Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
EM QUÍMICA
FÍSICA GERAL
Semestre 5
CDD 370
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL
UNIMES – Universidade Metropolitana de Santos - Campus I e III
Rua da Constituição, 374 e Rua Conselheiro Saraiva, 31
Bairro Vila Nova, Santos - São Paulo - Tel.: (13) 3226-3400
E-mail: infounimes@unimes.br
Site: www.unimes.br
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL
EQUIPE UNIMES VIRTUAL
Diretor Executivo
Prof. Eduardo Lobo
Supervisão de Projetos
Prof.ª Deborah Guimarães
Prof.ª Doroti Macedo
Prof.ª Maria Emilia Sardelich
Prof. Sérgio Leite
Grupo de Apoio Pedagógico - GAP
Prof.ª Elisabeth dos Santos Tavares - Supervisão
Prof.ª Denise Mattos Marino
Prof.ª Joice Firmino da Silva
Prof.ª Márcia Cristina Ferrete Rodriguez
Prof.ª Maria Luiza Miguel
Prof. Maurício Nunes Lobo
Prof.ª Neuza Maria de Souza Feitoza
Prof.ª Rita de Cássia Morais de Oliveira
Prof. Thiago Simão Gomes
Angélica Ramacciotti
Leandro César Martins Baron
Grupo de Tecnologia - GTEC
Luiz Felipe Silva dos Reis - Supervisão
André Luiz Velosco Martinho
Carlos Eduardo Lopes
Clécio Almeida Ribeiro
Grupo de Comunicação - GCOM
Ana Beatriz Tostes
Carolina Ferreira
Flávio Celino
Gabriele Pontes
Joice Siqueira
Leonardo Andrade
Lílian Queirós
Marcos Paulo da Silva
Nildo Ferreira
Ronaldo Andrade
Stênio Elias Losada
Tiago Macena
William Souza
Grupo de Design Multimídia - GDM
Alexandre Amparo Lopes da Silva - Supervisão
Francisco de Borja Cruz - Supervisão
Alexandre Luiz Salgado Prado
Lucas Thadeu Rios de Oliveira
Marcelo da Silva Franco
Secretaria e Apoio Administrativo
Camila Souto
Carolina Faulin de Souza
Dalva Maria de Freitas Pereira
Danúsia da Silva Souza
Raphael Tavares
Sílvia Becinere da Silva Paiva
Solange Helena de Abreu Roque
Viviane Ferreira
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL
Aula Inaugural
Esta disciplina tem um papel importante, pois a Física é uma ciência irmã
da Matemática ao utilizar os seus resultados. Estas duas ciências são tão
próximas que um dos maiores físicos de todos os tempos, Isaac Newton,
também é considerado um grande Matemático. Ele é o pai das leis da di-
nâmica (leis de Newton) assim como do Cálculo Diferencial e Integral.
Portanto, aqui você verá alguns exemplos que lhe permitirão dar exemplos
concretos de aplicação da Matemática. Vale ressaltar que existem várias
outras possíveis aplicações para a Matemática, como: na Biologia, na Eco-
nomia, na Química etc.
Espero que este texto sirva de motivação para que você mostre aos seus
alunos que a Matemática e a Física, em conjunto, podem trazer muitas
respostas para as questões da química e do cotidiano.
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL
Índice
Unidade I: Cinemática........................................................................................ 11
Aula: 01 - Movimento e Repouso................................................................................ 12
Aula: 02 - Velocidade e Aceleração Média.................................................................. 15
Aula: 03 - Equação do Movimento.............................................................................. 19
Aula: 04 - Cálculo Diferencial...................................................................................... 23
Aula: 05 - Conservação do Movimento....................................................................... 27
Resumo - Unidade I..................................................................................................... 32
UNIMES VIRTUAL
10 FÍSICA GERAL
Unidade I
Cinemática
Objetivos
Estudar os fundamentos da Mecânica, que são assunto da Cinemática. Estudare-
mos os movimentos sem nos preocuparmos com as forças. Trataremos da dif-
erença entre movimento e repouso. Veremos também como equacionar o movi-
mento.
Plano de Estudo
Esta unidade conta com as seguintes aulas:
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 11
Aula: 01
Movimento
O jovem Teobaldo está indo para a escola. Como mora longe da escola, ele
vai de ônibus. Ainda bem que ele vai sempre sentado, pois é um dos primei-
ros a pegar o ônibus. Enquanto está andando, ele olha para as outras pesso-
as no ônibus, que também estão sentadas e se pergunta o seguinte: “Será
que as demais pessoas do ônibus estão em repouso ou em movimento?”.
Ele foi à escola a fim de assistir à aula de Física para tentar esclarecer sua
dúvida.
UNIMES VIRTUAL
12 FÍSICA GERAL
O movimento sempre depende de um referencial. O Zezinho, que ainda
está esperando o ônibus, está em repouso em relação ao solo. Mas em
relação ao sol? A Terra está em movimento, e, além da Terra, o sol também
está em movimento. A nossa galáxia está em movimento. Portanto, não
existe um referencial absoluto.
Unidades de medida
Questões
a) Certamente em movimento.
b) Certamente em repouso.
c) Em repouso ou em movimento, dependendo do referencial.
d) Nenhuma das anteriores.
a) Ao caderno.
b) Ao chão.
c) Ao seu corpo.
d) À sua mão.
UNIMES VIRTUAL
14 FÍSICA GERAL
Aula: 02
Qual carro está mais rápido: um que está a 25 m/s ou outro que corre
a 72 km/h?
Sabemos que um quilômetro é o mesmo que 1.000 metros, que uma hora
corresponde a 60 minutos e cada minuto possui 60 segundos. Assim, em
uma hora temos 60x60 segundos = 3600 segundos.
72 km 72.000 m
v= = = 20 m / s
1h 3600 s
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 15
Em metros por segundo, temos:
100 m
v= = 10 m / s
10 s
3.600
em metros por segundo e multiplicamos por , depois é só notar que
3.600
1.000 metros é o mesmo que 1 quilômetro e que 3.600 segundos equiva-
lem a 1 hora. Assim:
10 m 10 m 3600 36000 m 36 km
v= = × = = = 36 km / h
1s 1 s 3600 3600 s 1h
∆s s − s0
v= =
∆t t − t0
O índice 0 indica inicial. Quando escrevemos S-S0, estamos escrevendo:
posição final menos a inicial. O mesmo vale para o tempo.
Aceleração
∆v
a=
∆t
Queremos saber a aceleração de um carro que consegue partir do repouso
e atingir a velocidade de 100 km/h em 10 segundos. Há um pequeno proble-
ma, pois temos duas unidades de tempo diferentes: hora e segundos. Para
resolvê-lo precisamos escolher em qual unidade vamos escrever este valor.
Queremos escrever nas duas unidades, ou seja, em km/h2 e em m/s2.
mesmo que 1
3.600 horas. Veja que um segundo é apenas uma pequena
fração de uma hora. Assim, a sua aceleração será:
(100 − 0)km / h 2
a= = 36.000 km / h
(
10
3600
h )
Se quisermos escrever a aceleração utilizando as unidades do Sistema
Internacional, fazemos assim:
100.000 m
100 km / h 3.600 s 100.000 m
a= = = = 2, 78 m / s 2
10 s 10 s 36.000 s
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 17
As medidas que tratamos hoje (velocidade e aceleração),
tais como calculadas hoje, são chamadas de velocidade
média e aceleração média. Na próxima aula trataremos da
velocidade instantânea e da aceleração instantânea. Até lá!
Questões
a) 2s
b) 3s
c) 4s
d) 5s
UNIMES VIRTUAL
18 FÍSICA GERAL
Aula: 03
∆s
dade média é: v= . Se considerarmos que o movimento começa em
∆t
∆s s − s0
t0 = 0, então a equação ficaria: v = = . Fazendo uma pe
∆t t
quena manipulação, podemos escrevê-la como:
s = s0 + vt
Pronto, chegamos finalmente à equação de primeiro grau. Vamos usá-la
para descrever o movimento de qualquer corpo em movimento. Mas é
importante entender o que a equação diz. Ela é bastante simples. Primeira-
mente, vemos que para t = 0 a posição do móvel será s = s0. Ou seja, s0
é simplesmente a posição inicial deste móvel.
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 19
média é de 9 m/s. Escreva a equação do movimento e diga qual será a sua
posição depois de 2 minutos de corrida.
s = 200 + 9 ×120
Portanto, no instante t = 120 s:
s = 1280m
Gráfico
UNIMES VIRTUAL
20 FÍSICA GERAL
Movimento Uniformemente Variado (Aceleração 0)
Vemos que a área do gráfico (abaixo da curva) é dada pela área do retân-
gulo mais a área do triângulo:
at 2
s = s0 + v0t +
2
2
s = s0 + vt + at
2
Substituindo os valores temos:
Agora queremos saber qual será a posição do veículo quando ele parar.
Utilizamos a equação do movimento substituindo o instante t por 12, ou
seja:
UNIMES VIRTUAL
22 FÍSICA GERAL
Aula: 04
Isaac Newton (1643 – 1727) e Gottfried Wilhelm von Leibniz (1646 – 1716)
são os pais do Cálculo diferencial e Integral. É claro que outros antes deles
já haviam feito algumas contribuições para alguma coisa que viria a ser
este cálculo mais avançado. Entretanto, foram os dois que deram uma
forma completa para o Cálculo.
∆x
v=
∆t
∆v
a=
∆t
A velocidade e a aceleração que calculamos até agora são médias. Se qui-
sermos calcular uma velocidade ou uma aceleração instantânea, teremos
de recorrer às derivadas.
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 23
Velocidade e Aceleração instantâneas
x2 − x1
v=
t2 − t1
∆x
v = lim
∆t → 0 ∆t
dx
v=
dt
Esta é a derivada da posição em relação ao tempo.
UNIMES VIRTUAL
24 FÍSICA GERAL
O mesmo vale para a aceleração. Se quisermos calcular a aceleração ins-
tantânea, devemos utilizar a derivada. Note que a aceleração é a derivada
da velocidade em relação ao tempo:
∆v dv
a = lim , ou a=
∆t → 0 ∆t dt
Podemos ainda escrever a aceleração como a segunda derivada da posi-
ção em relação ao tempo:
d 2x
a= 2
dt
dx
A sua velocidade será: v= = 3 m, e a sua aceleração será:
dt
d 2x
a= 2 =0
dt
Este exercício é simples e poderia ter sido resolvido sem utilizar as derivadas.
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 25
Portanto, a sua velocidade será dada por:
v = 4 + 12t + 24t 2
A sua aceleração é a derivada da velocidade, ou seja:
a = 12 + 48t
UNIMES VIRTUAL
26 FÍSICA GERAL
Aula: 05
Experimento 1
Experimento 2
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 27
Por que será que no caso anterior ocorreu uma conservação da velocidade
e agora não? Temos uma pista, mudamos a massa de um dos carrinhos.
Vemos que o carrinho menor foi empurrado com mais facilidade do que o
carrinho grande. Então, o que se conserva não é a velocidade, mas alguma
grandeza que depende da velocidade e da massa dos veículos. Mas que
grandeza é essa?
q = m⋅v
Agora que sabemos que o momento depende da massa e da velocidade
dos corpos que estão interagindo, vamos analisar os experimentos que
fizemos.
q0 = m1 ⋅ v01 + m2 ⋅ v02 = 10 + 0 = 10 kg m / s
q = m1 ⋅ v1 + m2 ⋅ v2 = 4 + 6 = 10 kg m / s
UNIMES VIRTUAL
28 FÍSICA GERAL
Vemos que o momento se conservou. Faça as contas e verifique que o mo-
mento da segunda batida também se conservou. Para estas contas utilize
que a massa do carrinho menor é a metade da massa do outro carrinho.
Experimento 3
Não vamos mais falar sobre energia, pois este não é o tema da aula de
hoje. Numa aula futura estudaremos mais a energia. Hoje vamos estudar
apenas a conservação do momento.
q0 = m1 ⋅ v01 + m2 ⋅ v02 = 10 − 10 = 0
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 29
Isto: o momento inicial era zero, assim como o momento final:
q = m1 ⋅ v1 + m2 ⋅ v2 = 5 − 5 = 0
Portanto, o momento total se conservou como sempre deve ocorrer.
Segundo ele, Deus teria criado o universo com uma certa quantidade de
movimento e de repouso. Estas quantidades permaneceriam imutáveis, ou
seja, sempre as mesmas com o passar do tempo.
Esta idéia de atribuir à divindade não está mais presente na Física, mas era
muito comum na época. O próprio Isaac Newton utilizou diversas vezes a
divindade para justificar vários fenômenos Físicos.
Questões
a) 1 m/s
b) 0,3 m/s
c) 0,333 m/s
d) 3 m/s
Bons Estudos!
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 31
Resumo – Unidade I
O nome do grupo já diz qual é a proposta deste grupo da USP. Eles progra-
mam a física de uma forma bastante interessante. A Física é ensinada por
meio de vários conceitos interessantes. O texto é engraçado e contém um
pouco da Física do nosso dia-a-dia.
É um bom texto para ser usado nas aulas do Ensino Médio. É composto
por 4 livros (Mecânica, Física Térmica, Óptica e Eletromagnetismo) que
estão disponíveis gratuitamente na Internet no formato pdf (Portable Do-
cument File) da Adobe.
http://axpfep1.if.usp.br/~gref/
Sala de Física
O professor de Física Luiz Carlos Marques Silva criou esta página muito
boa. Neste endereço alguns assuntos são discutidos, com várias explica-
ções que podem ajudar outros professores.
http://br.geocities.com/saladefisica
Feira de Ciências
Página do professor de Física Luiz Ferraz Netto. Esta é uma página ex-
celente para você aprender vários experimentos para fazer para os seus
alunos.
http://www.feiradeciencias.com.br/
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 33
Licenciatura em Ciências Exatas
http://educar.sc.usp.br/licenciatura/
Este site é excelente. Tem um conteúdo muito bom sobre como as coi-
sas funcionam. Além de falar de Ciência, Eletrônica e Computadores, fala
também de automóveis, saúde e vários outros assuntos. Somente o link
Ciência contém centenas de assuntos (muito bem explicados), com figu-
ras e animações.
http://www.howstuffworks.com/
http://pt.wikipedia.org/
Kepler
http://astro.if.ufrgs.br/index.htm
UNIMES VIRTUAL
34 FÍSICA GERAL
Revista Brasileira de Ensino de Física
http://www.sbfisica.org.br/rbef/
Física na Escola
http://www.sbfisica.org.br/fne/Welcome.shtml
Gazeta de Física
http://nautilus.fis.uc.pt/gazeta/
http://www.fsc.ufsc.br/ccef/port/cad/p_cad.html
http://www.if.ufrgs.br/public/ensino/revista.htm
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 35
Exercício de auto-avaliação I
1) Se dois carros movem-se, sempre um ao lado do outro, pode-se afirmar que um está
parado em relação ao outro?
a) Sim.
b) Não.
c) Depende do referencial.
d) Depende da velocidade dos carros.
2) Um rapaz estava dirigindo uma motocicleta a uma velocidade de 20 m/s quando acionou
os freios e parou em 4s. Determine a aceleração imprimida pelos freios à motocicleta.
a) 20 m/s2
b) 5 m/s2
c) 4 m/s2
d) -5 m/s2
3) Uma bicicleta movimenta-se sobre uma trajetória retilínea segundo a função horária
s=10+2t (no SI). A sua posição inicial e a sua velocidade são respectivamente:
a) 10 m, 2 m/s
b) 2 m, 10 m/s
c) 10 m/s, 2 m
d) 2 m/s, 10 m
a) 150
b) 165
c) 20
d) 0
at 2
x = x0 + v0t +
2
UNIMES VIRTUAL
36 FÍSICA GERAL
Quanto vale a sua velocidade em qualquer instante de tempo?
a) v = v 0
b) v = v0 + at
c) v = at
at 2
d) v = v0t +
2
a) 0 m/s
b) 6 m/s
c) 8 m/s
d) 4 m/s
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 37
UNIMES VIRTUAL
38 FÍSICA GERAL
Unidade II
Dinâmica
Objetivos
Estudar a força como causadora do movimento, assim como as forças presentes
em corpos em repouso. Conhecer as leis formuladas por Newton e como elas nos
ajudam a entender os movimentos.
Plano de Estudo
Esta unidade conta com as seguintes aulas:
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 39
Aula: 06
Forças
No desenho abaixo, vemos duas pessoas puxando uma caixa. Se a caixa es-
tiver parada, podemos dizer que a força que as duas pessoas estão aplican-
do tem a mesma intensidade. Entretanto, elas têm sentidos opostos (o que é
o mesmo que dizer que uma tem sinal positivo e a outra tem sinal negativo).
Desta forma, quando somamos as duas forças, a resultante será nula.
Imagine que temos um corpo sob a ação de três forças, tal como a figura
a seguir. Para encontrarmos a força resultante aplicada sobre este corpo,
devemos realizar uma soma vetorial. Para fazer esta soma devemos fazer
tal como na figura abaixo, ou seja, escolhemos qualquer um dos vetores
e fixamos sobre corpo. Os demais vetores devem ser colocados um a um,
de forma que um vetor fique na seqüência do outro.
UNIMES VIRTUAL
40 FÍSICA GERAL
Leis de Newton
Lex I: Corpus omne perseverare in statu suo quiescendi vel movendi uni-
formiter in directum, nisi quatenus a viribus impressis cogitur statum illum
mutare. (Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento
uniforme em uma linha reta, a menos que seja forçado a mudar aquele
estado por forças imprimidas sobre ele).
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 41
2ª lei de Newton (princípio fundamental da dinâmica)
Lex III Actioni contrariam semper et aequalem esse reactionem: sine cor-
porum duorum actiones in se mutuo semper esse aequales et in partes
contrarias dirigi.
(A toda ação há sempre oposta uma reação igual, ou, as ações mútuas
de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e dirigidas a partes
opostas.)
Quando um corpo A exerce uma força FAB no corpo B, este exerce imedia-
tamente uma força FBA em A de mesmo módulo, mesma direção e sentido
contrário: FAB = - FBA
Se eu faço uma força de 10 unidades (por enquanto não importa que uni-
dade é esta) sobre uma parede, esta parede faz uma força de 10 unidades
sobre mim. As duas forças possuem o mesmo módulo (10 unidades). No
entanto, elas possuem sentido contrário. Se eu empurro a parede para o
norte, a parede exerce uma força sobre mim para o sul.
UNIMES VIRTUAL
42 FÍSICA GERAL
Questões
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 43
Aula: 07
Introdução Histórica
Obviamente é o pai das leis que hoje são conhecidas como as Leis de
Newton, como também é o autor da Teoria da Gravitação Universal, que
dá uma fórmula matemática para a interação entre os astros. Vemos, por-
tanto, que somente a partir de Newton é que se tornou possível descrever
matematicamente o comportamento de um planeta ou de um satélite.
A primeira lei de Newton (princípio da inércia) não é uma idéia dele. Esta
idéia já era discutida por Galileu Galilei. Entretanto, com a adição das ou-
tras leis, Newton deu um status maior ao princípio descrito por Galileu.
UNIMES VIRTUAL
44 FÍSICA GERAL
tanto, se uma nave espacial estiver se deslocando pelo vazio do Universo,
esta permanecerá em movimento retilíneo sem mudar a sua velocidade.
Sua velocidade somente será alterada se houver alguma força atuando
sobre ela.
A segunda lei de Newton trata de causa e efeito. Se algum corpo tem sua
velocidade alterada, devemos procurar o motivo para esta alteração, pois
o princípio da inércia já nos disse que qualquer corpo tende a manter o seu
movimento. Portanto, se um corpo tem uma dada velocidade, esta não
se alterará, até que alguma coisa aconteça, fazendo com que ocorra uma
aceleração (variação da velocidade).
A aceleração é o efeito. Devemos procurar uma causa para que ela ocorra.
Newton percebeu que uma aceleração, ou desaceleração, ocorre somente
quando alguma força é aplicada sobre o corpo que teve sua velocidade
alterada.
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 45
Entretanto, vamos analisar outra coisa neste choque. Suponha que antes
do choque o carro da esquerda estivesse parado e o da direita andando.
Com o choque os dois carros se amassam. Por que isto acontece?
UNIMES VIRTUAL
46 FÍSICA GERAL
Questões
a) O foguete pára.
b) O foguete continua com mesma velocidade.
c) O foguete continua, mas sua velocidade vai diminuindo, de acordo
com a lei da inércia.
d) O foguete continua, mas sua velocidade aumenta, devido ao princí-
pio da ação e reação.
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 47
Aula: 08
Introdução
Lembre-se da terceira lei de Newton. Ela diz que a resultante das forças
aplicadas sobre um corpo é igual ao produto da massa pela aceleração
(F = m.a). Esta equação será bastante utilizada nesta aula.
Unidade de grandeza
Para o produto destas duas grandezas, foi criada uma nova unidade,
uma unidade do Sistema Internacional para medir força. Esta unidade é
o Newton, expressa pela letra N. Esta unidade, obviamente, recebe este
nome devido a Isaac Newton.
Para criar uma aceleração de 1 m/s2 num corpo com uma massa de 1kg,
teremos de aplicar uma força de 1 newton.
F = m.a = 1 kg . 1 m/s2 = 1 N
Exemplo 1
Vimos que sempre que a velocidade é alterada, existe uma força alterando
a velocidade, ou seja, causando uma aceleração. É interessante notar que
sempre que houver um movimento circular (velocidade mudando de dire-
ção), haverá uma força.
UNIMES VIRTUAL
48 FÍSICA GERAL
Na figura abaixo vemos uma bolinha girando sobre uma mesa. Esta bolinha
faz um movimento circular graças a um barbante que a prende a um ponto
da mesa. Caso o barbante se rompesse, esta bolinha seguiria uma linha
reta, pois, como vimos, segundo o princípio da inércia (1ª lei de Newton)
todo corpo em movimento tende a permanecer em movimento retilíneo.
Vemos, portanto, que há uma força puxando a bolinha para o centro. Esta
força não altera o valor da velocidade, mas altera a sua direção.
Vimos que sempre que há uma força, existe também uma aceleração.
Como a força puxa a bolinha para o centro deste círculo, a aceleração
que a bolinha sofre é para o centro do círculo e é chamada aceleração
centrípeta.
Exemplo 2
∆v 20 − 0
a= = = 4 m / s2
∆t 5
F = m.a = 3 x 4 = 12 N
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 49
Exemplo 3
Quando um corpo não está acelerando, você poderia pensar que não há
nenhuma força sendo aplicada ao corpo. Mas isto não é necessariamente
verdade. A única coisa que podemos dizer, quando um corpo está parado,
é que a resultante de todas as forças aplicada ao corpo é nula. Por exem-
plo, quais são as forças que agem sobre você quando você está em pé e
sem se mover?
Quando você está parado(a), duas forças estão agindo sobre você. A força
peso (ou simplesmente peso) e a força normal. A força normal é uma força
aplicada por um corpo que impede que você vá para baixo. Esta força pode
ser exercida pelo chão ou pela cadeira ou qualquer outra superfície sobre
onde você esteja.
Como a resultante das forças é nula, podemos afirmar que a força normal
está dirigida para cima e tem o mesmo valor que o peso. Se você estiver
de pé no chão, o chão exerce sobre você uma força que é igual ao seu
peso. Por isso você não acelera, a resultante das forças é nula.
Exemplo 4
UNIMES VIRTUAL
50 FÍSICA GERAL
As forças na vertical são: peso e normal (como vimos antes). As forças na
horizontal são: atrito e tração exercida pelo ciclista. As forças na horizontal
estão em equilíbrio (mesma intensidade, mas com direções opostas), pois
a bicicleta não acelera.
Questões
a) 100 m.
b) 200 m.
c) 400 m.
d) 500 m.
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 51
Aula: 09
Introdução
O peso é uma força que a Terra exerce sobre todos nós. Mas por que existe
esta força? A resposta mais simples é a de que matéria atrai matéria. Mas
podemos nos perguntar agora: por que matéria atrai matéria? Bom, vamos
explicar isto no próximo parágrafo.
O planeta Terra cria um campo ao seu redor. Qualquer corpo que estiver
presente neste campo “sente” a presença da Terra e, por isto, começa a
cair. Sim eles se atraem mutuamente: matéria atrai matéria. A Terra atrai
você para baixo, e você atrai a Terra. Estas forças ocorrem com a mesma
intensidade devido ao princípio da ação e reação.
Se a atração que eu exerço sobre a Terra é igual à atração que a Terra exerce
sobre mim, por que é que a Terra não se desloca assim como ocorre comigo?
at 2
∆s =
2
UNIMES VIRTUAL
52 FÍSICA GERAL
Um corpo sujeito a uma aceleração muito pequena (num intervalo de tem-
po também pequeno) sofre um deslocamento pequeno. É o que ocorre
com a Terra, pois sua massa é cerca de 1023 vezes maior que a de uma
pessoa, sua aceleração será cerca de 1023 vezes menor que a que nós
sentimos, assim como o seu deslocamento.
A aceleração gravitacional
Assim como o cheiro do perfume fica mais fraco com a distância, o mesmo
ocorre com o campo gravitacional. Sobre a superfície terrestre ele é mais
intenso. À medida que subimos e nos afastamos da superfície, ele fica
mais fraco. Portanto, se você quiser ficar mais leve, suba uma montanha.
Note que sua massa continuará a mesma. Entretanto, devido à diminuição
da aceleração gravitacional, seu peso será menor.
Exemplo 1
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 53
Note que utilizamos a letra P para representar esta força. Esta letra foi uti-
lizada, porque a força que a Terra exerce sobre qualquer corpo é chamada
de peso.
Exemplo 2
P = m.g = 5 x 9,8 = 49 N.
P = m.g = 5 x 1,6 = 8 N.
Questão
UNIMES VIRTUAL
54 FÍSICA GERAL
a) 96 N
b) 192 N
c) 384 N
d) 120 N
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 55
Aula: 10
Introdução
Sobre um corpo parado agem pelo menos duas forças, a saber: o peso
e a força normal.
A força de contato entre dois corpos é chamada de força normal. Ela rece-
be este nome porque é perpendicular à superfície de contato entre os dois
corpos. Portanto, o nome normal vem da Geometria Analítica.
UNIMES VIRTUAL
56 FÍSICA GERAL
Note na figura acima que o tamanho dos dois vetores é o mesmo. Isto
ocorre porque a força normal e o peso têm a mesma intensidade, mas têm
sentidos opostos.
Agora vamos observar quais são as forças que atuam sobre uma caixa
em movimento. Para que a caixa entre em movimento, é necessário que
se aplique uma força sobre ela. Se quisermos que a caixa deslize sobre o
chão, a força deverá ser aplicada sobre a caixa, na horizontal. Esta força
aplicada à caixa para que ela se movimente costuma ser chamada de
força motriz.
Entretanto, não é sempre que uma caixa se move ao ser empurrada. Para
que ela comece a se mover, é necessário que a força aplicada seja sufi-
ciente para vencer o atrito. Por mais lisas que sejam a superfície da caixa
e a superfície do chão, quando vistas num microscópio, percebe-se que
elas são bastante irregulares. Na figura acima vemos uma caixa sendo
colocada sobre o chão.
Agora que você já sabe quais são as forças que agem sobre uma caixa em
movimento, vamos analisar estas forças.
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 57
Como vimos antes, a força normal é igual ao peso. Portanto, quando calcu-
larmos o peso, já teremos calculado o valor de duas forças.
Você deve estar se perguntando: por que este sujeito falou que a força de
atrito depende da força normal? Não seria muito mais fácil dizer que a for-
ça de atrito depende da força peso? Foi dito hoje que a força normal é igual
à força peso. Entretanto, não é sempre que isto ocorre. Mas este detalhe
será visto na próxima aula.
Equações
Sabemos que a força pelo (P) é dada pelo produto da massa pela acelera-
ção gravitacional e que a força normal (N) é igual ao peso. Assim:
N = P = m.g
Fat = .N
UNIMES VIRTUAL
58 FÍSICA GERAL
Exemplo
Suponha que a caixa que estamos arrastando durante toda a aula tenha
20 kg e que estamos fazendo uma força de 100 N para arrastar a caixa. O
coeficiente de entre o chão e a caixa é de 0,3. Calcule a força resultante.
Agora que conhecemos todas as 4 forças que agem sobre a caixa, vamos
calcular a força resultante. Como as forças peso e normal têm mesmo
módulo e direção, mas com sentidos contrários, elas se cancelam. Portan-
to, não existe nenhum movimento na vertical. Na horizontal temos duas
forças: a força motriz e a força de atrito. A força resultante (FR) será:
Questões
a) 2,00 m/
b) 2,25 m/s2
c) 2,50 m/s2
d) 2,75 m/s2
a) 0,5 m/s2
b) 1,0 m/s2
c) 1,5 m/s2
d) 2,5 m/s2
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 59
3) Um corpo sob a ação de uma força constante desenvolve uma tra-
jetória retilínea sobre um plano horizontal sem atrito; cessando de
atuar a força:
UNIMES VIRTUAL
60 FÍSICA GERAL
Aula: 11
Introdução
Note que a força normal aparece duas vezes, mas na verdade existem 4,
uma em cada roda. Lembre-se que a força normal ocorre no contato entre
duas superfícies. Quando formos calcular a força normal, podemos calcu-
lar uma só, como sendo a soma de todas estas.
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 61
Existe outra pequena diferença no problema que estamos tratando hoje
e no que tratamos na aula passada. Agora é necessária uma força maior
para deslocar o objeto. Um carro, para andar num plano horizontal, tem
que fazer uma força menor do que para andar numa subida. Obviamente,
se o carro estiver numa descida, a força será menor ainda.
O que muda
Vamos ver o que muda na nossa análise. Mas, antes disso, vamos fazer
uma mudança nas coordenadas. Vamos continuar trabalhando com dois
eixos. Antes tínhamos um eixo na horizontal e outro na vertical. Agora é
mais interessante (facilita as contas) utilizar um eixo paralelo ao plano que
o carro se desloca e outro perpendicular a este.
Px = P sen Py = P cos
N = Py
Resolvendo
Agora nós temos três forças ao longo da direção do plano: a força motriz
(Fm), a força de atrito (Fat) e a componente x do peso (Px). A partir destas
três forças, vamos calcular a força resultante.
a) 5 m/s2
b) 8,66 m/s2
c) 10 m/s2
d) 0 m/s2
a) 0 N
b) 173 N
c) 100 N
d) 200 N
UNIMES VIRTUAL
64 FÍSICA GERAL
Resumo - Unidade II
Estudamos, nas demais aulas, vários exemplos de forças. Um caso que re-
sume várias destas forças é o de um corpo em velocidade constante num
plano horizontal. As forças que atuam sobre este corpo são: peso, normal,
tração e força de atrito. Como o corpo não acelera, temos:
• peso = normal;
Vimos vários exemplos de que as forças podem ser utilizadas para alterar
o módulo da velocidade de um corpo. Entretanto, as forças também po-
dem ser utilizadas para alterar a direção de uma velocidade. Isto ocorre no
movimento circular. Uma força age em direção ao centro da circunferên-
cia, força centrípeta, fazendo com que a direção da velocidade constan-
temente se altere.
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 65
Referências Bibliográficas
O nome do grupo já diz qual é a proposta deste grupo da USP. Eles progra-
mam a física de uma forma bastante interessante. A Física é ensinada por
meio de vários conceitos interessantes. O texto é engraçado e contém um
pouco da Física do nosso dia-a-dia.
É um bom texto para ser usado nas aulas do Ensino Médio. É composto por
4 livros (Mecânica, Física Térmica, Óptica e Eletromagnetismo) que estão
disponíveis gratuitamente na Internet no formato pdf (Portable Document
File) da Adobe.
http://axpfep1.if.usp.br/~gref/
Sala de Física
O professor de Física Luiz Carlos Marques Silva criou esta página muito
boa. Neste endereço alguns assuntos são discutidos, com várias explica-
ções que podem ajudar outros professores.
http://br.geocities.com/saladefisica
Feira de Ciências
Página do professor de Física Luiz Ferraz Netto. Esta é uma página ex-
celente para você aprender vários experimentos para fazer para os seus
alunos.
http://www.feiradeciencias.com.br/
UNIMES VIRTUAL
66 FÍSICA GERAL
Licenciatura em Ciências Exatas
http://educar.sc.usp.br/licenciatura/
Este site é excelente. Tem um conteúdo muito bom sobre como as coi-
sas funcionam. Além de falar de Ciência, Eletrônica e Computadores, fala
também de automóveis, saúde e vários outros assuntos. Somente o link
Ciência contém centenas de assuntos (muito bem explicados), com figu-
ras e animações.
http://www.howstuffworks.com/
http://pt.wikipedia.org/
Kepler
http://astro.if.ufrgs.br/index.htm
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 67
Revista Brasileira de Ensino de Física
http://www.sbfisica.org.br/rbef/
Física na Escola
http://www.sbfisica.org.br/fne/Welcome.shtml
Gazeta de Física
http://nautilus.fis.uc.pt/gazeta/
http://www.fsc.ufsc.br/ccef/port/cad/p_cad.html
http://www.if.ufrgs.br/public/ensino/revista.htm
UNIMES VIRTUAL
68 FÍSICA GERAL
Exercício de auto-avaliação II
2) De que modo você explica o movimento de um barco a remo, utilizando a terceira lei
de Newton?
3) Um pequeno automóvel colide com um grande caminhão carregado. Você acha que a
força exercida pelo automóvel no caminhão é:
4) Um guarda-roupa está sendo empurrado por uma pessoa e se desloca com velocidade
constante. Existe outra força atuando no guarda-roupa?
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 69
5) Na Terra, num local em que a aceleração da gravidade vale 9,8 m/s2, um corpo pesa
98N. Esse corpo é então levado para a Lua, onde a aceleração da gravidade vale 1,6 m/s2.
Determine sua massa e o seu peso na Lua.
a) m = 10 kg; Plua = 16 N.
b) m = 100 kg; Plua = 16 N.
c) m = 16 kg; Plua = 10 N.
d) m = 10 kg; Plua = 98 N.
UNIMES VIRTUAL
70 FÍSICA GERAL
Unidade III
Energia e Gravitação
Objetivos
Trataremos de assuntos diferentes nesta seção: a gravitação e o conceito de en-
ergia. A gravitação busca explicar o movimento dos planetas e satélites e mostra
como estes movimentos se relacionam com o de um corpo em queda livre. O
conceito de energia é bastante antigo e o princípio mais importante é o da con-
servação da energia que garante que toda a energia do universo se conserva, ou
seja, não varia.
Plano de Estudo
Esta unidade conta com as seguintes aulas:
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 71
Aula: 12
Os gregos e o geocentrismo
Ptolomeu, filósofo grego que viveu no século III a.C., coletou em seu livro
Almagesto uma grande síntese de toda a cosmologia grega geocêntrica.
O sistema geocêntrico colocava a Terra no centro do universo e os outros
astros – ou viajantes – girando ao seu redor.
UNIMES VIRTUAL
72 FÍSICA GERAL
Heliocentrismo no final da Idade Média
Galileu, devido a sua insistência de que o Sol era o centro do sistema solar,
acabou tendo sérios problemas com a igreja. Foi condenado em 1633 pela
Inquisição e teve de passar o resto da vida em prisão domiciliar. Para não
acabar na fogueira, ele desmentiu as idéias que ele mesmo propôs.
Um dia, Tycho foi convidado para jantar na casa de um barão. Como sempre,
ele bebeu demais, a ponto de se intoxicar seriamente, e, no seu leito de mor-
te, ele implorou a Kepler: “Por favor, não me deixe ter vivido em vão”.
Após a morte de Brahe, Kepler “herdou” seu posto e seus dados, dedi-
cou-se aos estudos vinte anos seguintes. Os registros dos movimentos
de Marte permitiram ao discípulo Johannes Kepler descobrir as leis dos
movimentos dos planetas, que deram suporte à teoria heliocêntrica de
Copérnico.
Com base nos trabalhos e observações de Tycho Brahe, em 1609, Kepler enun-
ciou as Leis do movimento planetário conhecidas como leis de Kepler.
Leis de Kepler
Esta lei definiu que as órbitas não eram esféricas como se supunha até en-
tão. Muitos reagiram contrários a esta lei por dois motivos. Primeiramente,
esta lei afirma que as órbitas não são circulares. Todos acreditavam que
UNIMES VIRTUAL
74 FÍSICA GERAL
as órbitas eram circulares (ou mesmo círculo dentro de círculo), assim
como havia sido proposto pelos gregos. Qualquer outra forma diferente do
círculo estaria afastada da perfeição ou simetria.
Outra crítica a esta lei também está relacionada à simetria. Uma elipse
possui dois focos. Num dos focos estava o Sol e no outro não havia nada
(vácuo).
O raio vetor que liga um planeta ao Sol descreve áreas iguais em tem-
pos iguais.
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 75
Questões
a) Por dizer que as órbitas eram compostas por ciclos sobre ciclos.
b) Por afirmar que a órbita dos planetas é circular.
c) Por dizer que a Terra é redonda.
d) Por afirmar que a órbita dos planetas é de forma elíptica.
UNIMES VIRTUAL
76 FÍSICA GERAL
Aula: 13
Temática: Gravitação
Newton juntou a física de Kepler com a física da Galileu. Ele mostrou que
a mesma força que faz uma maçã cair no chão faz a lua girar em torno da
Terra e os planetas girarem em torno do Sol.
Força gravitacional
mM
F =G
d2
onde G é a constante universal da atração gravitacional.
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 77
Entretanto, se segurarmos um livro em cada mão, não sentiremos uma
atração entre eles. Isto ocorre porque a constante gravitacional é muito
pequena. Seu valor é de:
Evolução da idéias
Estas deduções não são óbvias nem mesmo evidentes. Newton, para che-
gar à conclusão que chegou, teve de utilizar o Cálculo que ele tinha acaba-
do de inventar.
Exemplo
24
mM −11 1.000 × 6 × 10
F = G 2 = 6, 7 ×10 = 1.005 N
d (2 ×107 )
24
mM −11 1.000 × 6 × 10
F = G 2 = 6, 7 ×10 = 9.814 N
d (6, 4 ×106 )
O futuro
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 79
Questões
a) se atrair
b) se repelir
c) entrar em atrito
d) se deslocar
UNIMES VIRTUAL
80 FÍSICA GERAL
Aula: 14
Temática: Energia
Tipos de Energia
Dizemos que ocorre perda de energia sempre que parte da energia recebi-
da é transformada num tipo de energia que não é aquela desejada. No caso
da lâmpada, queremos que ela produza energia luminosa, mas ela acaba
produzindo também calor (energia térmica). Você já deve ter escutado que
a lâmpada fluorescente é econômica. Isto ocorre, porque ela sofre menos
perda de energia. Isto acontece, porque apenas uma parte pequena da
energia elétrica que ela recebe é transformada em energia térmica.
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 81
Existem outros exemplos de energia que podem ser encontrada na nos-
sa casa. Muitas vezes queremos converter energia elétrica em energia
térmica. Dois exemplos disso são: o chuveiro elétrico e o ferro de passar
roupa.
Vimos que a energia elétrica pode dar origem a várias outras. Mas de
onde vem a energia elétrica? Aqui no Brasil a energia elétrica que chega
por intermédio dos fios é produzida em usinas hidrelétricas. Nestas usinas
a energia mecânica é transformada em energia elétrica. Para se construir
uma usina hidrelétrica, é necessário fazer uma represa. Quando a água é
represada, estamos acumulando energia mecânica. Esta energia mecâni-
ca acumulada é chamada energia potencial. Quando a água é liberada,
esta energia potencial é convertida em energia cinética. A água em mo-
vimento passa por turbinas que convertem a energia cinética da água em
energia elétrica.
Existe mais uma forma de energia bastante comum que é a energia sono-
ra. Esta pode ser produzida, por exemplo, num alto-falante, que converte
energia elétrica em energia sonora. Já um microfone faz exatamente o
contrário do que o alto-falante, ou seja, ele converte energia sonora em
energia elétrica.
Trabalho
Considere um exemplo. Uma pessoa tem duas caixas (20 kg cada) que
estão no chão. Esta pessoa deseja colocar as caixas sobre o guarda-roupa
(2 metros de altura). Ela poderia erguer as duas caixas de uma só vez e
colocá-las sobre o guarda-roupa. Entretanto, isto seria muito cansativo e
ela pensa na possibilidade de erguer uma caixa de cada vez.
Para facilitar ainda mais o trabalho que ela tem de fazer, ela resolve colo-
car primeiramente cada caixa sobre uma escrivaninha (1 metro de altura).
Depois disto cada caixa é erguida até o topo do guarda-roupa.
UNIMES VIRTUAL
82 FÍSICA GERAL
Note que esta pessoa facilitou o seu trabalho duas vezes. Primeiramente,
decidiu subir cada caixa separadamente. Assim, o seu trabalho em cada
etapa seria apenas metade do trabalho inicial. Para facilitar ainda mais, ao
invés de erguer a caixa a uma altura de 2 metros, esta pessoa ergueu cada
caixa a uma altura de um metro, e, posteriormente, ergueu cada uma das
caixas de mais 1 metro. Desta forma em cada etapa o seu trabalho será
apenas um quarto do trabalho original. Entretanto o seu trabalho total será
o mesmo.
T=F.d
ou seja, trabalho (T) é igual ao produto da força (F) pelo deslocamento (d).
No Sistema Internacional (SI) o trabalho é medido em joules (J). Portanto
uma força de 1 Newton fazendo um corpo se deslocar por 1 metro produz
um trabalho de 1 joule.
T = F . d = 392 x 2 = 784 J.
T = F . d = 196 x 2 = 392 J.
T = F . d = 196 x 1 = 196 J.
a) Motor.
b) Ventilador.
c) CD player.
d) Todas estão corretas
UNIMES VIRTUAL
84 FÍSICA GERAL
Aula: 15
Energia Cinética
1 2
E= mv
2
Vemos, portanto, que um corpo em repouso (v = 0) não possui energia
cinética. Quanto maior sua velocidade, maior será sua energia cinética.
Energia e Trabalho
Sempre que um corpo sofre uma variação de energia cinética, é porque al-
guém (ou alguma coisa) exerceu trabalho sobre este corpo. O que estamos
falando é que a energia cinética final será igual à energia cinética inicial
mais o trabalho que foi exercido sobre este corpo. Assim:
Ef = E i + T
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 85
Exemplo 1
1 2 1
E= mv = 0, 010 ⋅ (10) 2 = 0,5 J
2 2
Exemplo 2
Continuando com a bola de gude, vamos considerar que ela pára após 3
metros de deslocamento. Isto ocorreu devido ao atrito. Sua velocidade ini-
cial era de 10 m/s e sua velocidade final é zero. Sua energia cinética inicial
foi calculada no exemplo anterior. Sua energia final é zero, pois a velocida-
de final é nula. Ela perdeu energia. O que aconteceu com a sua energia?
T = Ef - Ei = 0 - 1 = -1 J
UNIMES VIRTUAL
86 FÍSICA GERAL
Exemplo 3
Sua velocidade final é zero, portanto a sua energia final será nula. Qual o
trabalho que a força de atrito exerce sobre o carro?
T = Ef - Ei = 0 - 200.000 = -200.000 J
Se você quiser, faça o experimento com uma bicicleta. Quando você freia a
bicicleta, você pode perceber facilmente que as peças do freio e a roda são
aquecidas. Portanto, a energia cinética foi convertida em energia térmica.
Exemplo 4
T = Ef - Ei = 200.000 - 0 = 200.000 J
Note que agora o trabalho é positivo. Isto ocorre porque a energia cinética
aumentou. Portanto, o motor do carro está produzindo energia cinética.
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 87
Questões
UNIMES VIRTUAL
88 FÍSICA GERAL
Resumo – Unidade III
• o raio vetor que liga um planeta ao Sol descreve áreas iguais em tempos
iguais;
• quanto mais distante o planeta estiver do Sol, mais tempo levará para
completar uma volta em torno deste.
Posteriormente, Newton mostrou que tudo isto se devia à equação que ele
deduziu, ou seja, a atração entre dois corpos é diretamente proporcional às
suas massas e inversamente proporcional à distância ao quadrado.
Referências Bibliográficas
O nome do grupo já diz qual é a proposta deste grupo da USP. Eles progra-
mam a física de uma forma bastante interessante. A Física é ensinada por
meio de vários conceitos interessantes. O texto é engraçado e contém um
pouco da Física do nosso dia-a-dia.
É um bom texto para ser usado nas aulas do Ensino Médio. É composto por
4 livros (Mecânica, Física Térmica, Óptica e Eletromagnetismo) que estão
disponíveis gratuitamente na Internet no formato pdf (Portable Document
File) da Adobe.
http://axpfep1.if.usp.br/~gref/
Sala de Física
O professor de Física Luiz Carlos Marques Silva criou esta página muito
boa. Neste endereço alguns assuntos são discutidos, com várias explica-
ções que podem ajudar outros professores.
http://br.geocities.com/saladefisica
Feira de Ciências
Página do professor de Física Luiz Ferraz Netto. Esta é uma página excelente
para você aprender vários experimentos para fazer para os seus alunos.
http://www.feiradeciencias.com.br/
UNIMES VIRTUAL
90 FÍSICA GERAL
Licenciatura em Ciências Exatas
http://educar.sc.usp.br/licenciatura/
Este site é excelente. Tem um conteúdo muito bom sobre como as coi-
sas funcionam. Além de falar de Ciência, Eletrônica e Computadores, fala
também de automóveis, saúde e vários outros assuntos. Somente o link
Ciência contém centenas de assuntos (muito bem explicados), com figu-
ras e animações.
http://www.howstuffworks.com/
http://pt.wikipedia.org/
Kepler
http://astro.if.ufrgs.br/index.htm
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 91
Revista Brasileira de Ensino de Física
http://www.sbfisica.org.br/rbef/
Física na Escola
http://www.sbfisica.org.br/fne/Welcome.shtml
Gazeta de Física
http://nautilus.fis.uc.pt/gazeta/
http://www.fsc.ufsc.br/ccef/port/cad/p_cad.html
http://www.if.ufrgs.br/public/ensino/revista.htm
UNIMES VIRTUAL
92 FÍSICA GERAL
Exercício de auto-avaliação III
1) De acordo com a 2ª lei de Kepler a velocidade de um planeta que está próximo ao Sol é:
a) Maior.
b) Menor.
c) Depende do seu tamanho.
d) Depende da sua estrutura.
a) Potência.
b) Energia cinética.
c) Potência.
d) Trabalho.
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 93
UNIMES VIRTUAL
94 FÍSICA GERAL
Unidade IV
Termologia
Objetivos
Aprender a origem microscópica do calor. O comportamento microscópico de-
pendente da temperatura. Observar o conceito bastante difundido de que o calor
é algo que se propaga de um corpo mais quente para outro mais frio.
Plano de Estudo
Esta unidade conta com as seguintes aulas:
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 95
Aula: 16
Todo corpo tem uma certa quantidade de energia interna que está relacio-
nada ao movimento aleatório de seus átomos ou moléculas. Esta energia
interna é diretamente proporcional à temperatura do objeto.
Calor é medido em calorias (cal) ou joules (J). Sendo que joules é a unida-
de usada no Sistema Internacional.
Vamos primeiramente entender o que são essas coisas. Para isso, vamos
analisar o que é o calor do ponto de vista microscópico, ou seja, como as mo-
léculas se comportam com a variação térmica. Quando uma substância é
aquecida, suas moléculas ficam mais agitadas, ou seja, aumenta sua energia
cinética e elas começam a se chocar mais fortemente umas contra as outras.
UNIMES VIRTUAL
96 FÍSICA GERAL
Assim, já é possível entender como o calor se propaga por condução.
Quando, por exemplo, um líquido quente é colocado em contato com reci-
piente frio, as moléculas do líquido quente chocam-se contra as moléculas
do recipiente frio. As moléculas do recipiente ganham energia cinética,
enquanto as do líquido a perdem. Desta forma, o calor é transferido de uma
região para outra.
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 97
Entre o sol e a Terra praticamente não existem matéria, ou seja, existe
vácuo. Portanto, o calor chega até nós devido à irradiação, pois as outras
formas de propagação de calor ocorrem somente quando há matéria.
Ainda resta a irradiação. Para que possamos evitá-la, o vaso de vidro de-
verá ser espelhado. Assim, a radiação, que é emitida pelas moléculas do
líquido, será refletida pelo espelho e retornará para o líquido.
UNIMES VIRTUAL
98 FÍSICA GERAL
Questões
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 99
Aula: 17
Temática: A Evaporação
O fenômeno microscópico
Portanto, uma molécula com energia cinética muito grande foi embora.
À medida que isso ocorre, as moléculas que restarem terão uma ener-
gia cinética muito pequena, ou seja, uma temperatura mais baixa. Assim,
podemos explicar a sensação de frio que a água ou o álcool nos fazem
sentir. A substância (colocada sobre a pele) rouba calor do nosso corpo e
as moléculas com maior energia escapam. Esse processo continua se
repetindo e o calor da nossa pele vai se perdendo.
UNIMES VIRTUAL
100 FÍSICA GERAL
O suor
Sabemos que as moléculas de água (do nosso suor) com maior energia
escapam. Entretanto, com a umidade muito elevada, várias moléculas de
água do ambiente se chocarão com a nossa pele. Assim, haverá um equi-
líbrio entre moléculas saindo e moléculas chegando. Portanto, o suor ficará
sobre a nossa pele sem que a temperatura baixe.
Existe uma outra forma de eliminar calor do nosso corpo. Quando a tem-
peratura do ar à nossa volta é mais baixa que a da nossa pele cedemos
calor para o meio que nos circunda. Entretanto, se o ar estiver parado, o
ar próximo a nós estará mais quente do que aquele que se encontra um
pouco mais distante. Portanto, é importante que ocorra a movimentação
do ar a nossa volta.
A água em ebulição
A água, ao nível do mar, ferve a 100° C. A uma maior altitude, a água ferve
a uma temperatura mais baixa, isso ocorre porque a pressão atmosférica é
mais baixa. Com a pressão mais baixa, as moléculas do ar ficam mais es-
paçadas. Assim, as moléculas da água têm menor dificuldade de escapar
do recipiente e entrar em ebulição.
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 101
Quando a pressão atmosférica é maior, a densidade do ar é maior. Assim,
quando uma molécula de água escapa do recipiente para o ar, existe uma
probabilidade de ela se chocar com uma molécula do ar e voltar para o
recipiente.
Aplicação da pressão
Já que uma pressão mais alta torna mais difícil a evaporação da água, se
adicionarmos alguma pressão além da pressão atmosférica, a evaporação
será mais difícil. Esta dificuldade na evaporação da água faz com que a agi-
tação das moléculas aumente, ou seja, a temperatura aumentará e a água
ferverá a uma temperatura mais elevada. Esse é o princípio da panela de
pressão.
Questões
UNIMES VIRTUAL
102 FÍSICA GERAL
2) A uma maior altitude, a água ferve a uma temperatura mais baixa.
Isso ocorre por quê?
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 103
Aula: 18
Dilatação linear
∆ = 0α∆T
Ou seja, a variação no comprimento (∆) depende do comprimento inicial
( 0 ), do coeficiente de dilatação linear ( α ) do material e da variação
da temperatura ( ∆T ).
= 0 + ∆ = 0 + 0α∆T = 0 (1 + α∆T )
UNIMES VIRTUAL
104 FÍSICA GERAL
Como o resultado do produto acima é em unidade de comprimento (ge-
ralmente metros) e a variação da temperatura é comumente medida em
graus Celsius ( °C ), o coeficiente de dilatação linear deve ser medido com
1
a unidade do inverso da unidade de temperatura ( = °C −1 ).
°C
Vamos considerar um exemplo para visualizar o que ocorre. Você comprou
uma régua de 60 cm aqui no Brasil, num lugar onde a temperatura média
é de 30°C . Você vai para a Antártida e pretende utilizar esta régua. Mas
lá a régua terá um comprimento menor devido à variação da temperatura.
Qual será este comprimento?
Dilatação superficial
A área do objeto pode ser escrita como o produto das duas dimensões
principais, assim:
A = c
onde e representam as duas dimensões. Cada uma destas dimensões
variará de acordo com a equação da dilatação linear, ou seja:
c = c0 (1 + α∆T )
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 105
= 0 (1 + α∆T )
A área final será dada por:
A = c = c0 0 [1 + 2α∆T + α 2 (∆T ) 2 ]
A = A0 (1 + 2α∆T )
Vamos deixar esta equação mais parecida com a da dilatação linear. Para
isto, criaremos o coeficiente de dilatação superficial () que é igual ao
dobro do coeficiente de dilatação linear (), ou seja:
β = 2α
Assim obtemos:
A = A0 (1 + β∆T ) e ∆A = A0 β∆T
Vamos dar um exemplo para ficar mais fácil de fixar o que ocorreu. Um
torneiro mecânico possui uma placa que tem área de 2 m2. Esta área foi
medida à temperatura de 20°C . Esta placa é feita de cobre, que possui um
coeficiente de dilatação linear de 17 x 10-6 °C-1 e deverá ser usada a uma
temperatura de 500°C . Qual será a área da placa a temperatura que ela
será usada?
Questões
a) 5 milímetros
b) 5 metros
c) 2 milímetros
d) 1 milímetro
a) 12 cm2
b) 1,2 x 10-6 m2
c) 1,2 x 10-3 m2
d) 24 cm2
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 107
Aula: 19
Dilatação volumétrica
V = ch
onde с , e h representam as três dimensões. Cada uma destas dimen-
sões variará de acordo com a equação da dilatação linear, ou seja:
c = c0 (1 + α∆T )
= 0 (1 + α∆T )
h = h0 (1 + α∆T )
UNIMES VIRTUAL
108 FÍSICA GERAL
Assim como fizemos na aula anterior, vamos desprezar os termos onde
aparece α2 e α3 . Estes termos são muito pequenos, você pode verificar.
Assim, o volume fica:
V = V0 (1 + 3α∆T )
Assim como fizemos com a dilatação superficial, vamos deixar esta equa-
ção mais parecida com a da dilatação linear. Para isto, criaremos o coefi-
ciente de dilatação volumétrica ( γ ) que é igual ao triplo do coeficiente
de dilatação linear ( α ), ou seja:
γ = 3α
Assim obtemos:
V = V0 (1 + γ∆T ) e ∆V = V0γ∆T
V = 10 × 8 × 25 = 2.000 cm3
γ = 3α = 3 × 15 × 10−6°C −1 = 45 × 10−6°C −1
Agora podemos calcular o volume:
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 109
Dilatação dos líquidos
Nos líquidos, a variação é bem maior do que nos sólidos. Neste caso vamos
considerar sempre o volume, pois não é possível desprezar nenhuma das
dimensões. Um sólido possui forma e volume bem definidos, mas os líquidos
não possuem forma definida, apesar do se volume ser bem definido.
de π
4 mm2. Assim, um volume de 1,1 mm corresponde a uma altura de 1,4
3
UNIMES VIRTUAL
110 FÍSICA GERAL
Questões
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 111
Resumo – Unidade IV
Com a agitação térmica, as moléculas ficam mais distantes umas das ou-
tras. Assim o corpo que é aquecido sofre dilatação. Todo corpo se dilata em
todas as suas três dimensões, entretanto, muitas vezes apenas algumas
destas são interessantes. Por isso, estudamos alguns tipos de dilatação.
Referências Bibliográficas
O nome do grupo já diz qual é a proposta deste grupo da USP. Eles progra-
mam a física de uma forma bastante interessante. A Física é ensinada por
meio de vários conceitos interessantes. O texto é engraçado e contém um
pouco da Física do nosso dia-a-dia.
É um bom texto para ser usado nas aulas do Ensino Médio. É composto
por 4 livros (Mecânica, Física Térmica, Óptica e Eletromagnetismo) que
estão disponíveis gratuitamente na Internet no formato pdf (Portable Do-
cument File) da Adobe.
http://axpfep1.if.usp.br/~gref/
Sala de Física
O professor de Física Luiz Carlos Marques Silva criou esta página muito
boa. Neste endereço alguns assuntos são discutidos, com várias explica-
ções que podem ajudar outros professores.
http://br.geocities.com/saladefisica
Feira de Ciências
Página do professor de Física Luiz Ferraz Netto. Esta é uma página excelente
para você aprender vários experimentos para fazer para os seus alunos.
http://www.feiradeciencias.com.br/
http://educar.sc.usp.br/licenciatura/
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 113
How Stuff Works (Como as Coisas Funcionam)
Este site é excelente. Tem um conteúdo muito bom sobre como as coi-
sas funcionam. Além de falar de Ciência, Eletrônica e Computadores, fala
também de automóveis, saúde e vários outros assuntos. Somente o link
Ciência contém centenas de assuntos (muito bem explicados), com figu-
ras e animações.
http://www.howstuffworks.com/
http://pt.wikipedia.org/
Kepler
http://astro.if.ufrgs.br/index.htm
http://www.sbfisica.org.br/rbef/
UNIMES VIRTUAL
114 FÍSICA GERAL
Física na Escola
http://www.sbfisica.org.br/fne/Welcome.shtml
Gazeta de Física
http://nautilus.fis.uc.pt/gazeta/
http://www.fsc.ufsc.br/ccef/port/cad/p_cad.html
http://www.if.ufrgs.br/public/ensino/revista.htm
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 115
Exercício de auto-avaliação IV
a) Diminui.
b) Aumenta.
c) Não se altera.
d) Diminui ou aumenta, depende do material.
4) Ao colocar um fio de cobre entre dois postes, num dia de verão, um eletricista deve:
UNIMES VIRTUAL
116 FÍSICA GERAL
Unidade V
Ondas, Sons e Luz
Objetivos
Aprender o que é uma onda e sobre sua propagação. Entender a estrutura ondu-
latória do som. Como ocorre sua formação, sua propagação e sua percepção. Os
fatores que influenciam a característica do som. Entender a estrutura da luz. Mis-
turando tintas e misturando luzes para formar novas cores. A luz como partícula
interagindo com os átomos.
Plano de Estudo
Esta unidade conta com as seguintes aulas:
Aula: 20 - Ondas
Aula: 21 - O Som
Aula: 22 - A Luz
Aula: 23 - As Cores
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 117
Aula: 20
Temática: Ondas
Algumas Características
UNIMES VIRTUAL
118 FÍSICA GERAL
Os gases, quando têm sua temperatura variada, sofrem uma variação de
volume muito maior do que os líquidos e que os sólidos. Como a distância
das suas moléculas varia bastante com a temperatura, a velocidade do
som varia muito mais nos gases do que nos líquidos. Por este motivo, foi
colocada a temperatura do ar. Nos gases, a velocidade do som varia muito
em função da temperatura.
Se fizermos ondas na superfície da água, ela terá o aspecto tal como mos-
trado no esquema abaixo. A distância entre dois máximos nos dará o seu
comprimento de onda. A periodicidade no tempo (o número de oscilações
que ocorrem num determinado intervalo de tempo) é a freqüência da onda,
que é o inverso do seu período.
O período de oscilação é o tempo que uma onda leva para que complete
um ciclo completo. O período ( T ) se relaciona com a freqüência ( ƒ ) da
seguinte forma:
1
f =
T
v =λ⋅ f
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 119
Ou seja, a velocidade de propagação ( ν ) de uma onda é igual ao produto
do comprimento de onda ( λ ) pela freqüência ( ƒ ).
Outras Características
y = A cos(2πν t − 2π x +ϕ)
λ
Ondas estacionárias
Uma onda estacionária não se propaga pelo espaço, ou seja, ela apresenta
nós e ventres que ficam sempre no mesmo lugar. A figura abaixo apresenta
várias ondas estacionárias. As ondas estacionárias ocorrem, por exemplo,
nas cordas de instrumentos musicais.
UNIMES VIRTUAL
120 FÍSICA GERAL
Questões
a) Transversais.
b) Longitudinais.
c) Oblíquas.
d) Perpendiculares.
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 121
Aula: 21
Temática: O Som
O som nada mais é do que ondas que se propagam pelos meios materiais.
O meio mais comum por onde o som se propaga é o ar. Quando o som se
propaga pelo ar, o que ocorre é uma variação de pressão que se propaga
de uma fonte emissora até um receptor.
A figura acima nos mostra uma onda senoidal. A maioria dos sons que ou-
vimos não possui este formato. Elas são bem mais irregulares, entretanto
se repetem periodicamente.
A produção do som
Todos os sons são produzidos por corpos que vibram. Os sons podem
ser gerados por vibrações de cordas, como num violão. Num tambor, a
UNIMES VIRTUAL
122 FÍSICA GERAL
vibração é de uma membrana; nos instrumentos de sopro (corneta, flauta,
etc.), o que vibra é uma coluna de ar, colocada em movimento pelo sopro
do instrumentista.
Ao vibrar, a fonte sonora (ou seja, o corpo que emite som) comprime e
rarefaz o ar que se encontra em sua vizinhança. Formam-se, desse modo,
as ondas sonoras.
A propagação
O som se propaga por qualquer meio material, sendo ele sólido, líquido
ou gasoso. O som somente não se propaga pelo vácuo. Para que ocorra a
transmissão do som é necessário que o meio material vibre; propagando
a vibração do emissor do som até o receptor. Note que a luz (que pode
ser entendida como uma onda) não precisa de um meio material para se
propagar, podendo se deslocar pelo vácuo. O estudo da luz será feito numa
aula futura.
A percepção
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 123
Conforme já mencionado, uma onda sonora possui três características que
podem ser interpretadas por nós. Estas características são: a amplitude, a
freqüência e a forma da onda.
Questões
a) Amplitude.
b) Freqüência.
c) Forma da onda.
d) Todas as alternativas.
UNIMES VIRTUAL
124 FÍSICA GERAL
Aula: 22
Temática: A Luz
Natureza da Luz
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 125
Raio de luz
Fonte de luz
UNIMES VIRTUAL
126 FÍSICA GERAL
Meios de propagação
Reflexão da Luz
Quando raios paralelos de luz incidem sobre uma superfície, ocorre a re-
flexão especular ou regular se os raios refletidos forem também paralelos
entre si. Em caso contrário, a reflexão é difusa ou irregular.
i=r
Refração da Luz
Absorção da Luz
Questões
1) Um quadro coberto com uma placa de vidro plano não pode ser
visto tão nitidamente quanto outro não coberto, porque o vidro:
a) é opaco.
b) é transparente.
UNIMES VIRTUAL
128 FÍSICA GERAL
c) não reflete a luz.
d) reflete parte da luz.
a) transmite a luz.
b) difunde a luz.
c) absorve a luz.
d) reflete a luz.
a) reflexão.
b) dispersão.
c) refração.
d) propagação.
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 129
Aula: 23
Temática: As Cores
v =λ⋅ f
onde ν é a velocidade da onda, λ é o seu comprimento e f é a sua
freqüência.
A luz apresenta uma velocidade de 300.000 km/s (ou 3 x 108 m/s – no Sis-
tema Internacional de Unidades). Portanto, se soubermos a freqüência de
uma determinada cor, saberemos também o seu comprimento de onda.
UNIMES VIRTUAL
130 FÍSICA GERAL
Da mesma forma, a radiação eletromagnética com freqüência logo acima
da violeta é chamada de ultravioleta e também não é vista por nós.
Uma maçã vermelha não emite luz vermelha. Ao invés disso, ela absorve
todas as cores de luz que incidem sobre ela, exceto a luz vermelha que é
refletida. A luz vermelha é, portanto, a única que vem diretamente da maçã
até os nossos olhos. Assim, nós a enxergamos como sendo vermelha.
É por este motivo que uma roupa de cor preta, quando exposta ao sol, fica
mais quente que uma roupa de outra cor. Ela absorve todo o espectro da
radiação visível, não emitindo nenhuma luz.
Subtração de cores
Neste experimento temos três tintas diferentes: uma que emite a cor
amarela, outra que emite a cor magenta e outra que emite a cor ciano.
Estamos trabalhando com estas cores, porque são exatamente as cores
utilizadas por uma impressora.
nm = nanômetro = 10-9m.
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 131
Quando você estudou Teoria dos Conjuntos (em Matemática) aprendeu a
operação de intersecção. Isto funciona como uma intersecção. Somente
as cores que são emitidas pelas duas tintas é que serão emitidas pela
mistura das duas. Isto ocorre porque as moléculas de uma tinta absorvem
algumas freqüências luminosas e as moléculas da outra tinta absorvem
outras freqüências. Assim, quando misturamos as duas tintas, uma quan-
tidade maior de freqüências será absorvida.
Como já vimos antes, a tinta amarela não emite a luz azul. Já a tinta azul
(magenta com ciano) emite somente o azul. Portanto, a mistura não emiti-
rá nenhuma luz, absorverá todo o espectro visível e resultará em preto.
Adição de cores
Questões
2) O que é luz?
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 133
Resumo – Unidade V
• velocidade de propagação;
• comprimento de onda;
• freqüência e período;
• amplitude;
• fase.
O som é uma onda bastante comum que tem sua origem em corpos vi-
brantes. Para que o som se propague é necessário um meio material. Este
meio carrega as vibrações que serão percebidas pelo ouvido de uma pes-
soa ou por algum outro tipo de aparato.
UNIMES VIRTUAL
134 FÍSICA GERAL
• reflexão;
• refração;
• absorção.
Uma fonte de luz primária produz luz própria, enquanto uma fonte secundá-
ria simplesmente reflete a luz de uma outra fonte.
As cores dos objetos que vemos depende das cores que são absorvidas
e das que são refletidas. Uma barra de ouro, por exemplo, reflete a cor
amarela enquanto absorve as demais.
Referências Bibliográficas
O nome do grupo já diz qual é a proposta deste grupo da USP. Eles progra-
mam a física de uma forma bastante interessante. A Física é ensinada por
meio de vários conceitos interessantes. O texto é engraçado e contém um
pouco da Física do nosso dia-a-dia.
É um bom texto para ser usado nas aulas do Ensino Médio. É composto
por 4 livros (Mecânica, Física Térmica, Óptica e Eletromagnetismo) que
estão disponíveis gratuitamente na Internet no formato pdf (Portable Do-
cument File) da Adobe.
http://axpfep1.if.usp.br/~gref/
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 135
Sala de Física
O professor de Física Luiz Carlos Marques Silva criou esta página muito
boa. Neste endereço alguns assuntos são discutidos, com várias explica-
ções que podem ajudar outros professores.
http://br.geocities.com/saladefisica
Feira de Ciências
Página do professor de Física Luiz Ferraz Netto. Esta é uma página excelente
para você aprender vários experimentos para fazer para os seus alunos.
http://www.feiradeciencias.com.br/
http://educar.sc.usp.br/licenciatura/
Este site é excelente. Tem um conteúdo muito bom sobre como as coi-
sas funcionam. Além de falar de Ciência, Eletrônica e Computadores, fala
também de automóveis, saúde e vários outros assuntos. Somente o link
Ciência contém centenas de assuntos (muito bem explicados), com figu-
ras e animações.
http://www.howstuffworks.com/
http://pt.wikipedia.org/
UNIMES VIRTUAL
136 FÍSICA GERAL
Kepler
http://astro.if.ufrgs.br/index.htm
http://www.sbfisica.org.br/rbef/
Física na Escola
http://www.sbfisica.org.br/fne/Welcome.shtml
Gazeta de Física
http://nautilus.fis.uc.pt/gazeta/
http://www.fsc.ufsc.br/ccef/port/cad/p_cad.html
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 137
Investigações em Ensino de Ciências
http://www.if.ufrgs.br/public/ensino/revista.htm
UNIMES VIRTUAL
138 FÍSICA GERAL
Exercício de auto-avaliação V
2) O que é necessário para que um som seja ouvido por uma pessoa?
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 139
UNIMES VIRTUAL
140 FÍSICA GERAL
Unidade VI
Eletromagnetismo
Objetivos
Conhecer a eletricidade e as características que fazem com que um material
conduza a eletricidade. As forças existentes entre cargas elétricas. Vamos con-
hecer as características dos aparelhos elétricos e como observar estas coisas
nos aparelhos que nos cercam. Como mensurar o gasto de energia elétrica numa
casa e veremos um exemplo de transformação de energia elétrica em energia
térmica. Vamos estudar também o magnetismo e como ele pode ser criado a
partir de uma corrente elétrica.
Plano de Estudo
Esta unidade conta com as seguintes aulas:
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 141
Aula: 24
UNIMES VIRTUAL
142 FÍSICA GERAL
Este modelo foi alterado por Niels Bohr (cientista dinamarquês) que propôs
que os elétrons possuíam níveis nos quais eles ficavam. Esta foi a origem
de uma outra área da Física, a Mecânica Quântica.
Cargas elétricas
Voltemos à experiência realizada por Tales de Mileto. Por que é que, depois
de esfregar âmbar com pele de carneiro, os pedaços de palha eram atraí-
dos pelo âmbar? Como isto pode ser explicado?
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 143
Com relação ao experimento feito por Tales de Mileto, podemos dizer que o
âmbar tem tendência a receber elétrons, enquanto a pele de carneiro tende
a ceder elétrons.
Condutores e Isolantes
A maioria dos metais possui elétrons que não estão tão presos ao átomo.
Estes são chamados de elétrons livres. Exemplos são: cobre, alumínio,
prata, ouro, ferro etc. Estes elétrons livres movem-se através do metal,
saindo de uma região que tenha excesso de elétrons, indo para uma região
onde haja falta de elétrons.
Como os elétrons movem-se com facilidade nos metais, eles são utilizados
nos fios para conduzir os elétrons que são responsáveis pelo funciona-
mento da imensidão de equipamentos eletrônicos disponíveis nos dias de
hoje.
UNIMES VIRTUAL
144 FÍSICA GERAL
Questões
a) Prótons.
b) Íons positivos.
c) Nêutrons.
d) Elétrons.
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 145
Aula: 25
Os opostos se atraem. Esta frase não fala de romance, pelo menos não
aqui.
Força elétrica
m1m2
Fg = G
d2
A força elétrica ocorre devido à carga dos corpos, assim esta força é dada
por:
| q1 | ⋅ | q2 |
Fe = k
d2
UNIMES VIRTUAL
146 FÍSICA GERAL
Dois corpos, um com carga e outro com carga , sofrem uma força que
pode ser de atração ou de repulsão. Quanto maior a distância, menor a for-
ça entre as duas cargas. As duas forças (gravitacional e eletrostática) se
comportam da mesma forma, ou seja, a sua magnitude cai com o inverso
do quadrado da distância. Entretanto, a força gravitacional é uma força
de atração, enquanto que a força eletrostática pode ser de atração ou de
repulsão.
Exemplo 1
| q1 | ⋅ | q2 | 1× 1
Fe = k 2
= 8,99 ×109 2 = 8,99 ×109 N
d 1
A força entre estes dois corpos é de repulsão, pois ambos possuem cargas
positivas.
Exemplo 2
−19
q1q2 9 (1, 6 × 10 )(1, 6 ×10−19 )
Fe = k 2 = 8,99 ×10 −10 2
= 2,3 ×10−8 N
d (10 )
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 147
Campo elétrico
Se forem colocadas duas cargas próximas uma da outra (uma carga fixa Q
e uma carga de teste q), a força que uma exercerá sobre a outra será:
|Q |⋅| q |
Fe = k
d2
|Q|
E=k
d2
a) atraem.
b) repelem.
c) anulam.
d) destroem.
a) Adicionamos prótons.
b) Adicionamos elétrons.
c) Removemos elétrons.
d) Removemos prótons.
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 149
Aula: 26
Uma tarefa interessante para você fazer agora é selecionar alguns apare-
lhos na sua casa e anotar as informações que aparecem na parte de trás.
Geralmente aparece uma tabela, por exemplo:
Voltagem 110 V
Potência 1.100 W
Corrente 10 A
Freqüência 50 ~ 60 Hz
Nas próximas aulas veremos cada uma destas informações com maiores
detalhes.
Corrente Elétrica
UNIMES VIRTUAL
150 FÍSICA GERAL
elétrons não fluirão; entretanto, se um condutor entrar em contato com os
dois lados da pilha, os elétrons vão transitar pelo metal.
Note que unir as pontas de uma pilha não serve para nada. Precisamos
colocar mais coisas no meio do caminho.
A corrente elétrica mede a quantidade de carga que passa por uma região
num certo intervalo de tempo. Um ampère é simplesmente um Coulomb
por segundo.
Exemplo
Aplicação
Um superaquecimento num fio ou numa tomada pode fazer com que ela
derreta, perdendo sua utilidade e podendo causar um incêndio. Portanto,
é muito importante utilizar fios e tomadas que agüentem a corrente que
passará pelo equipamento que será utilizado.
Questões
a) voltagem
b) induzido
c) corrente elétrica
d) resistência
a) Permanecem estáticos.
b) Vão de uma região negativa para uma positiva.
c) Vão de uma região positiva para uma negativa.
d) Deslocam-se ao acaso.
UNIMES VIRTUAL
152 FÍSICA GERAL
Aula: 27
Uma bola de basquete sendo segurada por uma pessoa acima da sua ca-
beça possui energia potencial. Se a pessoa soltar a bola, ela começa a
cair. Sua energia potencial se transformou em energia cinética.
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 153
Potencial elétrico
Para que possamos saber a energia potencial de um corpo, foi criado o po-
tencial elétrico. O potencial elétrico é simplesmente a energia potencial
elétrica de um corpo dividida pela sua carga. Portanto, esta grandeza é a
mesma independentemente da sua carga. Se existe um campo elétrico,
podemos calcular o valor do potencial elétrico. Se quisermos, então, saber
a energia potencial elétrica de uma partícula carregada colocada neste
campo, basta multiplicar o potencial elétrico pela carga da partícula.
Se um aparelho for ligado numa tensão menor, ele ficará fraco ou não
funcionará. Entretanto, se um aparelho for ligado numa tensão maior, ele
queimará.
UNIMES VIRTUAL
154 FÍSICA GERAL
Potência
Freqüência
Esta não é uma unidade de grandeza nova para vocês. Já vimos a freqü-
ência e sabemos que no Sistema Internacional ela é medida em hertz (Hz).
Mas por que será que ela está aparecendo aqui?
Questões
Todos nós consumimos energia elétrica e temos de pagar por esse consu-
mo. A fonte mais comum de energia elétrica no Brasil são as usinas hidre-
létricas que transformam a energia cinética das águas (que abandonam
as represas) em energia elétrica.
Quando esta energia chega até nós, ela é convertida em energia térmica
(chuveiro), energia luminosa (lâmpadas), energia mecânica (ventilador),
energia sonora (aparelho de som) etc.
O consumo
Vimos várias grandezas que são utilizadas para medir o que ocorre nos
aparelhos. Precisamos saber qual destas grandezas é mensurada para
contabilizar o nosso consumo.
Como potência é energia por intervalo de tempo, podemos dizer que ener-
gia é o produto de potência por intervalo de tempo. Lembrando que a uni-
dade de potência watt é: Joule dividido por segundo. Assim, 1 kWh é
o mesmo que: 1.000 Watts vezes 3.600 segundos, ou seja, 1 kWh é o
mesmo que 3,6 x 106 Joules.
UNIMES VIRTUAL
156 FÍSICA GERAL
200 kWh = 720 x 106 Joules. Assim, vemos que o consumo médio de
energia numa residência é de 720 milhões de joules.
Faça as mesmas contas para a sua casa e veja qual é o consumo de ener-
gia em joules.
Comparação
Se um carro possuir massa de 1.440 kg, qual deve ser sua velocidade para
que sua energia cinética seja de 720 milhões de joules?
6 mv 2
720 ×10 = Ec = = 720v 2
2
Portanto: m/s = 3.600 km/h.
Porque kWh?
Pode parecer estranho alguém utilizar uma unidade diferente daquela uti-
lizada no Sistema Internacional. Para muitas medições nós costumamos
usar as unidades do sistema Internacional. Entretanto, para o consumo de
eletricidade não fazemos a mesma coisa.
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 157
Agora que você já sabe a potência do chuveiro, você precisa saber mais
duas coisas: (I) quanto tempo o chuveiro fica ligado por dia e (II) qual a
fração do tempo que o chuveiro fica na posição econômica.
Depois que você fizer estas contas, verifique qual é o consumo mensal
de energia na sua casa. Será que o chuveiro é responsável por um gasto
muito alto de energia elétrica?
Questões
a) corrente elétrica
b) tensão
c) potência elétrica
d) energia elétrica
UNIMES VIRTUAL
158 FÍSICA GERAL
Aula: 29
Existem alguns aparelhos que são responsáveis por converter energia elé-
trica em energia térmica. O componente responsável por isto é o resistor
(também chamado popularmente de resistência). O resistor está presente no
chuveiro, no ferro de passar roupa e também na lâmpada incandescente.
Como aprendemos nas aulas de termologia, uma agitação maior dos áto-
mos corresponde a uma temperatura maior. Portanto, o condutor aquece
quando é atravessado pela corrente elétrica. Assim, parte de energia elé-
trica, que é enviada pelas usinas hidrelétricas, é perdida como energia
térmica. Isto ocorre em qualquer fio. Quanto maior o comprimento do fio,
mais os elétrons vão interagir e menor será a energia elétrica que chegará
ao destino.
Propriedades de um resistor
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 159
Existe uma grandeza que descreve a dificuldade que a corrente tem em
passar por um resistor. Esta grandeza é a resistência elétrica (R).
Para que a obtenhamos uma grande resistência, já vimos que devemos ter
um fio longo. Quanto mais longo, mais os elétrons vão interagir com os
átomos. Além disso, o fio deverá ser fino. Assim, haverá uma quantidade
maior de elétrons interagindo com um mesmo átomo, fazendo com que ele
se aqueça ainda mais.
Uma terceira propriedade dos resistores, que define o quanto ele vai se
aquecer, é o material do qual ele é feito. Alguns materiais deixam os elé-
trons passar com maior facilidade que outros.
R=ρ
A
Portanto, a resistência elétrica depende da resistividade elétrica ( ρ ),
que é uma propriedade do material. A resistência também depende do
comprimento ( ℓ ) do resistor e da área ( A ) da seção transversal do fio.
R =1 Ω
UNIMES VIRTUAL
160 FÍSICA GERAL
Quando ligamos um ferro de passar roupa na tomada, a tensão que ele
receberá já está determinada. A tensão será 110 V ou 220 V, dependendo
da localidade onde você está. Vamos assumir que a tensão seja de 110 V.
Agora gostaríamos de saber a corrente que passa por este ferro de passar
roupa.
U = Ri
U 110
i= = = 11A
R 10
Questões
UNIMES VIRTUAL
162 FÍSICA GERAL
Aula: 30
Para fazer isto vamos calcular a potência elétrica dissipada por um resistor.
Potência
Vimos que o potencial elétrico é igual à energia dividida pela carga. Por-
tanto, a energia que é transformada num resistor é igual ao produto do
potencial elétrico pela carga que passa pelo resistor.
P = Ui
Potência de um chuveiro
U2
P=
R
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 163
Portanto, conhecendo o valor da resistência, assim como da tensão aplica-
da, saberemos a potência dissipada.
U 2 (110) 2
P= = = 4.400 W
R 2, 75
Lembre-se que para que o valor da resistência seja grande, o material con-
dutor deve ser comprido. Para que ele seja bastante comprido, ele tem este
formato. Caso o resistor fosse um fio reto, ele não caberia no chuveiro.
Agora precisamos entender por que existem duas molas. Vemos na figura
acima que existem três pontos de contato no resistor. O ponto do meio
fica sempre conectado a um dos fios que chega a casa. Os outros dois
não ficam sempre conectados. Na verdade, os conectores extremos não
são conectados simultaneamente. Somente um deles é conectado a cada
vez. Quando escolhemos uma das posições (verão ou inverno), estamos
escolhendo qual dos trechos será utilizado.
Vemos, portanto, que temos dois resistores em um. Podemos ligar o resis-
tor maior ou o menor. Mas qual deles é o que aquece mais e qual é o que
aquece menos?
UNIMES VIRTUAL
164 FÍSICA GERAL
U2
Vimos que a potência é inversamente proporcional à resistência (P = ).
R
Portanto, para obter um aquecimento maior, devemos utilizar um resistor
com menor resistência.
Questões
a) 4.000 W
b) 4.840 W
c) 2.2 00 W
d) 4.575 W
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 165
Aula: 31
Temática: Magnetismo
O magnetismo
Um ímã possui dois pólos, mas o que será que acontece se quebrarmos
este ímã em duas partes? Cada uma das partes terá um pólo norte e um
pólo sul. Portanto, um ímã sempre tem dois pólos. Vários experimentos já
foram realizados por físicos em busca da existência de mono-pólos mag-
néticos. Entretanto, esse mono-pólo nunca foi encontrado. Portanto, acre-
dita-se que não podemos encontrar algum corpo que possua apenas um
pólo, mesmo que busquemos abaixo da escala atômica, como já foi feito.
Campo Magnético
UNIMES VIRTUAL
166 FÍSICA GERAL
Assim como fizemos com o campo elétrico, podemos escrever as linhas
do campo magnético. A direção do campo magnético em cada ponto do
espaço é a direção que a bússola aponta.
• Apenas uma linha de campo passa por um dado ponto do espaço e essa
linha é tangente ao vetor campo magnético nesse ponto.
Aplicações
Questões
a) um campo elétrico.
b) um campo gravitacional.
c) um campo magnético.
d) um campo eletrostático .
UNIMES VIRTUAL
168 FÍSICA GERAL
Aula: 32
Objetivo
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 169
Como o campo magnético é circular e perpendicular ao fio, uma forma de
amplificá-lo é enrolando o fio. Se enrolarmos várias vezes, poderemos
amplificar ainda mais o campo magnético.
Você acabou de ver como funciona um eletroímã. Este prego com um fio
enrolado é um eletroímã. A principal diferença entre um ímã e um eletro-
ímã é que este último é temporário, ou seja, ele funciona como um ímã
somente enquanto houver corrente elétrica passando por ele.
UNIMES VIRTUAL
170 FÍSICA GERAL
A forma mais simples de se criar um campo magnético variável é movi-
mentando um ímã. Quando você movimenta um ímã próximo a um fio, o
campo magnético próximo ao fio varia. Ora ele fica mais intenso (quando
o ímã está próximo), ora ele fica mais fraco (quando o ímã está distante).
Com a variação do campo magnético, os elétrons começam a se mover no
fio, surgindo a corrente elétrica.
Aplicações do Eletromagnetismo
Com esta troca de pólos, o ímã eletroímã, que era atraído para um lado, pas-
sa a ser atraído para o outro. É assim que funciona o motor. Ele possui um
ímã permanente e um eletroímã. No eletroímã passa corrente alternada.
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 171
Vimos também que um campo magnético variável produz corrente elétri-
ca. Este é o princípio de funcionamento de um gerador. As turbinas numa
hidrelétrica são conectadas a um gerador. Portanto, a água transfere parte
da sua energia cinética para o gerador. Um ímã começa a se mover no
interior de uma bobina. Devido ao campo magnético variável, surge uma
corrente elétrica nos fios da bobina. Esta corrente elétrica é transmitida
para os consumidores.
Questões
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 173
Resumo – Unidade VI
Referências Bibliográficas
O nome do grupo já diz qual é a proposta deste grupo da USP. Eles progra-
mam a física de uma forma bastante interessante. A Física é ensinada por
meio de vários conceitos interessantes. O texto é engraçado e contém um
pouco da Física do nosso dia-a-dia.
É um bom texto para ser usado nas aulas do Ensino Médio. É composto
por 4 livros (Mecânica, Física Térmica, Óptica e Eletromagnetismo) que
estão disponíveis gratuitamente na Internet no formato pdf (Portable Do-
cument File) da Adobe.
http://axpfep1.if.usp.br/~gref/
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 175
Sala de Física
O professor de Física Luiz Carlos Marques Silva criou esta página muito
boa. Neste endereço alguns assuntos são discutidos, com várias explica-
ções que podem ajudar outros professores.
http://br.geocities.com/saladefisica
Feira de Ciências
Página do professor de Física Luiz Ferraz Netto. Esta é uma página excelente
para você aprender vários experimentos para fazer para os seus alunos.
http://www.feiradeciencias.com.br/
http://educar.sc.usp.br/licenciatura/
Este site é excelente. Tem um conteúdo muito bom sobre como as coi-
sas funcionam. Além de falar de Ciência, Eletrônica e Computadores, fala
também de automóveis, saúde e vários outros assuntos. Somente o link
Ciência contém centenas de assuntos (muito bem explicados), com figu-
ras e animações.
http://www.howstuffworks.com/
http://pt.wikipedia.org/
UNIMES VIRTUAL
176 FÍSICA GERAL
Kepler
http://astro.if.ufrgs.br/index.htm
http://www.sbfisica.org.br/rbef/
Física na Escola
http://www.sbfisica.org.br/fne/Welcome.shtml
Gazeta de Física
http://nautilus.fis.uc.pt/gazeta/
http://www.fsc.ufsc.br/ccef/port/cad/p_cad.html
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 177
Investigações em Ensino de Ciências
http://www.if.ufrgs.br/public/ensino/revista.htm
UNIMES VIRTUAL
178 FÍSICA GERAL
Exercício de auto-avaliação VI
a) Só a lã fica eletrizada.
b) Só o bastão fica eletrizado.
c) O bastão e a lã se eletrizam com cargas de mesmo sinal.
d) O bastão e a lã se eletrizam com cargas de mesmo valor absoluto e sinais opostos.
UNIMES VIRTUAL
FÍSICA GERAL 179
6) Sabendo que a corrente que passa por um aparelho é de 5 ampères e que a tensão que
ele recebe é de 110 V, diga qual é a sua potência.
a) 22 W
b) 550 W
c) 2.420 W
d) 1.100 W
UNIMES VIRTUAL
180 FÍSICA GERAL