílio no
estudo e na preparação para os exames de ingresso nas
universidades.

Bons estudos!

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orGAniZAÇãodo
orGAniZAÇão Suplemento de reviSão
didÁtiCA

Temas
Seleção de 24 temas que
sintetizam os conceitos principais
dos três anos de curso.

Calor e mudança de fase Diagra


Os diagra
da tempera
Quando um corpo troca calor, dois efeitos distintos podem ocorrer: sua temperatura varia e de fase da
o corpo não sofre mudança de fase; ou sua temperatura permanece constante, mas ocorre gráfico divi
às fases só
transição de fase. No primeiro caso, dizemos que o corpo trocou calor sensível e no segundo
caso, calor latente. Nesta parte analisamos as duas situações, além das trocas de calor com As linhas
entre as fas
múltiplos corpos em contato nos sistemas termicamente isolados.
Curva de
vapor. Cr
para a de
Calor sensível Calor latente Curva de
atravess
A expressão que fornece a quantidade Q de calor sensível Quando, sob determinada pressão, um corpo atinge a tem-
se a pas
experimental
trocada por um corpo pode ser determinada experimental- peratura de mudança de fase, cessa a variação de
solidifica
mente. Para um corpo de massa m, que sofre uma variação temperatura. A energia térmica continua a ser utilizada na
de temperatura SJ, temos: reorganização molecular da substância. A temperatura só Curva de
volta a mudar quando o corpo todo tiver mudado de fase. A vapor. Se
Q 5 m 3 c 3 SJ quantidade Q de calor latente necessária para transformar uma vap
a fase de um corpo de massa m é dada por: trário, te
A constante de proporcionalidade c é característica Ponto trí
Q5m3L

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


da substância pela qual o corpo é constituído, e denominada as três fa
calor específico
específico. Ponto cr
O sinal de Q depende do sinal de SJ. A constante L é característica da substância e denominada
partir da
calor latente. Note que a transformação de fase inversa requer
Aquecimento: O gás é a
a mesma quantidade de calor, em módulo. Assim, se nos é
SJ . 0 ] Q . 0 Calor absorvido pelo corpo informado que o calor latente de fusão da água sob pressão compressã
Resfriamento: normal é 80 cal/g, sabemos que o calor latente de solidificação
P
SJ , 0 ] Q , 0 Calor cedido pelo corpo da água, na mesma pressão, vale 280 cal/g.

Capacidade térmica

BOCHKAREV/SHUTTERSTOCK
S
É costume definir também a grandeza capacidade térmica
de um corpo C como a relação entre a quantidade de calor Q
CS
trocada e a corresponde variação de temperatura SJ:
Q
C 5 ___
SJ P
CF P
CF
De Q 5 m 3 c 3 SJ, vem:
PC

C5m3c Figura 2 L
S S
A temperatura da água não
se altera enquanto ela muda CV
Os recipientes nos quais realizamos as experiências PT Gás
da fase sólida para a líquida.
envolvendo trocas de calor são chamados calorímetros. CS V CS
Normalmente, a grandeza relevante num calorímetro é a sua
capacidade térmica. Num calorímetro ideal, o isolamento tér
tér- Curvas de aquecimento 
mico com o meio externo seria perfeito (paredes adiabáticas)
e a capacidade térmica, nula. É o diagrama que mostra a temperatura do corpo em função
da quantidade de calor absorvida. Trocas
SCIENCEPHOTOS/ALAMY/OTHER IMAGES

Temperatura Se coloc
no interio
PE
se atinja
a troca d
O Suplemento de revisão Figura 1
Calorímetro
didático simples.
Figura 3
Os patamares horizontais
representam as transições
crever:

Existem suportes de fase da substância. As Q1 1 Q2 1


apresenta a síntese dos para a fixação de
um termômetro,
de um agitador,
PF
temperaturas indicadas
por PF e PE representam,
respectivamente, os
Portanto, se
principais tópicos dos três
e contatos para Quantidade de calor pontos de fusão e ebulição
a passagem de da substância, nessa algébrica d
corrente elétrica. determinada pressão. até o estab

anos de curso, acompanhada 68 Suplemento de revisão FÍSICA

por questões de vestibulares.

Síntese do conteúdo
Texto organizado, com
esquemas, tabelas, gráficos
e imagens, destacando as
palavras-chave.

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Um pequeno texto
informa resumidamente
o tema a ser tratado na
dupla de páginas.

Diagramas de fase Equivalente mecânico do calor


Os diagramas de fase são gráficos da pressão em função James Prescott Joule idealizou, em 1843, um aparato
da temperatura, nos quais é possível analisar as transições experimental para demonstrar que o calor também é uma
varia e de fase da substância. Em geral, cada diagrama mostrará o forma de energia. Para tanto, o experimento transformava
ocorre gráfico dividido em três grandes regiões, correspondentes energia mecânica da queda de pesos (energia potencial
às fases sólida, líquida e de vapor. gravitacional) em energia cinética da rotação de pás, que
egundo
As linhas coloridas no diagrama representam as fronteiras por fim aqueciam a água no interior de um calorímetro.
or com
entre as fases, onde acontecem as transições. No Vestibular
Curva de sublimação (CS): separa as fases sólida e de
vapor. Cruzando essa linha, há a passagem da fase sólida
Para cada tema, quatro
para a de vapor, e vice-versa. páginas com questões
Curva de fusão (CF): separa as fases sólida e líquida. Se
atinge a tem-
atravessada da esquerda para a direita, ocorre uma fusão; de vestibulares de todo
variação de
se a passagem ocorre no sentido contrário, temos uma
solidificação. Termômetro
o país, selecionadas com
r utilizada na
mperatura só Curva de vaporização (CV): separa as fases líquida e de Pesos em queda
giram o eixo
o intuito de auxiliar na
ado de fase. A vapor. Se atravessada da esquerda para a direita, ocorre
transformar uma vaporização; se a passagem ocorre no sentido con- compreensão e fixação
trário, temos uma condensação.
Ponto tríplice (PT): estado da substância no qual coexistem
dos conteúdos revisados.
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as três fases.
Ponto crítico (PC): ponto na curva CV, com temperatura a
denominada
partir da qual o vapor passa a ser chamado de gás.
nversa requer
sim, se nos é O gás é a fase na qual não ocorre mais condensação por Água Pás em rotação elevam a
sob pressão compressão isotérmica. temperatura da água Calor e
mudan
solidificação Figura 6 ça de fase
P P Esquema do aparato experimental de Joule.
CF CF
PC PC Em notação moderna, podemos resumir o resultado de
L L Joule como: No Ves
S
Figura 4
S 1. (Fuve
st-SP) Um
atingid amolad
tibular
CV CV 1 cal 7 4,186 J o por fa or de fa
PT Diagrama de fase de uma Isso ac gulhas cas, ao
Gás PT Gás incand op
substância típica, como o CO2. ontece
porque escentes erar um esmer
CS V CS V a) têm as fagu , mas nã il, é
A maioria das substâncias A descoberta de Joule representou a confirmação teórica calor es lhas: o se qu
eima. 3. (UFM
b) têm pe cífico m G) O gráfico
segue um comportamento tempera uito gran
 que viabilizou o uso de máquinas a vapor na conversão de tura m de
peratu
ras de a seguir
semelhante.  c) têm ui to a 100 g, dois co mostra
energia térmica em energia mecânica. A partir da década capacid baixa rpos A com
d) estã ade térm
eles. Os
em funç
ão da qu e B, cada o variam as
P P de 1840, a industrialização do mundo desenvolvido acelerou, o em m ica mui um de tem-
CF udança to pequ calores antidad massa
CF e) não de esta ena respectiv específ e de ca igual
e a física cumpriu o importante papel de embasar melhorias transpo icos do lo
PC PC rtam en do amente
: s corpos r absorvida po
nos dispositivos utilizados. As fagul ergia A (cA ) e r
L
ha
s de um B (cB ) sã
L esmeril, t ( C)
o o,
S S apesar de
a da água não tempera apresent
CV turas, nã arem alt
MAURITIUS/MAURITIUS/LATINSTOCK

uanto ela muda CV o queim as


PT am a pe 75
a para a líquida. Gás PT Gás têm pequ le do am A
CS Figura 5 ena capa olador po
V CS V cidade té rque B
Existem outras substâncias rmica, ist
pouco ca o é, elas ce 50
que seguem o comportamento lor até qu dem
  da água. e o equi
líbrio térm
ico se es 25
po em função tabeleça.
Trocas de calor 0
50
a) cA 5 1.000
Se colocarmos diversos corpos a temperaturas distintas 0,10 ca 1.500
l/g wC e Q (cal)
b) cA 5 cB 5 0,3
no interior de um calorímetro, eles trocarão calor até que 0,067 ca
l/g 0 cal/g
c) cA 5 wC e cB 5 0,2 wC
se atinja um novo equilíbrio térmico. Supondo desprezível 2. (Fuve 0,20 ca 0
st-S P) l/g wC e ca l/g wC
d) cA 5 cB 5 0,6
a troca de calor com o exterior do sistema, podemos es- 10 cal/g 0 cal/g
e) cA 5 wC e c wC
crever: Figura 7 5,0 cal/g B 5 30 cal/g
horizontais J ( oC) wC e c wC
as transições A locomotiva a vapor, com as melhorias no rendimento da conversão Pelo gráfi B 5 1,7
cal/g wC
co, tem os que am
o de 199
8.

ŶQi 5 0
bstância. As de energia térmica em mecânica, é o símbolo da revolução nos
Q1 1 Q2 1 Q3 1 ... 1 Qi 5 0 ou, resumidamente, 40 tempera bos, A e
indicadas transportes de carga e de passageiros, ocorrida na Europa em 1840.
tura de SJ B, sofrera
i
m variaçã
de fevereir

presentam, 5 50 wC o de
QB 5 1.5 ao recebe
nte, os 00 cal, re r QA 5 50
Portanto, se dois ou mais corpos trocam calor entre si, a soma Conteúdo digital Moderna PLUS http://www.modernaplus.com.br/ 20 spectivam 0 cal e
0 de 19

ão e ebulição Vídeo: Calor sensível e calor latente en


algébrica das quantidades de calor trocadas pelos corpos, partir da te . Como m
, nessa Simulador: Calorímetro equação A 5m 5
Lei 9.61

pressão. até o estabelecimento do equilíbrio térmico, é nula. Animações: A experiência de Joule e Diagramas de fase fundam B m, a
ental da
temos: calorimet
0 ria Q 5 m
Penal e

CALOR E MUDANÇA DE FASE 69 cSJ,


O gráfico 10 t (m ■ C __ Q
anterio in) A 5 __A__
m 3 SJ 5 __50
Código

um corp r repres
enta a va 0 _
____
o sólido, 100 3 50 ] cA 5 0,1 __cal
uma fo em funç riação da
0 ___
184 do

nte qu ão do te tempera ■ C Q
de 150 e lib era ener m po, ao se tura de B 5 ____B__ 1.5 __ g 3 wC
cal/min gi a a r aquecido m 3 SJ 5 ____00 _
ibida. Art.

calor es . Como uma po por 100 3 50 ] cB 5 0,3 __cal


pecífico a massa tência 4. (Fuve
, em ca do corp consta
nte st-SP) À 0 ___
a) 0,75 l/g wC, se o é de 10 tempera g 3 wC
rá de: 0 g, o se
ução pro

10 kg de gelo tu
b) 3,75 u , à mes ra ambi
d) 0,80 superfí ma te ente de
cie horiz 0 wC, um
c) 7,50 ontal. Ap mperatura, de bloco de
Reprod

e) 1,50 virtude sliza so


do atrit ós perc
Do gráfi da ener o com a orrer 50 bre um
co, obte gia diss superfí m, o blo a
cie co para
Conteúdo digital SJ 5 20
wC e que
m os que a
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FIS_PLUS_TOP_INICIAIS.indd 6 09.10.09 16:54:38
SUMÁRIO
Tema 1 Movimento uniforme (MU) 8

Tema 2 Movimento uniformemente variado (MUV) 14

Tema 3 Cinemática vetorial 20

Tema 4 Leis de Newton e algumas forças especiais 26

Tema 5 Trabalho, potência e energia 32

Tema 6 Princípio da conservação da quantidade de movimento 38

Tema 7 Aplicações das leis de Newton e a Gravitação Universal 44

Tema 8 Estática e Hidrostática 50

Tema 9 Calor e temperatura 56

Tema 10 Dilatação dos sólidos e dos líquidos 62

Tema 11 Calor e mudança de fase 68

Tema 12 Gases e termodinâmica 74

Tema 13 Óptica Geométrica e reflexão da luz 80

Tema 14 Refração da luz 86

Tema 15 Lentes esféricas, instrumentos ópticos e visão humana 92

Tema 16 Ondas 98

Tema 17 Acústica 104

Tema 18 Carga elétrica 110

Tema 19 Potencial elétrico 116

Tema 20 Corrente e resistência elétrica 122

Tema 21 Capacitores, geradores e receptores 128

Tema 22 Magnetismo 134

Tema 23 Indução eletromagnética 140

Tema 24 Física Moderna 146

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Movimento uniforme (MU)
É o movimento que possui velocidade escalar instantânea constante.
No movimento uniforme as velocidades escalares, médias e instantâneas,
são iguais e as acelerações escalares, médias e instantâneas, são nulas.

Conceitos fundamentais Ss s2 2 s1
​   ​ 5 _______
vm 5 ___ ​   ​ 
Referencial: é um corpo em relação ao qual identificamos St t2 2 t1
se determinado corpo em estudo está em movimento ou
em repouso.
Origem dos t1 t2
Vamos inicialmente considerar o corpo em estudo, deno- espaços
minado móvel, um ponto material.
Ponto material: é um corpo cujas dimensões não interfe-
1
rem no estudo de determinado fenômeno. 0 s1 Ss = s2 -- s1
Movimento e repouso: um ponto material está em movi- s2
mento quando sua posição, em relação a um determinado
Figura 3
referencial, varia no decorrer do tempo. Se sua posição A razão entre a variação de espaço do móvel (Ss) e o correspondente
não varia ao longo do tempo, dizemos que o corpo está em intervalo de tempo (St) define a velocidade escalar média.

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


repouso em relação àquele referencial.
Trajetória: conjunto das posições sucessivas ocupadas Aceleração escalar média no intervalo de tempo St.
por um móvel no decorrer do tempo É a razão entre a variação de velocidade Sv e o correspon-
dente intervalo de tempo St:

Sv v2 2 v1
P3
P4 ​   ​ 5 _______
am 5 ___ ​   ​ 
St t2 2 t1
P2
P1
v1
v2
Figura 1
Representação da trajetória de um móvel. t1

t2
A trajetória de móvel assume formas Figura 4
diferentes dependendo do referencial adotado. A razão entre a variação de velocidade (Sv) e o correspondente
intervalo de tempo (St) define a aceleração escalar média.

Espaço s de um móvel
Para a localização, em cada instante, de um móvel P ao Movimento uniforme (MU)
longo da trajetória, deve-se orientá-la e adotar um ponto O Ss
v 5 vm 5 ___
​   ​ 5 constante
como origem. St
A medida algébrica do arco de trajetória OP recebe o nome As variações de espaço, ou as distâncias percorridas ao longo
de espaço s do móvel no instante t. da trajetória, são iguais em intervalos de tempos iguais.
O ponto O é a origem dos espaços a 5 am 5 0
Função horária do espaço é do primeiro grau em t:
Ss s 2 s0
De v 5 ​ ___ ​ e fazendo Ss 5 s 2 s0 e St 5 t 2 0, vem v 5 _______
​   ​ 
,
s Figura 2 St t20
P (t) Espaço s.
O portanto: s 5 s0 1 v 3 t ; s 0 é o espaço do móvel no

Variação do espaço ou deslocamento escalar Ss, num instante t 5 0, isto é, s0 é o espaço inicial.
dado intervalo de tempo St 5 t2 2 t1 , é a diferença entre
o espaço no instante t2 (s2) e o espaço no instante t1 (s1):
Um móvel em movimento uniforme pode descrever
Ss 5 s2 2 s1
uma trajetória retilínea ou curvilínea, realizando,
Velocidade escalar média no intervalo de tempo St. respectivamente, movimento retilíneo uniforme
É a razão entre a variação de espaço Ss e o correspondente (MRU) ou movimento curvilíneo uniforme (MCU).
intervalo de tempo St:

8 Suplemento de revisão FÍSICA

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Gráficos s # t e v # t do MU
t2 t1

A função horária tdo t2


1 espaço, de um movimento uniforme, é do primeiro grau em t. Assim, o gráfico s # t é uma reta
inclinada em relação aos eixos. 0 s2 s1 s
Os0 gráficos de funções
s1 crescentes representam
s2 movimentos
s progressivos (v . 0) e gráficos de funções decrescentes
representam movimentos retrógrados (v , 0).
s
A s B s0
v>0
v<0
s2 s1
Movimento
progressivo Movimento
Figura 5 retrógrado
Gráfico da função horária s1 s2
do espaço de um móvel
em MU. A inclinação da s0
reta está relacionada ao
0 t1 t2 t 0 t1 t2 t
valor da velocidade.
t1 t2 t2 t1

0 s1 s2 s 0 s2 s1 s

Como a velocidade escalar do móvel é constante, o gráfico v # t é uma reta paralela ao eixo do tempo.
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

s s
Velocidade positiva (v . 0) v>0 Velocidade negativa (v , 0)
s0
s2 v<0
A v B v
Movimento
s1
progressivo Figura 6
O gráfico v # t é uma reta paralela ao eixo
s1 Movimento
do tempo, indicando velocidade escalar
0 t 0 s2 t retrógrado
constante. O sinal da velocidade indica
s0 (A) movimento progressivo (v . 0) ou
t1 t2 t (B) retrógrado (v , 0).
0
0 t1 t2 t
Movimento progressivo Movimento retrógrado

Variação de espaço a partir do Corpos extensos


gráfico v # t Até agora, analisamos o movimento uniforme considerando
os corpos como pontos materiais. Mas existem circuns-
A área A compreendida entre a reta e o eixo das abscissas
tâncias nas quais as dimensões do corpo são relevantes
no intervalo considerado é numericamente igual à variação
num certo referencial, quando comparadas às distâncias
de espaço do móvel entre os instantes t1 e t2:
percorridas pelo corpo.
A 5 Ss (numericamente)
Lcarreta 5 35 m
v
P P
Figura 8
v A B Movimento de travessia
A de uma ponte de 125 m
feita por uma carreta
0 t1 t2 t Lponte 5 125 m de 35 m.

v
Figura 7 Na figura 8, nenhuma parte da carreta atravessou o ponto A
A área sob a reta do no início da ponte. A travessia só é considerada completa se
Ss > 0 gráfico v # t fornece a toda a carreta passar pelo ponto B. Para isso, qualquer pon-
variação de espaço do to da carreta (como, por exemplo, o ponto P na dianteira)
0 t móvel entre os instantes
Ss < 0
t1 e t2. Observe que v , 0
deverá sofrer uma variação de espaço Sscarreta dada por:
implica Ss , 0.
Sscarreta 5 Lponte 1 Lcarreta
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Animação: Movimento relativo
Simulação: MRU e MRUV Sscarreta 5 125 1 35  ]  Sscarreta 5 160 m

movimento UNIFORME (MU) 9

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Movimento uniforme (MU)

No Vestibular

1. (UEL-PR) O gráfico abaixo representa o movimento de uma 2. (Fuvest-SP) Uma moto de corrida percorre uma pista que
partícula. tem o formato aproximado de um quadrado com 5 km
de lado. O primeiro lado é percorrido a uma velocidade
s (m) média de 100 km/h, o segundo e o terceiro, a 120 km/h, e
o quarto, a 150 km/h. Qual a velocidade média da moto
nesse percurso?
6 a) 110 km/h d) 140 km/h
5 b) 120 km/h e) 150 km/h
4 c) 130 km/h
3
Cuidado! Velocidade média não equivale à média das
2
1 velocidades.

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 t (s)
vm = 150 km/h
4

Analise as afirmativas seguintes e assinale a alternativa


correta.
vm = 120 km/h vm = 100 km/h
I. A velocidade escalar média entre t 5 4 s e t 5 6 s é de 3 1

21 m/s.

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


II. A variação de espaço entre t 5 4 s e t 5 10 s é de 1 m.
vm = 120 km/h
III. A distância total percorrida desde t 5 0 até t 5 10 s 2
vale 8 m.
Ss
a) Somente I é correta. Sabemos que, por definição, vm 5 ___
​   ​ 
b) Somente I e II são corretas. St
c) Somente I e III são corretas. Temos Ss 5 20 km

d) Somente II e III são corretas. Ss 5 5 5 1
e) I, II e III são corretas. St 5 ___
​   ​ 5 ​ ____
   ​ 1 2 3 ____
​     ​ 1 ____
​     ​   ]  St 5 __
​   ​  h
vm 100 120 150 6
I – correta Logo,

20

Do enunciado: St 5 6 2 4  ]  St 5 2 s vm 5 ___
​   ​   ]  vm 5 120 km/h
1
__
​   ​ 
Do gráfico: Ss 5 3 2 5  ]  Ss 5 22 m 6

3. (UFRGS-RS) A tabela registra dados do espaço s em função
Por definição, temos:
do tempo t, referentes ao movimento retilíneo uniforme
Ss 22 de um móvel. Qual a velocidade desse móvel?
vm 5 ___
​   ​ 5 ___
​   ​ 5 21 m/s
St 2
II – correta t (s) s (m)

No intervalo de tempo dado, temos: 0 0

2 6
Ss 5 6 2 5  ]  Ss 5 1 m

5 15
III – correta
9 27
Vamos analisar o gráfico passo a passo:

1
De 0 a 3 s, d 5 3 m; a) ​ __  ​m/s c) 3 m/s e) 27 m/s
9
1
De 3 s a 4 s, a partícula permaneceu em repouso; b) ​ __  ​m/s d) 9 m/s
3

De 4 s a 6 s, d 5 2 m; Dado que o movimento é uniforme, podemos escolher



De 6 s a 8 s, a partícula permaneceu em repouso; quaisquer dois pares ordenados (t, s) da tabela para obter

De 8 s a 10 s, d 5 3 m; a velocidade do móvel.

Portanto, a distância total percorrida é: Escolhendo (t0, s0) 5 (0, 0) e (t, s) 5 (9, 27), temos:

Ss 27 2 0
d 5 3 m 1 2 m 13m5 8 m v 5 ___
​   ​ 5 ​ ______ ​ 
  ]  v 5 3 m/s
St 920

10 Suplemento de revisão FÍSICA

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4. (UFC-CE) Um automóvel move-se numa estrada com velo- 6. (Uespi) Dois móveis, M e N, deslocam-se numa mesma
cidade v (km/h) conforme o gráfico v # t da figura abaixo. reta. Suas posições, em função do tempo, estão registradas
Determine sua velocidade média, em km/h, após 5 h. no gráfico.

v (km/h) s (m)
M
40
90
30

60

30 N

0 5 t (s)
0 1 2 3 4 5 t (h)

–20
Do gráfico, todos os valores de velocidade são positivos.

Com base nele, o encontro dos móveis M e N se dá no
Logo, para cada trecho, podemos escrever: Ss 5 Área
instante:
Assim, o deslocamento total do automóvel é: a) 10 s d) 8 s

b) 5 s e) 30 s
Sstotal 5 Ss1 1 Ss2 1 Ss3 5 30 1 180 1 120  ]  Sstotal 5 330 km c) 20 s

Do gráfico, concluímos que os móveis M e N estão em
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Aplicando agora a definição de velocidade média,



obtemos: movimento uniforme cuja função horária é do tipo


Sstotal ____
330 s 5 s0 1 vt
vm 5 _____
​   ​   5 ​   ​   ]  vm 5 66 km/h
St 5
Móvel M:


Do gráfico:

5. (Mackenzie-SP) Um móvel se desloca segundo o diagrama
da figura. Ss 5 s2 2 s1 5 0 2 (220)  ]  Ss 5 20 m

s St 5 t2 2 t1 5 5 2 0  ]  St 5 5 s

Portanto:
20
Ss 20
v 5 ___
​   ​ 5 ​ ___ ​   ]  v 5 4 m/s
St 5
Logo: sM 5 220 1 4t

0 10
Móvel N:
t
Do gráfico:
A função horária do movimento é:

a) s 5 20 2 2t d) s 5 20 1 2t Ss 5 s2 2 s1 5 30 2 40  ]  Ss 5 210 m

b) s 5 20 2 t2 e) s 5 22t
St 5 t2 2 t1 5 5 2 0  ]  St 5 5 s
c) s 5 2t2
O gráfico s # t é uma reta, o que caracteriza um Portanto:

Ss 210
movimento uniforme cuja função horária é do tipo v 5 ___
​   ​ 5 ​ ____
 ​    ]  v 5 22 m/s
St 5
s 5 s0 1 vt Logo: sN 5 40 2 2t

Isso descarta as alternativas b e c. Do gráfico, temos: No encontro dos móveis, temos:

Ss 5 s2 2 s1 5 0 2 20  ]  Ss 5 220 sM 5 sN  ]  220 1 4t 5 40 2 2t  ]  6t 5 60  ]  t 5 10 s

St 5 t2 2 t1 5 10 2 0  ]  St 5 10

Ss 220
v 5 ___
​   ​  5 ____
​   ​   ]  v 5 22
St 10
Logo, a função horária do movimento é s 5 20 2 2t.

Movimento uniforme (MU) NO VESTIBULAR 11

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7. (UEA-AM) Embora as unidades das grandezas físicas per- 9. (UEMG) O gráfico abaixo mostra como o espaço de um
tençam ao chamado “Sistema Internacional de Unidades”, corpo varia com o tempo.
ainda são usadas, por conveniência ou tradição, algumas
que não integram o sistema; é o caso da velocidade dos s (m)
navios, medida em “nós” (1 m/s 7 2 nós) e de algumas
80
distâncias, medidas em “milhas” (1 milha 7 1,6 km).
Um navio, deslocando-se a 10 nós, cobrirá a distância de
5 milhas no seguinte tempo:
a) entre 26 e 27 minutos
30
b) 32 minutos
c) um pouco mais de 40 minutos
d) 2 horas
0 10 20 40 t (s)
e) em pouco menos de 3 horas
10 nós 7 5 m/s ; 5 milhas 7 8.000 metros Em relação à situação mostrada nesse gráfico, assinale a
alternativa cuja afirmação esteja INCORRETA.
Usando o conceito de velocidade média:
a) Há inversão no sentido do movimento do móvel entre
Ss 8.000 0 e 40 s.
vm 5 ___ ] 5 5 _____ ] St 7 1.600 s 7 26,6 min
St St b) A distância percorrida pelo móvel foi de 130 m.
c) A velocidade do móvel entre 20 e 40 s foi maior que a
8. (Fuvest-SP) Marta e Pedro combinaram encontrar-se velocidade do móvel entre 0 e 10 s.
em um certo ponto de uma autoestrada plana, para se- d) A velocidade do corpo foi nula entre 10 e 20 s.
guirem viagem juntos. Marta, ao passar pelo marco zero
da estrada, constatou que, mantendo uma velocidade a) Correta. Até 10 s o movimento é progressivo; a partir de

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


média de 80 km/h, chegaria na hora certa ao ponto de
encontro combinado. No entanto, quando ela já estava no 20 s, é retrógrado.
marco do quilômetro 10, ficou sabendo que Pedro tinha
se atrasado e, só então, estava passando pelo marco zero,
b) Correta, pois d 5 O80 2 30O + O0 2 80O ] d 5 130 m
pretendendo continuar sua viagem a uma velocidade
c) Incorreta. Entre 0 e 10 s, a velocidade do móvel foi de:
média de 100 km/h. Mantendo essas velocidades, seria
previsível que os dois amigos se encontrassem próximos Ss 80 2 30
v 5 ___ 5 _______ ] v 5 5 m/s
a um marco da estrada com indicação de: St 10
a) km c) km e) km Entre 20 e 40 s, a velocidade foi:
20 40 60
Ss 0 2 80
v 5 ___ 5 ______ ] v 5 24 m/s
b) km d) km St 20
30 50
km d) Correta. Entre 10 e 20 s, o corpo permaneceu na
De s 5 s0 1 v 3 t, sendo para Marta s0 5 10 km, v 5 80 ___ e
h
km posição 80 m.
para Pedro s0 5 0 e v 5 100 ___, vem:
h
sMarta 5 10 1 80t 10. (UFPE) Num edifício alto com vários pavimentos, um
elevador sobe com velocidade constante de 0,4 m/s.
sPedro 5 100t (t em horas e s em quilômetros) Sabe-se que cada pavimento possui 2,5 metros de altura.
No instante t 5 0, o piso do elevador em movimento se
No encontro: encontra a 2,2 m do solo. Portanto, em tal altura, o piso do
elevador passa pelo andar térreo do prédio. No instante
sMarta 5 sPedro t 5 20 s, o piso do elevador passará pelo:
a) terceiro andar
10 1 80t 5 100t
b) quarto andar
20t 5 10 c) quinto andar
d) sexto andar
t 5 0,50h
e) sétimo andar
Para t 5 0,50 h, resulta: Cálculo da posição final do elevador, em movimento

sPedro 5 100t 5 100 3 0,50 uniforme:

sPedro 5 50 km s 5 s0 1 v 3 t 5 2,2 1 0,4 3 20 ] s 5 10,2 m

Confirmando: Nesse instante o elevador passará pelo quarto andar

sMarta 5 10 1 80t 5 10 1 80 3 0,50 do prédio, que compreende alturas entre 10,0 metros

sMarta 5 50 km e 12,5 metros em relação ao solo.

12 Suplemento de revisão FÍSICA

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11. (Ufla-MG) O gráfico abaixo foi elaborado considerando o 13. (Unimontes-MG) Um motorista ultrapassa um comboio
movimento de um veículo ao longo de uma rodovia. Nos de 10 caminhões que se move com velocidade média de
primeiros 15 minutos, o veículo desenvolveu velocidade 90 km/h. Após a ultrapassagem, o motorista decide que
constante de 80 km/h. Nos 15 minutos seguintes, 60 km/h irá fazer um lanche num local a 150 km de distância, onde
e, na meia hora final, velocidade constante de 100 km/h. ficará parado por 12 minutos. Ele não pretende ultrapassar
o comboio novamente até chegar ao seu destino final. O
v (km/h) valor mínimo da velocidade média que o motorista de-
veria desenvolver para retomar a viagem, após o lanche,
100
à frente do comboio seria de aproximadamente:
80 a) 102,3 km/h c) 116,0 km/h
b) 100,8 km/h d) 108,0 km/h
60
Cálculo do tempo que o comboio leva até o local

da parada:
Sscomboio Sscomboio
vcomboio 5 _______ ] Stcomboio 5 _______
vcomboio ]
Stcomboio
15 30 45 60 t (min)
150 5
] Stcomboio 5 ____ 5 __ h
90 3
Pode-se afirmar que a velocidade média do veículo du-
rante essa 1 hora de movimento foi de: Nesse mesmo intervalo de tempo o motorista deve
a) 80 km/h c) 70 km/h percorrer os 150 km e fazer seu lanche.
b) 85 km/h d) 90 km/h
Ssmotorista 5 ______
150 1
Cálculo do deslocamento total do veículo, no intervalo de Stcomboio 5 ________ __ __
vmotorista 1 Stlanche ] 3 5 vmotorista 1 5 ]
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

tempo considerado: ] vmotorista 7 102,3 km/h


Ss1 Ss1
v1 5 ___ ] 80 5 ___ ] Ss1 5 20 km
St1 15
___
60
Ss2 Ss2
v2 5 ___ ] 60 5 ___ ] Ss2 5 15 km
St2 15
___
60 14. (PUC-RS) Um veículo passa pela cidade A, localizada no
Ss3 Ss3 quilômetro 100, às 10 h, e segue rumo à cidade C (localiza-
v3 5 ___ ] 100 5 ___ ] Ss3 5 50 km da no quilômetro 500), passando pela cidade B (localizada
St3 30
___
no quilômetro 300).
60
600
O deslocamento total, nesses 60 min, foi de:

Sstotal 5 20 1 15 1 50 5 85 km
Posição (km)

400

Portanto, a velocidade média do veículo vale 85 km/h


200

12. (UFTM-MG) Sobre uma mesma trajetória, associada


0
ao piso de uma rodovia, dois automóveis movimen-
0 1 2 3 4 5 6
tam-se segundo as funções horárias s 1 5 220 2 20 3 t e
s2 5 10 1 10 3 t, com valores escritos em termos do Sistema Tempo (h)
Internacional. Nessas condições, os dois veículos:
a) se encontrarão no instante 1 s. Nessas circunstâncias, é correto afirmar que o veículo
b) se encontrarão no instante 3 s. passa pela cidade B às:
c) se encontrarão no instante 5 s. a) 2,5 h d) 12,5 h
d) se encontrarão no instante 10 s. b) 3,0 h e) 13,0 h
e) não se encontrarão. c) 11,5 h
Instante e posição de encontro dos automóveis: O gráfico nos mostra que, nas posições relacionadas às

s1 5 s2 ] 220 2 20t 5 10 1 10t ] cidades A e B, os respectivos instantes são 0,5 h e 3 h.

] 30t 5 230 ] t 5 21 s Portanto, o instante inicial foi escolhido às 9,5 h, e a cidade

Como t , 0, os automóveis não se encontrarão. B será alcançada às 12,5 h.

movimento uniforme (mU) no veStIBULAR 13

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Movimento uniformemente
t1 t2

variado (MUV)
(80 km/h) (120 km/h)

No movimento uniforme (MU), a velocidade escalar não varia, e a aceleração escalar


é nula. A partir de agora vamos revisar movimentos cuja velocidade escalar varia de
maneira uniforme, o que significa que a aceleração escalar do movimento é constante.

Características do MUV B Acelerado retrógrado

O movimento uniformemente variado caracteriza-se pelo


fato de a variação da velocidade escalar do móvel ser
sempre a mesma, em intervalos de tempo iguais; ou seja,
t1
a aceleração t2
escalar do móvel é constante. + + t1 t2

(+80 km/h) ( 1 km/h)


(+120 (–80 km/h) ( 1 km/h)
(–120
v2 2 v1 Contra a trajetória
am 5 a  ]  a 5 _______
​   ​ 
t2 2 t1 Figura 2
Representação de movimentos acelerados. (A) Progressivo; (B) Retrógrado.

Na Figura 1 uma esfera desce um plano inclinado. Ela percorre Assim, podemos concluir: mesmo sinal da velocidade
distâncias cada vez maiores em intervalos de tempo iguais. escalar e da aceleração escalar (v . 0 e a . 0 ou v , 0

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


e a , 0) indicam movimentos acelerados.
No movimento retardado, o valor absoluto da velocidade
escalar deve diminuir com o decorrer do tempo. Com base
nessa definição, podem ocorrer duas situações, dependen-
do da orientação da trajetória:
t1 1. Na Figura 3A o objeto se movet2 no sentido positivo da tra-
jetória. O valor absoluto de sua velocidade escalar diminui,
(120 km/h) a aceleração escalar do(80 km/h)é negativa (a , 0), mas sua
objeto
velocidade escalar é positiva (v . 0). Tal movimento é cha-
mado retardado progressivo.
Figura 1 2. Na Figura 3B o objeto se desloca no sentido oposto ao da
A distância entre duas posições sucessivas aumenta com o passar orientação da trajetória. O valor absoluto de sua velocidade
do tempo.
escalar diminui, a aceleração escalar é positiva (a . 0),
Valores de aceleração escalar positivos não significam enquanto a velocidade escalar t1 é negativa (v , 0). Esse mo-
necessariamente movimento acelerado. Para que um mo- vimento é chamado retardado retrógrado.
vimento seja considerado acelerado, o valor absoluto da Retardado progressivo(120 km/h)
A
velocidade escalar deve aumentar com o passar do tempo.
Com base nessa definição, podem ocorrer duas situações,
dependendo da orientação dat1trajetória: t2
1. Na Figura 2A o objeto se move no sentido positivo da
+trajetória.
t1
O valor absoluto
t2
de sua velocidade escalar
t1 t2 +
(80 km/h) (120 km/h)
aumenta, a aceleração escalar do objeto é positiva
(–120 km/h) (–80 km/h) (+120 km/h) (+80 km/h)
(a . 0) e sua velocidade escalar também é positiva (v . 0).
Tal movimento é chamado de acelerado progressivo.
2. Na Figura 2B o objeto se desloca no sentido oposto ao da B Retardado retrógrado
orientação da trajetória. O valor absoluto de sua velocidade
escalar aumenta, a aceleração escalar é negativa (a , 0),
assim como a velocidade escalar (v , 0). Esse movimento
é chamado acelerado retrógrado.
+ t1 t2 t1
A Acelerado progressivo
(–120 km/h) (–80 km/h) (+120
Figura 3
Representação de movimentos retardados. (A) Progressivo; (B) Retrógrado.
t1 t2 + + 1
t 2
t
Assim, podemos concluir: sinais contrários da velocidade
(+80 km/h) (+120
( 1 km/h) (–80 km/h) escalar (v . 0 e a , 0(–120
escalar e da aceleração ( ou ,0
1 vkm/h)
A favor da trajetória e a . 0) indicam movimentos retardados.

14 Suplemento de revisão FÍSICA

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Função horária da velocidade Equação de Torricelli
e seus gráficos no MUV No MUV há muitos casos nos quais interessa relacionar
diretamente a velocidade escalar v e o espaço s, independen-
A partir da definição de aceleração escalar média na página temente da variável tempo (t). Para isso, devemos eliminar o
anterior, obtemos a função horária da velocidade no MUV: tempo nas funções horárias do espaço e da velocidade:
v 2 v0 v 2 v0
a 5 _______
​   ​  ]  v 5 v0 1 a 3 t v 5 v0 1 a 3 t  ]  t 5 ______
​   ​   
t20 a
2
] v2 5 v20 1 2 3 a 3 Ss
a3t
_____
Trata-se de uma função do 1o grau em t, cujo gráfico é uma s 5 s0 1 v 3 t 1 ​   ​   
2 (Equação de Torricelli)
reta inclinada em relação aos eixos.
A v B v Movimento
Movimento
retardado progressivo
acelerado progressivo
Queda livre e lançamento
t1
a<0
v=0
vertical para cima
0 t 0 t1 t No século XVI, Galileu Galilei observou que corpos em queda
v=0 a>0 livre próximos à superfície terrestre apresentam sempre
Movimento Movimento aceleração constante. Esta aceleração é indicada por g e
acelerado retrógrado retardado retrógrado é denominada aceleração da gravidade:
Figura 4
Gráficos da função horária da velocidade escalar no MUV. g 7 9,8 m/s2
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Função horária do espaço Nesse caso, o movimento de queda livre é um MUV acele-
rado. Desprezada a resistência do ar, corpos lançados ver-
e seus gráficos no MUV ticalmente para cima também estão sujeitos unicamente
à aceleração da gravidade; trata-se, portanto, de um MUV
Vimos no tópico anterior que a área no gráfico v # t é nume- retardado. As funções do MUV, estudadas anteriormente,
ricamente igual à variação de espaço do móvel; logo, a partir descrevem a queda livre e o lançamento vertical:
do gráfico da velocidade escalar do MUV, podemos encontrar
a função horária do espaço para esse movimento:
a 3 t2
s 5 s0 1 v0t 1 _____
​   ​   
v 2
v v 5 v0 1 a 3 t
v2 5 v02 1 2a 3 Ss
v0 a 5 1g: orientando-se a trajetória para baixo
A a 5 2g: orientando-se a trajetória para cima

0 t t A B
St g
Figura 5
v>0
A área sob a reta do gráfico v # t é numericamente igual à variação de
Retardado
Acelerado

espaço no intervalo St.


Lançamento vertical para cima

a 3 t2 a 3 t2
A 5 Ss 5 v0 3 t 1 _____
​   ​   ]
  s 5 s0 1 v0 3 t 1 ​ _____
 ​ 
  v<0
2 2
a<0 a<0
Queda livre

A função horária do espaço no MUV é uma função do 2o grau


em t, cujo gráfico característico é uma parábola. O estudo
dessas funções mostra que a concavidade da parábola indica
v<0
o sinal da aceleração escalar do movimento.
Retardado
Acelerado

A s a>0 B s
v>0 Q (Vértice) v>0
a<0 v<0
v<0 v>0 Retardado a<0
a>0 a>0 progressivo Acelerado
Retardado Acelerado retrógrado a>0 a>0
retrógrado a<0
progressivo
Q (Vértice)
(v = 0)
0 t 0 t
Figura 7
Figura 6 Representação dos movimentos de queda livre (A) e lançamento
Gráficos da função horária do espaço no MUV. vertical para cima (B) segundo os sinais da velocidade e da aceleração.

MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO (MUV) 15

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Movimento uniformemente variado (MUV)

No Vestibular

1. (UFMG) Júlia está andando de bicicleta, com velocidade 3. (Vunesp) No jogo do Brasil contra a Noruega, o tira-teima
constante, quando deixa cair uma moeda. Tomás está mostrou que o atacante brasileiro Roberto Carlos chutou
parado na rua e vê a moeda cair. Considere desprezível a a bola diretamente contra o goleiro do time adversário. A
resistência do ar. Assinale a alternativa em que as traje- bola atingiu o goleiro com velocidade de 108 km/h e este
tórias da moeda estão mais bem representadas quando conseguiu imobilizá-la em 0,1 s, com um movimento de
observadas por Júlia e Tomás. recuo dos braços. O módulo da aceleração média da bola
durante a ação do goleiro foi, em m/s2, igual a:
a) Júlia Tomás c) Júlia Tomás
a) 3.000 c) 300 e) 30
b) 1.080 d) 108
A velocidade inicial da bola, em m/s, é dada por:

108
v0 5 ____
​   ​   ]  v0 5 30 m/s
3,6
b) Júlia Tomás d) Júlia Tomás A velocidade final da bola é v 5 0. Portanto:

Sv 5 v 2 v0 5 0 2 30  ]  Sv 5 230 m/s

Do enunciado, St 5 0,1 s. Aplicando a definição de

aceleração média, temos:

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


Em relação a Júlia a moeda terá apenas o movimento de

Sv 230
queda vertical. Assim, a trajetória da moeda, em relação a a 5 ​ ___ ​ 5 ​ ____ ​   ]  a 5 2300 m/s2  ]  OaO 5 300 m/s2
St 0,1
Júlia, é um segmento de reta vertical.
4. (PUC-SP) O diagrama da velocidade escalar de um móvel
Em relação a Tomás, a moeda descreve uma trajetória é dado pelo esquema abaixo.

parabólica, resultado de dois movimentos parciais: v
E F

•  movimento vertical sob ação da gravidade; A

D G t
•  movimento horizontal com velocidade constante, igual

à velocidade da bicicleta. B C

O movimento é acelerado no(s) trecho(s):
2. (UFSC) Uma partícula, efetuando um movimento retilíneo, a) FG c) CE e) AB e DE
desloca-se segundo a equação s 5 22 2 4t 1 2t2, onde s é
b) CB d) BC e EF
medido em metros e t, em segundos. Determine a velo-
cidade escalar média, em m/s, dessa partícula, entre os Analisando o gráfico, os trechos em que o módulo da

instantes t 5 0 e t 5 4 s.
velocidade do corpo aumenta no tempo são: AB e DE.
Substituindo t0 5 0 na função horária das posições,

a 3 t2
s 5 s0 1 v0 3 t 1 ​ ____
 ​,  obtemos: s0 5 22 2 4 3 0 1 2 3 02  ] 5. (PUC-RS) Dizer que um movimento se realiza com uma
2
aceleração escalar constante de 5 m/s2 significa que:
]  s0 5 22 m
a) em cada segundo o móvel se desloca 5 m.
Analogamente, para t 5 4 s, obtemos: b) em cada segundo a velocidade do móvel aumenta de
5 m/s.
s 5 22 2 4 3 4 1 2 3 42  ]  s 5 14 m c) em cada segundo a aceleração do móvel aumenta de

5 m/s.
Portanto, a variação de espaço é de:
d) em cada 5 segundos a velocidade aumenta 1 m/s.
Ss 5 s 2 s0 5 14 2 (22)  ]  Ss 5 16 m e) a velocidade é constante e igual a 5 m/s.

A aceleração escalar, por definição, é uma grandeza física que
E ocorreu num intervalo de tempo dado por:

St 5 t 2 t0 5 4 2 0  ]  St 5 4 s mede a taxa de variação da velocidade escalar instantânea


Pela definição de velocidade escalar média, temos: no tempo. Dessa forma, dizer que a aceleração a que um

Ss 16
vm 5 ___
​   ​ 5 ___
​   ​   ] vm 5 4 m/s corpo está submetido é constante e igual a 5 m/s2, equivale a
St 4
Resposta: 4 m/s dizer que sua velocidade aumenta 5 m/s a cada segundo.

16 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 02.indd 16 07.10.09 10:51:36


(FEI-SP) O enunciado a seguir refere-se às questões 6 e 7. a) a aceleração escalar do móvel é nula.
O movimento de um motoqueiro encontra-se registrado no b) a velocidade escalar do móvel é constante.
gráfico abaixo: c) a aceleração escalar do móvel é constante e vale 5 m/s2.
d) o móvel percorre 60 m em 2 s.
v (km/h)
e) a velocidade escalar média do móvel de 0 a 2 s vale 5 m/s.
Se a velocidade varia no tempo, conclui-se

108
necessariamente que o móvel está submetido a uma

aceleração. Isso descarta as alternativas a e b.

20 70 100 t (s) Do gráfico, temos: Sv 5 v 2 v0 5 20 2 10  ]  Sv 5 10 m/s

St 5 t 2 t0 5 2 2 0  ]  St 5 2 s
6. Qual é o módulo da aceleração escalar do motoqueiro
durante a frenagem?
Aplicando a definição de aceleração, temos:
a) a 5 1,5 m/s2 d) a 5 3 m/s2
Sv 10
108 a 5 ​ ___ ​ 5 ​ ___ ​   ]  a 5 5 m/s2
b) a 5 ​ ____ ​ km/h2 e) a 5 1 m/s2 St 2
20
c) a 5 2 m/s2
Do gráfico, verificamos que a frenagem ocorre entre os
9. (UEL-PR) Um motorista está dirigindo um automóvel a
instantes t 5 70 s e t 5 100 s uma velocidade de 54 km/h. Ao ver o sinal vermelho,

pisa no freio. A aceleração máxima para que o automóvel
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Sabendo que 108 km/h 5 30 m/s, temos: não derrape tem módulo igual a 5 m/s2. Qual a menor

distância que o automóvel irá percorrer, sem derrapar e
Sv 5 0 2 30  ]  Sv 5 230 m/s até parar, a partir do instante em que o motorista aciona

o freio?
Aplicando a definição de aceleração escalar:
a) 3,0 m c) 291,6 m e) 5,4 m
Sv 230 230 b) 10,8 m d) 22,5 m
a 5 ___
​   ​ 5 ​ ________ 5 ____
   ​  ​   ​   ]  a 5 21 m/s2
St 100 2 70 30
Do enunciado, temos:
Em módulo: OaO 5 1 m/s2

a 5 25 m/s2; v0 5 54 km/h 5 15 m/s; v 5 0

7. Qual é a variação de espaço do motoqueiro entre t 5 0 e
Aplicando a equação de Torricelli, temos:
t 5 100 s?
a) Ss 5 2.250 m d) Ss 5 750 m v2 5 v02 1 2aSs  ]  0 5 152 2 2 3 5 3 Ss  ]  Ss 5 22,5 m

b) Ss 5 1.500 m e) Ss 5 2.500 m
c) Ss 5 2.000 m
Como os valores de velocidade são positivos em toda

a trajetória, temos Ss 5 área sob o gráfico, que

10. (UFRGS) Um trem acelera uniformemente e sua velocidade
corresponde à área de um trapézio. Assim: varia de 0 a 90 km/h em 20 s. Qual é a distância que ele

(100 1 50) 3 30 percorre nesse intervalo de tempo?
Ss 5 _____________
​      
 ​   ]  Ss 5 2.250 m
2 Do enunciado, temos:

8. (UCS-RS) Um móvel descreve um movimento retilíneo, v0 5 0; v 5 90 km/h 5 25 m/s; t0 5 0; t 5 20 s

com velocidade escalar variando com o tempo, conforme
o gráfico. Pode-se afirmar então que: Aplicando a função horária da velocidade v 5 v0 1 at,

v (m/s) determinamos a aceleração do trem:



25
20 25 5 0 1 a 3 20  ]  a 5 ___
​    ​5 1,25 m/s2
20
Usando agora a equação de Torricelli, determinamos o

deslocamento do trem:
10
v2 5 ​v20​ ​​ 1 2a Ss  ]  252 5 0 1 2 3 1,25 3 Ss  ]

625
]  Ss 5 ____
​   ​   ]  Ss 5 250 m
2,5
0 2 t (s)

Movimento uniformemente variado (MUV) NO VESTIBULAR 17

FIS_PLUS_TOP 02.indd 17 07.10.09 10:51:36


11. (Mackenzie-SP) Um carro parte do repouso com acele- 14. (UFPE) A figura mostra a variação, com o tempo, da velo-
ração escalar constante de 2 m/s2. Após 10 s da partida, cidade escalar de uma bola jogada para o alto no instan-
desliga-se o motor e, devido ao atrito, o carro passa a ter te t 5 0. Qual é a altura máxima, em metros, atingi-
movimento retardado de aceleração constante de módulo da pela bola, em relação ao ponto em que é jogada?
0,5 m/s2. O espaço total percorrido pelo carro, desde sua (Considere g 5 10 m/s 2)
partida até atingir novamente o repouso, foi de:
a) 100 m c) 300 m e) 500 m v (m/s)
b) 200 m d) 400 m 30

O enunciado sugere a figura:



Movimento acelerado Movimento retardado
a = 2 m/s2 a = – 0,5 m/s2

v0 = 0 v=? Repouso (v = 0) (+)
t0 = 0 t = 10 s 0 t (s)
s0 = 0 s=?
No trecho de movimento acelerado temos:

at2 2 3 102
s 5 s0 2 v0t 1 ___
​   ​   ]  s 5 ______
​   ​    ]  s 5 100 m

2 2 Do gráfico: v0 5 30 m/s. Na altura máxima, temos v 5 0.

Esse valor corresponde à posição inicial do movimento
Aplicando a relação de Torricelli e lembrando que, durante

retardado.
a subida da bola, o movimento é retardado e, portanto,

A velocidade atingida ao fim do movimento acelerado é
terá aceleração a 5 210m/s2, temos:

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


dada por:
v2 5 v02 1 2aSs  ]  0 5 302 2 2 3 10 3 Ss  ]  Ss 5 45 m

v 5 v0 1 at  ]  v 5 2 3 10  ]  v 5 20 m/s


Esse valor corresponde à velocidade inicial do movimento


retardado.


Assim, no trecho de movimento retardado, temos:

15. (Ufal) Uma partícula, na posição cujo espaço é 12 m no
v2 5 v02 1 2aSs  ]  0 5 202 1 2 3 (20,5) 3 (s 2 100)  ]  s 5 500 m
instante t 5 0, tem a sua velocidade escalar, em função
do tempo, dada pelo gráfico a seguir.
12. (PUC-PR) Uma pedra foi abandonada da borda de um poço
e levou 5 s para atingir o fundo. Tomando a aceleração da v (m/s)
gravidade igual a 10 m/s2, podemos afirmar que a profun-
didade do poço é:
a) 25 m c) 100 m e) 200 m 1
b) 50 m d) 125 m
Do enunciado, v0 5 0. Tomando como origem da trajetória
0
3B 5B t (s)
a borda do poço e a orientação para baixo, temos:

at2 10 3 52 2B
s 5 s0 1 v0t 1 ___
​   ​   ]  s 5 0 1 0 3 5 1 ______
​   ​     ]  s 5 125 m
2 2
–2

13. (UFMG) Uma pessoa lança uma bola verticalmente para Se o espaço da partícula no instante t 5 5a é igual a 20 m,
cima. Sejam v o módulo da velocidade e a o módulo da o valor de a é igual a:
aceleração da bola no ponto mais alto da trajetória. Assim a) 12 s c) 16 s e) 20 s
sendo, é CORRETO afirmar que, nesse ponto:
b) 14 s d) 18 s
a) v % 0 e a % 0 c) v % 0 e a 5 0
A área do gráfico é numericamente igual à variação do
b) v 5 0 e a 5 0 d) v 5 0 e a % 0
O ponto mais alto da trajetória corresponde ao ponto em espaço. Então:

[(5a 2 2a) 1 (5a 2 3a)] 3 1
2 3 2a _______________________
que ocorre a inversão no sentido do movimento, quando Ss 5 2A1 1 A2 5 2​ _____  1 ​ 
 ​       ​     ]
2 2
5a
devemos ter v 5 0. Nessas situações, o corpo lançado está ]  Ss 5 22a 1 ​ ___ ​  . Como Ss 5 s 2 s0, temos:
2
a
__
sempre sujeito à aceleração da gravidade: a 5 g % 0. 20 2 12 5 ​   ​   ] a 5 16 s
2

18 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 02.indd 18 07.10.09 10:51:37


16. (PUC-MG) Estudando-se o movimento de um objeto de a) o comprimento da trajetória realizada pelo Kasato Maru
massa 2 kg, obteve-se o gráfico velocidade # tempo a se- é igual a aproximadamente duas vezes o comprimen-
guir. A velocidade está em m/s e o tempo, em segundos. to da trajetória do avião no trecho São Paulo-Tóquio.
Calcule a velocidade escalar média do navio em sua
1,0 viagem ao Brasil.
b) a conquista espacial possibilitou uma viagem do homem
0,8 à Lua realizada em poucos dias e proporcionou a máxi-
ma velocidade de deslocamento que um ser humano
0,6 já experimentou. Considere um foguete subindo com
v (m/s)
aceleração resultante constante de módulo aR 5 10 m/s2
0,4 e calcule o tempo que o foguete leva para percorrer
uma distância de 800 km, a partir do repouso.
0,2 2 3 Ssavião __________
2 3 800 3 24
a) v 5 ________
navio ​   ​ 
5 ​ 
   ​   ]  v
  5 32 km/h
navio
0,0
Stnavio 50 3 24
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 2
b) Hipóteses: aR 5 10 m/s e v0 5 0
t (s)
É correto afirmar que a distância percorrida pelo objeto Substituindo na equação horária, temos:

entre t 5 0 e t 5 1,4 s foi aproximadamente de: aR 3 t2 10t2
a) 0,7 m b) 1,8 m c) 0,1 m d) 1,6 m Ss 5 v0 3 t 1 _____
​   ​     ]  800.000 5 ____
​   ​    ]  t 5 400 s
2 2
Como o movimento é sempre progressivo (v . 0), a O foguete leva apenas 6 min 40 s para percorrer a

distância percorrida, ao longo da trajetória, coincide com distância indicada.

o deslocamento escalar, ou seja, com a variação de espaço.
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

19. (UFJF-MG) Dois carros estão se movendo em uma rodovia,


A variação de espaço é numericamente igual à área sob o em pistas distintas. No instante t 5 0 s, a posição do carro 1 é
​ 75 m e a do carro 2 é s​02​ ​5 50 m. O gráfico da velocidade
s​0​15
gráfico v # t. Poderíamos calcular as áreas de cada trecho em função do tempo para cada carro é dado a seguir.

com inclinação distinta e somá-los ao final, mas obtemos
v (m/s)
Carro 1
uma boa aproximação com um triângulo retângulo de 20

1,4 3 1
altura 1 e base 1,4. Ou seja: Ss 7 ______
​   ​     ]  Ss 7 0,7 m
2
17. (UFSJ-MG, adaptado) Um paraquedista salta de um heli- 5 t (s)
cóptero que está parado a certa altura e cai em queda livre, –10
isto é, com o paraquedas fechado. Depois de três segundos
de queda, a distância percorrida foi h. Considerando-se
que a aceleração da gravidade tem valor constante e
Carro 2
desprezando-se a resistência do ar, é correto afirmar que a
distância percorrida pelo paraquedista nos seis segundos
subsequentes é de: a) A partir do gráfico, encontre a aceleração de cada carro.
a) 4h. b) 9h. c) 3h. d) 12h. e) 8h. b) Escreva a equação horária para cada carro.
c) Descreva, a partir da análise do gráfico, o que ocorre
Distância percorrida nos três primeiros segundos de queda:
no instante t 5 5 s.
a 3 t2 g 3 32 2h Sv 0 2 (210)
Ss 5 _____
​   ​     ]  h 5 _____
​   ​     ]  g 5 ​ ___ ​  a) Carro 1: a 5 ___
​   ​   ]  a 5 _________
1 ​   ​   ]  a 5 2 m/s2
  1
2 2 9 St 520
Sv 0 2 20
Distância percorrida depois de 9 s de queda (3 s 1 6 s): Carro 2: a 5 ___
​   ​   ]  a2 5 ______
​    ]  a2 5 24 m/s2
 ​ 
St 520
@  #

2h
2 ​ ​ ___ ​   ​3 81 b) Equação horária do carro 1:
g 3 9
Ss 5 ​ _____ 9
 ​  5 ​ ________  ​    ]  Ss 5 9h
2 2 a1 3 t2
s1 5 s​0​1​1 v​0​1​3 t 1 _____
​   ​     ]  s1 5 75 2 10t 1 t
2
Descontando-se a distância percorrida nos três primeiros 2
Equação horária do carro 2:
segundos (h), restam 8h percorridos nos 6 s subsequentes.
a2 3 t2
s2 5 s​0​2​1 v​0​2​3 t 1 _____
​   ​     ]  s2 5 50 1 20t 2 2t2
18. (Unicamp-SP) Os avanços tecnológicos nos meios de trans- 2
porte reduziram de forma significativa o tempo de viagem
c) Em t 5 5 s, ambos os carros estão com velocidade
ao redor do mundo. Em 2008 foram comemorados os 100
anos da chegada em Santos do navio Kasato Maru, que, par-
nula e, logo após, invertem o sentido de seu
tindo de Tóquio, trouxe ao Brasil os primeiros imigrantes
japoneses. A viagem durou cerca de 50 dias. Atualmente,
movimento.
uma viagem de avião entre São Paulo e Tóquio dura em
média 24 h. A velocidade escalar média de um avião co-
mercial no trecho São Paulo-Tóquio é de 800 km/h.

Movimento uniformemente variado (MUV) NO VESTIBULAR 19

FIS_PLUS_TOP 02.indd 19 07.10.09 10:51:37


Cinemática vetorial
Em Cinemática vetorial, velocidade, aceleração e deslocamento são caracterizadas
como grandezas vetoriais. Essas grandezas passam a ser representadas por vetores,
tendo, portanto, módulo, direção e sentido.

Grandezas escalares e vetoriais Regra gráfica dos ‘‘vetores consecutivos’’

Grandeza escalar é aquela que fica perfeitamente defini- C


da pelo seu valor numérico e a correspondente unidade.
São exemplos a temperatura (40 wC), o volume (5 L) e a vS
massa (70 kg). v2
Grandeza vetorial é aquela que, além do valor numérico e da
A
unidade, necessita de direção e sentido para ser definida. v1 B
São exemplos: a força, a velocidade, o deslocamento e a
aceleração. Figura 4

Adição vetorial Subtração vetorial

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


vD 5 v2 2 v1 5 v2 1 (2v1)
Vetores de mesma direção
e mesmo sentido.
v1 B v2 vD
A C v2
vS
A C –v 1 v1
vs 5 v1 1 v2; OvsO 5 Ov1O 1 Ov2O Figura 5
Figura 1 Subtração vetorial

e sentidos contrários.
D
v1
E
Vetor deslocamento
vS O ponto material ocupa no instante t1 a posição P1, cujo
D E espaço é s1 e no instante t2, a posição P2 de espaço s2.
v2
vs 5 v1 1 v2; OvsO 5 Ov1O 2 Ov2O
Figura 2 P2 (t 2) +
∆s s
Vetores de direções distintas P1 (t 1)
d
Regra do paralelogramo
A direção e o sentido do vetor C O
resultante são representados Figura 6
pela diagonal do paralelogra- v2 vS
mo e, nesse caso, não pode- v2
a d: vetor deslocamento do ponto material entre os ins-
mos simplesmente somar al-
tantes t1 e t2.
gebricamente seus módulos. A v1 B

 módulo é determinado pela


O Figura 3
expressão derivada da lei dos Regra do paralelogramo para Velocidade vetorial v
cossenos: +
adição de vetores.
num instante t v
s

Módulo: igual ao módulo P (t)


OvsO2 5 Ov1O2 1 Ov2O2 1 2 3 Ov1O 3 Ov2O 3 cos a da velocidade escalar v no
instante t.
Quando o ângulo é de 90w, cos 90w 5 0, e a lei dos cossenos OvO 5 OvO
fica reduzida ao teorema de Pitágoras. Direção: da reta tangente
à trajetória por P.
Sentido: o do movimento. movimento
OvsO2 5 Ov1O2 1 Ov2O2
Figura 7

20 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 03.indd 20 08.10.09 17:34:32


y v
Aceleração vetorial a num instante t vy
v = vx

v0 v
a 5 acp 1 at v0y
vx
acp: aceleração centrípeta. Está relacionada com a variação vy v
da direção de v. J Q vs
v2 O vx x
Módulo: OacpO 5 __
​   ​ , em que v é a velocidade escalar e R é o raio
R
Figura 10 vy
de curvatura da trajetória. v
v 5 vx 1 vy
Direção: perpendicular à velocidade vetorial v.
Sentido: para o centro de curvatura da trajetória.
at: aceleração tangencial. Está relacionada com a variação vx 5 v0 3 cos J
vx 5 v0x 5 constante
do módulo de v. v0y 5 v0 3 sen J
Módulo: OatO 5 OaO x 5 v0 3 t vy 5 v0y 2 gt
Direção: tangente à trajetória. gt 2

Sentido: o mesmo de v se o movimento for acelerado e y 5 v0y 3 t 2 ___


​   ​  v2y 5 v20y 2 2g 3 y
2
oposto ao de v, se o movimento for retardado.

Composição de movimentos Movimento circular


Galileu Galilei propôs que, se um corpo realiza um movimen- uniforme (MCU)
to composto, cada um dos movimentos que o compõem
Um corpo realiza MCU quando sua trajetória é circular e o
ocorre de maneira independente um do outro e no mesmo
módulo da velocidade vetorial é constante durante todo
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

intervalo de tempo. Esse enunciado é conhecido como


o movimento. Apesar disso, o MCU possui aceleração, pois,
princípio da simultaneidade.
em cada instante, varia a direção da velocidade vetorial e a
variação de velocidade, por definição, implica uma acelera-
B
ção. Essa aceleração, orientada para o centro da trajetória,
varr é a aceleração centrípeta.
Algumas grandezas são importantes na descrição dos mo-
varr vimentos periódicos, como o MCU, entre elas: velocidade
vel
escalar (v), velocidade angular (h), raio da trajetória (R),
vres
período (T), definido pelo tempo gasto para realizar uma
vrel
vres volta completa e frequência (f), definida pelo número de
A voltas por unidade de tempo e dada em hertz.
Figura 8 Valem as relações:
O movimento resultante do barco, com velocidade vres, é a composição
dos movimentos na direção AB com velocidade vrel e do arrastamento 1 2s v2
que o barco sofre com a correnteza, com velocidade varr. f 5 __
​    ​ v5h3R h 5 ___
​   ​ 5 2sf acp 5 __
​   ​ 5 h2 3 R
T T R

Lançamento horizontal
v0
Transmissão de MCU
O x
x 5 v0 3 t No caso da associação de polias por meio de correias,
hA hB
2
não havendo escorregamento, todos os pontos da correia
g3t P (x, y)
têm a mesma velocidade linear. O mesmo ocorre com as
y 5 _____
​   ​   v0
2 engrenagens em contato. Assim, temos:
vy
vy 5 g 3 t RB
R
v vA 5 vB  ]  hA 3 RA 5 hAB 3 RB
2
v 5 2g 3 y
y
A B
hA hB
Figura 9 hB
v 5 v0 1 vy y
hA
RA RB
Lançamento oblíquo B
A
No caso do lançamento oblíquo, estabelece-se um ângulo A B
entre a velocidade inicial de lançamento v0 e o eixo x. Dessa Figura 11
forma, temos uma componente da velocidade inicial no eixo x, Transmissão do MCU por meiohde
B engrenagens ou correias.

constante durante todo o movimento, e uma componente da


velocidade inicial no eixo y que se modifica com o passar do Conteúdohdigital
A Moderna PLUS http://www.modernaplus.com.br
tempo, devido à aceleração da gravidade. Simuladores: Vetores e Lançamentos
B
A
Cinemática vetorial 21

FIS_PLUS_TOP 03.indd 21 08.10.09 17:34:39


Cinemática vetorial

No Vestibular

1. (PUC-MG) Para o diagrama vetorial, a única igualdade 4. (Unifesp) Na figura são dados os seguintes vetores a, b
correta é: e c.
a) a 1 b 5 c d) b 1 c 5 2a a
b) b 2 a 5 c e) c 2 b 5 a
c) a 2 b 5 c
b c u a c
Com base no diagrama temos: b

a 1 c 5 b  ] 

]  a 1 c 1 (2 a) 5 b 1 (2 a)  ]  c 5 b 2 a

Sendo u a unidade de medida do módulo desses vetores,
2. (Unifor-CE) A soma de dois vetores de módulos 12 N e 18 N pode-se afirmar que o vetor d 5 a 2 b 1 c tem módulo:
tem certamente o módulo compreendido entre: a) 2 u, e sua orientação é vertical, para cima.
a) 6 N e 18 N d) 12 N e 30 N b) 2 u, e sua orientação é vertical, para baixo.
b) 6 N e 30 N e) 29 N e 31 N c) 4 u, e sua orientação é horizontal, para a direita.
c) 12 N e 18 N d) ​dll
2 ​ u, e sua orientação forma 45w com a horizontal, no
sentido horário.
O valor mínimo para a soma ocorre se os vetores têm
e) d​ ll
2 ​ u, e sua orientação forma 45w com a horizontal, no

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mesma direção e sentidos opostos; nesse caso, a soma sentido anti-horário.

A partir da figura temos que a 5 b.
tem módulo igual a 6 N.

12 N 18 N Logo: a 2 b 5 0 e d 5 c


12 N 18 N Ou seja, o vetor d tem módulo 2 u, e sua orientação é
O valor máximo, por sua vez, ocorre se os vetores têm

vertical e para baixo.
mesma direção e mesmo sentido; nesse caso, a soma tem

12 N
módulo igual a 30 N. 5. (UFJF-MG) Um barco percorre a largura de um rio AB igual
18 N
12 N a 2 km, em meia hora. Sendo a velocidade da correnteza
igual a 3 km/h, temos para a velocidade do barco em
18 N
relação à correnteza:
Logo, a soma desses dois vetores tem módulo a) 5 km/h c) 10 km/h e) n.r.a.

b) 1,5 km/h d) 50 km/h
compreendido entre 6 N e 30 N.
Adotamos a seguinte legenda:

vrel 5 velocidade relativa do barco às águas

3. (PUC-PR) Em uma partícula, atuam duas forças, de 50 N e varr 5 velocidade com que o barco é arrastado
120 N, perpendiculares entre si. O valor da força resultante é:

a) 130 N d) 6.000 N vres 5 velocidade resultante do barco



b) 170 N e) 140 N
c) 70 N
Pela regra do paralelogramo, temos: vrel vres

FR varr
50 N Do enunciado, temos que varr 5 3 km/h

Ss 2
120 N vres 5 ___
​   ​ 5 ​ ___   ​   ]  vres 5 4 km/h
St 0,5
Aplicando o teorema de Pitágoras ao Aplicando o teorema de Pitágoras ao triângulo retângulo

triângulo retângulo da figura, temos: da figura, temos:

F2R 5 1202 1 502  ]  FR 5 130 N v 2rel 5 v 2res1 v 2arr 5 42 1 32 5 25  ]

]  vrel 5 5 km/h

22 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 03.indd 22 08.10.09 17:34:42


6. (UCSal-BA) Entre as cidades A e B, existem sempre cor- 8. (UCS-RS) Uma esfera é lançada horizontalmente do ponto
rentes de ar que vão de A a B com velocidade de 50 km/h. A e passa rente ao degrau no ponto B.
Um avião, voando em linha reta, com velocidade de
150 km/h em relação ao ar, demora 4 horas para ir de B v0
até A. Qual é a distância entre as duas cidades? A
a) 200 km d) 800 km
b) 400 km e) 100 km
c) 600 km 20 cm
Considere a legenda:

varr 5 velocidade do ar em relação à Terra B

vrel 5 velocidade do avião em relação ao ar
30 cm
vres 5 velocidade do avião em relação à Terra
Sendo 10 m/s2 o valor da aceleração da gravidade local,
Então, com base no enunciado, segue a figura: calcule a velocidade horizontal da esfera em A.
a) 1,0 m/s c) 2,0 m/s e) 3,0 m/s
B varr = 50 km/h A vres
b) 1,5 m/s d) 2,5 m/s

Na direção x temos um movimento uniforme regido pela
vrel = 150 km/h

função horária:
De onde se obtém:

sx 5 s​0​ ​1 v​0​ ​ 3 t 5 0 1 v0t  ]
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vres 5 vrel 2 varr 5 150 2 50  ] x x


]  sx 5 v0t  (1)
]  vres 5 100 km/h

Na direção y temos um movimento uniformemente
Dado que a viagem de B a A dura 4 h e supondo vres

variado regido pela função horária:
constante, temos:

at2 10t2
Ss Ss sy 5 s​0​ ​ 1 v​0​ ​ t 1 ​ ___ ​ 5 0 1 0 3 t 1 ____
​   ​    ]
vres 5 ___
​   ​   ]  100 5 ​ ___ ​   ] y y
2 2
St 4
2
]  sy 5 5t   (2)
]  Ss 5 400 km

Obtém-se o tempo de queda substituindo-se sy = 0,2 m na


expressão (2):

7. (Ufac) Qual o período, em segundos, do movimento de um
disco que gira realizando 20 rotações por minuto?
0,2 = 5t2  ]  t2 5 0,04  ]

1 2 1 ]  t 5 0,2 s
a) ​ __ ​   c) __
​   ​  e) ​ ___  ​ 
3 3 20
Por outro lado, nesse mesmo instante, na direção x, temos:
b) 3 d) 1
Vamos primeiramente obter o equivalente da frequência sx 5 0,3 m. Finalmente, substituindo na expressão (1):

de 20 rpm em rps. Para tanto, utilizamos uma simples sx 5 v0t  ]  0,3 5 v0 3 0,2  ]

regra de três: ]  v0 5 1,5 m/s

20 rot.    60 s
9. (UFG-GO) Uma partícula executa um movimento circular
uniforme de raio 1,0 m com aceleração 0,25 m/s2. O período
f    1s
do movimento, em segundos, é:
De onde se obtém: s
a) 2s c) 8s e) ​ __  ​
4
1 1 s
60f 5 20  ]  f 5 __
​   ​  rps 5 __
​   ​  Hz b) 4s d) ​ __  ​
3 3 2
1 2s
Sabendo que T 5 __ ​   ​  , temos: a 5 h2R, em que h 5 ___
cp ​   ​  
f T
@  T # d 0,25
1 2s 2 2
4s R llll
4s2
2s
T 5   ]  T 5 3 s acp 5​​ ___
​   ​    ​​ ​R  ]  T 2 5 ____
​   ​   ]  T 5 ​ ____ 5 ___
​    ​ ​   ​    ​   ]
1 acp 0,5
3
]  T 5 4s s

Cinemática vetorial NO VESTIBULAR 23

FIS_PLUS_TOP 03.indd 23 08.10.09 17:34:44


10. (PUC-SP) Este enunciado refere-se às questões A e B. Considere as seguintes afirmações.
O esquema representa uma polia que gira em torno de seu I. Os objetos transportados pela esteira deslocam-se
eixo. A velocidade do ponto A é de 50 cm/s e a do ponto B, para a direita.
de 10 cm/s. A distância AB vale 20 cm. II. A aceleração centrípeta na periferia da polia motriz é
quatro vezes maior do que na periferia da outra polia
pequena.
III. Os objetos transportados pela correia movimentam-
-se com velocidade linear menor do que a velocidade
0
tangencial na periferia da polia motriz.
B Está(ão) correta(s):
a) apenas I. d) apenas II e III.
A b) apenas I e II. e) I, II e III.
c) apenas I e III.


I. Correta. A polia motriz gira no sentido horário e
A) A velocidade angular da polia vale:
a) 2 rad/s c) 10 rad/s e) 50 rad/s

transmite esse sentido de rotação para as outras duas.
b) 5 rad/s d) 20 rad/s
Nos limites de tangência da esteira com a polia, seus
Para calcular a velocidade angular da polia, devemos

vetores de velocidade linear coincidem e, no ramo
determinar o raio R da polia utilizando a relação v 5 hR.

em que estão os objetos, esse vetor tem sentido da
Admitindo que os pontos A e B sejam fixos, ambos

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esquerda para a direita.
possuem mesma velocidade angular. Isto é:

vA vB II. Correta. Indicando por (1) a polia motriz, por (2) a polia
hA 5 hB  ]  __ ​   ​  5 ______
​     ​ 
 ]
R R 2 20
50 10 maior e por (3) a outra polia pequena, a aceleração
]  ​ ___ ​ 5 ​ ______   ​   ]  R 5 25 cm
R R 2 20
centrípeta de um ponto na periferia da polia (1) será:
Logo, a velocidade angular da polia será:
v2
vA 50 acp1 5 __
​   ​  (I)
h 5 __
​   ​  5 ___
​    ​  ]  h 5 2 rad/s R
R 25

Como as polias (1) e (2) estão unidas por uma correia,
B) O diâmetro da polia vale:
a) 20 cm c) 75 cm e) 150 cm
temos v2 5 v
b) 50 cm d) 100 cm

Como as polias (2) e (3) estão rigidamente unidas,
Com base na questão anterior, o diâmetro D da polia será:


temos:
D 5 2R 5 2 3 25  ]  D 5 50 cm
v v

h2 5 h3  ]  ___ ​  2  ​ 5 __
​  3 ​   ]
2R R
v v

]  v3 5 __
​  2 ​  5 __​    ​ 
2 2
11. (UFRGS-RS) A figura a seguir representa uma correia trans- Logo, a aceleração centrípeta de um ponto na periferia
portadora com o seu sistema de acionamento. As duas po-
lias menores têm o mesmo raio R, e a polia maior tem raio da polia (3) é:
2R. O atrito entre as correias e as polias é suficiente para que
não ocorra deslizamento de uma sobre as outras. A polia v2 v2
acp3 5 ​ __3 ​ 5 ___
​    ​  (II)
motriz gira em sentido horário com frequência constante f1; R 4R
as outras duas polias são concêntricas, estão unidas rigi- Comparando as expressões (I) e (II),
damente e giram com frequência constante f2.
obtemos acp1 5 4acp3

Polia motriz
III. Correta. Com base na afirmação I, sabemos que os

R
objetos são transportados pela esteira com velocidade

linear igual à de um ponto na periferia da polia menor.

v
2R A partir da afirmação II, temos v3 5 __
​    ​ 
2
R Esteira

24 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 03.indd 24 08.10.09 17:34:47


12. (Fuvest-SP) Um motociclista de motocross move-se com Considere a velocidade do projétil constante, e sua traje-
velocidade v 5 10 m/s, sobre uma superfície plana, até tória, retilínea. O módulo da velocidade v do projétil é:
atingir uma rampa (em A), inclinada de 45w com a hori- hr
a) ​ ___ 
s ​ d) hr
zontal, como indicado na figura.
2hr sh
b) ​ ____ 
 ​
  e) ____
​   ​ 

s r
hr
c) ​ ___  ​
v 2s

g Dado que a velocidade (v) do projétil é constante, temos:


A
Ss 2r
v 5 ___
​   ​  5 ___
​    ​
St St
o
H 45 Mas St corresponde ao intervalo de tempo necessário

T
para que a placa dê meia-volta; logo, St 5 __
​    ​, em que T é o
D 2
período de rotação do disco.

2s 2s
Agora: h 5 ___
​   ​    ]  T 5 ​ ___
h ​ 
A trajetória do motociclista deverá atingir novamente a T
rampa a uma distância horizontal D (D 5 H), do ponto A, s
Sendo T 5 2St  ]  St 5 __ ​ h  ​ 
aproximadamente igual a:
2hr
a) 20 m c) 10 m e) 5 m Retornando à relação inicial: v 5 ​ ____
 ​ 
s
b) 15 m d) 7,5 m
Na direção vertical ao movimento, temos um MUV com
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


a 5 g 5 10 m/s2, orientando a trajetória para baixo.

Adotando a origem dos espaços no ponto A, temos:
14. (Unicamp-SP) Uma atração que está se tornando muito
at2
sy 5 s0y 1 v0y t 1 ​ ___ ​   ]  H 5 5t2 popular nos parques de diversão consiste em uma plata-
2 forma que despenca a partir do repouso, em queda livre,
Portanto, o tempo gasto pelo motociclista até atingir de uma altura de 75 m. Quando a plataforma se encontra
a 30 m acima do solo, ela passa a ser freada por uma força
H
d
ll
novamente a rampa é t 5 ​ __
​   ​ ​   constante e atinge o repouso quando chega ao solo.
5
a) Qual é o valor absoluto da aceleração da plataforma
Na direção horizontal ao movimento, temos um MU, durante a queda livre?

b) Qual é a velocidade da plataforma quando o freio é
orientando a trajetória para a direita; assim
acionado?
sx 5 s0x 1 vxt  ]  D 5 10t c) Qual é o valor da aceleração necessária para imobilizar
a plataforma?
dH
d D
ll ll
Substituindo t por ​ ​ __ ​ ​  5 ​ __
​   ​ ​  em D 5 10t, temos: a) Numa queda livre, temos |a| 5 g 5 10 m/s2
5 5
D
d D
ll
__ 2 __
D 5 10 ​ ​   ​ ​    ]  D 5 100 ​   ​   ]  D 5 20 m b) Tomando como origem da trajetória o solo e orientando-a
5 5
para cima, pela equação de Torricelli, temos:

v2 5 v20 1 2gSs 5 02 1 2 3 10 3 (75 2 30) 5 900  ]
13. (Fuvest-SP) Um disco de raio r gira com velocidade angular h
constante. Na borda do disco, está presa uma placa fina
] OvO 5 30 m/s
de material facilmente perfurável. Um projétil é disparado
com velocidade v em direção ao eixo do disco, conforme
c) Novamente pela equação de Torricelli, temos:
mostra a figura, e fura a placa no ponto A. Enquanto o
projétil prossegue sua trajetória sobre o disco, a placa gira v2 5 v20 1 2aSs  ]  0 5 302 1 2 3 a(30 2 0)  ]
meia circunferência, de forma que o projétil atravessa,
mais uma vez, o mesmo orifício que havia perfurado. 900
]  260a 5 900  ]  a 5 ____
​    ​  ]
260
]  a 5 215 m/s2

v

r
A

Cinemática vetorial NO VESTIBULAR 25

FIS_PLUS_TOP 03.indd 25 08.10.09 17:34:50


Leis de Newton e algumas forças especiais
Em 1687, o físico e matemático inglês Isaac Newton publicou a obra Princípios Matemáticos de
Filosofia Natural, que continha fundamentos a respeito do movimento dos corpos. Parte desses
fundamentos foi formulada por meio de três leis fundamentais, que ficariam conhecidas como leis
de Newton. A partir de então, os modelos físicos baseados nesses princípios explicariam inúmeros
fenômenos, desde o comportamento dos gases ao movimento dos planetas.

Primeira lei de Newton Segunda lei de Newton


ou princípio da inércia ou princípio fundamental
Um ponto material isolado está em repouso ou em movi- da Dinâmica
mento retilíneo uniforme.
A resultante das forças aplicadas a um ponto material é
Isso significa que um ponto material isolado possui velo-
igual ao produto de sua massa pela aceleração adquirida.
cidade vetorial constante.

FR 5 m 3 a
Inércia

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Inércia é a propriedade da matéria de resistir a qualquer Portanto, a força resultante FR produz aceleração a com
variação em sua velocidade. mesma direção e mesmo sentido da força resultante e
Um corpo em repouso tende, por inércia, a permanecer suas intensidades são proporcionais.
em repouso. Um corpo em movimento tende, por inércia, a
continuar em MRU.
EXEMPLOS:
Terceira lei de Newton ou
princípio da ação e reação
Toda vez que um corpo A exerce num corpo B uma força, este
também exerce em A outra força tal que essas forças:
a) têm a mesma intensidade;
b) têm a mesma direção;
c) têm sentidos opostos;
d) têm mesma natureza, sendo ambas de campo ou ambas
de contato.
Uma das forças é chamada de ação e a outra de reação.

As forças de ação e reação estão aplicadas em


corpos distintos e, portanto, não se equilibram.

Figura 1
Quando o ônibus freia, os passageiros tendem, por inércia, a prosseguir
com a velocidade que tinham em relação ao solo. Assim, são atirados
para frente em relação ao ônibus.
Cinco forças em
destaque na Mecânica
Peso de um corpo (P)
É a força de atração que a Terra exerce no corpo.

m
P5m 3 g
g P
Figura 2
Quando o cão entra
em movimento, o
P e g têm mesma direção e mesmo
menino em repouso sentido.
em relação ao solo -P
tende a permanecer Figura 3
em repouso. Note A Terra atrai o corpo com a força peso
que em relação ao P, a qual, por sua vez, atrai a Terra com
carrinho o menino é uma força de mesma intensidade e
atirado para trás. direção, mas de sentido oposto.

26 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 04.indd 26 08.10.09 16:09:53


Força normal ou O cientista inglês Robert Hooke (1635-1703) estudou as
deformações elásticas e chegou à seguinte conclusão: em
reação normal de apoio (FN) regime de deformação elástica, a intensidade da força elás-
É a força que surge quando um corpo tica é proporcional à deformação. Isto é:
se encontra sobre uma superfície de FN
apoio. Felást. 5 k 3 x
Na Figura 4, devido a atração da Terra,
P
o corpo exerce no apoio a força de com-
pressão 2FN. Pelo princípio da ação e re- A constante de proporcionalidade k, denominada constan-
ação, o apoio exerce no corpo a força FN. – FN te elástica da mola, representa uma característica da mola,
Essa força é perpendicular à superfície medida em N/m.
de contato e é, por isso, chamada força –P
normal ou reação normal do apoio. Forças de atrito (fat)
Ao empurrarmos a caixa com uma força horizontal f, ime-
Figura 4
diatamente percebemos a ação de uma força contrária à
Diagrama de forças de um corpo
apoiado sobre uma superfície. tendência de movimento, denominada força de atrito.
Ao empurramos a caixa, a força que aplicamos pode não ser
suficiente para movimentá-la. Nesse caso, as duas forças
Força de tração em fios (T) estão em equilíbrio, e a força de atrito é denominada força
de atrito estático (fat ). Se aumentarmos nossa força e o
e

Considere o corpo de peso P, sus- corpo ainda não entrar em movimento, a força de atrito
penso por um fio e cuja extremidade T2 estático também aumentará de intensidade, de modo a
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

está ligada ao teto (Figura 5). As forças manter o corpo em repouso. Se continuarmos a aumentar
T 1 e T 2 que o corpo e o teto exercem a força que aplicamos na caixa, há um instante em que ela
nas extremidades do fio, e tendem a estará na iminência de entrar em movimento. Qualquer
alongá-lo, são chamadas forças de acréscimo de força a fará se mover. É nesse instante que
tração no fio. a força de atrito estático atinge seu valor máximo. Dizemos
Considerando o fio ideal (peso des- que essa é a força de atrito estático máxima e ela é dada
prezível, perfeitamente flexível e inex- T1 pela seguinte expressão:
P
tensível), conclui-se que T1 e T2 têm a Figura 5 (FN = P) FN
mesma intensidade T. Assim, temos: T1 e T2 forças de Repouso
T1 5 T2 5 T. tração no fio
fate F fat.(máx.) 5 je 3 FN

Força elástica (Fel) P


Figura 7
Considere o sistema elástico constituído por um bloco e 0 < fat.(máx.) < je 3 FN
uma mola (Figura 6). Em (A) a mola não está deformada. Ao
ser alongada (B) ou comprimida (C) a mola exerce no bloco a je é o coeficiente de atrito estático (adimensional). Seu va-
força elástica Fel, que tende a trazer o bloco para a posição lor depende dos tipos de superfície que estão em contato.
de equilíbrio. Por isso, dizemos que a força elástica é uma Quando o corpo entra em movimento, a força de atrito conti-
força restauradora. nua atuando sobre ele em sentido contrário ao do movimento,
mas com valor constante e menor que o valor da força de
Posição de atrito estático máxima, independentemente da velocidade do
A
equilíbrio corpo. A partir de então, a força de atrito é denominada força
O de atrito dinâmico (fat ). Seu módulo ainda é diretamente
d

proporcional ao módulo da força normal e dado por:

(FN = P) FN
Felást. Movimento
B fat fatd 5 jd 3 FN
F _

O x A
P

Figura 8
Felást. fat 5 fatd 5 jd 3 FN
C
em que jd é o coeficiente de atrito dinâmico. Note que
A’ x O
jd , je.
Figura 6
A força elástica é uma força restauradora, pois tende a trazer o bloco Conteúdo digital Moderna PLUS http://www.modernaplus.com.br
para a posição de equilíbrio. Vídeo: Atrito estático e atrito dinâmico

LEIS DE NEWTON E ALGUMAS FORÇAS ESPECIAIS 27

FIS_PLUS_TOP 04.indd 27 09.10.09 11:42:39


Leis de Newton e algumas forças especiais

No Vestibular

1. (Ufes) Um carro freia bruscamente e o passageiro bate 3. (Vunesp) A caixa C está em equilíbrio sobre a mesa. Nela
com a cabeça no vidro do para-brisa. Três pessoas dão as atuam as forças peso e normal.
seguintes explicações sobre o fato:
1a O carro foi freado, mas o passageiro continuou em
C
movimento.
2a O banco do carro impulsionou a pessoa para a frente
no instante da freada.
3a O passageiro só foi jogado para a frente porque a ve-
locidade era alta e o carro freou bruscamente.
Podemos concordar com:
a) a 1a e a 2a pessoas d) apenas a 2a pessoa
b) apenas a 1a pessoa e) as três pessoas
c) a 1a e a 3a pessoas Considerando a lei de ação e reação, pode-se afirmar que:
Em relação a um referencial fixo fora do carro, observamos, a) a normal é a reação do peso.

b) o peso é a reação da normal.
antes da frenagem, que o carro e o passageiro apresentam c) a reação ao peso está na mesa, enquanto a reação

normal está na Terra.
a mesma velocidade. Pelo princípio da inércia, tanto o d) a reação ao peso está na Terra, enquanto a reação à

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normal está na mesa.
carro quanto o passageiro tendem a permanecer nesse
e) n.d.a.
estado de movimento se nenhuma força atuar sobre eles. Veja o contexto da figura 4 na teoria.

N
Assim, no momento da frenagem do carro o passageiro
Caixa
continua em movimento. Logo, podemos concordar P
Tampo
da mesa
apenas com a explicação da 1a pessoa. –N

–P
2. (Mackenzie-SP) Em uma experiência de Física, abandonam-
Centro
-se, do alto de uma torre, duas esferas, A e B, de mesmo raio da Terra
e massas mA 5 2mB. Durante a queda, além da atração
gravitacional da Terra, as esferas ficam sujeitas à ação
da força de resistência do ar, cujo módulo é F 5 k 3 v2, 4. (UFC-CE) No sistema da figura, Teto
onde v é a velocidade de cada uma delas e k, uma constan- os fios 1 e 2 têm massas des-
te de igual valor para ambas. Após certo tempo, as esferas prezíveis e o fio 1 está preso Fio 1
adquirem velocidades constantes, respectivamente iguais ao teto. Os blocos têm massas
vA M 5 20 kg e m 5 10 kg. O sis-
a vA e vB, cuja relação ___
​   ​ é: tema está em equilíbrio.
vB
​dll
2 ​  T1 M
a) 2 c) ​dll
2 ​   e) ​ ___ ​  A razão, ___
​   ​ , entre as trações
2 T2
b) ​dll
3 ​  d) 1 dos fios 1 e 2, é: Fio 2
As velocidades das esferas tornam-se constantes quando o 1
a) 3 d) ​ __  ​
2
módulo da força de resistência do ar em cada esfera torna- 1
b) 2 e) ​ __  ​ m
3
-se igual ao módulo da força peso. Nessas condições, temos:
c) 1
mA 3 g
FA 5 PA  ]  k 3 v 5 mA 3 g  ]  v 5 _____
2
A ​   ​  2
A Observe que as trações nas extremidades do fio 2 são
k
Dado que mA 5 2mB, temos: iguais em módulo, já que os fios são ideais.

2mB 3 g 2mB 3 g
d
llllll
•  vA2 5 _______
​   ​   ] vA 5 ​ ______
  ​   ​ ​, conforme orientação.
   Dado que o sistema está em equilíbrio, temos:
k k
mB 3 g
d
lllll
•  FB 5 PB  ]  k 3 vB2 5 mB 3 g  ]  vB 5  ​ _____
​   ​ ​,   
conforme • Para o corpo de massa M:
k
orientação. Assim: T1 5 T2 1 PM  ]  T1 5 T2 1 Mg (1)

vA
d
2mB 3 g _____
llllllllllll k
__
​   ​  5 ​ _______
​   ​   3 ​       ​ ​ 5 d​ ll
2 ​  • Para o corpo de massa m:
vB k mB 3 g

28 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 04.indd 28 08.10.09 16:09:56


6. (UnB-DF) Um astronauta, em sua viagem a um planeta,
T2 5 Pm ] T2 5 mg (2) 1
cuja gravidade é __ da gravidade terrestre, foi encarregado
2
4
Substituindo (2) em (1) e considerando g 5 10 m/s , vem: de realizar experiências relativas a atrito. Repetindo no
planeta uma experiência realizada na Terra, de medir o
T1 5 mg 1 Mg 5 10 3 10 1 20 3 10 ] coeficiente de atrito entre dois materiais, ele encontrou
que o coeficiente de atrito medido no planeta era:
] T1 5 300 N
a) menor do que o medido na Terra.
Substituindo T1 5 300 N na expressão (1), obtemos: b) maior do que o medido na Terra.
c) igual ao medido na Terra.
T1 5 T2 1 Mg ] 300 5 T2 1 20 3 10 ] d) n.d.a.
A força de atrito pode ser calculada como segue:
] T2 5 100 N
T1 Fat 5 j 3 N
Logo: __ 5 3
T2 Fat
De onde se obtém o coeficiente de atrito j 5 ___.
N
5. (PUC-SP) A mola da figura tem constante elástica de 20 N/m
e encontra-se deformada em 20 cm sob a ação do corpo A, Admitindo que os experimentos na Terra foram realizados
cujo peso é 5 N.
numa situação tal que N 5 P 5 mg, temos:
Fat
jTerra 5 ______
mgTerra
No planeta em questão, temos:
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Fat 4Fat
j 5 _______ 5 ______ 5 4jTerra
1
__ mgTerra
m gTerra
4
7. (UFPR) O cabo de um reboque arrebenta se nele for apli-
cada uma força que exceda 1.800 N. Suponha que o cabo
seja usado para rebocar um carro de 900 kg ao longo de
uma rua plana e retilínea. Nesse caso, que aceleração
A máxima o cabo suportaria?
a) 0,5 m/s2 c) 2,0 m/s2 e) 9,0 m/s2
b) 1,0 m/s2 d) 4,0 m/s2
Nessa situação, a balança graduada em newtons marca: Considere a figura:
a) 1 N c) 3 N e) 5 N
Tmáxima = 1.800 N
b) 2 N d) 4 N
Cabo
Temos a seguinte marcação de forças sobre o corpo A:

Aplicando a 2a lei de Newton ao movimento do corpo,

N Fel temos:

FR 5 Tmáx. ] m 3 amáx. 5 Tmáx. ] 900amáx. 5 1.800 ]


A
] amáx. 5 2,0 m/s2
P

8. (UFPE) A figura abaixo mostra três blocos de massa


mA 5 1,0 kg, mB 5 2,0 kg e mC 5 3,0 kg. Os blocos se mo-
vem em conjunto, sob a ação de uma força F constante e
Pelo princípio da ação e reação, concluímos que a reação horizontal, de módulo 4,2 N.

à força normal sobre o corpo está no prato da balança. C

Portanto, determinar a indicação da balança significa B

determinar a intensidade da força normal. Supondo que o


A
corpo esteja em equilíbrio sobre a balança, temos:
F
N 1 Fel 5 P ] N 5 P 2 kx ] N 5 5 2 20 3 0,2 ]

] N51N

Leis de Newton e algumas forças especiais NO VESTIBULAR 29

FIS_PLUS_TOP 04.indd 29 08.10.09 16:09:59


Desprezando-se o atrito, qual o módulo da força resultante 10. (ITA-SP) Na figura temos um bloco de massa igual a
sobre o bloco B? 10 kg sobre uma mesa que apresenta coeficientes de atrito
a) 1,0 N c) 1,8 N e) 2,6 N estático de 0,3 e cinético de 0,25.
b) 1,4 N d) 2,2 N
Considerando os blocos A, B e C como um único corpo, a N

A F
força resultante sobre ele (F) é dada pela 2a lei de Newton:

F 5 (mA 1 mB 1 mC) 3 a mg

Isto é:

4,2 5 (1 1 2 1 3) 3 a ] a 5 0,7 m/s2

Logo, a força resultante sobre o corpo B será:


Aplica-se ao bloco uma força F de 20 N. Utilize a lei fundamen-
FR 5 mB 3 a 5 2 3 0,7 ] FR 5 1,4 N tal da dinâmica (2a lei de Newton) para assinalar abaixo o valor
da força de atrito (A) no sistema indicado. (g 5 9,8 m/s2)
a) 20 N d) 6,0 N
b) 24,5 N e) nenhuma das respostas anteriores
c) 29,4 N
Para que o bloco se mova, a força F 5 20 N deve ser
9. (Aman-RJ) Um automóvel move-se em uma estrada ho-
superior à força de atrito estático máximo Amáx.
est. , que pode

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


rizontal com velocidade constante de 30 m/s. Num dado
instante, o carro é freado e, até parar, desliza sobre a
estrada, perfazendo uma distância de 75 m. Determinar ser calculada como segue:
o coeficiente de atrito entre os pneus e a estrada. Usar
g 5 10 m/s2. Amáx.
est. 5 jest. 3 N 5 jest. 3 mg 5 0,3 3 10 3 9,8 ]

a) 0,2 c) 0,4 e) 0,6 ] Amáx.


est. 5 29,4 N
b) 0,3 d) 0,5
Com base no enunciado segue a figura: Nesse caso: F , Amáx.
est. ; portanto, o corpo ainda está em

N repouso e devemos ter A 5 F 5 20 N.


Fat

vo = 30m/s v=0 11. (UFMG) Nessa figura, está representado um bloco de 2,0 kg
P sendo pressionado contra a parede por uma força F. O
so = 0 s = 75 m
coeficiente de atrito estático entre esses corpos vale 0,5,
e o cinético vale 0,3. Considere g 5 10 m/s2.
Na direção vertical ao movimento do automóvel, temos:

N 5 P ] N 5 mg

Na direção do movimento, temos Fat 5 FR F

Usando os fatos de que Fat 5 j 3 N e FR 5 mOaO,

reescrevemos:
A força mínima F que pode ser aplicada ao bloco para que
Fat 5 FR ] j 3 N 5 mOaO ] j 3 mg 5 mOaO ] ele não deslize na parede é:
OaO a) 10 N c) 30 N e) 50 N
] j 5 ___
g b) 20 N d) 40 N
A desaceleração do automóvel pode ser obtida pela Sobre o bloco atuam
Fat
equação de Torricelli: as seguintes forças:
N F
v2 5 v20 1 2aSs ] 02 5 302 1 2a(75 2 0) ]
P
] a 5 26 m/s2

Substituindo: Para que o bloco não deslize, devemos ter N 5 F. Assim:


O26O
OaO _____
j 5 ___
g 5 10 5 0,6 Fat 5 P ] jest. 3 N 5 mg ] jest. 3 F 5 mg ]
mg _____
2 3 10
] F 5 ____
jest. 5 0,5 ] F 5 40 N

30 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 04.indd 30 08.10.09 16:10:00


12. (Ufes) O bloco da figura a seguir está em movimento em Podemos afirmar que o valor da força de atrito é:
uma superfície horizontal, em virtude da aplicação de a) 20 N c) 100 N e) 40 N
uma força F paralela à superfície. O coeficiente de atrito b) 10 N d) 60 N
cinético entre o bloco e a sua superfície é igual a 0,2.
Sejam, respectivamente, T1 e T2 as forças de tração no

fio que une os corpos de massas 4 kg e 6 kg ao corpo
m = 2,0 kg F = 60,0 N
de massa 10 kg. Considerando que o sistema tende a se

(dado: g 5 10,0 m/s2) movimentar no sentido horário (a inércia favorece o corpo



A aceleração do objeto é:
de massa 6 kg), a força de atrito (Fat) sobre o bloco de 10 kg
a) 20,0 m/s2 c) 30,0 m/s2 e) 36,0 m/s2
b) 28,0 m/s2 d) 32,0 m/s2 tem sentido da direita para a esquerda. Nessas condições,

Aplicando a 2a lei de Newton ao movimento do corpo, temos:
dado que o sistema permanece em repouso, temos:

F 2 Fat 5 m 3 a  ]  F 2 jcin. 3 N 5 m 3 a
Fat 1 T1 5 T2  ]  Fat 5 T2 2 T1 (1)

Como N 5 P 5 mg, ou seja, N 5 20 N, temos:
Para os corpos de massas 4 e 6 kg, podemos escrever,

60 2 0,2 3 20 5 2 3 a  ]  a 5 28 m/s2
respectivamente:

13. (UEL-PR) No sistema representado a seguir, o corpo A, de T1 5 P1 5 4 3 10  ]  T1 5 40 N (2)
massa 3,0 kg, está em movimento uniforme. A massa do
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

corpo B é de 10 kg. Adote g 5 10,0 m/s2. T2 5 P2 5 6 3 10  ]  T2 5 60 N (3)



Substituindo (2) e (3) em (1), resulta:
B
Fat 5 60 2 40  ]  Fat 5 20 N

15. (UFBA) A figura apresenta um bloco A, de peso igual a 10 N,


A sobre um plano de inclinação J em relação à superfície ho-
rizontal. A mola ideal se encontra deformada em 20 cm e é
ligada ao bloco A através do fio ideal que passa pela roldana
sem atrito. Sendo 0,2 o coeficiente de atrito estático entre o
O coeficiente de atrito dinâmico entre o corpo B e o plano bloco A e o plano, sen J 5 0,60, cos J 5 0,80, desprezando-se
sobre o qual ele se apoia vale: a resistência do ar e considerando-se que o bloco A está
a) 0,15 c) 0,50 e) 0,70 na iminência da descida, determine a constante elástica
da mola, em N/m.
b) 0,30 d) 0,60
Como o sistema está em movimento uniforme, para o

corpo A, temos: T 5 PA 5 mA 3 g 5 3 3 10  ]  T 5 30 N

A
E, para o corpo B: T 5 Fat  ]  Fat 5 jcin. 3 N 5 jcin. 3 mBg  ]

]  T 5 jcin. 3 mBg  ]  30 5 jcin. 3 10 3 10  ] J

]  jcin. 5 0,30 Dado que o corpo está em repouso e na iminência de

escorregar, temos:

14. (Fuvest-SP) O sistema indicado na figura a seguir, onde as Fel 1 Fat 5 Px  ]  kx 1 jest. 3 N 5 P 3 sen J

polias são ideais, permanece em repouso graças à força
de atrito entre o corpo de 10 kg e a superfície de apoio. Mas:

N 5 Py 5 P 3 cos J 5 10 3 0,8  ]

10 kg
]  N 5 8 N

Logo:

6 2 1,6
4 kg 6 kg k 3 0,2 1 0,2 3 8 5 10 3 0,6  ]  k 5 _______
​   ​ 
 ]

0,2
]  k 5 22 N/m

Leis de Newton e algumas forças especiais NO VESTIBULAR 31

FIS_PLUS_TOP 04.indd 31 09.10.09 11:42:50


Trabalho, potência e energia
O trabalho de uma força é a medida da energia transferida ou transformada.

Trabalho A propriedade enunciada tem validade geral, ou seja, a força F


pode ser variável e a trajetória qualquer (Figuras 3A, B e C).
Trabalho de uma força constante A Ft
em uma trajetória retilínea (∆sn )
θn
n

Considere um corpo que se desloca sobre uma reta, desde a Fn


posição A até a posição B, sob ação de um sistema de forças.
Ft B Ft
Seja d o vetor deslocamento e F uma força constante entre 2
F tn
as forças que agem no corpo (Figura 1). (∆s2) θ
2
F2 Ft 2
Por definição, trabalho D da força F no deslocamento d é Ft Ft
1
a grandeza escalar: (∆s1)
1

θ1
F1 A
F Figura 1
Trabalho de uma força
θ constante em uma

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


A B
trajetória retilínea ∆s1 ∆s2 ∆sn s
d C
Ft A 5 ODO (numericamente)

D 5 F 3 d 3 cos J A1
s
O A
2 D 5 A1 2 A2 (numericamente)
F e d são os módulos da força F e do vetor deslocamento d,
respectivamente, e J é o ângulo formado entre a direção da Figura 3
força F e o deslocamento d.
Quando o ângulo J é agudo (ou J 5 0), a força F favorece o Trabalho da força elástica
deslocamento e o trabalho é positivo e denominado trabalho
motor. Quando o ângulo J é obtuso (ou J 5 180w), a força F não
favorece o deslocamento e o trabalho é negativo e denomi- k 3 x2
D 5 !​ _____
 ​  
nado trabalho resistente. Para J 5 90w, o trabalho é nulo. 2
2: quando alongamos ou comprimimos a mola
1: quando a mola volta à posição de equilíbrio
Trabalho do peso
A m Posição de
D5!m3g3h equilíbrio
1: corpo desce P g
O
2: corpo sobe
h

Felást.
Figura 2
Trabalho do peso B
O x A
O trabalho do peso não depende da
trajetória entre as posições inicial e final.
Felást.

Método gráfico para cálculo do trabalho A’ x O

No gráfico da componente tangencial da força (Ft) em Figura 4


função do espaço (s), entre as posições A e B, cujos espaços DOA , O e DOAe , O
são s1 e s2, a área A é numericamente igual ao valor absoluto DAO . O e DAeO . O
do trabalho da força F, no deslocamento d.
O trabalho da força elástica não depende da
A 5 ODO (numericamente) trajetória entre as posições inicial e final.

32 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 05.indd 32 09.10.09 11:53:21


As forças cujos trabalhos entre dois pontos independe Energia potencial gravitacional
da forma da trajetória são chamadas forças conservativas.
Às forças conservativas associa-se o conceito de energia m
potencial. g

Ep 5 m 3 g 3 h
Potência h

Considere uma força F que realiza um trabalho D num in-


tervalo de tempo St. Define-se potência média Potm dessa Nível de referência
força, nesse intervalo de tempo, pela relação: Figura 5
A esfera tem energia potencial gravitacional em relação
ao nível de referência.
D
Potm 5 ___
​     ​ 
St Energia potencial elástica
Felást.
Sendo a força constante, temos: Potm 5 F 3 vm 3 cos J
O x A
Considerando a força constante paralela ao deslocamento
k 3 x2
Ep 5 ​ _____
 ​  
(cos J 5 1), resulta para a potência instantânea: Pot 5 F 3 v Felást. 2

A’ x O
Rendimento
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Figura 6
Considere uma máquina que receba uma potência total Pott Ao ser deslocada da posição de equilíbrio, a mola armazena energia
e utilize a potência Potu (potência útil), perdendo a potência potencial elástica.
Potp. Define-se rendimento g da máquina a relação entre a
potência útil Potu e a potência total recebida Pott:
Energia mecânica
Potu Energia mecânica é a soma da energia Emec 5 Ec 1 Ep
g 5 ​ _____ ​  cinética com a energia potencial.
Pott

Conservação da energia mecânica


Energia
A energia mecânica de um sistema se
Energia cinética conserva quando ele se movimenta sob ação
de forças conservativas e eventualmente de
A energia cinética é uma forma de energia associada ao es- outras forças que realizam trabalho nulo.
tado de movimento de um corpo. Se um corpo de massa m apre-
senta uma velocidade v, sua energia cinética Ec é dada por:
A
Figura 7
m 3 v2
Ec 5 ______
​   ​    C Numa montanha-russa ideal,
2 a energia mecânica total se
conserva, apesar de alternar
entre potencial e cinética.
B
Teorema da energia cinética
A variação da energia cinética de um corpo entre dois
intantes quaisquer é dada pelo trabalho da resultante Princípio da conservação da energia
das forças que atuam sobre o corpo, entre os instantes
considerados. Vimos que nos sistemas conservativos ocorre a trans-
formação de energia potencial em cinética e vice-versa, de
modo que a energia mecânica permanece constante. Havendo
m 3 ​v​2B ​​  m 3 ​v2A​  ​​ 
DR 5 ​ ______
 ​   2 ​ ______
 ​    outras formas de energia, enunciamos o princípio da conser-
2 2 vação da energia:

Energia não pode ser criada ou destruída,


Energia potencial mas unicamente transformada.
É a forma de energia associada à posição que um corpo
ocupa no campo gravitacional (energia potencial gravita-
cional) ou associada à deformação de um sistema elástico Conteúdo digital Moderna PLUS http://www.modernaplus.com.br
(energia potencial elástica). Animação: Energia mecânica – conservação e dissipação

TRABALHO, POTÊNCIA E ENERGIA 33

FIS_PLUS_TOP 05.indd 33 09.10.09 11:53:23


Trabalho, potência e energia

No Vestibular

1. (UCS-RS) Sobre um bloco atuam as forças indicadas na Sabendo que a força F tem a mesma direção e sentido do
figura, as quais o deslocam 2 m ao longo do plano hori- deslocamento, determine:
zontal. Analise as informações. a) a aceleração máxima adquirida pelo corpo.
b) o trabalho total realizado pela força F entre as posições
N x 5 0 e x 5 3 m.
a) A aceleração adquirida pelo corpo é máxima quando

a força resultante sobre ele também é máxima. Isto
|F | = 100 N
Fa
é: Fmáx 5 m 3 amáx. A partir do gráfico, Fmáx 5 4 N e, do

enunciado, m 5 2 kg.

P Portanto:

I. O trabalho realizado pela força de atrito Fa é positivo.
Fmáx 5 m 3 amáx  ]  4 5 2amáx  ]  amáx 5 2 m/s2
II. O trabalho realizado pela força F vale 200 J.
III. O trabalho realizado pela força peso é diferente de zero. b) Como a força F é variável, o trabalho realizado por ela

IV. O trabalho realizado pela força normal N é nulo.
pode ser calculado como segue:

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


Quais são as corretas?
a) apenas I e II d) apenas II e IV DF 5 área sob o gráfico  ]
b) apenas I e III e) apenas III e IV
Base 3 Altura ____
334
c) apenas II e III ]  DF 5 ___________
​   ​  5 ​   ​    ]  DF 5 6 J

2 2
O trabalho (D) de uma força (F) é dado pela relação:
Segundo o enunciado, a força F atua na mesma direção

D 5 F 3 d 3 cos a
e sentido do deslocamento do corpo. Portanto: DF . 0,

I. Falsa. Nesse caso, temos, cos 180w 5 21. Como Fa . 0 e
ou seja, DF 5 6 J.

d . 0, teremos: ​D​F​ ​ ​​ , 0
a

3. (PUC-Minas) Um motor é instalado no alto de um prédio,


II. Verdadeira. Nesse caso, a 5 0w; logo:
para elevar pesos, e deve executar as seguintes tarefas:
DF 5 100 3 2 3 1  ]  DF 5 200 J I. elevar 100 kg a 20 m de altura em 10 s.

II. elevar 200 kg a 10 m de altura em 20 s.
III. Falsa. No caso da força peso, temos: a 5 90w.
III. elevar 300 kg a 15 m de altura em 30 s.
Como cos 90w 5 0, temos necessariamente: DP 5 0 A ordem crescente das potências que o motor deverá
desenvolver para executar as tarefas anteriores é:
IV. Verdadeira. Para a força normal, temos: a 5 90w; a) I, II, III c) II, I, III e) II, III, I

b) I, III, II d) III, I, II
portanto: DN 5 0
O enunciado sugere a figura:

Motor
Fmotor

Sentido do
2. (Fuvest-SP) O gráfico representa a variação da intensidade deslocamento
da força resultante F, que atua sobre um corpo de 2 kg de P
massa, em função do deslocamento x.
Supondo que os pesos sejam elevados em movimento
F (N)
uniforme, teremos:
4
Fmotor 5 P

Nessas condições, a potência do motor será dada por:

ODmotorO OFmotor 3 d 3 cos aO
Pmotor 5 ______
​   ]  Pmotor 5 _______________
 ​   ​   ​     
0
St St
2 3 x (m)
Como a 5 0, a força do motor tem o mesmo sentido do

34 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 05.indd 34 09.10.09 11:53:25


6. (FMIt-MG) Um corpo de massa 2,0 kg, inicialmente em
deslocamento. Logo: repouso, é puxado sobre uma superfície horizontal sem

P 3 d mgd atrito, por uma força constante, também horizontal, de
Pmotor 5 ____
​   ​ 5 ​ ____ ​  40 N. Qual será sua energia cinética após percorrer 5 m?
St St
a) 0 joule c) 10 joules e) n.r.a.
Calculemos agora a potência do motor ao realizar cada
b) 20 joules d) 40 joules
uma das tarefas: Como F é a única força responsável pelo movimento

100 3 10 3 20
I. PI 5 ___________
​   ​    ]  PI 5 2.000 W do corpo, podemos considerá-la como a própria força
10
200 3 10 3 10
II. PII 5 ___________
​   ​    ]  PII 5 1.000 W resultante, cujo trabalho realizado é:
20
300 3 10 3 15
III. PIII 5 ___________
​   ​    ]  PIII 5 1.500 W DF 5 F 3 d 3 cos a 5 40 3 5 3 cos 0w  ]  DF 5 200 J
30


Aplicando o teorema de energia cinética, temos:

DF 5 E final 2 E inicial, em que: E inicial 5 0, pois v0 5 0
4. (Fuvest-SP) A equação da velocidade de um móvel de 20
c c c

quilogramas é dada por v 5 3 1 0,2t, onde a velocidade


Logo, E final
c 5 DF  ]  E final
c 5 200 J
é dada em m/s. Podemos afirmar que a energia cinética
desse móvel, no instante t 5 10 s, vale:
a) 45 J c) 200 J e) 2.000 J
b) 100 J d) 250 J
7. (UFPA) Um corpo de massa 10 kg é lançado verticalmente
Para determinar a velocidade do móvel no instante t 5 10 s,
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

para cima com uma velocidade de 40 m/s. Considerando-


substituímos esse valor na função horária: -se g 5 10 m/s2, a altura alcançada pelo corpo, quando sua
energia cinética está reduzida a 80% de seu valor inicial, é:
v 5 3 1 0,2t  ]  v 5 3 1 0,2 3 10  ]  v 5 5 m/s a) 16 m c) 80 m e) 144 m

b) 64 m d) 96 m
Logo, a energia cinética associada a esse móvel é dada por:
Tomando como referência o ponto em que o corpo é
2 2
mv 20 3 5
Ec 5 ____
​   ​ 5 ______
​   ​    ]  Ec 5 250 J
2 2 lançado, temos, por conservação de energia:

Epgrav. 1 E final
c 5 E inicial
c   ]  Epgrav. 1 E inicial
c 2 80%E inicial
c 5 E inicial
c   ] 

mv20
5. (Aman-RJ) Com que velocidade o bloco da figura a seguir, ]  Epgrav. 5 0,8E inicial
c   ]  mgh 5 0,8 ____
​   ​   ] 
2
partindo do repouso e do ponto A, atingirá o ponto B, 0,8v20 _______
_____ 0,8 3 402
supondo todas as superfícies sem atrito? (g 5 10 m/s2) ]  h 5 ​   ​ 5 ​   ​  ]  h 5 64 m
2g 2 3 10
A

B 8. (IME-RJ) Um bloco A, cuja massa é 2 kg, desloca-se, como


10m
mostra a figura, sobre um plano horizontal sem atrito e
5m choca-se com a mola C, comprimindo-a até o ponto B.

V
a) 0 m/s c) 10 m/s e) 20 m/s
b) 5 m/s d) 15 m/s C
A mola
O bloco, no ponto A, está dotado apenas de energia

0 20 cm B
potencial gravitacional, já que sua velocidade inicial é zero

(E cinicial 5 0). No ponto B, entretanto, o bloco possui energia Sabendo-se que a constante elástica da mola é 0,18 N/m,

a velocidade escalar do bloco, no momento em que se
potencial gravitacional e cinética. Logo, por conservação chocou com a mola, era:

a) 6 cm/s c) 50 m/s e) 10 cm/s
de energia, temos: (Epgrav.)A 5 (Epgrav.)B 1 (Ec)B
b) 20 cm/s d) 60 cm/s f) n.r.a.
mv2B
mghA 5 mghB 1 ____
​   ​   ]  v2B 5 2g(hA 2 hB)  ]  Por conservação de energia, temos:
2
mv2 kx2 kx2

v2B 5 2 3 10 3 (10 2 5) 5 d​ llll
100 ​ 
 ]

Ec 5 Epelást.  ]  ____
​   ​ 5 ___
2
​   ​   ]  v2 5 ___
2
​   ​   ]  OvO 5 OxO​ __
m
k
lll
d
​    ​ ​    ]
m
0,18
d
llll
]  OvBO 5 10 m/s ]  OvO 5 O0,2O​ ____​   ​ ​    ]  OvO 5 0,06 m/s
2

Trabalho, potência e energia NO VESTIBULAR 35

FIS_PLUS_TOP 05.indd 35 09.10.09 11:53:26


9. (UF-CE) Uma bola de massa m 5 500 g é lançada do solo, 11. (UFac) Um carro se desloca com velocidade de 72 km/h
com velocidade v0 e ângulo de lançamento J menor que 90w. na Avenida Ceará. O motorista observa a presença de
Despreze qualquer movimento de rotação da bola e influên- um radar a 300 m e aciona imediatamente os freios. Ele
cia do ar. O módulo da aceleração da gravidade, no local, é passa pelo radar com velocidade de 36 km/h. Considere a
g 5 10 m/s2. O gráfico abaixo mostra a energia cinética Ec massa do carro igual a 1.000 kg. O módulo da intensidade
da bola como função do seu deslocamento horizontal x. do trabalho realizado durante a frenagem, em kJ, vale:
a) 50 c) 150 e) 250
Ec (J)
b) 100 d) 200
120
72 km/h 5 20 m/s e 36 km/h 5 10 m/s

Pelo teorema da energia cinética:


30 1.000 3 (202 2 102)
D 5 Ec 2 Ec0 ] D 5 ________________ ]
0 21 42 x (m) 2
] D 5 500 3 300 5 150.000 ] D 5 150 kJ
Analisando o gráfico, podemos concluir que a altura má-
xima atingida pela bola é:
a) 60 m c) 30 m e) 15 m 12. (Unifap) Em uma feira de Ciências em Macapá, o jogo me-
cânico, mostrado na figura abaixo, foi bastante visitado.
b) 48 m d) 18 m
Um bloco de massa m, partindo do repouso do ponto A,
Segundo o gráfico, a energia total (mecânica) associada ao desliza sem atrito por uma rampa circular de raio R até o
ponto C, quando é lançado para fora da superfície circular,
sistema é de 120 J. No ponto de altura máxima, a energia atingindo o ponto D.

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


cinética associada à bola é a mínima possível. Segundo o O
A
gráfico, temos: E mín R
c 5 30 J, que ocorre a 21 metros do local a
C D
de lançamento. Por conservação de energia, no ponto
B
L
mais alto da trajetória, temos:

Epgrav. 1 E mín Desprezando as forças de atrito e considerando g a acele-


c 5 120 ] Epgrav. 5 90 J
ração da gravidade e os ângulos AÔB 5 90w e AÔC 5 120w,
Logo, a altura máxima atingida pela bola pode ser determine a distância L da figura.
O
Cálculo da altura h do ponto
calculada como segue:
30º
R
C, em relação ao nível de H vc
Epgrav. 5 90 ] mghmáx 5 90 ]
60º 30º
90 90 referência em B: BÔC 5 30w
] hmáx 5 ___ 5 _______ ] hmáx 5 18 m d C
mg 0,5 3 10 3R
dll h
H 5 R 3 cos 30w ] H 5 ____
2 B
10. (UFRR) Uma bola de borracha, de massa igual a 1 kg, cai Agora, vamos avaliar a conservação da energia mecânica
de uma altura de 2 m, em relação ao solo, com uma velo-
cidade inicial nula. Ao tocar o solo, a bola transfere para entre os pontos A e C da trajetória:
este 12 J, na forma de calor, e volta a subir verticalmente.
mvC2 3R
dll
Considere a aceleração da gravidade g 5 10 m/s2. A altura, EA 5 EC ] mgH 5 ____ ] v 2c 5 2g____ ] v 2c 5 dll
3 gR
em cm, atingida pela bola na subida é de: 2 2
a) 5 c) 60 e) 125 Entre os pontos C e D temos um lançamento oblíquo, do
b) 20 d) 80
qual precisamos calcular o alcance, a.
Considere a figura:
3
dll
A v0 = 0
v 2c 3 sen 2J 3 gR___
dll
_________ 2
________ 3R
a5 ] a5 ] a 5 ___
g g 2
hA = 2m
B v=0 A distância L procurada é tal que L 5 d 1 a.
hB 3R R 3R
L 5 R 3 cos 60w 1 ___ 5 __ 1 ___ ] L 5 2R
Solo 2 2 2

Por conservação de energia, temos:


13. (UFSJ-MG) Num edifício em construção, um pedreiro, que
mghA 2 12 está a uma altura h do chão, deixa cair um tijolo de massa m.
E A B
5E 1 12 ] mghA 5 mghB 1 12 ] hB 5 __________ ]
pgrav. pgrav.
mg Passados alguns dias, o incauto pedreiro, agora a uma
1 3 10 3 2 2 12 altura igual ao dobro da anterior, deixa cair a metade de
] hB 5 ____________ ] hB 5 0,8 m 5 80 cm
1 3 10 um tijolo. A energia cinética dessa metade de tijolo em

36 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 05.indd 36 09.10.09 11:53:27


relação à do tijolo inteiro, quando ambos chegam ao solo, Em uma academia de ginástica,
desprezando-se o atrito é: uma jovem anda sobre uma es-

MAURIZIO POLVERELLI/
OTHER IMAGES
a) a metade c) o dobro teira rolante horizontal que não
dispõe de motor (figura ao lado),
b) a mesma d) o triplo
movimentando-a. O visor da
Pela conservação da energia mecânica, a energia cinética esteira informa que ela andou a

uma velocidade constante de 5,4
do tijolo ao atingir o solo é igual à energia potencial no km/h e que, durante 30 minutos,

foram consumidas 202,5 quilo-
ponto de onde foi abandonado. calorias. Adote 1,0 cal 5 4,0 J.

Considerando-se que a energia consumida pela esteira se
Energia cinética do tijolo inteiro (Ec): Ec 5 Ep  ]  Ec5 m 3 g 3 h
deve ao trabalho desempenhado pela força (supostamen-
te constante) que a jovem exerceu sobre a esteira para
Energia cinética da metade do tijolo (​E​c​ ​ ​)​ :
½
movimentá-la, a intensidade dessa força, em newtons (N),
m que a jovem exerce sobre a esteira é:
​E​​c​ ​​ 5 ​E​p​ ​ ​ ​ ]  ​E​c​ ​ ​​ 5 __
​   ​  3 g 3 2 h  ]  ​E​c​ ​ ​​ 5 m 3 g 3 h
½ ½ ½
2 ½
a) 4,0 3 102 c) 5,0 3 102 e) 3,5 3 102
Assim, as energias cinéticas dos dois objetos são as b) 3,0 3 102 d) 6,0 3 102

mesmas ao atingirem o solo. A distância percorrida em meia hora é de 2,7 km.


Transformando a energia consumida de quilocalorias para

14. (Unicamp-SP) O aperfeiçoamento de aeronaves que se
deslocam em altas velocidades exigiu o entendimento kJ, temos 810 kJ. Da definição de trabalho de uma força

das forças que atuam sobre um corpo em movimento
num fluido. Para isso, projetistas realizam testes aero- constante, temos:
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


dinâmicos com protótipos em túneis de vento. Para que
o resultado dos testes corresponda à situação real das D 5 F 3 d  ]  810 5 F 3 2,7  ]  F 5 300 N

aeronaves em voo, é preciso que ambos sejam caracteri-
zados por valores similares de uma quantidade conhecida 16. (Mackenzie-SP) Certo garoto, com seu skate, desliza pela
como número de Reynolds R. Esse número é definido como rampa, descrevendo o segmento de reta horizontal AB,
VL com movimento uniforme, em 2,0 s. As resistências ao
R 5 ___​   ​ , onde V é uma velocidade típica do movimento, L
b movimento são desprezíveis.
é um comprimento característico do corpo que se move
e b é uma constante que depende do fluido.
A B
a) Faça uma estimativa do comprimento total das asas e d/4
C D
da velocidade de um avião e calcule o seu número de
d
Reynolds. Para o ar, bar 7 1,5 3 1025 m2/s.
b) Uma situação de importância biotecnológica é o mo- d
vimento de um micro-organismo num meio aquoso, Considerando d igual a 20 m e o módulo de g igual a 10 m/s2,
que determina seu gasto energético e sua capacidade o intervalo de tempo gasto por esse garoto para descrever
de encontrar alimento. O valor típico do número de o segmento CD é de, aproximadamente:
Reynolds nesse caso é de cerca de 1,0 3 1025, bastante a) 1,0 s c) 1,6 s e) 2,8 s
diferente daquele referente ao movimento de um avião b) 1,4 s d) 2,0 s
no ar. Sabendo que uma bactéria de 2,0 jm de compri-
mento tem massa de 6,0 3 10216 kg, encontre a sua ener- Inicialmente, determinamos a velocidade do garoto no

gia cinética média. Para a água, bágua 7 1,0 3 1026 m2/s. d 20
ponto B: vB 5 ____
​     ​ 5 ​ ___ ​   ]  vB 5 10 m/s
a) V 5 250 m/s e L 5 50 m. Para essas estimativas, temos: StAB 2

VL 250 3 50 Considerando o nível de referência de alturas na reta CD,
R 5 ___
​    ​   ]  R 5 ________
​      ]  R 7 8,3 3 108
 ​ 
bar 1,5 3 1025 determinamos a energia mecânica total em B:
b) Primeiramente, determinamos a velocidade média da
m 3 102
Eme​c​B​5 E​pgrav​B​1 Eci​n​B​5 m 3 10 3 5 1 ______
​   ​   ]
bactéria com os dados do enunciado. 2

VL V 3 2,0 3 1026 ]  Eme​c​B​ 5 100 3 m joules
R 5 ____
​     ​   ]  1,0 3 1025 5 ___________
​   ​  ]

bágua 1,0 3 1026 Conservação da energia entre B e C:
]  v 5 5 3 1026 m/s
m 3 v2c
E​ ​ ​5 Epgrav​​c​ 1 Eci​n​c​ ] 100m 5 0 1 _____
​ mec​c ​   ​     ] 
Então, a energia cinética média vale: 2

6 3 10216 3 (5 3 1026)2
m 3 V2 _________________ ]  vc 7 14,2 m/s
Ecin 5 ​ ______
 ​  5 ​   ​     ]  Ecin 5 7,50 3 10227 J
2 2
Desprezados os atritos, o movimento no trecho CD

15. (UEPB) A esteira é o aparelho mais usado nas academias. As
também é uniforme. Logo:
mais modernas possuem um computador com visor que
informa o tempo, a distância, a velocidade, os batimen- d 20
vc 5 ____
​     ​   ]  14,2 5 ____
​    ​   ]  StCD 7 1,4 s
tos cardíacos e as calorias gastas, entre outras funções. StCD StCD

Trabalho, potência e energia NO VESTIBULAR 37

FIS_PLUS_TOP 05.indd 37 09.10.09 11:53:29


Princípio da conservação da
quantidade de movimento
O impulso e a quantidade de movimento são duas grandezas vetoriais
relacionadas pelo teorema do impulso. Essas grandezas são importantes para a
análise das colisões entre corpos. Para sistemas de corpos isolados de forças
externas a quantidade de movimento se conserva.

Quantidade de movimento F

Quantidade de movimento (ou momento linear) de um corpo


de massa m e velocidade v é a grandeza vetorial Q 5 mv, com
A1 A3
as seguintes características:
Módulo: OQO 5 m 3 ovO. A2 t
Direção: a mesma de v.
Sentido: o mesmo de v. I 5 A1 2 A2 1 A3 (numericamente)
Figura 2

Impulso
Teorema do impulso

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


O impulso é a grandeza física que relaciona a força aplicada
a um corpo com o intervalo de tempo durante o qual a força As grandezas impulso e quantidade de movimento estão
age no corpo. relacionadas por meio do teorema do impulso: o impulso
da força resultante num dado intervalo de tempo é igual à
variação da quantidade de movimento do corpo no mesmo
sebastien nogier/reuters/latinstock

intervalo de tempo.

IR 5 SQ 5 Q2 2 Q1

Note que a expressão anterior trata de uma subtração de


vetores. Além disso, fica claro que, para alterar a quantidade
de movimento de um corpo, é necessário aplicar uma força
que interaja com ele durante certo intervalo de tempo.
patrick straub/epa/corbis/latinstock

Figura 1
A raquete está aplicando na bola um impulso, isto é, uma força durante
certo intervalo de tempo.

Força constante
Considere uma força F constante atuando num corpo du-
rante o intervalo de tempo St.
O impulso I dessa força constante nesse intervalo de tempo Figura 3
A força exercida pela jogadora,
é a grandeza vetorial I 5 F 3 St, com as características: ao efetuar uma cortada, altera a
• Módulo: OI O 5 OF O 3 St; quantidade de movimento da bola.
• Direção: a mesma de F;
• Sentido: o mesmo de F.
Conservação da quantidade
Força de direção constante de movimento
e intensidade variável Se o sistema de corpos está isolado de forças externas,
vale o princípio de conservação da quantidade de movi-
Se a força tiver direção constante e intensidade variável mento:
durante a interação, o impulso é numericamente igual à
soma algébrica das áreas entre o gráfico F # t e o eixo dos Qantes 5 Qdepois
abscissas.

38 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 06.indd 38 07.10.09 10:55:27


É importante notar que a Se os sentidos dos movimentos coincidem, o módulo da
conservação da quantidade velocidade relativa será a diferença entre os módulos das ve-

photodisc/cid
de movimento ocorre mesmo locidades de cada um dos corpos.
que não haja conservação da
vA vB vA vB
energia mecânica. Trata-se B A
A B
de um princípio mais geral,
usado mesmo em colisões de Situação 3 Situação 4
partículas subatômicas.
Supondo vA . vB, a velocidade relativa nas situações 3 e 4 será:
Figura 4
No lançamento de um vrel 5 vA 2 vB
foguete, para que ele
se mova para cima, é
necessário expulsar uma
enorme quantidade de
gás em sentido oposto. A
Quantidade de movimento
quantidade de movimento
do sistema foguete 1 gás
em uma dimensão
se conserva. A quantidade de movimento Q de um sistema de corpos, A e
B, com quantidades de movimento QA e QB, respectivamente,
é dada por: Q 5 QA 1 QB.
Colisões unidimensionais Quando os vetores têm mesma direção, a igualdade vetorial
transforma-se numa igualdade escalar, adotando-se um
Numa colisão mecânica, supondo-se que a massa dos
eixo e projetando-se os vetores.
corpos não se altere, ocorrem duas etapas: deformação e
Assim, temos os exemplos:
restituição. Na deformação, a energia cinética dos corpos
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

anterior ao choque se transforma em energia potencial 1o)  QA = mAvA


QB = mBvB
elástica, energia sonora (ruído) e energia térmica (calor). Na A eixo
restituição, toda ou parte da energia transformada retorna- B +
adotado
rá, na forma de energia cinética. As colisões passam então
Em relação ao eixo adotado:
a ser classificadas de acordo com o reaproveitamento da
Q 5 QA 2 QB
energia cinética após a colisão, como veremos a seguir.

Q 5 mAvA 2 mBvB
matthias kulka/zefa/
corbis/latinstock

2o)  QA = mAvA
QB = mBvB
A eixo
B +
adotado

Em relação ao eixo adotado:


Figura 5
 Q 5 QA 1 QB
A colisão da
bola de boliche
com os pinos é Q 5 mAvA 1 mBvB
praticamente
elástica.

Coeficiente de restituição
Velocidade relativa É a razão entre o módulo da velocidade relativa dos corpos
em uma dimensão depois da colisão e o módulo da velocidade relativa dos
corpos antes da colisão.
Analisemos cuidadosamente todas as possibilidades de
sentido de velocidades vetoriais entre duas esferas que ​v​r​el​ ​​
e 5 ______
depois
colidem na mesma direção. ​ ​v​  ​​ 
​rel​antes​
Se os sentidos dos movimentos dos corpos são opostos,
o módulo da velocidade relativa corresponde à soma dos
módulos das velocidades de cada um dos corpos. Se e 5 1, a energia cinética se conserva, e a colisão é dita
perfeitamente elástica.
Se e 5 0, não ocorre restituição, e os corpos permanecem
vA vB vA vB
A B A B
unidos após a colisão. Essa colisão, na qual ocorre a maior
perda de energia cinética, é conhecida como perfeitamente
Situação 1 Situação 2 inelástica.
Se 0 , e , 1, a restituição da energia cinética é parcial, e
Para as situações 1 e 2, temos: a colisão é denominada parcialmente elástica.

vrel 5 vA 1 vB Conteúdo digital Moderna PLUS http://www.modernaplus.com.br/


Vídeo: Tipos de colisões

princípio da conservação da quantidade de movimento 39

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Princípio da conservação da quantidade de movimento

No Vestibular

1. (UFRGS-RS) Um veículo de massa 500 kg, percorrendo uma O impulso que a força imprimiu ao corpo foi de:
estrada horizontal, entra numa curva com velocidade de a) 150 N 3 s c) 40 N 3 s
50 km/h e sai numa direção que forma um ângulo de 60w b) 300 N 3 s d) 20 N 3 s
com a direção inicial e com a mesma velocidade de 50 km/h.
Em unidades do Sistema Internacional, a variação da O impulso (I) da força em questão é numericamente igual

quantidade de movimento do veículo, ao fazer a curva,
em módulo, foi de, aproximadamente: à área sob o gráfico.

a) 7,0 3 10 4 4
c) 3,0 3 10 3
e) 3,0 3 10 b 3 h 10 3 30
Logo: I 5 ____
​   ​ 5 ______
​   ​    ]  I 5 150 N 3 s

b) 5,0 3 104 d) 7,0 3 103 2 2
De acordo com o gráfico, a projeção F da força sobre o
Considere a figura:

Antes da curva Depois da curva corpo é sempre positiva. Logo, o valor do impulso também

y y
Qy será positivo. Portanto: I 5 150 N 3 s.
Q

Q0 60°
Qx 3. (Mackenzie-SP) Uma bola de bilhar de 100 g, com velo-
x x cidade de 8 m/s, atinge a lateral da mesa, sofrendo um
choque perfeitamente elástico, conforme mostra a figura.
Fazendo a devida conversão, a velocidade do veículo é de No choque, a bola permanece em contato com a lateral

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da mesa durante 0,08 s.
14 m/s. Assim, a quantidade de movimento do veículo antes

da curva era: Q0 5 mv 5 500 3 14  ]  Q0 5 7.000 kg 3 m/s 30° 30°

Após a curva:

• na direção x:

Qx 5 m 3 vx  ]  Qx 5 mv 3 cos 60w  ] A intensidade da força que a bola aplica nessa lateral é de:

1 1 a) 20 N c) 16 N e) 10 N
]  Qx 5 500 3 14 3 __
​   ​  ] Qx 5 7.000 3 __
​   ​  kg 3 m/s
2 2 b) 18 N d) 15 N
• na direção y: Para determinar a intensidade F da força, usamos o

Qy 5 m 3 vy  ]  Qy 5 mv 3 sen 60w teorema do impulso:

d 3 ​ 
​ ll d 3 ​ 
​ ll OSQO
___
Qy 5 500 3 14 3 ​   ​   ]  Qy 5 7.000 3 ​   ​ kg 3 m/s ___ IF 5 OSQO  ]  F 3 St 5 OSQO  ]  F 5 _____
​   ​ 

2 2 St
@  # @  #
2
1 2 d 3 ​ 
​ ll
Agora: Q 5 Qx 1 Qy 5 ​​ 7.000 3 ​   ​   ​​ ​1 ​​ 7.000 3 ___
2 2 2 __ ​   ​   ​​ ​] Segundo o enunciado: St 5 0,08 s. Falta determinar SQ.
2 2


2 1 __
__ 3
@  #
]  Q 5 49.000 ​ ​   ​  1 ​   ​   ​]  Q 5 7.000 kg 3 m/s
4 4
Como o choque é perfeitamente elástico, podemos escrever:

Da relação vetorial SQ 5 Q 2 Q0, OQinicialO 5 OQfinalO 5 mv 5 0,1 kg 3 8 m/s 5 0,8 kg 3 m/s


Q SQ
temos o esquema: 60° Agora: SQ 5 Qfinal 2 Qinicial. Vetorialmente:

–Q0
Qfinal

Como Q 5 Q0 e o ângulo entre Q e Q0 é de 60w, o triângulo SQ 60°



da figura é equilátero. Logo: SQ 5 7.000 kg 3 m/s. –Qinicial

2. (U. Braz Cubas-SP) A força que age em um corpo variou


segundo o gráfico dado. Como OQfinalO 5 OQinicialO e o ângulo entre Qfinal e 2Qinicial é

F (N)
30 de 60w, o triângulo da figura é equilátero.

Logo: OSQO 5 0,8 kg 3 m/s

0 10 t (s)
e u
SQ
Assim: F 5 ​ ___
St
0,8
​   ​  ​5 ____
​    ​  ]  F 5 10 N.
0,08

40 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 06.indd 40 07.10.09 10:55:29


4. (UEL-PR) A quantidade de movimento de um ponto mate- Determine o módulo da força de interação entre eles, em
rial se mantém constante num dado intervalo de tempo. newtons.
Com relação à intensidade da resultante das forças que Com respeito à interação entre os dois móveis, temos a
agem sobre esse corpo, pode-se afirmar que:
a) é constante não nula. figura:

b) é nula. Antes do choque Durante o choque
c) aumenta linearmente com o tempo. vA = 12 m/s vB = 29 m/s Depois do cho
d) diminui linearmente com o tempo.
A B A B A B
e) é não nula e tem o mesmo sentido do movimento. (+) (+)
mA = 0,08 kg mB = 0,06 kg St = 0,01 s
SQ 5 0 Antes do choque Durante o choque

vAimpulso,
= 12 m/s temos:
vB = 29 Depois do choque
Mas, pelo teorema do I​ F​​ ​ ​​ 5m/s
OSQO; daí:
R
A B A B A B
FR 3 St 5 0. Como St % 0, devemos ter: FR 5 0. (+) (+) (+)
mA = 0,08 kg mB = 0,06 kg
St = 0,01 s
Considerando o choque entre os corpos como

mecanicamente isolado, a quantidade de movimento do
5. (UFC-CE) Na superfície de um lago congelado (considere
nulo o atrito), um menino de 40 kg empurra um homem de sistema é conservada, isto é:
80 kg. Se este adquirir a velocidade de 0,25 m/s, o menino:
a) escorregará, em sentido contrário, com velocidade igual (Qsist)antes 5 (Qsist)depois  ]  mAvA 1 mBvB 5 v(mA 1 mB)  ]

em módulo.
b) ficará parado. ]  0,08 3 12 2 0,06 3 9 5 v(0,08 1 0,06)  ]  v 5 3 m/s
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


c) deslizará, em sentido oposto, com velocidade de
0,50 m/s.
que corresponde à velocidade do sistema após o choque. Para

d) deslizará, para trás, com velocidade de 2 m/s.
determinar a força trocada entre os móveis durante a colisão,
Considere a seguinte sequência de figuras com respeito à

escolhemos o corpo A e aplicamos o teorema do impulso:
interação entre o homem (H) e o menino (M):

IF 5 OSQO  ]  F 3 St 5 OmAv 2 mAvAO  ]
vH0v=H0v=M0v=M00= 0
Fe Fe F F ]  F 3 0,01 5 O0,08 3 3 2 0,08 3 12O  ]  F 5 72 N
M MH H M MH H M M H H
(+) (+) (+) (+) (+) (+)

Antes
Antes
da da
interação
interação Durante
Durante
a interação
a interação vM =
vM?= ? vH =vH0,25
= 0,25
m/sm/s
7. Depois
(UFMS) daUma
Depois da esfera de massa m se movimenta sobre um
interação
interação

Fe F apoio plano horizontal sem atrito com velocidade v e
M H M H choca-se frontalmente com outra, de massa 2m, que se
(+) (+) (+)
Durante a interação vM = ? vH = 0,25 m/s movimenta com velocidade 22v. Sabendo-se que a co-
Depois da interação lisão foi inelástica, a velocidade do conjunto constituído

pelas duas esferas será:
Admitindo que o sistema (homem 1 menino) seja
v v v
a) 2 ​ __ ​   c) 2 __
​   ​   e) __
​   ​  
mecanicamente isolado, podemos escrever: 2 3 3

3v
b) 2 ___
​   ​   d) 2v
(Qsist)depois 5 (Qsist)antes  ]  mMvM 1 mHvH 5 0 4

Considere a figura:
40 3 vM 1 80 3 0,25 5 0  ]  40vM 5 220 ] vM 5 20,5 m/s.

Portanto, o menino se desloca em sentido oposto ao do Antes
Antesdadacolisão
colisão Colisão
Colisãoinelástica
inelástica Depois
Depoisdadacolisã
coli


vv –2v
–2v ??
homem com velocidade de 0,5 m/s. mm 2m
2m mm2m
2m mm2m
2m
(+)(+) (+)(+)

Antes da colisão
Colisão inelástica Depois da colisão

v –2v ?
6. (UFSC) Dois carrinhos m de brinquedo,
2m A e B, de massas m 2m m 2m
(+) (+) (+)
mA 5 0,08 kg e mB 5 0,06 kg, estão se movendo ao longo

de um trilho reto e plano, com velocidade de módulos
vA 5 12 m/s e vB 5 9 m/s, conforme a figura a seguir. Após Aplicando a conservação da quantidade de movimento ao

o choque, com duração de 0,01 segundo, os carrinhos
passam a se mover juntos. sistema formado pelas duas partículas, temos:

vA vB (Qsist)antes 5 (Qsist)depois  ]  mv 2 4mv 5 3mV  ]

A B ]  V 5 2v

Princípio da conservação da quantidade de movimento NO VESTIBULAR 41

FIS_PLUS_TOP 06.indd 41 07.10.09 10:55:30


8. (UFBA) Um bloco A, com 2 kg de massa, deslocando-se sem
atrito sobre uma superfície horizontal plana, com veloci- a) Como o choque é frontal e elástico a velocidade

dade de módulo igual a v, atinge, em colisão frontal, um
bloco B, com 3 kg de massa, inicialmente em repouso. Após da bola após o choque é de 220 m/s. Logo:

a colisão, A e B deslocam-se unidos, com velocidade igual
a 6 m/s. Admita agora que a colisão ocorra, nas mesmas OSQO 5 OQdepois 2 QantesO 5 Omv 2 mv0O  ]

condições da colisão anterior, entre o bloco A e uma mola
ideal. A mola tem constante elástica igual 5 3 105 N/m e foi ]  OSQO 5 O0,5(220) 2 0,5 3 20O  ]

colocada no lugar de B, com uma das extremidades fixa.
Determine a deformação máxima da mola, em unidades ]  OSQO 5 20 kg 3 m/s

do SI e em notação científica.
b) Pelo teorema do impulso, temos:
Vamos determinar a velocidade inicial v do bloco A,

IF 5 OSQO  ]  IF 5 20 N 3 s
admitindo que o sistema seja isolado. Para tanto,

considere a figura:

Antes da colisão Depois da colisão
vA = v vB = 0 vA + B = 6 m/s

A B A B 10. (UFSC) Uma esfera maciça cuja massa é 2,0 kg desloca-se,


(+) (+)
mA = 2 kg mB = 3 kg com velocidade 10 m/s, no interior de uma canaleta que
permite apenas o movimento unidimensional. Ela colide
com uma outra esfera, de massa 1 kg, que se movimenta
Pela conservação da quantidade de movimento, temos:
em sentido contrário com o dobro da velocidade. Deter-

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


(Qsist)antes 5 (Qsist)depois  ]  mAv 5 vA 1 B(mA 1 mB)  ] mine o módulo da velocidade de cada uma das esferas
após a colisão, sabendo que o coeficiente de restituição
]  2v 5 6(2 1 3)  ]  v 5 15 m/s da colisão é 0,5.

O enunciado sugere a seguinte figura:
Portanto, a energia cinética associada ao corpo A antes da
Antes da colisão
Antes da colisão
colisão é:
vA =v 10
= m/sm/s vB =
10 v –20 m/sm/s
= –20 Durante a colisão
Durante a colisão Após a colis
Após a co
0 A 0 B
2
0 0

mAv 2 3 15 2
A A
EC 5 _____
​   ​    ]  EC 5 ______
​   ​    ]  EC 5 225 J B B A AB B A A
2 2 (+) (+) (+) (+)
mA m
= 2=kg2 kg mB =
mB1=kg1 kg
No choque com a mola,
Antespara que haja deformação
da colisão
A

v = 10 m/s v = –20 m/s Durante a colisão
Após a colisão
máxima, toda energia
A0
cinéticaB0 do corpo A deve ser

A B A B A B
convertida em energia potencial elástica.(+)Portanto, por (+) (+)
mA = 2 kg mB = 1 kg
conservação de energia, temos:

kx2 Dado que 0 , e , 1, trata-se de um choque parcialmente
EC 5 ​E​P​ ​ ​ ​ ]  225 5 ___
​   ​   ]
elást
2
2 3 225 elástico. Usando a definição, temos:
]  x2 5 ______
​   ​

  ]  OxO 5 3 3 1022 m
5 3 105 vA 2 vB vA 2 vB
e 5 _______
​    ​  ]  0,5 5 __________
​     ​  
]  vA 2 vB 5 15  (1)
​v​A​ ​ ​​ 2 ​v​B​ ​ ​​
0 0
10 2 (220)
9. (UFPB) Uma bola de massa 500 g e velocidade 72 km/h choca- Usando agora a conservação da quantidade

-se frontal e elasticamente com uma parede. Determinar:
a) A intensidade da variação da quantidade de movimento. de movimento do sistema, temos:

b) A intensidade do impulso da força aplicada pela parede
(Qsist)antes 5 (Qsist)depois  ]  mA​v​A​ ​ ​​ 1 mB​v​B​ ​ ​​ 5 mAvA 1 mBvB  ]
sobre a bola durante a colisão. 0 0

Com respeito à colisão, considere a figura: ]  2 3 10 1 1(220) 5 2vA 1 vB  ]  2vA 1 vB 5 0  ]



v0 = 72 km/h = 20 m/s ]  vB 5 22vA  (2)
m = 0,5 kg

F Substituindo (2) em (1), vem:


(+) (+)
vA 2 (22vA(+)
) 5 15  ]  OvAO 5 5 m/s

20 m/s
g Substituindo vA 5 5 m/s em (2), resulta:

F
vB 5 210 m/s  ]  OvBO 5 10 m/s

(+) (+) (+)

42 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 06.indd 42 07.10.09 10:55:31


11. (Uesc-BA) De acordo com a Infraero, no aeroporto Sal-
gado Filho, em Porto Alegre-RS, 18 acidentes causados FR 5 d​ llllll
F21 1 P2 ​ 
  ]  FR 5 d​ llllllll
152 1 202 ​ 
  ]  FR 5 25 N

por choques de aves com aeronaves foram registrados
em 2007 e mais quatro nos cinco primeiros meses de
b) O módulo do impulso, que é igual ao módulo
2008. Considere uma ave com 3,0 kg que se chocou
perpendicularmente contra a dianteira de uma aero-
da variação da quantidade de movimento, é
nave a 540,0 km/h. Sabendo-se que o choque durou
0,001 s e desprezando-se a velocidade da ave antes
numericamente igual à área sob o gráfico entre os
do choque, a força aplicada na dianteira da aeronave
é equivalente ao peso de uma massa, em toneladas,
instantes pedidos.
aproximadamente igual a: (15 1 20) 3 4

I 5 ___________
​   ​    ]  SQ 5 70 N 3 s
a) 25 c) 40 e) 50 2
b) 35 d) 45
13. (Ufes) Um bloco A é lançado em um plano horizontal com
540 km/h 5 150 m/s velocidade de módulo vA 5 4,0 m/s. O bloco A tem mas-

sa mA 5 2,0 kg e colide frontalmente com uma esfera B
Quantidade de movimento da ave após o choque: de massa mB 5 5,0 kg. Inicialmente, a esfera encontra-se

em repouso e suspensa por um fio ideal de comprimento L,
Q 5 m 3 v 5 3 3 150  ]  Q 5 450 kg 3 m/s fixo em O, como mostra a figura abaixo. Após a colisão,

a esfera atinge uma altura máxima de hB 5 0,20 m. Os
Pelo teorema do impulso:
atritos do bloco A e da esfera B com a superfície são
desprezíveis.
SQ 5 I 5 F 3 St  ]  450 5 F 3 0,001  ]

O
]  F 5 450.000 N

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

O peso de 450.000 N equivale a uma massa de 45.000 kg,



ou 45 toneladas.

12. (UFC-CE) A única força horizontal (ao longo do eixo x) que vA hB


A B
atua em uma partícula de massa m 5 2 kg é descrita, em
um dado intervalo de tempo, pelo gráfico abaixo.

F (N) Com essas informações:


a) determine o módulo da velocidade da esfera B, ime-
diatamente após a colisão;
20 b) determine o módulo e o sentido da velocidade do corpo
A, após a colisão;
c) determine a diferença entre a energia cinética do sis-
tema, antes e após a colisão;
F1
d) responda se a colisão foi ou não perfeitamente elástica.
Justifique a sua resposta.
0 1 3 7 9 t (s) a) Energia potencial da esfera na altura máxima:

A partícula está sujeita a um campo gravitacional uni- Epgrav 5 m 3 g 3 hB 5 5 3 10 3 0,2  ]  Epgrav 5 10 J
forme cuja aceleração é constante, apontando para baixo
ao longo da vertical, de módulo g 5 10 m/s2. Despreze Pela conservação de energia da esfera, temos:

quaisquer efeitos de atrito. 5 3 v2B
a) Determine o módulo da força resultante sobre a partí- Ecin 5 Epgrav  ]  ​ _____
 ​ 5 10  ]  vB 5 2 m/s
2
cula entre os instantes t1 5 1 s e t2 5 3 s, sabendo que o
impulso ao longo da direção horizontal foi de 30 N 3 s b) Conservação da quantidade de movimento:

no referido intervalo de tempo.
Qantes 5 Qdepois  ]  2 3 4 5 2 3 veA 1 5 3 2  ] veA 5 21 m/s
b) Determine a variação da quantidade de movimento
da partícula, na direção horizontal, entre os instantes
O sinal negativo indica o sentido para a esquerda.
t2 5 3 s e t3 5 7 s.
2 3 42
a) O intervalo de tempo é de 2 s. Como a força nesse c) ​E​c​ ​ ​​ 5 _____
​   ​     ]  ​E​c​ ​ ​​5 16 J
antes
2 antes

231 2
5 3 22
intervalo é constante, na horizontal temos: ​E​​c​ ​​5 _____ ​   ​   1 ​ _____  ​    ]  ​E​c​ ​ ​​ 5 11 J
depois
2 2 depois

I 5 F1 3 St  ]  30 5 F1 3 2  ]  F1 5 15 N Portanto, SE 5 5 J.

Na vertical, temos o peso de 20 N. Portanto, o módulo d) A colisão não foi perfeitamente elástica, pois o sistema

da resultante entre esses instantes é: não conservou a energia mecânica inicial de 16 J.

Princípio da conservação da quantidade de movimento NO VESTIBULAR 43

FIS_PLUS_TOP 06.indd 43 07.10.09 10:55:31


Aplicações das leis de Newton
e a Gravitação Universal
As leis de Newton funcionam com precisão quando aplicadas para interpretar fenômenos
comuns no dia a dia. São lembradas aqui diversas aplicações diretas, como o plano
inclinado, as polias, o atrito e a resistência do ar. Além disso, o grande triunfo da teoria
newtoniana é sua explicação para a gravitação dos corpos. Ela engloba as leis de Kepler,
dando uma explicação fisicamente plausível para cada uma delas.

Plano inclinado Comportamento da força de atrito


Num plano inclinado perfeitamente liso, há apenas duas F
forças agindo nos corpos apoiados sobre ele: o peso do
corpo e a reação normal do apoio. É conveniente decom-
Fat.(e)
por o peso segundo duas direções – paralela ao plano
Fat.(d)
inclinado e perpendicular a ele. A componente normal PN
Movimento
é responsável por manter o corpo apoiado sobre o plano;

o
us
a componente paralela Pt produz o movimento de descida

po
Re
do corpo ao longo do plano.

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


FN 0 F

PN 5 P 3 cos J Fat.(e) 5 je 3 FN Fat.(d) 5 jd 3 FN je . jd

Pt 5 P 3 sen J
Figura 3
Pt Gráfico da força de atrito em função da força aplicada.

J
PN Resultante centrípeta
Qualquer movimento uniforme de trajetória curva apre-
P
J senta uma resultante de forças não nula, denominada
resultante centrípeta. Ela garante que o corpo consiga
Figura 1 efetuar uma curva até o final. Pelo príncipio fundamental
Esquema de forças atuantes num bloco apoiado no plano inclinado. da Dinâmica, temos:

Atrito v2
Fcp 5 m 3 acp  ]  Fcp 5 m 3 __
​   ​ 
R
A força de atrito tem sentido contrário ao movimento ou
à tendência de movimento do corpo. Para que um corpo
em repouso entre em movimento é necessária uma força Andrei nekrassov/shutterstock

mais intensa que a usada para manter o corpo executando


movimento retilíneo uniforme.

Fat F Figura 4
As forças que atuam em cada pessoa que está no
chapéu mexicano garantem a aceleração centrípeta
para a realização do movimento curvilíneo.
Figura 2
Detalhe da região de contato da caixa com o chão, mostrando as A direção do vetor Fcp é sempre radial, e tem sentido apon-
irregularidades das superfícies. tando para o centro da trajetória.

44 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 07.indd 44 07.10.09 11:00:11


Leis de Kepler Lei de Newton
As leis de Kepler descrevem os movimentos dos planetas da Gravitação Universal
de nosso sistema solar, tomando o Sol como referencial.
Isaac Newton estabeleceu que quaisquer pares de corpos
Primeira lei (lei das órbitas): as órbitas dos planetas no universo se atraem, com forças cujas intensidades são
ao redor do Sol são elipses, com o Sol ocupando um dos proporcionais às suas massas e inversamente proporcio-
focos. nais ao quadrado da distância que os separa.

Força gravitacional (atração)

F1 F2 F F
r
Sol m
M

Figura 7
Planeta A força de atração que o Sol exerce na Terra é que mantém nosso
planeta em órbita em torno do Sol.

Figura 5 G 3 M 3 m N 3 m2


Esquema da órbita dos planetas em torno do Sol. F 5 _________
​   ​    em que G 7 6,67 3 10 211 ______
​   ​ 

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

r2 kg2
Segunda lei (lei das áreas): o segmento imaginário que
A partir dessa expressão, combinada com suas três leis da
une o centro do planeta ao centro do Sol (chamado raio
dinâmica, Newton pôde demonstrar as leis de Kepler e deter-
vetor) varre áreas proporcionais aos intervalos de tempo
minar o valor da constante K da lei dos períodos.
de percurso.

4s2
t K 5 ​ _______
   ​ 
G 3 MSol
A1

Aceleração da gravidade
Na superfície do planeta de massa M e raio R:
t A2 A1 = A2

SSol G 3 M
g 5 ______
​  2 ​ 

R

Num ponto com altura h em relação à superfície:


Planeta
G 3 M
g 5 ________
​    ​ 
Figura 6 (R 1 h)2
Se as áreas A1 e A2 são iguais, o tempo gasto para percorrer os dois
trechos também é o mesmo.

Em geral: Corpos em órbita


Velocidade orbital a uma distância r do centro do planeta:
A1
____ A2
​    ​ 5 ____
​    ​ 5 constante Se A1 5 A2  ]  St1 5 St2
d
St1 St2 lllll
G 3 M
v 5 ​ ______
​   ​ ​ 
  
r
Terceira lei (lei dos períodos): o quadrado do período de
Período orbital:
translação de um planeta ao redor do Sol é proporcional
ao cubo do raio médio da respectiva órbita.
4s2 3
T 5 ______
​    ​ r
G 3 M
​T ​2​ ​ ​T ​2​​ 
___
​  3 ​ 5 ​ ___3 ​ 5 K
1 2

​r ​1​ ​ ​r ​2​ ​
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A constante K depende da massa do Sol. Vídeo: Atrito estático e atrito dinâmico

aplicações das leis de newton e a gravitação universal 45

FIS_PLUS_TOP 07.indd 45 07.10.09 11:00:12


Aplicações das leis de Newton e a Gravitação Universal

No Vestibular
1. (FMIt-MG) Temos na figura um plano inclinado que faz um
ângulo J com a horizontal e sobre o qual se encontra uma é que P2 5 Px. Portanto, as respostas da questão I são,
massa M1. Suspensa por uma corda de massa desprezível,
ligando-a à massa M1, está a massa M2. respectivamente:

M2 . M1 3 sen J; M1 3 sen J . M2 e M2 5 M1 3 sen J

Pelas condições em II, verifica-se que M1 3 sen J . M2, pois:

M1
M1 3 sen J 5 40 3 0,5 5 20 . 10

Logo, o corpo M1 desce o plano inclinado em movimento

M2
acelerado.

J
Orientando a trajetória no sentido anti-horário, temos:

Desprezando os eventuais atritos, responder às questões
•  para o corpo de massa M1:
que se seguem.
I. A condição para que o corpo de massa M2 desça em mo- Px . T   ]  Px 2 T 5 M1 3 a  (1)

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


vimento acelerado é que . A condição para que o
corpo M1 desça em movimento acelerado é que . •  para o corpo de massa M2:

Se o sistema permanece em equilíbrio.
II. Na questão anterior, se M1 é igual a 40 kg, M2 5 10 kg P2 , T   ]  T 2 P2 5 M2 3 a  (2)

e J igual a 30w, podemos afirmar que:
Somando (1) e (2) membro a membro, temos:
a) o corpo de massa M1 descerá o plano com aceleração
de 2,5 m/s2. Px 2 P2 5 M1 a 1 M2 a  ]  M1 g 3 sen 30w 2 M2 g 5 a(M1 1 M2)  ]
b) o corpo de massa M1 descerá o plano com uma acele-
ração de 2,0 m/s2. ]  g(M1 3 sen 30w 2 M2) 5 a(M1 1 M2)  ]

c) o sistema se deslocará com uma aceleração de 6,0 m/s2.
d) o sistema se deslocará com uma aceleração de 9,8 m/s2. 10(40 3 0,5 2 10) 5 a(40 1 10)  ]  a 5 2 m/s2

e) o sistema se deslocará com uma aceleração de 10 m/s2.
Antes de discutir as questões, vamos marcar as forças que 2. (Unicamp-SP, adaptada) Um objeto é abandonado com

v0 5 0 a 2.420 m de altura.
agem sobre cada um dos blocos de massas M1 e M2 e suas a) Considerando a queda livre, ou seja, desprezando o atri-

to com o ar, calcule quanto tempo duraria a queda.
componentes:
b) Devido ao atrito com o ar, após percorrer 200 m em 7,0 s, o
objeto atinge a velocidade terminal constante de 60 m/s.
T
Neste caso, quanto tempo dura a queda?
N
a) Em queda livre, a única força que atua sobre o objeto
M1 T
durante todo seu movimento é a força peso; portanto:

Px P1
M2 a 5 g. Observe a figura:

J
P2 v0 = 0; s0 = 0; t0 = 0
Origem
Dessa forma, para que o corpo de massa M2 desça em
P
movimento acelerado, devemos ter:

P2 . Px  ]  M2 g . P1 3 sen J ]

s = 2.420 m Solo
M2 g . M1 g 3 sen J  ]  M2 . M1 3 sen J
(+)
Por outro lado, para que o corpo de massa M1 desça em Substituindo os dados na equação horária do

movimento acelerado, devemos ter P2 , Px. Finalmente, movimento, temos:

10t2
a condição para que o sistema permaneça em equilíbrio 2.420 5 0 1 0t 1 ____
​   ​    ]  t 5 22 s
2

46 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 07.indd 46 07.10.09 11:00:13


4. (FEP-PA) Num lugar onde g 5 9,8 m/s2, um aluno gira com
b) Nesse caso, temos a figura: a mão um balde cheio de água, num plano vertical, em

v0 = 0; s0 = 0; t0 = 0 trajetória circular de raio 5 m. Qual a velocidade mínima
Origem que o conjunto deve ter no ponto mais alto da trajetória

para que a água não caia do balde?
F Movimento variado
a) 5 m/s c) 8 m/s e) 10 m/s
t = 7 s; s = 200m b) 7 m/s d) 9 m/s
P
Movimento uniforme Água
(v = 60 m/s) N
s = 2.420m Solo
(+) P
Balde
Segundo o enunciado, o tempo de queda durante o
Observe que a normal corresponde à reação da força
movimento variado é de 7 s. Portanto, falta acrescentar
que a água aplica sobre o fundo do balde quando ele se
a esse valor o tempo de queda durante o movimento
encontra nessa posição.
uniforme.
Para obtermos a velocidade mínima que o conjunto
O início do movimento uniforme ocorre em s0 5 200 m.
(balde 1 água) deve ter para que a água não caia, vamos
Assim, da relação s 5 s0 1 vt, temos:
considerar que a água no interior do balde esteja na

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

2.420 5 200 1 60t  ]  t 5 37 s


iminência de cair, ou seja, que N 5 0.
Logo, o tempo total de queda será:
Nessas condições, como o movimento do conjunto é
ttotal 5 7 1 37  ]  ttotal 5 44 s
circular, a resultante centrípeta sobre a água corresponde

3. (Uema) Uma pequena esfera de massa m 5 0,6 kg oscila ao seu peso:
num plano vertical e passa pelo ponto mais baixo com
velocidade v 5 2 m/s. Determine a intensidade da força v 2min
Fcp 5 P  ]  m​ ____ ​ 5 mg  ]  v 2min 5 Rg  ]
de tração no fio nesta posição. O fio tem comprimento R
0,3 m e adote g 5 10 m/s2. Rg ​ 5 d​ lllll
]  vmin 5 d​ lll   ]  vmin 5 7 m/s
5 3 9,8 ​ 

5. (Ufal) Dois blocos idênticos, de massa 2 kg cada, dimen-


sões desprezíveis e feitos do mesmo material, movem-
0,3 m -se juntos e em linha reta, com aceleração de 1 m/s2
sobre uma superfície horizontal com atrito (ver figura).
Em um dos blocos está aplicada uma força constante e
T horizontal de módulo F 5 14 N.

P F g

Como o movimento é curvilíneo, a esfera está submetida a



uma resultante centrípeta.

Para que haja resultante centrípeta sobre a esfera, Nessa situação, os módulos da força que um bloco exerce

sobre o outro e da força de atrito cinético valem, respec-
devemos ter T . P. Logo: tivamente:

mv2 a) 7 N e 5 N c) 7 N e 14 N e) 7 N e 20 N
Fcp 5 T 2 P  ]  ____
​   ​ 5 T 2 mg
R b) 5 N e 14 N d) 5 N e 20 N
em que R é o raio da trajetória, que corresponde, nesse Aplicando a segunda lei de Newton a cada um dos blocos,

caso, ao comprimento do fio. chegamos ao sistema:

14 2 fAB 2 fat 5 2 3 1
Substituindo os devidos valores na expressão acima, x
fAB 2 fat 5 2 3 1
obtemos: 14 2 2fat 5 4  ]  fat 5 5 N

2
0,6 3 2
______
​   5 T 2 0,6 3 10  ]  T 5 14 N
 ​  Retornando à segunda equação, obtemos FAB 5 7 N.
0,3

Aplicações das leis de Newton e a Gravitação Universal NO VESTIBULAR 47

FIS_PLUS_TOP 07.indd 47 07.10.09 11:00:13


6. (UFPEL-RS) Um cai- 9. (Vunesp) Considere um corpo na superfície da Lua. Pela
xote sobe um plano segunda Lei de Newton, o seu peso é definido como o pro-
rugoso de inclinação duto de sua massa m pela aceleração da gravidade g. Por
30w em relação à ho- outro lado, pela Lei da Gravitação Universal, o peso pode
rizontal, puxado por ser interpretado como a força de atração entre o corpo
uma força F aplicada e a Lua. Considerando a Lua como uma esfera de raio
por uma corda. Sen- 30o R 5 2 3 106 m e massa M 5 7 3 1022 kg, e sendo a constante
do Px a componente N 3 m2
da força peso tangente ao plano e FC a força de atrito ci- de gravitação universal G 5 7 3 10211 ​ _______ ​ 
, calcule:

kg2
nético entre o corpo e a superfície e sabendo que ele sobe
o plano com movimento uniforme (conforme a figura), a) a aceleração da gravidade na superfície da Lua;
analise as afirmativas abaixo. b) o peso de um astronauta, com 80 kg de massa, na
I. O módulo de F é igual à soma de Px 1 Fc. superfície da Lua.
II. O módulo de F é igual à soma de P 3 sen 30w 1 jc 3 P. a) A aceleração da gravidade na superfície da Lua pode

III. O módulo de F é igual a Px.
IV. O módulo de F é igual a P 3 sen 30w 1 jc 3 P 3 cos 30w. ser calculada como segue:

Estão corretas as afirmativas: GM 7 3 10211 3 7 3 1022 ________
49 3 1011
gLua 5 ___
​  2 ​ 5 _______________
​      ​ 
5 ​   ​ 
 ]
a) I e IV c) II e IV e) II e III R 6 2
(2 3 10 ) 4 3 1012
b) I e II d) III e IV ]  gLua 5 1,225 m/s2

No plano inclinado, Px 5 P 3 sen 30w e Fc 5 jc 3 N 5 jc 3 P 3 cos 30w.
b) Segundo o enunciado:

Como o bloco sobe em MU, a resultante das forças na
Pastr 5 m 3 gastr  ]  Pastr 5 80 3 1,225  ]

direção paralela à rampa deve ser nula. Logo, F 5 Px 1 Fc, o

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


]  PLua 5 98 N

que torna corretas as afirmativas I e IV.

10. (UFRGS-RS) Um planeta descreve trajetória elíptica em torno
7. (UFMT) Um motociclista de Globo da Morte, preocupado de uma estrela que ocupa um dos focos da elipse, conforme
com seu sucesso no espetáculo, pede a um professor de indica a figura abaixo. Os pontos A e C estão situados sobre o
física para calcular a velocidade mínima que terá que eixo maior da elipse, e os pontos B e D, sobre o eixo menor.
imprimir à sua moto para não cair no momento de passar
pelo teto do globo. Considerando o raio do globo igual a B
250 cm e a aceleração da gravidade igual a 10 m/s2, qual
Planeta
deverá ser a velocidade mínima?
a) 2,5 m/s c) 50,0 m/s e) 10,0 m/s C Estrela A
b) 25,0 m/s d) 5,0 m/s
Na situação-limite, temos Fcp 5 P; então:

2
m 3 v min
_______ 2 2 D
​   ​   5 m 3 g  ]  v min 5 R 3 g  ]  v min 5 2,5 3 10  ]
R
Se tAB e tBC forem os intervalos de tempo para o planeta
]  vmin 5 5 m/s percorrer os respectivos arcos de elipse, e se FA e FB forem,

respectivamente, as forças resultantes sobre o planeta nos
pontos A e B, pode-se afirmar que:
8. (UEL-PR) O planeta Vênus descreve uma trajetória pratica-
mente circular de raio 1,0 3 1011 m ao redor do Sol. Sendo a) tAB , tBC e que FA e FB apontam para o centro da estrela.
a massa de Vênus igual a 5,0 3 1024 kg e seu período de b) tAB , tBC e que FA e FB apontam para o centro da elipse.
translação 224,7 dias (2,0 3 107 segundos), pode-se afirmar c) tAB 5 tBC e que FA e FB apontam para o centro da estrela.
que a força exercida pelo Sol sobre Vênus é, em newtons, d) tAB 5 tBC e que FA e FB apontam para o centro da elipse.
de aproximadamente: e) tAB . tBC e que FA e FB apontam para o centro da estrela.
a) 5,0 3 1022 c) 2,5 3 1015 e) 2,5 3 1011
Baseemo-nos na segunda lei de Kepler para determinar
b) 5,0 3 1020 d) 5,0 3 1013
Nas condições do enunciado, a única força que age sobre a relação entre tAB e tBC, e na lei da Gravitação Universal

Vênus é a da atração gravitacional (F), que corresponde à para determinar os sentidos de FA e FB. Consideradas essas

própria resultante centrípeta: condições, observe a figura:

Área AB; tAB
F 5 Fcp  ]  F 5 mVênus 3 acp  ] B


2s 2
]  F 5 mVênus 3 h2R  ]  F 5 mVênus​​ ___
T @  #
​   ​    ​ ​3 R C
Área BC; tBC FB
FA
A
Estrela
Substituindo os devidos valores e adotando s 5 3,14, temos:

@  2 3 10 #
2 3 3,14 2
F 5 5 3 10 3 ​​ _______
24
​  7
 ​  ​​ ​3 1011  ]  F 7 5 3 1022 N D

48 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 07.indd 48 07.10.09 11:00:14


13. (Uesc-BA) Considere dois satélites, A e B, que se encontram
Como a estrela está mais próxima de A, temos: em órbitas circulares de raios R e 6R, respectivamente, em

torno de um planeta de massa M. Sendo G a constante de
área BC . área AB. Portanto, pela segunda lei de Kepler, gravitação universal, a razão entre os períodos de trans-

lação, TB e TA, dos satélites é igual a:
devemos ter tBC . tAB, uma vez que a velocidade de
a) 3 b) 8 c) 2​dll
3 ​   d) 6​dll
6 ​   e) 3​dll
7 ​ 


translação do planeta diminui à medida que ele se afasta

TB 2
Da terceira lei de Kepler, temos ​​ __
TA @  # @  #
RB 3
​   ​    ​​ ​5 ​​ __
​    ​   ​​ ​. Substituindo
RA
+
+ & BC​
da estrela, já que ​AB​ ​  
. Como a resultante das forças é os dados do enunciado, vem:

@  # @  # @  #

TB 2 6R 3 TB 2 TB
centrípeta, FA e FB apontam para o centro da estrela. ​​ __
​   ​    ​​ ​5 ​​ ___
​   ​   ​​ ​  ] ​​ __
​   ​    ​​ ​5 216  ]  __
​   ​    5  6​dll
6 ​ 
TA R TA TA

11. (PUC-MG) Dois corpos celestes de massas m1 e m2 estão 14. (UFPA) Em julho de 2005 três astrônomos anunciaram à
separados por uma distância d. O módulo da força de atra- União Internacional de Astronomia a descoberta de um
ção gravitacional entre eles é F. Reduzindo-se a distância novo planeta, reconhecido como o mais distante do Sistema
Solar, localizado na constelação de Cetus, chamado tecnica-
d
para ​ __  ​, a nova força gravitacional é: mente de 2003 UB313. A maior distância deste planeta ao Sol
3
é 97 UA (1 UA 7 1,5 3 108 km, que representa a distância média
F
a) __
​    ​ c) 4F e) 3F Terra-Sol), enquanto Plutão tem como maior distância 49 UA.
3 A massa do novo planeta é de aproximadamente 1,7 3 1022 kg
9F e a de Plutão é de aproximadamente 1,3 3 1022 kg. O tempo
b) ​ ___ ​  d) 9F
4 para o novo planeta completar sua órbita em torno do Sol
Pela lei da Gravitação Universal, temos: é de 560 anos, enquanto o de Plutão é de 250 anos.

m1 3 m2
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

F 5 G _______
​  2 ​   
d
d A2
Com __​   ​ , a intensidade da nova forma Fe será: 2003
3 UB313
G 3 m1 3 m2
_________ m1 3 m2 B1 A1
Fe 5 ​   ​  5 9 3 G ​ _______
   ​  5 9F Sol

@  #
2
d d2
​​ __
​   ​   ​​ ​
3
B2 Plutão
12. (UFF-RJ) Os satélites artificiais são utilizados para diversos
fins, dentre eles, a comunicação. Nesse caso, adota-se, prefe- Considerando as informações do texto e a figura acima, que
rencialmente, uma órbita geoestacionária, ou seja, o satélite representa as órbitas dos planetas, julgue as afirmações:
gira ao redor da Terra em um tempo igual ao da rotação da I. A força gravitacional entre o novo planeta e o Sol é
própria Terra, não modificando sua altitude nem se afastan- menor que a força gravitacional entre Plutão e o Sol
do do equador. O Brasilsat B4 é um satélite de telecomuni- quando ambos se encontram no afélio.
cações que se encontra em uma órbita geoestacionária de II. Se no trecho A1A2 o novo planeta gasta o mesmo tempo
raio, aproximadamente, 3,6 3 104 km. Nessas condições, os que no trecho B1B2, então sua velocidade de translação
valores aproximados da velocidade e da aceleração centrí- em A1A2 é maior do que em B1B2.
peta a que está submetido são, respectivamente: III. Como o novo planeta descreve uma trajetória elíptica
a) 2,6 km/s; 1,9 3 1024 km/s2 em torno do Sol, pode-se concluir que ele obedece à
b) 5,0 3 108 km/s; 1,4 3 104 km/s2 primeira lei de Kepler.
c) 2,6 km/s; 7,4 3 1023 km/s2 IV. O período do novo planeta é 2,24 vezes maior que o
período de Plutão.
d) 5,0 3 108 km/s; 1,9 3 1024 km/s2
Estão corretas apenas:
e) 15,0 km/s; 5,4 3 105 km/s2
a) I e IV c) II e III e) II, III e IV
A velocidade do satélite em órbita geoestacionária pode
b) I, III e IV d) I e II
2s
ser obtida pela relação: v 5 h 3 R  ]  v 5 ___
​   ​  3 R, A afirmação I é correta, já que a força gravitacional é
T
em que T 5 24 h (ou 86.400 s), já que o período de rotação inversamente proporcional ao quadrado da distância

do satélite deve ser o mesmo que o da Terra em torno do entre os corpos. UB313 tem a massa parecida com a de

seu próprio eixo. Plutão, mas a distância ao Sol é praticamente o dobro da

2s 2s
Então: v 5 ___
​   ​  3 R  ]  v 5 ______
​  3 3,6 3 104
   ​  de Plutão. II é incorreta, pois a distância percorrida no
T 86.400
Adotando s 5 3,14, obtemos: v 5 2,6 km/s trecho A1A2 é menor do que no trecho B1B2. III é correta, e

Para o cálculo da aceleração centrípeta, utilizamos a corresponde ao enunciado da primeira lei; finalmente, IV é

2
v 2
(2,6)
relação: acp 5 __
​   ​   ]  acp 5 _______
​    ​  ]  acp 7 1,9 3 1024 km/s2 correta pelo seguinte resultado: 560 4 250 5 2,24.
R 3,6 3 104

Aplicações das leis de Newton e a Gravitação Universal NO VESTIBULAR 49

FIS_PLUS_TOP 07.indd 49 07.10.09 11:00:14


Estática e Hidrostática
Estática é a parte da Mecânica que estuda o equílibrio dos corpos. Quando o corpo analisado
é um fluido (líquido ou gás), em especial a água, o estudo é conhecido como Hidrostática.

Equilíbrio estático de Por convenção, o momento pode ser positivo ou negativo.


Adota-se o sinal (1) se a força F tende a girar o segmento OP em
um ponto material torno de O no sentido anti-horário e (2) no sentido horário.
Um ponto material está em equilíbrio estático, num dado O ponto O é denominado polo e a distância d, braço.
referencial, quando sua velocidade vetorial permanece nula P
com o decorrer do tempo.
Assim, a aceleração vetorial é nula e, do princípio funda- F
mental da Dinâmica (FR 5 m 3 a ), concluímos: Figura 2
A linha de ação da
A resultante do sistema de forças aplicadas a um ponto ma- O força F é a reta que
terial em equilíbrio deve ser constantemente nula (FR 5 0). passa pelo ponto P
Linha de ação de F e tem a direção de F.

A condição resultante nula pode ser imposta por um dos


Equilíbrio estático

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


métodos:
a) Método da linha poligonal das forças dos corpos extensos
A resultante sendo nula, a linha poligonal das forças é
fechada. Considere um corpo extenso em equilíbrio estático, num dado
referencial, sob ação de um sistema de forças coplanares.
Na Figura 1A temos um ponto material P em equilíbrio sob
ação de três forças, e na Figura 1B representamos a linha Dizer que o corpo está em equilíbrio estático significa que o
poligonal destas forças, que é fechada. sistema de forças que age sobre ele não acarreta translação
ou rotação do corpo.
y Nestas condições o sistema de forças deve ser tal que:
A B
F3
F1
F1 a) a resultante do sistema de forças seja nula (equilíbrio
sen θ = ––– de translação);
F3
θ F2 b) a soma algébrica dos momentos das forças do siste-
F1 F3 θ F2
cos θ = ––– ma, em relação a qualquer ponto, seja nula (equilíbrio
x F3
de rotação).

F2
Pressão em líquidos
Figura 1
Os líquidos em equilíbrio estático exercem pressão no
b) Método das projeções fundo do recipiente que os contém. Essa pressão não
Considerando o sistema cartesiano Pxy, temos: depende nem do formato nem do tamanho do recipiente,
projeções em x: mas da altura da coluna líquida h. A pressão da coluna
líquida sobre os pontos que estão no fundo do reci-
F1 2 F3 3 sen J 5 0  ]  F1 5 F3 3 sen J
piente é dada por pH 5 d 3 g 3 h, em que pH é a pressão
projeções em y: hidrostática, d a densidade do líquido, g a aceleração
F3 3 cos J 2 F2 5 0  ]  F2 5 F3 3 cos J da gravidade local, e h a altura da coluna líquida.
A pressão total nos pontos de fundo do recipiente é a soma
da pressão atmosférica com a pressão da coluna líquida:
Momento de uma força em
relação a um ponto p 5 patm 1 dgh

Chama-se momento de uma força F aplicada num ponto P,


em relação a um ponto O, o produto da intensidade F da
força pela distância d do ponto O à linha de ação da força
Teorema de Stevin
(Figura 2): e vasos comunicantes
O teorema de Stevin diz que a diferença de pressão entre dois
Mo 5 !F 3 d pontos de um líquido homogêneo e em equilíbrio é dada pela
pressão exercida pela coluna líquida entre os dois pontos.

50 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 08.indd 50 09.10.09 11:57:46


pB 2 pA 5 d 3 g 3 h Empuxo
hA
Quando um corpo é imerso em um fluido, pontos diferentes
pB 5 pA 1 d 3 g 3 h de sua superfície são submetidos a diferentes pressões (os
hB A
pontos mais profundos estão sob uma pressão maior que
h
em que h 5 hB 2 hA os mais rasos). O efeito total dessa variação de pressões
B é uma força vertical para cima, denominada empuxo.

Figura 3

Pontos situados na mesma superfície horizontal e perten-


centes ao mesmo líquido têm pressões iguais.
Uma das aplicações desse princípio são os vasos comuni-
cantes com dois ou mais líquidos imiscíveis.

De p1 5 p2, vem:
h

dA 3 hA 5 dB 3 hB hA
A hB
(1) (2)
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Figura 4 Figura 6
Tubo em “U”, no qual Esquema mostrando a distribuição das forças aplicadas em
B
são colocados dois diferentes pontos do objeto, de acordo com a profundidade.
líquidos imiscíveis.

Princípio de Arquimedes
Princípio de Pascal
Todo corpo total ou parcialmente imerso num fluido e
e prensa hidráulica que se encontra em equilíbrio estático recebe uma força
O princípio de Pascal afirma: vertical para cima, cujo módulo equivale ao peso da porção
Um acréscimo de pressão em um ponto de um dado fluido de líquido deslocada pelo corpo.
é transmitido integralmente a todos os pontos desse
fluido.
E 5 dL 3 Vdeslocado 3 g
Assim, numa prensa hidráulica, êmbolos com áreas diferen-
tes suportam a mesma pressão. Logo, as forças exercidas
pelos êmbolos têm de ser diferentes.
Equilíbrio de corpos flutuantes
F1 F2 De E 5 P, vem: E
p1 5 p2  ]  __
​    ​5 ___
​    ​
A1 A2
dlíquido 3 Vimerso 5 dcorpo 3 Vcorpo

Figura 7 P
F1 No equilíbrio: E 5 P

F2
A1 A2
matthias kulka/zefa/corbis/corbis/latinstock

Figura 8
A porção submersa de
um iceberg tem volume
Figura 5 muito maior que sua
Esquema de elevador hidráulico usado em oficinas. parte emersa.

ESTÁTICA E HIDROSTÁTICA 51

FIS_PLUS_TOP 08.indd 51 09.10.09 11:58:00


Estática e Hidrostática

No Vestibular

1. (Fuvest-SP) Um bloco de peso P é suspenso por dois fios 2. (Mackenzie-SP) Um quadro, pesando 36,0 N, é suspenso
de massa desprezível, presos a paredes em A e B, como por um fio ideal preso às suas extremidades. Esse fio se
mostra a figura. apoia em um prego fixo à parede, como mostra a figura.

2L 40 cm 40 cm

B
30 cm

L
L

P
Desprezados os atritos, a força de tração no fio tem in-
tensidade de:
Pode-se afirmar que o módulo da força que tensiona o fio a) 20,0 N d) 27,5 N

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


preso em B vale:
b) 22,5 N e) 30,0 N
a) P/2 c) P e) 2P c) 25,0 N
b) P/​dll
2 ​  d) P​dll
2 ​ 
Analisando as forças que atuam no prego em equilíbrio:
No ponto de cruzamento dos fios, temos as forças:
36 N

TB
Ty Ty


TA θ θ


T T Tx Tx T


2Tx 5 36  ]  Tx 5 18 N
em que T 5 P, já que o bloco se encontra em equilíbrio
Tx 30 18
cos J 5 __
​   ​   ]  ​ ___  ​ 5 ​ ___ ​   ]  T 5 30 N
na direção vertical. Aplicando as condições de equilíbrio, T 50 T

fazemos a soma vetorial de T, TA e TB, de modo a obter 3. (UniABC-SP) Um suporte para vasos é preso a uma parede

vertical, como mostra a figura. Ele é fixado na parede por
uma linha poligonal fechada, o que garante que a um parafuso colocado no ponto A e fica apenas apoiado

na parede no ponto B, na mesma vertical de A. Um vaso
resultante seja nula. de massa total 3 kg é pendurado no ponto C do suporte e

o sistema é mantido em equilíbrio.
TA 30 cm
45°
Parede
T=P TB vertical
45°
A C

Do triângulo, temos:

P P
sen 45w 5 ​ __  ​   ]  TB 5 ___
​     ​   ]  TB 5 d​ ll
2 ​ 3 P 20 cm
TB ​ ll
d
___2 ​ 
​   ​ 
2

B

52 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 08.indd 52 09.10.09 11:58:02


Sabe-se que o ângulo entre AC e AB é reto e que a massa 5. (UEL-PR) Quando um juiz de futebol aperta uma bola para
do suporte é desprezível. Adotando g 5 10 m/s2, determine testar se ela está com pressão adequada para ser utilizada
a intensidade da força com que o suporte comprime a num jogo, ele a pressiona com os dois polegares simul-
parede no ponto B. taneamente. Tal procedimento é uma avaliação subjetiva
Diagrama de forças: da pressão interna da bola. Com relação à pressão exercida
pelos polegares do juiz, é correto afirmar:
F Fy
a) é diretamente proporcional ao quadrado da área da bola.

b) é inversamente proporcional à força aplicada.
C c) é diretamente proporcional à área dos polegares.
α d) independe da área dos polegares.
P
Fx A e) é inversamente proporcional à área dos polegares em
B
contato com a bola.
NB
Por definição, a pressão (p) é a razão entre a intensidade de
Para haver equilíbrio no sistema, é necessário que Fx 5 NB

uma força (F) aplicada numa superfície e a área (A) desta,
e Fy 5 P. Com base na figura, também podemos concluir
F
2 ou seja, p 5 __
​    ​.  Portanto, pode-se afirmar que a pressão é
que: tg a 5 ​ __ ​ . A
3
inversamente proporcional à área.
F 3 sen a 5 P P
]  tg a 5 ___
​     ​   ] 
F 3 cos a 5 NB NB

2 ___
]  ​ __ 30
  ​5 ​   ​   ]  NB 5 45 N
3 NB
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


6. (UFPE) Qual a força, em newtons, que deve suportar cada
4. (UFPA) Em uma sala de aula um professor de Física propôs mm2 da área da parede de um submarino projetado para
um problema experimental aos alunos: calcular o valor de trabalhar submerso em um lago a uma profundidade
uma massa m desconhecida, usando massas de valores máxima de 100 m, mantendo a pressão interna igual à
conhecidos, uma haste uniforme, um apoio F e dois pra- atmosférica?
tos iguais. Uma equipe de alunos solucionou o problema (Dado: densidade da água 5103 kg/m3)
equilibrando a massa m, colocada no prato A, com outra
massa conhecida m1, colocada no prato B (situação 1). Em A pressão (p) que a parede externa do submarino deve

seguida, transferiu a massa m para o prato B e a equili-
brou com outra massa conhecida m2, colocada no prato suportar corresponde à pressão hidrostática, dada por:

A (situação 2), sem alterar a posição de F.
p 5 dgh  ]  p 5 103 3 10 3 100  ]  p 5 106 N/m2
Situação 1
Sabendo que 1 m2 corresponde a 106 mm2, reescrevemos:

F
m m1 p 5 106 N/m2 5 1 N/mm2.

Prato A Prato B Ou seja, para cada mm2 da parede do submarino existe



Situação 2
uma força de 1 N.

F
m2 m

Prato A Prato B 7. (Ufac) A cidade de Rio Branco-AC está aproximadamente


a 160 metros de altitude, sendo a pressão atmosférica em
O valor encontrado para m é igual a:
torno de 9,9 3 104 Pa. Em épocas de cheias a pressão no fundo
m1 1 m2 do rio Acre triplica esse valor. Qual a profundidade do rio
a) ​ ________
 ​ .
  d) ​dlllllll 
m1 3 m2 ​.
2 Acre nessa época? Dados: g 5 10 m/s2, Gágua 5 1 g/cm3.
m2 2 m1
b) (m2 2 m1). e) ​ ________
 ​ .  a) 15,50 m d) 25,60 m
2
m1 1 m2 b) 9,90 m e) 10,8 m
c) ​ ________
 ​ . 
3 c) 19,80 m
Situação 1: equilíbrio de rotação  Pelo teorema de Stevin:

y m
P 3 d 5 P1 3 d1  ]  m 3 g 3 x 5 m1 3 g 3 y  ]  __
​   ​  5 ​ ___  ​   (1) pfundo 5 patm 1 d 3 g 3 h  ]  29,7 3 104 5 9,9 3 104 1 103 3 10 3 h  ]
x m1
Situação 2: equilíbrio de rotação ]  104 3 h 5 19,8 3 104  ]  h 5 19,8 m

y m2
P2 3 d2 5 P 3 d  ]  m2 3 g 3 x 5 m 3 g 3 y  ]  __ ​   ​  5 ​ ___ ​   (2)
x m
m m2
Igualando (1) e (2): ​ ___  ​ 5 ​ ___ ​   ]  m 5 d​ llllll 
m1 3 m2 ​.
m 1 m

Estática e Hidrostática NO VESTIBULAR 53

FIS_PLUS_TOP 08.indd 53 09.10.09 11:58:04


8. (Unifap) Em uma experiência de Física, um aluno, utili- 10. (Uesc-BA)
zando-se de duas esferas maciças e homogêneas, A e B,
de densidades iguais (dA 5 dB) e com tamanhos diferentes
de raios (RB 5 2RA), e um recipiente de vidro, contendo
um líquido homogêneo e incompressível de densidade
Óleo
(dlíq) maior do que as densidades das esferas, executou o
procedimento experimental de colocar ambas as esferas
dentro do recipiente. Após as esferas terem atingido o
equilíbrio, flutuando no líquido, o aluno solicita a você
que encontre o(s) valor(es) numérico(s) associado(s) da(s) h1 = 8,0 cm
proposição(ões) correta(s).
(01) O volume submerso da esfera A é igual ao volume
submerso da esfera B.
(02) O volume de líquido deslocado pela esfera B é igual a
h2 = 2,0 cm
8 vezes o volume de líquido deslocado pela esfera A.
(04) O volume submerso da esfera A é inversamente pro-
porcional à densidade do líquido (dlíq). Água
(08) O empuxo sobre a esfera A é maior do que o empuxo
sobre a esfera B. A figura representa um corpo homogêneo de faces retan-
(01) Incorreta. O volume total da esfera B (e, portanto, o gulares, flutuando em equilíbrio, parcialmente imerso na
água e no óleo. Sabendo-se que as massas específicas da
volume submerso) é oito vezes maior que o da esfera A. água e do óleo são, respectivamente, iguais a 1,00 g/cm3
e 0,80 g/cm3, é correto afirmar que a densidade absoluta
(02) Correta. Pelo argumento anterior. do corpo é igual, em g/cm3, a:

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.



a) 0,81 d) 0,84
(04) Correta. Pelo princípio de Arquimedes, no equilíbrio
b) 0,82 e) 0,85
dcorpo 3 Vcorpo c) 0,83
temos vsub 5 __________
​   ​.   
dlíq Na situação de equilíbrio: P 5 Eágua 1 Eóleo
(08) Incorreta. O empuxo depende do volume de líquido

dcorpo 3 Vcorpo 5 dágua 3 Vágua 1 dóleo 3 Vóleo
deslocado, e já concluímos que o volume deslocado

Como a área da base é a mesma para todo o bloco, os
por B é maior que o deslocado por A.

fatores volumétricos serão simplificados, restando apenas


as respectivas alturas das colunas.

9. (Uece) A figura mostra um tubo em U, de extremidades dcorpo 3 hcorpo 5 dágua 3 hágua 1 dóleo 3 hóleo  ]
abertas, contendo dois líquidos imiscíveis de densidades
d1 e d2, respectivamente. ]  d 3 10 5 1 3 2,0 1 0,80 3 8,0  ]  10d 5 8,4  ]

]  d 5 0,84 g/cm3
d2


h h d1
4
A
B
11. (UFPA) Um corpo, totalmente imerso num líquido em
equilíbrio, recebe deste um empuxo igual:
As alturas de suas colunas são indicadas. Portanto a re-
lação entre as densidades dos dois líquidos é: a) ao volume da porção líquida deslocada.
a) d1 5 d2. c) d1 5 4d2. b) a seu próprio peso.
b) d1 5 2d2. d) d1 5 8d2. c) à massa da porção líquida deslocada.
d) a seu peso aparente.
No nível de separação dos dois líquidos, a pressão nos dois
e) ao peso da porção líquida deslocada.
ramos do tubo deve ser igual. Pelo teorema de Stevin: Pelo teorema de Arquimedes, todo corpo mergulhado em

h
pA 5 patm 1 d2gh   e   pB 5 patm 1 d1g __
​   ​  um fluido em equilíbrio recebe a ação da força empuxo,
4
Logo, temos: de intensidade igual à do peso do fluido deslocado.

h d1
pA 5 pB  ]  patm 1 d2gh 5 patm 1 d1g __
​   ​   ]  d2 5 __
​   ​ 
4 4
ou, ainda, d1 5 4d2

54 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 08.indd 54 09.10.09 11:58:05


12. (UFMG) Um sistema hidráulico tem três êmbolos móveis, 14. (Fuvest-SP) Icebergs são blocos de gelo flutuantes que
L, M e N, com áreas A, 2A e 3A, como mostra a figura. se desprendem das geleiras polares. Se apenas 10% do
volume de um iceberg fica acima da superfície do mar
L M N e se a massa específica da água do mar vale 1,03 g/cm3,
A 2A 3A podemos afirmar que a massa específica do gelo do iceberg,
em g/cm3, vale, aproximadamente:
a) 0,10 c) 0,93 e) 1,00
b) 0,90 d) 0,97
Sobre o iceberg atuam duas forças: peso (P) e empuxo (E).

Líquido
Como o iceberg encontra-se em equilíbrio, temos:

Quantidades diferentes de blocos são colocadas sobre
E 5 Pice
cada êmbolo. Todos os blocos têm o mesmo peso. Para que,
em equilíbrio, os êmbolos continuem na mesma altura, Pelo teorema de Arquimedes, temos:
o número de blocos colocados sobre os êmbolos L, M e N
podem ser, respectivamente: Plíq desl 5 Pice  ]  mlíq desl 3 g 5 mice 3 g  ]  mlíq desl 5 mice
a) 1, 2 e 3. c) 3, 2 e 1.
b) 1, 4 e 9. d) 9, 4 e 1. De acordo com a definição de densidade, segue:

Considere a notação: dlíq 3 Vlíq desl 5 dice 3 Vice


•  Pi 5 Peso dos blocos sobre o êmbolo i Sendo Vlíq desl 5 0,9 3 Vice e dlíq 5 1,03 g/cm3, temos:


•  Ai 5 Área do êmbolo i
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

1,03 3 0,9Vice 5 dice 3 Vice  ]  dice 5 0,9dlíq  ]



i 5 {L, M, N} ]  dice 7 0,93 g/cm3


Pelo teorema de Pascal, temos:

PL PM ___ PN PL PM ___ PN PM PN
__ ​    ​5 ​    ​  ]  __
​    ​ 5 ___ ​   ​ 5 ___
​    ​ 5 ​    ​   ]  PL 5 ___
​   ​ 5 __
​   ​ 
AL AM AN A 2A 3A 2 3
15. (Unir-RO) Sobre a movimentação de um balão na atmos-
O número de blocos a ser colocado nos êmbolos coincide fera, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para

as falsas.
com os respectivos denominadores nas frações acima; a
(  ) se dar , db, tem-se E , P; neste caso, o balão descerá.
tripla que satisfaz a essa condição está na alternativa a. (  ) se dar 5 db, tem-se E 5 P; neste caso, o balão ficará em
equilíbrio.
(  ) se dar . db, tem-se E . P; neste caso, o balão subirá.

(  ) se dar , db, tem-se E . P; neste caso, o balão subirá.
13. (UFRJ) Certa esfera rígida tem 6,0 g de massa e está total- (  ) se dar 5 db, tem-se E , P; neste caso, o balão descerá.
mente imersa num líquido (massa específica 0,90 g/cm3).
Sabendo que a aceleração local da gravidade é 9,8 m/s2 e Considere:
que a massa específica da esfera é 0,80 g/cm3, calcule o dar 5 densidade do ar atmosférico;
empuxo exercido sobre ela, em newtons. db 5 densidade do balão;
E 5 empuxo;
Pelo teorema de Arquimedes: P 5 peso do balão.

E 5 Plíq desl  ]  E 5 mlíq desl g
Assinale a sequência correta.
Segundo a definição de densidade, temos: a) V, V, V, V, F d) F, F, F, V, V

m b) V, V, V, F, F e) F, F, F, F, V
d 5 __
​   ​   ]  mlíq desl 5 dlíq 3 Vlíq desl
V c) F, F, V, V, V
Assim: E 5 dlíq 3 Vlíq desl 3 g O movimento de subida ou descida dependerá do sentido
 
Como o corpo está totalmente submerso, temos: da resultante entre o peso do balão e o empuxo. Assim,

mesfera
Vlíq desl 5 Vesfera 5 _____
​   ​  admitindo-se a partida do repouso, o balão sobe se E . P,
desfera
Portanto: e desce se E , P. Por outro lado, a relação E . P só ocorre

mesfera 6 3 1023 kg 3 9,8 m/s2
E 5 dlíq 3 _____
​   ​ 3 g 5 0,9 3 103 kg/m3 3 ​ _________________
  
    ​  ] quando dar . db , e E , P implica dar , db.
desfera 0,8 3 103 kg/m3
]  E 5 6,6 3 1022 N

Estática e Hidrostática NO VESTIBULAR 55

FIS_PLUS_TOP 08.indd 55 09.10.09 11:58:05


Calor e temperatura
Galileu Galilei, em 1592, sugeriu uma versão simples de um termômetro, o termoscópio a ar. A
construção de modelos mais elaborados levaria mais 150 anos. Em meados do século XVIII, já estavam
estabelecidas as escalas termométricas usadas hoje. Vamos revisar a conversão entre
as escalas termométricas e a diferença entre os conceitos de calor e temperatura.

Diferença entre calor


e temperatura
A temperatura é uma grandeza macroscópica, relacionada
ao grau de agitação das moléculas de um corpo (grandeza
microscópica, inobservável). Calor é o nome dado à energia
térmica em trânsito de um corpo de maior temperatura a
outro, de menor temperatura, quando postos em contato,
até que ambos atinjam o equilíbrio térmico.
Muito Agitada Pouco
agitada agitada
E.R. DEGGINGER/PHOTOSEACHERS/LATINSTOCK

DR. RAY CLARK/SCIENCE PHOTO LIBRARY/LATINSTOCK

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


Figura 3
O esquema representa o grau de agitação molecular, que varia
com a distância até a fonte de energia.

Convecção
Ocorre em fluidos e envolve o transporte de matéria por
meio de correntes de convecção.

Figura 2
Fotografia térmica de
um casal, mostrando cores
diferentes em regiões
com diferentes temperaturas.
Haverá transferência de calor
das regiões mais quentes
(avermelhadas) para as mais
Figura 1 frias (verdes e azuladas). A Figura 4
Termômetro de máxima e transferência cessará apenas As moléculas do líquido na parte de baixo do recipiente
mínima, que indiretamente está quando a temperatura de estão sendo aquecidas por condução. As porções mais
medindo o grau de agitação das ambos for igual e homogênea quentes das regiões inferiores, tendo sua densidade
moléculas do ar ambiente. por todo o corpo. diminuída, sobem. As porções mais frias da região
superior, tendo maior densidade, descem. Formam-se,
assim, as correntes de convecção.
Processos de propagação
O processo de convecção é mais rápido que o de condução
de calor e tem mais aplicações práticas, por exemplo, em aparelhos
de ar condicionado e geladeiras. A fervura de alimentos em
Condução panelas também obedece a esse princípio.
É o principal processo de propagação de calor em sólidos
cristalinos. As moléculas com temperatura maior vibram
mais, e sua vibração é transmitida às moléculas vizinhas.
Irradiação
Como o número de moléculas no sólido é muito grande, o A irradiação é o único processo de transmissão de calor
processo é relativamente lento. Uma característica impor- que permite transportar energia no vácuo. Isso se dá por
tante desse processo é que o transporte de energia pode meio de ondas eletromagnéticas, principalmente na faixa
realizar-se sem o transporte de matéria. de frequência do infravermelho (irradiação térmica).

56 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 09.indd 56 09.10.09 11:42:18


Escalas mais utilizadas

yellowj/shutterstock
Nomes e respectivas temperaturas dos pontos fixos:
Celsius: 0 wC e 100 wC
Fahrenheit: 32 wF e 212 wF
m Kelvin: 273 K e 373 K

Conversões entre as escalas


JC JF 2 32
___
Celsius e Fahrenheit    ​   ​ 5 ​ ________
 ​  
5 9

Figura 5
A luz do Sol atinge a Terra após percorrer o vácuo. Celsius e Kelvin   JC 5 TK 2 273

Toda a energia vinda do Sol é transmitida por irradiação.


Alguns gases na atmosfera da Terra permitem que a radiação
solar incidente a atravesse e atinja a superfície do planeta.
Funções termométricas
Mas esses gases impedem que a radiação escape novamente Uma função termométrica possibilita a medição indireta
para o espaço ao ser reemitida na faixa do infravermelho. O da temperatura, a partir de uma relação linear entre ela e
fenômeno é o mesmo que ocorre nas estufas de plantas. outra grandeza física medida diretamente.
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

J
jolin/shutterstock

a x
Figura 6
A estufa de plantas impede a radiação b
J 5 ax 1 b , em que a 5 tg a
infravermelha de escapar para o exterior.

Figura 7
O efeito estufa é essencial para manter a temperatura mé-
Reta que associa as grandezas J (temperatura) e x
dia da Terra em torno de 15 wC. Do contrário, a média estaria (outra grandeza física).
por volta de 210 wC, o que impediria a água de permanecer na
fase líquida na superfície, comprometendo enormemente a Os diversos tipos de termômetros se diferenciam exata-
biodiversidade no planeta. O principal gás que regula o efeito mente pela propriedade utilizada na medição. O termômetro
estufa é o dióxido de carbono (CO2). clínico, por exemplo, mede a dilatação de uma coluna de
Para que o processo continue estável, a composição e a mercúrio no interior de um bulbo de vidro. Já um termômetro
quantidade dos gases estufa nas altas camadas atmosféricas de lâmina bimetálica funciona baseado na diferença de dila-
deve se manter aproximadamente constante com o passar tação entre os dois metais que compõem a lâmina.
dos séculos. Mas, com a Revolução Industrial nos últimos
200 anos, a humanidade passou a emitir uma quantidade
sports illustrated/getty images

crescente de CO 2 (além de vários outros poluentes) na


atmosfera. O volume de CO2 emitido hoje é tão grande que
começamos a sentir as consequências da pressão sobre o
delicado sistema: aquecimento global, desertificação, au-
mento do nível dos oceanos, aumento na intensidade e na
frequência de furacões etc.

Escalas termométricas
Pontos fixos
Para graduar uma escala termométrica, necessitamos de Figura 8
duas referências, fáceis de reproduzir, chamadas pontos A lâmina bimetálica no interior desse termômetro possui
a forma de uma espiral, cuja ponta está afixada na seta do
fixos. As mais comuns são o ponto do gelo (temperatura mostrador. Conforme os dois materiais são aquecidos, se
de fusão do gelo, sob pressão normal) e o ponto do vapor dilatam diferentemente, e a lâmina se curva para o lado do que
(temperatura de ebulição da água, sob pressão normal). sofre maior dilatação; assim, o ponteiro gira no sentido horário.

CALOR E TEMPERATURA 57

FIS_PLUS_TOP 09.indd 57 07.10.09 11:03:56


Calor e temperatura

No Vestibular

1. (Vunesp) Quando uma enfermeira coloca um termôme-


tro clínico de mercúrio sob a língua de um paciente, por associada ao grau de agitação das partículas que

exemplo, ela sempre aguarda algum tempo antes de fazer
constituem o material em estudo.
a sua leitura. Esse intervalo de tempo é necessário:
a) para que o termômetro entre em equilíbrio térmico II. Incorreto. A transferência é de energia térmica, o que
com o corpo do paciente.
b) para que o mercúrio, que é muito pesado, possa subir provoca uma variação de temperatura.
pelo tubo capilar.

c) para que o mercúrio passe pelo estrangulamento do III. Incorreto. Aqui o aluno confunde os conceitos de

tubo capilar.
energia em trânsito (calor) e calor específico.
d) devido à diferença entre os valores do calor específico
do mercúrio e do corpo humano.
e) porque o coeficiente de dilatação do vidro é diferente 3. (Unitau-SP) Indique a alternativa que associa correta-
do coeficiente de dilatação do mercúrio. mente o tipo predominante de transferência de calor que
O intuito da enfermeira é o de medir a temperatura do ocorre nos fenômenos, na seguinte sequência:

• Aquecimento de uma barra de ferro quando sua extre-
corpo do paciente. Para isso, o termômetro e o corpo
midade é colocada numa chama acesa.
precisam entrar em equilíbrio térmico, fenômeno que • Aquecimento do corpo humano quando exposto ao sol.

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


• Vento que sopra da terra para o mar durante a noite.
acontece quando ambos exibem mesmo valor de a) Convecção – condução – radiação

b) Convecção – radiação – condução
temperatura e leva certo intervalo de tempo para ocorrer.
c) Condução – convecção – radiação
d) Condução – radiação – convecção
2. (UEPB) Numa aula de física, um aluno é convocado a e) Radiação – condução – convecção
explicar fisicamente o que acontece quando um pedaço •  Ao se aquecer a extremidade de uma barra de ferro,
de ferro quente é colocado dentro de um recipiente de
água fria. Ele declara: “O ferro é quente porque contém as moléculas que constituem o material nessa região
muito calor. A água é mais fria que o ferro porque contém
menos calor que ele. Quando os dois ficam juntos, parte passam a vibrar mais intensamente devido à elevação da
do calor contido no ferro passa para a água, até que eles
fiquem com o mesmo nível de calor... e aí eles ficam em temperatura. O choque entre essas moléculas e as vizinhas
equilíbrio”. Tendo como referência as declarações do alu-
no e considerando os conceitos cientificamente corretos, leva parte da energia de vibração a ser transferida, fazendo

analise as seguintes proposições:
I. Segundo o conceito atual de calor, a expressão “O ferro
com que as últimas também vibrem mais intensamente.

é quente porque contém muito calor” está errada.
O processo se propaga, caracterizando o processo de
II. Em vez de declarar: “... parte do calor contido no ferro
passa para a água”, o aluno deveria dizer que “existe transmissão de calor por condução.
uma transferência de temperatura entre eles”.
III. “... até que eles fiquem com o mesmo nível de calor... •  O aquecimento do corpo humano pelos raios solares
e aí eles ficam em equilíbrio” é correto, pois quando
dois corpos atingem o equilíbrio térmico seus calores se dá pela transmissão de calor por meio de ondas
específicos se igualam.

Assinale a alternativa correta:


eletromagnéticas (radiação infravermelha), as quais,

a) Todas as proposições são verdadeiras. por natureza, possuem a capacidade de se propagar no
b) Apenas a proposição I é verdadeira.
c) Apenas a proposição II é verdadeira. vácuo. Esse processo é denominado irradiação.

d) Apenas a proposição III é verdadeira.
•  O vento sopra da terra para o mar durante a noite porque a
e) Apenas as proposições I e III são verdadeiras.
I. Correto. O aluno confunde os conceitos de calor e água ainda está mais quente que a areia. Assim, o ar sobre a

temperatura. O calor é energia em trânsito, ou seja, é água é menos denso e sobe, enquanto que o ar sobre a areia é

a energia térmica que se transfere de um corpo para o mais denso e desce. A corrente convectiva formada se “fecha”

outro. A temperatura, por outro lado, é uma grandeza com um fluxo de ar da terra para a água, próximo à superfície.

58 Suplemento de revisão FÍSICA

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4. (FMTM-MG) A fim de diminuir o risco de explosão durante A correspondente indicação de um termômetro graduado
um incêndio, os botijões de gás possuem um pequeno pino na escala Fahrenheit é:
com aspecto de parafuso, conhecido como plugue fusível. a) 22 wF c) 68 wF e) 222 wF
Uma vez que a temperatura do botijão chegue a 172 wF, a b) 50 wF d) 80 wF
liga metálica desse dispositivo de segurança se funde,
permitindo que o gás escape. Em termos de nossa escala Podemos resolver o problema a partir de uma semelhança
habitual, o derretimento do plugue ocorre, aproximada-
mente, a: de triângulos extraída do gráfico.

a) 69 wC c) 85 wC e) 101 wC
b) 78 wC d) 96 wC
212 _ 32
A partir do enunciado, JF 5 172 wF. Então: JF _ 32
JC 172 2 32
__ JC 140
​   ​  5 ________
​   ​    ]  ​ __ ​  5 ____
  ​   ​   ]
20 100
5 9 5 9 JF 2 32 JF 2 32 __
20 1 180
700 ​ ________   ​  ​    ​   ]  ​ _______
5 ____  ​ 
 5 ​   ​   ]  JF 5 ____
​   ​ 1 32  ]
]  JC 5 ____
​   ​   ]  JC 7 78 wC 212 2 32 100 180 5 5
9
]  JF 5 68 wF

7. (Unirio-RJ) O nitrogênio, à pressão de 1,0 atm, condensa-se


a uma temperatura de 2392 graus numa escala termomé-
5. (FMTM-MG) Normalmente, o corpo humano começa a trica X. O gráfico representa a correspondência entre essa
“sentir calor” quando a temperatura ambiente ultra- escala e a escala K (Kelvin). Em função dos dados apresen-
passa a marca dos 24,0 wC. A partir daí, para manter seu tados no gráfico, podemos verificar que a temperatura de
equilíbrio térmico, o organismo passa a eliminar o calor condensação do nitrogênio, em kelvins, é dada por:
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

através do suor. Se a temperatura corporal subir acima a) 56 c) 100 e) 273


de 37,0 wC, é caracterizada como hipertermia e abaixo de b) 77 d) 200
35,0 ºC, hipotermia. Se a temperatura de uma pessoa com
hipertermia variar de 37,3 wC para 39,3 wC, esta variação X
nas escalas Fahrenheit (wF) e Kelvin (K) será, respectiva-
mente, de: 200
a) 1,8 e 1,8 d) 2,0 e 3,6
b) 1,8 e 2,0 e) 3,6 e 2,0
c) 2,0 e 2,0
Do enunciado temos que SJC 5 39,3 2 37,3 5 2 wC 0
SJC ____ SJF 2 SJF 273 373
Como ​ ____
 ​ 5 ​   ​   ]  ​ __ ​  5 ____
​   ​   ]  SJF 5 3,6 wF K
5 9 5 9
A escala absoluta Kelvin, assim como a escala Celsius, De acordo com o gráfico, segue a figura:
oX
K
está dividida em cem unidades entre o ponto do gelo

373 200
e o do vapor.
273 0
Logo, para cada variação de 1 wC, teremos uma variação
T –392
de 1 K.

Isso nos faz concluir que SJ 5 2 K Em que T corresponde à temperatura na escala Kelvin.

273 2 T 0 2 (2392) 273 2 T ____392
_________
​  5 __________
  ​  ​  ]  ​ _______
 ​  
   ​ 
5 ​    ​  ]  T 5 77 K.
6. (Fatec-SP) O gráfico abaixo relaciona as escalas termomé- 373 2 273 200 2 0 100 200
tricas Celsius e Fahrenheit.
8. (UFMT) Comparando-se a escala X de um termômetro
JF (oF) com a escala Celsius, obtém-se o gráfico abaixo, de cor-
respondência entre as medidas.
212
O
X

95

32
0 100 JC (oC)
0
Um termômetro graduado na escala Celsius indica uma 60
O
C
temperatura de 20 wC. –5

Calor e temperatura NO VESTIBULAR 59

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Observando o gráfico, concluímos que: São corretas as afirmações contidas em:
I. para a temperatura de fusão de gelo, o termômetro a) I e IV, apenas d) II, III e IV, apenas
desconhecido marca 25 wX. b) I, II, III e IV e) I e III, apenas
II. nos vapores de água em ebulição, o termômetro des- c) III e IV, apenas
conhecido marca aproximadamente 162 wX.
I. Correta. A condução térmica necessita de um meio
III. a relação de conversão entre as escalas X e Celsius é
JC 5 0,6 3 JX 1 3. material para ocorrer.
Dessas afirmações:

a) todas estão corretas. II. Correta. Trata-se da chamada brisa marítima



b) apenas a I e a II estão corretas.
ocasionada por correntes de convecção.
c) apenas a I e a III estão corretas.
d) apenas a II e a III estão corretas. III. Correta. A posição superior favorece as correntes
e) todas estão incorretas.

I. Correta. É imediata, a partir da leitura do gráfico. convectivas, e implica menor consumo de energia da

No ponto de fusão do gelo, temos JC 5 0 wC, que geladeira para operar.


corresponde a 25 wX. IV. Correta. A radiação transmite calor através de


II. Correta. ondas eletromagnéticas, principalmente na faixa



o infravermelha de frequências.
wC X

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


60 95 10. (Cefet-GO) Um medidor de temperatura importado dos Esta-

dos Unidos da América, utilizado para registrar a tempera-
Jc Jx tura da água em alguns motores próprios para aviões, possui

uma escala de temperatura em graus Fahrenheit (ver figura).
0 25 Nesta escala, a temperatura do gelo fundente é considerada
igual a 32 wF e a temperatura da água em ebulição igual a 212 wF.
Se uma outra escala em graus Celsius fosse adicionada
ao instrumento, quais seriam as novas marcações, com
JC 2 0 _________
JX 2 (25) JC JX 1 5 precisão inteira, em ordem crescente, correspondentes às
______
​   
 ​ 
5 ​    ]  ___
 ​   ​    ​ 5 ______
​   ​  ] marcações numeradas da escala original?
60 2 0 95 2 (25) 60 100

60(JX 1 5)
]  JC 5 _________
​   ​    ]  JC 5 0,6 3 JX 1 3
  220
100 260
180
No ponto de vapor da água, temos JC 5 100 wC.
140 300
ºF
Substituindo na equação, temos:

100 5 0,6 3 JX 1 3  ]  JX 7 162 wX

WATER TEMP.
III. Correta. A equação de conversão encontrada na

resolução do item II coincide com a apresentada

a) 50 wC / 82 wC / 105 wC / 127 wC / 149 wC
no item III.
b) 60 wC / 82 wC / 104 wC / 127 wC/ 149 wC
c) 50 wC / 82 wC / 104 wC / 127 wC / 149 wC
d) 60 wC / 80 wC / 100 wC / 130 wC / 150 wC
e) 60 wC / 83 wC / 105 wC / 126 wC / 148 wC
9. (Uniube-MG) Com relação às formas de transmissão de Para converter Fahrenheit em Celsius, usamos a expressão
calor, analise as afirmativas a seguir:
JC JF 2 32
__
I. A condução de calor é um processo que exige a pre- ​   ​  5 _______
​   ​ 

sença do meio material e que, portanto, não ocorre no 5 9
vácuo. Substituindo os valores indicados na figura na expressão

II. Durante o dia, o ar mais próximo da areia fica mais
quente que o restante e sobe, dando lugar a uma acima, obtemos, respectivamente:

corrente de ar do oceano para a terra.
III. Na geladeira, o congelador é sempre colocado na parte
60 wC; 82,2 wC; 104,4 wC; 126,7 wC; 148,9 wC

superior para que o ar se resfrie na sua presença e
Arredondando para o inteiro mais próximo, obtemos os
desça, dando lugar ao ar mais quente que sobe.
IV. Radiação é o processo de transmissão de calor através valores indicados na alternativa b.
de ondas eletromagnéticas.

60 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 09.indd 60 07.10.09 11:03:57


11. (UFTM-MG) 12. (UFPA-PA) Um expressivo polo de ferro-gusa tem se implan-
tado ao longo da ferrovia de Carajás, na região sudeste do
Pará, o que ensejou um aumento vertiginoso na produção
Cientistas propõem canos no de carvão, normalmente na utilização de fornos conhecidos
oceano contra aquecimento como “rabos-quentes”, que a foto abaixo ilustra.
Dois dos principais Flutuador
ecologistas da Grã-

jolin/shutterstock
-Bretanha acreditam 30 ºC
que é hora de desenvol- Válvula
ver uma solução técnica
rápida para mudanças
climáticas.
Com o uso de tubos
verticais gigantescos,
as águas da superfície Tubo
e das profundezas do
mar seriam misturadas
para fertilizar algas, que
absorveriam CO2 da at- 3 ºC
mosfera.
Além dos problemas ambientais causados por esses fornos,
Em meio ao oceano, o tubo vertical oscila verticalmente a questão relativa às condições altamente insalubres e desu-
de tal forma que, em seu movimento descendente, abre-se manas a que os trabalhadores são submetidos é preocupante.
uma válvula que captura água das profundezas. O fluxo de A enorme temperatura a que chegam tais fornos propaga
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água é garantido cada vez que o tubo oscila. As águas frias uma grande quantidade de calor para os corpos dos traba-
do fundo do mar são ricas em nutrientes. Para promover a lhadores que exercem suas atividades no seu entorno.
mistura da água, os canos flutuariam livremente, criando Com base nas informações referidas no texto acima,
um fluxo de água de 100 a 200 metros de profundidade para analise as seguintes afirmações:
a superfície.
I. O gás carbônico (CO2) emitido pelos fornos é um dos
Uma das formas de vida que podem se beneficiar do uso
agentes responsáveis pelo aumento do efeito estufa
dos oceanos é o salp, um micro-organismo que excreta car-
na atmosfera.
bono em fezes que se depositam no fundo do mar, talvez
II. Nas paredes do forno de argila o calor se propaga pelo
armazenando carbono lá, por milênios. Outra vantagem de
processo de convecção.
diminuir a temperatura das águas na superfície em regiões
III. O calor que atinge o trabalhador se propaga predomi-
como o Golfo do México poderia ser uma redução do núme-
nantemente através do processo de radiação.
ro de furacões, que precisam de águas mais aquecidas para
IV. O deslocamento das substâncias responsáveis pelo
se formar.
efeito estufa é consequência da propagação do calor
Os canos no oceano podem estimular também o cresci-
por condução.
mento de micro-organismos que produzem sulfureto de
Estão corretas somente:
dimetilo, uma substância que contribui para a formação
de nuvens sobre o oceano, refletindo a luz do sol para a) I e II c) II e III e) II e IV
fora da superfície da Terra e ajudando na refrigeração do b) I e III d) III e IV
planeta. I. Correta. O gás carbônico emitido de processos

BBC Brasil. (Adaptado.)
industriais é um dos principais gases-estufa.

Na reportagem original da BBC de Londres, o texto trazia II. Incorreta. O principal processo de propagação de calor

os valores de temperatura originalmente escritos na es-
cala Fahrenheit. Nessa escala, a variação de temperatura nas paredes do forno é a condução.

entre a água próxima à superfície e a água da profundi-
dade que o extremo do cano atinge é, em wF: III. Correta. A radiação térmica é o principal processo, pois

a) 14,4 c) 45,0 e) 59,0
o ar é relativamente ruim para propagar o calor por
b) 25,2 d) 48,6
A variação da temperatura em wF se relaciona com a condução; além disso, por convecção, a massa de ar

SJC SJF
variação em wC segundo a relação: ____
​   ​ 5 ​ ____
 ​ . quente tende a subir, em vez de atingir o trabalhador
5 9
Para a variação de 27 wC mostrada na figura, temos então: no solo.

27 SJF 243
​   ​ 5 ​ ____
___  ​   ]  SJF 5 ____
​   ​   ]  SJF 5 48,6 wF IV. Incorreta. A ascensão das massas gasosas aquecidas,
5 9 5
nas quais se encontram as substâncias responsáveis

pelo efeito estufa, ocorre por convecção.

Calor e temperatura NO VESTIBULAR 61

FIS_PLUS_TOP 09.indd 61 07.10.09 11:03:59


Dilatação dos sólidos e dos líquidos
Todos os corpos, quando aquecidos, apresentam dilatação térmica decorrente
do aumento da vibração de suas moléculas. A dilatação dos sólidos será classificada
como linear, superficial ou volumétrica, apenas para facilitar a compreensão do
fenômeno, quando o objeto é analisado em dimensões separadas.

Dilatação linear dos sólidos Dilatação de furos


Ocorre quando uma das dimensões (como o comprimen- Ao aquecer uma chapa furada, observamos que o furo também
to), apresenta alteração considerável quando o corpo é se dilata. E a magnitude da dilatação indica que o furo se com-
submetido a variações de temperatura. Demonstra-se porta como se fosse feito do mesmo material que o rodeia.
experimentalmente que a dilatação linear SL depende
do comprimento inicial L 0 do objeto, do material de
que ele é feito e da variação de temperatura SJ experimen-
tada por ele. Equacionando, temos:
A0 SJ > 0 A
SL 5 L0 3 a 3 SJ

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Dilatação linear Figura 3

J0 L0
Dilatação volumétrica
J L Ocorre quando todas as dimensões do sólido sofrem
dilatações mensuráveis após aquecimento. A expressão
SL matemática da dilatação volumétrica é análoga às an-
teriores, seguindo a lógica do processo, e a mudança no
Figura 1 coeficiente pode ser compreendida em termos didáticos
A dilatação foi muito exagerada para fins didáticos. Nos sólidos, o efeito se imaginarmos a independência de cada dimensão em sua
é quase imperceptível no caso de variações na temperatura ambiente.
respectiva dilatação.

Dilatação superficial SV 5 V0 3 D 3 SJ
Ocorre se duas dimensões (o comprimento e a largura)
apresentam alterações consideráveis quando o corpo é
submetido a variações de temperatura. A expressão ma- O coeficiente de dilatação volumétrica do material D é tal
temática da dilatação superficial é análoga à da dilatação que, com boa aproximação, D 5 3a.
linear, com mudança apenas no coeficiente de dilatação
do material:
J0
SA 5 A0 3 d 3 SJ
J

Pode-se demonstrar, com boa aproximação, que d 5 2a.


A interpretação física é de que cada dimensão apresenta
dilatação independente das outras. V0
Af
V
Figura 4

SA
Ai Ai Dilatação dos líquidos
Os líquidos ocupam um volume delimitado pelo frasco que
os contém. Portanto, sua dilatação será sempre volumétrica.
J0 Mas como o frasco também se dilata, estamos diante de três
J dilatações volumétricas simultâneas: a real do líquido, a do
Figura 2 frasco e a aparente.

62 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 10.indd 62 07.10.09 11:06:57


Real:  SVlíq 5 V0 3 Dlíq 3 SJ

Frasco:  SVF 5 V0 3 DF 3 SJ

Aparente:  SVap 5 V0 3 Dap 3 SJ

Como SVlíq 5 SVF 1 SVap, concluímos:

Dlíq 5 DF 1 Dap

J0

Figura 7
Aspecto da rede cristalina do gelo. As pontes de hidrogênio estão
representadas por hastes brancas, ligando um átomo de hidrogênio
(em azul) com um átomo de oxigênio (em vermelho) da molécula vizinha.
Como o comprimento da ponte de hidrogênio é maior que o de uma
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ligação covalente comum (haste preta), ocorre um afastamento entre


as camadas, que inexiste na fase líquida.

V0 V As pontes de hidrogênio da fase sólida provocam grandes


Volume
vazios intermoleculares, aumentando o volume externo.
extravasado
Entre 0 wC e 4 wC, as ligações desse tipo gradativamente se
Figura 5
O volume extravasado no pequeno recipiente corresponde à dilatação
rompem, provocando a redução de volume. A partir de 4 wC,
aparente do líquido. a água volta a se expandir com o aumento da temperatura,
como as demais substâncias.
A consequência mais importante do fenômeno é a preserva-
Dilatação anômala da água ção da vida subaquática em rios e lagos no inverno. Enquanto a
temperatura ambiente está acima de 4 wC, toda a água do lago
Vimos que, em geral, as substâncias se dilatam ao serem se resfria de modo homogêneo, graças à convecção térmica.
aquecidas. A água, porém, apresenta comportamento Abaixo dessa temperatura e continuando o resfriamento, a
inverso no intervalo de temperatura entre 0 wC e 4 wC, à água mais fria ficará menos densa e tenderá a se manter
pressão normal. próxima da superfície. Com isso, cessam as correntes de
convecção, e a troca de calor com as partes mais profundas,
V (L) a 4 wC, se torna bem mais lenta (por condução). Ao mesmo
tempo, a camada superficial atinge 0 wC e se solidifica. O gelo
é um ótimo isolante térmico e acaba protegendo ainda mais
o fundo do lago da troca de calor com o ar externo.
michael bauer/shutterstock

0 4 J (oC)
Figura 6
Variação do volume da água em função da temperatura, sob pressão
normal.

A causa desse comportamento incomum é a estrutura


molecular de água (H2O) e o modo como as moléculas se
Figura 8
agrupam na fase sólida, formando ligações chamadas pon- Mesmo sob temperaturas externas rigorosas, apenas as regiões
tes de hidrogênio entre os átomos de oxigênio e os átomos próximas à superfície do lago congelam, enquanto as águas profundas
de hidrogênio das moléculas vizinhas. Observe a figura: se mantêm a 4 wC, ainda hospitaleiras ao ecossistema aquático.

dilatação dos sólidos e dos líquidos 63

FIS_PLUS_TOP 10.indd 63 07.10.09 11:07:00


Dilatação dos sólidos e dos líquidos

No Vestibular

1. (Uema) Um arame de aço, dobrado conforme a figura, Podemos afirmar que, ao final do processo de aquecimento,
está engastado no teto, no ponto A. Aumentando-se a sua a figura formada pelas hastes estará mais próxima de um:
temperatura de maneira homogênea, a extremidade B a) quadrado d) trapézio retângulo
terá um deslocamento que será mais bem representado b) retângulo e) trapézio isósceles
por qual dos vetores?
c) losango
Os coeficientes de dilatação do aço e do alumínio são
A
diferentes. Com isso, a figura final certamente não será
a
regular como o quadrado, o losango ou o retângulo. Como

B o coeficiente do alumínio é maior que o do aço, a parte de

a baixo dilatará mais que a de cima. Nas laterais, por outro lado,

a dilatação será igual, o que resulta em hastes simétricas.

a a Assim, a única opção viável de figura é o trapézio isósceles.


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a) c) e)

b) d)

Na direção horizontal, o ponto B sofre dilatação na



parte inferior (comprimento 2a) e na parte superior 3. (FEI-SP) Duas barras, sendo uma de ferro e outra de

alumínio, de mesmo comprimento L 5 1 m a 20 wC, são
(comprimento a). Como a dilatação depende do
unidas e aquecidas até 320 wC. Sabe-se que o coeficiente
de dilatação linear do ferro é de aFe 5 12 3 1026 wC21 e o do
comprimento inicial, a dilatação resultante será para
alumínio, de aAl 5 22 3 1026 wC21. Qual é o comprimento
final após o aquecimento?
a direita. Na vertical, a dilatação para baixo do ramo

Lf
da esquerda é compensada pela dilatação para cima

Fe Al
(comprimentos iguais) do ramo da direita; resta a dilatação

para baixo do segmento central. Logo, a dilatação a) Lf 5 2,0108 m d) Lf 5 2,0120 m

b) Lf 5 2,0202 m e) Lf 5 2,0102 m
total terá componentes para baixo e para a direita com c) Lf 5 2,0360 m

resultante inclinada. Calculemos separadamente os comprimentos finais de

cada barra:
2. (Unirio-RJ) Um quadrado foi montado com três hastes
de alumínio (aAl 5 24 3 1026 wC21) e uma haste de aço LFe 5 L0 (1 1 a 3 SJ) 5 1 1 12 3 1026 3 300  ]

(aAço 5 12 3 1026 wC21), todas inicialmente à mesma tem-
peratura. O sistema é, então, submetido a um processo ]  LFe 5 1,0036 m

de aquecimento, de forma que a variação de temperatura
seja a mesma em todas as hastes. LAl 5 L0 (1 1 a 3 SJ) 5 1 1 22 3 1026 3 300  ]

Aço ]  LAl 5 1,0066 m

O comprimento total será a soma dos comprimentos de

cada barra:

Alumínio Alumínio
Lf 5 LAl 1 LFe 5 1,0066 1 1,0036  ]  Lf 5 2,0102 m

Alumínio

64 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 10.indd 64 07.10.09 11:07:00


4. (Olimpíada Brasileira de Física) Em um experimento no 7. (Mackenzie-SP) Uma placa de aço sofre uma dilatação
laboratório, um estudante observa o processo de dilatação de 2,4 cm², quando aquecida a 100 wC. Sabendo que o
linear de uma vara de metal com coeficiente linear de coeficiente de dilatação linear médio do aço, no intervalo
dilatação a. O gráfico obtido no experimento é mostrado considerado, é 1,2 3 1026 wC21, podemos afirmar que a área
abaixo, com o comprimento da vara L em milímetros e a da placa, antes desse aquecimento, era:
temperatura em graus Celsius. a) 200,0 m² c) 2,0 m² e) 0,010 m²
3 b) 100,0 m² d) 1, 0 m²
L (10 mm)
Uma dilatação de 2,4 cm² é igual a 0,00024 m²:
1,001
SA 5 A0 3 d 3 SJ  ]

1,000
]  0,00024 5 A0 3 2 3 1,2 3 1026 3 100  ]

35 45 55 65 75 85 J (oC) 0,00024
]  A0 5 _____________
​        ​
2,4 3 1026 3 100
A vara é constituída de que material?
]  A0 5 1,0 m2
a) chumbo (a 5 27 3 1026 wC21)
b) zinco (a 5 26 3 1026 wC21)
c) alumínio (a 5 22 3 1026 wC21) 8. (UFVJM-MG) Observe a figura.
d) cobre (a 5 17 3 1026 wC21) x
e) ferro (a 5 12 3 1026 wC21) Trilho

Utilizando as informações do gráfico, podemos calcular o



coeficiente de dilatação a:
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


SLf 5 L0 3 a 3 SJ  ]

]  1 5 1.000 3 a 3 (80 2 35)  ]

1
_________
   ​ 
]  a 5 ​ 1.000 3 45 7 22 3 1026 wC 21 Nessa figura, o trilho de aço possui 50 m de comprimento

a uma temperatura de 20 wC. Esse trilho é usado para servir
Dos metais listados, o de coeficiente próximo do valor de estrutura a uma ponte, numa região onde a tempera-

tura máxima pode chegar aos 42 wC, é fixado, à esquerda
obtido é o alumínio. da ponte, e pode se expandir livremente à sua direita. O

engenheiro sabe que o coeficiente de dilatação do aço
é 11 3 1026 wC21 e que, devido ao efeito de dilatação, tem
5. (UCPel-RS) Duas barras A e B com coeficientes de dilatação
que deixar um vão x entre a ponte e a estrada. Com base
linear aA e aB, respectivamente, apresentam comprimen-
nessas informações, faça o que se pede.
tos iniciais diferentes, a 0 wC. O da A é o dobro do da B.
As barras, ao sofrerem igual aumento de temperatura, a) Determine a medida do vão deixado pelo engenheiro.
apresentam igual dilatação linear. Pode-se afirmar que: Expresse o resultado em milímetros.
aB aB O vão será inteiramente preenchido se o trilho atingir a
a) aA 5 2aB c) aA 5 ___
​   ​  e) aA 5 ___
​   ​ 
2 3
b) aA 5 aB d) aA 5 3aB temperatura de 42 wC:

Se o comprimento inicial da barra A é o dobro da de B,
SL 5 L0 3 a 3 SJ  ]

para a barra A: SL 5 2L 3 aA 3 SJ (I)
]  x 5 50 3 103 3 11 3 1026 3 (42 2 20)

Para a B: SL 5 L 3 aB 3 SJ (II)
]  x 5 12,1 mm
aB
Igualando-se (I) e (II): 2L 3 aA 3 SJ 5 L 3 aB 3 SJ  ]  aA 5 ___
​   ​ 
2
b) Explique se a medida do vão, deixado pelo engenheiro,
6. (Ufes) Quer-se encaixar um rolamento cilíndrico, feito de seria suficiente para um trilho de uma liga metálica de
aço, em um mancal cilíndrico, feito de liga de alumínio. 15 3 1026 wC21.
O coeficiente de dilatação linear da liga de alumínio vale O vão calculado no item anterior não seria suficiente

25,0 3 1026 wC21. À temperatura de 22 wC, o rolamento tem
o diâmetro externo 0,1% maior que o diâmetro interno do para o trilho de uma liga com coeficiente de dilatação

mancal. A temperatura mínima à qual o mancal deve ser
aquecido, para que o rolamento se encaixe, é: maior, já que ele foi projetado para ser inteiramente

a) 20 wC. c) 42 wC. e) 62 wC.
preenchido, no caso do item a. Uma forma de
b) 40 wC. d) 60 wC.
Sl 5 l0 3 a 3 SJ  ]  0,001 3 l0 5 l0 3 25 3 1026 (Jf 2 22)  ] acomodar a dilatação da nova liga seria deixar um vão

0,001
]  (Jf 2 22) 5 ________
​    ​ 
  ]  Jf 5 62 wC maior desde o início, como margem de segurança.
25 3 1026

Dilatação dos sólidos e dos líquidos NO VESTIBULAR 65

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9. (UFU-MG) A tabela abaixo apresenta o coeficiente de dila- 10. (UFV-MG) Duas barras, 1 e 2, possuem coeficientes de
tação volumétrica (D) de algumas substâncias. Já as quatro dilatação linear a1 e a2, respectivamente, sendo a1 . a2.
retas (A, B, C e D) do gráfico representam o volume (V) de A uma certa temperatura T0, os comprimentos das duas
uma determinada substância (não necessariamente as barras são iguais a L0. O gráfico que melhor representa o
substâncias da tabela) em função de sua temperatura (T). comprimento das barras em função da temperatura é:
As retas B e C são paralelas. a) c) 2
L 1 L
2 1
Substância D (wC21)

Mercúrio 0,18 # 1023

Glicerina 0,50 # 1023 To To


T T
Álcool etílico 0,75 # 1023
b) L 1 d) L
Petróleo 0,90 # 1023
2
2
V (cm3)
1
To T To T
Reta A
A inclinação das retas está relacionada ao coeficiente de

dilatação. Como a1 . a2, a inclinação da reta 1 deve ser

Reta B maior que a da reta 2. Elas se interceptam no ponto

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.



(T0, L0). A única alternativa que engloba as três condições

Reta C mencionadas é a a.

Reta D 11. (Unifal-MG) Um telescópio registra, sobre um detector


quadrado de silício (denominado CCD) de 2,0 cm de lado, a
imagem de uma parte de um conjunto de estrelas unifor-
T1 T2 memente distribuídas. Uma quantidade de 5.000 estrelas
T (oC)
é focalizada no detector quando a temperatura deste é de
Cruzando as informações fornecidas pela tabela e pelo 20 wC. Para evitar efeitos quânticos indesejáveis, o detector
gráfico, marque a alternativa correta. é resfriado para 280 wC.

a) Se a reta D representar a glicerina, então a reta C pode Dado: Considere que o coeficiente de dilatação linear do
representar o álcool etílico ou o petróleo. silício é igual a 5,0 3 1026 wC21.
b) Se a reta B representar o álcool etílico, então a reta C Com base nessas informações, pode-se afirmar que o
pode representar o mercúrio ou a glicerina. número de estrelas detectado depois do resfriamento é
c) As retas C e D representam uma única substância. de aproximadamente:
d) A reta A pode representar qualquer uma das substân- a) 5.005 estrelas c) 4.500 estrelas
cias da tabela. b) 5.055 estrelas d) 4.995 estrelas
A inclinação das retas está diretamente ligada ao valor dos A área inicial é reduzida com o resfriamento. Como o

coeficientes de dilatação volumétrica das substâncias. A número de estrelas observadas é proporcional à área do

reta A representa uma substância que se contrai à medida CCD, necessariamente esse número será menor, a uma

que é aquecida – ou seja, com coeficiente negativo para temperatura mais baixa. Isso descarta as alternativas a e b.

esse intervalo. Logo, d é falsa. As retas C e D não podem SA 5 A0 3 d 3 SJ 5 4 3 2 3 5 3 1026 3 (280 2 20)  ]

representar a mesma substância, pois os coeficientes de ]  SA 5 4 3 1023 5 0,004 cm2

dilatação são distintos. Assim, c é falsa. A nova área será A2 5 A0 2 SA 5 4 2 0,004 5 3,996 cm2

Se a reta B corresponde ao álcool, a reta C corresponde Fazendo a proporção, temos:

a uma substância de igual coeficiente de dilatação – não 4 cm2 5.000 estrelas

pode ser nem o mercúrio nem a glicerina. Portanto, b é 3,996 cm2 n estrelas

falsa. ]  n 5 4.995 estrelas

66 Suplemento de revisão FÍSICA

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12. (PUC-PR) Um caminhão-tanque é carregado com 12.000 14. (UEL-PR) Um recipiente de vidro de capacidade 2,0 3 102 cm3
litros de álcool em Paranaguá-PR, cuja temperatura local está completamente cheio de mercúrio, a 0 wC. Os coefi-
e do álcool é de 35 wC. Transporta o combustível para Curi- cientes de dilatação volumétrica do vidro e do mercúrio
tiba e descarrega-o à temperatura de 20 wC. Considerando são, respectivamente, 4,0 3 1025 wC21 e 1,8 3 1024 wC21.
que o coeficiente de dilatação volumétrica do álcool é de Aquecendo-se o conjunto a 100 wC, o volume de mercúrio
1,2 3 1023 wC21, podemos afirmar que: que extravasa, em cm3,vale:
I. O volume descarregado é igual a 12.000 litros. a) 2,8 3 1024 c) 2,8 3 1022 e) 2,8
II. A massa do álcool permaneceu constante. b) 2,8 3 1023 d) 2,8 3 1021
III. O volume descarregado foi 216 litros superior ao carregado. O volume que extravasa corresponde à variação de
IV. O volume descarregado foi 216 litros inferior ao carregado.

Assinale a alternativa correta. volume aparente dada por: SVap 5 ​V​0​ ​ ​​ 3 Dap 3 SJ, em que, a
líq.

a) As afirmações I e II são verdadeiras.


partir do enunciado, St 5 100 wC e ​V​0​ ​ ​​ 5 2 3 102 cm3, já que
b) Somente a afirmação III é verdadeira. líq.

c) Somente a afirmação I é verdadeira. o recipiente está completamente cheio de mercúrio.



d) Somente as afirmações II e IV são verdadeiras.
e) Todas as afirmações são falsas. Resta-nos ainda o valor do coeficiente de dilatação aparente

Essa variação de temperatura de 35 para 20 wC implica (Dap), que pode ser calculado como segue: Dlíq. 5 Dap 1 Drec


uma contração volumétrica, o que invalida as afirmações em que, a partir do enunciado: Dlíq. 5 1,8 3 1024 wC21 e


I e III. Não houve variação de massa, o que descarta a Drec 5 4 3 1025 wC21. Logo, Dap 5 1,4 3 1024 wC21.


alternativa e, uma vez que a afirmação II é verdadeira. Para
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Portanto:

avaliar a afirmação IV, calculemos a variação de volume do SVap 5 ​V​0​ ​ ​​ 3 Dap 3 SJ 5 2 3 102 3 1,4 3 100  ]  SVap 5 2,8 cm3

líq.

combustível, sabendo de antemão que é negativa:



15. (Fatec-SP) Um frasco está inteiramente cheio com 2,0 litros
SV 5 V0 3 D 3 SJ 5 12.000 3 1,2 3 1023 3 (215)  ]  de determinado líquido, que tem coeficiente de dilatação

volumétrica 5,0 3 1024 wC21. Aquecendo-se o conjunto de 50 wC,
]  SV 5 2216 L nota-se transbordamento de 47 mc de líquido. Supondo-se

desprezível a evaporação do líquido, o coeficiente de dilata-
Portanto, a afirmação IV está correta. ção linear do material do qual é feito o frasco é, em wC21:

a) 1,0 3 1025 c) 3,0 3 1025 e) 5,0 3 1025
13. (UFRGS-RS) Um recipiente de vidro, cujas paredes são finas, b) 2,0 3 1025 d) 4,0 3 1025
contém glicerina. O conjunto se encontra a 20 ºC. O coeficiente
Antes de se determinar o coeficiente de dilatação linear
de dilatação linear do vidro é 27 3 1026 wC21 e o coeficiente de
dilatação volumétrica de glicerina é 5,0 3 1024 wC21. Se a tem-
do material do recipiente (arecip), será preciso determinar
peratura do conjunto se elevar para 60 wC, pode-se afirmar
que o nível da glicerina no recipiente:
seu coeficiente de dilatação volumétrica (Drecip). Usando a
a) baixa, porque a glicerina sofre um aumento de volume
menor do que o aumento na capacidade do recipiente. relação Dliq 5 Dap 1 Drecip em que, a partir do enunciado,

b) se eleva, porque a glicerina aumenta de volume e a
capacidade do recipiente diminui de volume. Dlíq. 5 5 3 1024 wC21, é preciso determinar Dap para o cálculo

c) se eleva, porque apenas a glicerina aumenta de volume.
de Drecip. Sabendo que o volume que transbordou
d) se eleva, apesar da capacidade do recipiente aumentar.
e) permanece inalterado, pois a capacidade do recipiente corresponde à variação de volume aparente, temos:
aumenta tanto quanto o volume da glicerina.
O aumento de temperatura implica dilatação do líquido SVap 5 47 mc = 47 . 1023 c

SVap
e do recipiente. Para avaliar as alternativas, precisamos Por outro lado: SVap 5 V olíq 3 Dap 3 SJ  ]  Dap 5 _______
​  líq    ​
V o 3 SJ
determinar qual se dilata mais. Para tanto, analisemos o em que, a partir do enunciado: SJ 5 50 wC e V olíq 5 2 c

47 3 1023
coeficiente de dilatação volumétrica de ambos os materiais: Logo: Dap 5 ________
​    ]  Dap 5 4,7 3 1024 wC21
 ​ 

2 3 50
Com base no enunciado: avidro 5 27 3 1026 wC21 Assim: Dlíq 5 Dap 1 Drecip  ]  5 3 1024 5 4,7 3 1024 1 Drecip  ]

DGL 5 5 3 1024 wC21 5 500 3 1026 wC21. Como D 5 3a, temos: ]  Drecip 5 0,3 3 1024 wC21

0,3 3 1024
Dvidro 5 81 3 1026 wC21. Assim: DGL . Dvidro e, portanto, a Mas: Drecip 5 3arecip  ]  arecip 5 ________
​   ​   
3
glicerina se dilata mais que o vidro. ]  arecip 5 1,0 3 1025 wC21

Dilatação dos sólidos e dos líquidos NO VESTIBULAR 67

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Calor e mudança de fase
Quando um corpo troca calor, dois efeitos distintos podem ocorrer: sua temperatura varia e
o corpo não sofre mudança de fase; ou sua temperatura permanece constante, mas ocorre
transição de fase. No primeiro caso, dizemos que o corpo trocou calor sensível e no segundo
caso, calor latente. Nesta parte analisamos as duas situações, além das trocas de calor com
múltiplos corpos em contato nos sistemas termicamente isolados.

Calor sensível Calor latente


A expressão que fornece a quantidade Q de calor sensível Quando, sob determinada pressão, um corpo atinge a tem-
trocada por um corpo pode ser determinada experimental- peratura de mudança de fase, cessa a variação de
mente. Para um corpo de massa m, que sofre uma variação tempe­ratura. A energia térmica continua a ser utilizada na
de temperatura SJ, temos: reorganização molecular da substância. A temperatura só
volta a mudar quando o corpo todo tiver mudado de fase. A
Q 5 m 3 c 3 SJ quantidade Q de calor latente necessária para transformar
a fase de um corpo de massa m é dada por:
A constante de proporcionalidade c é característica
Q5m3L

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


da substância pela qual o corpo é constituído, e denominada
calor específico.
O sinal de Q depende do sinal de SJ. A constante L é característica da substância e denominada
calor latente. Note que a transformação de fase inversa requer
Aquecimento:
a mesma quantidade de calor, em módulo. Assim, se nos é
SJ . 0  ]  Q . 0    Calor absorvido pelo corpo informado que o calor latente de fusão da água sob pressão
Resfriamento: normal é 80 cal/g, sabemos que o calor latente de solidificação
SJ , 0  ]  Q , 0    Calor cedido pelo corpo da água, na mesma pressão, vale 280 cal/g.

Capacidade térmica

Bochkarev/Shutterstock
É costume definir também a grandeza capacidade térmica
de um corpo C como a relação entre a quantidade de calor Q
trocada e a corresponde variação de temperatura SJ:
Q
C 5 ​ ___  ​ 
SJ
De Q 5 m 3 c 3 SJ, vem:

C5m3c Figura 2
A temperatura da água não
se altera enquanto ela muda
Os recipientes nos quais realizamos as experiências
da fase sólida para a líquida.
envolvendo trocas de calor são chamados calorímetros.
Normalmente, a grandeza relevante num calorímetro é a sua
capacidade térmica. Num calorímetro ideal, o isolamento tér- Curvas de aquecimento
mico com o meio externo seria perfeito (paredes adiabáticas)
e a capacidade térmica, nula. É o diagrama que mostra a temperatura do corpo em função
da quantidade de calor absorvida.
Sciencephotos/Alamy/other images

Temperatura

PE
Figura 1 Figura 3
Calorímetro Os patamares horizontais
didático simples. representam as transições
Existem suportes de fase da substância. As
para a fixação de temperaturas indicadas
um termômetro, PF por PF e PE representam,
de um agitador, respectivamente, os
e contatos para Quantidade de calor pontos de fusão e ebulição
a passagem de da substância, nessa
corrente elétrica. determinada pressão.

68 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 11.indd 68 07.10.09 11:09:52


Diagramas de fase Equivalente mecânico do calor
Os diagramas de fase são gráficos da pressão em função James Prescott Joule idealizou, em 1843, um aparato
da temperatura, nos quais é possível analisar as transições experimental para demonstrar que o calor também é uma
de fase da substância. Em geral, cada diagrama mostrará o forma de energia. Para tanto, o experimento transformava
gráfico dividido em três grandes regiões, correspondentes energia mecânica da queda de pesos (energia potencial
às fases sólida, líquida e de vapor. gravitacional) em energia cinética da rotação de pás, que
As linhas coloridas no diagrama representam as fronteiras por fim aqueciam a água no interior de um calorímetro.
entre as fases, onde acontecem as transições.
Curva de sublimação (CS): separa as fases sólida e de
vapor. Cruzando essa linha, há a passagem da fase sólida
para a de vapor, e vice-versa.
Curva de fusão (CF): separa as fases sólida e líquida. Se
atravessada da esquerda para a direita, ocorre uma fusão;
se a passagem ocorre no sentido contrário, temos uma
solidificação. Termômetro
Curva de vaporização (CV): separa as fases líquida e de Pesos em queda
vapor. Se atravessada da esquerda para a direita, ocorre giram o eixo
uma vaporização; se a passagem ocorre no sentido con-
trário, temos uma condensação.
Ponto tríplice (PT): estado da substância no qual coexistem
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

as três fases.
Ponto crítico (PC): ponto na curva CV, com temperatura a
partir da qual o vapor passa a ser chamado de gás.
O gás é a fase na qual não ocorre mais condensação por Água Pás em rotação elevam a
compressão isotérmica. temperatura da água
Figura 6
P P Esquema do aparato experimental de Joule.
CF CF
PC PC Em notação moderna, podemos resumir o resultado de
L L Joule como:
S S
CV Figura 4
CV 1 cal 7 4,186 J
PT Diagrama de fase de uma
Gás PT Gás
CS substância típica, como o CO2.
V CS V
A maioria das substâncias A descoberta de Joule representou a confirmação teórica
segue um comportamento
J que viabilizou o uso de máquinas a vapor na conversão de
semelhante. J
energia térmica em energia mecânica. A partir da década
CF P de 1840, a industrialização do mundo desenvolvido acelerou,
CF
PC e a física cumpriu o importante papel de embasar melhorias
PC
nos dispositivos utilizados.
L L
S
CV

Mauritius/Mauritius/latinstock
CV
PT Gás PT Gás
Figura 5
V CS V Existem outras substâncias
que seguem o comportamento
J J da água.

Trocas de calor
Se colocarmos diversos corpos a temperaturas distintas
no interior de um calorímetro, eles trocarão calor até que
se atinja um novo equilíbrio térmico. Supondo desprezível
a troca de calor com o exterior do sistema, podemos es-
crever: Figura 7
A locomotiva a vapor, com as melhorias no rendimento da conversão

∑ 
de energia térmica em mecânica, é o símbolo da revolução nos
Q1 1 Q2 1 Q3 1 ... 1 Qi 5 0 ou, resumidamente, ​    ​ ​Qi 5 0​ transportes de carga e de passageiros, ocorrida na Europa em 1840.
i

Portanto, se dois ou mais corpos trocam calor entre si, a soma Conteúdo digital Moderna PLUS http://www.modernaplus.com.br/
Vídeo: Calor sensível e calor latente
algébrica das quantidades de calor trocadas pelos corpos, Simulador: Calorímetro
até o estabelecimento do equilíbrio térmico, é nula. Animações: A experiência de Joule e Diagramas de fase

CALOR E MUDANÇA DE FASE 69

FIS_PLUS_TOP 11.indd 69 07.10.09 11:09:53


Calor e mudança de fase

No Vestibular

1. (Fuvest-SP) Um amolador de facas, ao operar um esmeril, é 3. (UFMG) O gráfico a seguir mostra como variam as tem-
atingido por fagulhas incandescentes, mas não se queima. peraturas de dois corpos A e B, cada um de massa igual
Isso acontece porque as fagulhas: a 100 g, em função da quantidade de calor absorvida por
a) têm calor específico muito grande eles. Os calores específicos dos corpos A (cA) e B (cB) são,
respectivamente:
b) têm temperatura muito baixa
c) têm capacidade térmica muito pequena t (oC)
d) estão em mudança de estado
e) não transportam energia 75 A B
As fagulhas de um esmeril, apesar de apresentarem altas
50
temperaturas, não queimam a pele do amolador porque

têm pequena capacidade térmica, isto é, elas cedem 25

0 50 1.000 1.500 Q (cal)


pouco calor até que o equilíbrio térmico se estabeleça.

a) cA 5 0,10 cal/g wC e cB 5 0,30 cal/g wC
b) cA 5 0,067 cal/g wC e cB 5 0,20 cal/g wC
c) cA 5 0,20 cal/g wC e cB 5 0,60 cal/g wC

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.



d) cA 5 10 cal/g wC e cB 5 30 cal/g wC
e) cA 5 5,0 cal/g wC e cB 5 1,7 cal/g wC
Pelo gráfico, temos que ambos, A e B, sofreram variação de
2. (Fuvest-SP)
temperatura de SJ 5 50 wC ao receber QA 5 500 cal e
J (oC)
QB 5 1.500 cal, respectivamente. Como mA 5 mB 5 m, a
40
partir da equação fundamental da calorimetria Q 5 mcSJ,

20 temos:
QA 500 cal
  CA 5 ______
■ ​     ​ 5 _______
​     ​  ]  cA 5 0,10 _____
​     ​ 
m 3 SJ 100 3 50 g 3 wC
0 10 t (min) QB
______ 1.500 cal
■  CB 5 ​     ​ 5 _______
​    ​  ]  cB 5 0,30 _____
​     ​ 
m 3 SJ 100 3 50 g 3 wC
O gráfico anterior representa a variação da temperatura de
um corpo sólido, em função do tempo, ao ser aquecido por 4. (Fuvest-SP) À temperatura ambiente de 0 wC, um bloco de
uma fonte que libera energia a uma potência constante 10 kg de gelo, à mesma temperatura, desliza sobre uma
de 150 cal/min. Como a massa do corpo é de 100 g, o seu superfície horizontal. Após percorrer 50 m, o bloco para em
calor específico, em cal/g wC, será de: virtude do atrito com a superfície. Admitindo-se que 50%
a) 0,75 d) 0,80 da energia dissipada foi absorvida pelo bloco, derretendo
0,50 g de gelo, calcule:
b) 3,75 e) 1,50
c) 7,50 a) o trabalho realizado pela força de atrito
b) a velocidade inicial do bloco
Do gráfico, obtemos que a variação de temperatura é
c) o tempo que o bloco demora para parar
SJ 5 20 wC e que o corpo ficou sujeito a esse aquecimento a) A quantidade de energia usada para derreter uma massa

durante 10 min. A quantidade de calor total Q recebida m 5 0,5 g de gelo pode ser calculada como segue:

pelo corpo pode ser obtida como segue: Q 5 m 3 LF  ]  Q 5 0,5 3 80  ]  Q 5 40 cal 5 160 J.

150 cal 1 min
Portanto, a energia total (E) envolvida no processo é,
]  Q 5 1.500 cal
Q 10 min
por conservação de energia:

Da equação fundamental da calorimetria Q 5 mcSJ, temos: E 5 2Q  ]  E 5 320 J.

Q
_____ 1.500 cal Usando o teorema da energia mecânica, temos
   ​ 5 ​ _______
c 5 ​ mSJ   ]  c 5 0,75​ ______
  ​     ​ .
100 3 20 g 3 wC
​D​​F​ ​​ 5 Efinal inicial inicial
mec 2 E mec 5 2E mec , pois a velocidade final do
at

70 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 11.indd 70 07.10.09 11:09:54


bloco é zero. Logo: D​F​at​5 2320 J. Isso ocasionou a variação de temperatura SJ 5 40 wC.

b) A energia mecânica inicial do sistema corresponde à Portanto, o calor específico da substância no estado
Q 1.000
energia cinética inicial do gelo. Portanto: líquido é: c 5 _____
​     ​ 5 ______
​    ]  c 5 0,5 cal/g wC.
  ​ 
mSJ 50 3 40
mv2 640
Ecin 5 Emec   ]  ____
inicial
​   ​ 5 320  ]  v2 5 ____
​   ​   ]  OvO 5 8 m/s.
2 10
6. (Vunesp) Na cozinha de um restaurante, há dois caldei-
c) A partir de D​F​at​5 2320 J, temos: rões com água, um a 20 wC e outro a 80 wC. Quantos litros
se devem pegar de cada um, de modo a resultarem, após
Fat Ss cos 180w 5 2320  ]  Fat 3 50 3 (21) 5 2320  ] mistura, 10 litros de água a 26 wC?

]  Fat 5 6,4 N, que corresponde à força resultante J1 5 20 wC e J2 5 80 wC

sobre o bloco de gelo. Pelo princípio das trocas de calor, temos: Q1 1 Q2 5 0. Ou seja:

Logo, pela segunda lei de Newton: m1cáguaSJ1 1 m2cáguaSJ2 5 0.

FR 5 2Fat  ]  m 3 a = 26,4  ]  a 5 20,64 m/s2  Sendo cágua 5 1 cal/gwC e 26 wC a temperatura de equilíbrio:


Usando agora a relação v 5 v0 1 at :


m1 3 1 3 (26 2 20) 1 m2 3 1 3 (26 2 80) 5 0  ]

0 5 8 2 0,64t  ]  t 5 12,5 s ]  m1 5 9m2  (1)



Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

5. (Udesc) O gráfico a seguir representa a temperatura de


Por outro lado, sabendo que 10 c de água correspondem a
uma substância, inicialmente no estado sólido, em função
10.000 g dessa mesma substância, devemos ter:
da quantidade de calor recebida. A massa da substância
é de 50 gramas.
m1 1 m2 5 10.000  (2)
t (oC)
Substituindo (1) em (2), vem:

100 10.000
9m2 1 m2 5 10.000  ]  m2 5 ______
​   ​  
 ]
10
60 ]  m2 5 1.000 g e m1 5 9.000 g

20 Ou seja, devemos pegar 1 c de água do caldeirão a 80 wC e

0 100 1.000 2.000 4.000 4.160 Q (cal) 9 c de água do caldeirão a 20 wC.


a) O calor específico da substância no estado sólido é de
0,2 cal/g wC.
7. (UEL-PR) Para se determinar o calor específico de uma
b) O calor latente de fusão da substância é de 20 cal/g.
liga metálica, um bloco de massa 500 g dessa liga foi in-
c) O calor específico da substância no estado líquido é
troduzido no interior de um forno a 250 wC. Estabelecido o
de 0,5 cal/g wC.
equilíbrio térmico, o bloco foi retirado do forno e colocado
d) O calor latente de vaporização da substância é de no interior de um calorímetro de capacidade térmica
80 cal/g. 80 cal/wC, contendo 400 g de água a 20 wC. A temperatura
e) O calor específico da substância no estado de vapor é final de equilíbrio foi obtida a 30 wC. Nessas condições, o
de 0,8 cal/g wC. calor específico da liga, em cal/g wC, vale:
Analisando o gráfico, concluímos que são incorretas as a) 0,044 c) 0,030 e) 0,40
b) 0,036 d) 0,36
alternativas a, b, d e e:
Dado: Calor específico da água 5 1,0 cal/g wC.
Q 100
a) c 5 _____
​     ​ 5 ______ ​    ​  ]  c 5 0,1 cal/g wC Pelo princípio das trocas de calor, devemos ter:
mSJ 50 3 20
Q ____
__ 900 Qbloco 1 Qcal 1 Qágua 5 0  ]
b) LF 5 ​ m  ​ 5 ​  50 ​   ]  LF 5 18 cal/g
Q 2.000 ]  mblococblocoSJbloco 1 CcalSJcal 1 máguacáguaSJágua 5 0
d) Lv 5 __
​    ​ 5 _____
​   ​     ]  Lv 5 40 cal/g
m 50
_____Q 160 Usando os dados do enunciado, temos:
e) c 5 ​ mSJ    ​ 5 ______
​    ]  c 5 0,08 cal/g wC.
   ​ 
50 3 40
500 3 cbloco 3 (30 2 250) 1 80 3 (30 2 20) 1 400 3 1 3 (30 2 20) 5 0 ]
Pelo gráfico, a quantidade de calor recebida pela
]  2110.000cbloco 1 800 1 4.000 5 0  ]
substância em estado líquido é:

Q 5 2.000 2 1.000  ]  Q 5 1.000 cal ]  cbloco 7 0,044 cal/gwC


Calor e mudança de fase NO VESTIBULAR 71

FIS_PLUS_TOP 11.indd 71 07.10.09 11:09:54


8. (Mackenzie-SP) Um estudante, desejando determinar a 11. (Ufal) Uma substância, inicialmente no estado sólido, absorve
capacidade térmica de um calorímetro, faz a seguinte certa quantidade de calor. Sabe-se que um por cento desse
experiência: coloca no seu interior 350 g de água fria calor eleva em 50 K a temperatura da substância, desde a
(c 5 1 cal/g wC) e, após alguns minutos, verifica que o temperatura inicial até a sua temperatura de fusão. A quan-
equilíbrio térmico ocorre a 20 wC. Em seguida, acrescenta tidade restante do calor absorvido é utilizada para fundir
100 g de água a 45 wC, fechando-o rapidamente. O equilí- completamente a substância. Após a utilização de todo o
brio térmico se restabelece a 25 wC. A capacidade térmica calor absorvido, a substância encontra-se na sua temperatu-
procurada é: ra de fusão. Denotando o calor específico e o calor de fusão
a) 50 cal/ºC d) 20 cal/ºC da substância respectivamente por c e L, a razão L/c vale:
b) 40 cal/ºC e) 10 cal/ºC a) 1.540 K d) 3.460 K
c) 30 cal/ºC b) 2.230 K e) 4.950 K
Os corpos envolvidos no processo são: a água fria, o c) 2.320 K
Q1 5 0,01 3 Qtotal  ]  0,01 3 Qtotal 5 m 3 c 3 50  (1)
calorímetro e a água quente.

Q2 5 0,99 3 Qtotal  ]  0,99 3 Qtotal 5 m 3 L  (2)
Pelo princípio das trocas de calor, temos:
Dividindo a 2a equação pela 1a, obtemos:
Qágua fria 1 Qcal 1 Qágua quente 5 0  ]
0,99 _____
____ L L
__
​    ​5 ​     ​  ]  ​   ​  5 4.950 K
]  350 3 1 3 (25 2 20) 1 C(25 2 20) 1 100 3 1 3 (25 2 45) 5 0  ] 0,01 50 3 c c

]  1.750 1 5C 2 2.000 5 0  ]  C 5 50 cal/wC



12. (Uesc-BA)

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


9. (UEL-PR) Em um calorímetro de capacidade térmica
42,5 cal/wC, que contém 250 g de água a 50 wC, são colocados
m gramas de gelo fundente. A temperatura de equilíbrio
térmico é 10 wC. O valor de m é: Calorímetro
a) 130 c) 73 e) 12
b) 95 d) 48
Dados: Calor específico da água 5 1,0 cal/g wC
Calor latente de fusão do gelo 5 80 cal/g
Os corpos envolvidos no processo são: o calorímetro, a
m m
água e o gelo.

Pelo princípio das trocas de calor, temos:

Qágua 1 Qlatente
gelo 1 Qcal 1 Qgelo 5 0  ]

A figura representa um arranjo experimental similar àquele
]  250 3 1 3 (10 2 50) 1 m 3 80 1 42,5 3 (10 2 50) 1 utilizado por Joule para demonstrar que é necessário trans-
formar aproximadamente 4,2 J de energia mecânica para
1 m 3 1 3 (10 2 0) 5 0   ] se obter 1 cal. Deixando-se cair um corpo de peso 50,0 N,

20 vezes, de uma determinada altura, um sistema de pás
]  210.000 1 80 3 m 2 1.700 1 10 3 m 5 0 
entra em rotação, agitando 1,0 kg de água contida no reci-
piente isolado termicamente, variando a temperatura da
]  m 5 130 g
água de 1,5 wC. Desprezando-se os efeitos de forças dissi-
pativas, a capacidade térmica do recipiente e sabendo-se
10. (Ufac) O calor de fusão do gelo é de 80 cal/g. Qual o tempo que o corpo cai com velocidade praticamente constante
mínimo necessário para fundir 500 g de gelo a 0 ºC, se o e que o calor específico da água é de 1,0 cal/g wC, é correto
gelo absorve em média 800 cal/s? afirmar que a altura inicial do corpo é igual, em m, a:
a) 5 s c) 20 s e) 50 s a) 6,3 c) 10,0 e) 15,0
b) 10 s d) 40 s b) 8,0 d) 13,0
Para fundir 500 g de gelo, necessitamos de: A energia potencial da queda do corpo é convertida em

Q 5 mL  ]  Q 5 500 3 80  ]  Q 5 40.000 cal energia térmica para aquecer 1 kg de água:

Usando a informação do fluxo médio dada no enunciado: 20 3 m 3 g 3 h 5 4,2 3 mágua 3 c 3 SJ  ]
Q 40.000
A 5 ___
​    ​   ]  800 5 ______
​   ​  
 ]  St 5 50 s ]  20 3 50 3 h 5 4,2 3 1.000 3 1 3 1,5  ]
St St
]  h 5 6,3 m

72 Suplemento de revisão FÍSICA

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13. (UFJF-MG) Um recipiente metálico, isolado termicamente, 15. (UFRR) Uma quantidade de 500 g de água (líquido) é es-
pode ser usado como calorímetro. Com esse objetivo, é friada de 97 wC para 25 wC. A quantidade de calor perdida
preciso determinar primeiramente a capacidade térmica pela água seria suficiente para derreter quantos gramas
C do calorímetro, o que pode ser feito com o seguinte de gelo (sólido) a 0 wC ?
procedimento: a) 400 g c) 450 g e) 550 g
I. Colocam-se 100 g de água fria no interior do recipiente. b) 350 g d) 500 g
Mede-se a temperatura de equilíbrio térmico de 10 ºC.
Dados: Calor específico da água igual a 1,0 cal/g wC;
II. Adicionam-se mais 100 g de água, à temperatura de calor latente de fusão do gelo igual a 80 cal/g.
30 wC, no interior do recipiente. A nova temperatura
de equilíbrio é de Te. Calculando a quantidade de calor perdida pelos 500 g de água:
Dados: ​C​H O​5 1 cal/g wC
2 Q 5 m 3 c 3 SJ 5 500 3 1 3 (25 2 97)  ]  Q 5 236.000 cal
a) Admitindo que seja desprezível o fluxo de calor do
calorímetro para o ambiente, escreva uma equação Segundo o enunciado, essa energia seria aproveitada para
para o equilíbrio térmico, do tipo Qcedido 5 Qrecebido, onde
apareçam a temperatura de equilíbrio Te e a capacidade derreter uma massa m de gelo.

térmica C do calorímetro.
b) Calcule, utilizando a equação que você escreveu no Q 5 m 3 L  ]  36.000 5 m 3 80  ]  m 5 450 g
item a, a capacidade térmica do calorímetro, conside-
rando Te 5 18 wC.
16. (PUC-RS) O diagrama relaciona o comportamento das tem-
a) Qcedido 5 Qrecebido peraturas Celsius T e as quantidades de calor Q recebidas
por três substâncias diferentes, A, B e C, todas sujeitas à
m 3 c 3 SJ1 5 m 3 c 3 SJ2 1 C 3 SJ2  ] mesma pressão atmosférica.

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

]  100 3 1 3 (30 2 Te) 5 100 3 1 3 (Te 2 10) + C 3 (Te 2 10)  ] T (ºC) A

]  100 3 (30 2 Te) 5 100 3 (Te 2 10) 1 C 3 (Te 2 10) B



b) Substituindo na expressão do item anterior, temos:
C
0
100 3 (30 2 18) 5 100 3 1 3 (18 2 10) 1 C 3 (18 2 10)  ] Q (J)

]  1.200 5 800 1 8C  ]  C 5 50 cal/wC

Com base na figura, podemos afirmar que:
a) a substância B possui uma temperatura de fusão mais
elevada do que a substância A.
b) a substância B é necessariamente água pura.
c) a substância B possui uma temperatura de solidificação

mais elevada do que a substância A.
d) o calor de vaporização da substância B é maior do que
o da substância C.
14. (UEPB) Por ter acabado o gás de cozinha, a dona de casa
utilizou um aquecedor de 200 W de potência para aquecer e) a fase final da substância A é sólida.
a água do café. Dispondo de 1 litro (1.000 g) de água que Os patamares horizontais representam as transições de
se encontrava a 22 wC, e supondo que apenas 80% dessa
potência foi usada no aquecimento da água, qual a tem- fase das substâncias. Observando os gráficos, concluímos

peratura atingida pela água após um instante de 30 min?
(Adote 1 cal 5 4,0 J e calor específico da água c 5 1 cal/g wC) que tanto na fusão quanto na vaporização as maiores
a) 60 wC c) 30 wC e) 72 wC
temperaturas correspondem à substância A, depois a B e
b) 313 wC d) 94 wC
Relacionando os dados do enunciado e lembrando de por último a C. Isso descarta as alternativas a e c.

incluir a conversão de calorias para joules na energia Apesar de sofrer fusão a 0 wC, não podemos garantir que B

térmica, temos: necessariamente é água pura apenas por isso.

m 3 c 3 SJ 4 3 1.000 3 1 3 (J 2 22)
Pot 5 ​ _________
 ​   ]  0,80 3 200 5 ​ ___________________
  
 ​ 
   ] A fase final de A é uma coexistência entre fase líquida e
St 30 3 60
]  J 5 94 wC vapor, ambos à mesma temperatura. Portanto, e é falsa.

Finalmente, o calor de vaporização de B é maior que o de

C, pois o segundo patamar horizontal (vaporização) de B é

mais extenso que o de C.

Calor e mudança de fase NO VESTIBULAR 73

FIS_PLUS_TOP 11.indd 73 07.10.09 11:09:55


Gases e termodinâmica
O modelo do gás ideal foi fundamental no desenvolvimento da física e da química da primeira
metade do século XIX. O estudo das transformações do calor em trabalho em sistemas gasosos
configurou a termodinâmica clássica. As máquinas térmicas ainda em uso, como motores a
combustão e refrigeradores, usam variantes do ciclo de Carnot, que é o de máximo rendimento.

Gás ideal Transformação isovolumétrica


As moléculas não interagem entre si. (lei de Charles)
Os choques entre as moléculas e as paredes do recipiente O volume se mantém constante, ao passo que a pressão e
são perfeitamente elásticos (não há perda de energia). a temperatura absoluta são diretamente proporcionais.
As dimensões das moléculas são desprezíveis em compa-
ração com o volume do recipiente. P
O movimento das moléculas é permanente e totalmente
P2 2
aleatório. 
P1 P2
___
​   ​ 5 ___
​   ​ 
T1 T2
Estado de um gás P1

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


1
O estado de um gás corresponde a um conjunto de diversas
variáveis macroscópicas. Delas, analisaremos apenas três:
a pressão P, o volume V e a temperatura absoluta T. V
Figura 3
Diagrama P # V de uma transformação isovolumétrica. 
Transformações
gasosas particulares Lei geral dos gases ideais
Transformação isotérmica Quando as três variáveis de estado se modificam simulta-
neamente, descrevemos seu comportamento usando uma
(lei de Boyle-Mariotte) única expressão:
A temperatura se mantém constante nessa transformação,
enquanto a pressão e o volume são inversamente propor-
P1 3 V1 ______
______ P2 3 V2
cionais. ​   ​   5 ​   ​  
T1 T2
P
P1 A
Equação de Clapeyron
P1 3 V1 5 P2 3 V2 P3V
O quociente ​ _____  é constante e depende apenas de n, o
 ​ 
T
B número de mols do gás presente na amostra.
P2
Figura 1
Diagrama P # V de uma
0 V1 V2 V
P3V5n3R3T
transformação isotérmica.

Transformação isobárica Os valores mais usados para a constante universal dos


gases ideais R são:
(lei de Gay-Lussac)
R 5 0,082 atm 3 L/mol 3 K  ou  R 5 8,31 J/mol 3 K.
A pressão se mantém constante, ao passo que o volume e
a temperatura absoluta são diretamente proporcionais.

P
Trabalho em
1 2 V1 V2
__
​   ​ 5 ___
​   ​  transformações gasosas
T1 T2
Isobárica: D 5 P 3 SV
Isométrica: D 5 0
Figura 2
Diagrama P # V de uma Outras: o trabalho é numericamente igual à área sob o
V1 V2 V transformação isobárica. diagrama P # V

74 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_MOD_12.indd 74 07.10.09 11:13:11


Pressão
Segunda lei da termodinâmica
P1 1
Essa lei tem diversos enunciados. O que segue é conhecido
como enunciado de Kelvin-Planck e nos interessa parti-
cularmente pela discussão que envolve o rendimento de
2
P2 máquinas térmicas reais.

É impossível construir um dispositivo que, operando em


V1 V2 Volume
um ciclo termodinâmico, converta totalmente o calor rece-
Figura 4 bido em trabalho.
O trabalho é numericamente igual à área sombreada sob o gráfico. 

Sinal do trabalho Assim, uma máquina térmica sempre opera com duas
fontes térmicas: a fonte quente, de onde retira calor para
Expansão (SV . 0): D .0
convertê-lo parcialmente em trabalho; e a fonte fria, para
Compressão (SV , 0): D , 0 onde rejeita calor, que não pôde ser aproveitado na realização
Ciclos: sentido horário: D . 0; do trabalho.
sentido anti-horário: D , 0
Fonte quente (T1)
Energia interna do gás ideal Q1
A variação da energia interna do Máquina
3
gás ideal depende diretamente SU 5 __
​   ​ n 3 R 3 ST térmica
Trabalho útil
2 D
da variação de temperatura.
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Q2
Fonte fria (T2)
Transformação adiabática Ambiente
É a transformação na qual o sistema não troca calor com Figura 6
o meio externo. Assim, Q 5 0. Uma forma de obter trans- Esquema de máquina térmica. A segunda lei garante que há perda de
formações quase adiabáticas é realizar expansões ou calor na realização de trabalho.
compressões bem rápidas; desse modo, não há tempo de
ocorrer troca de calor. Rendimento de máquinas térmicas
P
A B
P1 ODO OQ2O
saspartout/shutterstock

1 g 5 ____   ou  g 5 1 2 ​ ____ ​ 


​    ​ 
OQ1O OQ1O

P2
2
V1 V2 V Ciclo de Carnot
Figura 5 Carnot descobriu o ciclo teórico capaz de fornecer o má-
A) Diagrama P # V de uma transformação adiabática (linha cheia) ximo rendimento para uma máquina térmica.
comparada a uma isoterma (linha tracejada); B) A expansão de
aerossol, por ser rápida, simula bem esse tipo de transformação. 
P

Primeira lei da termodinâmica A

A primeira lei da termodinâmica é outra forma de escre- B


vermos o princípio de conservação de energia:
T1
D C
SU 5 Q 2 D T2
T1 > T2

Sinais de SU e Q V
Figura 7
Gás recebe calor: Q . 0 O ciclo de Carnot compreende duas transformações isotérmicas (linhas
Gás cede calor: Q , 0 azuis) e duas transformações adiabáticas (linhas vermelhas).
Aquecimento: ST . 0  ]  SU . 0
Resfriamento: ST , 0  ]  SU , 0 Rendimento do ciclo de Carnot
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T2
Animações: Primeira lei da Termodinâmica e Segunda lei da g 5 1 2 ___
​    ​ , em que T é a temperatura em kelvins.
Termodinâmica T1
Simulador: Transformações dos gases

GASES E TERMODINÂMICA 75

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Gases e termodinâmica

No Vestibular

1. (UFPR) Considere um gás ideal sendo submetido a diversos 2. (UFMG) Um gás ideal, num estado inicial i, pode ser levado
processos termodinâmicos a partir de um mesmo estado a um estado final f por meio dos processos I, II e III, repre-
inicial. Sobre essa situação, é correto afirmar: sentados neste diagrama de pressão versus volume:
(01) Se o processo for isométrico (isocórico), o trabalho
P
realizado pelo gás será nulo.
(02) Se o processo for uma expansão isotérmica, haverá i I
uma diminuição da pressão do gás.
(04) Se o processo for isotérmico, a energia interna do gás
permanecerá constante. III
(08) A temperatura atingida pelo gás no estado final não II
depende do processo escolhido.
(16) Se o processo for adiabático, o gás trocará calor com f
o meio externo.
v
(32) Se o volume for diminuído, num processo isobárico,
haverá aumento da temperatura do gás.
Sejam DI, DII e DIII os módulos dos trabalhos realizados pelo
(01) Correta. Num processo isométrico, o trabalho é nulo, gás nos processos I, II e III, respectivamente. Com base

nessas informações, é correto afirmar que:
pois não há deslocamento da massa gasosa.

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


a) DI , DII , DIII
(02) Correta. Numa transformação isotérmica, o produto b) DI 5 DII 5 DIII
c) DI 5 DII . DIII
PV é constante. Dessa forma, se o volume aumenta, a d) DI . DII . DIII

pressão deve diminuir na mesma proporção.
Os valores DI, DII e DIII são numericamente iguais às áreas

3 sob os respectivos diagramas. Por comparação direta na
(04) Correta. A partir da relação SU 5 ​ __  ​nRST, se ST 5 0,
2
obtemos SU 5 0.
figura do enunciado, temos DI . DII . DIII.

(08) Correta. As grandezas cujo valor final não depende

do processo escolhido são a energia interna e a

temperatura, e elas são diretamente proporcionais

entre si. 3. (PUC-PR) Um gás perfeito se expande, passando do estado I
para o estado II, conforme mostra o diagrama.
(16) Incorreta. Por definição, numa transformação Considerar 1 atm 5 1 3 105 Pa e 1 cal 5 4 J.

adiabática não há troca de calor com o meio externo. P (atm)

V
(32) Incorreta. Num processo isobárico, a razão __
​   ​  II
T 5
permanece constante. Logo, para que o valor da razão

permaneça constante, se V diminui, T deve diminuir

I
na mesma proporção. 2

A resposta é a soma das alternativas corretas:
2 4 6
01 1 02 1 04 1 08 5 15. V (m2)

Sabe-se que, na transformação, o gás absorveu 2 3 105 cal de
calor. Pode-se afirmar que, na transformação do estado I
para o estado II:

a) o gás realiza trabalho negativo de 14 3 105 J.
b) o gás sofre uma perda de 12 3 105 J em sua energia
interna.
c) a energia interna do gás sofre um aumento de 22 3 105 J.

76 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_MOD_12.indd 76 07.10.09 11:13:12


d) o gás sofre resfriamento e perde 6 3 105 J de energia
interna. A partir da definição de rendimento de uma máquina

e) o gás realiza trabalho de 8 3 105 J e não sofre variação
em sua energia interna. térmica, podemos obter a quantidade de calor Q1

O gás sofre uma expansão; logo, necessariamente, fornecida ao gás:

temos D . 0, o que já invalida a alternativa a. D D 24 3 103
g 5 ___
​     ​   ]  Q1 5 __
​ g  ​   ]  Q1 5 _______
​   ​  ]

Q1 0,8
Quanto ao módulo do trabalho no S.I., temos: ]  Q1 5 30 kJ

(5 3 105 1 2 3 105) 3 4
D & Área  ]  D 5 _________________
​   ​      ]
2
]  D 5 14 3 105 J
5. (UFRGS-RS) Enquanto se expande, um gás recebe o calor
Para avaliar SU, usamos a primeira lei da termodinâmica Q 5 100 J e realiza o trabalho D 5 70 J. Ao final do processo,
podemos afirmar que a energia interna do gás:
SU 5 Q 2 D. a) aumentou 170 J

b) aumentou 100 J
A partir do enunciado: Q 5 1 2 3 105 cal 5 8 3 105 J e, do
c) aumentou 30 J
argumento anterior, D = 14 3 105 J. d) diminuiu 70 J
e) diminuiu 30 J
Portanto: SU 5 Q 2 D  5 8 3 105 2 14 3 105  ] A partir do enunciado, Q 5 100 J e D 5 70 J. Aplicando a

5
]  SU 5 26 3 10 J.
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

primeira lei da termodinâmica, temos:



Esse valor é diferente do valor numérico proposto nas SU 5 Q 2 D 5 100 2 70

alternativa b, c e e. ]  SU 5 30 J

5
A alternativa d está correta, pois, como SU 5 26 3 10 , 0, Como SU . 0 , pode-se afirmar que a energia interna do

devemos ter ST , 0, o que indica que o gás sofreu gás aumentou 30 J.

resfriamento.

4. (UFRR) Um mol de gás ideal realiza o processo cíclico ABCD 6. (UFS-SE) Considere as transformações A p B p C p A de um
representado a seguir no gráfico de P # V: gás, representadas no diagrama, e analise as afirmações.
P (105 Pa)
Pressão
A B
9 A
P

P
B
3 C

1 C
D
0,03 0,06 V (m3) 0 V V Volume
3
O rendimento da máquina que utiliza esse ciclo é de 0,8. O
trabalho no ciclo e o calor fornecido ao gás, em quilojoules,
(01) De A p B, o trabalho realizado pelo gás é nulo.
valem respectivamente:
(02) A energia interna do gás é a mesma nos estados A e B.
a) 24 e 30 c) 54 e 42 e) 16 e 20 2
(04) De B p C, o trabalho realizado pelo gás vale 2​ __ ​  pV.
b) 8 e 10 d) 12 e 16 9
(08) De C p A, o gás cede calor ao ambiente.
O ciclo está orientado no sentido horário e, portanto, D . 0. (16) No ciclo ABCA, o ambiente realiza trabalho sobre o gás.

Dê como resposta a soma dos números que precedem as
Usando a propriedade de que D & Área, temos:
afirmações verdadeiras.
D 5 3 3 1022 3 8 3 105 5 24 3 103  ] (01) Incorreta. Com base no gráfico, há variação de volume

]  D 5 24 kJ na transformação A p B. Portanto: D % 0.

Gases e termodinâmica NO VESTIBULAR 77

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Sabendo-se que p0V0 5 13 J, calcule o trabalho realizado por
(02) Correta. SUA 5 SUB se, e só se, a transformação A p B essa máquina térmica ao longo de um ciclo, em joules.

for isotérmica, isto é, se PAVA 5 PBVB. O trabalho realizado pela máquina é numericamente

V p
Como PA 5 p, VA 5 __​   ​ , pB = __
​   ​  e VB 5 V,
igual à área interna ao ciclo. Como este está orientado no
3 3
pV pV
temos PAVA 5 ​   ​ e PBVB 5 ___
___ ​   ​ . sentido horário, temos D . 0.
3 3

Portanto, a transformação é isotérmica, pois Logo:



2V0
PAVA 5 PBVB. D 5 2p0 3 ___
​   ​ 5 2p0 3 V0 5 2 3 13  ] 
2
(04) Correta. Sabe-se que o trabalho é numericamente ]  D 5 26 J

igual à área sobre o gráfico, ou seja:




p
D & Área  ]  D & __
3
V
​   ​  ​ V 2 __@  3 # p 2V
​   ​   ​  ]  D & __
​   ​  3 ​ ___ ​   ]
3 3
2
]  D & ​ __  ​pV
9 8. (Fuvest-SP) O gráfico a seguir representa duas transfor-
Como, nesse trecho, o gás sofre uma compressão, mações sofridas por uma determinada massa de gás
perfeito:
2
temos D , 0. Logo: D 5 2​ __  ​pV.
9
P (N/m2)
(08) Incorreta. Nesse caso, temos uma transformação

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.



isovolumétrica e, portanto, D 5 0. Assim, pela A B
4
primeira lei da termodinâmica, temos: Q 5 SU.

3
A partir da relação U 5 ​ __  ​pV, calculamos a energia
2
interna do gás nos pontos C e A:
1 C
3 3 p V pV
Uc 5 __
​   ​  PCVC  ]  UC 5 __
​   ​  3 ​ __ ​  3 __
​   ​   ]  UC 5 ___
​   ​ 
2 2 3 3 6 0 1 4 V (m3)
]
3 3 V pV
UA 5 __
​   ​  PAVA  ]  UA 5 __
​   ​  3 p 3 ​ __ ​   ]  UA 5 ___ ​   ​  a) Qual foi a variação de temperatura do gás entre o es-
2 2 3 2
tado inicial A e o final C?
pV pV b) Qual a quantidade de calor, em joules, recebida pelo
Q 5 SU  ]  Q 5 UA 2 UC  ]  Q 5 ___
​   ​ 2 ___
​   ​   ]
2 6 gás na sequência de transformações de A a C?
pV
___
]  Q 5 ​   ​  a) Aplicando a lei geral dos gases aos pontos A e C:
3
PA 3 VA PC 3 VC 134 134
Como Q . 0, o gás absorve calor. ______
​   ​ 5 ​ ______
 ​  ]  ____
​   ​ 5 ​ ____
 ​   ]
TA TC TA TC
(16) Incorreta. Como o ciclo está orientado no sentido ]  TC 5 TA  ]  ST 5 0

3
horário, o gás realiza trabalho sobre o ambiente. b) Do item a, ST 5 0. A partir da relação SU 5 __
​    ​n 3 R 3 ST,
2
O resultado é a soma das alternativas corretas: 02 1 04 5 6. obtemos: SU 5 0. Pela primeira lei da termodinâmica

temos: SU 5 Q 2 D  ]  Q 5 D.
7. (UFPE) Uma máquina térmica executa o ciclo descrito no
diagrama p # V a seguir. O ciclo se inicia no estado A, vai
O valor numérico do trabalho pode ser obtido pela
para o B, seguindo a parte superior do diagrama, e retorna
para A, passando por C. propriedade gráfica:

p D & Área  ]  D & 3 3 4  ]  D & 12 J
B
3p0
No trecho AB temos uma expansão D . 0; logo, D 5 12 J.
A
2p0
Portanto, Q 5 16 J.

p0 C

0 V0 3V0 V

78 Suplemento de revisão FÍSICA

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9. (Unicamp-SP) Um mol de gás ideal sofre a transformação
D 5 Q1 2 Q2 5 1.200 2 840   ]
A p B p C indicada no diagrama pressão # volume da
figura. ]  D 5 360 J

P (atm) A B
3
11. (Inatel-MG) Suponha que um inventor lhe ofereça uma
máquina que extrai 25 3 106 cal de uma fonte à tempera-
tura de 400 K e rejeita 10 3 106 cal para uma fonte a 200 K,
entregando um trabalho de 63 3 106 J. Com base nos prin-
cípios da termodinâmica, podemos afirmar que:
a) satisfaz a 1a e a 2a leis
Isoterma C b) não satisfaz a 1a e a 2a leis
c) satisfaz somente a 1a lei
d) satisfaz somente a 2a lei
0 8 9 10 V (L)
Considere 1 cal 5 4,2 J
a) Qual é a temperatura do gás no estado A? Temos do enunciado:

b) Qual é o trabalho realizado pelo gás na expansão A p B?
c) Qual é a temperatura do gás no estado C? Q1 5 25 3 106 cal 5 105 3 106 J; T1 5 400 K;

Dado:
Q2 5 10 3 106 cal 5 42 3 106 J; T2 5 200 K;
R (Constante dos gases) 5 0,082 atm 3 L/mol 3 K 5 8,3 J/mol.
a) Aplicando a equação de Clapeyron, obtemos: D 5 63 3 106 J

PAVA 338
PAVA 5 nRTA  ]  TA 5 ____
​   ​   ]  TA 5 ________
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

​     ​  Segundo o princípio de conservação de energia,


nR 1 3 0,082
]  TA 7 293 K deveríamos ter: Q1 5 D 1 Q2.

b) Usando a propriedade gráfica de que D & Área, De fato, 105 3 106 5 63 3 106 1 42 1 106. Portanto, a

obtemos: D & 2 3 1023 3 3 3 105  ]  D & 6 3 102 máquina não viola a primeira lei da termodinâmica. Com

Como se trata de uma expansão, temos: D . 0; relação ao rendimento temos:

D 63 3 106
logo, D 5 600 J. g 5 ___
​     ​ 5 ________
​    ​  ]  g 5 0,6 5 60% , 100%
Q1 105 3 106
c) Podemos escrever TC 5 TA  7 293 K, pois A e C pertencem Portanto, a máquina também não viola a segunda lei da

à isoterma dada. termodinâmica.

12. (UPF-RS) Um ciclo de Carnot trabalha entre duas fontes


térmicas: uma quente, em temperatura de 227 wC, e uma
10. (Univali-SC) Uma máquina térmica opera segundo o ciclo fria, em temperatura de 273 wC. O rendimento desta má-
de Carnot entre as temperaturas de 400 K e 280 K, rece- quina, em percentual, é de:
bendo 1.200 J de calor da fonte quente. O calor rejeitado
a) 10 c) 35 e) 60
para a fonte fria e o trabalho realizado pela máquina, em
joules, são, respectivamente: b) 25 d) 50

a) 840 e 360 d) 1.400 e 600 O rendimento de uma máquina que opera segundo o ciclo

b) 1.000 e 1.000 e) 700 e 1.300 T2
de Carnot pode ser calculado como segue: g 5 1 2 __
​   ​ ,
c) 500 e 1.500 T1
Temos: T1 5 400 K, T2 5 280 K, Q1 5 1.200 J e Q2 a em que T2 e T1 são, respectivamente, as temperaturas das

quantidade de calor rejeitada para a fonte fria. fontes fria e quente na escala Kelvin. Convertendo Celsius

Como a máquina opera segundo o ciclo de Carnot, vale a em Kelvin temos:

T1 5 227 1 273  ]  T1 5 500 K
relação: TK 5 TC 1 273  ]

Q2 T2 T2 3 Q1 __________ T2 5 273 1 273  ]  T2 5 200 K
280 3 1.200
​ ___ ​ 5 __
​   ​   ]  Q2 5 ______
​   ​ 
 5 ​   ​    ] 
Q1 T1 T1 400
]  Q2 5 840 J Portanto:

T1 200
O trabalho realizado pela máquina, por sua vez, pode ser g 5 1 2 __
​   ​   ]  g 5 1 2 ____
​    ​  ] 
T2 500
calculado como segue: ]  g 5 0,6 5 60%

Gases e termodinâmica NO VESTIBULAR 79

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Óptica Geométrica e reflexão da luz
A Óptica Geométrica estuda a propagação da luz com base em alguns postulados, sem discutir
a natureza da luz. Essa abordagem possibilita a explicação de diversos fenômenos, como sombra
e penumbra, eclipses, ângulo visual etc. Ainda neste tópico, vamos revisar noções que envolvem
espelhos planos e esféricos e também a construção e a classificação de imagens.

Elementos da Óptica Aplicações dos princípios


Geométrica Câmara escura com orifício
Raio luminoso
É a representação da trajetória da luz; indica a direção e o
o i
sentido em que a luz se propaga. __i pe
​    ​ 5 ___
​   ​ 
p
o

p p’

Fontes luminosas

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


Figura 1
Primárias: possuem luz própria. Exemplos: o Sol, uma lâm- Numa câmara escura, a imagem produzida é invertida em relação
pada acesa, uma vela acesa etc. ao objeto.
Secundárias: não possuem luz própria, refletindo a luz
vinda de outras fontes. Exemplos: uma folha de papel, uma Eclipses
parede, a Lua etc.
Órbita da Lua Órbita da Terra
Pontuais: nelas, a dimensão da fonte é muito menor que a
distância entre a fonte e o observador. Exemplo: a estrela
Sirius vista da Terra. A
Extensas: a dimensão da fonte é da mesma ordem de L C L Sol
grandeza que a distância ao observador. Exemplo: lâmpada
fluorescente de escritório. Terra B

Meios de propagação da luz Figura 2


Os eclipses solares (total em A e parcial em B) ocorrem quando a
Transparentes: permitem a propagação regular da luz. sombra e a penumbra da Lua (L) interceptam a Terra. O eclipse lunar
ocorre quando a Lua penetra na região de sombra da Terra (para o
Exemplos: o ar, um vidro comum etc.
observador em C).
Translúcidos: neles, a propagação da luz se dá de forma ir-
regular. Exemplos: um vidro fosco, o papel-manteiga etc.
Opacos: não permitem a propagação da luz. Exemplos: Reflexão da luz
o concreto, a madeira, o couro etc.
Na reflexão regular, a luz retorna ao meio original, após
incidir sobre uma superfície que separa dois meios. Esse
Princípios da Óptica Geométrica fenômeno obedece às seguintes leis:
1a lei: o raio incidente RI, a normal N, e o raio refletido RR
Propagação retilínea da luz são coplanares.
Num meio homogêneo e transparente, a luz se propaga em RR N RI
linha reta.

Independência dos raios luminosos


Quando dois raios de luz se cruzam, propagando-se em dire- r i
ções diferentes, um não interfere na trajetória do outro.
P

Reversibilidade dos raios luminosos


Se invertermos as posições da fonte luminosa e do obser- 2a lei: o ângulo de reflexão é igual ao ângulo de incidên-
vador, os raios de luz continuam percorrendo as mesmas
cia: r 5 i
trajetórias, mas em sentidos opostos.

80 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 13.indd 80 07.10.09 11:16:54


Espelhos planos Tipos
Nos espelhos planos, as imagens conjugadas, de objetos Espelho convexo
reais, são virtuais e têm o mesmo tamanho do objeto. Além
disso, a distância entre a imagem e o espelho é igual à
distância entre o objeto e o espelho:

Espelho plano Espelho côncavo

Raios particulares
Objeto Imagem p 5 pe Incidência no centro de curvatura

F V C
p p´
C F

Translação e rotação
Incidência no foco
de um espelho plano
O Normais ao espelho

F V V C
C F
E1
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

sentido

d i i
E2
a E1
r r Incidência em direção paralela ao eixo principal
I1
o
sentid

x f a
sentido
I2 E2 F V V C
Figura 3 Figura 4 C F
Na translação, a posição da Na rotação, podemos demonstrar
imagem se afasta o dobro que o ângulo de giro da imagem
da distância percorrida pelo é o dobro do ângulo de giro do
espelho. Isso significa que espelho. Isso significa que f 5 2a.
x 5 2d. Equação de Gauss
Podemos relacionar a posição do objeto p com a posição
Associação de dois da imagem pe e a distância focal f da seguinte maneira:
espelhos planos em ângulo
1 1 ___
__ 1
Podemos produzir um grande número de imagens se ​   ​  5 __
​    ​ 1 ​    ​ 
p pe
f
posicionarmos o objeto diante de dois espelhos planos,
dispostos obliquamente um em relação ao outro.
O número N de imagens depende do ângulo a entre os Analisando os sinais das variáveis acima:
• p e pe positivos: objeto e imagem reais;
360w • p e pe negativos: objeto e imagem virtuais;
espelhos, de acordo com a expressão: N 5 _____
​  a ​ 
 2 1
• f . 0 para espelhos côncavos;
• f , 0 para espelhos convexos.
Espelhos esféricos
Elementos Aumento linear transversal
Também podemos relacionar p, pe, i (tamanho da imagem)
e o (tamanho do objeto) a partir da definição de aumento

i pe
C a F V Eixo linear transversal (A): ​    ​ 5 2​ ___
A 5 __ p ​ 
o
principal Principais elementos
C: centro de curvatura
F: foco principal
V: vértice do espelho
• A . o: imagem direita
f R: raio de curvatura
• A , o: imagem invertida
f: distância focal
R a: ângulo de abertura Conteúdo digital Moderna PLUS http://www.modernaplus.com.br/
Simulador: Lentes e espelhos

ÓPTICA GEOMÉTRICA E REFLEXÃO DA LUZ 81

FIS_PLUS_TOP 13.indd 81 07.10.09 11:16:55


Óptica Geométrica e reflexão da luz

No Vestibular

1. (UFRJ) No mundo artístico, as antigas “câmaras escuras” 3. (Fuvest-SP) A ilustração a seguir representa um objeto A colo-
voltaram à moda. Uma câmara escura é uma caixa fe- cado a uma distância de 2,0 m de um espelho plano S, e uma
chada de paredes opacas que possui um orifício em uma lâmpada L colocada a uma distância de 6,0 m do espelho.
de suas faces. Na face oposta à do orifício fica preso um
filme fotográfico, onde se formam as imagens dos objetos 2m S
A
localizados no exterior da caixa, como mostra a figura.

6m
Orifício

h 3m 6m
L

a) Desenhe o raio emitido por L e refletido por S que atinge A.


b) Calcule a distância percorrida por esse raio.
a) Os espelhos planos formam imagens simétricas em

relação aos respectivos objetos.

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6 cm 5m
2m S 2m
Suponha que um objeto de 3 m de altura esteja a uma A A’
distância de 5 m do orifício, e que a distância entre as
faces seja de 6 cm. Calcule a altura h da imagem.

Com base na figura temos que os triângulos ABC e DEC são
6m

semelhantes:

D
6 cm = 0,06 m
A L 6m 2m P

b) A partir da figura representada no item a, temos, por
C 5m
B congruência de triângulos, que SA 5 SAe. Portanto,

E determinar a distância x percorrida pelo raio de luz

Portanto, podemos escrever:
significa determinar a medida do segmento LAe.
h 0,06
__
​   ​  5 ​ ____
 ​    ]  5h 5 0,18  ]
3 5 Aplicando o teorema de Pitágoras ao triângulo AeLP, temos:

22
]  h 5 3,6 3 10 m 5 3,6 cm
x2 5 (6 1 2)2 1 62 5 64 1 36  ]

2. (Fuvest-SP) Admita que o Sol subitamente “morresse”, ou ]  x 5 10 m

seja, sua luz deixasse de ser emitida. 24 horas após esse
evento, um eventual sobrevivente olhando para o céu,
4. (PUC-SP) Um objeto está a 20 cm de um espelho plano. Um
sem nuvens, veria:
observador que se encontra diretamente atrás do objeto e a
a) a Lua e as estrelas. 50 cm do espelho vê a imagem do objeto distante de si, a:
b) somente a Lua. a) 40 cm c) 90 cm e) 140 cm
c) somente estrelas. b) 70 cm d) 100 cm
d) uma completa escuridão.
O enunciado sugere a seguinte figura:
e) somente os planetas do Sistema Solar.
Imagem
A Lua e os planetas do Sistema Solar são fontes de luz do

Observador Objeto objeto
secundárias; portanto, caso o Sol “morresse”, eles não mais

20 cm 20 cm
seriam vistos pelo sobrevivente. Por outro lado, por serem
50 cm
fontes de luz primárias, as estrelas continuariam visíveis. Logo, a distância d do observador à imagem do objeto será:

d 5 50 1 20  ]  d 5 70 cm

82 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 13.indd 82 07.10.09 11:16:55


5. (PUC-MG) Num relógio de ponteiros, cada número foi
substituído por um ponto. Uma pessoa, ao observar a ima- Objeto
Imagem
gem desse relógio refletida num espelho plano, lê 8 horas.
Se fizermos a leitura diretamente no relógio, verificaremos
que ele está marcando: C F
a) 6 h c) 9 h e) 10 h
b) 2 h d) 4 h

Observe a figura:
O pincel de luz que emerge do espelho côncavo tem

Imagem Objeto
forma cônica e é divergente. Logo, trata-se de uma

imagem virtual.


7. (Uece) Um pequeno objeto é colocado perpendicularmente
sobre o eixo principal e a 12 cm do vértice de um espelho
esférico côncavo, cujo raio de curvatura é 36 cm. A imagem
Portanto, o relógio (objeto) está marcando 4h.
conjugada pelo espelho é:
a) real, invertida e maior que o objeto.
6. (PUC-PR) Um objeto real, representado pela seta, é coloca-
b) virtual, direita e maior que o objeto.
do em frente a um espelho, podendo ser plano ou esférico,
conforme as figuras. c) virtual, direita e menor que o objeto.
d) real, invertida e menor que o objeto.
Dado que o raio de curvatura é R 5 36 cm, a distância focal
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

I II

f será:

36
C F f 5 ___
​   ​   ]  f 5 18 cm
2
Se p 5 12 cm, o objeto se encontra entre o vértice (V) e o

III IV foco (F) do espelho, como mostra a figura:

p = 12 cm

C F C F
R = 36 cm

C F
V
f = 18 cm


C F
Para determinar matematicamente se a imagem é maior

ou menor que o objeto, bem como sua orientação em
A imagem fornecida pelo espelho será virtual:

a) apenas no caso I. d) nos casos I, IV e V. relação a ele, precisamos calcular o aumento linear

b) apenas no caso II. e) nos casos I, II e III.
transversal (A). Para isso, vamos determinar pe usando a
c) apenas nos casos I e II.
Para resolver essa questão, devemos lembrar que um equação de Gauss:

1 1
__ 1 1 1 1 1 223
ponto imagem é virtual se ele é vértice de um pincel de ​   ​  5 ​ __  ​ 1 ​ __  ​   ]  ___
​     ​ 5 ___
​     ​ 1 ​ __  ​   ]  __
​    ​ 5 ​ _____
 ​ 
   ]
f p pe 18 12 pe pe 36
luz que emerge de um sistema óptico de forma cônica e ]  pe 5 236 cm

divergente. Como pe , 0, trata-se de uma imagem virtual.

Espelhos planos e esféricos convexos sempre fornecem Calculemos agora o aumento linear (A):

2pe ___ 36
imagens virtuais. Portanto, a alternativa correta deve A 5 ____
​  p ​ 
 5 ​    ​  ]  A 5 3
12
incluir os casos I e IV. Com isso isolamos a alternativa d. Como A . 0, a imagem é direita em relação ao objeto e,

Para desencargo, vamos checar o caso V. como OAO . 1, a imagem é maior que o objeto.

Óptica Geométrica e reflexão da luz NO VESTIBULAR 83

FIS_PLUS_TOP 13.indd 83 07.10.09 11:16:55


8. (UFRJ) Um objeto está a uma distância P do vértice de um
espelho esférico de Gauss. A imagem formada é virtual e Um espelho convexo não fornece imagens invertidas em

menor. Neste caso pode-se afirmar que:
relação ao objeto. Isso descarta a alternativa a.
a) o espelho é convexo.
b) a imagem é invertida. Distância focal e raio de curvatura são dados por:
c) a imagem se forma no centro de curvatura do espelho.
1 1 1 1 1 511
d) o foco do espelho é positivo, segundo o referencial de ​ __ ​  5 ​ __  ​ 1 ​ __  ​ 5 __
​   ​  1 ​ ___   ​ 5 ​ _____
 ​  
 ]
f p pe 6 30 30
Gauss.
e) a imagem é formada entre o foco e o centro de curva- ]  f 5 5 cm

tura.
R 5 2f  ]  R 5 10 cm
Dentre os espelhos esféricos de Gauss, o único que

Isso descarta as alternativas b e c.
possibilita a formação de uma imagem virtual e menor

Imagens invertidas são sempre reais. Isso descarta a
que o objeto é o espelho convexo.

alternativa d.

9. (FEI-SP) O espelho retrovisor de uma motocicleta é con-
vexo porque:
a) reduz o tamanho das imagens e aumenta o campo visual.
b) aumenta o tamanho das imagens e aumenta o campo 11. (Ufac) A parte côncava de uma colher de sopa de aço
visual. inox limpa pode ser utilizada como um espelho côncavo.
c) reduz o tamanho das imagens e diminui o campo visual. Supondo que esta parte tenha um raio de curvatura de
aproximadamente 4,0 cm, qual a distância focal desse

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


d) aumenta o tamanho das imagens e diminui o campo
espelho, quando um objeto for colocado sobre seu eixo,
visual.
distante 12 cm do vértice?
e) mantém o tamanho das imagens e aumenta o campo
visual. a) 2,0 cm c) 4,0 cm e) 3,0 cm
b) 8,0 cm d) 16,0 cm
Os espelhos convexos são frequentemente usados
A distância focal é uma característica geométrica do

em retrovisores de motocicletas, nos automóveis
espelho e independe da posição do objeto em relação ao

mais modernos e também nos cruzamentos de
vértice. Seu valor corresponde à metade da medida do

estacionamentos, nos quais, para evitar acidentes, é
raio de curvatura do espelho. Logo, no caso dessa colher, a

necessário obter um campo visual mais amplo, não
distância focal vale 2 cm.

importando o tamanho real do objeto. Esse objetivo é

atingido com o uso de espelhos convexos. 12. (Uece) Você está em pé em uma sala, parado diante de
um espelho vertical no qual pode ver apenas dois terços
de seu corpo. Considere as ações descritas a seguir:
10. (Unirio-RJ) Um objeto é colocado diante de um espelho.
I. Afastar-se do espelho.
Considere os seguintes fatos referentes ao objeto e à sua
imagem: II. Aproximar-se do espelho.
III. Usar um espelho maior, cuja altura lhe permita ver
I. o objeto está a 6 cm do espelho.
seu corpo inteiro quando você está na sua posição
II. o aumento transversal da imagem é 5.
inicial.
III. a imagem é invertida.
Você gostaria de ver seu corpo inteiro refletido no espelho.
A partir destas informações, está correto afirmar que o(a): Para atingir seu objetivo, das ações listadas anteriormente,
a) espelho é convexo. você pode escolher:
b) raio de curvatura do espelho vale 5 cm. a) apenas a I. c) apenas a III.
c) distância focal do espelho vale 2,5 cm. b) apenas a II. d) a I ou a III, apenas.
d) imagem do objeto é virtual.
No caso do espelho plano (vertical), aproximar-se ou
e) imagem está situada a 30 cm do espelho.
Uma ressalva: a afirmação II refere-se ao módulo do afastar-se dele não alterará a visualização do corpo, apenas

aumento linear transversal (A); pela afirmação III, modificará o tamanho da imagem. Nesse caso, as ações I e II

a imagem é invertida e, portanto, temos A 5 25. são inócuas. Pelo mesmo motivo, se na situação inicial você

Com base na afirmação I, temos p 5 6 cm. já conseguir se ver por inteiro, qualquer movimentação em

2pe 2pe
Como A 5 ____   vem: 25 5 ____
​  p ​,     ]  pe 5 30 cm
​   ​  sua posição não prejudicará a visualização.
6

84 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 13.indd 84 07.10.09 11:16:56


13. (UEG-GO) Conforme a ilustração abaixo, um objeto de 10 cm c) a altura da imagem. Explique se a imagem é invertida
de altura move-se no eixo de um espelho esférico côncavo ou não.
com raio de curvatura R 5 20 cm, aproximando-se dele. O d) a distância focal do espelho.
objeto parte de uma distância de 50 cm do vértice do espe-
a) A imagem é real, pois, segundo o enunciado, ela é
lho, animado com uma velocidade constante de 5 cm/s.
projetada numa parede, e apenas imagens reais podem
Objeto
ser projetadas.

b) O espelho é côncavo, pois apenas nele é possível
C F V
produzir imagens reais.

i pe i 300
c) __
​    ​ 5 2​ __ ​   ]  ​ ___   ​ 5 2​ ____ ​   ]  i 5 215 cm
o p 0,5 10
Responda ao que se pede.
a) No instante t 5 2 s, quais são as características da A imagem é invertida, pois i < 0. Além disso, qualquer

imagem formada? Justifique.
imagem real de espelho esférico é invertida.
b) Em qual instante a imagem do objeto se formará no
infinito? Justifique. 1 1 1 1 1 31
d) __
​   ​  5 ​ __  ​ 1 __
​    ​ 5 ___
​     ​ 1 ____
​     ​ 5 ____
​    ​   ]  f 7 9,7 cm
c) No instante t 5 7 s, qual é a posição e tamanho da f p pe 10 300 300
imagem formada? Justifique.

a) Em t 5 2 s, o objeto percorreu 10 cm. Como sua posição


inicial era de 50 cm até o espelho, nesse instante ele se
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


encontra a 40 cm do espelho. 15. (Unifenas-MG) Um ponto luminoso está localizado sobre
o eixo de um espelho esférico côncavo, como mostra a
1 1
__ 1 1 1 1
​   ​  5 ​ __  ​ 1 ​ __  ​   ]  ___
​     ​ 5 ​ ___   ​ 1 __
​    ​   ] figura a seguir.
f p pe 10 40 pe Dado: Considere que p é sempre maior que q.
1 421
]  __
​    ​   5 _____   ]  pe 7 13,3 cm
​   ​ 
pe 40
i pe i 13,3
​ __  ​  5 2​ __ ​   ]  ___
​     ​ 5 2​ ____ ​   ]  i 7 23,3 cm Ponto
o p 10 40 luminoso Imagem
Como pe . 0 e i , 0, a imagem é real e invertida. Pelo

valor do módulo de i, observamos que é menor que o q

objeto. p

b) No instante em que o objeto passar por F, a imagem

Esse ponto luminoso começa a se aproximar do espelho,
se formará no infinito. O objeto está em MRU; assim,
de raio de curvatura R, movimentando-se sobre o eixo.
Com base nessas informações, é correto afirmar que a
podemos escrever:
distância entre o ponto luminoso e o espelho, para a qual
a distância entre o ponto luminoso e sua imagem é igual
p 5 p0 1 v 3 t  ]  10 5 50 2 5 3 t  ]  t 5 8 s
a R, é dada por:
c) p 5 50 2 35  ]  p 5 15 cm R​dll2 ​ 
a) R 1 ​ ____
 ​ 

R​dll2 ​ 
b) ​ ____
 ​ 
  c) R d) 2R

2 2
1 1
__ 1 1 1 1
​   ​  5 ​ __  ​ 1 ​ __  ​   ]  ___
​     ​  5 ​ ___   ​ 1 ​ __  ​   ]  p 2 q 5 R  ]  q 5 p 2 R
f p pe 10 15 pe
1
__ 322
_____ 1 1 1
]  ​    ​   5 ​   ​    ]  pe 5 30 cm
  ​ __ ​  5 __
​    ​ 1 ​ __  ​  ]
pe 30 f p q
i pe i 30 2 1 1 p2R1p
​ __  ​ 5 2​ __ ​   ]  ​ ___   ​ 5 2​ ___  ​  ]  i 5 220 cm ]  ​ __  ​ 5 __ ​    ​ 1 _____
​     ​ 5 _________
​   ​  
 ]
o p 10 15 R p p2R p(p 2 R)
Após 7 s, a imagem do objeto estará a 30 cm do vértice ]  2p2 2 2pR 5 pR 2 R2 1 pR  ]

e terá 20 cm de tamanho. ]  2p2 2 4Rp 1 R2 5 0

Resolvendo a equação do 2o grau em p, obtemos:

14. (UFU-MG) Considere o filamento de uma lâmpada, de 0,5 cm
R​dll
2 ​  R​dll
2 ​ 
de altura, que se encontra a 10 cm de um espelho (em seu p1 5 R 1 ____
​   ​  e p2 5 R 2 ____
​   ​  
2 2
eixo). Esse filamento tem sua imagem projetada sobre uma
parede a 3 m de distância desse espelho. Determine: O valor de p2 , 0 não serve, pois, nesse caso, a distância do

a) o tipo da imagem (real, virtual ou imprópria). Explique.
objeto à imagem será negativa.
b) o tipo do espelho (plano, côncavo ou convexo). Explique.

Óptica Geométrica e reflexão da luz NO VESTIBULAR 85

FIS_PLUS_TOP 13.indd 85 07.10.09 11:16:56


Refração da luz
A passagem da luz de um meio a outro envolve mudança em sua velocidade de propagação.
Dependendo do ângulo de incidência do feixe, pode haver também um desvio na direção
da propagação. Esse desvio foi explicado por Fermat em 1654, por meio do princípio
segundo o qual a luz sempre perfaz o percurso de menor tempo.

Refração Ângulo limite e reflexão total

MAGDALENA SZACHOWSKA/SHUTTERSTOCK
É o fenômeno que descreve a Para haver reflexão total, há duas condições:
mudança de velocidade (e, na maior 1a) A luz deve se propagar no sentido do meio de maior
parte das vezes, de direção) da luz índice (meio mais refringente) para o meio de menor índice
ao passar de um meio a outro. (meio menos refringente)
2a) O ângulo de incidência deve ser maior do que o ângulo
limite.
Figura 1
Ao passar do ar para a água, a
imagem da colher parece quebrada.
n1 90w

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


n1 . n2
Índice de refração
L L i>L i
É uma grandeza adimensional que representa o número L L
de vezes que a velocidade da luz naquele meio (v) é menor
que no vácuo (c).

P
c
n 5 __
​   ​ 
v
Figura 3

A aplicação da lei Snell-Descartes nos leva à expressão:


Observe que n > 1, já que a velocidade da luz no vácuo será
sempre maior ou igual à sua velocidade em outro meio. nmenor
sen L 5 ______
​ n  ​ 
maior

Leis da refração

GIPHOTOSTOCK/PHOTO RESEARCHERS/
LATINSTOCK
A
1a lei: Pertencem ao mesmo plano o raio incidente RI, o raio
refratado RR e a normal N à superfície de separação S.

RI N

v1

i
GIPHOTOSTOCK/PHOTO RESEARCHERS/
LATINSTOCK

B
n1
S
r n2

v2

RR
Figura 2

2a lei: Os ângulos de incidência e refração se relacionam Figura 4


com os respectivos índices de refração de acordo com a Quando a luz se propaga do meio menos refringente para o meio
mais refringente, não existe nenhuma restrição à ocorrência da
lei de Snell-Descartes, expressa por: refração. Observe que ao raio incidente corresponde um raio refletido
e outro refratado (A). Em (B) a luz se propaga no sentido do meio mais
n1 3 sen i 5 n2 3 sen r refringente para o meio menos refringente e o ângulo de incidência
supera o limite: ocorre reflexão total.

86 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 14.indd 86 07.10.09 11:24:38


Dioptro plano Desvio angular total
É o nome dado ao conjunto de dois meios transparentes e
distintos, separados por uma superfície plana. Se o obser- A
vador está num dos meios e o objeto no outro, a posição
aparente do objeto em relação à superfície é diferente da
posição real, devido à refração.
Pescador
N S N

i S1 S2 i’
Meio 2 r i’ r’
(ne)
J2
Ar A
Ar Vidro Ar
x’ Água
J1
x Meio 1 Figura 7
(n) Secção principal do prisma mostrando os elementos necessários para
o cálculo do desvio total.

A partir da figura acima, é possível demonstrar que o desvio


total S é dado por:
Figura 5
O peixe parece estar mais próximo da superfície do que realmente
está. O valor de xe depende dos índices de refração do ar e da água. S 5 i 1 ie 2 A
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

x
___ n
​    ​ 5 ​ ___  ​ 
xe ne Prismas de reflexão total
Os prismas são normalmente utilizados para desviar os
raios de luz incidentes para uma direção específica. Quan-
Lâmina de faces paralelas do ocorre reflexão total em suas faces, eles substituem
vantajosamente os espelhos.
R
A B
i

Ar A1
d
A3
Vidro r r e
A2
Ar B
Figura 8
i’ = i ] R’?R
i’ O prisma reto pode ser posicionado para produzir um desvio de 90w (A)
ou de 180w (B) na luz incidente.
R’

Figura 6 Dispersão da luz


Numa lâmina de espessura e, o desvio lateral d depende O prisma também pode ser usado para decompor a luz branca
dos ângulos de incidência i e de refração r, de acordo com em infinitos raios de luzes monocromáticas. A dispersão ocorre
a expressão: porque os índices de refração são distintos para cada radiação
monocromática. Assim, os ângulos de refração são diferentes.
Observe que a luz vermelha desvia menos que a violeta.
e 3 sen (i 2 r)
d 5 ______________
​  cos r  
 ​  
DAVID PARKER/SCIENCE PHOTO
LIBRARY/ LATINSTOCK

Prismas
Figura 9
O prisma óptico é composto basicamente de duas lâminas de Dispersão da luz branca por
faces não paralelas — as faces laterais. O ângulo entre as faces meio de um prisma. A luz
laterais é chamado de abertura A do prisma. incidente aparece do lado
esquerdo da foto; a faixa
branca e o brilho central
Conteúdo digital Moderna PLUS http://www.modernaplus.com.br/ correspondem à parte da luz
Simulador: Refração que sofre reflexão total.

Refração da luz 87

FIS_PLUS_TOP 14.indd 87 07.10.09 11:24:40


Refração da luz

No Vestibular

1. (PUC-SP) Com o auxílio de um aparelho especial, foi possí- 4. (PUC-SP) Dada a tabela abaixo, é possível observar a re-
vel medir a velocidade de um feixe de luz monocromática flexão total, com luz incidindo, do:
dentro de dois sólidos transparentes. No sólido A, a velo-
cidade da luz é maior que no sólido B. Nestas condições, Material Índice de refração absoluto
o índice de refração:
Gelo 1,309
a) do sólido A é maior que o do sólido B.
b) do sólido A é menor que o do sólido B. Quartzo 1,544
c) não pode ser determinado porque não é suficiente o
Diamante 2,417
conhecimento das duas velocidades.
d) do sólido A deve ser igual ao de B por se tratar de dois Rutilo 2,903
sólidos transparentes.
e) a pergunta é absurda porque a velocidade da luz é uma a) gelo para o quartzo.
constante universal. b) gelo para o diamante.
c
Por definição n 5 __
​   ​     c) quartzo para o rutilo.
v
c c d) rutilo para o quartzo.
Para o sólido A, nA 5 __ ​    ​.  Para o sólido B, nB 5 __ ​    ​.  e) gelo para o rutilo.
vA vB
c
​ __  ​  O fenômeno da reflexão total ocorre apenas quando a luz
n __ vA nA vB nA
Assim: __
​   ​  5 ​  c  ​   ]  __
​   ​  5 ​ __  ​.  Como vA . vB , __
A
​   ​  , 1.

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


nB __ ​    ​  nB vA nB viaja do meio mais refringente para o menos refringente.
vB
Portanto, dentre as opções, o fenômeno da reflexão total
Portanto, nB . nA.
poderá ser observado na passagem da luz do rutilo para o

quartzo.

5. (UFRN) Uma fibra óptica, mesmo encurvada, permite a


2. (Aman-RJ) Um raio luminoso amarelo incide com um ân-
propagação de um feixe luminoso em seu interior, de uma
gulo de incidência de 30w e refrata-se formando um ângulo
extremidade à outra, praticamente sem sofrer perdas.
de 60w com a normal. O índice de refração do meio que
contém o raio refratado, em relação ao meio que contém Fibra óptica
o raio incidente, é:
​dll
2 ​  ​dll
3 ​ 
a) 1. c) ​ ___ ​ . e) ​ ___ ​ .
3 3
​dll
2 ​  ​dll
3 ​ 
b) ​ ___ ​ . d) ​ ___ ​ .
2 2
Aplicando a lei de Snell, temos:
1
​ __  ​
n
__r sen i
_____ n
__ ___
r 2 nr __
__ 1 ___ 2 nr ___
__ ​ ll
d 3 ​  Feixe Feixe
​ ni ​  5 ​ sen r  ​  ]  ​ ni ​  5 ​ dll   ​   ]  ​ ni ​  5 ​ 2 ​  3 ​ dll   ​   ]  ​ ni ​  5 ​  3 ​  luminoso luminoso
​___ 3 ​  ​ 3 ​ 
​   ​ 
2 A explicação física para o fato descrito é a seguinte:
3. (PUC-Campinas-SP) Um raio de luz vermelha se propaga
no ar e atinge a superfície de uma peça de quartzo sob Como o índice de refração da fibra óptica, em relação ao
ângulo de incidência de 45w e penetra no cristal sofrendo índice de refração do ar, é:
desvio de 15w. O índice de refração do cristal, em relação a) baixo, ocorre reflexão interna total.
ao ar, é: b) alto, ocorre reflexão interna total.
a) 1,45. c) ​dll
3 ​.   e) 1,33. c) alto, a refração é favorecida, dificultando a saída do
b) 1,50. d) ​dll
2 ​.  feixe pelas laterais.
d) baixo, a refração é favorecida, dificultando a saída do
O quartzo é mais refringente que o ar e, portanto, seu
feixe pelas laterais.
ângulo de refração é menor que o ângulo de incidência. A propagação da luz no interior de uma fibra óptica só é

De acordo com o enunciado: possível devido ao fenômeno da reflexão total. Portanto,

r 1 15w 5 45w  ]  r 5 30w. para que esse fenômeno ocorra, o índice de refração do

Aplicando a lei de Snell, temos: material da fibra óptica deve ser maior que o do meio que

nquartzo sen 45w d​ ll 2 ​  2 dll nfibra
______
​   ​  5 ​ _______  5 ___
 ​  ​   ​ 3 __
​   ​ 5 ​ 2 ​  a circunda (no caso, o ar). Ou seja, devemos ter ____
​   ​ . 1 .
nar sen 30w 2 1 nar

88 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 14.indd 88 07.10.09 11:24:41


6. (Unicamp-SP) Ao vermos miragens, somos levados a pen-
sar que há água no chão de estradas. O que vemos é, na Observe a figura:

verdade, a reflexão da luz do céu por uma camada de ar
Observador
quente próxima ao solo. Isso pode ser explicado por um
modelo simplificado como o da figura a seguir, em que n
representa o índice de refração. Numa camada próxima N N
ao solo, o ar é aquecido diminuindo, assim, seu índice de
refração n2.
Ar

Luz do céu di
Ar frio do Vidro
n1
n2
Ar
Estrada
Objeto

Considere a situação na qual o ângulo de incidência é de 84w. Aplicando a equação do dioptro plano, temos:
Adote n1 5 1,010 e use a aproximação sen 84w 5 0,995.
di
__ nar 1
a) Qual deve ser o máximo valor de n2 para que a miragem ​    ​ 5 ____
​    ​   ]  di 5 3 3 ___
​     ​   ]
do nvidro 1,5
seja vista? Dê a resposta com três casas decimais.
]  di 5 2 cm
Nesse caso, o ângulo de incidência de 84w corresponde

ao ângulo limite (L).

n2
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Assim: sen L 5 __
​   ​ , pois n1 . n2. 8. (Itajubá-MG) Considere um prisma de ângulo de abertura
n1
n2 igual a 30w, envolvido pelo ar. Qual o valor do índice de
Logo: sen 84w 5 _____
​     ​   ]  n2 7 0,995 3 1,010 5 1,005 refração do material que constitui o prisma, para que um
1,010
raio de luz monocromática, incidindo normalmente em
uma das suas faces, saia tangenciando a face oposta?
a) 0,5 d) 2
b) Em qual das camadas (1 ou 2) a velocidade da luz é
maior? Justifique sua resposta. 2
b) ​ ___  ​  e) 0,75
c ​ ll
d 3 ​ 
Por definição, temos v 5 __
​    ​. 
n
c) 1,5
Portanto, a velocidade da luz (v) no meio em questão Com base no enunciado, temos a figura:

será tanto maior quanto menor for seu índice de

refração (n). Assim, como n1 . n2 , temos v1 , v2. 30o


1a face 2a face
7. (Uece) Uma folha de papel, com um texto impresso, está N

protegida por uma espessa placa de vidro. O índice de
refração do ar é 1,0 e o do vidro 1,5. r’ i’ = 90o

Observador


Placa de vidro Na 1a face, os ângulos de incidência (i) e de refração (r) são

Papel com
3 cm texto iguais a zero. Usando a expressão do ângulo de abertura (Â),

podemos determinar o ângulo de incidência na 2a face (r’):

Se a placa tiver 3 cm de espessura, a distância do topo da
placa à imagem de uma letra do texto, quando observada A 5 r 1 re  ]  30 5 0 1 re  ]

na vertical, é:
]  re 5 30w
a) 1 cm. b) 2 cm. c) 3 cm. d) 4 cm.
Escolhendo uma letra do texto (objeto) distante do da Aplicando agora a lei de Snell à 2a face do prisma, temos:

sen re _____ nar sen 30w _____ 1
interface ar-vidro, o observador enxergará sua imagem a ​ _____ ​ 
 5​    ]  _______
   ​  ​    5 ​     ​  ]  nprisma 5 2.
 ​ 
sen ie nprisma sen 90w nprisma
uma distância di da interface, com di , do.

Refração da luz NO VESTIBULAR 89

FIS_PLUS_TOP 14.indd 89 07.10.09 11:24:41


9. (PUC-SP) Um prisma, cuja secção transversal tem ângulos Sabendo-se que sen JA 1 sen JB 5 0,5, pode-se concluir
de base iguais a 45w, é feito com vidro de índice de refração que (sen JA)2 1 (sen JB)2 é igual a:
relativo ao ar n 5 1,5. a) 0,08. c) 0,25. e) 1,00.
​ ll
d 2 ​  2
Dados: sen 45w 5 ___ ​   ​ 7 0,71 e cos 45w 5 ___
​    ​ 7 0,71 b) 0,13. d) 0,58.
2 ​ ll
d 2 ​ 
Aplicando a lei de Snell, temos: 1 3 sen JA 5 1,5 3 sen JB.
A
Incorporando esse resultado ao dado do enunciado, vem:

sen JA 1 sen JB 5 0,5  ]
I1
Ar
]  1,5 3 sen JB 1 sen JB 5 0,5  ]

Vidro
]  2,5 3 sen JB 5 0,5  ]

45o 45o ]  sen JB 5 0,2 e sen JA 5 0,3
C B
Finalmente, é possível obter o valor da expressão:
Estando o prisma imerso no ar, um raio incidente perpen-
dicular à face AB: (sen JA)2 1 (sen JB)2 5 0,32 1 0,22 5 0,13.
a) penetra no prisma e sofre reflexão total no ponto de
incidência sobre a face BC.
11. (UEA-AM) Em muitos aspectos, o som e a luz apresentam-
b) sofre reflexão total no ponto I1.
-se com características bem diferentes, mesmo sendo os
c) sofrerá um desvio por refração no ponto I1 de incidência movimentos ondulatórios mais presentes no dia a dia. Na
na face AB. refração, por exemplo, a velocidade da luz diminui quando

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


d) penetra no prisma e sofre refração na face BC. passa do ar para a água, mas a do som aumenta. Com base
e) atravessa o prisma e emerge na face BC sem sofrer nessas informações, assinale o gráfico correto.
desvio algum.
a) Luz Som d) Luz Som
Na incidência normal, o raio de luz refrata sem sofrer desvio.

A

Ar Ar
Água Água
Ar
Vidro

N
r’
b) Luz Som e) Luz Som
45o 45o 45o
C B

Para verificar a ocorrência de reflexão total na face BC,


Ar Ar
devemos ter re . L. Pela figura, re 5 45w. Quanto ao ângulo Água Água

limite (L), temos:

nar 1
sen L 5 ____
​    ​ 5 ___
​     ​ 5 0,66. c) Luz Som
nvidro 1,5
Como sen re 7 0,71 e sen L 5 0,66 , temos re . L e,

portanto, o raio de luz sofre reflexão total na face BC. Ar

Água

10. (Ufal) Um feixe de luz monocromática refrata do meio A


(índice de refração 1) para o meio B (índice de refração 1,5), Segundo o enunciado, a velocidade da luz diminui ao

conforme mostra a figura.
passar do ar para a água, isto é, o índice de refração da luz

é maior na água do que no ar. Assim, o raio refratado se

JA Meio A
aproxima da normal. No caso do som, ocorre exatamente o

inverso. Como a velocidade aumenta, o índice de refração

Meio B do som na água é menor do que no ar e, portanto, o raio
JB
refratado se afasta da normal.

90 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 14.indd 90 07.10.09 11:24:41


12. (Ufes) Com base nesses dados e conhecidos os índices de refração do
prisma e do líquido, respectivamente, 1,52 e 1,33, conclui-se
que o efeito obtido foi um feixe de luz emergindo da face:

COREL/CID
a) B, por causa da refração em B.
b) C, por causa da reflexão total em B.
c) B, por causa da reflexão total em B e C.
d) C, por causa da reflexão em B seguida de refração em C.
e) A, por causa das reflexões em B e C e da refração em A.
O feixe que incide na face A não sofre desvio, pois atinge

perpendicularmente essa face. Esse raio atingirá a face B

A empresa ABC Xtal, instalada no Polo Tecnológico de com ângulo de 45w em relação à normal. Aplicando-se a lei

Campinas-SP, desenvolve tecnologia de qualidade inter-
nacional na produção de fibras ópticas. de Snell-Descartes:

“A fibra óptica é basicamente constituída de dois tipos
nvidro 3 sen i 5 nlíquido 3 sen r  ]
de vidros: a parte central, o núcleo e o revestimento que
envolve o núcleo.”
]  1,52 3 sen 45w 5 1,33 3 sen r  ]  sen r 7 0,81
BRITO CRUZ, Carlos H. de. Física e indústria no Brasil
(1). Cienc. Cult., São Paulo, 2005, v. 57 (3). (Adaptado.)
Como sen r , 1, não ocorre reflexão total, e o raio se
Para que ocorra reflexão total da luz em uma fibra óptica,
é necessário que: refrata através da superfície B, emergindo para o líquido.

a) o índice de reflexão do núcleo seja igual ao do reves-
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

timento. 14. (UFV-MG) Um raio de luz, composto pelas cores vermelho


b) o índice de refração do núcleo seja igual ao do reves- (V) e azul (A), incide na superfície de separação entre o
timento. vácuo e um bloco de vidro (figura 1). O vidro possui índice
c) o índice de reflexão do núcleo seja maior que o do de refração n, o qual depende do comprimento de onda H,
revestimento. conforme mostra a figura 2.
d) o índice de refração do núcleo seja maior que o do
revestimento.
e) o índice de refração do núcleo seja menor que o do n
revestimento.
A condição de reflexão total é que o ângulo de incidência
Vidro
da luz, no interior da fibra óptica, seja superior ao ângulo V+A
H
Vácuo
limite para aquele meio. Além disso, o meio no qual a luz
Figura 1 Figura 2
se propaga deve ter o índice de refração maior que o meio Sabendo-se que o comprimento de onda da luz vermelha é

maior que o da azul, a opção que representa corretamente
externo. Logo, o índice do núcleo deve ser maior que o do as direções de propagação da luz dentro do vidro é:

revestimento. a) c)
A
V+A
13. (UFG-GO) Com a finalidade de obter um efeito visual, V
através da propagação da luz em meios homogêneos,
V+A V+A
colocou-se dentro de um aquário um prisma triangular Vácuo Vidro Vácuo Vidro
feito de vidro crown, conforme mostra a figura a seguir.
Um feixe de luz violeta, após refratar-se na parede do b) d) V
aquário, incidiu perpendicularmente sobre a face A V
do prisma, atingindo a face B. A A

V+A V+A
Vácuo Vidro Vácuo Vidro

Pelo enunciado, Hvermelho > Hazul. A partir do gráfico da figura



o
45 Líquido 2, concluímos que nvermelho , nazul, já que os valores de n
B
A
são inversos dos valores de H. O raio azul tem maior índice

90o 45o
N de refração, e, portanto, se aproximará mais da normal que
C
N o raio vermelho.

Refração da luz NO VESTIBULAR 91

FIS_PLUS_TOP 14.indd 91 07.10.09 11:24:43


Lentes esféricas, instrumentos
ópticos e visão humana
As lentes surgiram a partir da necessidade humana de melhorar a própria capacidade
visual – para corrigir distúrbios do olho, para permitir a observação de estruturas microscópicas
ou analisar objetos situados a distâncias astronômicas. Revisaremos as lentes esféricas, suas
aplicações práticas e o funcionamento do olho humano.

Lente esférica Equação de Gauss


É um corpo transparente com duas faces esféricas ou uma Podemos relacionar a posição do objeto p com a posição
face esférica e outra plana. As mais comuns são as lentes da imagem pe e a distância focal f da seguinte maneira:
de vidro, imersas no ar.
1 1 ___
__ 1
​   ​  5 __
​    ​1 ​    ​ 
Convergência f p pe

Se a lente for de vidro e estiver imersa no ar, vale a seguinte


regra: a lente cujas bordas são mais largas que a região Analisando os sinais das variáveis na expressão acima,
central será divergente, e a lente cujo centro for mais largo temos:
que as bordas será convergente.

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


p e pe positivos: objeto e imagem reais;
p e pe negativos: objeto e imagem virtuais;
Elementos de uma lente esférica
f . O: lente convergente;
f , O: lente divergente.
A A F F F’ F’ A’ A’
O O A’ A’ F’ F’ O O F F A A
Aumento linear transversal
Convergente Divergente Também podemos relacionar p, pe, i (tamanho da imagem)
e o (tamanho do objeto), a partir da definição de aumento
O: centro óptico da lente Ae: ponto antiprincipal imagem
linear transversal (A):
F: foco principal objeto AF 5 FO 5 OFe 5 FeAe 5 f 5 distância focal
A: ponto antiprincipal objeto
AAe 5 eixo principal pe
Fe: foco principal imagem i
A 5 __
​ o  ​ 5 2​ ___
p ​ 

Raios particulares
A . 0 : imagem direita;
Incidência sobre o foco principal objeto
A , 0 : imagem invertida.

A F O Fe Ae A’ F’ O F A Fórmula de Halley

@ n # @ R #
1 n2 1 1
Incidência paralela ao eixo principal __ ​    ​2 1  ​3 ​ ___
​   ​5 ​ ___ ​    ​1 ___
​     ​  ​
f 1 1 R2

O O R1, R2: raios de curvatura das faces


A F F’ A’ A’ F’ F A
n1, n2: índices de refração do meio externo e da lente, respectivamente.

Incidência sobre o centro óptico


Instrumentos ópticos
São combinações de espelhos, lentes e prismas que ajudam
a visualizar objetos muito pequenos ou muito distantes.
A F O F’ A’ Ae Fe O F A Dividem-se em instrumentos de observação – que forne-
cem imagens virtuais – e instrumentos de projeção – que
fornecem imagens reais.

92 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 15.indd 92 09.10.09 10:37:29


Lupa Projetor de slides
Tela
A B
I’ Figura 4
F2 Esquema de
funcionamento do
Gjermund Alsos/
Shutterstock

C’
F1 mecanismo projetor de
I 0
F C F’ slides e da formação de
Slide imagens.

Características da imagem
Natureza: real
Figura 1 Tamanho: maior que o do objeto
A) Lupa. B) Esquema de representação da lente e de formação da imagem. Orientação: invertida

Características da imagem
Natureza: virtual Óptica da visão
Tamanho: maior que o do objeto
Orientação: direita O olho humano é um complexo sistema óptico, composto
de diversas estruturas que contribuem para a captação e
a focalização das imagens. Um de seus componentes é uma
lente convergente, cuja distância focal é ajustada pelos
Microscópio composto músculos ciliares que alteram o raio de curvatura da lente.
Existem dois limites para a acomodação visual. São eles:
A B Ocular Ponto próximo: distância mínima para uma visão nítida.
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Objetiva
Nele, os músculos ciliares estão contraídos ao máximo.
Openbestdesignstock/
Shutterstock

o’
o
I1 F’2
Ponto remoto: distância máxima para uma visão nítida.
F1 F1 F2
Nele, os músculos ciliares estão totalmente relaxados.
I2 I’1
Para um indivíduo de visão normal, o ponto próximo está a
cerca de 25 cm do olho, e o ponto remoto está no infinito.

Figura 2
A) Microscópio composto de duas lentes convergentes, objetiva e Distúrbios
ocular. B) Esquema de representação da composição de lentes e de
formação da imagem. Miopia
O ponto remoto do míope não está no infinito; a correção se
Características da imagem faz com uma lente divergente cuja distância focal coincida
Natureza: virtual com a posição do ponto remoto f 5 2pR.
Tamanho: maior que o do objeto
Orientação: invertida Hipermetropia
O ponto próximo pP do hipermetro-
O aumento total do microscópio é o produto dos aumentos pe não está a 25 cm, e sim a uma
1
__ 1 1
distância maior; a correção se faz ​   ​  5 ​ ___   ​ 2 ​ ___  ​ 
pP
A 5 Aobj 3 Aocul f 25
da objetiva e da ocular: com uma lente convergente, cuja
distância focal obedeça à relação:

Astigmatismo
Luneta astronômica A imagem do objeto na retina fica manchada; isso é ocasio-
nado por irregularidades na curvatura da córnea. A correção
A B do astigmatismo é feita por meio de lentes cilíndricas.
Objetiva Ocular
Alexander
Kolomietz/
Shutterstock

Objeto
no
infinito
F2 F'1 Presbiopia
O i1 O F'2
Endurecimento do cristalino e perda da capacidade de con-
i2
tração dos músculos ciliares que ocorre com o envelheci-
mento. É corrigida do mesmo modo que a hipermetropia.
Figura 3
A) Uma luneta astronômica também necessita de duas lentes Estrabismo
convergentes, objetiva e ocular. B) A luneta astronômica é um
instrumento de aproximação, a imagem formada não é maior do que o Desalinhamento dos eixos ópticos em que cada olho aponta o
objeto, mas vista sob ângulo visual maior. eixo para uma direção. A correção é feita por meio de cirurgia,
lentes prismáticas ou, em alguns casos, exercícios ortópticos.
O aumento angular, ou visual, da luneta fobj
afocal é o quociente entre as distâncias A 5 ____
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focul Simulador: Lentes e espelhos
focais da objetiva e da ocular:
Animação: Instrumentos ópticos

Lentes esféricas, instrumentos ópticos e visão humana 93

FIS_PLUS_TOP 15.indd 93 09.10.09 10:37:34


Lentes esféricas, instrumentos ópticos e visão humana

No Vestibular

1. (UFRGS-RS) A figura abaixo ilustra uma experiência rea- 2. (UFMG) Desenhe, na ilustração abaixo, a imagem do objeto O
lizada com o fim de determinar a distância focal de uma formada pela lente convergente L, e caracterize-a quanto a
lente divergente. Um feixe de raios paralelos incide sobre natureza, orientação e tamanho em relação ao objeto.
a lente: três deles, após atravessarem-na, passam pelos
L
orifícios O1, O2 e O3 existentes em um anteparo fosco à sua
frente, indo encontrar um segundo anteparo nos pontos
P1, P2 e P3. O
Dados: F0 Fi Ai
O1O3 5 4 cm, d1 5 15 cm, O
f
P1P3 5 6 cm, d2 5 15 cm
2f

Dado que a distância do objeto (O) à lente é o dobro da



distância focal (f), conclui-se que o objeto se encontra
d1
sobre o ponto antiprincipal objeto (Ao). Para determinar

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


o1 o2 o3
a imagem graficamente, é suficiente a escolha de dois

raios de luz cujo comportamento ao emergir da lente seja
d2
conhecido. Características da imagem: real, invertida e do

P1 P2 P3
mesmo tamanho do objeto.

Quanto vale, em centímetros, a distância focal da lente
em questão? 3. (Fuvest-SP) Um disco é colocado diante de uma lente conver-
a) 7,5 c) 22,5 e) 45,0 gente, com o eixo que passa por seu centro coincidindo com
b) 15,0 d) 30,0 o eixo óptico da lente. A imagem P do disco é formada con-
forme a figura. Procurando ver essa imagem, um observador
Na figura, ofo corresponde à distância focal a ser determinada. coloca-se, sucessivamente, nas posições A, B e C, mantendo

Fi
os olhos num plano que contém o eixo da lente. (Estando
em A, esse observador dirige o olhar para P através da lente.)
ofo


Disco (Imagem P)
d1 = 15 cm
C
o1 o3
A B
4 cm

d2 = 15 cm

Assim, essa imagem poderá ser vista:

P1 a) somente da posição A.
6 cm P3
b) somente da posição B.
Observe que os triângulos FiP1P3 e FiO1O3 são semelhantes c) somente da posição C.

d) somente das posições B ou C.
e, portanto:
e) em qualquer das posições A, B ou C.
OfO 1 d1 O1O3 OfO 1 15 __ 4 A figura sugere que o objeto e sua imagem têm o mesmo
​ ___________ 5 ​ _____ ​   ]  _______
  ​  ​   
 ​5 ​   ​    ]
OfO 1 d1 1 d2 P1P3 OfO 1 30 6
tamanho. Logo, o objeto se encontra sobre o ponto
OfO 1 15 __
2
]  _______
​   
 ​ 5 ​   ​   ]  3 OfO 1 45 5 2 OfO 1 60  ]  OfO 5 60 2 45  ] antiprincipal objeto (Ao). Um observador só poderá ver
OfO 1 30 3
]  OfO 5 15 cm a imagem P se estiver dentro do pincel de luz que forma

94 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 15.indd 94 09.10.09 10:37:36


1 1 __ 1 1 1 1 1 1
essa imagem. Portanto, a imagem poderá ser vista ​ __ ​ 5 __
​    ​ 1 ​    ​   ]  ___
​     ​ 5 __
​    ​ 2 ___
​     ​   ]  ___
​     ​ 5 ​ ___   ​   ]
f p pe 30 p 2p 30 2p
somente da posição C, como indica a figura: ]  p 5 15 cm

(Imagem P)

Disco Fi .C
6. (Mackenzie-SP) A distância entre um objeto real de 15 cm
A0 F0 Ai
.
A .
Pincel de luz de altura, colocado perpendicularmente ao eixo principal
de uma lente convergente, e sua imagem de 3 cm de altura
B
é 30 cm. A vergência dessa lente é de:

a) 12 di. c) 20 di. e) 28 di.
b) 16 di. d) 24 di.
4. (PUC-BA) A distância entre um objeto real de 10,0 cm de
altura e a sua imagem de 2,0 cm de altura, conjugado por Segundo o enunciado, a lente é convergente. Admitindo

uma lente convergente, é de 30,0 cm. Qual a distância do
objeto à lente? y . 0 e, portanto, y 5 15 cm, teremos ye 5 23 cm,

a) 15,0 cm c) 40,0 cm e) 25,0 cm
pois a imagem deve ser invertida em relação ao objeto.
b) 37,9 cm d) 42,5 cm
Segundo o enunciado, a lente é convergente. Admitindo Ainda segundo o enunciado, pe 1 p 5 30 cm. Aplicando

y . 0 e, portanto, y 5 10 cm, teremos ye5 22 cm, a equação do aumento linear transversal e com

pois a imagem deve ser invertida em relação ao objeto. p’ 5 30 2 p, vem:
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


ye pe 23 2(30 2 p)
Seja p a incógnita procurada; assim, pe 1 p 5 30 cm. __
​   ​ = 2​ __ ​   ]  ​ ___ ​ 5 _________
​  p ​    ]  p = 150 2 5p
y p 15
Aplicando a equação do aumento linear transversal ]  p 5 25 cm e pe 5 5 cm

e sendo pe 5 30 2 p, vem: Aplicando a equação dos pontos conjugados,

ye pe 22 2(30 2 p)
​   ​ 5 2​ __ ​   ]  ​ ___ ​ 5 _________
__ ​  p ​   ]  2p 5 300 2 10p  ] determinamos f :
y p 10
1 1
__ 1 1 1 6
]  p 5 25 cm ​   ​  5 ​ __  ​ 1 __
​    ​ 5 ​ ___   ​ 1 __
​   ​  5 ​ ___   ​   ]
f p pe 25 5 25
25 0,25
]  f 5 ___ ​   ​ cm 5 ​ ____  ​  m
6 6
Logo, a vergência (C) da lente é:

1 6
C 5 ​ __ ​  5 ​ ____
   ​   ]  C 5 24 di
5. (PUC-Campinas-SP) Um objeto real é disposto perpen-
f 0,25
dicularmente ao eixo principal de uma lente conver-

gente, de distância focal de 30 cm. A imagem obtida
é direita e duas vezes maior que o objeto. Nessas
condições, a distância entre o objeto e a imagem, em 7. (Vunesp-SP) O sistema de lentes de uma câmera fotográ-
cm, vale: fica pode ser entendido como uma fina lente convergente
de distância focal igual a 25,0 cm. A que distância da lente
a) 75. c) 30. e) 5.
(pe) deve estar o filme para receber a imagem de uma
b) 45. d) 15. pessoa sentada a 1,25 m da lente?
Dado que a lente é convergente, temos f . 0 e, portanto, a) 8,4 cm d) 16,8 cm

b) 31,3 cm e) 25,0 cm
f 5 30 cm. Além disso, dado que a imagem é direita e
c) 12,5 cm
duas vezes maior que o objeto, podemos escrever ye 5 2y. Segundo o enunciado, p 5 1,25 m 5 125 cm. Dado que a

A partir da equação do aumento linear transversal, lente da câmera é convergente, temos f . 0 e, portanto,

obtemos: f 5 25 cm.

ye pe
__ 2y pe
​   ​ 5 ​ __ ​   ]  ​ ___ ​  5 2​ __ ​   ]  pe 5 22p. Aplicando a equação dos pontos conjugados, obtemos:
y p y p
1 1 __
__ 1 1 1 1 1 4
Nessas condições, o enunciado pede OpeO 2 OpO 5 OpO. ​   ​  5 __
​    ​1 ​    ​   ]  ​ ___   ​ 5 ​ ____
   ​ 1 __
​    ​   ]  ​ __  ​ 5 ​ ____
   ​   ]
f p pe 25 125 pe pe 125
Usando agora a equação dos pontos conjugados, ]  pe 7 31,3 cm

obtemos:

Lentes esféricas, instrumentos ópticos e visão humana NO VESTIBULAR 95

FIS_PLUS_TOP 15.indd 95 09.10.09 10:37:37


8. (Fuvest-SP) Uma câmara fotográfica, com lente de distân-
cia focal de 5 cm, é usada para fotografar um objeto de 8 m linear transversal e com pe 5 80 2 p, temos:

de altura. ye pe 2(80 2 p)
23y _________
__ ​   ​   ]  ​ ____
​   ​ 5 2 __ y ​ 5 ​  p ​    ]  3p 5 80 2 p  ]
a) Qual a distância do objeto à lente para que o tamanho y p
da imagem do filme seja de 2 cm? ]  p 5 20 cm e pe 5 60 cm
b) Dê as características da imagem formada no filme.

Admitindo que o objeto esteja disposto frente à câmera de Aplicando agora a equação dos pontos conjugados,

modo que y . 0, temos y 5 8 m. Como a câmera projeta temos:



1 1
__ 1 1 1
a imagem sobre o filme fotográfico, temos uma imagem ​   ​  5 ​ __  ​ 1 ​ __  ​ 5 ​ ___   ​ 1 ___
​     ​   ]
f p pe 20 60

real, de modo que ye 5 22 cm. Nessas condições, a lente ]  f 5 15 cm


da câmara é do tipo convergente e, portanto, f . 0, ou



seja, f 5 5 cm.

a) A distância do objeto à lente, nesse caso, corresponde à 10. (UFMG) As ilustrações mostram dois tipos de lentes e três

casos em que essas lentes são usadas.
abscissa (p) do objeto. A partir da equação do aumento

Lentes
linear transversal, temos:

ye pe 22 2 pe p
​ __ ​ 5 2​ __ ​   ]  ​ ____  ​ 5 ____   ]  pe 5 ____

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


​  p ​   ​     ​ (1)
y p 800 400
Aplicando agora a equação dos pontos conjugados e

usando (1), temos:

1 2
1 1 1 1 1 ____ 400 1 400
​ __ ​  5 ​ __  ​ 1 ​ __  ​  ]  __
​   ​  5 __
​    ​ 1 ​   ​   ]  __
​   ​  5 ​ ____
 ​   ]
f p p 5 p p 5 p
Olho míope. A imagem
]  p 5 2.000 cm 5 20,0 m é formada antes da
retina. O tipo de lente
usado deve ser tal
b) A imagem formada no filme é real e, em relação ao que focalize a Máquina Lupa (ou lente
imagem na retina. fotográfica um
de aumento)
objeto, é menor e invertida. Filme

Local
L
9. (Fuvest-SP) A distância entre um objeto e uma tela é de 80 cm. onde
o
O objeto é iluminado e, por meio de uma lente delgada é colocada
posicionada adequadamente entre o objeto e a tela, uma Retina a lente.
imagem do objeto, nítida e ampliada 3 vezes, é obtida sobre
a tela. Para que isso seja possível, a lente deve ser:
Que alternativa apresenta a escolha correta da lente para
a) convergente, com distância focal de 15 cm, colocada a cada um dos casos?
20 cm do objeto. a) Miopia: lente 2; máquina: lente 1; lupa: lente 2.
b) convergente, com distância focal de 20 cm, colocada a b) Miopia: lente 2; máquina: lente 1; lupa: lente 1.
20 cm do objeto.
c) Miopia: lente 1; máquina: lente 2; lupa: lente 1.
c) convergente, com distância focal de 15 cm, colocada a d) Miopia: lente 1; máquina: lente 1; lupa: lente 2.
60 cm do objeto.
e) Miopia: lente 1; máquina: lente 1; lupa: lente 1.
d) divergente, com distância focal de 15 cm, colocada a
60 cm do objeto. A geometria das lentes indica que a lente 1 é convergente

e) divergente, com distância focal de 20 cm, colocada a
e a lente 2 é divergente. Nessas condições, para a correção
20 cm do objeto.
Segundo o enunciado, a imagem é projetada e, portanto, da miopia, deve-se usar a lente 2 e, no caso da máquina

real e invertida em relação ao objeto. Logo, a lente fotográfica e da lupa, a lente 1.

utilizada é do tipo convergente. Nessas condições, temos

ye 5 2 3y e p 1 pe 5 80. Aplicando a equação do aumento

96 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 15.indd 96 09.10.09 10:37:38


11. (UFMG) A ilustração representa raios de luz que emergem
de uma fonte P e passam pelas caixas M e N. Em cada são, respectivamente, p 5 25 cm 5 0,25 m e pe 5 21 m.

caixa M e N, há uma lente delgada de vidro.
Aplicando a equação dos pontos conjugados e usando a

definição de convergência de uma lente, temos:

1 1 1 1 1
P C 5 __
​   ​ 5 ​ __  ​ 1 __
​    ​ 5 ____
​     ​ 2 __
​   ​   ]
P’ f p pe 0,25 1
]  C 5 3 di

M N

As formas das lentes contidas em M e N devem ser, res-


13. (UERJ) Uma pessoa míope não enxerga nitidamente obje-
pectivamente:
tos colocados a distâncias maiores do que 40 cm de seus
a) d) olhos. O valor absoluto da convergência de suas lentes
corretoras, em dioptrias, é igual a:
a) 1,5. b) 2,5. c) 3,5. d) 4,5.
Dado que a pessoa é míope, a lente usada para a correção

é divergente e, portanto, f , 0, ou seja,

f 5 240 cm 5 20,4 m.

b) e)
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Logo, a convergência da lente é:



​ 1 ​  5 ___
C 5 __
21
​   ​ 5 22,5  ]  OCO 5 2,5 di
f 0,4

c) 14. (UFRGS-RS) Um objeto real está situado a 12 cm de uma


lente. Sua imagem, formada pela lente, é real e tem uma
altura igual à metade da altura do objeto. Tendo em vista
essas condições, considere as afirmações a seguir:
I. A lente é convergente.
II. A distância focal da lente é 6 cm.
III. A distância da imagem à lente é de 12 cm.
Pelo princípio da reversibilidade da luz, concluímos
Quais delas estão corretas?
facilmente que ambas as lentes são convergentes a) Apenas I. d) Apenas II e III.

b) Apenas I II. e) I, II e III.
e descartamos as alternativas a e d. No entanto, c) Apenas I e III.

como se nota com base na figura, a distância focal I. Correta. Como a imagem formada pela lente é real,

da lente M é menor que a da lente N. Sabendo que seguramente se trata de uma lente convergente, pois

tanto menor é o raio de curvatura de uma lente lentes divergentes formam, para objetos reais, apenas

quanto menor for sua distância focal, assinalamos a imagens virtuais.


alternativa b como a correta. II e III. Incorretas. Com base no enunciado, p 5 12 cm.



y
Admitindo y . 0, temos que ye 5 2 __ ​    ​ . A partir da equação
2
do aumento linear transversal, temos:
y
12. (UEL-PR) Um hipermetrope não consegue ver com nitidez
pe __ ye ____2​ __  ​  p 12
2
objetos situados a uma distância menor que 1,0 m. Para que 2​   ​ 5 ​   ​ 5 ​  y ​   ]  pe 5 __
__ ​   ​  5 ​ ___ ​   ]
p y 2 2
ele possa ver com clareza a uma distância de 25 cm, seus
óculos devem ter convergência, em dioptrias, igual a:

]  pe 5 6 cm % 12 cm
a) 1. c) 3. e) 5.
b) 2. d) 4.
Aplicando agora a equação dos pontos conjugados,

Com base no enunciado, podemos concluir que a abscissa temos:



1 1
__ 1 1 1
do objeto e da imagem conjugada pelas lentes dos óculos ​   ​  5 ​ __  ​ 1 ​ __  ​ 5 ___
​     ​ 1 __
​   ​   ]  f 5 4 cm % 6 cm
f p pe 12 6

Lentes esféricas, instrumentos ópticos e visão humana NO VESTIBULAR 97

FIS_PLUS_TOP 15.indd 97 09.10.09 10:37:39


Ondas
As ondas representam um modo de transportar energia, sem o correspondente
transporte de matéria. Nesta revisão, vamos abordar o conceito de onda, as ondas
unidimensionais e os fenômenos ondulatórios. Vamos rever também o comportamento
de um oscilador tipo massa-mola em MHS. Esse modelo é usado como primeira
aproximação teórica de diversos problemas reais, e ainda hoje tem sua importância.

Conceitos fundamentais O termo x representa a posição do bloco num referencial


cuja origem se situa no ponto central O.
Período (T): intervalo de tempo necessário para a repetição A força elástica no oscilador massa-mola é sempre res-
de um fenômeno. tauradora, ou seja, de sentido contrário ao do movimento
Frequência (f): número de repetições do fenômeno em uma da massa. Isso explica o sinal negativo da aceleração na
unidade de tempo. expressão anterior. Na figura 2 temos:
Período e frequência são grandezas 1 A) Posição de equilíbrio do sistema, em que a velocidade é
inversas, que se relacionam, portanto, T 5 __
​   ​ 
f máxima e a aceleração é nula;
por meio da expressão: B) Mola esticada ao máximo (x 5 A), momento em que a ace-
Movimentos com período fixo são denominados periódicos. leração é máxima e a velocidade é nula;

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


C) Mola sendo comprimida — o valor de x é negativo, e a energia
potencial elástica está aumentando, enquanto a energia
Movimento harmônico cinética está diminuindo.
simples (MHS)
É o movimento de período e amplitude constantes que um
Funções horárias do MHS
ponto material realiza, em torno de uma posição de equilíbrio,
sob ação de uma força restauradora. x 5 A 3 cos(ht 1 A0)

Exemplos de MHS v 5 2h 3 A 3 sen(ht 1 A0)

Pêndulo simples
Figura 1 a 5 2 h2 3 A 3 cos(ht 1 A0)
O pêndulo simples consiste numa
esfera de massa m, suspensa por um
fio de comprimento c; a esfera oscila
g m
c livremente no ar, sem atrito, num local
cuja aceleração da gravidade vale g.
Note que: d
lll
k
h 5 ​ ___
​ m  ​ ​     e  d
lll
T 5 2s ​ __
​   ​ ​  
k
O movimento é simétrico, em torno
da posição vertical. Para pequenas
Observe que o formato geral das expressões é o mesmo
oscilações, de abertura não superior a 10w,
m para as três grandezas: uma função trigonométrica, multi-
a esfera pendular realiza MHS.
plicada por uma constante que depende da amplitude A do
movimento.
Oscilador massa-mola
0 x A
x
+A T T Ao= 0
A
4 2 t
xXt
A 0 3T T
Fel _A 4
B
3T
x A v
+hA T 4
Fel C
vXt 4 t
0 T T
Figura 2 _hA
2
O oscilador massa-mola consiste num bloco de massa m, ligado a
uma mola ideal (massa desprezível), que desliza sem atrito sobre uma A a T
superfície plana. Ele apresenta um movimento simétrico de amplitude A +h2A T 2 3T
em torno da posição de equilíbrio O. 4 4 t
aXt
T
Assumindo que a mola de constante _h2A0
k3x
elástica k obedece à lei de Hooke, a 5 2​ _____
m ​ 
a aceleração do movimento é dada por: Figura 3

98 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 16.indd 98 09.10.09 10:48:27


Energia mecânica no MHS Ondas unidimensionais
A energia total se conserva, Energia Imagine uma corda de massa m e comprimento c es-
mas existe alternância entre ticada por uma força de tração de módulo T, na qual se
Ep = 1 k . x2
a energia potencial elástica 2 Ecin = 1 m . v 2
2 propague um pulso trans-
e a energia cinética. versal de velocidade v. É
d
llT m
possível demonstrar que ​ j  ​ ​   , em que j 5 __
v 5 ​ __ ​   ​ 
Figura 4 c
a velocidade é dada por:
A energia mecânica total
aparece em vermelho. Ela é
obtida em cada ponto pela Fenômenos ondulatórios
soma da energia potencial X
elástica (azul) com a energia Reflexão de pulsos: ocorre quando a onda atinge um
_A 0 +A
cinética (em verde). obstáculo e retorna ao meio original, mantendo todas as
características da onda incidente.
m 3 v2 _____
k 3 x2 2) Com extremidade livre:
Emec 5 Ecin 1 Epel  ]  Emec 5 ______
​   ​  1 ​   ​    1) Com extremidade fixa:
2 2 há inversão de fase. não há inversão de fase.

Pêndulo simples
O período do pêndulo simples depende
d
ll
c
apenas do comprimento c do fio e do valor T 5 2s ​ __
​ g  ​ ​ 
local da aceleração da gravidade g:
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Ondas Figura 6 Figura 7

Refração de pulsos: ocorre quando um pulso passa de


Classificações uma corda para outra, de densidade diferente. No ponto
Quanto à natureza: de junção das cordas, há reflexão e também aparece um
Mecânicas: propagam energia resultante da deformação pulso refratado, que se propaga com a mesma frequência do
de meios elásticos. Necessitam, portanto, de um meio pulso incidente, mas com velocidade diferente. Sendo fA e fB
material para propagação. Exemplos: as ondas em cordas, as frequências dos pulsos incidente e refratado, temos:
os sons etc.
vA vB
Eletromagnéticas: a energia propagada vem de oscilações fA 5 fB  ]  ___
​    ​ 5 ___
​    ​ 
HA HB
de cargas elétricas. Podem ser transmitidas tanto no vácuo
quanto em meios materiais. Exemplos: a luz visível, os raios X,
as micro-ondas etc. Polarização de pulsos: ocorre apenas em ondas transver-
Quanto à direção de propagação: sais e significa forçar um pulso cujo plano de vibração ocorre
em várias direções a vibrar em uma única direção. O dispo-
Transversais: a vibração ocorre numa direção perpendicular
sitivo que realiza a polarização é denominado polarizador.
à direção de propagação. Exemplo: as ondas numa corda.
Longitudinais: a direção da vibração coincide com a direção
da propagação. Exemplos: o som, compressões em molas.

Elementos de uma onda Polarização horizontal

Figura 8
Crista H Crista
Interferência de pulsos: é a superposição de dois ou mais
A pulsos no momento em que se encontram na corda.
Nó Nó Nó Nó
A a1
P a2

Vale H Vale
a

a = a1 + a2
Figura 5
a1
A figura destaca os nós (amplitude nula), as cristas (amplitude a2
máxima), os vales (amplitude mínima) e o comprimento de onda H, que é
a distância entre duas cristas consecutivas. Figura 9
Durante o encontro dos pulsos, a amplitude do pulso resultante
corresponde à soma algébrica das amplitudes individuais anteriores.
Equação fundamental da ondulatória Após o encontro, ambos os pulsos retomam a amplitude original, como
se não tivessem se encontrado.
Relaciona a velocidade de propagação
H
da onda com o comprimento de onda e v 5 H 3 f 5 __
​   ​
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Ondas 99

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Ondas

No Vestibular

1. (Mackenzie-SP) Uma mola tem uma extremidade fixa e, 3. (Fameca-SP) Um ponto material descreve um movimento
preso à outra extremidade, um corpo de 0,5 kg, oscilando harmônico simples de equação horária x 5 3 cos(s 1 2t) (S.I.).
verticalmente. Construindo-se o gráfico das disposições O período desse movimento é, aproximadamente:
assumidas pelo corpo em função do tempo, obtém-se o a) 6,28 s d) 1,57 s
diagrama da figura abaixo.
b) 4,21 s e) 3,14 s
c) 0,82 s
Comparando a expressão do enunciado com a expressão
y (m)
geral da elongação de um corpo em MHS, temos:
10
2s
h 5 2 rad/s  ]  ___
​   ​  5 2  ]  T 7 3,14 s
T
0 1 2 3 t (s)

– 10 4. (UFPI) O gráfico da elongação x 5 A cos(ht 1 J) de uma


partícula que executa um movimento harmônico simples
está representado na figura.

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


A frequência do movimento desse corpo é: x (m)
a) 0,5 Hz d) 8,0 Hz
b) 2,0 Hz e) 10,0 Hz
2
c) 5,0 Hz
Com base no gráfico, o tempo de uma oscilação completa, 1

ou seja, o período, é T 52 s. 0
1 2 3 4 5 6 t (s)
1 1
Logo: f 5 __
​   ​  5 __
​   ​   ]  f 5 0,5 Hz _1
T 2

_2

2. (Uneb-BA) Uma partícula realiza movimento harmônico


simples, cuja elongação é dada pela expressão: Com base no gráfico, pode-se afirmar que a fase inicial
x 5 5,0 cos​ __
s
@  s
​    ​t 1 __
2 #
​    ​  ​em unidades do S.I. Sobre esse movi-
3
e a pulsação ou frequência angular do movimento são,
respectivamente:
mento, considere as seguintes afirmações:
5s 2s 5s s
I. A amplitude do movimento é de 10 m. a) ​ ___ ​ rad e ​ ___ ​ rad/s d) ​ ___ ​  rad e ​ __  ​rad/s
3 3 3 4
II. O período do movimento é de 4,0 s.
s s s s
III. A trajetória do movimento é uma senoide. b) ​ __  ​rad e 4 ​ __  ​rad/s e) __
​    ​rad e __
​    ​rad/s
4 3 3 3
Pode-se afirmar que:
s 2s
a) somente I é correta. c) ​ __  ​rad e ___
​   ​ rad/s
3 3
b) somente II é correta.
@  # s
@  # s
@  # d
s 1 ll
2
c) somente III é correta. ​    ​  ​5 0; cos​ __
Dados: cos​ __ ​   ​ ; cos​ __
​    ​  ​5 __ ​    ​  ​5 ​ __
​   ​ ​  
2 3 2 4 2
d) somente I e II são corretas.
Com base no gráfico, a amplitude do movimento é A 5 2 m.
e) I, II e III são corretas.
Comparando a equação da elongação no MHS com a Portanto, a equação da elongação é x 5 2 cos (ht 1 J).

expressão do enunciado, temos A 5 5 m, o que invalida a Ainda do gráfico, para t 5 0, temos x 5 1 m. Substituindo

s  2s s
afirmação (I). Além disso, h 5 __
​   ​ , ou seja,​ ___ ​  5 ​ __ ​   ]  T 5 4 s. esses dados na equação que obtivemos, podemos obter a
2 T 2
1 s
Portanto, a afirmação (II) está correta. ​   ​   ]  J 5 ​ __ ​  rad
fase inicial J: 1 5 2 cos(h 3 0 1 J)  ]  cos J 5 __
2 3
O MHS tem sempre trajetória retilínea; por isso, a Pelo gráfico, nota-se que o tempo necessário para uma

afirmação III está incorreta. oscilação completa é 3 s, ou seja, T 5 3 s. Assim, a pulsação h

2s 2s
do movimento é: h 5 ​ ___ ​    ]  h 5​ ___ ​  rad/s
T 3

100 Suplemento de revisão FÍSICA

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5. (Fuvest-SP) Dois corpos, A e B, descrevem movimentos 7. (Fuvest-SP) Um ponto P percorre uma circunferência de
periódicos. Os gráficos de suas posições x, em função do raio R com velocidade angular constante h, no sentido
tempo, estão indicados na figura a seguir. anti-horário. No instante t 5 0, o ponto se encontra na
posição A indicada na figura.
x
y

A P
A
t
B R
45w
Podemos afirmar que o movimento de A tem: Q x
a) menor frequência e mesma amplitude.
b) maior frequência e mesma amplitude.
c) mesma frequência e maior amplitude.
d) menor frequência e menor amplitude.
e) maior frequência e maior amplitude.
O movimento de maior frequência corresponde àquele a) Qual a equação horária do movimento do ponto Q ,
projeção de P, sobre o eixo x?
que tem maior número de oscilações no mesmo intervalo Sabemos que o ponto Q realiza um MHS. Portanto, sua


de tempo. Nessas condições, o movimento do corpo A

s
equação horária é dada por x(t) 5 A cos​ ht 1 __
​   ​   ,​ em
4 @  #
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

é o de maior frequência. Além disso, como os gráficos que a amplitude A corresponde ao raio R da trajetória


apresentam os mesmos limites inferior e superior,

s
do ponto P. Logo, a função horária é: x5 R cos​ ht 1 __
​   ​   ​
4 @  #
concluímos que os movimentos de ambos os corpos, A e B,
b) Para que valor de x a velocidade de Q é máxima?
têm mesma amplitude. A velocidade do ponto Q é máxima quando ele passa pela

6. (PUC-Campinas-SP) Um corpo realiza movimento origem do sistema de coordenadas e, portanto, x 5 0.



s
harmônico simples de equação: x 5 5,0 cos​ st 1 ​ __  ​   ​
2 @  # 8. (Mackenzie-SP) A velocidade de uma partícula que realiza um
O gráfico que melhor representa a elongação, em função
MHS é dada segundo a função horária v 5 23 sen(1 1 1,5t),
do tempo, é:
no S.I. A máxima elongação desse movimento é:
a) c) a) 0,75 m c) 1,5 m e) 3,0 m
x x
b) 1,0 m d) 2,0 m
A máxima elongação corresponde à própria amplitude
0 t 0 t
do movimento. Então, comparando a expressão geral

das velocidades num MHS com a expressão dada no
b) x d) x
enunciado, temos A 5 2 m.

0 t 0 t 9. (UFRGS-RS) A frequência de um pêndulo de comprimento


L é f. No mesmo lugar, qual será a frequência de um pên-
dulo de comprimento 4L?
f
Cálculo da posição inicial do corpo, isto é, de x, quando t 5 0: a) ​ __  ​   c) f e) 4f
4

@  s
2 # s
​   ​   ​5 5 cos​ __
x 5 5 cos​ st 1 __ @  #
​   ​   ​  ]  x 5 0
2
2
f
b) ​ __  ​   d) 2f
Isso descarta as alternativas c e d. Observe que, conforme A frequência f de um pêndulo simples de comprimento L

g

o valor de t aumenta, o argumento do cosseno evolui,

1 ll
é dada por f 5 ___
​     ​ ​ __
2s L d
​   ​ ​.  Num mesmo local onde o campo
s
assumindo valores maiores que __ ​   ​ , de modo que, para os gravitacional valha g, a frequência fe de um pêndulo de
2

@ 
g g

primeiros instantes, temos cos​ st 1 __
s
#
​   ​   ​, 0 e, portanto, x , 0.
2
1 lll
comprimento Le5 4L é fe 5 ___
​     ​​  ___
​     ​ ​  5 __
2s 4L 2 2s L d
1 1 ll
​   ​  3 ​ ___   ​ ​ __ d
​   ​ ​.  

Isso descarta a alternativa b. f


__
Comparando essas expressões, temos fe 5 ​ 2  ​.   

Ondas NO VESTIBULAR 101

FIS_PLUS_TOP 16.indd 101 09.10.09 10:48:32


10. (Mackenzie-SP) Um corpo de 50 g, preso à extremidade a) 5,0 m d) 3,0 m
de uma mola ideal (constante elástica 5 3,2 N/m), com- b) 2,5 m e) 7,5 m
primida, de 30 cm, é abandonado do repouso da posição c) 6,0 m
A da figura. A partir desse instante, o corpo inicia um H
Cada fuso de uma onda estacionária corresponde a __
​   ​ .
movimento harmônico simples. Despreze os atritos e 2
adote o eixo x com origem no ponto de equilíbrio do corpo
Na figura, temos 3 fusos. Logo:
(ponto O) e sentido para a direita.
H
3 3 ​ __ ​ 5 7,5  ]  H 5 5 m
2

12. (Cesgranrio-RJ) Esta questão apresenta duas afirmações,


podendo a segunda ser uma razão para a primeira. Um
A O B carrinho oscila sobre um trilho horizontal com atrito
desprezível, preso na extremidade de uma mola linear.
Origem x O gráfico representa como varia a energia potencial (Ep)
do sistema em função da posição x do carrinho.
A função que mostra a velocidade desse corpo em função
Ep
do tempo, no Sistema Internacional, é:
a) v 5 22,4 sen (8t 1 s)
s
b) v 5 20,3 sen (3,2t 1 __ ​    ​)
2
c) v 5 27,2 sen (4st 1 s)
d) v 5 22,7 sen (4t 1 s)
s 0 x

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


e) v 5 21,2 sen (2t 1 __
​    ​)
4
1a afirmação 2a afirmação
A função horária das velocidades de um corpo em MHS

Na posição 0, a força na posição 0, a energia
é dada por v 5 2hA sen(ht 1 J0). A amplitude A do que a mola exerce porque, mecânica total do
sobre o carro é nula, sistema é nula.
movimento é, no S.I., obtida diretamente do enunciado

Marque:
A 5 0,3 m. Para determinar a pulsação h do movimento,
a) se as duas afirmações forem verdadeiras e a segunda
for uma justificativa da primeira.
vamos primeiro calcular o período T do movimento do
b) se as duas afirmações forem verdadeiras e a segunda
corpo: não for uma justificativa da primeira.
c) se a primeira afirmação for verdadeira e a segunda
d
m llllllll
50 3 1023

lll
T 5 2s​ __
k d
​   ​ ​  5 2s​ ________
​ 
3,2 
 ​ ​  
   ]  T 5 0,25ss afirmação for falsa.
d) se a primeira afirmação for falsa e a segunda afirmação
2s 2s
Então: h 5 ___ ​   ​  5 _____
​    ]  h 5 8 rad/s
   ​  for verdadeira.
T 0,25s
e) se a primeira e a segunda afirmações forem falsas.
Assim, a função horária fica:
A 1a afirmação é verdadeira, pois é nessa posição que

v 5 28 3 0,3 sen(8t 1 J0) 5 22,4 sen (8t 1 J0)
ocorre a transição de um movimento acelerado para um

Para determinar a fase inicial J0 impomos que,
movimento retardado. A 2a afirmação está incorreta, pois

para t 5 0, v 5 0.
se a energia mecânica fosse nula, o carrinho não oscilaria.

Logo: 0 5 22,4 sen J0  ]  J0 5 s

13. (UFS-SE) Uma onda periódica se propaga na superfície
O MHS pode ser entendido como a projeção de um MCU
da água, passando de uma região mais profunda para
outra menos profunda. Ao passar de uma região
de raio 30 cm sobre o eixo x.
para outra, variam:
Assim, a função das velocidades será: a) a frequência e a velocidade de propagação.

b) a velocidade de propagação e o comprimento da onda.
v 5 22,4 sen(8t 1 s) c) o comprimento de onda e o período.

d) o período e a velocidade de propagação.
11. (PUC-SP) Na onda estacionária representada na figura e) a frequência e o comprimento da onda.
abaixo, o comprimento de onda vale: Nesse caso, tudo se passa como se houvesse uma

7,5 m
mudança de meio, caracterizando, portanto, o fenômeno

da refração. Demonstra-se que, para determinado líquido,

102 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 16.indd 102 09.10.09 10:48:34


Determinar:
quanto menor a profundidade, menor é a velocidade de a) a velocidade de propagação das ondas na água.

propagação da onda. Sabendo então que a frequência A configuração da figura é a das frentes de onda após

de uma onda depende única e exclusivamente da fonte, um intervalo de tempo de 1 s. Nesse tempo, a primeira

a partir da equação fundamental da ondulatória temos frente de onda deslocou-se 18 cm. Logo, a velocidade

v
__ de propagação das ondas na água é:
​    ​  5 f 5 constante. Uma vez que a velocidade v varia, o
H
Sx 18
comprimento da onda H também deve variar, de modo a v 5 ___
​   ​ 5 ​ ___ ​   ]  v 5 18 cm/s
St 1
se obter um valor constante para a frequência f.

14. (Mackenzie-SP) Na figura a seguir, representamos grafi- b) a frequência das ondas geradas.
camente uma onda mecânica de 1 kHz que se propaga A partir da figura, podemos determinar o comprimento
no ar.
de onda H, que corresponde à distância entre duas

frentes de onda consecutivas. Ou seja, H 5 6 cm.

A partir da equação fundamental da ondulatória,

85,00 cm
temos:
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


Com relação a essa onda, é correto afirmar que: v 5 Hf  ]  18 5 6 3 f  ]

a) o comprimento de onda é 0,85 m.
b) o comprimento de onda é 0,17 m. ]  f 5 3 Hz

c) a amplitude é 0,85 m.
d) a amplitude é 0,17. 16. (Unicamp-SP) A velocidade do som no ar é de aproximada-
e) a velocidade de propagação da onda é 340 m/s. mente 330 m/s. Colocam-se dois alto-falantes iguais, um
Com os dados do enunciado, nada podemos afirmar sobre defronte ao outro, distanciados 6,0 m, conforme a figura
abaixo. Os alto-falantes são excitados simultaneamente
a amplitude da onda. Entretanto, observando a figura, por um mesmo amplificador com um sinal de frequência
de 220 Hz.
temos: 2,5 H 5 85  ]  H 5 34 cm ou H 5 0,34 m
220 Hz 220 Hz
Logo, as alternativas a e b estão incorretas. Aplicando a

x
equação fundamental da ondulatória, temos:

v 5 Hf 5 0,34 3 1.000  ]  v 5 340 m/s
6,0 m

15. (Efei-MG) De uma torneira mal fechada, caem gotas idên- a) Qual é o comprimento de onda do som emitido pelos
ticas, à razão de 3 a cada segundo, exatamente no centro alto-falantes?
da superfície livre da água contida numa tina circular Pela equação fundamental da ondulatória, temos:
de raio r 5 30,0 cm. As frentes de onda originadas pelas
primeiras dessas gotas são mostradas na figura. v 5 H 3 f  ]  330 5 H 3 220  ]  H 5 1,5 m

y (cm)

b) Qual a distância entre dois pontos consecutivos,


situados no eixo x, em que o som tem intensidade
máxima?
O som terá intensidade máxima em cada um dos
6 12 18

x (cm) ventres da onda estacionária que se estabelece entre os



alto-falantes. Logo, a distância em questão corresponde

H 1,5
a __
​   ​ , ou seja, ​ ___ ​ 5 0,75 m.
2 2

Ondas NO VESTIBULAR 103

FIS_PLUS_TOP 16.indd 103 09.10.09 10:48:35


Acústica
O aparelho auditivo humano é capaz de distinguir um amplo espectro de frequências
e captar sons de intensidade muito variada. Porém, a vida em grandes centros urbanos e
o uso inadequado de aparelhos portáteis de som têm provocado um crescente contingente
de indivíduos com problemas permanentes de audição. Vamos revisar o efeito Doppler,
que é muito importante para a cosmologia – pois sugere a expansão do universo
a partir de um único evento (Big Bang) – e tem ampla aplicação na medicina.

Ondas sonoras Timbre


Qualidade que permite diferenciar de onde provém um som,
São ondas mecânicas, ou seja, que necessitam de um meio mesmo que diversas fontes emitam simultaneamente sons
para se propagar. Devido à natureza longitudinal dessas on- de mesma altura e mesma intensidade.
das, ocorrem zonas alternadas de compressão e de rarefação
das moléculas do meio.
Diapasão Vogal ``a´´ (voz)

Propriedades
fisiológicas do som

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


Violino Baixo (voz)

Altura
Está relacionada à frequência do som. Flauta Vogal ``o´´ (voz)

Tipo de som Frequência


Piano
Agudo Alta
Figura 2
Grave Baixa
Os timbres dos vários instrumentos e da voz humana, que emitem sons
de mesma altura e mesma intensidade, são diferentes.
Para o sistema auditivo humano (audição normal), os limi-
tes de frequência situam-se entre 20 Hz, para os graves, e
20.000 Hz, para os agudos. Sons de frequências inferiores a Conteúdo digital Moderna PLUS http://www.modernaplus.com.br/fis
Vídeo: Características das ondas sonoras
20 Hz são denominados infrassons, e sons de frequências
superiores a 20.000 Hz são conhecidos como ultrassons.

Intensidade
Fenômenos ondulatórios
A intensidade I é definida pela razão entre a potência P de Reflexão do som
P O cérebro humano tem persistência auditiva de cerca de
uma onda sonora e a área A atravessada por ela: I 5 __
​   ​  0,1 s. Isso significa que, se dois sons chegarem a um ouvinte
A
num intervalo de tempo menor que esse, a pessoa não será
A menor intensidade audível pelo ser humano (audição capaz de distingui-los. Dependendo do intervalo de tempo
normal) é conhecida como limiar de audibilidade e entre o som direto e o som refletido temos os casos:
vale I0 5 1 3 10212 W/m2. A intensidade máxima suportável, eco: o intervalo de tempo é superior a 0,1 s. O indivíduo
chamada limiar de dor, vale I 5 1 W/m2. O logaritmo da ra- ouve o som direto e o som refletido separadamente.
zão entre duas intensidades I e I0 é conhecido como nível
reverberação: o intervalo de tempo é ligeiramente inferior a
sonoro. Na escala mais comum, o decibel (dB), temos:
0,1 s. A sensação do som emitido está começando a desapa-
I recer quando ele é reforçado pelo som refletido. O indivíduo
d 5 10 3 log __
​    ​ interpreta o som original como tendo duração ampliada.
I0
reforço: o intervalo de tempo é bem inferior a 0,1 s. O
organismo não distingue os sons, interpretando-os como
um som único, de maior intensidade.
10 dB

80 dB

130 dB
40 dB

120 dB
100 dB

110 dB
50 dB

Limiar de do
70 dB
Nível de pres
0 dB
Limiar da au

Rua residen

Turbina de av
Quarto

Buzina de ca
90 dB
No interior
60 dB

Aeroporto
Escritório sil

Conversa
20 dB
30 dB

Difração do som
cial congestio

de um metrô
encioso
dição

rro
são sonora

ião

Fenômeno no qual o som consegue contornar uma abertura


(ou obstáculo), desde que as dimensões dessa abertura (ou
nada

obstáculo) sejam próximas do comprimento da onda sonora.


Figura 1 No ar, respeitando-se o espectro de frequências audíveis,
Níveis sonoros exemplificados por ruídos do cotidiano. essas dimensões estão compreendidas entre 1,7 cm e 17 m.

104 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 17.indd 104 09.10.09 10:50:41


Interferência sonora L

f1 Som fundamental
Ocorre quando duas ondas sonoras se superpõem. Se os 1o harmônico
sons têm mesma amplitude e frequências muito próximas, H1
2
ocorre o chamado batimento. f2 2o harmônico

Figura 3 H2 H2
2 2
As ondas vermelhas e azuis
f3 3o harmônico
têm mesma amplitude e
frequências muito próximas. H3 H3 H3
2 2 2
Quando combinadas, geram
as ondas em magenta, que f4 4o harmônico
batem ou pulsam. Observe H4 H4 H4 H4
2 2 2 2
as regiões de interferência
destrutiva, em que a Figura 4
amplitude é praticamente As ondas estacionárias apresentam uma forma característica em
zero, e as regiões de gomo. São infinitos harmônicos, e cada um apresenta um gomo a mais
interferência construtiva, que o harmônico precedente.
com uma amplitude que é
Interferência Interferência praticamente o dobro da Para o n-ésimo modo de vibração, valem as expressões
destrutiva construtiva inicial.
abaixo:
A frequência da onda resultante do batimento depende
2L v
das frequências das ondas originais: Hn 5 ___
​  n ​ e fn 5 n 3 f1  ]  fn 5 n 3 ___
​    ​ 
2L

fmagenta 5 Ofvermelha 2 fazulO


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Efeito Doppler
É o fenômeno no qual a frequência do som ouvida pelo
Ressonância observador é diferente da emitida pela fonte, devido ao mo-
Toda fonte oscilante possui uma frequência de vibração vimento relativo entre eles.
natural (ou própria). Se essa fonte receber estímulos de
frequência similar à natural, a amplitude de vibração pode
aumentar, o que caracteriza a ressonância. Se o aumento for
drástico, o material pode se romper.

Cordas vibrantes
Ondas estacionárias Figura 5
A frequência percebida pelo observador muda porque as frentes de onda
Se aplicarmos um pulso numa corda fixa nas duas extremi- se aproximam na direção do movimento. Ela obedece à seguinte expressão:
dades, as ondas se propagam em ambos os sentidos, refletem

@  #
e retornam, provocando interferência. Em alguns pontos, a v ! vobs
interferência é construtiva, em outros é destrutiva e, ao final, fobs 5 ​ _________
​    ​3 ffonte
 ​  
v ! vfonte
produzimos configurações chamadas ondas estacionárias.

Tubos sonoros

Tubos abertos L Tubos fechados L

n=1
i=1

Figura 6
Num tubo aberto, todos os H
H H 4
harmônicos são possíveis, 4 4
Figura 7
e as expressões deles
Em tubos fechados, apenas i = 3
são totalmente análogas n=2 os harmônicos ímpares são
às usadas nas cordas
permitidos. No caso deles,
vibrantes e definidas por:
vale a relação: H H H
H H H H 4 4 4
4 4 4 4

4L v
Hi 5 ___
​   ​ e fi 5 i 3 f1  ]  fi 5 i 3 ___
​     ​ 
2L v
i 4L
Hn 5 ___
​  n ​ e fn 5 n 3 f1  ]  fn 5 n 3 ___
​    ​ 
2L
A variável i assume valores da sequência dos números
ímpares {1, 3, 5, ...}.

Acústica 105

FIS_PLUS_TOP 17.indd 105 09.10.09 10:50:43


Acústica

No Vestibular
1. (UFPR) Identifique uma propriedade característica do som 4. (Fatec-SP) Em um tubo horizontal, fixo e cheio de ar, espalha-
dentre as propostas a seguir: -se um pouco de farelo de cortiça. Junto a uma das extre-
a) propaga-se no vácuo com a mesma velocidade que a luz. midades, se coloca um diapasão vibrando com frequência
de 660 Hz. Nestas condições o farelo de cortiça se acumula
b) tem velocidade de 340 m/s, qualquer que seja o meio.
em depósitos, como nos mostra a figura a seguir:
c) tem o mesmo comprimento de onda, qualquer que
seja o meio.
d) necessita de um meio material para se propagar.
e) não se propaga no ar.
O som é uma onda mecânica e, portanto, necessita de um

meio material para se propagar (por exemplo, o ar).

2. (PUC-SP) O ouvido humano é capaz de perceber som, isto Adote a velocidade do som no interior do tubo como sendo
é, ondas mecânicas de frequências entre 20 Hz e 20.000 Hz. de 330 m/s e assinale a opção que, nestas circunstâncias,
Entretanto, sabe-se que alguns animais são capazes de corresponde a uma afirmação verdadeira:
perceber som em frequências acima de 20.000 Hz. Os a) no ar interno ao tubo, propaga-se uma onda mecânica

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


cães, por exemplo, detectam sons de até 50.000 Hz. Desta audível, e só.
forma, se um apito produzir ondas mecânicas no ar, de b) o farelo de cortiça se acumula nos ventres da onda
comprimento igual a 10 mm, quem as ouve? (Uma pessoa estacionária que se forma nestas condições.
ou um cão?) Adote vsom 5 340 m/s.
c) a distância entre os nós da onda estacionária que se for-
Nota: A nomenclatura atual sugere que se use o termo ma no interior do tubo é de, aproximadamente, 25 cm.
orelha em vez de ouvido. d) a frequência citada no enunciado não é audível.
Sabendo que x 5 10 mm 5 0,01 m, pela equação e) o acúmulo de farelo de cortiça nada tem a ver com a

vibração do diapasão.
fundamental da ondulatória temos:
Como a frequência de uma onda depende exclusivamente

v 5 H 3 f  ]  340 5 0,01 3 f da fonte, nesse caso o diapasão, a frequência da onda
formada no interior do tubo é de 660 Hz. Dessa forma,

f 5 34.000 Hz como 20 Hz , 660 Hz , 20.000 Hz, a onda formada no
interior do tubo que contém ar é audível. Mas não é só isso

Como f . 20.000 Hz, o ser humano não é capaz de ouvir que se pode concluir sobre o problema.
Portanto, as alternativas a e d estão incorretas. Quanto ao

esse som. Mas como f , 50.000 Hz, os cães o ouvem. rearranjo do farelo de cortiça depositada no interior do
tubo, isso se deve à formação de uma onda estacionária

em seu interior. Tendo em vista que os nós de uma onda
3. (Unipac-MG) Os morcegos voam emitindo curtos gritos estacionária correspondem a pontos que não vibram, os

constituídos por ondas mecânicas de comprimento 3 mm, depósitos de cortiça só são possíveis nessas regiões, caso
orientando-se pela reflexão dessas ondas sobre os even- contrário, o pó se espalharia. Portanto, as alternativas b e

tuais obstáculos. Adotando a velocidade da onda emitida e estão incorretas. Para comprovar que a alternativa c é a
pelo morcego como sendo 330 m/s, qual a frequência correta, usamos a equação fundamental da ondulatória:
correspondente? v 5 H 3 f  ]  330 5 D 3 660  ]
Um ser humano detectaria esta onda? Por quê? ]  H 5 0,5 m 5 50 cm
H
Com base no enunciado, A distância entre dois nós consecutivos é __​   ​ , portanto,
2
H 5 3mm 5 3 3 1023 m. A frequência do som em questão nessa onda estacionária corresponde a 25 cm.

é obtida pela equação fundamental da ondulatória:

23
v 5 H 3 f  ]  330 5 3 3 10 3 f  ]

]  f 5 110.000 Hz

A orelha humana é capaz de perceber sons de frequência

máxima de 20.000 Hz; portanto, não podemos detectar o

som emitido pelos morcegos.

106 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 17.indd 106 09.10.09 10:50:45


5. (Fuvest-SP) Uma corda de violão tem 0,60 m de compri- 7. (UFPR) Sobre uma corda tensa de extremidades fixas,
mento. Os três maiores comprimentos de onda que geram estabelece-se uma onda estacionária de frequência 24 Hz.
onda estacionária nesta corda são, respectivamente: Sabendo que a frequência do harmônico imediatamente
a) 1,20 m; 0,60 m e 0,40 m superior é de 30 Hz, calcule a frequência de onda estacio-
nária quando esta corda vibra de maneira fundamental.
b) 1,20 m; 0,60 m e 0,30 m
c) 0,60 m; 0,30 m e 0,20 m A frequência de uma corda vibrante e fixa nas

d) 0,60 m; 0,30 m e 0,15 m
extremidades é dada pela expressão:
e) 0,60 m; 0,20 m e 0,12 m
Os três maiores comprimentos de onda correspondem aos fn 5 nf1 em que n é o número do harmônico e f1 é a

comprimentos de onda dos três primeiros harmônicos. frequência do modo fundamental de vibração.

Assim, temos: Assim, com base no enunciado, podemos escrever:

H1
• __
​   ​  5 0,6  ]  H1 5 1,2 m fn 5 nf1 5 24 Hz  (1)
2
H2
• 2 3 __ ​   ​  5 0,6  ]  H2 5 0,6 m fn 1 1 5 (n 1 1)f1 5 30 Hz  (2)
2
H3 1,2
• 3 3 __ ​   ​  5 0,6  ]  H3 5 ___
​   ​   ]  H3 5 0,4 m Dividindo-se (1) por (2) membro a membro, resulta:
2 3
nf1 24
​ ________ 5 ___
   ​  ​    ​  ]  30n 5 24 (n 1 1)  ]  n 5 4
(n 1 1)f1 30
Substituindo n 5 4 em (1), obtemos:
6. (UFPA) O diagrama a seguir apresenta intervalos de fre-
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

quência de sons audíveis (em laranja) e de sons emissíveis 4f1 5 24  ]  f1 5 6 Hz


(em azul) pelo homem e por alguns animais.

Frequência

Hz Homem Cão Gato Golfinho Morcego Rã 8. (UFPR) Uma das extremidades de um fio está presa a um dia-
106 pasão elétrico, e a outra extremidade está presa a um peso de
105 3 N, que mantém o fio esticado. Quando o diapasão vibra
com uma determinada frequência constante, o fio apre-
104
senta a configuração do 3o harmônico, como mostra o
103 esquema a seguir:
102
101
100

Considerando-se a velocidade do som no ar de 330 m/s


e os valores no diagrama dos limites emissíveis para o
golfinho de 7.000 Hz a 120.000 Hz, conclui-se que o com- P
primento de onda para os limites dos sons desse animal,
em metros, varia aproximadamente entre:
a) 3,0 # 1023 e 4,0 # 1022
Sabendo-se que o comprimento do fio vibrante é c 5 1,0 m
b) 4,1 # 1022 e 2,1 # 1023
e que sua densidade linear é j 5 3,0 # 1024 kg/m deduzimos
c) 2,8 # 1023 e 4,7 # 1022 que a frequência do diapasão, nestas circunstâncias, é de:
d) 4,0 # 1023 e 3,0 # 1022
a) 50 Hz
e) 3,0 # 1022 e 2,1 # 1023
b) 75 Hz
Usando a equação fundamental da ondulatória, temos: c) 100 Hz

d) 125 Hz
• para f 5 7.000 Hz
e) 150 Hz
v 5 H 3 f  ]  330 5 H 3 7.000  ] A frequência do diapasão corresponde à frequência de

]  H 7 4,7 3 1022 m vibração do fio, que pode ser calculada como segue:

n ll

• para f 5 120.000 Hz

f 5 ___ d T
​    ​ ​ __
2L j 2 3 1 3 3 1024 d3 lllllll
​    ​ ​  5 ____
3
​     ​ ​ _______
​     ​ 
 ​ 
 ]

v 5 H 3 f  ]  330 5 H 3 120.000  ] ]  f 5 150 Hz



]  H 7 2,8 3 1023 m

Acústica NO VESTIBULAR 107

FIS_PLUS_TOP 17.indd 107 09.10.09 10:50:47


9. (UFPA) Em determinados auditórios ou teatros, o espectador 11. (UFSCar-SP) Em música, uma oitava da escala denominada
sente dificuldade na audição das falas ou das músicas, por temperada constitui um grupo distinto de doze sons, cada
conta principalmente do fenômeno acústico conhecido um correspondendo a uma frequência de vibração sonora.
como reverberação, que faz as ondas sonoras, ao serem refle-
tidas, chegarem aos nossos ouvidos com intervalos menores Escala musical
que 0,1 s, que é o tempo médio em que o ouvido humano (5a oitava da escala temperada)
guarda um determinado som. Para minimizar o problema
Frequência
num determinado ambiente, a providência necessária é: Nota musical
aproximada (Hz)
a) revestir as paredes com tecidos espessos de lã.
Dó 1.047
b) tornar as paredes planas e lisas, eliminando relevos.
c) usar amplificadores de som e um número maior de Dó# 1.109
caixas acústicas.
Ré 1.175
d) elevar o nível do forro.
e) fazer desníveis no piso. Ré# 1.245

Para evitar o fenômeno da reverberação, deve-se Mi 1.319



inibir a reflexão das ondas nas paredes de auditórios e Fá 1.397

Fá# 1.480
teatros. Portanto, deve-se fazer com que as ondas sejam

Sol 1.568
absorvidas, e não refletidas, pelas paredes. Logo, a solução
Sol# 1.661
proposta na alternativa a é a mais adequada.
Lá 1.760

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


Lá# 1.865
10. (UniFEI-SP) A figura abaixo representa uma onda estacio-
nária que se forma no ar contido no interior do tubo, ao Si 1.976
ser acionado o diapasão.
Numa marcenaria, uma serra circular, enquanto executa
o corte de uma prancha de madeira, gira com frequência
de 4.500 r.p.m. Além do ruído do motor da máquina e do
ruído produzido pelos modos de vibração do disco de ser-
ra, o golpe frenético de cada um dos 20 dentes presentes
no disco de serra sobre a madeira produz um som carac-
terístico dessa ferramenta. O som emitido pelos golpes
sequenciados dos dentes da serra em funcionamento
produz também, junto com a madeira que vibra, um som
próximo ao da nota musical:
a) Ré# c) Fá# e) Lá#
1,20 m b) Mi d) Sol
A frequência de vibração da madeira corresponde à

frequência com que os dentes da serra a tocam. Dado que

a frequência de rotação da serra é f 5 4.500 rpm, ou seja,

f 5 75 Hz, a frequência de vibração da madeira será

A velocidade de propagação do som no interior do tubo, nas f 5 20 3 75  ]  f 5 1.500 Hz , que, na tabela dada,

condições da experiência, é de 340 m/s. Qual a frequência
de vibração da coluna no ar no interior do tubo? corresponde à frequência aproximada da nota musical fá #.

a) 212,5 Hz c) 340,5 Hz e) 567,50 Hz
b) 284,5 Hz d) 425,5 Hz 12. (UFMG) Dois diapasões, ao serem acionados, entram em
ressonância somente se:
A figura ilustra um tubo sonoro fechado no qual se forma
a) suas amplitudes de vibração forem iguais.
o 3o harmônico. Portanto: b) a frequência de um não for um múltiplo da frequência

H do outro.
3 3 __
​   ​ 5 1,2  ]  H 5 1,6 m c) o período de um não for múltiplo do período do outro.
4
d) suas frequências forem iguais.
A partir da equação fundamental da ondulatória, temos:
e) eles sempre entram em ressonância.
v 5 H 3 f  ]  340 5 1,6f  ] O fenômeno de ressonância está relacionado, nesse caso,

]  f 5 212,5 Hz ao aumento da intensidade do som produzido por um dos

108 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 17.indd 108 09.10.09 10:50:47


16. (Unicamp-SP) É usual medirmos o nível de uma fonte
diapasões. Para que isso ocorra, os dois diapasões devem sonora em decibéis (dB). O nível de dB é relacionado à

intensidade I da fonte pela fórmula:
necessariamente oscilar na mesma frequência.
I
Nível sonoro (dB) 5 10 3 log10 __
​    ​ , em que I0 5 10212 W/m2 é
I0
13. (PUC-SP) Temos dois tubos sonoros, A e B, cheios de ar. A é um valor padrão de intensidade muito próximo do limite
aberto e B, fechado, sendo ambos de 85 cm de comprimento. da audibilidade humana.
Quais as frequências fundamentais, em Hz, destes tubos, Os níveis sonoros necessários para uma pessoa ouvir
respectivamente, sabendo-se que a velocidade de propa- variam de indivíduo para indivíduo. No gráfico a seguir,
gação do som no ar do interior dos tubos é de 340 m/s? esses níveis estão representados em função da frequência
a) 100 e 200 c) 200 e 100 e) 400 e 300 do som para dois indivíduos, A e B. O nível sonoro acima
b) 100 e 400 d) 300 e 400 do qual um ser humano começa a sentir dor é aproxima-
damente 120 dB, independentemente da frequência.
Para o tubo A, temos:

v 340 120
f 5 ___
​     ​ 5 ​ _______   ]  f 5 200 Hz
   ​ 
2L 2 3 0,85
A B
Para o tubo B, temos: 100

v 340 80
f 5 ​ ___   ​ 5 ​ _______

Nível sonoro (dB)


   ​  ]  f 5 100 Hz
4L 4 3 0,85
60
14. (FEI-SP) Uma fonte sonora, em repouso, emite som com fre-
quência de 1.000 Hz, no ar. Para que uma pessoa perceba esse 40
som com uma frequência de 1.200 Hz, ela deve aproximar-se
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

da fonte com uma velocidade, em m/s, igual a: 20


a) 34 c) 170 e) 408
0
b) 68 d) 340
Dado: velocidade do som no ar 5 340 m/s. 10 100 1.000 10.000
Orientando a trajetória do observador para a fonte e admitindo Frequência (Hz)

a) Que frequência o indivíduo A consegue ouvir melhor
que a velocidade do som no ar seja de 340 m/s, temos:
que B?

@  vsom 1 vobs.
faparente 5 freal 3 ​ ​ __________ 
vsom 1 vfonte
 ​  # ​  @ 
340 1 vobs.
 ​ ]  1.200 5 1.000 ​ _________
340
 ​    ​ #
Observando que o gráfico está em escala logarítmica, a

]  vobs. 5 68 m/s faixa de frequências em questão está entre 20 Hz e 200 Hz.


15. (ITA-SP) Um automóvel, movendo-se a 20 m/s, passa pró- b) Qual a intensidade I mínima de um som (em W/m2)
ximo a uma pessoa parada junto ao meio-fio. A buzina do que causa dor em um ser humano?
I
carro está emitindo uma nota de frequência f 5 2.000 kHz. A partir do enunciado N 5 10 log ​ __  ​ .
O ar está parado e a velocidade do som em relação a ele
I0
I
é 340 m/s. Que frequência o observador ouvirá: Então: 120 5 10 3 log ​ _____   ]  I 5 1 W/m2
   ​ 
10212
I. quando o carro está se aproximando?
II. quando o carro está se afastando? c) Um beija-flor bate as asas 100 vezes por segundo, emi-
I II tindo um ruído que atinge o ouvinte com um nível de
a) 2,0 kHz 2,00 kHz 10 dB. Quanto a intensidade I desse ruído precisa ser
amplificada para ser audível pelo indivíduo B?
b) 1,88 kHz 2,12 kHz
I
c) 2,13 kHz 1,89 kHz A partir da relação N 5 10 log __
​    ​ , calcula-se a intensidade
I0
d) 2,10 kHz 1,87 kHz
do som (I) emitido pelo bater das asas do beija-flor:
e) 1,88 kHz 2,11 kHz
I
Orientando a trajetória do observador para a fonte, temos: 10 5 10 log _____   ]  I 5 10211 W/m2
   ​ 
​  212
10
Caso I No entanto, dado que a frequência do som é de 100 Hz,


@  vsom 1 vobs.
faparente 5 freal 3 ​ __________
​ 
vsom 2 vfonte #
  ​   @ ​ 
340
​5 2.000 ​ ________
   ​  
340 2 20 #
​5 2.125  ]

a intensidade mínima (Imín) do som que o indivíduo B

]  faparente 7 2,13 kHz deveria receber para conseguir detectá-lo é:



Imín.
Caso II 30 5 10 log ​ _____   ]  Imín 5 1029 W/m2
  ​ 
10212


@ 
faparente 5 freal 3 ​ __________
​  #
vsom 1 vobs.
vsom 1 vfonte
  ​   @  ​ 
340
#
​5 2.000​ ________
   ​  
340 1 20
​5 1.888,8  ]

Imín
Logo: ___
I
1029
​   ​ 5 ​ _____
10211
  ​  ]  Imín 5 100I

]  faparente 7 1,89 kHz Ou seja, a intensidade I deve ser amplificada 100 vezes.

Acústica NO VESTIBULAR 109

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Carga elétrica
O conceito de carga elétrica remonta à Antiguidade clássica. Há registros de que os gregos
esfregavam peles de carneiro com pedaços de âmbar, uma resina vegetal fóssil que, ao ser
atritada, atrai os corpos que lhe estejam próximos. Se dois pedaços de âmbar forem atritados,
porém, eles irão se repelir. A palavra elétrico vem do grego élektron, que significa âmbar-
-amarelo, pois se considerava essa propriedade de atrair corpos próximos, depois de atritados,
específica desse material. Vamos revisar diversos conceitos da eletrostática – parte da Física que
se ocupa da análise de sistemas de cargas em equilíbrio.

Princípios da eletrostática Processos de eletrização


Atração e repulsão de cargas elétricas 1. Por atrito
+ –
Cargas elétricas de mesmo sinal se repelem, e cargas +
+

__ + – Figura 3
elétricas de sinais diferentes se atraem. _ + – Quando eletrizados por
+ –
__ atrito, os corpos ficam
_
1
1 –
com igual quantidade

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


de cargas, mas de
Vidro
Vid sinais opostos.
2
2
Experimentalmente, podemos elaborar uma tabela para prever o

1 2 sinal que cada substância adquire quando atritada com outro ma-
terial. Esse tipo de tabela é conhecido como série triboelétrica.
Figura 1

Poliuretano
Borracha

Poliéster
Alumínio
Asbesto

Algodão
Acetato

Silicone
Acrílico
Cabelo

Âmbar
Náilon

Teflon
Papel

Prata
Vidro

Seda
Mica

Ouro
Conservação das cargas elétricas

PVC

Num sistema eletricamente isolado, a soma das cargas 1 Positivo Negativo 2


positivas e negativas é constante.
Escolhidos dois materiais, o que estiver numa posição
Antes do contato Durante o contato Após o contato anterior na tabela se eletrizará positivamente, enquanto o
outro ficará negativo.
A B A B A B

QA QB QeA QeB 2. Por contato


_
Figura 2 A
Durante o contato, os corpos condutores trocam cargas elétricas entre si. _A A
_
_ _ B B _ _ B
Ainda que a distribuição final das cargas seja diferente, a soma se conserva. _ _ _
_ _ _ _ _ _
_ _
_ _ _ _ _
_ _
QA 1 QB 5 QeA 1 QeB
Figura 4
Esquema de eletrização por contato entre duas esferas condutoras.

Observação: o contato com a Terra acaba sempre descarre-


Princípio de quantização gando o corpo, independentemente do sinal de suas cargas.
das cargas elétricas
Existe uma carga elementar, que não pode ser fraciona- 3. Por indução
da: é a carga do elétron, cujo valor absoluto em unidades I B III B
do SI é e 5 1,6 3 10219 C. A
_ __
A
_ __ +
_
Um corpo eletrizado positiva ou negativamente apresenta _ _ _ _ +
__ _ __ _ +
falta ou excesso de n elétrons, sendo sua carga elétrica, em + Terra
valor absoluto, dada por:
II B IV B
A A +
_ __ + _
_ _ __
Q5n3e , com n 9 b _ _ + _ _ _ + +
__ _ + _ __ _
+
+
A carga elétrica de um corpo é quantizada, isto é, ela é Figura 5
sempre um múltiplo inteiro de e (carga do elétron em valor As quatro etapas da indução de uma esfera A, negativa, próxima a uma
absoluto). esfera B, inicialmente neutra.

110 Suplemento de revisão FÍSICA

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Força elétrica O sentido do campo elétrico depende do sinal da carga
geradora. Resumidamente:
Charles Coulomb, por volta de 1790, realizou experimentos Carga fonte positiva: sentido de afastamento da carga;
com uma balança de torção e conseguiu deduzir uma expres- Carga fonte negativa: sentido de aproximação da carga.
são para calcular a intensidade da força elétrica F entre duas
cargas pontuais Q1 e Q2, separadas pela distância d.
Relação entre campo e força elétrica
Intensidade
F5q3E
k0 3 OQ1O 3 OQ2O
F 5 ______________
​      
 ​
d2 Campo de várias cargas puntiformes
A constante k depende do meio onde se encontram as O campo resultante, num ponto P, será a soma vetorial dos
cargas. Para o vácuo, k 5 9 3 109 N 3 m2/C2. campos produzidos por cada uma das cargas naquele ponto.

E3 E1
Direção
P
A direção da força é a mesma da reta que une as duas cargas. Figura 8
O campo resultante em P é dado
pela soma:
Sentido E2 +
Q3
Depende do sinal das cargas Q1 e Q2. +
Q1 EP 5 E1 1 E2 1 E3

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Q2
A _
Q1 +
+F F _ Q2
d Linhas de força
B
_ Q1 Q2 Servem para representar o comportamento do campo nas
F +F
+ + vizinhanças da carga fonte. A direção do vetor campo elétrico
d é sempre tangente às linhas de força, em cada ponto. As setas
das linhas de força indicam o sentido do campo, e a intensida-
Figura 6
Se as esferas têm sinais distintos (A), as forças são de atração de tem a ver com a densidade das linhas de força no local.
e apontam para dentro da região entre as cargas; se os sinais
são iguais (B), as forças são de repulsão e apontam para fora. A B

Q
Campo elétrico + –
Q
O campo elétrico transmite a informação da interação
com o espaço ao redor da carga que o produz. Isso significa
que, para existir força, são necessárias pelo menos duas
cargas; para existir campo, basta a carga fonte. Figura 9
Representação espacial das linhas de força em torno de uma
esfera condutora carregada positivamente (A) e de outra
carregada negativamente (B).

Campo de uma carga puntiforme


A carga Q, chamada fonte, gera um campo na sua vizinhan-
Campo elétrico uniforme
ça, cuja intensidade varia de acordo com a expressão: Para produzir um campo elétrico uniforme, precisamos
de duas placas paralelas, carregadas com sinais opostos e
k0 3 OQO bem próximas, de modo que a distância entre elas seja muito
E 5 _______
​  2 ​    menor que o comprimento das placas.
d
E
A direção do vetor E, nesse caso, é radial a partir da carga 1 2
fonte. 1 2
1 2
1 2
Figura 7 1 2 Figura 10
E 1 2
A área azul, que na verdade se estende 1 2
Se as placas forem grandes e bem próximas,
q
indefinidamente, representa a região do 1 2 as linhas de campo serão paralelas e
espaço na qual atua o campo elétrico gerado 1 2 espaçadas igualmente e teremos, assim,
Q pela carga fonte Q. Se uma carga de prova q um campo elétrico uniforme.
estiver próxima à carga fonte, receberá do
campo uma informação, que se traduz na Nessa situação, a força sobre uma carga colocada entre as pla-
força elétrica entre as cargas. cas também será constante e a carga estará sujeita a um MRUV.

carga elÉtrica 111

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Carga elétrica

No Vestibular

1. (Fuvest-SP) Um campo elétrico uniforme, de módulo E, cria- 2. (ITA-SP) Uma partícula carregada negativamente está
do entre duas grandes placas paralelas carregadas, P1 e P2, se movendo na direção 1x quando entra em um campo
é utilizado para estimar a carga presente em pequenas elétrico uniforme atuando nessa mesma direção e sentido.
esferas. As esferas são fixadas na extremidade de uma Considerando que sua posição em t 5 0 s é x 5 0 m, qual
haste isolante, rígida e muito leve, que pode girar em tor- gráfico representa melhor a posição da partícula como
no do ponto O. Quando uma pequena esfera A, de massa função do tempo durante o primeiro segundo?
M 5 0,015 kg e carga Q, é fixada na haste, e sendo E igual
a) d)
a 500 kV/m, a esfera assume uma posição de equilíbrio tal 0,3 0,3
0,2 0,2
que a haste forma com a vertical um ângulo J 5 45w. 0,1 0,1
x 0 x 0
_ 0,1 _ 0,1
J _ 0,2 _ 0,2
_ 0,3 _ 0,3
0 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
t t
A g
b) e)
0,3 0,3
0,2 0,2
0,1 0,1
P1 P2 x 0 x 0
_ 0,1 _ 0,1
_ 0,2 _ 0,2
Para essa situação: _ 0,3 _ 0,3
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


a) Represente a força gravitacional P e a força elétrica Fe t t

que atuam na esfera A, quando ela está em equilíbrio c) 0,3


sob ação do campo elétrico. Determine os módulos
0,2
dessas forças, em newtons. 0,1
x 0
Sendo T a força de tração entre a T 45o _ 0,1
_ 0,2
Fe _ 0,3
haste e a carga, temos a figura: 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
t
P 5 mg 5 0,015 3 10  ]  P 5 0,15 N Nas condições do enunciado, a força elétrica sobre a carga
P
Como a esfera está em equilíbrio, temos: terá sentido oposto ao do campo elétrico, ou seja, oposto

P 0,015 3 10 2
P 5 T cos 45w  ]  T 5 _______
​  5 _________
   ​  ​  5 0,15 3 ___
 ​ 
  ​     ​ N ao movimento inicial da carga. Como o campo elétrico
cos 45w d
___2 ​ 
​ ll ​ ll
d 2 ​ 
​   ​ 
2
é constante, a carga será desacelerada uniformemente.

2 2 ​ 
​dll
Fe 5 T sen 45w 5 0,15 3 ___
​     ​ 3 ​ ___ ​   ]  Fe 5 0,15 N Tratando-se, portanto, de um MUV com a , 0, o gráfico
2 ​  2
​dll

b) Estime a carga Q, em coulombs, presente na esfera. da posição da partícula em função do tempo é uma

A partir da relação Fe 5 OQOE, temos: parábola com a concavidade voltada para baixo.

Fe 0,15
OQO 5 __
​   ​  5 ​ ________   ]  OQO 5 3 3 1027C
   ​ 
E 500 3 103 3. (Uepa) É comum em supermercados, na seção de frutas,
a presença de sacos plásticos em rolos dos quais são
c) Se a esfera se desprender da haste, represente a traje-
destacados. É comum também que, ao se aproximar de
tória que ela iria percorrer, indicando-a pela letra T.
um desses rolos, os pelos do braço de uma pessoa sejam
Ao se desprender da haste, a esfera cairá sob ação de seu atraídos para o plástico e fiquem eriçados. A respeito deste

fenômeno, considere as afirmativas a seguir:
peso ao mesmo tempo em que será atraída pela placa P2,
I. Os pelos se eriçam devido à presença de corrente
elétrica no plástico, produzida pelo atrito.
sob ação da força elétrica. A trajetória da partícula terá
II. O campo magnético próximo do plástico atrai os pelos.
mesma direção e mesmo sentido da resultante das duas III. As cargas elétricas no rolo atraem as cargas de sinais
contrários nos pelos.
forças. Como ambas têm a mesma De acordo com as afirmativas acima, a alternativa correta é:
A F
e x
a) I c) III e) II e III
intensidade e são constantes, a
P b) II d) I e III
trajetória será retilínea, conforme Esse fenômeno de eletrização é explicado pelo atrito entre
T
representado na figura: y os sacos quando eles são desenrolados. Quando o braço

112 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 18.indd 112 09.10.09 11:04:10


6. (UFF-RJ) Três esferas metálicas, apoiadas em suportes
de uma pessoa se aproxima de um desses rolos, ocorre isolantes, são colocadas próximas, como no desenho

a seguir, porém sem se tocarem. Um bastão carregado
uma redistribuição de cargas nos pelos, ou seja, ocorre o positivamente é aproximado da primeira esfera.

fenômeno da polarização. Nessas condições, a afirmação

mais adequada é somente a III. +

+
4. (PUC-RJ) Duas esferas idênticas,
+
carregadas com cargas Q 5 30 jC,
estão suspensas a partir de um
J J
mesmo ponto por dois fios iso-
lantes de mesmo comprimen-
to, como mostra a figura. Em Assinale o diagrama que melhor representa a distribuição
equilíbrio, o ângulo, formado de cargas nas esferas.
pelos dois fios isolantes com a a)
vertical, é 45w. 2 1 2 1 2 1
2 1 2 1 2 1
Sabendo que a massa de cada esfera é de 1 kg, que a cons- 2 1 2 1 2 1
tante de Coulomb é k0 5 9 # 109 Nm2/C2 e que a aceleração da 2 1 2 1 2 1
gravidade é g 5 10 m/s2, determine a distância entre as duas b)
esferas quando em equilíbrio. Lembre-se de que j 5 1026. 1 1 1 2 2 2
1 1 1 2 2 2
a) 1,0 m c) 0,8 m e) 0,6 m 1 1 1 2 2 2
1 1 1 2 2 2
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

b) 0,9 m d) 0,7 m
As forças que atuam sobre uma das esferas estão c) 2 2 2
1 1 1
2 2 2 1 1 1
representadas na figura: 2 2 2 1 1 1
T 45o 2 2 2 1 1 1
Fe d)
2 2 1 1
2 2 1 1
2 2 1 1
2 2 1 1
P
No equilíbrio:
e) 2 1 2 2
mg 1 3 10
1 1
P 5 T cos 45w  ]  T 5 _______
​  5 _____
   ​  ​   ​ 
 ] 2 1 1 2 2 1
cos 45w ​ ll
d
___ 2 ​  2 1 1 2 2 1
20 ​   
 ​ 2 1 1 2 2 1
]  T 5 ​ ___  ​ N 2
​dll
2 ​ 
20 ​ 2 ​ 
d ll Como as esferas não se tocam, elas só ficam polarizadas
Fe 5 T sen 45w 5 ___
​    ​ 3 ___
​   ​   ]
2 ​  2
​dll
quando o bastão se aproxima. Dessa forma, tendo em
]  Fe 5 10 N

mente o princípio da atração e repulsão entre cargas
Pela lei de Coulomb:

k0Q 2 9 3 109 3 (30 3 1026)2 elétricas, a alternativa correta é a a.
Fe 5 ____
​  2 ​  ]  d 2 5 ________________
​      
 ​  ]
d 10
]  d 5 0,9 m 7. (Unemat-MT) Na figura a seguir, as cargas elétricas Q e q

isoladas e alinhadas horizontalmente são respectivamen-
te carga principal (fonte) e carga de prova.
5. (Ufal) Uma pequena esfera condutora E possui inicial-
mente carga Q. Tal esfera é posta em contato com outra F E
esfera idêntica a ela, porém inicialmente neutra. Quando q
o equilíbrio eletrostático é atingido, as esferas são separa- Q

das. Esse processo ocorre N vezes em sequência, sempre Nessa situação pode-se afirmar:
colocando-se a esfera E em contato com uma outra esfera
a) Q , 0 e q , 0 d) Q . 0 e q . 0
idêntica a ela, porém neutra, e afastando-as após o equi-
b) Q . 0 e q , 0 e) Q , 0 e q . 0
líbrio eletrostático ser atingido. Todo o processo ocorre
c) Q , 0 e q neutra
Q
no vácuo. No final, a esfera E possui carga ​ ____
  ​. O valor de N é:
128 A carga que origina o campo elétrico é positiva, pois

a) 5 c) 32 e) 128
este é de afastamento. Como F e E têm sentidos opostos,
b) 7 d) 64
Sendo N o número de contatos, temos: concluímos que a carga de prova é negativa. Como Q e q

Q
___ Q
​    ​ 5 ​ ____   ​   ]  2N 5 27  ]  N 5 7. se atraem, Q é positiva.
2N 128

Carga elétrica NO VESTIBULAR 113

FIS_PLUS_TOP 18.indd 113 09.10.09 11:04:13


8. (UFPE) Na região entre as longas placas uniformemente Neste caso, a carga fixada no vértice A é:
carregadas, mostradas na figura, existe um campo elétrico a) QA 5 13,0 jC d) QA 5 15,0 jC
uniforme, de módulo E 5 100 N/C e sentido vertical para b) QA 5 23,0 jC e) QA 5 23,0 jC
cima. A aceleração da gravidade local vale 10 m/s2.
c) QA 5 11,0 jC
Sendo h 5 45 cm, pela propriedade do baricentro, temos:

2h
h1 5 ___
​   ​   ]  h1 5 30 cm
Partícula 3
g
E
Assim, a força F que cada uma das cargas QB e QC exerce

sobre Q é dada por:
Uma partícula de massa 1 g e carga negativa 21024 C
K0 3 OQBO 3 OQO _____________________
9 3 109 3 2 3 1026 3 1 3 1026
colocada nessa região sofre uma força resultante: F 5 ____________
​  2
 ​
    5 ​      ​ 
   ]
a) de módulo 0,02 N e sentido vertical para baixo.
d (30 3 1022)2
b) de módulo 0,01 N e sentido vertical para baixo. ]  F 5 0,2 N

c) nula.
Decompondo essas forças na direção AM, temos a figura:
d) de módulo 0,01 N e sentido vertical para cima.
e) de módulo 0,02 N e sentido vertical para cima.

Temos a ação das seguintes forças sobre a partícula: F 3 cos 60o F 3 cos 60o




Fe P FR = Fe +P

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


Sendo FA a força que a carga QA exerce sobre Q, temos duas

possibilidades a serem verificadas: FA ou 2FA.

Então:
• 1o caso (QA . 0)
24 23
FR 5 F 1 P 5 OqOE 1 mg 5 10 3 100 1 10 3 10  ]
FR 5 2F cos 60w 1 FA  ]  FA 5 ma 2 2F cos 60w  ]

]  FR 5 0,02 N 1
]  FA 5 1023 3 5 3 102 2 2 3 0,2 3 __
​   ​   ]
2
9. (Unifor-CE) Duas cargas elétricas separadas por 10 cm ]  FA 5 0,3 N
repelem-se com uma força F. Se a distância entre elas
fosse de 1 cm, essa força de repulsão seria: Então, pela lei de Coulomb, temos:

a) 100 vezes maior. d) 10 vezes menor. K0QAQ 0,3 3 (30 3 1022)2
b) 10 vezes maior. e) 100 vezes menor. FA 5 ______   ]  QA 5 ______________
​  2  ​  ​     ​  ]
h1 9 3 109 3 1 3 1026
c) a mesma.
]  QA 5 3jC
1
Pela lei de Coulomb, F ∝ __
​  2  ​ . Como a distância entre as
d • 2o caso (QA , 0)
cargas depois de separadas é 10 vezes menor, a respectiva

FR 5 2F cos 60w 2 FA  ]  FA 5 2F cos 60w 2 ma  ]
força fica multiplicada por 100.
1
]  FA 5 2 3 0,2 3 __
​   ​ 2 1023 3 5 3 102  ]
2
10. (Mackenzie-SP) Nos vértices de um triângulo equilátero
]  FA 5 20,3 N
de altura 45 cm, estão fixas as cargas puntiformes QA,
QB e QC, conforme a ilustração a seguir. As cargas QB e QC Mas a resultante das forças tem o mesmo sentido da
são idênticas e valem 22,0 jC cada uma. Em um dado
instante, foi abandonada do repouso, no baricentro desse aceleração. Portanto, de acordo com o 1o caso: QA 5 13 jC.
triângulo, uma partícula de massa 1,0 g, eletrizada com
carga Q 5 1 1,0 jC e, nesse instante, a mesma sofreu uma
aceleração de módulo 5,0 # 102 m/s2, segundo a direção 11. (Ufes) No campo elétrico formado por duas cargas de 18 jC
da altura h1, no sentido de A para M. e 1 2 jC, separadas por uma distância de 3 m, o vetor campo
elétrico é igual a zero no ponto situado a:
A
QA a) 2 m da carga de 2 jC d) 6 m da carga de 8 jC
b) 2 m da carga de 8 jC e) 3 m das duas cargas
h1 c) 6 m da carga de 2 jC
O módulo do campo elétrico que cada uma das cargas

gera no ponto em questão deve coincidir. Sendo x a

B C
M
distância desse ponto à carga q1 5 8 jC, a distância desse
QB QC

114 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 18.indd 114 09.10.09 11:04:15


13. (UFPR) Atualmente, podem-se encontrar no mercado filtros
mesmo ponto à carga q2 5 2 jC será 3 2 x. Portanto: de ar baseados nas interações eletrostáticas entre cargas.

KOq1O _______
KOq2O Um possível esquema para um desses filtros é apresentado
E1 5 E2  ]  _____
​  2 ​ 
 5 ​    ​  ] na figura a seguir (à esquerda), na qual a placa circular 1
x (3 2 x)2
mantém-se carregada negativamente e a placa 2, positi-
]  2 3 1026 3 x2 5 8 3 1026(3 2 x)2  ] vamente. O ar contendo os poluentes é forçado a passar

através dos furos nos centros das placas, no sentido indicado
]  2x2 5 8(9 2 6x 1 x2)  ]  x2 2 8x 1 12 5 0 na figura. No funcionamento desses filtros, as partículas de

poeira ou gordura contidas no ar são eletrizadas ao passar
Resolvendo a equação do 2o grau, obtemos x 5 2 ou
pela placa 1. Na região entre as duas placas existe um campo
elétrico E, paralelo ao eixo x, de modo que, quando as par-
x 5 6 (não convém). Logo, o ponto em questão está a 2 m
tículas carregadas passam por essa região, ficam sujeitas
a uma força elétrica, que desvia seu movimento e faz com
da carga de 8 jC ou a 1 m da carga de 2 jC.
que se depositem na superfície da placa 2. Investigando o
campo elétrico produzido no interior de um desses filtros,
12. (UFF-RJ) O funcionamento do E obteve-se o gráfico mostrado a seguir (à direita), no qual está
forno de micro-ondas é basea- representado o módulo do campo E em função da distância x
do na excitação de moléculas entre um ponto P e a placa 1.
polares (tais como de água e
Ar filtrado
gorduras) por um campo elé-
trico variável no tempo. Em x
um modelo simplificado, essas _q E (V/m)
Placa 2
moléculas podem ser descritas
como sendo constituídas por 2,0 3 105
d
duas cargas elétricas pontuais Placa 1
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(1q) e (2q) separadas por uma


distância fixa d. Considere uma +q Ar com
poluentes 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 x (mm)
molécula polar, inicialmente
em repouso, na presença de Com base no gráfico, a força elétrica que age sobre uma
um campo elétrico E uniforme, partícula de carga q 5 3,2 3 1026 C situada dentro do filtro
como representado na figura. e a 3,0 mm da placa 1 é:
Nessas condições podemos afirmar que esta molécula: a) 0,64 N c) 0,24 N e) 0,48 N
a) terá movimento de rotação no sentido horário e de b) 1,82 N d) 6,00 N
translação no sentido do campo elétrico.
De acordo com o gráfico, para x 5 3 mm, temos um campo
b) terá movimento de rotação no sentido anti-horário e
não terá movimento de translação.
elétrico E 5 1,5 3 105 V/m.
c) terá movimento de rotação no sentido horário e não
terá movimento de translação. Logo, a força elétrica atuante na partícula vale:
d) terá movimento de rotação no sentido anti-horário e de
translação no sentido oposto ao do campo elétrico. F 5 OqO 3 E 5 3,2 3 1026 3 1,5 3 105  ]

e) não terá movimento nem de rotação nem de translação
porque as cargas se anulam. ]  F 5 0,48 N

Nas condições do enunciado, temos a seguinte

14. (UFRR) Duas esferas condutoras idênticas, eletricamente
configuração de forças sobre as cargas devido à ação do isoladas, estão separadas por uma distância D. Uma esfera

tem carga positiva 1Q, enquanto a outra está eletricamen-
campo elétrico: te neutra. Por um momento, as esferas são conectadas por

_q meio de um fio condutor. Após o fio ser removido, qual é
Fe
a intensidade da força eletrostática entre as esferas?
2
Q
2 k
kQ D
a) F 5 0 c) F 5 ​ ____ ​ 
e) F 5
4D 4

kQ Q
_
Fe b) F 5 ​ ____2  ​ 
d) F 5 ​ __ ​ 
+q 2D 2
Q
Portanto, tomando como referência o ponto médio da A nova carga das esferas após o contato é __
​   ​  . Logo, pela lei
2
linha que une as cargas, à força F associa-se um momento de Coulomb, temos:

no sentido horário. Logo, a molécula terá apenas um Q Q Q
2
k 3 k
2 2 kQ 2
D
movimento de rotação nesse sentido. F5 5 ____
​  2  ​  ]  F 5
D2 4D 4

Carga elétrica NO VESTIBULAR 115

FIS_PLUS_TOP 18.indd 115 09.10.09 11:04:16


Potencial elétrico
A cada ponto de um campo elétrico associa-se a grandeza escalar potencial elétrico. Por meio
desta grandeza pode-se calcular o trabalho da força elétrica, a energia potencial elétrica, assim
como analisar o comportamento de cargas elétricas abandonadas num campo elétrico.

Conceito de potencial elétrico VP 5 V1 1 V2 1 V3 1 V4 1 V5  ]

É a grandeza escalar que avalia, em cada ponto do espaço


sujeito a um campo elétrico, quanta energia potencial elétrica
é armazenada por unidade de carga elétrica. @ 
Q1 Q2 ___
VP 5 k 3 ​ ___
​   ​ 1 ___
Q3 Q4 ___
​   ​ 1 ​   ​ 1 ___
d1 d2 d3 d4 d5
Q5
#
​   ​ 1 ​   ​   ​

Potencial de uma carga puntiforme


Uma carga pontual Q gera, nos pontos ao seu redor, um cam- Superfícies equipotenciais
po elétrico que varia com a distância d entre o ponto e a carga. São conjuntos de pontos no espaço que apresentam o
Definimos o potencial elétrico V por meio da expressão: mesmo potencial em relação à distribuição de cargas.

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k3Q A B E
V 5 _____
​   ​ 
  E
d

+ – +
Por ser uma grandeza escalar, o sinal do potencial é o
mesmo do da carga elétrica Q.

Gráfico V # d
Figura 3
A B V d1 2d1 Configurações de cargas mostrando as linhas de força do campo elétrico
V 0 (linhas tracejadas azuis) e os contornos das superfícies equipotenciais
1 V d (linhas contínuas verdes): [A] carga pontual positiva; [B] dipolo elétrico.
1
2
Q>0 V1 Q<0
As superfícies equipotenciais são perpendiculares às linhas
V1
de força, em cada ponto.
1 V
2
1 d
0 d1 2d1
Figura 1 Trabalho da força elétrica
Os gráficos acima são ramos de hipérbole, já que as grandezas V e d
são inversamente proporcionais. Representam os potenciais de uma Imagine uma carga Q gerando um campo elétrico ao seu
carga positiva [A] e negativa [B]. redor, conforme a figura a seguir.

E
Potencial de várias B
cargas puntiformes
O potencial resultante de um certo ponto, devido à ação de
várias cargas, é a soma algébrica dos potenciais individuais
das mesmas cargas, naquele ponto. +
A+
Q2 Figura 4
Q3 Movimento de uma
Q1
carga de prova em
d2 região de campo
d1 d3 elétrico.
P
Se uma carga de prova q é deslocada do ponto A ao ponto B,
a força elétrica realiza um trabalho dado por:
d4 d5 Figura 2
Sistema de cargas
que gera um potencial DAB 5 q 3 (VA 2 VB)
Q4 Q5 resultante no ponto P.

116 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 19.indd 116 08.10.09 16:13:31


Diferença de potencial (ddp) Poder das pontas
Pela expressão anterior, vemos que o trabalho é dire- Se o condutor não é esférico, as cargas tendem a se con-
tamente proporcional à diferença de potencial VA 2 VB. A centrar próximo às regiões mais pontiagudas. Esse efeito
partir de agora, isso torna a diferença de potencial (ddp), é chamado de poder das pontas e explica o formato dos
também conhecida como tensão elétrica, uma grandeza para-raios e a recomendação de não se abrigar sob árvores
fundamental para a análise do movimento das cargas num em caso de tempestades elétricas.
campo elétrico.

+
+

+
+
UAB 5 VA 2 VB

+
+
+

+
+ +
+ +
++
++
++
++
++
++
++
++
+
+
+

+
+
A expressão do trabalho passa a

+
DAB 5 q 3 UAB

+
ser escrita resumidamente como:

+
+
+
Figura 7
ddp em campo elétrico uniforme As cargas se concentram na ponta do condutor. Eventualmente, pode
até ocorrer uma liberação do excesso de cargas através da ponta. A
Num campo uniforme, produzido na região entre duas aplicação prática é o para-raios.
placas condutoras paralelas de cargas opostas, a ddp entre
dois pontos é proporcional à distância entre as superfícies
equipotenciais que passam por esses pontos.
Capacidade elétrica
(ou capacitância)
UAB
+ – Pode-se verificar experimentalmente que a
+ – carga de um condutor Q e seu potencial V são
+ Q
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


+ – proporcionais. A constante de proporcionalida- C 5 __
​   ​ 
V
+ – de se chama capacidade elétrica C do condu-
+ A B – tor, e seu cálculo aparece na fórmula ao lado.
+ –
+ E – A capacitância mede a capacidade que um capacitor tem
+ –
Figura 5
Campo elétrico uniforme. As linhas de armazenar cargas elétricas.
pontilhadas representam superfícies
dAB equipotenciais. R
C 5 ___
​    ​  , em que R é o raio da esfera, e k0, a constante
k0
UAB 5 E 3 dAB
eletrostática do meio.
Observe que a força elétrica é conservativa, isto é, o tra-
balho entre dois pontos independe da trajetória usada para Equilíbrio elétrico de condutores
realizar o deslocamento.
Imagine três condutores, cada qual com um valor de capa-
cidade elétrica, C1, C2 e C3, dotados de cargas respectivamente
Condutores em iguais a Q1, Q2 e Q3 e sujeitos aos potenciais V1, V2 e V3.

equilíbrio eletrostático Q2 Q3
A Q1 C2 C3
Se o condutor está em equilíbrio eletrostático, não há C1 V2
Figura 8
V3 [A] Condutores na situação
dentro dele movimento organizado de cargas. As cargas ex- V1
inicial, separados e com
cedentes se concentram na superfície do condutor.
Q’2 distintos valores de
+ C2 potencial. [B] Após o contato,
A B + B
+ R + + R + Q’1 V Q’3 configuração de equilíbrio, com
+Q X +Q X novos valores de carga em cada
+
A + E A + V C1 C3
+ condutor, mas com valores de
E=0 B V = const B V V
+ + + + potencial iguais.
Q + E +
V
K
1 Q
K R2 V=K Q Podemos calcular o novo potencial de equilíbrio e as cargas
2 R2 R
Q
K 2 V=K Q finais por meio das relações:
X d X d
R X R X
Figura 6 Qei 5 Ci 3 V , em que i 5 1, 2, 3
Representação gráfica [A] do campo elétrico (vermelho) e [B] do
potencial elétrico (azul) de um condutor esférico em equilíbrio, em
função da distância ao centro da esfera.
Q1 1 Q2 1 Q3
Observe que o equilíbrio eletrostático implica um campo V 5 _____________
​     ​
C1 1 C2 1 C3
elétrico nulo e um potencial constante em todos os pontos do
interior do condutor; para os pontos externos, tudo funciona
como se a carga fosse puntiforme e estivesse localizada no Esse raciocínio vale para qualquer número de condutores
centro do condutor esférico. em equilíbrio.

potencial elÉtrico 117

FIS_PLUS_TOP 19.indd 117 08.10.09 16:13:32


Potencial elétrico

No Vestibular

1. (Ufac) Num determinado ponto P do campo elétrico cria-


do por uma carga pontual, o potencial é VP 5 1.200 V e a A energia potencial elétrica corresponde a quatro

intensidade do vetor campo elétrico é EP 5 800 V/m. Qual
o valor da carga Q? interações entre os vértices consecutivos, e duas entre os

9 2 2
(Dado: k 5 9,0 3 10 N 3 m /C ) vértices opostos pelas diagonais do quadrado:
a) 2,0 3 1026 C c) 1,5 3 1026 C e) 1,6 3 1027 C
k0 3 Q2 k0 3 Q2
b) 2,4 3 1025 C d) 2,0 3 1027 C Epot. 5 4 3 ______
​   ​   1 2 3 ______
​   ​ 
 ]
L
@ 
d 2 ​ 3 L
​ ll

Usando a expressão do potencial:
k0 3 Q 9 3 10 3 Q 4
9
4 1 d​ ll
]  Epot. 5 9 3 109 3 10212 3 ​ _______
​ 
​ ll
d 2 ​  #
2 ​ 
 ​   ​  ]

VP 5 1.200 5 _____
​   ​   ]  1.200 5 _________
​   ​    ]  Q 5 ​ __  ​3 1027 3 d
d d 3 ]  Epot. 5 9 3 1023 3 @​  2​dll2 ​ 1 1 #​J

A partir da expressão do campo elétrico:

k0 3 OQO 9 3 10  3 OQO 9
8 3. (Uece) N prótons, cada um de carga q, foram distribuídos
EP 5 800 5 _______
​  2 ​    ]  800 5 ​ __________
 ​    ]  Q 5 ​ __  ​3 1027 3 d 2 aleatoriamente ao longo de um arco de círculo de 60w e
d d2 9
raio r, conforme ilustra a figura.
Igualando as expressões de Q, temos:

4
__ 8 r
​   ​  3 1027 3 d 5 ​ __  ​3 1027 3 d2  ]  d 5 1,5 m
3 9

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Finalmente, substituindo no primeiro resultado a distância 60o O

obtida, tem-se: r

4
Q 5 ​ __ ​  3 1027 3 1,5  ]  Q 5 2 3 1027C
3 1
Considerando k 5 ​ _____    ​ e o potencial de referência no
4sε0
2. (Ufal) Em cada vértice de um quadrado de lado L 5 d​ ll
2 ​ m, no
infinito igual a zero, assinale a alternativa que contém
vácuo, está fixa uma carga puntiforme positiva, Q 5 1026 C
o valor do potencial elétrico no ponto O devido a esses
(ver figura). Considerando-se que o potencial eletrostático
prótons.
no infinito é nulo, e dado que o valor da constante eletros-
tática no vácuo é 9 3 109 Nm2/C2, assinale a alternativa com kqN kqN
os valores do potencial eletrostático no centro do quadrado a) ​ ____  
 ​  c) ____
​   ​ 

r r
e da energia potencial eletrostática do sistema. kqN 2kqN
b) ​ ____  3 cos 60w
 ​  d) ______
​   ​  3 cos 30w
r r
L
Q Q
Todos os prótons distam r do ponto O. Como as cargas são

iguais, e a distância também, cada um deles contribui com

L L k0q
o mesmo potencial V 5 ___
​   ​.  Portanto, N prótons geram
r
k0q
um potencial total de V 5 ___​   ​ 3 N.
r
Q Q
L
4. (Uece) Um agente externo está movendo uma carga negati-
a) zero e 9 3 1023 3 ​@ 1 2 2​dll
2 ​  #​J va q, a uma velocidade pequena e constante, distanciando
essa carga de uma esfera condutora carregada com uma
b) 104 V e 9 3 1023 3 ​@ 1 2 2​dll
2 ​  #​J
carga negativa Q, muito maior do que q. O campo elétrico
c) 3,6 3 104 V e 9 3 1023 3 @​ 1 2 2​dll 2 ​  #​J
da esfera condutora é E. Se U é a energia total da carga
d) 3,6 3 104 V e 9 3 1023 3 @​ 1 1 2​dll 2 ​  #​J q, Ta é o trabalho realizado pela força eletrostática Fe na
e) zero e 9 3 1023 3 @​ 1 1 2​dll
2 ​  #​J carga q, devido à presença da esfera condutora, então, à
O potencial no centro do quadrado é a soma dos potenciais medida que a carga q se move:

a) Ta 5 2TE, portanto U permanece constante.
de cada carga. Como as cargas têm mesmo valor, e a b) Fa 5 2FE, portanto U permanece constante.

c) Ta é negativo, portanto U diminui.
distância ao centro também é a mesma, o potencial
d) TE é positivo, portanto U aumenta.
resultante será o quádruplo do potencial de uma das cargas: Se a velocidade é constante, a resultante das forças na

k0Q 4 3 9 3 109    3 10 26
V 5 4 3 ____
​    ​ 5 ​ ______________  
4
​  ]  V 5 3,6 3 10  V
  carga é nula. Logo, os trabalhos Ta e TE são opostos, e U
​ ll
d
___2 ​  2  ​3 ​dll
​dll
_______ 2  ​
L​   ​  ​      ​

2 2 permanece constante.

118 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 19.indd 118 08.10.09 16:13:32


5. (UFJF-MG) A figura representa uma superfície esférica
condutora, carregada positivamente, e dois pontos, A e B, quadrado. Isso descarta a alternativa c. De fato, o potencial

ambos no plano da página.
elétrico é uma grandeza escalar, e seu sinal depende

exclusivamente da carga fonte Q.

A B
7. (Unimontes-MG) Considere as seguintes afirmações:
I. O campo elétrico resultante no interior de um condu-
tor em equilíbrio eletrostático é nulo.
Nessa condição, pode-se afirmar que: II. O potencial elétrico em todos os pontos de um con-
dutor em equilíbrio eletrostático é constante.
a) o potencial em B é maior que em A.
III. Nos pontos da superfície de um condutor isolado, ele-
b) um elétron em B tem maior energia potencial do que trizado e em equilíbrio eletrostático, o campo elétrico
em A. tem direção paralela à superfície.
c) o campo elétrico em B é mais intenso do que em A.
As afirmações corretas são:
d) o potencial em A é igual ao potencial em B.
a) I e II, apenas. c) II e III, apenas.
e) o trabalho realizado pela força elétrica para deslocar
um elétron de B para A é nulo. b) I e III, apenas. d) I, II e III.

Como o potencial é inversamente proporcional à distância Três propriedades bem conhecidas dos condutores em

até a carga fonte, VB , VA. Uma conclusão similar pode equilíbrio eletrostático são: 1) no interior do condutor, o

ser afirmada em relação ao módulo do campo elétrico. campo elétrico é nulo em qualquer ponto; 2) no interior
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Logo, as alternativas a, c e d são incorretas. O trabalho do condutor, o potencial elétrico é constante e igual ao

realizado no deslocamento de um elétron de A para B é potencial da superfície do condutor em qualquer ponto;


proporcional à ddp entre esses pontos. Como dB . dA, essa 3) nos pontos da superfície do condutor, o vetor campo

ddp é certamente não nula, e a alternativa e também está elétrico tem direção normal à superfície. Portanto, a única

incorreta. O módulo da energia potencial é inversamente afirmação incorreta é a III.


proporcional à distância, mas, como a energia potencial do 8. (Ufop-MG) Nas figuras, são mostrados quatro arranjos de

cargas puntiformes, I, II, III e IV. Todas as cargas possuem
elétron é negativa, quanto mais distante da esfera, menos módulo Q 5 1026 C, estão no vácuo, k 5 9 3 109 Nm2/C2 e

são mantidas separadas por distâncias fixas d 5 0,01 m
negativo (e, portanto, maior) será seu valor. e a 5 0,003 m, como mostrado.

(II) +Q
6. (Ufla-MG) Considere um corpo eletrizado com carga Q no (III)
(I)
vácuo e um ponto P distante de d nas proximidades de Q. m d d
Das afirmações abaixo, a correta é: +Q
a C
a) no ponto P, o campo elétrico gerado por Q pode ser +Q –Q d
positivo ou negativo, dependendo da sua carga. +Q +Q
d A d B
b) colocando-se em P uma carga de prova pontual q, a
força elétrica que atua sobre ela pode ser positiva ou –Q +Q (IV) +Q
–Q
negativa, dependendo dos sinais de Q e q. a d
n +Q
c) o potencial elétrico gerado por Q em P é inversamente D
proporcional ao quadrado da distância d. d d
d) no ponto P, o potencial elétrico gerado por Q pode ser
positivo ou negativo, dependendo de sua carga. d

Descartamos as alternativas a e b, pois o campo elétrico –Q –Q



a) Mostre, na figura, o vetor campo elétrico resultante nos
é uma grandeza vetorial. Logo, o conceito de positivo
pontos centrais, A, B, C e D, de cada arranjo de cargas.
ou negativo não se aplica à sua intensidade (dada pelo As resultantes dos campos elétricos nos pontos B e C

módulo do vetor). A mesma inconsistência aparece com são nulas. (I) (IV) A

A
relação ao vetor força elétrica. O potencial elétrico é

inversamente proporcional à distância d, e não ao seu

Potencial elétrico NO VESTIBULAR 119

FIS_PLUS_TOP 19.indd 119 08.10.09 16:13:33


b) Em qual(is) arranjo(s) de cargas o potencial elétrico se 10. (Unimontes-MG) Quatro cargas puntiformes estão posi-
anula nos pontos centrais, isto é, A, B, C e D? Justifique cionadas nos vértices de um quadrado de lado 0,2 m (veja
sua resposta. a figura abaixo).
Calculemos os valores totais de potencial para cada arranjo: Q1 Q2

Arranjo I:

k0Q k0(2Q)
V 5 ____
​   ​ 1 ​ ______
 ​   5 0
d
__ d
__
​   ​  ​   ​ 
2 2

Arranjo II:
Q3 Q4
2k0Q 2k0(2Q) P
V 5 _____
​    ​ 1 _______
​   ​  ]

d d
a 1 __
​   ​  __
​   ​  O valor do potencial elétrico em P, ponto médio entre as
2 2
cargas Q3 e Q4, é igual a:
2 3 9 3 109 3 1026 ______________
2 3 9 3 109 3 1026 a) 36 3 104 V c) 18 3 104 V
]  V 5 ______________
​    
 ​  2 ​    
 ​   ]
0,008 0,005 4
b) 24 3 10 V d) 12 3 104 V

@ 
1 1
]  V 5 18 3 106 ​ __
​   ​  2 __
8 5 #
​   ​   ​  ]  V 5 21,35 . 106 V Dados: Q1 5 2Q 2 5 4 jC; Q 3 5 Q4 5 2 jC; K 5 9 3 109 Nm2/C2
Temos, d1 5 d2 5 d e esse valor
Arranjo III: Q1

k0Q 9
3 ​ 3 9 3 10 3 10
3​dll 26
pode ser determinado com o
V 5 3 ____
​    ​   ]  V 5 ________________
​    
 ​   ]
​____
d 3d ​ 
lll 1 3 1022
​   ​  auxílio do esquema ao lado:

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


3

d 21 5 (0,2)2 1 (0,1)2 5 0,05  ] d1
3 ​ 3 105 V
]  V 5 27​dll 0,2 m


5 ​ 3 1021 m
]  d1 5 d​ ll
Arranjo IV:

2k0Q 2k0(2Q) Determinação do potencial
V 5 ​ _____ ​  1 _______
​   ​ 
50

d​dll
2 ​  d​dll
2 ​  Q3 P
____ ____ 0,1 m
​   ​   ​   ​   total em P:
2 2

VP 5 V1 1 V2 1 V3 1 V4  ]

@  #
c) Calcule o trabalho que é necessário realizar para trazer uma 9 3 109 3 1026 ___4 4 2 2
carga de prova positiva q 5 1028 C do infinito até o ponto ]  VP 5 ___________
​   ​  ​ ​     ​ 2 ___
  ​     ​ 1 __
​   ​  1 __
​   ​   ​  ]
1021

d 5 ​
ll   ​
d 5 ​
ll   1 1
A, através de uma trajetória perpendicular à reta mn . 4
]  VP 5 36 3 10 V
Esse trabalho é a própria energia potencial elétrica do

ponto A, com sinal oposto, e vale: 11. (Uniube-MG) Uma esfera metálica tem raio de 40 cm e se

encontra imersa no ar, que pode ser considerado como o
2q 3 VA 5 2 1028 3 0 5 0 vácuo, pendurada ao teto através de um fio isolante. Essa

esfera está carregada com carga de sinal positivo e em
equilíbrio eletrostático. Sabe-se que o potencial elétrico

em um ponto de superfície da esfera é 50 V. Dentre as
alternativas abaixo, aquela que expressa possíveis valores
9. (Unimontes-MG) Um campo elétrico uniforme, de inten- para o potencial em um ponto A, interno à esfera, e outro
sidade 2,0 3 104 N/C, criado por um certo arranjo de cargas em um ponto B, externo à ela, é:
elétricas, desloca uma carga de 2,5 C por um percurso de a) VA 5 70 V e VB 5 45 V d) VA 5 50 V e VB 5 32 V
25 cm. Nesse deslocamento, a carga sofre uma variação b) VA 5 60 V e VB 5 30 V e) VA 5 60 V e VB 5 50 V
de energia potencial elétrica igual a:
c) VA 5 40 V e VB 5 17 V
a) 1,25 3 104 J c) 3,15 3 104 J
O potencial num ponto interno à esfera equivale
b) 2,25 3 104 J d) 5,15 3 104 J
A variação de energia potencial elétrica corresponde, em ao potencial na superfície do condutor. Apenas

módulo, ao trabalho realizado no deslocamento da carga a alternativa d apresenta VA 5 50 V. Por outro lado, para

entre esses dois pontos. um ponto B externo à esfera, o valor do potencial tem

SEpot. 5 q 3 E 3 d  ]  SEpot. 5 2,5 3 2 3 104 3 2,5 3 1021  ] de ser necessariamente menor que 50 V, pois o potencial

]  SEpot. 5 1,25 3 104 J elétrico é inversamente proporcional à distância até

a esfera. Portanto, VB 5 32 V é possível.

120 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 19.indd 120 08.10.09 16:13:33


12. (UFPB) O potencial eletrostático V, em certa região do V. A energia potencial elétrica, associada a uma carga
espaço, depende apenas da coordenada x, conforme re- teste, q0, positiva, aumenta quando esta se move no
presentação na figura. mesmo sentido do campo elétrico.
I. Correta, pois o potencial elétrico só depende da carga

V
fonte que o produziu e da distância entre a carga fonte

0 e o ponto do espaço onde desejamos conhecer seu



A B C D E x
valor.

II. Correta, pois a força elétrica é conservativa, o que

Nesse contexto, considere que uma partícula de carga significa que só importam para o cálculo da variação da

positiva é colocada em repouso no ponto B. Com relação
ao movimento subsequente dessa partícula, identifique energia potencial os pontos inicial e final da trajetória.

as proposições verdadeiras:
III. Incorreta, pois a unidade de medida de energia
01. A partícula fica parada em B, em equilíbrio instável.
02. A velocidade da partícula em B e em D é a mesma. potencial elétrica é o joule (J).

04. A partícula oscilará em torno de C.
08. A partícula oscilará em torno de A. IV. Correta, e constitui a própria definição de elétron-volt.

16. A partícula nunca alcançará o ponto E.
V. Incorreta. A energia potencial equivale ao produto da
A soma dos valores atribuídos às proposições verdadeiras
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

é igual a:
carga de prova pelo potencial elétrico naquele ponto.

Como o potencial em B é nulo, não haverá trabalho sobre

Como o potencial diminui ao longo de uma linha de

a carga positiva quando ela é abandonada naquele ponto.

campo, a energia potencial também diminui.

Assim, ela permanece parada em B. Porém, como se trata

de um equilíbrio instável, a mínima alteração na posição 14. (Univasf-PE) Um tetraedro regular no vácuo possui quatro
faces na forma de triângulo equilátero de lado L. Em cada
da carga a fará adquirir movimento, o que resultará em um dos quatro vértices existe uma carga puntiforme Q
(ver figura).
oscilação em torno do ponto C.

Soma: 01 1 02 1 16 5 19

13. (UFPB) Sobre energia potencial elétrica e potencial elétrico,


identifique as afirmativas corretas:
Denotando por k a constante elétrica no vácuo e conside-
I. Ao se deslocar um objeto carregado entre dois pon- rando o referencial de energia nula no infinito, a energia
tos, em uma região do espaço onde existe um campo potencial eletrostática do sistema é dada por:
elétrico, a diferença de potencial medida entre esses
kQ2 4kQ2 8kQ2
dois pontos independe da carga do objeto. a) ​ ____
 ​ 
  c) ​ _____
 ​ 
  e) ​ _____
 ​ 

L L L
II. A variação da energia potencial elétrica associada a
um objeto carregado, quando ele é deslocado de um 2kQ2 6kQ2
b) ​ _____
 ​ 

  d) ​ _____
 ​ 

ponto a outro em uma região onde existe um campo L L
elétrico, independe da trajetória seguida entre esses Cada carga interage com as outras três. Excluindo-se as

dois pontos.
III. A energia potencial elétrica é uma grandeza associada repetições, restam seis interações distintas. Todas têm

a sistema constituído de objetos carregados e é medi-
da em volt (V). o mesmo valor, pois todas as cargas são iguais a Q, e a

IV. Um elétron-volt, 1 eV, é a energia igual ao trabalho ne-
distância entre as cargas é sempre L. Assim, a energia
cessário para se deslocar uma única carga elementar,
tal como elétron ou próton, através de uma diferença k0Q2
potencial do sistema vale: EP 5 6 3 ____
​   ​.  
de potencial exatamente igual a 1 (um) volt. E a rela- L
ção dessa unidade com o joule (J) é, aproximadamente,
1 eV 5 1,6 # 10219 J.

Potencial elétrico NO VESTIBULAR 121

FIS_PLUS_TOP 19.indd 121 08.10.09 16:13:33


Corrente e resistência elétrica
Apesar de alguns fenômenos elétricos serem conhecidos desde a Antiguidade, o tema só começou
a ser pesquisado sistematicamente nos últimos 200 anos. O estudo da eletricidade animal feita
por Luigi Galvani também atraiu a atenção dos leigos e inspirou a obra literária Frankenstein.
Nesta parte, tem início a revisão de Eletrodinâmica – parte da Física que se ocupa do movimento
organizado de elétrons em condutores, nos chamados circuitos elétricos.

Corrente elétrica Lei de Ohm


Num condutor metálico, existe grande quantidade de Experimentalmente, podemos verificar que a ddp U aplicada
elétrons que estão fracamente ligados a seus átomos de aos terminais do resistor é diretamente proporcional à
origem. Muitos deles se libertam desses átomos e se mo-
vem aleatoriamente pelo material, sendo conhecidos como intensidade da corrente i que o atravessa: U5R3i
elétrons livres. Mediante a aplicação de uma ddp entre dois
pontos do condutor, é possível forçar grande parte desses A constante de proporcionalidade R é a resistência elétrica
elétrons livres a se movimentar numa direção específica. desse resistor.
Esse movimento organizado de cargas elétricas num con-

THOMAS PETERSON/
ALAMY/OTHER IMAGES
dutor recebe o nome de corrente elétrica. A B

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


i R

U
Figura 1
A intensidade da Figura 3
corrente depende da [A] O resistor com núcleo de carbono possui uma cápsula de cerâmica
rapidez com que as para proteger o material resistivo. Note as faixas coloridas pintadas
cargas atravessam sobre a capa de cerâmica. Se aplicarmos o código de cores, poderemos
a secção destacada determinar a resistência elétrica do dispositivo. [B] Representação
na figura. gráfica de resistor no circuito.

Intensidade da corrente
A curva característica de um resistor
Sq 5 quantidade de cargas Sq O gráfico da tensão em função da corrente, para qualquer
im 5 ___ elemento de um circuito elétrico, é conhecido como curva
St 5 intervalo de tempo St
característica. Para um resistor que obedece à lei de Ohm,
trata-se de uma reta que passa pela origem.

Gráfico i # t U R = cte
U4
i
U3
Figura 2
A quantidade de carga que atravessa U2
o condutor entre os instantes t1
U1 Figura 4
e t2 é numericamente igual à área
Curva característica de um resistor
destacada no gráfico.
0 i1 i2 i3 i4 i que obedece à lei de Ohm.
Sq
t A maior parte dos resistores possui uma faixa convenien-
N
Sq 5 Área te de correntes e tensões na qual se comportam como um
0 t1 t2 t
resistor ôhmico.

Resistência elétrica Resistividade


Enquanto se movimentam, os elétrons livres eventualmente Num fio cilíndrico, mantido em temperatura constante, a
colidem com os átomos da rede cristalina que constitui o resistência elétrica depende apenas de três fatores: do
condutor. Essas colisões transformam parte da energia comprimento L do fio, da área de secção transversal A e
cinética dos elétrons em energia térmica, aquecendo o do material de que o fio é feito.
material. A propriedade física do condutor relacionada à
transformação é chamada resistência elétrica. Os dispo- L
sitivos cuja função principal é converter energia elétrica R 5 G 3 __
A
em energia térmica são chamados resistores.

122 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 20.indd 122 08.10.09 16:18:52


A constante de proporcionalidade G é conhecida como
resistividade do material. A ordem de grandeza da resisti-
Medidores elétricos
vidade define um material como condutor ou como isolante Galvanômetro
elétrico.
O galvanômetro, representado pelo símbolo G , é o aparelho
básico para medidas em circuitos elétricos.
A

Amperímetro
L UA
Figura 5
Quanto maior o comprimento do fio L, maior a resistência elétrica do G
IA IA
fio; quanto maior a área A de secção, menor a resistência. Materiais
com G entre 1028 e 1026 C m são considerados condutores; materiais IG
com G entre 1010 e 1016 C m são considerados isolantes.

IS
Potência dissipada Figura 8
A potência elétrica de qualquer dispositivo do circuito pelo Esquema do amperímetro, evidenciando a ligação em paralelo do
galvanômetro com o shunt e a divisão da corrente elétrica no interior
qual passa uma corrente i e cuja ddp entre os terminais é U
do dispositivo.
pode ser calculada por meio da expressão:

Pot 5 U 3 i
​ 
RG 3 RS
RA 5 ________
RG 1 RS
  ​   e  @  RG
IA 5 IG 3 ​ 1 1 ___ #
​   ​   ​
RS
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

No caso de um resistor, essa expressão, combinada com a Amperímetro ideal é aquele cuja resistência elétrica é nula.
lei de Ohm, resulta em duas outras expressões equivalentes:
Voltímetro
2
U UV
Pot 5 ___
​   ​    e  Pot 5 R 3 i2
R
G
IV IV
Esses resultados permitem determinar a potência elétrica
UR UG
dissipada no resistor — o chamado efeito Joule.
Figura 9
Esquema do interior de um voltímetro. A alta resistência do multiplicador
Associação de resistores impede que correntes muito elevadas percorram o galvanômetro.

Em série: a corrente que percorre todos os resistores da


associação é a mesma.
i i
@ RM
UV 5 UG 3 ​ 1 1 ​ ___ ​   ​
RG #
A B
Voltímetro ideal é aquele cuja resistência elétrica é in-
R1 R2 R3 finita.
Figura 6
Numa associação em série, as ddps se somam (UAB 5 U1 1 U2 1 U3), e a
corrente é a mesma em todos os resistores. Ponte de Wheatstone
i
Rs 5 R1 1 R2 1 R3
I3
I1
Em paralelo: a ddp é a mesma em todos os resistores.
R1 R3
i1
Figura 10
R1 G
A ponte é constituída de quatro
resistores e um galvanômetro.
R2 Rx
i2 R3 é um reostato, e sua
i i Figura 7
A R2 B I2 Ix
resistência pode ser ajustada até
Numa associação que a ponte se equilibre; nesse
em paralelo, as caso, o galvanômetro não acusa
correntes se somam i passagem de corrente.
i3 (i 5 i1 1 i2 1 i3), e a
R3
ddp é a mesma em
todos os resistores. Se a ponte está equilibrada (corrente nula no galvanômetro),
é possível calcular o valor de Rx, por meio da expressão:
1
___ 1 1 1
​    ​ 5 ​ ___  ​ 1 ___
​    ​ 1 ​ ___  ​ 
Rp R1 R2 R3 R1 3 Rx 5 R2 3 R3

CORRENTE E RESISTÊNCIA ELÉTRICA 123

FIS_PLUS_TOP 20.indd 123 08.10.09 16:18:52


Corrente e resistência elétrica

No Vestibular

1. (Ufac) Dois resistores R1 5 R2 5 600 C, estão associados 3. (UEA-AM) A figura mostra um circuito simples, formado
conforme a figura: por quatro resistores idênticos, um amperímetro e um
voltímetro ideais, todos ligados entre dois pontos, X
e Z, e submetidos a uma diferença de potencial entre os
R1 extremos da associação.

A B R
A
X R R Z
R2

A resistência equivalente entre os pontos A e B, em ohms, V


é igual a: R

a) 600 C c) zero e) 400 C Sabendo-se que o amperímetro indica 1,0 A e o voltímetro


b) 1.200 C d) 300 C 12 V, o valor da resistência equivalente entre os extremos
X e Z é de:
Em ambos os resistores, segue em paralelo um fio
a) 12 C c) 10 C e) 15 C
condutor sem nenhum dispositivo a ele conectado. b) 8,0 C d) 6,0 C

O amperímetro indica 1,0 A num dos ramos da associação
Como as resistências através dos fios são desprezíveis em

em paralelo entre dois resistores iguais. Logo, o outro

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


comparação com as dos resistores, estes entram em curto-

ramo também é percorrido por corrente de 1,0 A, e a
-circuito. Os pontos A e B possuem o mesmo potencial

corrente total nesse trecho de circuito é de 2,0 A.
elétrico, e a resistência equivalente entre eles é zero.

O voltímetro registra 12 V num trecho de circuito percorrido por

2. (UFPE) Considere o circuito abaixo, alimentado por uma ba-
corrente de 2,0 A. Com base na lei de Ohm, obtemos R 5 6 C.
teria de 1,2 volts. Quando a chave C está aberta, a corrente
no amperímetro A vale 30 mA. O valor do resistor X não
Finalmente, a resistência equivalente entre os pontos X e
é conhecido. Determine o valor da corrente, em mA, que
atravessa o amperímetro quando a chave está fechada.
Z vale:

C R 5R 5 3 6
20 C Req 5 R 1 __
​   ​  1 R 5 ___
​   ​  5 ____
​   ​    ]  Req 5 15 C
2 2 2

1,2 V 20 C 4. (UFMA) No circuito abaixo, os valores de R2 e i2 são, res-


X 20 C
pectivamente:
i1 = 10 A 40 C
A

i = 30 A
Chave C aberta: Req 5 20 1 X . A corrente no amperímetro

corresponde à corrente total:

U 1,2
i 5 ___
​     ​   ]  30 3 1023 5 ______
​     ​  ]  20 1 X 5 40  ]
Req 20 1 X
i2 = ? R2 = ?
]  X 5 20 C

a) 20 C; 20 A c) 10 C; 20 A e) 30 C; 20 A
Chave C fechada:
b) 20 C; 10 A d) 10 C; 10 A
1 20 60 1 20
Req 5 20 1 ____________
​      ​5 20 1 ___​   ​ 5 _______
​   ​  
 ] Como a corrente de saída da associação é 30 A,
___1 1
___ 1
___ 3 3
​     ​ 1 ​     ​ 1 ​     ​ 
20 20 20 necessariamente i2 5 20 A. A ddp no resistor de cima vale:

80
]  Req 5 ___
​   ​ C U 5 10 3 40 5 400 V. A associação dos resistores é em
3
Pela lei de Ohm: paralelo; assim, a ddp no resistor R2 também vale 400 V.

U 1,2 3
i 5 ___
​     ​ 5​ ___ ​ 5 1,2 3 ___
​     ​   ]  i 5 0,045 A 5 45 mA Substituindo-se na lei de Ohm, vem:
Req ___ 80 80
​   ​ 
3 400 5 R2 3 20  ]  R2 5 20 C

124 Suplemento de revisão FÍSICA

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5. (UFRR) Na descarga de um relâmpago típico, uma corrente 8. (Uece) Assinale a alternativa B
de 2,5 3 104 ampères flui durante 2,0 3 1025 segundos. Que correspondente à resistência C
quantidade de carga é transferida pelo relâmpago? equivalente entre os terminais R

a) 0,50 C c) 0,25 C e) 1,00 A OB do circuito da figura ao lado. R


R
A
R R
b) Zero d) 0,50 A a) ​ __ ​   c) ​ __ ​ 1 R O
Sq Sq 5 4 R
i 5 ___
​   ​   ]  2,5 3 104 5 _______
​    ]  Sq 5 5 3 1021 C
 25 ​  D
R
St 2 3 10 R
b) R d) ​ __ ​ 2 R
5 E

Os pontos A, B, C, D e E apresentam o mesmo potencial.

6. (UFT-TO) Um eletricista instala um chuveiro (puramente Assim, trata-se de uma associação em paralelo de
resistivo) de 8 kW de potência, projetado para operar
em 220 volts, em uma residência onde a tensão é de 110 5 resistores iguais a R. A resistência equivalente vale:
volts. Qual a potência máxima de aquecimento que este
1
___ 1 1 __ 1 1 __ 1 5
chuveiro fornecerá a esta residência? ​     ​ 5 __
​    ​ 1 __​    ​ 1 ​    ​ 1 __
​    ​ 1 ​    ​ 5 __
​    ​  ]
Req R R R R R R
a) 2 kW
R
b) 4 kW ]  Req 5 __ ​   ​ 
5
c) 6 kW
d) 0 kW. A resistência do chuveiro irá queimar, pois o 9. (Unir-RO) Voltímetros e amperímetros são instrumentos
chuveiro consumirá mais energia. de medida de diferença de potencial e intensidade de
Determinando a resistência interna do chuveiro: corrente elétrica em circuitos elétricos, respectivamente.
Assinale a alternativa em que a ligação ao circuito e a
U2 2202
Pot 5 ___
​   ​   ]  8.000 5 ____
​   ​    ]  R 5 6,05 C resistência interna do instrumento produzem medidas
R R
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

adequadas.
Agora, conservando a resistência, calculamos a nova a) Amperímetro: ligado em paralelo, resistência interna

alta.
potência para uma tensão de 110 V: b) Voltímetro: ligado em série, resistência interna baixa.

1102 c) Voltímetro: ligado em paralelo, resistência interna alta.
Pot 5 ​ ____ ​   ]  P 5 2.000 W 5 2 kW
6,05 d) Amperímetro: ligado em série, resistência interna alta.
e) Amperímetro: ligado em paralelo, resistência interna
baixa.

7. (Cefet-CE) No esquema ao lado, R


O amperímetro consiste num galvanômetro de baixa
R
a lâmpada L possui resistência
interna r e características (0,9 W 3 4
resistência, ligado em paralelo a uma resistência shunt. A
R
R
e 3 V). Cada resistor R possui re- 2
S 5
sistência de 15 C. Essa lâmpada
posição mais eficiente de conexão de um amperímetro no
1
brilhará plenamente quando a
r circuito é em série com o trecho que se deseja medir.
manivela (chave S) for ligada na
posição:
12 V
1 O voltímetro consiste num galvanômetro ligado em série
a) 1 d) 4
b) 2 e) 5 a uma alta resistência, chamada multiplicadora. A posição
L
c) 3
mais eficiente de conexão de um voltímetro no circuito é
Utilizando os valores

em paralelo com o trecho que se deseja medir.
especificados, conseguimos

obter a resistência interna da lâmpada 10. (PUC-RS) No esquema de circuito elétrico a seguir, RV re-

U 2
32 presenta a resistência de um reostato cujo valor é variável
r 5 ___
​    ​ 5 ​ ___  ​   ]  r 5 10 C desde zero até um valor máximo, dependendo da posição
Pot 0,9
do cursor C. Esse tipo de dispositivo é utilizado, por exem-
A partir da lei de Ohm, concluímos que a corrente plo, em interruptores conectados a uma lâmpada, para

permitir alterações no seu brilho. Os valores das resistên-
necessária para a lâmpada brilhar plenamente vale 0,3 A. cias R1 e R2 dos demais resistores são fixos. V é a tensão

fornecida ao circuito, cujo valor é mantido constante.
Portanto:

R2
12 5 (r 1 nR) 3 0,3  ]  12 5 (10 1 15n) 3 0,3  ]

]  n 5 2
V
Isso significa o uso de dois resistores de valor R em série, Rv R1

como indicado, com a chave na posição 3.

Corrente e resistência elétrica NO VESTIBULAR 125

FIS_PLUS_TOP 20.indd 125 08.10.09 16:18:53


Considerando as informações anteriores, é correto afir- 12. (UEG-GO) Considere um circuito formado por 100 (cem)
mar que: resistores ôhmicos associados em série e ligados a uma
a) a intensidade de corrente elétrica no circuito é máxima tensão U de 100 volts. Sabe-se que o valor da resistência
se o valor da resistência do reostato for máxima. de cada resistor, a partir do segundo, é igual à do anterior
b) a resistência equivalente do circuito é mínima se o adicionado a um número fixo.
valor da resistência do reostato for nulo.
100 Resistores
c) para qualquer valor da resistência do reostato, as in-
tensidades de corrente que passam por R1 e RV serão R 3R 5R
iguais.
d) se o valor de R2 é muito pequeno, a corrente que passa
por R1 e por RV pode tender a zero.
e) independentemente do valor de RV, a tensão sobre R2
se manterá constante. + –
As resistências RV e R1 estão em paralelo, o que implica que
U
a tensão nelas é sempre a mesma. Essa associação está
Se a resistência do primeiro resistor é R 5 10 mC, qual a
intensidade de corrente elétrica no circuito?
em série com o resistor R2. Vamos determinar a resistência
a) 0,10 A c) 10 A
equivalente e a corrente total no circuito. b) 1,0 A d) 100 A

R1 3 R V R1 3 R V Podemos escrever a associação em série anterior como:
Rparalelo 5 ​ _______  ​  ]  Req 5 R2 1 ​ _______  ​  ]
R1 1 RV R1 1 RV
Req 5 R 1 3R 1 5R 1 ... 1 199R  ]
R 3R 1R 3R 1R 3R

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


]  R 5 ​ ____________________
1 2 V 2
  
 ​
V
  
1
eq
RV 1 R1 ]  Req 5 R 3 (1 1 3 1 5 1 ... 1 199)

V V(R1 1 RV)
i 5 ___ ​       ​ 
​     ​   ]  i 5 ____________________ A quantidade entre parênteses equivale à soma de uma PA
Req RV 3 R1 1 RV 3 R2 1 R1 3 R2

de razão 2, com o 1o termo igual a 1 e o 100o termo igual
A partir das expressões anteriores, podemos concluir que:

a 199.
• Se o reostato tem resistência nula, Req é mínima e vale R2.
(a1 1 a100) 3 n _____________
(1 1 199) 3 100
S 5 ___________
​   ​  5 ​ 
      ]
 ​ 
• Quanto maior o valor de RV, maior o valor de Req e menor 2 2

]  S 5 10.000
a corrente no circuito. Logo, a é incorreta.

Logo, a resistência equivalente vale:
• As correntes que passam por R1 e RV são iguais apenas

Req 5 10 3 1023 3 104  ]  Req 5 100 C
quando R1 5 RV. Então, c é incorreta.

Finalmente, a partir da lei de Ohm:
• Modificando o valor de RV, também varia a corrente total

U 5 Req 3 i  ]  100 5 100 3 i  ]  i 5 1 A
no circuito e, por consequência, a tensão sobre R2. Assim,

e é falsa. 13. (Uece) Um chuveiro elétrico fornece 12 litros de água por

minuto, a uma temperatura de 40 wC. Supondo-se que a
• Se R2 é pequeno, a corrente total no circuito aumenta, e temperatura inicial da água seja 30 wC e que a corrente

elétrica que atravessa o resistor do chuveiro seja de 10 A,
então aumentam as correntes parciais que atravessam R1 o valor da resistência elétrica do chuveiro será de:

a) 84 C c) 11 C
e RV. Portanto, d é falsa.
b) 22 C d) 6 C
(Dados: densidade da água: 1 kg/L, calor específico da
11. (Ufac) Um aquecedor elétrico tem uma resistência elétrica água: 4,2 kJ/kg 3 ºC.)
de 60 C. Qual a quantidade aproximada de energia dissipa- A resistência elétrica do chuveiro dissipa energia para
da em forma de calor pela resistência quando percorrida
por uma corrente elétrica de 20,0 A, durante 20 minutos? aquecer a água.
Dado: 1 cal 7 4,2 J.

a) 4,05 3 105 cal d) 8,22 3 106 cal E 5 Pot 3 St 5 Q  ]



b) 5,02 3 105 cal e) 1,14 3 105 cal
]  Ri 2St 5 mcSJ  ]
c) 6,86 3 106 cal
60 3 202 3 20 3 60
E 5 Pot 3 St 5 R 3 i2 3 St 5 ______________
​      
 ​  ] ]  R 3 102 3 60 5 12 3 4,2 3 103 3 (40 2 30)  ]
4,2
]  E 7 6,86 3 106 cal ]  R 5 84 C

126 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 20.indd 126 08.10.09 16:18:54


14. (Uece) Uma corrente elétrica de 3,0 A percorre um fio de R1
(32) A relação ___
​   ​  entre as resistências elétricas de dois
cobre. Sabendo-se que a carga de um elétron é igual a R2
1,6 3 10219 C, o número de elétrons que atravessa, por mi- filamentos de tungstênio de mesmo comprimento e
nuto, a seção reta deste fio é, aproximadamente: com raio da secção transversal do primeiro filamento
a) 1,1 3 1021 c) 2,0 3 1010 1
igual ao triplo do raio do segundo é __
​   ​ .
b) 3,0 3 106 d) 1,8 3 1011 9
Num intervalo de tempo de 60 s, o número n de elétrons (01) Incorreta. O tungstênio possui um elevado ponto de

que atravessa o fio vale: fusão e por isso é usado no filamento.



Sq n 3 e n 3 1,6 3 10219 (02) Correta. A resistência da lâmpada com filamento
i 5 ___
​   ​ 5 ____
​   ​   ]  3 5 ​ ____________
 ​    ]

St St 60
]  n 7 1,1 3 1021 elétrons. mais espesso é menor que a de filamento mais

fino. Com isso, a potência, que é inversamente

proporcional à resistência, para uma tensão fixa,

será maior.
15. (UFBA) O aquecimento e a iluminação foram as primeiras
aplicações da eletricidade. A possibilidade de transformar (04) Correta. A cor da luz emitida pelas lâmpadas
o calor dissipado num fio muito fino em luz foi percebida
muito cedo, mas a sua realização prática demorou déca- depende apenas da temperatura atingida pelo
das. Durante mais de 30 anos, inúmeros pesquisadores
filamento.
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

e inventores buscaram um filamento capaz de brilhar



de forma intensa e duradoura. A foto a seguir mostra
uma das primeiras lâmpadas fabricadas pelo inventor e (08) Incorreta. Não há combustão no filamento, apenas

empresário norte-americano Thomas Alva Edison, que
conseguiu sucesso com um filamento de bambu previa- aquecimento até o ponto em que o filamento

mente carbonizado e protegido da oxidação num bulbo
de vidro a vácuo (GASPAR, 2000. p. 107). irradia luz na faixa do visível.

(16) Correta. Quando as lâmpadas são associadas em

série, a resistência total aumenta. Logo, para uma

tensão fixa, a corrente total no circuito é menor.
 
Assim, cada lâmpada brilhará menos do que se

estivesse sozinha no circuito.

(32) Correta.

G3L

Sobre o funcionamento e a utilização da lâmpada, é cor- R
__ 1 s 3 r22
A1 _______
reto afirmar: ​   ​  5 5 ​    ​  ]
R2 G 3 L s 3 (3r2)2
(01) O tungstênio é utilizado como filamento de lâmpadas A2
incandescentes, porque possui reduzida ductilidade
e ponto de fusão dos mais baixos entre os metais. R1 1
]  ​ __ ​  5 ​ __  ​
(02) As lâmpadas incandescentes de filamentos mais R2 9
espessos desenvolvem maior potência quando sub- Soma: 02 1 04 1 16 1 32 5 54.
metidas à mesma tensão do que aquelas de filamen-
tos mais finos e de mesmo comprimento, feitos do
mesmo material.
(04) A diferença de cor da luz emitida por lâmpadas de

mercúrio e por lâmpadas de sódio, utilizadas na ilu-
minação pública, independe da cor que esses metais

apresentam quando no estado sólido.
(08) O princípio da iluminação elétrica é o mesmo utili-
zado para a obtenção de luz a partir da combustão
de querosene em lamparinas.
(16) A lâmpada de valores nominais (40 W – 120 V)
apresenta menor brilho quando associada em série
a outra de valores nominais (60 W – 120 V), e essa
associação é submetida a uma ddp de 120 V.

Corrente e resistência elétrica NO VESTIBULAR 127

FIS_PLUS_TOP 20.indd 127 08.10.09 16:18:54


Capacitores, geradores e receptores
Além de resistores, os circuitos elétricos apresentam dispositivos que geram
energia elétrica (geradores), armazenam cargas, bloqueiam corrente contínua
(capacitores) e transformam a energia elétrica em trabalho útil (receptores). Vamos
revisar conceitos relativos a esses dispositivos, assim como os circuitos de várias
malhas, para os quais são necessárias as leis de Kirchhoff.

Capacitores U1
U
U2 U3
São pares de condutores, denominados armaduras e +Q –Q +Q –Q +Q –Q Figura 3
eletrizados por indução. Uma armadura tem a mesma C1 C2 C3 Na associação em série, as
quantidade de cargas da outra, mas de sinais opostos. Em ddps se somam, e a carga
armazenada em todos os
qualquer capacitor, há uma relação entre a capacitância C,
capacitores é a mesma.
a carga armazenada Q, e a ddp entre as armaduras U:
David J. Green -
electrical/Alamy/
Other Images

1
___ 1 1 1
U 5 U1 1 U2 1 U3 ​     ​ 5 ​ ___  ​ 1 ___
​    ​ 1 ​ ___  ​ 
Ceq C1 C2 C3
Q
C 5 __

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


​   ​ 
U
2. Em paralelo
A ddp em todos os capacitores é a mesma.
Figura 1
Capacitores eletrolíticos de alumínio. As armaduras são dois cilindros
de raios diferentes, mas de mesmo eixo. Entre os cilindros, há uma
camada de material dielétrico. +Q1 +Q2 +Q3
U C1 C2 C3
–Q1 –Q2 –Q3

Capacitor plano
Consiste em duas folhas metálicas de área A, paralelas, Figura 4
carregadas com cargas 1Q e 2Q, separadas por certa Na associação em paralelo, as cargas se somam, e a ddp é a mesma em
distância d. A capacitância C é dada por: todos os capacitores.

Q 5 Q1 1 Q2 1 Q3 Ceq 5 C1 1 C2 1 C3
A
C 5 ε0 3 __
​   ​ 
d
Energia potencial
A constante ε0 é chamada de permissividade absoluta do armazenada no capacitor
vácuo e vale 8,8 3 10212 F/m.
O gerador, ao carregar o capacitor, forneceu-lhe energia
–Q potencial elétrica. Há três expressões equivalentes para o
+Q cálculo da energia potencial, e a preferência por uma delas
– dependerá de quais grandezas do capacitor (Q, C ou U)
– – estejam disponíveis no enunciado do problema:
+
+ –
+ Q2 Q 3 U ______
+ – – W 5 ___
​    ​ 5 _____
C 3 U2
 5 ​   ​ 
​   ​   
+ – 2C 2 2
+ Figura 2
+ – O capacitor plano se torna
+ mais eficiente quando a

d
Área = A distância entre as placas é
bem pequena, e a área de cada
Geradores
armadura é grande. Gerador elétrico é o aparelho que realiza a transformação
de uma forma qualquer de energia em energia elétrica.
Associação de capacitores A potência elétrica total gerada (Potg) por um gerador é
proporcional à intensidade da corrente i que o atravessa:
1. Em série
A carga elétrica armazenada em todos os capacitores da Potg 5 E 3 i
associação é a mesma.

128 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 21.indd 128 08.10.09 16:23:34


A constante de proporcionalidade E é chamada força ele- Leis de Kirchhoff
tromotriz (fem) do gerador.
Uma parte da potência elétrica gerada é dissipada no São necessárias para a obtenção de correntes em circuitos
interior do gerador pela sua resistência interna r: com diversas malhas. Em essência, refletem a conservação
de energia e a conservação de cargas elétricas no interior
do circuito.
Potd 5 r 3 i2

A potência elétrica útil, isto é, a potência elétrica lançada Lei dos nós
no circuito externo é dada por: Um nó é um ponto do circuito no qual se cruzam pelo menos
em que U é a tensão entre três fios.
Potc 5 U 3 i A soma das intensidades de corrente elétrica que chegam
os terminais do gerador.
a um nó é igual à soma das intensidades de corrente que
De Potg 5 Potc 1 Potd, vem: Ei 5 Ui 1 ri2. Portanto, temos: dele saem.

U 5 E 2 ri , que é a equação do gerador.


Σientram 5 Σisaem
I1 I2
A razão entre a potência útil e a total nos dá o rendimento I5
do gerador: I3 Figura 5
I4
U3i U A soma das correntes que chegam
g 5 ​ ____ ​   ]  g 5 __
​   ​  a um nó (I1 e I2) deve ser igual
E3i E
à soma das correntes que dele
saem (I3, I4 e I5).
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Um gerador ideal teria resistência interna nula, U 5 E e


g 5 100%. No caso do trecho de circuito
destacado na figura acima, a lei I1 1 I2 5 I3 1 I4 1 I5
dos nós pode ser escrita como:
Associação de geradores
Para atingirmos valores de ddp e corrente elétrica diferen- Lei das malhas
tes dos nominais, precisamos associar os geradores. Isso
pode ser feito de dois modos: Malha é o nome dado a qualquer trecho fechado de um
circuito elétrico.
1. Em série Percorrendo uma malha num certo
sentido, até chegar ao mesmo ponto de ΣU 5 0
A corrente que percorre todos os geradores da associação é
partida, a soma das ddps deve ser nula.
a mesma, e a fem equivalente é a soma das fems individuais.

A ε1 ε2
Es 5 E1 1 E2 1 E3 1 E4 rs 5 r1 1 r2 1 r3 1 r4 B C

+ –
+ –

2. Em paralelo
Tal associação só é eficiente se todos os geradores R1 i1 R3 i3 R2 i2
forem idênticos. No caso de três geradores em paralelo, a
corrente total se dividirá em partes iguais, mantendo-se
a fem constante.

i r E
i1 5 i2 5 i3 5 __
​    ​  EP 5 E1 5 E2 5 E3 rP 5 __
​    ​  F D
3 3
Figura 6
Na lei das malhas, escolhemos arbitrariamente sentidos para as correntes
em cada ramo do circuito e sentidos de percurso em cada malha. Na figura
Equação do receptor acima, escolhemos o sentido anti-horário em ambas as malhas .

U 5 Ee 1 re 3 i No circuito de duas malhas esquematizado na figura ante-


rior, a lei das malhas resulta:

A razão entre a potência útil e a total nos dá Ee


g 5 ___
​   ​ 
o rendimento do receptor: U Malha afeba R1 3 i1 2 R3 3 i3 2 E1 5 0
Malha bedcb R3 3 i3 1 R2 3 i2 1 E2 5 0
Lei de Pouillet
Para um circuito simples gerador (E, r), A lei dos nós, no ponto B, é expressa por: i2 5 i1 1 i3.
resistor (R) e receptor (Ee, re), a in- E 2 Ee I sso configura um sistema de três equações e três incóg-
i 5 __________
​    ​ 
tensidade da corrente é dada pela R 1 r 1 re nitas. Esse sistema tem solução única, na qual todas as
lei de Pouillet: correntes são determinadas.

capacitores, geradores e receptores 129

FIS_PLUS_TOP 21.indd 129 08.10.09 16:23:34


Capacitores, geradores e receptores

No Vestibular

1. (Unifal-MG) Os circuitos a seguir são formados por capaci- 3. (Cefet-CE) Um capacitor de placas paralelas é carregado
tores idênticos, associados de diferentes formas, conforme com uma carga elétrica q. A área das placas e a distância
figura. Esses circuitos, designados por A, B e C, são todos entre elas valem, respectivamente, A e d. O meio entre as
submetidos à mesma diferença de potencial V. placas é o vácuo, cuja permissividade elétrica vale ε0.

A
+ + + + +

d
V V V
A B C

Considerando que UA, UB e UC são respectivamente as ener-


gias totais dos circuitos A, B e C, pode-se afirmar que: – – – – –

a) UC . UA . UB c) UA . UC , UB Figura 1 Figura 2
b) UA . UC . UB d) UC , UB . UA
Suponha que cada capacitor possua capacitância C. a) Calcule a energia potencial elétrica, armazenada no

campo elétrico entre as placas na situação da figura 1.

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


A capacitância equivalente do circuito A vale: Energia potencial armazenada:


C 3 2C 2C q3U q q2
Ceq 5 ______
​  5 ​ ___ ​ 
  ​ 
C 1 2C 3 W 5 ____
​   ​. Mas U 5 ​ __  ​  ]  W 5 ___
​    ​   ] 
2 2 C 2C
C q q2d
A do circuito B vale: Ceq 5 __
​   ​ 
3 ]  W 5 ​ _____
   ​ 5 ​ _____  ​ 

​ A ​  2 ε0A
2 ε0__
Finalmente, a do circuito C vale 3C. d

b) Mantendo uma das placas fixa, calcule o trabalho da
Como a energia armazenada no capacitor é calculada por força elétrica sobre a outra, para juntá-las completa-

mente, conforme a figura 2.
C 3 V 2
W 5 ​ _____
 ​  , e V é fixo, quanto maior a capacitância, maior
2 O trabalho da força elétrica corresponde à variação de

a energia. Logo, a sequência de circuitos, em ordem
energia potencial. Note que, pela expressão obtida no

decrescente de energia total, será C, A e B.
item a, a energia potencial é diretamente proporcional

2. (Uesc-BA) A figura representa um dos circuitos usado no à distância entre as placas. Logo, a energia potencial

flash de uma máquina fotográfica.
final será zero.

1 2 q2 3 d q2 3 d
D 5 SW 5 0 2 ​ ______  ​ 
5 2​ ______  ​ 
2ε0 3 A 2ε0 3 A
1,5 V
c) Calcule o valor da força elétrica constante que a placa
2,0 nF Flash negativa exerce sobre a placa positiva.
q2 3 d
______
1,5 V ODO 5 F 3 d  ]  ​    ​ 5 F 3 d  ]
2
2ε0 3 A
q
]  F 5 ​ ______   ​ 
2ε0 3 A
Considerando-se os geradores como sendo ideais, após a Obs.: Os valores acima devem ser expressos em função
análise do circuito, é correto afirmar que a energia elétrica de ε0, q, d e A. Lembre-se de que a capacitância de um
"despejada" sobre a lâmpada do flash, no instante em que ε0 3 A
capacitor de placas paralelas, no vácuo, vale ​ ______
 ​ 
 .
é batida a fotografia, é igual, em nJ, a: d
a) 3,0 b) 6,0 c) 9,0 d) 18,0 e) 25,0
4. (UFJF-MG) Pretende-se consertar uma máquina fotográ-
No momento em que é batida a fotografia, o capacitor
fica, cujo flash não funciona. Sabemos que o flash, ao ser
acionado, conecta um capacitor, inicialmente carregado
se descarrega integralmente, liberando toda a energia
com ddp de 300 V, à lâmpada do flash durante 1 ms. Deseja-
-se testar a lâmpada do flash, mas dispomos apenas de
potencial acumulada. Essa energia vale:
capacitores de 200 jF, que suportam no máximo uma
C 3 U2 __________
2 3 1029 3 32 ddp de 150 V. Portanto, devemos usar uma associação de
W 5 _____
​   ​   5 ​   ​    ]  W 5 9 nJ

2 2 capacitores para alimentar a lâmpada.

130 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 21.indd 130 08.10.09 16:23:35


a) Desenhe um circuito, contendo uma associação com o 6. (UFC-CE) Dois capacitores desconhecidos são ligados em
menor número de capacitores capazes de testar a lâmpa- série a uma bateria de força eletromotriz ε, de modo que
da do flash, indicando a ligação da lâmpada ao circuito. a carga final de cada capacitor é q. Quando os mesmos
Use o símbolo para o capacitor e para a lâmpada. capacitores são ligados em paralelo à mesma bateria, a
carga total da associação é 4q. Determine as capacitâncias
dos capacitores desconhecidos.
Se os capacitores são ligados em série, as cargas em cada

armadura são iguais.

Q C1 3 C2 q
Ceq 5 __
​   ​   ]  _______
​  5 __
  ​  ​   ​  (1)
U C1 1 C2 ε
Na associação em paralelo, as capacitâncias se somam,

enquanto a ddp se mantém:

Q 4q
Ceq 5 __
​   ​   ]  C1 1 C2 5 ___
​  ε ​   (2)
b) Calcule a energia armazenada na associação de capa- U
citores do item a. Substituindo (2) em (1), resulta que:
C 3 U2 C 3 U2
W 5 _____
​   ​     ]  Wtotal 5 2 3 _____
​   ​  26 2
 5 200 3 10 3 150   ] 4q2
2 2 C1 3 C2 5 ___
​  2 ​   (3)
ε
]  Wtotal 5 4,5 J
Isolando C2 e substituindo de volta em (2):

4q2 4q
c) Calcule a potência da luz emitida, considerando que C1 1 ______
​  2   ​ 5 ​ ___ ε ​   ] 
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

toda a energia da associação de capacitores é conver- ε 3 C1


tida em luz.
Wtotal 4,5
4q
]  C21 2 ___
4q2
​  ε ​  3 C1 1 ___
ε
@  2q 2
​  2 ​ 5 ​​ C1 2 ___ #
​  ε ​   ​​ ​5 0
P 5 _____
​   ​ 5 _______
​     ​  ]  P 5 4,5 3 103 W 2q
St 1 3 1023 ___
]  C1 5 ​  ε ​ 

2q
Retornando à equação (2), obtemos: C2 5 ___
​  ε ​ 

5. (UFJF-MG) Nos dois circui-
tos ao lado, as quatro ba- 7. (Uesc-BA) Considere um circuito elétrico constituído
terias são idênticas, assim por duas baterias de forças eletromotrizes ε1 5 20,0 V e
como as duas lâmpadas. ε2 5 8,0 V e de resistências internas iguais a 1,0 C, um
resistor de resistência elétrica igual a 10,0 C, um am-
Comparando o brilho das perímetro ideal A e um voltímetro ideal V.
lâmpadas nos dois circui-
tos, assinale a alternativa 20 V 1C
correta sobre qual delas Circuito 1
brilha mais.
a) A lâmpada do circuito 10 C
A V
1, porque as duas bate-
rias em série fornecem
voltagem menor que
uma única bateria.
8V 1C
b) A lâmpada do circuito
1, porque as duas bate- Nessas condições, as leituras no amperímetro e no voltí-
rias em série fornecem metro são, respectivamente, iguais a:
voltagem maior que Circuito 2
a) 2,4 A e 28,0 V d) 1,0 A e 19,0 V
uma única bateria.
b) 2,0 A e 18,0 V e) 0,8 A e 8,0 V
c) A lâmpada do circuito 2, porque as duas baterias em para-
c) 1,2 A e 20,0 V
lelo fornecem voltagem menor que uma única bateria.
d) A lâmpada do circuito 2, porque as duas baterias em para-
A bateria de maior fem será o gerador, enquanto a outra

lelo fornecem voltagem maior que uma única bateria.
será um receptor. Utilizando a lei de Pouillet:
e) Ambas brilham igualmente.
20 2 8
E 2 Ee __________
Supondo as baterias ideais, no circuito 1 a fem é 2E e, i 5 ______
​   ​ 
 5 ​    ]  i 5 1 A
  ​ 
ΣR 1 1 10 1 1
portanto, a corrente também dobra para 2i, para a mesma O amperímetro está posicionado de modo a ler a corrente

resistência. No circuito 2, a fem é igual a E, e a corrente vale i. total no circuito. Logo, registra o mesmo 1 A. O voltímetro

Considerando que o brilho depende da corrente que circula registrará a ddp na bateria:

pela lâmpada, a lâmpada que brilhará mais é a do circuito 1. U 5 E 2 r 3 i 5 20 2 1 3 1  ]  U 5 19 V

Capacitores, geradores e receptores NO VESTIBULAR 131

FIS_PLUS_TOP 21.indd 131 08.10.09 16:23:35


8. (Uece) Uma pilha de f.e.m. igual a 3,6 V tem uma carga inicial 10. (Ufla-MG) O circuito elétrico a seguir é composto por uma
de 600 mA 3 h. Supondo que a diferença de potencial entre os bateria ideal (r 5 0), três resistores ôhmicos, um capacitor de
polos da pilha permaneça constante até que a pilha esteja capacitância 5 jF e uma chave CH entre os pontos A e B.
completamente descarregada, o tempo (em horas) que ela
poderá fornecer energia à taxa constante de 1,8 W, é de:
a) 2,4 b) 1,2 c) 3,6 d) 7,2 10 C 10 C
+
A potência mencionada no enunciado é constante. 50 V
– A B
CH
Supondo-se uma pilha ideal, a potência vale:
C 15 C
SQ 600 3 1023
P 5 E 3 i 5 E 3 ___
​   ​   ]  1,8 5 3,6 3 ​ _________
 ​   ]  St 5 1,2 h 5 jF
St St

9. (UFC-CE) Considere o circuito elétrico da figura a seguir. Considere sempre o capacitor carregado plenamente.
A chave S encontra-se inicialmente aberta e o capacitor a) Mantendo a chave aberta, calcule o valor da corrente
encontra-se completamente descarregado. elétrica que transita pelo ramo do circuito que contém
o capacitor.
2C
S Como o capacitor está carregado, o resistor de 10 C
R1
sobre o ponto A não é operacional. A corrente no ramo

2 jC
que contém o capacitor é zero.
6V 6 C R3 R4 6 C

b) Com a chave fechada, calcule a corrente total que a

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


R2 bateria fornece ao circuito.

1C Com a chave fechada, os dois resistores de 10 C estão em



A soma das correntes no resistor de 2 C no instante em paralelo, e a associação está em série com o resistor de 15 C.

que a chave S é fechada e em um instante de tempo pos-
10 3 10
terior, suficientemente longo para que o capacitor esteja Req 5 _______
​    1 15  ]  Req 5 20 C
 ​ 
10 1 10
completamente carregado, é:
a) 1 A b) 2 A c) 3 A d) 4 A e) 5 A
Logo, a corrente total que a bateria fornece ao circuito vale:

Logo que a chave é fechada, o capacitor está E 5 Req 3 i  ]  50 5 20 3 i  ]  i 5 2,5 A

descarregado, e a corrente vinda da bateria passará toda
c) Ainda com a chave fechada, calcule a carga Q presente
por ele, deixando os resistores R3 e R4 em curto-circuito. O no capacitor carregado.

A ddp entre as placas do capacitor vale:
circuito, nesse instante 2C

R1 U 5 15 3 2,5  ]  U 5 37,5 V
imediatamente posterior ao

6V Q 5 c 3 U 5 5 3 1026 3 37,5  ]  Q 7 1,9 3 1024 C
fechamento de S, pode ser
R2
representado como na figura: 1C 11. (UFTM-MG) Uma bateria comum e uma recarregável estão
ligadas a uma associação de resistores, conforme indica
Assim, a corrente inicial no resistor de 2 C vale: o esquema. No mostrador do amperímetro lê-se uma
corrente elétrica de intensidade 2 A.
E 6
i 5 _______
​  5 ​ _____
   ​    ]  i 5 2 A
   ​ 
R1 1 R2 2 1 1 A
2C
Após o carregamento total do R1

X
capacitor, a corrente através
6V 6 C R3 R4 6 C
daquele ramo cessa, e o circuito 0,5 C 1,0 C
R2
1C
funciona como se ele não existisse:
A
6
A nova corrente vale: i 5 _________
​  ]  i 5 1 A
   ​  
21113
0,5 C 4,0 C 4,0 C
Portanto, a soma das correntes no resistor é igual a

12 V
2 A 1 1 A 5 3 A.

132 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 21.indd 132 08.10.09 16:23:36


Sabe-se que, nessas condições, a bateria recarregável b) Corrente no resistor de 24 C.
opera no circuito como gerador enquanto a pilha opera
UAB 5 R 3 i  ]  12 5 24 3 i  ]
como receptor e que os resistores de 0,5 C representam
as resistências internas desses elementos.
]  i 5 0,5 A
a) Calcule o valor da resistência de um resistor que, co-
nectado aos pontos A e B, substitui os três resistores,
sem alterar as características do circuito originalmente
esquematizado.
c) Valor da resistência Rx.
Trata-se de um resistor equivalente à associação em
Como o resistor de 24 C é percorrido por 0,5 A, o

paralelo dos resistores de 4 C, em série com o resistor
resistor Rx é percorrido por 2 2 0,5 5 1,5 A

de 1 C; logo:
UAB 5 Rx 3 i  ]  12 5 Rx 3 1,5  ]  Rx 5 8 C
434
Req 5 1 1 _____
​    ​  ]  R eq 53C
414
14. (UFC-CE) Considere o circuito da figura a seguir.
b) Determine o valor da força eletromotriz da bateria
recarregável. A
E 2 Ee E 2 12
i 5 __________
​  ]  2 5 ____________
  ​   ​     ​  ]
  
r 1 re 1 Req 0,5 1 0,5 1 3 + + +
6V 6V 17 V
]  E 5 20 V

2 ohm 4 ohm 6 ohm I3
I1 I2
12. (UFTM-MG) No circuito, com a chave
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desligada, o voltímetro mede 1,68 V.


Ao se ligar a chave, fecha-se um cir- B
cuito com um resistor de resistência
250 C e então o voltímetro passa a a) Utilize as leis de Kirchhoff para encontrar as correntes
indicar o valor 1,50 V. I1, I2 e I3.
V Lei dos nós no ponto A: I1 1 I2 5 I3
Nessas condições, o valor da resistên-

cia interna da pilha é, em C, de:
Percorrendo a malha esquerda no sentido horário a
a) 6 c) 25 e) 108
b) 15 d) 30 partir do ponto A, temos: 6 2 4I2 1 2I1 2 6 5 0.
E 1,68
i 5 _____
​     ​ 5 ​ _______  ​   (1)
r1R r 1 250 E a malha direita no sentido horário, a partir do ponto

U 5 E 2 r 3 i  ]  1,50 5 1,68 2 r 3 i  (2)
A: 17 1 6I3 1 4I2 2 6 5 0.

Resolvendo o sistema, encontramos os valores i 5 0,006 A
(1) I1 1 I2 5 I3
(4) 26I2 1 2I3 5 0  [22 3 (1) 1 (2)]
e r 5 30 C.
(2) 2I1 2 4I2 5 0 ] ]
4I2 1 6I3 5 211
13. (Ufla-MG) No circuito elétrico abaixo, duas baterias estão (3) 4I2 1 6I3 5 211
ligadas em série entre os pontos A e B, mas com polaridade
invertida; ambas alimentam os resistores R 5 24 C e Rx. O
18I2 2 6I3 5 0  [23 3 (4)]
voltímetro V indica 12 V.

A 4I2 1 6I3 5 211


22I2 5 211  ]  I2 5 20,5 A
1C

24 V – Substituindo na equação (2) do sistema, vem:


+
R = 24 C Rx V
+ I1 5 21 A e I3 5 21,5 A.
6V –
2C Os sinais negativos indicam que os três sentidos

B escolhidos para as correntes precisam ser invertidos.

Calcule os itens a seguir:
a) Corrente total fornecida pelas baterias.
Calculando a corrente no ramo da esquerda:
b) Encontre a diferença de potencial VA 2 VB.
UAB 5 E 2 Ee 2 (r 1 re) 3 i  ]  12 5 24 2 6 2 (1 1 2) 3 i  ] VA 2 VB 5 17 2 6 3 1,5

]  i 5 2 A VA 2 VB 5 8 V

Capacitores, geradores e receptores NO VESTIBULAR 133

FIS_PLUS_TOP 21.indd 133 08.10.09 16:23:36


Magnetismo
O termo magnetismo deriva da palavra Magnésia, que designava uma região da Ásia Menor onde
era possível encontrar amostras de rocha com alto teor de Fe3O4, responsável pelas propriedades
atrativas de que são dotados esses materiais. Os ímãs naturais são compostos basicamente de
substâncias que contêm ferro, níquel ou cobalto. A partir de 1780, experimentos mais frequentes
com o magnetismo levaram à associação entre corrente elétrica e campo magnético.
Esta parte revisa os conceitos de campo magnético e força magnética.

Propriedades dos ímãs Campo magnético gerado


Os ímãs, naturais ou artificiais, apresentam algumas pro- por corrente elétrica
priedades. São elas:
Duas polaridades distintas Campo de um fio retilíneo
Todo ímã possui dois polos, chamados norte e sul.
Quando aproximamos polos iguais de dois ímãs, há re- j0 3 i
pulsão; se aproximarmos polos distintos, manifesta-se B 5 ______
2s 3 r
atração entre os dois ímãs.

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Inseparabilidade dos polos A constante de proporcionalidade j0 é conhecida como
Um ímã apresenta necessariamente os polos norte e sul, e permeabilidade magnética do vácuo e vale 4s 3 1027 T 3 m/A.
eles se mantêm, por mais que dividamos o ímã em pedaços
menores. A C
O

Linhas de campo magnético i

B
De modo análogo às linhas de força de um campo elétrico, P B B
podemos visualizar o comportamento do vetor campo mag- B × ×
B B B
nético, no espaço ao redor de um ímã, por meio das linhas de B B
i
campo (linhas de indução). P
Agulha da bússola B Linha de campo

Figura 1
Linhas de campo em torno de Figura 3
N S um ímã em forma de barra. Se [A] Linhas de campo em torno de um fio reto, vistas em perspectiva 2
colocarmos uma agulha de bússola são circunferências concêntricas centradas no fio. Quanto mais
num ponto qualquer do espaço, ela próximo do fio, maior a intensidade do campo. [B] Regra da mão direita
se alinhará com a tangente à linha no 1 para determinar o sentido de B em P. [C] Vista no plano da situação
de força, naquele ponto. anterior. Nesse caso, são utilizadas convenções para representar os
As linhas de campo sempre saem do polo norte e chegam ao vetores entrando e saindo do plano do papel.
polo sul; além disso, elas não se interceptam e são fechadas.
Para representar as linhas perpendiculares ao plano do
papel, usamos os símbolos: para as que saem do papel e
Magnetismo terrestre para as que entram.
A própria Terra se comporta como um gigantesco ímã. Isso
se deve à composição do núcleo do planeta – uma mistura Campo no centro
superaquecida de ferro, cobalto e níquel.
Eixo
Eixo de rotação
da Terra de uma espira circular
magnético
Polo norte
Polo sul geográfico
magnético
N i
S B
i × j0 3 i
B 5 _____
23R
Figura 2
O polo norte/sul magnético se
encontra atualmente próximo
ao polo sul/norte geográfico. S
Figura 4
Mas há evidências de que, no N Espira circular de raio R percorrida por
Polo
l norte
decorrer das eras geológicas, Polo sul magnético corrente no sentido horário. O campo tem
geográfico
essa orientação mudou direção perpendicular ao plano da folha e
diversas vezes. sentido “entrando” no papel.

134 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 22.indd 134 08.10.09 16:27:51


Bobina chata Força em carga imersa num
campo magnético uniforme
j0 3 N 3 i Se o campo magnético é uniforme, a força que age sobre a
B 5 ________
23R carga tem módulo constante. Se a carga entra numa região
com velocidade perpendicular às linhas de campo, a força
magnética agirá como força centrípeta, e a carga realizará MCU.
Figura 5
Uma bobina chata é uma coleção de
espiras circulares, coladas umas sobre
v
as outras. S
F +
Observe que esse é um modo simples de amplificar bas- R
tante a intensidade do campo magnético, de modo a não
ocupar um espaço muito maior que aquele que uma única
espira ocuparia. F v
F + P
+
Campo no interior de um solenoide B
O v
Figura 9
Para um solenoide de comprimento L, no qual foram dadas N
voltas no fio por onde circula uma corrente i, o módulo do O raio da órbita e o período valem, respectivamente:
campo na região interna vale:
m3v 2s 3 m
R 5 _______ e T 5 _______
j0 3 N 3 i OqO 3 B OqO 3 B
B 5 _________
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Figura 6 ××××××××××××
As linhas de campo magnético N S Força magnética sobre um fio
estão em vermelho, praticamente
paralelas no interior do solenoide.
percorrido por corrente
Nessa região, vale a expressão Um fio de comprimento L, pelo qual circula uma corrente i,
definida anteriormente. O sofrerá uma força magnética se imerso numa região de campo
solenoide simula um ímã com a
polaridade norte-sul.
magnético B, dada por:

Se o solenoide for suficientemente longo, o campo magné-


tico em seu interior é praticamente uniforme. Fm 5 B 3 i 3 L 3 sen J

SL B
Força magnética i

Uma carga elétrica q, penetrando numa região de campo Vd A


J
magnético B, com velocidade v, sofrerá a ação de uma força
magnética de módulo:
Figura 10
Fio imerso numa região de campo magnético.
Fm 5 OqO 3 v 3 B 3 sen J
Se o fio for paralelo às linhas de campo, não haverá força
agindo nele.
sendo J o ângulo entre os vetores v e B.
F
Força entre dois fios paralelos
B Figura 7
+ Esquema mostrando a direção dos
vetores velocidade, força e campo j0 3 i1 3 i2 3 L I1 I2
magnético sobre uma carga positiva. F 5 ____________ F1 F2
V B 2s 3 d
A direção e o sentido da força obedecem à chamada regra
da mão direita no 2:
B2 B1
empurrão Figura 11
Fm Se as correntes nos dois fios
v Figura 8 têm sentidos iguais, a força
Com a mão direita espalmada, entre eles é atrativa.
B + aponte o polegar na direção e
sentido em que a carga está se A direção da força é perpendicular aos fios, e o sentido
movendo, isto é, ao longo de v, e
os dedos na direção e sentido do
obedece às seguintes possibilidades:
vetor B. O sentido de Fm é aquele Correntes de mesmo sentido: força atrativa;
no qual a mão daria um empurrão. Correntes de sentidos opostos: força repulsiva.

MAGNETISMO 135

FIS_PLUS_TOP 22.indd 135 08.10.09 16:27:52


Magnetismo

No Vestibular

1. (UFSCar-SP) Dois pequenos ímãs idênticos têm a forma de


paralelepípedos de base quadrada. Ao seu redor, cada um Reaproximando as metades do ímã 1, o polo sul da

produz um campo magnético cujas linhas se assemelham
ao desenho esquematizado. metade de cima atrairá o polo norte da metade de baixo.

Já reaproximando a metade esquerda da direita do ímã 2,

haverá repulsão, pois estamos aproximando polos iguais.
 

2. (PUC-RS) Há poucos meses, a mídia internacional co-


mentou um experimento utilizando um superacelerador
de partículas, o LHC (em português, Grande Colisor de
Hádrons), que pretende promover uma colisão entre pró-
tons para testar um modelo que interpreta as partículas
elementares e suas interações. Basicamente, um acele-
rador de partículas utiliza campos elétricos e magnéticos
para acelerar e provocar as colisões entre partículas.
Entre outras teorias, o eletromagnetismo contribui para
a descrição dos efeitos desses campos sobre partículas,
de acordo com suas propriedades.

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Suficientemente distantes um do outro, os ímãs são
cortados de modo diferente. As partes obtidas são então A figura representa partes das trajetórias assumidas por
afastadas para que não haja nenhuma influência mútua três tipos de partículas X, Y e Z, lançadas verticalmente
e ajeitadas, conforme indica a figura seguinte. com a mesma velocidade v em uma região onde existe um
campo magnético B constante. A direção desse campo é
perpendicular ao plano da página, no sentido para dentro,
como informa a representação .

X X X X X B

Ímã 1 Ímã 2 X

Se as partes do ímã 1 e do ímã 2 forem aproximadas nova-


mente na região em que foram cortadas, mantendo-se as X X X X X
V
posições originais de cada pedaço, deve-se esperar que:
Y
a) as partes correspondentes de cada ímã atraiam-se
mutuamente, reconstituindo a forma de ambos os
ímãs. X X X X X
b) apenas as partes correspondentes do ímã 2 se unam, Z
reconstituindo a forma original desse ímã.
c) apenas as partes correspondentes do ímã 1 se unam, Nesse caso, é correto concluir que:
reconstituindo a forma original desse ímã.
a) a partícula Z não sofre o efeito do campo magnético.
d) as partes correspondentes de cada ímã repilam-se mutua-
b) todas as partículas têm o mesmo sinal de carga elétrica.
mente, impedindo a reconstituição de ambos os ímãs.
c) se todas as partículas tiverem a mesma massa, as
e) devido ao corte, o magnetismo cesse por causa da se-
partículas X têm mais carga.
paração dos polos magnéticos de cada um dos ímãs.
d) a força magnética sobre as partículas é anulada pelo
Pela disposição das linhas de campo na figura do desvio destas.

e) se as cargas das partículas Y e Z têm a mesma inten-
enunciado, os polos do ímã se localizam nos extremos
sidade, a massa de Y será maior do que a de Z.
superior e inferior (supondo o polo norte em cima). Assim, Como todas as partículas são desviadas ao entrar na região

os cortes nos ímãs 1 e 2 geram dois ímãs com polos, de campo magnético, apresentam carga elétrica não nula.

confome indicam as figuras a seguir. Além disso, o sinal da carga Z é oposto ao das cargas X e Y.

N N
N N Pela regra da mão direita para a força magnética, concluímos

que X e Y são positivas e Z é negativa. Se fixarmos as massas,
S Ímã 1 S S Ímã 2 S
o raio das órbitas será inversamente proporcional à carga

136 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 22.indd 136 08.10.09 16:27:52


Sabendo que a permeabilidade magnética no vácuo vale
da partícula. Assim, o raio maior (partículas X) equivale à 4s 3 1027 T 3 m/A, qual a distância D, em metros, da partí-

cula ao fio?
menor carga. Se, em vez disso, fixarmos as cargas, o raio
a) 0,1 c) 0,3 e) 0,5
será diretamente proporcional à massa da partícula. Logo, a b) 0,2 d) 0,4

O movimento da partícula é uniforme. Logo, a resultante
massa de Y será maior que a de Z.

entre a força magnética e a forca gravitacional é nula.

3. (UFRR) Um campo magnético uniforme, com intensi- j0 3 i
Fm 5 P 5 q 3 v 3 ______
​    ​  5 P  ]
dade de 1,0 mT, está dirigido verticalmente para cima 2s 3 D
4s 3 1027 3 1
(saindo do papel). Um próton, com uma energia cinética ]  10219 3 1025 3 ___________
​   ​  5 10230  ]
de 7,2 3 10213 J, entra na região do campo magnético, 2s 3 D
movendo-se horizontalmente do sul para o norte. Na ]  D 5 0,2 m
região de campo magnético, qual é a força de defle-
xão magnética que atua sobre o próton? Considere
1,6 3 10227 kg e 1,6 3 10219 C a massa e a carga do próton, 5. (UEPB) Um menino construiu com material de baixo custo
respectivamente. um carrinho magnético, utilizando um pedaço de madeira,
Norte pregos, rodinhas metálicas e dois ímãs em forma de barra,
conforme apresentado na figura a seguir. O funcionamento
do carrinho era bem simples: quando o menino aproxima-
va a extremidade A do ímã 2 da extremidade B do ímã 1,
o carrinho se movimentava para a esquerda; já quando
Oeste Leste aproximava a extremidade B do ímã 2 da extremidade B
do ímã 1, o carrinho se movimentava para a direita.
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Ímã 1 Ímã 2
Sul

a) 4,8 3 10215 N, na direção horizontal, de oeste para leste.


A B
b) 4,4 3 10214 N, na direção horizontal, de oeste para leste.
A B
c) 4,0 3 10213 N, na direção vertical, entrando no papel.
d) 4,4 3 10214 N, na direção horizontal, de leste para oeste.
e) 4,8 3 10215 N, na direção horizontal, de leste para oeste.
A explicação para este fenômeno, que faz o menino brin-
A partir da energia cinética, é possível obter a velocidade
car com seu carrinho, é:
do próton: a) A extremidade A do ímã 2 tem polaridade diferente da
extremidade B do ímã 1.
227 2
m 3 v2 1,6 3 10 3 v
Ecin 5 _____
​   ​    ]  7,2 3 10
213
5 ____________
​      ]
 ​  b) A extremidade A do ímã 2 tem mesma polaridade da
2 2 extremidade B do ímã 1.
]  v 5 3 3 107 m/s c) A extremidade A do ímã 2 tem mesma polaridade da

extremidade A do ímã 1.
Pela regra da mão direita, a força terá direção horizontal e d) A extremidade B do ímã 2 tem mesma polaridade da

extremidade B do ímã 1.
sentido de oeste para leste. A força terá módulo dado pela
e) A extremidade B do ímã 2 tem polaridade diferente da
expressão: extremidade A do ímã 1.

Quando aproximamos o polo A do ímã 2 ao B do ímã 1, há
Fm 5 OqO 3 v 3 B 3 sen J  ]

repulsão. Logo, esses polos são iguais. Como há atração
]  Fm 5 1,6 3 10219 3 3 3 107 3 1 3 1023 3 sen 90w  ]

entre as extremidades B, elas representam polos distintos.
]  Fm 5 4,8 3 10215 N

6. (UFMA) Dois fios condutores, longos e retilíneos, estão dis-
4. (UFRPE) Uma corrente constante de valor i 5 1 A percorre postos perpendicularmente à folha de papel e têm intensi-
um fio retilíneo, delgado, infinito e horizontal (ver figura). dades e sentidos de correntes indicados na figura a seguir.
Uma partícula de carga 10219 C e peso 10230 N move-se
no vácuo horizontalmente, com velocidade constante de P
módulo 1025 m/s.

Partícula 40
g cm
cm
30

D
Fio
i i1= 6 A i2= 8 A

Magnetismo NO VESTIBULAR 137

FIS_PLUS_TOP 22.indd 137 08.10.09 16:27:53


Sabendo-se que o meio é o vácuo, determine a intensidade Dentre as opções da figura, o próton e o elétron descreve-
do campo magnético no ponto P. rão, respectivamente, as seguintes trajetórias com relação
Dado: j0 5 4s 3 1027 T 3 m/A à direção de penetração:

Campo em P devido à corrente i1: a) arco menor acima / arco menor abaixo.
b) arco maior abaixo / arco menor abaixo.
j0 3 i 4s 3 1027 3 6
B1 5 _____
​    ]  B1 5 ___________
  ​  ​   ​  
] 
  c) arco menor abaixo / arco maior acima.
2s 3 d 2s 3 0,3
d) arco maior abaixo / arco menor acima.
]  B1 5 4 3 1026 T e) arco maior acima / arco menor acima.

Campo em P devido à corrente i2: O elétron seguirá um arco menor que o do próton, pois

j0 3 i 4s 3 1027 3 8 sua massa é bem menor. Quanto ao sentido do desvio,
B2 5 _____
​    ]  B2 5 ___________
  ​  ​   ​  
] 

2s 3 d 2s 3 0,4
]  B2 5 4 3 1026 T a regra da mão direita nos dá um desvio para baixo de

Os vetores estão dispostos como B1 B2 ambas as partículas.


na figura ao lado: 9. (Cefet-CE) Uma partícula, de massa m e carregada positiva-



mente, é lançada com velocidade v do ponto P, centro da
P face de um paralelepípedo formado por 4 cubos de arestas

iguais, numa região onde existe um campo magnético
O módulo da resultante é obtido por:
uniforme B, orientado conforme a figura.
B2R 5 B21 1 B22  ]  B2R 5 32 3 10212  ]  BR 5 4​dll
2 ​ 3 1026 T R O N

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7. (UFMT) Em uma região de alto vácuo, em que existe um A
B
campo magnético B 5 4 3 1024 T, são lançados um próton e M K
um elétron com a mesma velocidade, perpendicularmente B L
às linhas de campo magnético. A razão entre os raios do G v
+
J P C H
próton e do elétron é, aproximadamente:
I

Dados: F E D
Carga do próton 5 1,60 3 10219 C
Carga do elétron 5 21,60 3 10219 C Desprezando ações gravitacionais, podemos afirmar cor-
Massa do elétron 5 9,11 3 10231 kg retamente que a partícula seguirá uma trajetória:
Massa do próton 5 1,67 3 10227 kg a) retilínea, passando pelo ponto L.
b) circular, no plano vertical LIEP.
c) circular, no plano horizontal LKCP.
a) 5,45 3 1024 d) 1,83 3 1013 d) parabólica, no plano vertical GFEP.
257 127
b) 1,52 3 10 mp 3 v e) 1,67 3 10 e) retilínea, passando pelo ponto K.
_____
​   ​  
c) 1,67 3 10227
m3v Rp qp 3 B Rp mp A força terá módulo constante e, pela regra da mão direita,
R 5 ______
​    ​  ]  ​ ___  ​5 _______
​  ]  __
  ​  ​   ​  5 ___
​   ​ ]
OqO 3 B R m 3 v Re me
​ ______  ​ 
e e

OqeO 3 B direção do segmento PC e sentido para a direita. Logo, a



Rp 1,67 3 10227
__ __________
]  ​   ​  5 ​   ​ 
 ] carga será defletida para a direita, numa trajetória circular,
Re 9,11 3 10231

Rp no plano horizontal LKCP.
]  ​ ___  ​7 1,83 3 103
Re
10. (Uece) Em um acelerador de partículas, três partículas K, L e
8. (Cefet-GO) Um próton e um elétron, ambos com a mesma M, de alta energia, penetram em uma região onde existe so-
velocidade, seguindo uma direção horizontal, penetram mente um campo magnético uniforme B, movendo-se per-
numa câmara contendo um campo magnético uniforme pendicularmente a esse campo. A figura a seguir mostra as
(entram na folha de papel) e vácuo no seu interior. trajetórias dessas partículas (sendo a direção do campo B
perpendicular ao plano do papel, saindo da folha).
Χ Χ Χ Χ Χ Χ
Χ Χ Χ Χ Χ Χ
Χ Χ Χ Χ Χ Χ
K B
Χ Χ Χ Χ Χ Χ
Χ Χ Χ Χ Χ Χ
_e Χ Χ Χ Χ Χ Χ
Χ Χ Χ Χ Χ Χ +p
Χ Χ Χ Χ Χ Χ L
Χ Χ Χ Χ Χ Χ
Χ Χ Χ Χ Χ Χ
Χ Χ Χ Χ Χ Χ
Χ Χ Χ Χ Χ Χ
M
Χ Χ Χ Χ Χ Χ
Χ Χ Χ Χ Χ Χ

138 Suplemento de revisão FÍSICA

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Com relação às cargas das partículas, podemos afirmar, 12. (Ufal) Uma carga puntiforme, inicialmente em movimen-
corretamente, que: to retilíneo, ingressa numa região de campo magnético
a) as de K, L e M são positivas. uniforme com a mesma direção da sua velocidade inicial,
b) as de K e M são positivas. porém com sentido oposto ao desta. Considerando ape-
nas a ação do campo magnético sobre tal carga, pode-se
c) somente a de M é positiva.
afirmar que a velocidade da carga:
d) somente a de K é positiva.
a) não mudará nem o módulo, nem a direção, nem o
Como L não sofre deflexão, não possui carga elétrica. Pela sentido.

b) não mudará nem a direção, nem o sentido, mas au-
regra da mão direita, as cargas positivas lançadas nesse
mentará o módulo.
campo seriam defletidas para baixo. Logo, M é positiva e K c) não mudará nem a direção, nem o sentido, mas dimi-
nuirá o módulo.
é negativa. Além disso, a figura mostra que a massa de K é d) não mudará nem o módulo, nem o sentido, mas mo-
dificará a direção.
menor que a massa de M, em razão da diferença dos raios e) não mudará o módulo, mas modificará a direção e o sentido.

A expressão da força magnética apresenta um fator sen J.
de suas órbitas.

No caso descrito no enunciado, J 5 180w e, portanto,

11. (Unifap) Dois condutores retilíneos e paralelos, infinita-
mente longos, imersos no vácuo, estão separados por uma sen J 5 0. Não há força magnética e, pelo princípio de

distância 3a pelos quais percorre a corrente elétrica i igual
a 4 A. inércia, a carga se manterá em MRU, permanecendo o

Condutor 1 Condutor 2 vetor velocidade constante.
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13. (Ufac) Um fio reto e extenso é percorrido por uma corrente


elétrica contínua de intensidade i 5 3 A. A permeabilidade
i
magnética do vácuo é j0 5 4s 3 1027  T 3 m/A. Qual o módulo
do campo magnético B produzido num ponto P à distância
r 5 0,25 m do fio, no vácuo?
P
a a) 24 3 1026  T d) 10,0 3 1026  T
26
b) 5,0 3 10   T e) 7,5 3 1026  T
26
c) 2,4 3 10   T
j0 3 i 4s 3 1027 3 3
B 5 _____
​    ​  ] B 5 ___________
​   ​   
]
3a i 2s 3 r 2s 3 0,25
]  B 5 2,4 3 1026  T

Determine a intensidade do campo de indução magnética,


resultante no ponto P, mostrado na figura, sabendo que os
condutores e o ponto P estão contidos no mesmo plano. 14. (UFMT) Em um acelerador cíclotron de raio R 5 0,5 m, o
Considere a permeabilidade magnética do vácuo campo magnético uniforme de 1 T é aplicado sobre um
j0 5 4s 3 1027 T 3 m/A, a 5 0,3 m. dêuteron, que, ao ser acelerado por um campo elétrico
variável de frequência de 13 MHz, terá como energia
O campo em P, devido ao condutor 1, tem direção cinética:

perpendicular ao plano da folha e sentido para fora do a) 6,25 MeV c) 1 peV e) 12,5 jeV
b) 12,5 MeV d) 6,25 jeV
papel. Seu módulo vale: Considere:

j0 3 i 4s 3 1027 3 4 Carga elétrica elementar 5 1,6 3 10219 C.
B1 5 _____
​    ​   ]  B1 5 ___________
​  ]
 ​ 
2s 3 a 2s 3 0,3 Massa do próton 5 massa do nêutron 5 1,6 3 10227 kg.
26
]  B1 7 2,6 3 10   T O dêuteron consiste em um próton e em um nêutron.

O campo em P, devido ao condutor 2, tem mesma direção A velocidade pode ser obtida a partir da expressão:

m3v 3,2 3 10227 3 v
e sentido do campo B1. Seu módulo vale: R 5 ______
​    ]  0,5 5 ___________
  ​  ​    ​  
]
OqO 3 B 1,6 3 10219 3 1
j0 3 i 4s 3 1027 3 4
B2 5 ______
​    ]  B2 5 ___________
  ​  ​   ​  ] ]  v 5 2,5 3 107 m/s
2s 3 2a 2s 3 0,6
26
]  B2 7 1,3 3 10   T Logo, a energia cinética do dêuteron vale:

m 3 v2 3,2 3 10227 3 6,25 3 1014
O módulo do campo resultante será a soma dos módulos E 5 ​ _____
 ​     ]  E 5 ​ ___________________
 ​      ]
2 2
de B1 e B2 : BR 5 B1 1 B2  ]  BR 5 4 3 1026  T ]  E 5 1 3 10212 J ou E 5 6,25 3 106 eV 5 6,25 MeV

Magnetismo NO VESTIBULAR 139

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Indução eletromagnética
O uso de motores elétricos e circuitos de corrente alternada revolucionou a
sociedade moderna. Hoje, seu uso é tão disseminado que é difícil imaginar a vida
sem eletricidade. Vamos revisar a base de funcionamento de transformadores
e motores de corrente alternada: a indução eletromagnética.

Fem induzida A B B
B

B
++
+++

Fe A A
Figura 1
v Barra condutora AB

deslocando-se para a
L Fm
direita com velocidade Figura 3
constante v, numa Em [A], o ângulo entre as linhas de campo e a normal à superfície é nulo.
região sujeita a um Nesse caso, o fluxo é máximo e vale Φ 5 B 3 A. Em [B], o ângulo entre as
E campo magnético B linhas de campo e a normal mede 90w. Nesse caso, o fluxo será nulo.
perpendicular ao vetor

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


– – – velocidade e entrando no
– –
plano do papel. Casos de variação
Na situação da figura, os elétrons livres da barra ficam do fluxo magnético
então sujeitos a uma força magnética de direção paralela à
barra e no sentido de A para B. Desse modo, a extremidade A Variação na intensidade do campo B
fica positivamente carregada, e a B fica negativamente car-
regada. As cargas continuam a se concentrar nas extremida-
Andrew LAmbert PhotogrAPhy/
Science Photo LibrAry/LAtinStocK

des até que se estabeleça um equilíbrio. Nessa situação, há Figura 4


um campo elétrico vertical para baixo, e igualdade de módulo Enquanto o ímã cai por entre
entre a força magnética para baixo e a força elétrica para cima. as espiras da bobina, há
Entre os terminais da barra, há uma fem induzida. variação na intensidade do
campo magnético induzido
Figura 2 na espira. A estudante
+ + observa no osciloscópio a
++ + Se fecharmos o circuito
i
adaptando um contato corrente induzida durante
– i
com outro fio em forma a queda do ímã.
Fe
de U, surgirá uma corrente
L –
A induzida i fluindo pelo
Fm
B
v
circuito, com sentido anti- Variação na área A atravessada
-horário, enquanto a barra pelas linhas de campo

ALAn SPencer/ALAmy/
other imAgeS
i se move para a direita.

A barra se comporta
––– –– B B
como um gerador de fem
induzida ε.
Figura 5
C D A área da espira retangular
Se a barra tem comprimento L, pode-se demonstrar que a
V CDEF, efetivamente
atravessada pelas linhas de
fem induzida vale: e5B3L3v campo, é reduzida de acordo
F E com o movimento para a
direita.

Fluxo magnético
Variação no ângulo J
Faraday descreveu todos os fenômenos de indução ba-
seado no conceito de fluxo das linhas de campo magnético. entre as linhas de
Essa grandeza exprime a densidade de linhas de campo que campo e a superfície
atravessam determinada superfície e depende de três fato-
res: da intensidade B do campo magnético, da área A a ser C
A
atravessada pelas linhas, e do ângulo J entre as linhas de Figura 6
campo e a normal à superfície considerada: A espira retangular gira na região
de influência do campo magnético,
variando continuamente o ângulo
Φ 5 B 3 A 3 cos J determinado pelas linhas de campo
e a normal à superfície da espira.

140 Suplemento de revisão FÍSIca

FIS_PLUS_TOP 23.indd 140 08.10.09 16:33:32


Lei de Faraday Corrente (A)
10 –
Qualquer que seja a grandeza a sofrer
variação, só existe fem induzida se o circuito SΦ 5– imáx.
em 5 2​ ____ ​  
experimentar uma variação no fluxo magnéti- St 0–
co através dele, com o passar do tempo. s s 3s 2s h3t
2 2 Figura 10
–5 – Gráfico corrente # fase,
T exibindo variação senoidal
Lei de Lenz –10 –
da função.
O sinal negativo na expressão da lei de Faraday descreve
um resultado conhecido como lei de Lenz: Valor eficaz da corrente
“A corrente induzida em um circuito aparece sempre com Representa um valor médio de corrente
um sentido tal que o campo magnético criado tende a contra- que, se fosse constante num circuito, pro- imáx.
riar a variação do fluxo magnético através da espira.” vocaria num resistor dissipação de energia ief 5 ____
​   ​ 
​ ll
d 2 ​ 
equivalente à que ocorre com a corrente
A B
variando periodicamente.

Figura 7
O ímã em [A] se afasta da Transformadores
espira, e o sentido da corrente,
de acordo com a regra da mão
São dispositivos usados para modificar uma ddp alternada,
direita no 1 é horário, para se constituídos por uma peça de ferro, denominada núcleo do
i i
opor à diminuição do fluxo transformador, ao redor do qual são enroladas duas bobinas.
magnético. Em [B], o sentido da Em uma dessas bobinas é aplicada a tensão que se deseja
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corrente induzida é anti-horário, transformar, ou seja, aumentar ou diminuir. Essa bobina é


para se opor ao aumento do
i i chamada bobina primária ou enrolamento primário. Depois
fluxo para baixo.
de transformada, a tensão é estabelecida nos terminais da
outra bobina, que é denominada bobina secundária ou en-
Correntes de Foucault rolamento secundário.
São correntes induzidas em condutores maciços. Voltagem Núcleo
primária
Figura 8
Na figura, o paralelepípedo
está saindo da região do
Fa campo magnético. Ele exibe
dois conjuntos de correntes Espiras Espiras
de Foucault, que giram em (NP) (NS)
sentidos opostos.

As correntes de Foucault podem atingir grande intensidade Fluxo


e, nessa situação, há grande dissipação de energia na forma Voltagem
Magnético
secundária
de calor.
Figura 11
Quando aplicamos uma tensão alternada ao enrolamento primário, surge
uma corrente, também alternada, que percorre todo o enrolamento. Essa
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Alan Spencer/Alamy/
Other Images

Figura 9
corrente estabelece um campo magnético no núcleo de ferro, que por
Em velocímetros analógicos de
sua vez sofre várias flutuações, surgindo, em consequência, um fluxo
automóveis, quando o eixo do
magnético induzido na bobina secundária.
carro gira, ele aciona ímãs que
produzem pequenas correntes
elétricas e campos magnéticos, A relação entre a ddp no primário UP e a ddp do secundá-
que movimentam o ponteiro rio US depende exclusivamente da razão entre o número de
indicador de velocidade. espiras entre as bobinas:

Correntes alternadas UP NP
___
​   ​ 5 ___
​   ​ 
US NS
São correntes induzidas que variam periodicamente em
intensidade e sentido, provocadas, por indução eletromagné-
tica, mediante a rotação de espiras em regiões atravessadas Se o primário tem mais voltas que o secundário, a ddp no
por um campo magnético uniforme. secundário será menor que a do primário (redutor de tensão).
Podemos dizer que a expressão geral da corrente i depende Por outro lado, se o secundário tem mais voltas que o primário,
do seu valor máximo e de uma função trigonométrica. Por a ddp no secundário será maior que a do primário (elevador
de tensão). No transformador da figura 11, a tensão de saída
exemplo, a variação pode ser senoidal: i 5 imáx. 3 sen h 3 t , no secundário será menor que a de entrada.

em que h 5 2sf é a pulsação, f é a frequência com que a Conteúdo digital Moderna PLUS http://www.modernaplus.com.br
corrente varia no tempo, e t o instante considerado. Animação: Indução eletromagnética

Indução eletromagnética 141

FIS_PLUS_TOP 23.indd 141 08.10.09 16:33:34


Indução eletromagnética

No Vestibular

1. (Ufop-MG) Qual dispositivo abaixo utiliza o princípio da 3. (UFMG) Sabe-se que uma corrente elétrica pode ser in-
indução eletromagnética no seu funcionamento básico? duzida em uma espira colocada próxima a um cabo de
a) um chuveiro elétrico transmissão de corrente elétrica alternada – ou seja, uma
corrente que varia com o tempo. Considere que uma espira
b) um ferro de passar roupa
retangular é colocada próxima a um fio reto e longo de duas
c) um liquidificador
maneiras diferentes, como representado nestas figuras:
d) uma bateria de automóvel
espira espira
O chuveiro elétrico, o ferro de passar e a bateria podem

funcionar com corrente contínua, não necessitando da

indução para operar. Já o liquidificador possui um motor
A A
fio
elétrico de corrente alternada, que opera mediante fio

indução nas escovas internas.

I II

Na situação representada em I, o fio está perpendicular
ao plano da espira e, na situação representada em II, o

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2. (Ufal) Um fio metálico tem suas extremidades unidas
fio está paralelo a um dos lados da espira. Nos dois casos,
formando um retângulo plano (ver figura).
há uma corrente alternada no fio. Considerando-se essas
informações, é correto afirmar que uma corrente elétrica
induzida na espira:
C a) ocorre apenas na situação I.
b) ocorre apenas na situação II.
R
c) ocorre nas duas situações.
D d) não ocorre em qualquer das duas situações.
⊗B
Há apenas corrente induzida na situação II, pois o campo

é normal à espira. Na situação I, não há fluxo magnético, já

Um resistor ôhmico no fio tem resistência R, e os potenciais
em suas extremidades C e D são denotados por VC e VD. que o campo é paralelo ao plano da espira.

Num dado instante, um campo magnético uniforme de
módulo B é ligado em todo o espaço, com direção perpen-
dicular ao plano do fio e sentido indicado na figura (⊗).
Nesse contexto, pode-se afirmar que:
4. (PUC-Minas) A figura mostra um plano inclinado sobre o
a) a corrente elétrica induzida no fio terá sentido horário, qual se coloca um ímã no ponto A, que desliza livremente
tal que VC . VD. em direção a B. No trajeto, ele passa através de uma espira
b) a corrente elétrica induzida no fio terá sentido horário, circular, ligada a um voltímetro V.
tal que VC , VD.
c) não haverá corrente elétrica induzida no fio, tal que VC 5 VD. A
d) a corrente elétrica induzida no fio terá sentido anti-
V
-horário, tal que VC . VD.
e) a corrente elétrica induzida no fio terá sentido anti-
-horário, tal que VC , VD.
Após a ligação do campo, há um aumento de fluxo no

sentido de entrar na página. Pela lei de Lenz, a corrente B

deve provocar diminuição do campo nesse sentido. Para Desprezando-se todos os atritos mecânicos, pode-se
afirmar que:
tanto, a corrente deve fluir no sentido anti-horário. A a) haverá uma diferença de potencial (ddp) induzida na

bobina apenas nos momentos de entrada e saída do
corrente vai de C para D. Há queda de potencial de C para D, ímã através da espira.

b) o voltímetro não vai acusar nenhuma ddp, porque a
o que significa que VC . VD. espira não está ligada a nenhuma pilha ou bateria.

c) durante toda a passagem do ímã através da espira, o
voltímetro vai acusar leituras da ddp induzida.

142 Suplemento de revisão FÍSICA

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d) o voltímetro somente acusaria a leitura de uma ddp 6. (Uece) O polo norte de um
induzida na espira se houvesse atrito entre o ímã e magneto é inserido, de
o plano inclinado, fazendo com que o ímã passasse cima para baixo, em uma
através da espira com velocidade constante. espira de cobre, como mos-
O fluxo magnético varia durante todo o movimento de trado no diagrama.

Devido a isso, a espira vai
descida do ímã: ele aumenta até chegar à espira e depois experimentar:

a) uma força para baixo.
diminui. Logo, há ddp induzida em todo o trajeto de A a B.
b) uma força para cima.
c) força nenhuma.
d) um torque no sentido dos ponteiros de um relógio,
visto de cima.
5. (Ufal) A figura ilustra um fio condutor e uma haste metá-
lica móvel sobre o fio, colocados numa região de campo O fluxo está aumentando para baixo. Assim, para se

magnético uniforme espacialmente (em toda a região
cinza da figura), com módulo B, direção perpendicular
contrapor a esse aumento, surge na espira uma corrente

ao plano do fio e da haste e sentido indicado. Uma força
induzida no sentido horário. O campo gerado na espira
de módulo F é aplicada na haste, e o módulo do campo
magnético aumenta com o tempo.
funciona como outro ímã, cujo polo norte aponta

B haste para cima. Então, os ímãs com polos iguais próximos

experimentam uma força de repulsão – o que equivale a
fio
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F uma força para baixo, na espira, e para cima, no ímã.


7. (Uesc-BA) O gráfico representa o fluxo magnético que atra-


vessa a área de uma espira metálica em função do tempo.

De acordo com a lei de Faraday, é correto afirmar que:


ė
a) o aumento de B com o tempo tende a gerar uma cor-
rente no sentido horário, enquanto a ação da força F ė
tende a gerar uma corrente no sentido anti-horário.
b) o aumento de B com o tempo tende a gerar uma cor-
rente no sentido anti-horário, enquanto a ação da força
F tende a gerar uma corrente no sentido horário.
c) ambos, o aumento de B com o tempo e a ação da força F,
tendem a gerar uma corrente no sentido horário. 0 t t
d) ambos, o aumento de B com o tempo e a ação da força F,
O coeficiente angular da reta corresponde à:
tendem a gerar uma corrente no sentido anti-horário.
e) a ação da força F tende a gerar uma corrente no sentido a) área da espira.
horário, enquanto o aumento de B com o tempo não b) intensidade do campo magnético.
tem influência sobre o sentido da corrente gerada. c) intensidade da corrente elétrica induzida na espira.
O aumento do campo provoca aumento no fluxo d) força eletromotriz induzida na espira, em módulo.
e) intensidade da força magnética que atua na espira.
magnético e, por consequência, gera corrente induzida na O coeficiente angular da reta pode ser obtido por meio

haste. O campo aumenta na direção normal à folha, saindo do quociente entre as variações no eixo vertical e no

da página. Pela lei de Lenz, a corrente induzida deve ter SΦ
eixo horizontal m 5 ____
​   ​  . Mas, pela lei de Faraday, esse
St
sentido tal que provoque variação inversa no campo quociente equivale à fem induzida na espira, em módulo.

magnético. Isso é obtido com uma corrente no sentido
8. (UFPA) Os campos magnéticos, que podem ser gerados
horário. A ação da força também aumenta o fluxo, pelo de diversas formas, possibilitam o funcionamento da
maioria dos equipamentos elétricos e em especial dos
aumento da área do circuito imersa no campo magnético. motores elétricos. Sobre os campos magnéticos, julgue

as afirmações:
Assim, a corrente induzida também deve ter sentido I. A variação temporal do fluxo de um campo magnético

através de uma bobina induz nessa bobina uma força
horário, para compensar o aumento. eletromotriz.

II. Motores elétricos transformam energia elétrica em
mecânica usando campo magnético nesse processo.

Indução eletromagnética NO VESTIBULAR 143

FIS_PLUS_TOP 23.indd 143 08.10.09 16:33:35


III. Dois fios muito longos e retilíneos conduzindo uma b) o sentido da corrente induzida, considerando que o
corrente elétrica ficam sujeitos a forças de origem campo magnético está “entrando” no plano do papel, e o
magnética. plano transversal da bobina é o próprio plano do papel.
IV. Cargas elétricas em repouso geram campos magné- Como o fluxo aumenta no sentido de “entrar” no papel,
ticos.
Estão corretas somente as afirmações: o sentido da corrente induzida deve provocar um

a) I e II c) I, II e III e) II, III e IV
campo magnético que “sai” do plano do papel para
b) III e IV d) I, II e IV
I. Correta. Trata-se do enunciado da lei de Faraday. compensar o aumento. Pela regra da mão direita, ele

II. Correta. O motor funciona graças à indução deve fluir no sentido anti-horário.

eletromagnética nas espiras em seu interior.

III. Correta. Cada fio provoca um campo magnético no
11. (UFPE) O gráfico indica a variação temporal de um campo
outro, o que acaba gerando força magnética; o sentido magnético espacialmente uniforme, B(t), numa região
onde está imersa uma espira condutora. O campo é per-
da força (atração ou repulsão) depende dos sentidos pendicular ao plano da espira.

das correntes em cada fio. B(t)

IV. Incorreta. Somente a corrente elétrica (o movimento

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ordenado de cargas) pode gerar um campo magnético.

9. (Unimontes-MG) O fluxo magnético através de uma bobina


varia com o tempo, de acordo com o gráfico mostrado a
I II III IV V
seguir. Sabe-se que a bobina constitui um circuito fechado,
cuja resistência é igual a 10 C.
Em qual dos intervalos de tempo, identificados por I, II,
ė [Wb] III, IV e V, ocorrerá a maior força eletromotriz induzida na
4 espira?
a) I c) III e) V
b) II d) IV
O fluxo é diretamente proporcional à variação na

0 0,2 0,3 0,4 t(s) intensidade do campo magnético, quando a área e

Determine o valor da corrente elétrica no intervalo entre a direção da espira em relação ao campo se mantêm
t 5 0,3 s e t 5 0,4 s.
a) 4 A b) 2 A c) 3 A d) 1 A constantes. Logo, a fem induzida será maior no trecho

A variação de fluxo, nesse intervalo de tempo, é de 24 Wb.
do gráfico com maior inclinação em relação ao eixo

Combinando a lei de Ohm com a lei de Faraday, obtemos:
horizontal. Esse trecho é o II.
SΦ 24
R 3 i 5 2​ ____ ​    ]  10 3 i 5 2​ ___ ​   ]  i 5 4 A
St 0,1

10. (UFC-CE) O fluxo magnético que atravessa cada espira de
uma bobina cilíndrica com 50 espiras, em função do 12. (PUC-Minas) Uma espira circular de raio 0,1 m é formada
tempo, é dado pela expressão Φ 5 2t, entre os tempos de um fio condutor cuja resistência elétrica total é 1,0 C.
t 5 1 e t 5 10 s, em que o fluxo é dado em Wb. Para Essa espira está submetida a um campo magnético espa-
esse intervalo de tempo, determine: cialmente uniforme e variável no tempo, de acordo com
o gráfico a seguir.
a) o módulo da força eletromotriz média induzida.
Para uma espira, a fem induzida vale: B(T)

SΦ 20 2 2
OeO 5 ____
​   ​  5 ​ ______ 
 ​  ]
St 10 2 1
1,40
]  OeO 5 2 V
1,05
Como são 50 espiras, a fem é multiplicada por 50: 0,70

0,35
e 5 50 3 2 5 100 V
0,1 0,2 0,3 0,4 t(s)

144 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 23.indd 144 08.10.09 16:33:35


O módulo da corrente elétrica que circula na espira, em 14. (UFBA) Uma haste de cobre com 10,0 cm de comprimento
unidades de 1023 A, é aproximadamente: e massa igual a 3,0 g pode deslizar livremente entre dois
a) 80 b) 109 c) 145 d) 162 trilhos metálicos verticais fixos. O conjunto é posto entre
os polos de um ímã que produz um campo magnético
O ângulo entre as linhas de campo e a normal ao plano da
considerado uniforme, de intensidade igual a 0,1 Wb/m2.
Uma bateria faz circular uma corrente através da haste
espira é de 0w, e a área da espira é a área de um círculo de
de cobre, de acordo com o indicado na figura.
raio 0,1 m. Logo, a variação de fluxo entre 0,1 e 0,4 s vale:

SB
R 3 i 5 ___
​   ​  3 A 3 cos J  ]
St
1,4 2 0,35
]  1 3 i 5 _________
​  3 s 3 (0,1)2 3 cos 0w  ]
 ​ 
0,4 2 0,1
]  i 7 3,5 3 3,1 3 1022  ]  A 7 108,5 3 1023 A

13. (Unimontes-MG) Um solenoide longo, cuja seção reta pos-


sui área de 4,0 3 1024 m2, é enrolado com 600 espiras por
Com base nessas informações:
metro, e a corrente em seu enrolamento está crescendo
a uma taxa igual a 125 A/s. O solenoide passa por dentro a) identifique as forças que atuam na haste quando ela
de uma espira de raio r 5 2,0 cm, que está conectada a está em movimento e explique por que essas forças
um galvanômetro G (veja as figuras). ocorrem;
Quando a haste está em movimento, três forças atuam
I, SI
St
sobre ela: a força peso, uma força magnética relacionada
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

G à corrente imposta pela bateria e uma força relacionada


I, SI
St I' G
E
I à variação do fluxo magnético. O movimento da haste
B
B
faz variar o fluxo do campo magnético na região entre
r
E
A a haste e os trilhos. Assim, de acordo com a lei de
E

O módulo da força eletromotriz e do campo elétrico in-


Faraday-Lenz, surge uma corrente induzida na haste que,

duzidos nessa espira valem, respectivamente:
interagindo com o campo existente, desencadeia uma
a) 12s 3 1026  V e 3 3 1024  V/m
b) 12s 3 1025  V e 3 3 1023  V/m força que se opõe à variação do fluxo, isto é, se opõe ao

c) 16s 3 1026  V e 4 3 1024  V/m
d) 16s 3 1025  V e 4 3 1023  V/m movimento da haste. Como B t i, sen J 5 1; portanto, o

Dado:
módulo da força magnética é dado por:
Permeabilidade magnética no vácuo j0 5 4s 3 1027 Wb/A. Fm
Como a corrente no enrolamento cresce, o módulo do Fm 5 B 3 i 3 L 3 sen J 5 B 3 i 3 L
i
campo magnético também aumenta. A taxa de variação O diagrama das forças sobre

Fi
do fluxo com o tempo vale: a haste quando esta se mg

SΦ SB
____ Si
​   ​  5 ​ ___ ​  3 A 3 cos J  ]  OeO 5 j0 3 n​ ___  ​ 3 A 3 cos J  ] desloca para baixo é
St St St
Fi : força produzida pela corrente induzida
]  OeO 5 4s 3 1027 3 600 3 125 3 4 3 1024 3 cos 0w  ] Fm: força devido a corrente imposta pela bateria.

]  OeO 5 12s 3 1026 V
b) calcule a corrente que faz com que a haste fique
suspensa e parada em um local onde o módulo da
De fato, como a fem induzida é constante, o campo elétrico
aceleração da gravidade é igual a 10,0 m/s2.
também apresenta módulo constante. A espira é circular, Na situação em que a haste fica suspensa e parada, a

e a fem se distribui por toda sua extensão. Assim, o campo força Fi é nula, e a força magnética Fm equilibra a força

elétrico vale: peso, de modo que:

e 12s 3 10 26 m 3 g __________
3 3 1023 3 10
E 5 _________
​  5 ___________
   ​  ​   
 ​  
] B 3 i 3 L 5 m 3 g  ]  i 5 _____
​   ​ 5 ​   ​  
]

perímetro 2s 3 2 3 1022 B3L 0,1 3 0,1
24
]  E 5 3 3 10 V/m ]  i 5 3 A

Indução eletromagnética NO VESTIBULAR 145

FIS_PLUS_TOP 23.indd 145 08.10.09 16:33:36


Física Moderna
A Física Clássica atingiu o auge em 1864, com as equações de Maxwell referentes ao
eletromagnetismo. Para muitos cientistas, pouco havia a resolver na Física teórica, além de
problemas como o espectro de radiação do corpo negro e a comprovação da existência do éter.
Mas as soluções desses problemas exigiram hipóteses que contrariaram o senso comum, e
desencadearam uma revolução científica, evidenciando as limitações dos resultados da mecânica
newtoniana quando aplicada a corpos muito pequenos ou muito rápidos. As bases da Física
Moderna constituem o objeto de estudo deste tópico.

O problema da radiação A lei de Rayleigh-Jeans se aproxima dos resultados empíricos


no caso de valores de H grandes, mas se torna totalmente
de um corpo negro incorreta no caso de comprimentos de onda pequenos.
Chamamos de corpo negro ideal, ou irradiador de cavi-
R (H, T) Lei de Planck
dade, o corpo que emite (ou absorve), em todas as direções,
a máxima radiação eletromagnética possível para a tem-
Lei de Rayleigh-Jeans
peratura em que ele se encontra. São exemplos de corpos

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


negros quase ideais o Sol e um corpo opaco e oco dotado de
um pequeno orifício.
Lei de Wien
NASA/SCIENCE PHOTO
LIBRARY/LATINSTOCK

1 2 3 4 5 6 7 8 H
Figura 4
Comparação entre os dados experimentais (círculos brancos) e os
resultados das leis de Wien (tracejado), Rayleigh-Jeans (pontilhado) e
Planck (linha cheia).

O grande físico alemão Max Planck

Science Source/Photo Researchers,


Inc/Latinstock
Figura 2 conseguiu em 1900 uma notável con-
Figura 1 Se há incidência de luz sobre um cordância com os dados experimen-
O Sol emite luz em todas as pequeno orifício de um sólido tais, corrigindo a expressão de Wien.
direções, quase como um corpo opaco e oco, ela não consegue Ele supôs que os átomos da parede na
negro ideal. mais escapar de dentro do sólido.
região da cavidade se comportavam
como osciladores eletromagnéticos,
Um resultado já conhecido por volta de 1860, mas que per-
cada qual com uma frequência carac-
manecia sem explicação, era o gráfico da radiância R(H) (kJ/nm)
terística de vibração.
de uma cavidade em função do comprimento de onda (nm).
Figura 5
T= 5.500 K Max Planck (1858-1947).
800

Figura 3
600
Gráfico da radiância
de um corpo negro, em
A quantização da energia
R (H) [kj/nm]

T= 5.000 K
função do comprimento A respeito da radiação do corpo negro, Planck apresentou
de onda da luz incidente.
400
T= 4.500 K
uma equação que concordava com os dados experimentais,
Observe que a área
entre cada curva e o eixo desde que fosse obedecida a hipótese:
T= 4.000 K
200 horizontal aumenta com A energia eletromagnética (E) emitida (ou absorvida) pelo
T= 3.500 K a temperatura. O pico de corpo negro não ocorre de modo contínuo, mas em porções
cada curva se desloca
0
0 500 1.000 1.500 2.000 para a esquerda com o
descontínuas de uma quantidade mínima (SE), denominada
H [nm] aumento da temperatura. quantum de energia. A energia que é proporcional à fre-
quência f da radiação
Diversos físicos tentaram explicações baseadas na Físi- SE 5 h 3 f  e  E 5 n 3 h 3 f,
ca Clássica. As duas tentativas mais famosas são as que em que n 5 1, 2, 3..., h 5 6,63 3 10234 J 3 s é denominada
seguem. constante de Planck.
A lei de Wien condiz com os dados experimentais no caso Portanto, a energia é quantizada, ou seja, ela pode ser
de H com valores pequenos, mas diverge à medida que H expressa em valores discretos e múltiplos de uma quantidade
aumenta. fundamental que é o quantum de energia.

146 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 24.indd 146 08.10.09 16:38:27


Efeito fotoelétrico  m decorrência disso, não há como garantir que um siste-
E
ma de referência esteja em repouso ou em MRU em relação
Em 1887, Heinrich Hertz constatou que a luz ultravioleta, a outro referencial inercial arbitrário.
incidindo sobre um metal, gerava faíscas elétricas. O valor da velocidade da luz no vácuo é o mesmo em qual-
Por meio de outros experimentos constatou-se que o efeito quer referencial e independe do movimento da fonte de luz
se deve à emissão de elétrons pela placa metálica. Verificou-se e da direção na qual é observada.
ainda que a energia dos elétrons emitidos não depende da inten- c 7 3 3 108 m/s
sidade da luz incidente, sendo proporcional apenas à frequência Essa constatação envolve alterações na mecânica clássica,
da luz. Finalmente, o resultado mais surpreendente é que, abaixo de modo a manter o valor da velocidade da luz fixo.
de certa frequência da luz incidente, não há emissão alguma.
A explicação, proposta por Albert Einstein, só veio em 1905. A contração do espaço
De acordo com ela, a energia do feixe de luz percorre o espaço
concentrada em “pacotes” ou quanta de luz, chamados fótons. Um dos efeitos relativísticos é a contração do espaço na
A energia dos fótons segue a quantização de Planck. Logo, a direção do movimento, no caso de corpos cujo módulo da
energia cinética máxima do elétron ejetado é dada por: velocidade u se aproxime do da luz no vácuo c.
Emáx. 5 h 3 f 2 Φ,
d
llllll
u2
___
L 5 Le 3 ​ 1 2 ​  2 ​ ​  
em que f é a frequência da luz incidente e Φ a energia neces- c
sária para o elétron escapar do material, denominada função
Nessa expressão, Le é o comprimento medido num re-
trabalho do metal. ferencial no qual o objeto se encontra em repouso, e L é o
Esse trabalho rendeu a Einstein o Nobel de Física em 1921. comprimento num referencial em que o objeto se desloca com
velocidade de módulo u.

O problema do éter luminífero


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

A dilatação do tempo
Após o descoberta das ondas eletromagnéticas por
Outro efeito do postulado de Einstein é a relatividade do
Maxwell, em 1864, acreditava-se que elas necessitassem
tempo. O intervalo de tempo Ste, medido por um relógio em
de um meio para se propagar, como todas as outras ondas
repouso em relação a um referencial, é menor que o intervalo
estudadas até então. Sugeriu-se um meio tênue, que ocuparia
St, medido por um relógio em movimento com velocidade de
todo o espaço, denominado éter luminífero. módulo u em relação ao referencial.
Para demonstrar sua existência, os pesquisadores A. A. Ste
Michelson e E. W. Morley realizaram experimentos, em 1887, St 5 ________
​     ​ 
d
llllll
u2
envolvendo a medição da velocidade da Terra em relação a ___
​ 1 2 ​  2 ​ ​  
esse meio. c

O experimento de Michelson-Morley Composição de velocidades


O aparato experimental de Michelson e Morley consistia num A noção de velocidade relativa também sofreu correções.
feixe de luz refletido por espelhos posicionados em direções dis- Se um corpo se move com velocidade ve em um referencial,
tintas. Se o éter existisse, o detector de luz receberia os sinais enquanto o sistema como um todo se move com velocidade u
em relação a um observador fixo, a velocidade v medida por
refletidos por direções diferentes em instantes diferentes.
esse observador obedece à seguinte expressão:
Surpreendentemente, não foi de-
ve 1 u
v 5 _________
AKG/Latinstock

tectada diferença de tempo alguma ​    ​ 


ve 3 u
entre os sinais luminosos recebidos. 1 1 _____
​  2 ​  
c
Albert Einstein conseguiu resolver
Note que, no caso de velocidades pequenas se compa-
o dilema com base em dois postula-
radas com a da luz, a expressão reassume sua versão mais
dos. A partir de então, a hipótese da conhecida: v 5 ve 1 u
existência do éter foi descartada.

Equivalência entre massa e energia


Figura 6 O valor de repouso m0 de uma massa parece aumentar para
Albert Einstein (1879-1955) em 1905, um valor m, caso o objeto se movimente com velocidade u em
data da publicação dos resultados
relação ao observador.
da chamada relatividade especial. m0
m 5 ​ ________
   ​ 
d
llllll
u2
​ 1 2 ___
​  2 ​ ​  
A relatividade c
A consequência mais famosa dos efeitos relativísticos em
especial de Einstein referenciais inerciais é a equivalência entre massa e energia:
Os resultados de Einstein baseiam-se apenas em dois E 5 m 3 c2
postulados:
As leis da Física são as mesmas para quaisquer referenciais Conteúdo digital Moderna PLUS http://www.modernaplus.com.br
inerciais. Animação: Relatividade

física moderna 147

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Física Moderna

No Vestibular

1. (UFT-TO) Em um átomo, o primeiro nível, ocupado por um 3. (Unicamp-SP) A Física de Partículas nasceu com a desco-
elétron, tem energia E1 5 22,6 3 10219 J e o segundo, deso- berta do elétron, em 1897. Em seguida foram descobertos
cupado, tem energia E2 5 21,3 3 10219 J. Ao ser iluminado o próton, o nêutron e várias outras partículas, dentre elas
com luz monocromática, de determinada frequência, esse o píon, em 1947, com a participação do brasileiro César
átomo absorve um fóton e, com isso, o elétron passa do Lattes.
primeiro nível para o segundo. Sabe-se que o valor da a) Num experimento similar ao que levou à descoberta do
constante de Planck é de 6,6 3 10234 Js. Considerando-se nêutron, em 1932, um nêutron de massa m desconhecida
essas informações, é correto afirmar que, na situação e velocidade v0 5 4 3 107 m/s colide frontalmente com
descrita, a frequência da luz incidente no átomo é de, um átomo de nitrogênio de massa M 5 14 u (unidade
aproximadamente: de massa atômica) que se encontra em repouso. Após a
a) 1 3 1014 s21 c) 3 3 1014 s21 colisão, o nêutron retorna com velocidade ve e o átomo
b) 2 3 1014 s21 d) 4 3 1014 s21 de nitrogênio adquire uma velocidade V 5 5 3 106 m/s.
Em consequência da conservação da energia cinética,
Utilizando a quantização de energia para o fóton:
a velocidade de afastamento das partículas é igual à
velocidade de aproximação. Qual é a massa m, em uni-
SE 5 E2 2 E1 5 h 3 f  ]
dades de massa atômica, encontrada para o nêutron no
]  [21,3 2(22,6)] 3 10219 5 6,6 3 10234 3 f  ] experimento?

Conservação da quantidade de movimento:
]  f 7 2 3 1014 s21

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


m 3 v0 5 M 3 V 2 m 3 ve. Como v0 5 V 1 ve, ve 5 v0 2 V  ]

2. (Unicamp-SP) Com um pouco de capacidade de interpre- ]  m 3 v0 5 M 3 V 2 m 3 (v0 2 V)  ]
tação do enunciado, é possível entender um problema de
V 5 3 106
Física Moderna, como o exposto a seguir, com base nos ]  m 5 _______
​  3 M 5 ________________
   ​  ​     ​3 14  ]
  
conhecimentos de ensino médio. 2v0 2 V 2 3 4 3 107 2 5 3 106
O Positrônio é um átomo formado por um elétron e sua ]  m 7 0,9 u

antipartícula, o pósitron, que possui carga oposta e massa
igual à do elétron. Ele é semelhante ao átomo de hidrogê- b) O Grande Colisor de Hádrons (Large Hadron Collider–LHC)
nio, que possui um elétron e um próton. A energia do nível é um acelerador de partículas que tem, entre outros
213,6 propósitos, o de detectar uma partícula, prevista teori-
fundamental desses átomos é dada por E1 5 _________
@ 
​    eV,
 ​ 
#
me camente, chamada bóson de Higgs. Para esse fim, um
​ 1 1 ___
​    ​  ​
mp próton com energia de E 5 7 3 1012 eV colide frontalmen-
te com outro próton de mesma energia, produzindo
onde me é a massa do elétron e mp é a massa do pósitron, muitas partículas. O comprimento de onda (H) de uma
no caso do Positrônio, ou a massa do próton, no caso do partícula fornece o tamanho típico que pode ser obser-
átomo de Hidrogênio. vado quando a partícula interage com outra.
Para o átomo de hidrogênio, como a massa do próton é h3c
No caso dos prótons do LHC, E 5 ​ ____ , onde
 ​ 
muito maior que a massa do elétron, E1 5 213,6 eV. H
a) Calcule a energia do nível fundamental do Positrônio. h 5 4 3 10215 eV 3 s, e c 5 3 3 108 m/s. Qual é o compri-
mento de onda dos prótons do LHC?
Substituindo diretamente na expressão do enunciado:
Usando a relação entre energia e comprimento de onda:
213,6 213,6
E1 5 ______________
​     ​5 ______
​    ]  E1 5 26,8 eV
 ​ 
@ 
   h3c 4 3 10215 3 3 3 108
#
9 3 10 231 111 E 5 ​ ____
 ​   ]  H 5 ​ ______________
   ​   ]
​ 1 1 ________
​    ​ 
  ​ H 7 3 1012
9 3 10 2 31
]  H 7 1,7 3 10219 m



b) Ao contrário do átomo de Hidrogênio, o Positrônio é muito
instável, pois o elétron pode se aniquilar rapidamente 4. (PUC-RS) Em 1905, Einstein propôs que a luz poderia se com-
com a sua antipartícula, produzindo fótons de alta ener- portar como partículas, os fótons, cuja energia E seria dada
gia, chamados raios gama. Considerando que as massas por E 5 hf, onde h é a constante de Planck e f é a frequência
do elétron e do pósitron são me 5 mp 5 9 3 10231 kg, e que, da luz. Já em 1923, inspirado nas ideias de Einstein, Louis
ao se aniquilarem, toda a sua energia, dada pela relação De Broglie propôs que qualquer partícula em movimento
de Einstein Ep 1 Ee 5 me 3 c2 1 mp 3 c2, é convertida na poderia exibir propriedades ondulatórias. Assim sendo, uma
energia de dois fótons gama, calcule a energia de cada partícula em movimento apresentaria uma onda associada
fóton produzido. A velocidade da luz é c 5 3,0 3 108 m/s. cujo comprimento de onda H seria dado por H 5 __
h
​   ​ , onde h é
2me 3 c2 p
E 5 _______
​   ​   5 2 3 9 3 10
231
3 (3 3 108)2  ] a constante de Planck e p é o momento linear da partícula.
2
Estas relações participam da descrição do comportamento
]  E 5 8,1 3 10214 J
dualístico (partícula-onda) da matéria.

148 Suplemento de revisão FÍSICA

FIS_PLUS_TOP 24.indd 148 08.10.09 16:38:27


Supondo que um elétron, um próton e uma bola de futebol 6. (UFRGS-RS) O espectro de radiação emitido por um corpo
se movam com a mesma velocidade escalar, a sequência negro ideal depende basicamente de:
das partículas, em ordem crescente de seus comprimentos a) seu volume.
de onda associados, é:
b) sua condutividade térmica.
a) elétron – bola de futebol – próton. c) sua massa.
b) elétron – próton – bola de futebol. d) seu calor específico.
c) próton – bola de futebol – elétron. e) sua temperatura.
d) bola de futebol – elétron – próton.
Segundo a relação de Boltzmann, a energia de um corpo
e) bola de futebol – próton – elétron.
Escrevendo o momento linear em termos de massa e negro depende unicamente da sua temperatura absoluta:

velocidade, temos uma nova expressão para a expressão E 5 k 3 T 4.

h
de De Broglie: H 5 _____
​     ​. 
m3v 7. (UFPE) As lâmpadas de vapor de sódio usadas na ilumi-
Como h e v são constantes, H e m são inversamente nação pública produzem luz de cor laranja com compri-
mentos de onda iguais a H1 5 589,0 nm e H2 5 589,6 nm.
proporcionais. Logo, a ordem crescente de comprimentos Essas emissões têm origem em dois níveis de energia dos
  átomos de sódio que decaem para o mesmo estado final.
de onda corresponderá à ordem decrescente de massas. Calcule a diferença de energia, SE, entre estes níveis, em
unidades de 10222 J.
(Dados: constante de Planck: 6,64 3 10234 J 3 s; velocidade

da luz no vácuo: 3 3 108 m/s)
SE 5 h 3 c 3 ​ __@ 
1
​    ​ 2 __#
1
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

​    ​   ​  ]
H2 H1
5. (UFPel-RS) Com base em seus conhecimentos de Física
Moderna é correto afirmar que:
@ 
]  6,64 3 10234 3 3 3 108 3 ​ ​ _________
1
​ 
1
#
2 __________
   ​     ​  
589 3 1029 589,6 3 1029
​  ]

]  19,92 3 10226 3 (1,6977 3 106 2 1,6960 3 106)  ]


a) um corpo em repouso e não sujeito à ação de forças
possui uma energia dada pelo produto da sua massa
]  SE 7 3,3 3 10222 J
pelo quadrado da velocidade da luz.
b) quando um elétron, em um átomo, passa do nível de
energia com n 5 2 para o nível n 5 1, absorve um fóton 8. (UEPB, adaptado) Em 1887, Heinrich Hertz realizou as
cuja energia é hL. experiências que confirmaram a existência de ondas
c) no efeito fotoelétrico, observa-se que a energia do fo- eletromagnéticas e ainda observou que uma descarga
toelétron depende do tempo de exposição à radiação elétrica entre dois eletrodos dentro de uma ampola de
incidente. vidro, conforme a figura a seguir, é facilitada quando a
radiação luminosa incide em um dos eletrodos, fazendo
d) o princípio da exclusão de Pauli afirma que podemos aco-
com que elétrons sejam emitidos de sua superfície.
modar no mínimo dois elétrons em cada nível de energia.
e) nos processos de fusão nuclear, um átomo se divide
espontaneamente em átomos de menor massa, emi-
tindo energia.
a) Correta. Essa expressão retrata a equivalência entre

massa e energia, descrita na teoria da relatividade de

Einstein.

b) Incorreta. Quando o elétron vai de um nível energético

maior para um menor, ele emite um fóton. jA

V
c) Incorreta. A energia depende apenas da frequência da

radiação incidente.

d) Incorreta. O princípio de exclusão admite no máximo

dois elétrons por nível. Esse fenômeno foi chamado efeito fotoelétrico. A Física

Clássica foi incapaz de explicar o efeito fotoelétrico. Em
e) Incorreta. Na fusão nuclear, átomos de menor massa se
1905, Einstein publicou um artigo explicando o efeito
fotoelétrico, que desafiava os físicos da época, a partir da
fundem num átomo de massa maior, emitindo energia.
quantização da energia introduzida por Planck, marcando
assim o início da Física Quântica. Em 1921, esse trabalho
deu ao cientista alemão o prêmio Nobel de Física. O efeito

Física Moderna NO VESTIBULAR 149

FIS_PLUS_TOP 24.indd 149 08.10.09 16:38:28


fotoelétrico é um fenômeno historicamente importante 10. (UFJF-MG) O átomo de hidrogênio é composto por um
no contexto da Física Moderna. O efeito fotoelétrico é a próton e um elétron. No estado fundamental, a energia
base de várias aplicações tecnológicas. Como exemplo, de ligação entre eles é de 213,60 eV. A energia de ligação
podemos citar os sensores fotoelétricos e sua gama de do primeiro estado excitado é 23,40 eV, e a do segundo é
utilização, como no cinema falado e leitura laser nos discos 21,50 eV, conforme representado na figura A.
compactos.
Cavalcante, M. A., Tavolaro, C. R. C.; Souza, D. F. de; Muzinatti, J.
–1,50 eV
Uma aula sobre o efeito fotoelétrico no desenvolvimento de competências
e habilidades. Física na escola, v. 3, n. 1, 2002. (Adaptado.)

Com base nas informações do texto, considere um circui- –3,40 eV


to elétrico construído conforme a figura que o ilustra, em
que uma placa metálica de césio é iluminada por uma
onda luminosa, de comprimento 3 3 1027 m, cuja função
de trabalho do césio (Φ) é 2,1 eV, e considere, também, a
velocidade da luz c 5 3 3 108 m/s e a constante de Planck –13,60 eV
h 5 4 3 10215 eV 3 s. A energia cinética dos elétrons, emitidos
Figura A
por esta placa, em (eV), vale:
a) 1,5 c) 1,4 e) 1,8 Considere que o elétron esteja no segundo estado exci-
b) 1,9 d) 2,0 tado. Para decair para o estado fundamental, ele emitirá
fótons.
Pelo efeito fotoelétrico, a energia cinética dos elétrons vale:

h3c 4 3 10215 3 3 3 108
E 5 ____
​   ​ 2 Φ 5 ​ ______________
   ​  2 2,1 5 4 2 2,1  ] E (eV)
H 3 3 1027
0,66 1,90 2,55 10,20 12,10 12,75
]  E 5 1,9 eV

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


Figura B

A figura B representa linhas de espectro de emissão


do átomo de hidrogênio, com os respectivos valores de
energia indicados. Quais linhas podem aparecer nesse
9. (UEPB, adaptado) A relatividade proposta por Galileu e decaimento?
Newton na Física Clássica é reinterpretada pela Teoria da
a) Somente as linhas com energia 12,10 eV, 10,20 eV e
Relatividade Restrita, proposta por Albert Einstein (1879-
1,90 eV.
-1955) em 1905, que é revolucionária porque mudou as
ideias sobre o espaço e o tempo, uma vez que a anterior b) Somente a linha com energia 12,10 eV.
era aplicada somente a referenciais inerciais. Em 1915, c) Com exceção da linha de 12,75 eV, todas as demais.
Einstein propôs a Teoria Geral da Relatividade, válida para d) Somente a linha com energia 12,75 eV.
todos os referenciais (inerciais e não inerciais). e) Somente as linhas com energia 10,20 eV e 1,90 eV.
Considere uma situação “fictícia”, que se configura como O elétron pode decair direto para o estado fundamental.
uma exemplificação da relatividade do tempo. Um grupo
de astronautas decide viajar numa nave espacial, ficando Nesse caso, o fóton emitido deve ter, em eV, energia de:
em missão durante seis anos, medidos no relógio da nave.
Quando retornam à Terra, verifica-se que aqui se passa- 21,50 2 (213,60) 5 12,10.
ram alguns anos. Considerando que c é a velocidade da luz
no vácuo e que a velocidade média da nave é 0,8 c, é correto Outra possibilidade é ele decair primeiramente para o
afirmar que, ao retornarem à Terra, se passaram:

a) 20 anos c) 30 anos e) 6 anos primeiro estado excitado, emitir um fóton, e depois decair

b) 10 anos d) 12 anos
Ste novamente para o estado fundamental, emitindo outro
Nessa situação fictícia, vale a expressão: St 5 ​ _______
   ​  ,

d
llllll
u2
__
​ 1 2 ​  2 ​ ​   fóton. As energias dos fótons emitidos serão, em eV,
c

respectivamente iguais a:
em que St é o intervalo de tempo medido na Terra, St0 é

21,50 2 (23,40) 5 1,90 eV
o intervalo medido no relógio da nave, e u é a velocidade

23,40 2 (213,60) 5 10,20 eV
média da nave. Substituindo os valores do enunciado,

temos:

6 6 6
St 5 ___________
​    5 ​ _________
 ​     ​ 5 ______
​     ​ 
 ]

d
lllllllll
(0,8c) 2 ​ 1 2 0,64 ​ ​ 0,36 ​ 
d lllllll d llll
______
​ 1 2 ​  2 ​ ​    
c 11. (UFG-GO) A análise da espectroscopia de emissão da
6 radiação de um planeta tem seu espectro de emissão
]  St 5 ​ ___   ​ 5 10 anos
0,6 (transições eletrônicas, dos elétrons em níveis mais exci-
tados para os de mais baixa energia) ilustrado na figura a
seguir, na qual as linhas espectrais das quatro primeiras

150 Suplemento de revisão FÍSICA

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transições estão em ordem crescente de tamanho para 12. (UFCG-PB) Em relação à Teoria da Relatividade Especial,
cada elemento presente na amostra. pode-se afirmar que:

4 a) as leis da Física têm a mesma forma em todos os re-


ferenciais não inerciais.
b) a duração de um evento só tem sentido se indicado o
3 sistema de referência ao qual ela se refere.
c) fontes luminosas em movimento apresentam diferentes
Transição

valores da velocidade da luz para referenciais inerciais.


2 d) duas naves espaciais estão viajando na mesma direção
e sentido, uma com velocidade igual a 0,5 c e outra com
velocidade 0,8 c; o módulo da velocidade relativa entre
1
elas é de 0,3 c.
e) no domínio relativístico, obtém-se a composição
0 das velocidades v e ve de uma partícula, medidas
800 820 840 860 880 900 920 940 960 980 em referenciais inerciais distintos, multiplicando-se
Comprimento de onda (angstrons) o resultado, segundo a relatividade de Galileu, pelo

A tabela a seguir fornece a energia das transições de


alguns elementos químicos na região pelo espectro, em

@  v 3 ve
fator ​ 1 2 _____
​  2 ​  
c #
 ​.

termos de comprimentos de onda. a) Incorreta. As leis se mantêm apenas para referenciais



inerciais. Nos outros, surgem forças fictícias para
Elemento H(Å) das transições atômicas

1a 2a 3a 4a compensar a aceleração do referencial.



Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Au 925,72 946,03 950,39 957,78 b) Correta. O conceito de tempo é relativo ao referencial



Ga 829,60 958,67 960,57 969,19
no qual se efetua a medida.

Ge 822,97 835,08 850,50 862,23
c) Incorreta. A velocidade da luz de qualquer fonte, num
H 926,25 930,75 937,80 949,74
referencial inercial, é a mesma.
Hg 893,08 915,83 923,39 940,80
Sb 691,20 764,43 814,85 849,39 d) Incorreta.

v 2 ve 0,8c 2 0,5c
Se 828,50 832,70 906,60 912,90 V 5 ________
​    ​ 5 ​ _____________
     ​  ]
v 3 ve 0,8c 3 0,5c
Si 805,10 820,52 843,72 845,78
1 1 _____
​  2 ​    1 1 _________
​   ​   
c c2

Sn 899,92 917,40 935,63 945,83 0,3c

@ 
]  V 5 _______
​    ​  ]  V 7 0,21c.
Fonte: LIDE, David R. Handbook of Chemistry and Physics. 1 1 0,4

#
1
76th ed. New York: CRC Press, 1995. e) Incorreta. O fator multiplicativo é ​ ​ _________
   ​   ​.
v 3 ve
Com base no espectro de emissão e nos dados da tabela, 1 1 ​ _____ ​  
c2
conclui-se que esse planeta contém os seguintes elementos:
a) H, Ge , Sb e Sn d) Au, Ga, Ge e Hg
b) H, Se, Si e Sn e) H, Sb, Si e Hg 13. (UFRGS-RS) Considere as afirmações a seguir, acerca da
teoria da relatividade restrita.
c) Au, Ga, Se e Sb
I. O tempo não é absoluto, uma vez que eventos simultâneos
O primeiro elemento apresenta linhas das quatro primeiras em um referencial inercial podem não ser simultâneos se
transições próximas aos valores em Å: 820, 835, 850 e 860. observados a partir de outro referencial inercial.
Analisando a tabela, o único elemento que se encaixa é o Ge. II. Segundo a lei relativística de adição de velocidades, a
O segundo elemento apresenta linhas próximas aos soma das velocidades de dois corpos materiais nunca
valores: 915, 925 e 940 Å. Pela tabela, a 1a linha deve ser resulta em uma velocidade acima da velocidade da luz.
posicionada em 893 Å e trata-se do Hg. III. As leis da natureza não são as mesmas em todos
O terceiro elemento apresenta linhas próximas aos valores os sistemas de referência que se movimentam com
945, 950 e 957 Å. Escolhendo a 1a linha caindo em 925 Å, o velocidade uniforme.
elemento procurado é o Au. Quais estão corretas?
Finalmente, o quarto elemento apresenta linhas em torno a) Apenas I c) Apenas I e II e) I, II e III
dos valores 830, 955, 960 e 970 Å. Temos o Ga com valores b) Apenas II d) Apenas II e III
em torno dessa faixa.
I. Correta. A noção de simultaneidade depende do

referencial inercial adotado.
II. Correta. Em nenhum referencial, a velocidade de um
corpo pode ser superior à da luz no vácuo.
III. Incorreta. O primeiro postulado da teoria da
relatividade restrita diz exatamente o contrário.

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