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INCLUSÃO
e TECNOLOGIA
NEAD/ UFSJ
Educação à Distância
Inclusão e Tecnologia
E24 Educação à distância : inclusão e tecnologia / Marise Maria Santana da Rocha,
Mirtes Zoé da Silva Moura, Joana Alves Fhiladelfio (organizadoras) . – São João
del-Rei : UFSJ, 2013.
581p. : il.
CDU: 37.018.43
Educação a Distância da UFSJ
Inclusão e Tecnologia
(Organizadoras)
Inclusão e Tecnologia
PACC - UAB
NEAD - UFSJ
2013
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI
Reitora
Valéria Heloísa Kemp
Vice-Reitor
Sérgio Augusto Araújo da Gama Cerqueira
Pró-Reitor de Administração
José Tarcísio Assunção
Pró-Reitor de Ensino de Graduação
Marcelo Pereira de Andrade
Pró-Reitor Adjunto de Ensino de Graduação
Márcio Falcão Santos Barroso
Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação
André Luiz Mota
Pró-Reitor Adjunto de Pesquisa e Pós-Graduação
Afonso de Alencastro Graça Filho
Pró-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários
Paulo Henrique Caetano
Pró-Reitor de Planejamento e Desenvolvimento
Cláudio Sérgio Teixeira de Souza
Pró-Reitora de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas
Adriana Amorim da Silva
Pró-Reitor de Assuntos Estudantis
Dimas José de Resende
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - NEAD
Coordenação Geral
Coordenador UAB/UFSJ
Coordenação Acadêmico-Pedagógica
Comissão Organizadora
REVISÃO
APRESENTAÇÃO ......................................................................................15
Jessica AlineTardivo
José Luis Bizelli
VÍDEOS NA EAD: NOVAS FORMAS DE CONSTRUÇÃO DO
CONHECIMENTO ................................................................................... 282
Susan Kratochwill
Deise Rodrigues
INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA: BARREIRAS
ATITUDINAIS E DE ESCOLARIZAÇÃO EM FOCO ................................ 569
Daniel Mill2
21
(UAB) 4, quando praticamente todas as instituições públicas de ensino
superior brasileiras investiram intensamente na modalidade de EAD.
Desde 2006, com a instalação da UAB, as instituições públicas de
ensino superior experimentam a modalidade de educação a distância
e, geralmente, isso tem sido feito de forma amadora, pela falta de
gestores preparados para a função. Assim, a gestão da EAD no Brasil
tem sido feita com bases nos princípios da gestão empresarial ou da
gestão educacional em geral, mas (quase) nunca do ponto de vista
específico da gestão de sistemas de EAD. A gestão educacional no
âmbito da EAD guarda para si diversas especificidades que exigem
e promovem um tipo de gestão muito diferente da gestão de outras
atividades. A profissionalização da gestão de EAD está ainda em
processo de consolidação e emerge como um desejo/angústia dos
responsáveis pela EAD.
22
à realidade brasileira com foco na análise da prática da gestão
educacional em experiências de educação a distância. Uma
rápida consulta às produções científicas sobre Gestão da EAD
língua portuguesa, francesa, inglesa e espanhola identifica pouca
preocupação com a formação de gestores ou com as especificidades
das exigências da modalidade, seja no seu planejamento e
gerenciamento seja na execução das atividades e processos da EaD
para a realidade brasileira. Há escassez de análises que auxiliem os
gestores de iniciativas de EaD em suas dificuldades cotidianas.
23
2. Gestão na Educação a Distância: estratégias e desafios
25
participar da educação a distância como aluno ou professor; outra
coisa é liderar e fazer a gestão de um programa de EAD. Para os
autores, esta última requer uma perspectiva um pouco diferente do
tema. Como afirmam Shelton e Saltsman (2005, p.ix), administrar
sistemas de EAD é tarefa complexa. Não que a gestão da educação
presencial não o seja, mas há alguns complicadores na gestão da
EAD.
26
materiais ou infraestrutura) disponíveis no Brasil para a realização
de um programa de formação democrático (baseado na flexibilização
dos processos em termos de espaços e tempos da educação, da
matriz pedagógica, dos processos comunicacionais etc.), concebido
como formação personalizada do ponto de vista dos educandos.
5 Esta imagem é uma tentativa didática de representar a dinâmica dos elementos do processo
de gestão da EAD, com vistas à democratização do conhecimento. Por ser apenas uma
tentativa de organização didática para análise, deve ser vista como uma perspectiva particular
e, claro, limitada ou empobrecida. As relações dialéticas entre os elementos da imagem
devem ser consideradas na análise e, também, é importante notar a existência de diversos
outros possíveis elementos não indicados no diagrama. Enfim, trata-se de um diagrama
como representação didática de um complexo processo, a gestão do ensino-aprendizagem
na EAD.
27
Assim, observamos que a Figura 1 indica que a gestão de um
sistema de EAD deve considerar, no mínimo, quatro aspectos: a noção
que o grupo tem da modalidade (concepção de EAD), sua finalidade
última (democratizar o conhecimento e flexibilizar as formas de
socializá-lo), a disponibilidade de recursos para desenvolver um bom
trabalho, e também a estrutura organizacional da EAD na instituição
(gestão organizacional). Esses quatro aspectos podem ser assim
detalhados:
29
trabalho dos educadores e técnicos, bem como as condições
de estudos dos educandos, estão diretamente relacionadas
aos recursos disponíveis para fazer EAD. A infraestrutura e
os recursos materiais, tecnológicos, financeiros e humanos
são centrais na definição de uma proposta de EAD e na
melhor qualidade da formação possibilitada pelas escolhas
feitas pelos gestores e educadores.
30
de modo isolado ao restante da instituição. Numa
espécie de gueto, o setor de EAD é mais autônomo,
mas se instala como um “elemento estranho”
aos outros setores da instituição. Geralmente, há
duplicidade de setores essenciais da instituição, o que
representa grande possibilidade de desperdício de
verbas públicas (no caso de EAD pública); e
31
recursos (humanos, materiais, tecnológicos, financeiros etc.) necessários
para veicular programas de EAD de qualidade. Segundo os autores,
essas atividades podem ser agrupadas em planejamento estratégico,
administração do programa, quadro de colaboradores, centros de apoio
ao aluno, bibliotecas e locais de teleconferência, avaliação da qualidade,
desenvolvimento de políticas institucional, estadual e federal, política
docente e política de letramento digital etc. Para os mesmos autores,
a maior parte das instituições educacionais compartilha três problemas
significativos ao introduzir a Educação a Distância:
32
necessidade de mudar, a mobilização da instituição para a mudança
e a integração das mudanças nas operações da organização
(SHELTON e SALTSMAN, 2005, p.10).
34
e) Como estruturar um sistema de avaliação que
atenda às diretrizes legais e pedagógicas na
modalidade de EAD, concebendo aspectos
essenciais ao processo avaliativo: com rigor,
seriedade, sigilo, identidade etc.? Como evitar
as recorrentes tentativas de burla (cola) na EAD?
Logisticamente, como gerenciar a aplicação das
provas nos Polos de Apoio Presencial?
36
Cada elemento indicado na Figura 2 afeta diretamente as
diferentes perspectivas de análise de qualquer aspecto envolvido
pelo ensino-aprendizagem no âmbito da EAD e, por isso, devem ser
considerados em tentativas de compreender a modalidade parcial
ou totalmente. Assim, essa tentativa de mapeamento dos principais
elementos/conceitos envolvidos numa proposta de EAD visa a
contribuir para a melhor compreensão do todo e suas partes, tendo
como foco uma perspectiva ampliada e uma visão de totalidade dos
processos da EAD.
feita em Mill (2012), traz novos elementos em relação àquele publicado pelo autor e, do
mesmo modo, novos elementos poderão ser incorporados em versões futuras do referido
mapa.
37
Figura 3. Detalhe do mapa conceitual, destacando aspectos mais diretamente
relacionados à gestão da EAD.
38
Tendo essa organização em mãos, os especialistas em EAD
(gestores e educadores) podem eleger aspectos mais importantes
para amenizar as suas dificuldades com a instalação de atividades
de EAD numa instituição. Podemos considerar essas reflexões que
apresentamos até aqui como o ponto de partida para a necessária
profissionalização da gestão da Educação a Distância.
39
Para o Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Inovação em
Educação, Tecnologias e Linguagens (Grupo Horizonte), isso
pode representar um primeiro passo ou uma lacuna a menos, mas
certamente ainda há muitas outras lacunas por preencher, o que
indica que a modalidade de EAD reafirma-se como um fértil campo de
estudos. Fica, portanto, o convite a todos para futuras investigações.
5. Referências
41
42
PROCESSO DE GESTÃO E AVALIAÇÃO NA EAD:
DIFICULDADES, DESAFIOS E PERSPECTIVAS
Resumo
O artigo apresenta uma reflexão baseada em questões relativas à gestão e
à avaliação “no” e “do” processo de ensino e aprendizagem na educação a
distância, abordando as dificuldades que se configuram no desenvolvimento
dessa modalidade bem como os desafios que se colocam em suas diversas
fases. Destaca, ainda, as perspectivas de melhoria da qualidade das ações
administrativas e pedagógicas na EAD, na busca pela inclusão social e pela
construção da cidadania.
1 Introdução
43
sua idade, nível de instrução ou categoria sócio-
profissional (AUTHIER, 2012, p. 40).
1.1.2 Dificuldades
44
cursos e ações a distância, uma das que mais vem sendo combatida
ao longo do tempo está relacionada ao preconceito contra essa
modalidade. O discurso que tenta desqualificar a EAD ainda persiste
na sociedade e na academia, mesmo diante de todo o avanço
tecnológico conquistado nos últimos tempos, para o qual Moran
(2013) aponta as seguintes utilidades:
É possível criar usos múltiplos e diferenciados para
as tecnologias. Nisso está o encantamento. O seu
poder de sedução.Os produtores pesquisam o
que nos interessa e o criam adaptam e distribuem
para aproximá-los de nós. A sociedade, aos
poucos, parte do uso inicial, previsto, para outras
utilizações inovadoras ou inesperadas.
1.0.3 Desafios
45
a ser enfrentado, pois profissionais devidamente habilitados podem
transformar a realidade educacional no campo do ensino a distância
tanto no âmbito da gestão, como no da docência, ou ainda da tutoria.
Gestores bem preparados representam a ampliação de ações,
bem como uma forma mais adequada de resolver situações-problema.
Consequentemente, professores efetivamente capacitados terão
plenas condições de dar rumos criativos e inovadores ao processo
pedagógico desenvolvido na EAD, o que encontra eco nas palavras
de Daniel Mill, quando ele afirma que:
46
meio de seus tutores para o acompanhamento
durante o processo de formação de um sujeito
(estudante). Tal acompanhamento se realiza no
contexto da formação integral, portanto, o tutor é
o sujeito que personaliza a Educação a Distância
mediante o apoio organizado ou sistemático de
um processo que compreende, em primeiro lugar,
o conhecimento da filosofia institucional e os
objetivos disciplinares, conteúdos, metodologia e
critérios de avaliação da matéria que dirige.
47
1.0.4 Perspectivas
48
Parece fora de questão que os processos de
produção dos saberes sociais e os processos
sociais de formação nestes saberes estabelecem
uma relação solidária no quadro da cultura
moderna. De fato, seria muito difícil conceber o
acelerado desenvolvimento dos conhecimentos
em nossa época na ausência de poderosos
recursos educacionais.
49
1.2 Dificuldades
1.3 Desafios
50
todo o percurso pedagógico do estudante, trabalhando as suas
fragilidades, valorizando suas potencialidades, mediando conflitos e
conhecimentos e formando atitudes positivas para a construção da
cidadania.
Um modelo de avaliação formativa e mediadora não pode se
apoiar em provas e testes descontextualizados, mas sim assumir um
enfoque voltado para a construção de competências.
Nessa direção, o que mais importa é o processo de aprendizagem, e
não a avaliação simplesmente como um fim em si mesma. Então, o que
realmente importa em qualquer modalidade é aprender e não avaliar.
1.4 Perspectivas
52
atenta aos modos de superação do autoritarismo
e ao estabelecimento da autonomia do educando,
pois o novo modelo social exige a participação
democrática de todos (LUCKESI, 2008, p. 32).
53
Referências
AUTHIER, Michel. Ensino a Distância: cartografia e árvores de
conhecimentos. In. DAMIANO, Gilberto A. et al. (Orgs). EAD, Cultura e
produção da subjetividade. Juiz de Fora: Ed. UFSJ, 2012.
1. Introdução
55
Entretanto, mesmo que a avaliação seja considerada assim,
ela corre o risco de se estagnar em seu próprio conceito, refratando
o seu compromisso histórico, discursivo e textual. Trata-se perigo da
cristalização conceitual, que esvazia da linguagem o seu dinamismo.
2. Discussão do conceito
Daí que, entre outras acepções, cristalizar é fazer com que algo
se solidifique, torne-se imutável, não passível de transformações.
56
Propõe-se aqui entender “atividade” como algo diferente de
“ação”. Não se trata de uma distinção conceptual técnica, mas de uma
proposta de diferenciação que possa servir de base para as discussões
doravante apresentadas.
Pode ser que alguém levante a objeção de que tal zelo não
esteja relacionado a elementos a serem avaliados em primeira
instância no indivíduo enquanto aluno. Mas não se pode negar que
57
são elementos a serem avaliados em primeira instância no indivíduo
enquanto professor.
2 COSTA VAL, Maria da Graça. Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
58
disponíveis a serem aplicadas repetidamente em suas provas. Certos
elementos dos conteúdos são universais, mas o momento de seu
ensino é único. Daí a necessidade de o professor sempre verificar
a adequabilidade de tais questões arquivadas em suas respectivas
transposições para as avaliações em seus respectivos momentos
históricos.
3. Considerações finais
60
esteja sempre atenta às condições de sua leitura e aberta a possíveis
interlocuções a partir do que ela aborda e problematiza.
4. Referências bibliográficas
COSTA VAL, Maria da Graça. Redação e textualidade. São Paulo:
Martins Fontes, 1991.
61
Alfabetização e Letramento
O MUSEU VIRTUAL DA ESCOLA NA ESCOLA:
POSSIBILIDADES PEDAGÓGICAS
Resumo
1 Introdução
65
otimizar os tempos, tanto o de acompanhamento dos estagiários dos
graduandos em Licenciatura em História, na Universidade Federal de
São João del-Rei, de Minas Gerais, quanto o da execução de suas
atividades na escola, exigidos para essa disciplina.
66
curso, que ao final de sua formação já se consideram historiadores,
assim como também pela insegurança por parte do corpo docente,
do mesmo curso, em relação ao discurso pedagógico. O medo do
novo, do desconhecido ou mesmo daquilo que não se domina: o
espaço da sala de aula, a intimidade com a escola, aspectos que, em
geral, mostraram-se como sendo foco de resistência por parte dos
historiadores no contexto em questão.
67
professores como “arena de poder”, a conservar uma formação nos
moldes de uma possível “bachaliatura”, ou seja, a formação única e
exclusiva de bacharéis em cursos voltados para a licenciatura, sendo
que o contrário também deve ser considerado. O que, para Oliveira
(2007, p. 33), se explica com as heranças:
Somos herdeiros de um modelo de formação
universitária napoleônica, onde temos a formação
inicial nas disciplinas de fundamentação; as
específicas da área e nos anos finais, aproximamo-
nos do campo teórico da pedagogia e da educação,
através de disciplinas como Didática, Metodologia
e, finalmente, do campo de estágio.
69
diante de um comportamento novo, o qual se faz necessário, rumo
ao desafio da criação, capaz de intervir para novas relações e outros
olhares para o ensino, têm sido ainda bastante restritos.
70
museológicos. Espaços os quais contemplam em si a ideia de
depositários e significados educativos. Tendo por base as novas
teorias acerca da valorização do espaço escolar como patrimônio
público nos seus diversos usos nas ações pedagógicas.
71
Tal proposta teve como objetivo geral selecionar atividades da prática
pedagógica organizá-la, desenvolvê-la no âmbito escolar de Ensino
Fundamental e Médio, considerando, para tal, a viabilidade da mesma
também em outros espaços educativos.
73
de blogs e/ou vídeos, que possam elucidar a organização de visitas
guiadas, apresentação e discussão de filmes, peças de teatro e outros
produtos culturais, que permitam a sistematização dos mesmos em
condições para oferecer o ensino dessas experiências vivenciadas
no cotidiano escolar e outros espaços educativos.
74
FELGUEIRAS, Margarida Louro. Herança educativa e museus:
reflexões em torno das práticas de investigação, preservação e
divulgação histórica. Rev. Bras hist. Educ. Campinas-SP, v. 11, n
1(25). P.67-92.jan/abr.2011.
NOLASCO, Edriana Aparecida. Relatório de Estágio: Escola Municipal
de Goiabeiras (Relatório apresentado como exigência na disciplina
Estágio Supervisionado II no curso de História da Universidade
Federal de São João del-Rei) , fevereiro de 2013, 60p.
OLIVEIRA, Valeska Fortes de. Práticas do Ensino de História: entre
saberes e sabores. In: Ensino de História: trajetórias em movimento.
(orgs.) JESUS, Nauk Maria de. et al. In: 33-40.
Notas
¹ Mestre em educação pela UFMG e doutora em educação pela UFMS. Professora do
Departamento de Ciências da Educação (UFSJ). E-mail: mcmabras@gmail.com.
75
CONTANDO HISTÓRIAS: ALFABETIZANDO EM TURMAS
INCLUSIVAS
Resumo
Este trabalho justifica-se pela necessidade de desenvolver e buscar
práticas pedagógicas que dinamizem o ensino, possibilitando estimular a
criatividade, a autonomia, a imaginação e a sensibilidade dos alunos do
terceiro ano do ensino fundamental. Para tanto, busca-se trabalhar com a
multiplicidade de linguagens na busca de conhecer e decodificar o mundo
que nos cerca, permeando a descoberta de novos horizontes de ensino
e de aprendizagem. A partir da experiência de contadoras de historia na
Biblioteca Municipal de São João Del-Rei, levamos essa prática de contar
histórias para a turma da Escola Estadual Inácio Passos com o intuito de
desenvolver a oralidade e o gosto pela leitura, utilizando a literatura infantil
especificamente, as narrativas que abordam a temática da diferença.
Perante a análise dos estudos e práticas realizadas, pode-se constatar que
o objetivo de proporcionar uma educação baseada na utilização do lúdico foi
alcançado com êxito, possibilitando um trabalho diferenciado que respeite
as possibilidades e limitações de cada aluno.
1 Introdução
76
Docência – PIBID, lançado pelo ministério da Educação, integrado
ao conjunto de reformas iniciadas em 2001, com a promulgação
de Diretrizes Nacionais para a formação, em nível superior, de
professores para a educação básica, tendo como um de seus
objetivos à formação inicial e a permanência dos alunos das
licenciaturas na docência. Podendo ser considerado um aliado na
construção de um profissional docente qualificado e consciente de
suas praticas acadêmicas e realidade escolar. O PIBID 2011-2013 do
curso de Pedagogia, da Universidade Federal de São João del-Rei,
visava abranger as modalidades de leitura e escrita em turmas com
alunos incluídos, responsabilizando-se por levantamentos intrigantes
a cerca do ritmo, tempo e limite dos educandos.
78
atividades artísticas potencializam e sensibilizam as práticas sociais,
provocando um contato inerente entre o individuo e seu entorno. A
partir da arte o sujeito adquire a percepção do mundo, cria sentido
simbólico e liberta seu próprio eu, tornando-se um ser sensível e
ativo.
80
analise do próximo, interpondo dessa maneira a concepção do nosso
próprio ser. Estimulamos a busca por singularidades e peculiaridades
do aluno ao lado, exercitando a descoberta e divulgação dessas
características ímpares com a intencionalidade de listar as informações
deste objeto/sujeito de pesquisa para em meio a um jogo de adivinhas
familiarizar suas impressões com o restante da classe.
82
Observando livros infantis, as crianças inventam
histórias inspiradas nas ilustrações. Criam
narrativas para si mesmas e para os colegas. As
histórias lidas ou narradas pela professora, e pelos
alunos também, têm um papel importantíssimo na
educação da criança: elas alimentam a imaginação
e o sonho, melhoram a expressão verbal, aguçam
a curiosidade, criam amor pelos personagens,
pelas palavras, pelos livros.
REFERÊNCIAS
83
LOWENFELD, Viktor; BRITTAIN, W. Lambert. Desenvolvimento da
Capacidade Criadora, 1 ed. São Paulo: Mestre Jou, 1977.
84
PRODUÇÃO DE TEXTO E VIVÊNCIA SOCIAL
Resumo
O presente artigo relata experiências relacionadas ao trabalho com
atividades referentes à produção de textos escritos, tendo como enfoque
principal a concepção de Alfabetização e Letramento. As mesmas foram
realizadas por dezoito alunos da quarta série do Ensino Fundamental, na
Escola “Dom Oscar”, município de Entre Rios de Minas, e tiveram como
objetivo demonstrar que tanto a aprendizagem quanto a produção de texto
não dependem apenas do que a escola transmite, mas também do contexto
social da criança. Por meio da observação não-participante foi possível
levantar dados que, posteriormente, foram analisados de acordo com a
abordagem sociointeracionista e com os preceitos de Vygotsky e Magda
Soares. Considerou-se que a proposição de textos imbuídos de sentido e
significado, para o aluno, resultam em benefício substancial à aprendizagem
significativa.
Introdução
85
textos dentro da expectativa de alfabetização e letramento.
A partir da minha experiência como professora e participando
de conselhos de classe e reuniões pedagógicas da escola, pode-
se verificar a proposição da escrita de textos apenas com o objetivo
de aprender a escrever, sem possuir um destinatário, como também
destituído de uma atividade de linguagem oriunda das práticas sociais
cotidianas.
86
não é um processo que ocorre espontaneamente. Os domínios para
a elaboração de um texto vão além do simples fato de propor um
tema. É preciso que o aluno tenha o que dizer, tenha uma razão
para dizer e tenha a quem dizer. Essa relação de interlocução é que
deve orientar todo o processo de produção de texto, como também
a sua utilidade nos diversos contextos. Coforme estabelecido nos
Parâmetros Curriculares Nacionais (1998):
Um escritor competente é alguém que, ao produzir
um discurso, conhecendo possibilidades que estão
postas culturalmente, sabe selecionar o gênero
no qual seu discurso se realizará escolhendo
aquele que for apropriado a seus objetivos e à
circunstância enunciativa em questão. (BRASIL,
1998, p.47).
87
a linguagem escrita, construídos nas práticas de escrita em que se
inserem. Do mesmo modo, não podemos aceitar o pressuposto de
que o domínio apenas do sistema alfabético garanta a produção de
textos significativos. Concordamos com Soares (1998), que ressalta:
Ser letrado significa saber ouvir, falar, ler e escrever
para usar em situação de participação social.
Significa saber interpretar, elaborar conhecimentos
novos, desenvolver a capacidade de interpretar
textos orais e escritos, levantar os conhecimentos
prévios, expressar ideias, pensamentos e
sentimentos, utilizando linguagem adequada a cada
situação. (SOARES, 1998, p. 34).
88
partir de ações intencionais que a criança desenvolve sua inteligência
e vai planejando a solução de problemas cada vez mais complexos.
O QUE É LETRAMENTO?
89
São notícias sobre o presidente, o tempo, os
artistas da TV, ou mesmo da Mônica e Cebolinha
nos jornais de domingo.
90
Partindo desses pressupostos, foram traçadas normas e
estratégias visando ao diagnóstico e à análise quanto a verificação
dos conhecimentos já apropriados pelos alunos em seus contextos.
O reconhecimento de que apenas uma minoria utilizava a escrita
como forma de comunicação foi salutar para a discussão relacionada
à proposição de atividades comunicativas que pudessem ser
socializadas, tanto no âmbito escolar quanto no familiar. Sendo assim,
foi elaborado um planejamento, privilegiando conteúdos relacionados
às formas de culturas e atividades vivenciadas.
91
Em todos os processos, envolvendo a leitura e a escrita, foi
necessário possibilitar condições para que os alunos pudessem,
por meio da pesquisa, dos debates e diálogos, tirar suas próprias
conclusões quanto ao uso dessas linguagens. Tudo isso, considerando
que a construção de determinados conhecimentos “dependem
do grau de letramento do ambiente social, ou seja, da importância
que tem a escrita no meio em que vivem e das práticas sociais de
leitura e escrita que podem presenciar e participar”. (BRASIL, 1998,
p.128). O que corrobora o pressuposto sociointeracionista de que o
conhecimento é produto da interação entre o sujeito e sua vivência.
Referências bibliográficas
CAGLIARI, Luiz Carlos: Alfabetizando sem o bá, bé, bi, bó, bu. São
Paulo: Scipione,1998.
92
______. A (des)aprendizagem das funções da escrita. Educação
Revista, Belo Horizonte, nº 8, p.3 -11 1988.
93
IMPORTÂNCIA DOS CONTOS DE FADAS PARA
APRENDIZAGEM INFANTIL: O CASO SHREK
Resumo
Um dos grandes desafios encontrados na área da Literatura infantil é o
reconhecimento do grande valor pedagógico dos contos de fada. Esse tipo
de narrativa é por vezes visto como ‘simples e fácil’ sem muito a oferecer.
Trata-se de uma visão equivocada, uma vez que os contos oferecem várias
possibilidades, no processo de desenvolvimento e alfabetização de crianças
em idade entre seis e sete anos. Enquanto diverte a criança, ele esclarece
estas sobre si mesmas e favorece o desenvolvimento de sua personalidade.
Atualmente, a estrutura do conto de fadas vem sendo modificado, exemplo
disso é o filme Shrek, que tem como principal argumento mostrar que os
contos de fadas modernos acompanham as mudanças sociais, colocando
em debate conceitos de beleza, inclusão social, caráter. Assim, a partir da
análise do conto de Fadas Shrek, pretende-se promover uma reflexão a
respeito das mudanças estruturais e semânticas em relação aos contos
tradicionais, evidenciando as contribuições que este oferece para o
desenvolvimento pessoal e a alfabetização infantil.
1 Introdução
ERA UMA VEZ uma criança que adorava ouvir
histórias... ela nada mais esperava que viver
cada momento, mas a cada passo dado neste
seu mundo de sonhos e fantasia, pouco a pouco,
sem o perceber, ia encontrando um sentido para
a vida...
(Paulo Urban)
1 Tutora presencial, na Universidade Aberta do Brasil (UAB) - Polo Franca, na especialização
Mídias na Educação. Pós-graduada em Letramento e Alfabetização (UFSJ); pós-graduada em
Desenvolvimento e Implantação de EAD (UFRJ) E-mail: tati_mbarcelos@yahoo.com.br
94
O presente trabalho consiste num estudo bibliográfico
sobre a importância dos Contos de Fadas, narrativas embalantes e
prazerosas, que também são conhecidas como conto maravilhoso,
conto encantado. Estes contos não só encantam, mais também
oferecem várias possibilidades no processo de desenvolvimento e
alfabetização de crianças. “Enquanto diverte a criança, o conto de
fadas a esclarece sobre si mesma, e favorece o desenvolvimento de
sua personalidade” (BETTELHEIM, 2002, p.12).
95
dilemas da infância presentes na sociedade atual. Evidencia-se que
os contos de fadas acompanham as mudanças sociais, colocando
em debate conceitos de beleza, inclusão social e questão do caráter.
Assim é notável que o conto que oferece mais possibilidades para
análise desses elementos é o filme Shrek, visto como um releitura
dos contos de fadas tradicionais e um reflexo da sociedade atual,
com suas dificuldades e conflitos.
96
Pode-se perceber, desta maneira, que os contos de fadas vão
além de uma simples história, exercendo seu sentido terapêutico,
proporcionam ainda, a socialização, o desenvolvimento da
criatividade, do imaginário, sendo ele um facilitador e mediador do
desenvolvimento infantil.
97
leitura por prazer, formando futuros leitores que se apegam ao gosto
pela leitura por prazer e não por obrigação.
2 Shrek é um ogro que vivia feliz e sozinho num pântano, de repente, mas o governante de
Duloc, Lord Farquaad, decide expulsar todas as criaturas personagens de contos de fadas
para floresta e a casa de Shrek torna-se o habitat delas. Para se livrar dessas criaturas, o ogro
propõe buscar a mulher dos sonhos de Lord Farquaad, a princesa Fiona que vivia adormecida,
aprisionada num castelo guardada por um dragão, em troca Farquaad tiraria todas as criaturas
mágicas da floresta, devolvendo o sossego de seu pântano. Shrek acompanhado por um burro
consegue libertar a princesa mas, no entanto, no caminho de volta a Duloc, quando os dois
começam a se conhecer melhor, acabam por se apaixonarem um pelo outro e vivendo muitas
aventuras (GÓES, 1991).
98
Merece reflexão no filme as contribuições para desenvolvimento
e aprendizagem da criança, e sua estrutura social. O filme possui
personagens fictícios como se vivessem em nosso tempo, buscando
amor. Exemplo disso é o conceito de família que vem sofrendo
grandes transformações nas últimas décadas, acompanhando as
tendências de desenvolvimento nos âmbitos econômico, tecnológico,
político e cultural. No Brasil, principalmente após a entrada da mulher
no mercado de trabalho, podem-se observar grandes transformações
nos papéis familiares, relações de poder, valores individuais e
coletivos, estrutura e capacidade de decisões referentes à família.
99
será seu desenvolvimento. A criança irá se identificar, impedindo
bloqueios futuros que podem vir a atrapalhar sua aprendizagem, pois
a sociedade está em constante construção e é interessante que a
literatura retrate isso.
O filme aborda também a inclusão social em diferentes
vertentes, social e econômica, pois o ogro está à margem da
sociedade (pântano), e a princesa no topo (castelo) ainda assim eles
se apaixonam e ficam juntos. Levando a uma tentativa de abolição do
preconceito e discriminação de pessoas de classes sociais diferentes.
Na vida real é importante que a criança vivencie situações em que há
respeito às diversidades de classe, raça e gênero, visto que crianças
são indivíduos em desenvolvimento.
Fonte: http://www.tarologos.com/category/afetividade/
100
Merece destaque também a questão de padrões de beleza,
pois o filme traz um ogro no papel de “príncipe”, com comportamento
fora dos patrões: grosso, rústico, antissocial. A princesa, antes bela,
torna-se ogra, invertendo o estereótipo tradicional do sapo que vira
príncipe, porém, mesmo sendo uma ogra, ela vive feliz com Shrek,
demonstrando que as aparências não têm nada a ver com a tão
almejada felicidade.
Ao relacionar este fato à sociedade atual que está cada vez
mais preocupada com a aparência e beleza, o filme procura mostrar
que a beleza não é fundamental, como nos contos tradicionais, em
que as princesas são sempre lindas, loiras de olhos azuis. Esta é a
inclusão do diferente, pois defende a aceitação de padrões de beleza
que fogem ao convencional. Numa sociedade com tantas diferenças
como a atual, é importante que as crianças percebam, que belo é
“externo”, e não essencial. São em situações como esta, que aquela
criança que foge aos padrões se encontra, e passa a ver que ela
também faz parte da sala de aula, da escola, da comunidade, do
mundo em si.
Outro fato relevante é o conceito mulher independente,
que luta por seu lugar profissional, que sabe se defender sozinha,
acabando com a ideia de fragilidade, que em muitas situações são
na verdade submissões. Mulheres que batalham por seus sonhos e
querem boa profissão, conhecimento e independência. E a criança
ao se deparar com todo este relato no filme, começa a perceber que
a mulher pode ser independente. A educação das meninas pode
ser direcionada, por mulheres que busquem mais conhecimento e
autonomia. O modelo de mulher que procura um ‘príncipe’ para casar
e ser feliz para sempre não cabe mais na sociedade contemporânea.
101
Princesas que lutam, brigam e têm tatuagens
Fonte: http://www.clickideia.com.br/portal/
102
4. Considerações Finais
103
Referências
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. 5.
ed. São Paulo: Scipione, 1995.
104
Educação Empreendedora
A IMPORTÂNCIA DO DESIGN INSTRUCIONAL PARA
CURSOS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Resumo:
Este trabalho propõe o registro da atuação do Design Instrucional no
desenvolvimento de cursos a distância, objetivando levar de forma
empreendedora e inovadora o conhecimento e a concepção de novos
saberes a partir da elaboração de cursos virtuais. Para tal, são abordados
fundamentos teóricos e práticos relativos ao Design instrucional e sua
fundamental importância para organização e sustentação em um curso a
distância, resultando no êxito de cursos desenvolvidos pelo profissional.
1. Introdução
107
a aprendizagem através da repartição do conteúdo educacional.
108
de ensino-aprendizagem, o que inclui atividades, estratégias
didáticas, sistemas de avaliação, métodos e materiais instrucionais.
O DI incorpora as tecnologias de informação e comunicação,
principalmente da internet, ao processo ensino-aprendizagem,
concomitantemente, a equipe EaD desenvolve uma ação sistemática
de novas metodologias e estratégias didáticas.
2. A Educação Empreendedora
109
dificuldades existentes em nosso país, para implantar um negócio e
mantê-lo em funcionamento. Souza Neto elucida:
110
de uma escrivaninha. É da esfera empreendedora
que emanará a cultura empreendedora, a qual,
por sua vez, terá influência sobre outras áreas da
sua existência (NETO, 2008, p. 21).
111
acessarem salas de aula virtuais, grupos de
trabalho na rede, campus eletrônicos e bibliotecas
online em um grande espaço compartilhado
(ROCHA, 2002, p.198).
112
virtual é oferecer ao aluno um segmento de interação e comunicação,
através da aprendizagem colaborativa mediada por computador,
tendo como vantagens o alcance de mais pessoas com os mesmos
investimentos e razão custo/benefício. Um curso EaD de qualidade
é aquele que desenvolve flexibilidade de tempo, personalização e
individualização, amplitude de opções, democratização do acesso à
educação pela EaD e a possibilidade da aprendizagem colaborativa.
113
didáticas específicas, a fim de promover, a partir
dos princípios de aprendizagem e instrução
conhecidos, a aprendizagem humana. Em outras
palavras, definimos o design instrucional como o
processo (conjunto de atividades) de identificar
problemas (uma necessidade) de aprendizagem
e desenhar, implementar e avaliar uma solução
para esse problema (FILATRO, 2008, p. 3).
114
(NETO, 2008, p.21).
116
apto a demonstrar os avanços e as dificuldades encontradas, e
aperfeiçoar as técnicas de aprendizagem. Também deve ser funcional
e integral, demonstrando se os objetivos propostos estão sendo
alcançados e avaliando o aluno de forma total. Enfim, a avaliação é
uma atividade-meio, devendo ser realizada durante todo o processo
de ensino-aprendizagem, não servindo apenas para valorar, mas
também para analisar e detectar problemas durante um curso
online. Em um curso a distância, alguns tipos de avaliação acabam
por apresentar maior efetividade do que outras. A avaliação é um
processo contínuo de reorientação e aperfeiçoamento, sua função é
saber se o objetivo do curso está sendo alcançado, bem como indicar
os avanços e dificuldades.
117
e analisando o grau de afetividade entre alunos e formadores/tutores.
118
colaborativa e significativa. Na educação online é necessário que as
relações interpessoais sejam bem mais intensas que na presencial,
uma vez que não existe o contato físico. A afetividade incentiva e
instiga o indivíduo a aprender. Sem ela, o abandono de curso por
parte dos alunos é bem maior, pois a relação entre os participantes
e professores/tutores acaba sendo distante e maquinal. Desta forma,
observa-se que a evasão em EaD pode ser também fruto de ações
meramente mecanicistas, sem a preocupação com as relações
criadas entre alunos, seus colegas e professores. Formadores devem
priorizar o discente imbuído de uma história, respeitando seu perfil
e ouvindo-o para saber motivá-lo. Acerca das relações afetivas em
AVAs conhecidos e utilizados, é importante considerar que atrás das
máquinas existem homens, e elas, em meio a toda a tecnologia, são
resultado da razão/emoção dos homens e de sua afetividade.
119
técnicas de aprendizagem diferenciadas e, ao mesmo tempo,
recreativas, o que é indispensável para o bom desenvolvimento de
um curso online.
4. Considerações finais
120
pode transformar a vida das pessoas, em escala sua família, seu
bairro, sua cidade, seu Estado e assim por diante. Este é o propósito
de um Design instrucional de qualidade.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Disponível em: < http://www.mec.
gov.br/ >. Acesso em: 05 de janeiro de 2013, p.37.
121
PENTERICH, Eduardo. Ambientes virtuais de aprendizagem.
Disponível em: < http://www.metodista.br/atualiza/conteudo/material-
de-apoio/livros/sala-de-aula-e-tecnologias/cap05.pdf >. Acesso em:
05 de janeiro de 2013, p. 1 - 22.
122
EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA: DIFICULDADES E
DESAFIOS NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA
BRASILEIRA
Resumo
Tendo em vista as recentes políticas públicas direcionadas ao sistema
de educação brasileiro e a constante utilização de recursos tecnológicos
para este fim, acredita-se ainda na necessidade da formação de cidadãos
empreendedores. O objetivo deste artigo é discutir, à luz dessas mudanças,
quais seriam as principais dificuldades encontradas neste processo.
Acredita-se que todas as ações direcionadas ao sistema público de
educação devam ser formadas não somente de mecanismos de acesso ao
ensino, mas também que sejam contempladoras dos desafios resultantes
do funcionamento de todo o sistema.
Introdução
123
culturais de nossa sociedade. A valorização de quem tem muito e a
consequente exclusão de quem muito pouco tem ou quase nada, são
um reflexo das atitudes do próprio Estado frente à sociedade e suas
mudanças. A educação perde seu sentido, muitas vezes para quem
deveria ser mais forte. O desafio principal: destruir a modelização da
sociedade brasileira e assim abrir os olhos da população para que
esta entenda a educação empreendedora como forma de libertação
e benefícios mútuos.
126
Políticas Públicas e o Sistema Educacional Brasileiro: o
que mudou?
Educação Empreendedora
128
de Estatística e Estudos Econômicos), realizada em 2010, as
MPE’s (Micro e Pequenas Empresas) respondiam por 99% das
empresas e representavam mais da metade dos empregos formais
de estabelecimentos privados não agrícolas. Entre 2000 e 2010
as MPE’s criaram 6,1milhões de empregos com carteira assinada,
sendo 2,4 milhões de postos gerados somente na primeira metade da
década. Esses dados demonstram um pouco da importância destes
empreendimentos para o país.
Metodologia
Discussão e Resultados
130
Entrevistado 2: “Alguns nasceram para dar ordens, outros para
receber [...]”
Considerações finais
Referências
133
RELATO DE EXPERIÊNCIA: A PRÁTICA DE TUTORIA E
O PROCESSO DE INTERAÇÃO ENTRE TUTOR, ALUNO E
A COMUNIDADE NO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM
EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA
POLO DE SÃO JOÃO DA BOA VISTA - SÃO PAULO
Resumo
Este trabalho apresenta alguns aspectos relativos à prática de tutoria de
Ensino a Distância no Curso de Especialização em Educação Empreendedora
– edição 2010, no polo presencial de São João da Boa Vista, SP, desenvolvida
pelos tutores Denílson Alves de Araujo e Luiz Antônio da Cruz, na qual a
mediação didático-pedagógica dos processos de ensino e aprendizagem
ocorre com a utilização de tecnologias da informação e comunicação. Sabe-
se que, para um completo sucesso em EAD, o tutor deve ser responsável
por manter uma comunicação sempre ativa com seus alunos. Torna-se
necessário o comprometimento dos tutores à distância no desempenho de
suas funções e o feedback e todas as outras mensagens trocadas durante
o curso sejam instrutivas e motivadoras para o sucesso de todo processo
ensino/aprendizagem. A partir do relato do papel de tutoria à distância, das
atribuições e forma de atuação, procura-se fazer uma pequena amostragem
das abordagens no que se refere ao ensino e aprendizagem das diversas
disciplinas do curso e os reflexos da atuação dos tutores à distância junto
aos alunos. Também será apresentado o envolvimento dos tutores, que se
estendeu além dos limites do Ambiente Virtual com a publicação de artigos
sobre a cidade. Como resultados, a elaboração de excelentes trabalhos de
conclusão de curso e também a produção de artigos exibidos em sites e
jornais da cidade.
__________________________
134
1- Introdução
136
da organização do trabalho nos sistemas convencionais, bem como
para a utilização adequada das ferramentas tecnológicas do mundo
virtual em prol da educação.
137
Esses aspectos fazem com que o curso não seja um fardo para
o aluno e também o tutor deve estar atento a esses aspectos para
identificar os problemas relacionados à aprendizagem dos alunos.
Deve sempre relembrar os objetivos de aprendizagem a serem
alcançados, bem como as etapas e o calendário a serem cumpridos;
utilizar os diferentes meios de comunicação (impressos, áudio, vídeo,
informática); organizar alternativas diferenciadas de aprendizagem;
estimular o aluno a analisar os problemas de forma crítica; incentivar
e reconhecer as contribuições dos alunos; criar um ambiente de
confiança e solidariedade, estimular o interesse pelas atividades;
valorizar a experiência de cada um; mediar os conflitos e solucionar os
problemas relacionados à gestão educacional fornecendo feedback
e, assim, cumprir com os prazos definidos pelos diversos atores do
processo de Educação a Distância.
Segundo Gonzalez (2005, p. 85), o tutor deve ter bem claro
para si e para os alunos a consciência de que não é ele o detentor
exclusivo do conhecimento, mas que é, antes de tudo, uma ponte
para a fluência dos saberes em construção. Para que o aluno tenha
sucesso é necessário que desenvolva disciplina nos estudos, isto
é, tenha uma rotina de estudos pré-estabelecida e busque apoio e
orientação com os tutores, pois uma relação pedagógica conclama a
uma construção cotidiana.
Considerando que na base conceitual da educação de adultos
sobressaem a autonomia e a singularidade como componentes
fundamentais, torna-se evidente que sua formação deve ser entendida
como processo orientado para a autoaprendizagem. No sentido de
estimular a motivação intrínseca do desejo que o adulto geralmente
apresenta, os processos de ensino e de autoaprendizagem devem
basear-se na participação ativa dos sujeitos.
Tanto o esforço como a valoração contribui para aumentar a
autoestima e o incentivo dos adultos no prosseguimento de seus
138
estudos. As limitações de tempo e de espaço devem ser levadas em
consideração ao se planejar atividades e programas direcionados à
educação de adultos. Estes devem ser flexíveis e atender ao ritmo
diferencial dos estudantes, às demandas socioetnográficas de cada
cultura e às expectativas e exigências de futuras ocupações numa
sociedade em permanente transformação.
139
aquela ansiedade inicial vai se reduzindo. Aos poucos a turma vai
se organizando, de tal forma que na maioria dos casos as atividades
avaliativas propostas no curso começam a fluir adequadamente, com
bom aproveitamento de todos aqueles que se envolveram ativamente
nas atividades.
Atenciosamente
140
Denilson
141
5- A interação com a comunidade
6- Considerações finais
143
na crescente ampliação de cursos na modalidade EAD, diante dos
recursos tecnológicos disponíveis. Embora não tenha abordado
o ensino a partir da Educação a Distância, Paulo Freire (2006)
pressupõe que é necessário estimular a curiosidade epistemológica
do educando sem deixar de reconhecer o valor das emoções, da
sensibilidade, da afetividade.
7- Referências
ALMEIDA, M. E. B.; ALONSO, M. (Orgs.). Gestão Educacional e
Tecnologia. São Paulo: Avercamp, 2003.
144
PROPOSTA CURRICULAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
EO EMPREENDEDORISMO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO
FÍSICA
Resumo
A Educação Empreendedora tem ocupado espaço considerável na educação,
a partir de leis como a LEI 9394/96 e dos Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCNs), que permitiram muitas inovações no currículo educacional como as
mudanças no ensino regular do Estado de São Paulo. Este artigo trata das
mudanças que ocorreram nas aulas de Educação Física no ensino médio
dentro de uma perspectiva do empreendedorismo. A Proposta Curricular do
Estado de São Paulo é uma inovação, permitindo que em todas as escolas
estaduais do estado fossem abordados os mesmos conteúdos, ao mesmo
tempo, organizados por meio de cadernos do aluno, do professor do gestor,
objetos de nosso estudo. Notam-se que as novas metodologias de ensino
propiciaram uma mudança de paradigmas nas aulas de Educação Física,
visando ao bem-estar físico e mental do educando.
1 Introdução
145
Estado, tem-se o mesmo modelo de ensino. Com isso, os alunos
de diferentes cidades do estado seguem os mesmos conteúdos dos
cadernos fornecidos pelo Estado, sob uma ótica empreendedora. O
direcionamento deste estudo é o tema deste trabalho.
147
potencialidades pedagógicas e tecnológicas da Educação global e
transdisciplinar.
(Paulo Freire)
149
As aulas de Educação Física lecionadas nas décadas de 70,
80 estiveram relacionadas ao militarismo, em que se visava apenas à
ginástica militar. O professor pedia para os alunos correrem em volta
da quadra, os meninos jogavam bola e as meninas vôlei. Contudo
esse tempo jaz distante.
150
Do mesmo modo que a Educação física, a pedagogia
empreendedora se direciona para métodos que tenham como
objetivo promover a melhoria das condições de vida da sociedade
contemporânea. Métodos que estão envolvidos numa Educação com
princípios de sustentabilidade e valorização do indivíduo, procurando
elevar o aluno ao patamar de sujeito atuante, para que ele não se
sinta marginalizado, promovendo o seu bem-estar.
151
de pesquisar, de se arriscar, enfim, de empreender.
153
QWLQ-bref, UM INSTRUMENTO DE APOIO A GESTÃO
ESCOLAR, NA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA NO
TRABALHO DE PROFESSORES
Resumo
Com o presente estudo, objetivamos avaliar a utilização do questionário
de avaliação da qualidade de vida no trabalho (QWLQ-bref) como um
instrumento de apoio ao gestor escolar. Apresentamos uma reflexão sobre
empreendedorismo, educação empreendedora, qualidade de vida no
trabalho e gestão escolar. Para obter dados sobre a qualidade de vida no
trabalho através do questionário, utilizamos uma amostra composta de vinte
e três professores do ensino básico que cursavam a especialização em
Educação Empreendedora pela UFSJ. O questionário QWLQ-bref possui
20 questões, através das quais se avaliam quatro domínios: físico/saúde,
psicológico, pessoal e profissional. A classificação dos índices de satisfação
de cada domínio se divide em 5: muito insatisfatório, insatisfatório, neutro,
satisfatório, muito satisfatório. Analisando a média aritmética simples de
nossa amostra, verificamos que em todos os domínios a classificação
foi satisfatória. Mas, ao analisarmos individualmente os participantes, a
classificação em todos os domínios foi bem diversificada. Nosso estudo
apresentou dados que nos permitem acreditar que o questionário citado
pode ser considerado um bom instrumento de apoio aos gestores escolares,
pois traz informações importantes sobre aspectos físicos, pessoais,
psicológicos, profissionais e sobre a saúde. Através desses dados a análise
ainda mostra de forma bem clara em que nível se encontra a qualidade de
vida no trabalho desses profissionais.
154
1. Introdução
2. Métodos
155
Através da plataforma foi possível ter acesso aos professores, e estes
professores tiveram acesso ao questionário utilizado na pesquisa.
156
(QWLQ-bref) contém 20 questões, através das quais se avaliam
quatro domínios: físico/saúde, psicológico, pessoal e profissional.
Todas as questões do questionário possuem cinco opções de
resposta, com a numeração de 1 a 5. A de número 1 refere-se à
resposta de nível mais baixo de satisfação; a de número 5, ao nível
mais alto; a de número 3 refere-se à média; as de números 2 e 4 são
os intermediários para baixo e alto, respectivamente.
Na figura 1 é apresentada a classificação de satisfação para
o QWLQ – bref. Essa classificação é a mesma proposta para o
QWLQ – 78, por ter sido considerada confiável devido à grande
proximidade dos resultados, ao se compararem os dois questionários
(CHEREMETA, M et al. 2011).
QWLQ – 78 e QWLQ- bref
Muito insatisfatório 0 a 22,5
Insatisfatório 22,5 a 45
Neutro 45 a 55
Satisfatório 55 a 77,5
Muito satisfatório 77,5 a 100
Figura 1 – Classificação dos índices de satisfação do QWLQ – bref.
157
Tabela 1 – Média das respostas marcadas pelos participantes, divididas
por domínio.
Participantes Físico/ QVT
Saúde Psicológico Pessoal Profissional
1 4,500 4,667 4,750 4,667 4,646
2 3,250 3,333 4,000 3,333 3,479
3 2,250 3,667 4,000 3,333 3,313
4 4,000 3,667 3,750 3,778 3,799
5 3,250 3,000 4,250 3,222 3,431
6 3,000 4,667 4,750 3,444 3,965
7 3,250 3,000 3,500 3,000 3,188
8 2,750 2,000 2,750 1,667 2,292
9 2,750 4,333 4,750 2,889 3,681
10 2,750 2,667 4,250 2,556 3,056
11 4,000 4,667 5,000 4,222 4,472
12 2,750 2,667 4,000 3,333 3,188
13 3,333 4,333 4,500 4,111 4,069
14 4,250 4,333 4,750 4,333 4,417
15 2,000 3,000 3,500 2,444 2,736
16 3,750 3,333 4,000 2,667 3,438
17 3,250 3,667 4,250 4,000 3,792
18 3,500 3,667 3,750 3,444 3,590
19 2,500 2,000 3,000 1,556 2,264
20 2,750 3,000 3,500 3,000 3,063
21 3,750 3,333 4,000 3,556 3,660
22 4,500 4,667 4,500 4,444 4,528
23 4,000 3,667 3,500 3,444 3,653
158
Identificar os principais pontos fortes e fracos guiará o processo de
planejamento, mostrará com quais recursos se poderá contar e quais
são os pontos vulneráveis no momento de se estabelecerem as
estratégias da empresa (ANDION; FAVA, 2002).
159
de mudança nas formas de gestão e nos modos de pensar e agir.
4. Considerações finais
Referências
ANDION, M.C.; FAVA, R. Planejamento Estratégico. Editora Gazeta
do Povo, 2002. Coleção Gestão Empresarial - v. 2, cap. 3..
CHEREMETA, M.; PEDROSO, B.; PILATTI, L.A.; KOVALESKI , J.L.
Construção da versão abreviada do QWLQ-78: um instrumento de
avaliação da qualidade de vida no trabalho. Revista Brasileira de
Qualidade de Vida. v. 03, n. 01, p. 01-15, Jan./Jun. 2011.
CONTE, A.L. Qualidade de vida no trabalho. Revista Faebusiness,
n .7 nov. 2003.
DOLABELA, F. Pedagogia Empreendedora – o ensino do
empreendedorismo na Educação Básica, voltado para o
desenvolvimento sustentável. São Paulo: Editora de Cultura, 2003.
HAUSER, M.W.; PILATTI, L.A. Análise da qualidade de vida no
trabalho em eletricistas atuantes na construção civil através do
instrumento questionário QWLW -78 na cidade de Ponta Grossa –
Paraná. XXX Encontro Nacional de Engenharia de Produção. São
Carlos, SP, Brasil; out. 2010.
JUNQUEIRA, T. Trabalho, saúde e terapia ocupacional: uma
abordagem sistêmica. Anais do 4º Congresso Brasileiro de Sistemas
– Centro Universitário de Franca Uni-FACEF, Franca, SP; out. 2008.
MENDES, F.C.; NUNES, M.N. Gestão escolar: análise do
gerenciamento de recursos em universidades do RJ. Disponível na
URL:<http://www.estudosdotrabalho.org/anais6seminariodotrabalho/
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REIS JÚNIOR, D. R. Qualidade de vida no trabalho: construção
e validação do questionário QWLQ-78. 2008.114 f. Dissertação
(Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-
164
Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Tecnológica
Federal do Paraná, Ponta Grossa, PR, 2008.
SCHIRLO, A. C; DA SILVA, S.D.R.; RESENDE, L.M.; SILVEIRA,
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mundo globalizado. VI EPEGE, 2009. Disponível na
URL:<http://www.pg.utfpr.edu.br/incubadora/?page_id=30>, acesso
em 10/09/2011
SOUZA NETO, B.; CARDOSO, M.E. Pedagogia empreendedora.
São João del-Rei, MG : UFSJ, 2010. 45p. Apostila do Curso de
Especialização em Educação Empreendedora.
VASCONCELOS, A.F. Qualidade de vida no trabalho: origem, evolução
e perspectivas. Caderno de Pesquisas em Administração. São
Paulo, v.08, n.01, Jan/Mar 2001.
165
EDUCAÇÃO FINANCEIRA INFANTIL
Resumo
Nos primeiros quatro ou cinco anos de idade, as crianças aprendem muito
dos valores morais ensinados. Portanto desde cedo devem aprender
a trabalhar com dinheiro e saber lhe dar o valor. Não o valor de riqueza,
mas o valor de fazer por merecê-lo, criando e favorecendo desde as séries
iniciais o desenvolvimento da percepção que fornecerá conhecimentos
sobre as formas de otimização dos recursos naturais e como lidar com a
sustentabilidade. As bases da educação financeira são transmitidas por
meio de atitudes simples, na rotina do relacionamento entre pais e filhos,
que geram benefícios futuros. Isso é essencial para relacionar-se bem com o
dinheiro, diz Cássia D´Aquino, educadora financeira. Lidar com o dinheiro é
saber fazer escolhas. Os pais e professores devem estimular a participação
das crianças nas decisões de escolha. O mesmo ocorre com o professor
que poderá trabalhar projetos que estimulem a participação em escolhas.
Trabalho realizado por meio de projetos em sala de aula e utilização de
vídeos, mídias, passeios e avaliações, com resultados educativos e duráveis.
Empreendedorismo
166
razão pela qual devemos criar um ambiente favorável para o
desenvolvimento infantil empreendedor e financeiramente seguro. O
empreendedorismo para as crianças tem um significado diferente do
que os adultos pensam. Para elas, empreender é uma brincadeira
gostosa, que pode ter seu início com um desenho, transformação
de uma caixa de papelão numa loja, numa caixa de supermercado,
numa televisão, num balcão de loja, todos esses exemplos citados
dependerão da imaginação e criatividade de cada pequeno
empreendedor. Mas é preciso lembrar que antes de sermos
empreendedores somos consumidores. E isso não é diferente com as
crianças, se não as ensinarmos a serem consumidores sustentáveis,
com certeza não serão empreendedores sustentáveis.
167
das outras pessoas. Nos primeiros anos, a criança deve aprender
a ter autoconfiança suficiente e a ter coragem de encarar o desafio.
A melhor maneira de aprender é correndo o risco de errar. Desde
cedo, as crianças precisam aprender que todos os seus desejos não
poderão ser satisfeitos e que a vida não é somente feita de alegrias.
Portanto, desde cedo devem aprender a trabalhar com dinheiro e
saber lhe dar o devido valor. Não o valor de riqueza, mas o valor
de fazer por merecê-lo. Ou seja, de se esforçar e fazer por merecer
recompensa.
As bases da educação financeira são transmitidas por meio
de atitudes simples, na rotina do relacionamento entre pais e filhos.
Atitudes cotidianas ajudam a criança a se preparar para postergar
desejos e suportar a espera em nome de benefícios futuros. Isso
é essencial para relacionar-se bem com o dinheiro, diz Cássia
D´Aquino, educadora financeira.
Lidar com o dinheiro é saber fazer escolhas. Ao optar por uma
compra, ou deixar de comprar algo para economizar ou ainda comprar
algo que seja mais barato. A sustentabilidade pode e deve ser parte
da rotina das crianças, mas para que isso ocorra de forma natural,
precisamos ensiná-las a comprar o necessário, sem prejudicar o hoje
e o amanhã. Nunca foi tão necessário desenvolver consumidores
conscientes de suas escolhas. O que estamos vivenciando são
crianças impacientes que tão logo acabam de ganhar um vídeo game
novo, já querem outro mais atualizado, melhor ainda.
Os pais e professores devem estimular a participação das
crianças nas escolhas a serem feitas. A participação da criança no
supermercado, por exemplo, é uma fonte de aprendizado, a começar
pela observância da lista de compras, já introduzindo a noção de
planejamento. Deve ser mostrada a diferença entre comprar de uma
empresa sustentável que se preocupa com o meio ambiente e de
uma empresa apenas preocupada em vender. Os pais ao seguirem o
168
conteúdo da lista de compras, devem também mencionar se algo está
caro ou barato, sinalizando racionalidade nas escolhas. O mesmo
deve acontecer com o professor que poderá trabalhar projetos
que estimulem a participação nas escolhas como consumidores
responsáveis.
Mas o que é ser um consumidor responsável? É aquele
consumidor que utiliza planejamento orçamentário, sabe fazer
escolhas sustentáveis e que valoriza o seu papel como membro de
uma sociedade.
Por onde começar? Com algo simples, como exemplo, uma
simples mesada pode ser um aprendizado fundamental, pois leva
a criança a aprender como fazer o planejamento financeiro. A
mesada deve ter um dia fixo para a criança recebê-la e não deve ser
suspensa como punição para algum comportamento inadequado. A
atual geração de crianças e adolescentes é a mais influenciada pelo
consumo de toda a história. Atualmente, 80% das marcas globais
têm uma estratégia específica para atingir crianças e adolescentes,
observa Martin Lindstrom, um dos maiores gurus do mundo
publicitário. Os filhos influenciam os pais na decisão de compras.
O papel do educador
169
e as famosas compras sem necessidade. A família tem um papel
primordial no desenvolvimento global das crianças. Por isso cabe aos
pais ou responsáveis a introdução de hábitos saudáveis de consumo
e o desenvolvimento das habilidades financeiras de suas crianças.
Tudo com muito carinho, paciência, bom humor e principalmente
respeitando as fases do desenvolvimento infantil.
É preciso iniciar a alfabetização financeira de forma lúdica,
por meio de brincadeiras e sabendo que atos valem mais que
palavras. Melhor dizendo, as crianças são excelentes observadoras,
aprendem por imitação e lembram-se durante muito tempo das
brincadeiras infantis. Elas reproduzem o meio social em que vivem,
repetem gestos, comportamentos e até a fala dos adultos com os
quais convivem. O modo como cada um de nós lida com o dinheiro
costuma ser aprendido entre os cinco e seis anos de idade.
A educação financeira infantil proporciona maturidade e ainda
faz mais: ensina a gastar com prazer, a investir, a doar e a poupar.
Desde os primeiros anos de vida, a educação financeira deve ser
prioritária, para que as crianças e jovens cidadãos busquem a
felicidade, a realização de seus desejos ilimitados com adequação
ao dinheiro ou mesada disponível. Gastar com cuidado deve ser
ensinado desde cedo. O verdadeiro empreendedor não é aquele
que empreende e sim aquele que faz muito com pouco recurso e
ainda consegue poupar formando reservas para um futuro próximo.
Quando aprendemos a poupar aprendemos também a ter segurança
e a garantir nossos direitos como consumidores.
Aprendemos a poupar para termos liberdade de escolha, pois
saber lidar com ativos financeiros não é uma simples tarefa, mas se
baseia no ato de saber fazer escolhas.
De acordo com as teorias de Paulo Freire, e mencionadas
por Dolabela (2003), o ensino do empreendedorismo, voltado ao
desenvolvimento social sustentável, é uma pratica pedagógica
170
e deve receber uma atenção especial, por se tratar de conteúdos
socialmente válidos.
As crianças que recebem instruções sobre os rituais da
educação financeira infantil carregarão, no inconsciente, hábitos
e princípios recebidos em casa e na escola. Essa educação que
mencionamos aqui é a que esclarece e direciona o modo de agir em
qualquer idade. Essa bagagem determinará o que consumir, o preço
que podemos pagar e as possibilidades de pagamentos.
Como mencionado por Eloísa Vasconcellos “Educar é um
processo longo, lento, incansável e de muito amor. Coloque
planejamento, acompanhamento, comprometimento, e acima de
tudo, objetivos claros e bem definidos quando o assunto for dinheiro.
Isso vale para qualquer idade.”
Elaboração de projetos
171
devemos utilizá-lo de forma consciente.
O professor é peça fundamental nesse processo de
assimilação do que se deve ensinar e como ensinar. Os pais devem
ser convidados a ter conhecimento do projeto para trabalharem em
conjunto com o professor.
O projeto terá como base os exemplos do cotidiano, simples
ações que podem contribuir para a formação de consumidores
sustentáveis e felizes. É essencial que a criança descubra que
ela pode e deve ter a opção de escolha e que sua escolha é de
extrema importância tanto para si mesma como também para uma
comunidade. É nosso dever oferecer mudanças comportamentais
agora para garantirmos o futuro. O tema sustentabilidade deve ser
especialmente desenvolvido com as crianças de forma lúdica e que
traga reflexão sobre as nossas ações agora e o reflexo no futuro.
Podemos e devemos provar que é possível viver bem, mesmo
negando os apelos de consumismo e de irresponsabilidade que a
vida nos proporciona de uma maneira tão fácil e inconsequente. Se
ninguém ensinar corretamente as crianças, com certeza a mídia vai
ensiná-las, influenciando-as a sua maneira.
Referências
172
sonho e representação. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.
SEBER, Maria da Glória. Construção da inteligência pela criança.
São Paulo: Summus, 1992.
AQUINO, Cássia D’. Educação Financeira. Disponível em: <HTTP://
educacaofinanceira.com.br/index.php/imprensa/category/3>.
Acesso em: 05/03/2013.
VASCONCELLOS, Eloísa. Educação financeira para crianças.
Disponível em: HTTP://www.personare.com.br/educacao-financeira-
para-criancas-m2817. Acesso em: 05/03/2013.
173
UNESP CORPORATIVA: CURSO DE APERFEIÇOAMENTO
EM LICITAÇÃO E CONTRATAÇÃO PÚBLICA – PROJETO
PILOTO
Resumo
174
INTRODUÇÃO
175
cursistas, os servidores da UNESP - Universidade Estadual Paulista
- Júlio de Mesquita Filho.
DESENVOLVIMENTO
177
e Procedimentos no Ambiente de Trabalho”, ministradas,
respectivamente, pelos professores-doutores José Carlos de Oliveira
e José Luís Bizelli. Tal curso apresentava-se estruturado em módulos
(cada módulo composto por quatro semanas, três da Disciplina 01
e uma da Disciplina 02), sendo que em cada módulo ocorreram três
exposições dos conteúdos programáticos e uma dos conteúdos de
reposição ou de esclarecimentos de dúvidas, na forma de EAD,
no ambiente virtual. E, ainda, um encontro presencial realizado no
final de cada módulo, na Faculdade de Ciências e Letras - Campus
Araraquara.
Todos os encontros presenciais que aconteceram tinham
a seguinte disposição: no período da manhã, era realizada uma
abordagem da gestão do dia a dia dos servidores; e, no período da
tarde, ocorreram as oficinas para a formalização de procedimento
padronizado.
Além disso, em cada fase do curso foram disponibilizados
materiais para o acompanhamento e orientação das atividades
a serem desenvolvidas. Ao final do curso, todo esse material foi
formalizado em cartilhas de procedimento operacionais padrão e os
conteúdo das disciplinas em forma de livro.
Na metade do curso fora aplicado um questionário de satisfação
do curso, cuja análise possibilitou discussão sobre a importância,
relevância e desdobramentos do curso para formação do servidor
e desenvolvimento da universidade. Foram questionados pontos
como: a qualidade/quantidade dos conteúdos das disciplinas, o apoio
dos tutores nas disciplinas e a satisfação dos cursistas quanto ao
Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA).
Essas questões foram analisadas através da escala de
Likert. A escala Likert é uma escala de mensuração com cinco ou
sete categorias de respostas, variando de “discordo totalmente” a
“concordo totalmente”, fazendo com que os participantes indiquem
178
o grau de concordância/discordância em cada um dos quesitos
apresentados. No relatório em questão, a escala desenvolvida foi de
1 a 7, sendo: 1 (um) para “bastante insatisfeito/extremamente ruim” e
7 (sete) para “bastante satisfeito/extremamente bom”.
Dos dados coletados a partir do Relatório de Satisfação, foi
desenvolvida uma análise geral em relação às três áreas dos
servidores (DTAs, contabilidade/finanças e materiais/compras),
mostrando a satisfação geral dos cursistas em relação ao ambiente
virtual e ao curso de aperfeiçoamento como um todo.
A pesquisa do Relatório de Satisfação foi aplicada a todos os
cursistas, porém por não ser obrigatória a participação, foi respondida
por aproximadamente 70% dos alunos do curso.
De maneira geral, o curso de Aperfeiçoamento em Licitação e
Contratação Pública apresentou favoráveis níveis de satisfação. A
seguir, o gráfico nos mostra os índices de satisfação representados
em cada uma das três áreas de servidores:
179
Já com relação à modalidade de ensino EAD, os resultados
da pesquisa foram os piores avaliados. As questões relativas ao AVA
(Ambiente Virtual de Aprendizagem) foram as que apresentaram as
menores notas na avaliação da satisfação. Analisando-se cada uma
das questões que se enquadram ao AVA, foram obtidos os seguintes
resultados:
1 As questões relativas às ferramentas utilizadas no ambiente,
a sua facilidade ou não de uso, obtiveram uma média geral de
4,66 e os seguintes resultados em cada um dos setores:
180
Fonte: Relatório de Satisfação do Curso de Aperfeiçoamento em Licitação
e Contratação Pública, realizado pelo NEaD.
181
4 O quarto e último pior avaliado em relação ao AVA foram
as questões relativas à grafia e à explicação das atividades
a serem realizadas em cada semana, obtendo uma média
geral de 4,99 e os seguintes resultados nas áreas:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
182
apresentados, pode-se concluir a significância e a utilidade dessa
modalidade de ensino nos dias de hoje, principalmente no ensino
corporativo, que é de extrema importância para o crescimento e
desenvolvimento das organizações.
Nota-se como fundamental a utilização da EAD para a
realização do Curso de Aperfeiçoamento em Licitação e Contratação
Pública, pois foi possível qualificar os profissionais sem prejudicar
as suas tarefas laborativas, permitindo-se uma interatividade entre
os diversos campi da Universidade e proporcionando trocas de
experiências e vivências.
Como já foi demonstrado, de maneira geral, o curso foi
considerado satisfatório pelos cursistas. No entanto, alguns pontos
relativos à EAD pecaram. Dessa maneira, a continuidade do projeto
Unesp Corporativa depende da solução desses problemas. Pensando
nisso, e como forma de auxiliar na resolução desses problemas,
foram apresentadas no Relatório de Satisfação sugestões por cada
área de servidores para o melhoramento dos encontros presenciais
e também do ambiente virtual.
Por fim, para concluir o presente trabalho, enfatizo, novamente,
a importância da Educação a Distância em cursos dessa modalidade.
Isso porque ela auxilia ambos os lados, o da organização e o do
funcionário, já que a organização vai ganhar qualificando o seu
profissional sem prejuízo das suas atividades laborativas, e o
funcionário ganha com a melhoria da sua profissionalização e a
flexibilidade proporcionada por essa modalidade. Dada a importância
do ensino corporativo, o projeto Unesp Corporativa tende a continuar
ao longo do próximo ano, com a possibilidade de abranger cursos de
graduação e pós-graduação para os seus servidores.
183
REFERÊNCIAS
Ambiente Virtual de Aprendizagem do Curso de Aperfeiçoamento em
Licitação e Contratação Pública disponível em: http://www.edutec.
unesp.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1074&Ite
184
PQSP. PROGRAMA DA QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO.
Disponível em: http://www.pqsp.planejamento.gov.br. / http://www.
planejamento.gov.br/secretarias/upload/Arquivos/publicacao/seges/
PUB_Seges_Mare_caderno04.PDF Acessado em 11 de outubro de
2012.
185
A AGRICULTURA COMO EIXO TEMÁTICO NA EDUCAÇÃO
RURAL OUROPRETANA: AÇÕES EMPREENDEDORAS
PARA REVITALIZAR COMUNIDADES
Resumo
Esta pesquisa é resultado dos estudos de pós-graduação em Educação
Empreendedora desenvolvidos pela UFSJ, por meio de seu Núcleo
de Educação a Distância (Nead). Seu foco é a Educação do campo, no
município de Ouro Preto, Minas Gerais. Busca apresentar estratégias para
uma prática pedagógica contextualizada na cultura campestre, tendo como
eixo norteador os aspectos relacionados à agricultura e ao meio ambiente.
Visa ao desenvolvimento integral do aluno, bem como sua permanência no
campo, provocando mudanças de atitudes e transformação em cidadãos
autênticos. Para isso, foi feita uma análise comparativa entre a realidade
detectada e a abordagem teórica para se chegar a uma conclusão.
Introdução
186
No município de Ouro Preto, a situação não é diferente. As
escolas e empresas localizadas na área urbana frequentemente
acolhem essas pessoas. Em vista desse fenômeno, parece ser
necessária a implementação de políticas públicas que minimizem o
problema, se não puder saná-los.
188
acredito que cada pessoa que abandona o campo,
principalmente se for um jovem, empobrece um
pouquinho mais esse nosso país, tão sofrido. E o
campo precisa de muita gente jovem, de sangue
novo para abastecer essa nação [...] (M. J. S. 47
anos).
189
possibilidade positiva de organização da escola do campo, através
da formação continuada e da construção de metodologias.”
190
Agricultura e Meio Ambiente: contextualização e
interdisciplinaridade
191
Figura 1. Cortes de mata nativa, forno de carvão e queimadas.
192
Nota-se, então, uma pequena participação da Escola e na
Escola. É preciso que professores e alunos estejam mais próximos e
envolvidos com os trabalhos agrícolas.
Considerações Finais
194
promovem o desenvolvimento sustentável e enfraquecem o êxodo
rural, de forma que se configura assim um genuíno exemplo de
empreendedorismo.
195
Referências
KOLLING, E. J. et al. (Org.). Educação do campo: identidade e
políticas públicas. Brasília, DF: ANCA, 2002.
196
Mídias na Educação
O CONHECIMENTO GEOGRÁFICO, A MEDIAÇÃO
PEDAGÓGICA E A FORMAÇÃO DE CONCEITOS NAS
ESCOLAS BÁSICAS DE SÃO JOÃO DEL-REI-MG
Resumo
1 INTRODUÇÃO
199
professores da Escola Básica. Como lócus da pesquisa escolhemos
as escolas estaduais de diferentes bairros de São João del-Rei e
que possuem poder de polarização na cidade, são elas: Escola
Estadual Dr. Garcia de Lima no Bairro das Fábricas; Escola Estadual
Cônego Oswaldo Lustosa no Bairro Guarda-Mor e a Escola Estadual
Governador Milton Campos no bairro de Matosinhos. Não obstante o
reconhecimento de que existem várias geografias e, que todos são
livres para se alinhar a qualquer uma delas. Acredita-se que alguns
caminhos podem ser comuns e, portanto, devem ser considerados
no ensino da Geografia escolar. Conforme Callai (2006, p. 255),
“Ao fazer qualquer reflexão sobre a formação dos profissionais de
educação, é fundamental que se tenham claros dois aspectos: o
significado do que é professor e do que é ciências (disciplina/matéria)
que ele trabalha”.
Na busca de novas práticas de ensino que aproxime o
ensino de Geografia da realidade dos alunos, desenvolvemos a
contextualização3 de alguns capítulos dos livros didáticos dos oitavos
e sétimos anos, dessas escolas escolhidas como pesquisa, com o
intuito de descobrir se os alunos reconhecem a geografia no espaço
de vivência deles.
Acreditamos que o aluno consegue construir o conhecimento e
entender os conceitos estruturadores da Geografia quando os temas
propostos nos livros didáticos podem ser percebidos por estes alunos
em seus espaços de vivência, na sua realidade local. CALLAI (2003,
p. 23) fala que:
200
capacidade criativa. É fundamental então que se
consiga transformar a Geografia em algo vivo, que
diga respeito à vida, ao mundo real, que não sejam
questões estranhas e distantes no sentido de não
se perceber que sejam da vida, da sociedade
concreta.
201
Este artigo procura, dessa forma, expor a importância da
contextualização do ensino da Geografia partindo da realidade do
aluno, bem como a busca pelos significados obtidos pelos alunos em
sala de aula, se estes foram apreendidos o suficiente no que alcança
a escala local da Geografia.
202
informações e em face da falta de tempo para que
possamos processá-las, acabamos buscando a
explicação mais fácil, o que certamente nos levará
a grandes equívocos.
203
treze (13) não responderam
seis (6) responderam: cidade histórica
três (3) responderam: turismo
três (3) responderam: expansão desregular
dois (2) responderam: cultura
dois (2) responderam: arquitetura antiga
204
A percepção das formas culturalmente constituídas pode ser
realizada por intermédio de trabalhos em campo, caso este não possa
ser realizado outra opção seria, então, trabalhar em aula imagens do
município. Tais imagens teriam, assim, o caráter de revelar quais são
as características dos espaços da cidade percebidas pelos alunos.
Os alunos poderiam utilizar imagens fotográficas registradas por eles,
trazendo, assim, para o ambiente escolar, aspectos que os alunos
identificam em seu espaço de vivência.
205
multiartísticos, de múltiplas éticas, multiteorias,
multiciências, multieconomias e de multicentros.
Resultados Preliminares
207
distribuídas nas demais escalas geográficas. Para Callai (2003, p.
12)
Passamos de um processo de ensino-
aprendizagem em que o professor define o que
deve ser estudado, o que deve ser dado em aula
e como o aluno deve aprender e ser avaliado,
para um processo em que os alunos definem as
perguntas que devem ser feitas, as quais eles
mesmos precisam responder, buscando eles
próprios a construção das respostas e, em última
análise, do seu conhecimento.
209
UM RECURSO EDUCACONAL PARA CURSOS
PRESENCIAIS: A PRODUÇÃO DE UM BLOG SOBRE
JOGOS
Resumo
Este trabalho refere-se à produção de um Blog Educacional como um
recurso pedagógico para cursos presenciais. O conteúdo é constituído por
jogos educacionais de diversas áreas do conhecimento elaborados pelos
alunos dos cursos de Licenciatura no decorrer da disciplina de Psicologia
da Educação no ano de 2011. O objetivo consistiu em oferecer aos alunos
das Licenciaturas um espaço de interação, publicação e socialização
das atividades sobre jogos desenvolvidas na disciplina de Psicologia da
Educação. Inicialmente realizou-se a revisão da literatura, a seleção do
conteúdo a ser desenvolvido no Blog, a construção do Blog Educacional de
Jogos a partir do material disponibilizado pelos alunos, publicação do Blog
para socialização do conteúdo e participação dos alunos e produção escrita
do trabalho. Os resultados iniciais constituíram de uma satisfação imensa
dos alunos ao encontrar suas produções publicadas e disponibilizadas para
interação e socialização, além, do reconhecimento pelos alunos do Blog
como um espaço efetivamente educacional. Verificou-se que nem todos
os alunos se envolveram de forma efetiva, restando ao professor mediador
fomentar a participação de todos os alunos.
Introdução
210
Em 1999, foram criados os primeiros aplicativos e
serviços de weblog, como o Blogger, do Pyra Lab
(hoje do Google), e o Edith This Page (hoje Manila),
da Userland. Estes sistemas gratuitos ou de baixo
custo, facilitaram a disseminação da prática do
weblog, por dispensarem conhecimentos técnicos
especializados e agregarem, num mesmo
ambiente, diversas ferramentas para uso nos
weblogs. (GUTIERREZ, 2005, p. 17).
212
ensino aprendizagem e o professor como mediador deste processo
possibilitando ao aluno através da zona de desenvolvimento proximal
tornar o desenvolvimento potencial em real para continuar num
processo contínua alçar novos voos na busca do conhecimento.
213
pessoa vai tirando a sua máscara social. À medida
que ela vai se envolvendo em uma atividade
lúdica, pouco a pouco se revela com seus defeitos,
suas qualidades, suas carências e seus pontos
fortes. Para um educador atento e preparado essa
experiência é de grande valia como facilitadora
no processo ensino-aprendizagem. (GOMES e
FILHO, 2011, p. 5)
Desenvolvimento
216
Considerações Finais
Referências
GOMES, Jussara Lopes e FILHO, Nei Alberto Salles. Jogos: a
importância no processo educacional. 2011. Disponível em: <http://
www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1562-8.pdf>.
Acesso em: 2 jan 2012.
218
contemporânea. In: Revista Psicologia & Sociedade. Universidade
Federal do Rio Grande do Sul. v. 15, p. 74-87; jul/dez. 2003. Disponível
em: <http://www.scielo.br/pdf/psoc/v15n2/a06v15n2.pdf>. Acesso
em: 23 out. 2011.
219
O USO DAS MÍDIAS NA ESCOLA PARA A DISSEMINAÇÃO
DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA
Resumo
220
1 Introdução
221
À medida que os recursos tecnológicos vão ganhando espaço,
o professor se vê diante das inúmeras possibilidades de acesso às
informações, de diferentes aplicações e possibilidades de uso das
tecnologias no espaço escolar. Significa um “desabrochamento”
das ideias e a adaptação dos conteúdos, o que vai libertando tanto
professores quanto alunos das tarefas cristalizadas e repetitivas
concentrando-se, portanto, em aspectos mais relevantes e
engajadores no processo educativo.
222
forma interdisciplinar e/ou transdisciplinar. É sobre esta temática que
se propõe o presente estudo, associar os conhecimentos do curso
de especialização em Mídias na Educação à experiência docente e à
realidade educacional atual.
223
Percebe-se que atualmente o desafio é educar com o uso de
novas tecnologias, desafio esse que se ameniza a cada dia devido
ao anseio, à busca, ao aprendizado dos profissionais da educação
em acompanhar a evolução midiática. Moran (1997: 27) salienta que
“vale a pena pesquisar novos caminhos de integração do humano e
do tecnológico.”
225
226
discriminação teriam profundamente suas origens em base sólida, o
racismo. Ainda de acordo com Munanga (2000, p. 05):
Todos os preconceitos e discriminações que
permeiam a sociedade brasileira são encontrados
na escola, cujo papel deve ser o de preparar futuros
cidadãos para a diversidade, lutando contra todo
o tipo de preconceito. Mas na prática, ela acaba é
reforçando o racismo.
228
5 Considerações Finais
229
Referências
D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Sociedade, cultura, matemática e seu
ensino. São Paulo, Revista Educação e Pesquisa, v 31, 2001, p. 90-
120.
230
A UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTA TECNOLÓGICA COM
MULTIMÍDIAS E REALIDADE AUMENTADA INTEGRADAS
NO AMBIENTE ESCOLAR
Resumo
231
Introdução
232
A ferramenta utilizada neste estudo é constituída por mídias
integradas inseridas em um mesmo artefato tecnológico, envolvendo:
páginas web, imagens, objetos 3D, áudio, vídeo e Realidade
Aumentada (RA). Esse recurso pode ser utilizado em todas as
disciplinas, podendo o professor planejar suas atividades, de acordo
com o objetivo delineado por ele dentro de seu conteúdo e pretensões
didático-pedagógicas.
233
Metodologia
236
Figura 1. Exemplo do REMIIO Ecologia
Resultados
238
- No Questionário I: foi constatado um interesse médio dos
professores pela aula tradicional.
Conclusão
239
forem surgindo, através do material apresentado e permitindo a eles
a integração direta com a tecnologia.
Referências Bibliográficas
GODOY, Arilda Schmidt. Pesquisa Qualitativa. Tipos Fundamentais.
Revista de Administração de Empresas. São Paulo,v.35, n.3, p.20-
29, mai/junho 1995.
KENSKI, V. M. Novas tecnologias, o redirecionamento do espaço e do
tempo e os impactos no trabalho docente. São Paulo: FEUSP, 1997.
p.72.
KIRNER, C. Mídias Interativas Integradas Online. Disponível em:
http://www.ckirner.com/midias. Acesso em 25 de setembro de 2012.
KIRNER, C.; Kirner, T.G. (2008) Virtual Reality and Augmented
Reality Applied to Simulation Visualization. In: El Sheikh, A.A.R.; Al
Ajeeli, A.; Abu-Taieh, E.M.O.(Ed.). Simulation and Modeling: Current
Technologies and Applications. 1 ed. Hershey-NY: IGI Publishing,
2008, v. 1, p. 391-419. Disponível em: http://www.igiglobal.com/
Bookstore/Chapter.aspx?TitleId=28994. Acesso em 25 de setembro
de 2012.
REZENDE, C.S.; KIRNER, T.G.; KIRNER, C. Uso de Recurso Interativo
Multimídia (RIMult) em Ensino e Aprendizagem. Proceedings of 7ª
Conferencia Ibérica de Sistemas y Tecnologías de Información -
CISTI 2012, Madrid; p. 777-782. .ISBN: 9789899624764.
REZENDE, Flavia; COLA, Cláudio dos Santos Dias. Hipermídia
na educação: flexibilidade cognitiva, interdisciplinaridade e
complexidade. (2005)
240
EAD E O ENSINO DE HISTÓRIA: DESAFIOS, PROPOSTAS
E ARTICULAÇÕES
Resumo:
241
ao mesmo tempo contextualizada em seu meio, não pode ficar fora
desse movimento. Antes, alunos e professores tinham como suportes
de ensino e aprendizado somente o caderno escolar, o livro didático
e obras de referência em uma pedagogia escolástica da História.
Agora, temos artefatos de aprendizado novos: os laptops, tablets,
computadores e realidades aumentadas. A cultura escolar está
mudando e nós, educadores, também precisamos assumir uma nova
postura.
242
mensurada, já que, pela dinamicidade dos fatos humanos, é
impossível fixar a origem exata das práticas e das mudanças. Por
isso, o tempo passa a ser, na História, “o próprio plasma em que se
banham os fenômenos, e como que o lugar da sua inteligibilidade”
(p. 30). Então, o problema da História envolve não só a mudança
ou o fato histórico isolado, mas também o processo da mudança, os
motivos pelos quais as rupturas e descontinuidades se deram e, mais
ainda, discutir a posição do homem naquele tempo.
243
Surgiram novos temas, em que a noção do totalizante é
substituída pela investigação dos sentimentos, crenças e costumes.
De acordo com Vainfas (1997), desde a fundação dos Annales,
seus criadores, Marc Bloch e Lucién Febvre, já se preocupavam
com uma História das Mentalidades, mas só a partir de 1960 foi
que tal abordagem tomou força maior, com o deslocamento das
“preocupações da base socioeconômica ou da vida material para
os processos mentais, a vida cotidiana e suas representações”
(VAINFAS, 1997, p. 136).
244
não só a historicidade do Brasil e das mentalidades, mas também a
procuram fazer pela análise dos microtemas – como a sexualidade, a
escravidão e a história das mulheres no Brasil.
246
A prática docente deverá estar fundamentada na concepção de
que a História é um campo de saberes vivo, onde a percepção de que
os saberes não derivam apenas das produções anteriores de autores.
Os próprios alunos poderão produzir seu próprio conhecimento
histórico, através da análise de diversas fontes.
247
Considerações Finais
Referências
BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de história:
fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2011.
BLOCH, Marc. Introdução à História. 4. ed. Publicações Europa-
América, s.d., 1946. (Coleção Saber).
SAMARA, Eni de Mesquira. TUPY, Ismënia Spínola Truzzi. Metodologia
& Pesquisa e Metodologia de pesquisa. Editora Autêntica: São Paulo,
2007
VAINFAS, Ronaldo. História das Mentalidades e História Cultural. In:
CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo (Org.). Domínios da
História: ensaios de teoria e metodologia. Rio de Janeiro: Campus,
1997.
248
Educação/Tecnologia: (re) modelagem do
ensino/aprendizagem
Resumo
1.1 Introdução
249
período. Em outro momento, buscou-se compreender a educação,
sob a égide dos novos tempos e rumos que a sociedade trilhava
– a importância da educação como direito social. A tecnologia e
a educação são apresentadas no artigo com novos contornos,
rompendo os paradigmas impostos pela história e cultura social.
250
sociedade envolvida pela pobreza, ignorância, miséria e escravidão,
tendo como marco a abdicação ao trono por D. Pedro I:
Nas primeiras décadas do século XIX surgiram
diferentes propostas para a organização do Estado
Imperial e aconteceram manifestações e rebeliões
em várias províncias do país. Temerosos com a
participação de diferentes grupos sociais nos
movimentos de contestação, as elites brasileiras
se dedicaram à construção da ordem. Nesse
sentido, houve a elaboração de um conjunto
de leis, a instituição da força pública, a
constituição de um corpo de funcionários e a
produção de um espaço próprio dos cidadãos:
a escola. Diante das tensões e agitações sociais
que marcaram aqueles anos, a instrução pública
apresentou-se como um importante instrumento
para o controle social e para a construção da
unidade social. (VIANA, 2006, p. 25, grifos
nossos).
252
[...] uma teoria dos princípios de legitimidade,
conteúdo, forma, sentido, desejo e sucesso da
educação como direito do homem, uma espécie
de alfabeto para a leitura e a escrita do campo
da educação, conferindo uma competência
para saber estar, pensar, prever, agir e reagir
pedagogicamente. (MONTEIRO, 2001, p.95)
253
Percebe-se que o conflito vivido pela educação passa, nesse
momento, a ser repensado e centrado na ideia da busca pela
autenticidade dos direitos sociais. Segundo Mizukami (1985), o
objetivo é enfatizar os aspectos sociais, apoiados pelos políticos,
e culturais no processo de formação da escola. Fala-se da relação
interacionista existente, entre o homem e o mundo, de maneira a
identificar a presença de agentes como ação e reflexão, com sua
consequência – a modificação e transformação da realidade do
homem.
O homem chegará a ser sujeito através da reflexão
sobre seu ambiente concreto: quanto mais ele
reflete sobre a realidade, sobre a sua própria
situação concreta, mais se torna progressiva e
gradualmente consciente, comprometido a intervir
na realidade para mudá-la. (MIZUKAMI, 1985,
p.86).
255
É inevitável que as TICs se tornem necessárias à educação,
ou pelo menos, na concepção de emancipação de uma educação
voltada para a busca do desenvolvimento. Mas, como inseri-la na
educação sem dilacerar ou quebrar conceitos tão importantes como
leitura e raciocínio? A resposta se concentra em quatro referenciais
elaborados:
Utilização de editores de textos;
Exploração das potencialidades didáticas dos
programas em relação aos objetivos do ensino;
Comunicação à distância por meio da telemática;
Utilização das ferramentas multimídia no ensino
(PERRENOUD, 2000, p.126).
256
uma veia positiva o uso dos softwares nas pesquisas, nos trabalhos
de criação, processamentos de dados e até mesmo na comunicação
com um efeito evolutivo.
Referências Bibliográficas
COVRE, Maria de Lourdes Manzini. Tecnocracia e educação: Recursos
Humanos e Direitos Sociais. Educação e Sociedade: Revista Quadrimestral
de Ciências da Educação. 6.(17): 51-89, abril,1984.
258
ZICHIA, Andréa de Carvalho. O direito à educação no Período Imperial:
um estudo de suas origens no Brasil.2008.128p.Dissertação(Mestrado em
Educação)-Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo,São
Paulo, 2008
259
NAS ONDAS DO RÁDIO: INFORMAÇÃO EDUCACIONAL
E FORMAÇÃO EM SINTONIA
Resumo
1 Introdução
Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma
coisa.
Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.
(Paulo Freire)
260
Viver na atual sociedade é, acima de tudo, sentir o grande desafio
de aprender a aprender. Os atos educativos tornam-se cada vez mais
complexos, uma vez que o próprio viver está enredado nos fios e
desafios de cenários socioculturais conectados pelas tecnologias,
exigindo dos educadores práticas cada vez mais competentes e
diversificadas e antenadas com as tecnologias, sob pena de ficar à
margem dos conhecimentos dos alunos com relação à tecnologia.
2 Metodologia
261
Além disso, para conhecer melhor o papel educativo do rádio,
como um dos mecanismos de acesso às informações, fizemos uma
revisão bibliográfica, passando em revista as possíveis contribuições
dos meios de comunicação, com destaque para o rádio e sua
influência na formação de opinião acerca das decisões tomadas ao
longo da vida do estudante, ou seja, o papel informativo do rádio,
para a efetiva contribuição à formação dos jovens, sobretudo, à sua
formação cultural e acadêmica.
262
Entendemos por rádio educativa aquela que transmite conteúdo
de caráter educativo e cultural, contudo, como afirma Roldão (2010), a
simples concessão de uma emissora a um órgão público nem sempre
garante que a programação tenha o cunho educativo. “Por outro lado,
muitas rádios comunitárias, a maioria, funcionando sem concessão,
podem ser caracterizadas como educativas” (ROLDÃO, 2010, p.3).
264
que compõem todas as formas de educar, em variados espaços de
aprendizagem.
265
criar um clima favorável e esclarecedor a respeito da pesquisa.
Outubro
- Aplicação de questionário, no
horário determinado às reuniões.
Novembro Encontros formativos: discussão
sobre as emissoras de rádios
- dias: 2, 9, 16, 23 e 30 educativas que poderiam contribuir
por meio de informação sobre as
- horário: 16h às 18h possibilidades de continuar os
estudos em qualquer modalidade
ou Nível.
Fonte: Arquivo pessoal da pesquisa TCC (2010)
266
4.2 Análise e discussão dos dados
267
educativa e cultural. Essa valorização e busca da formação cultural
é indicativo da necessidade de elaboração por parte da escola de
ações formativas que contemplem as expectativas dos alunos quanto
ao uso das tecnologias, em especial o rádio.
4 Considerações finais
268
Referências
269
A PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA NOS CIBERESPAÇOS
Resumo
A “memória”, caracterizada por diferentes definições e empregos dentre as
várias áreas educacionais, vem sendo analisada frente a aspectos voltados
para o uso dos ciberespaços em relação à preservação do patrimônio
cultural no contexto do emprego das chamadas Tecnologias de Informação
e Comunicação (TICs) para o desenvolvimento do processo educacional.
Nesta conjuntura, o objetivo deste artigo é contribuir para a construção de
um referencial teórico sobre a relação entre as práticas contemporâneas
de comunicação e o processo educacional frente à preservação do
patrimônio cultural. Para tanto, como procedimento de investigação foi
adotada a pesquisa bibliográfica, a fim de levantar dados em artigos,
teses e documentos correlatos à presente temática. Os resultados obtidos
indicam que o crescente uso de homepages, como meio de comunicação e
busca de informações, está transformando os ciberespaços em ferramentas
essenciais à formação cultural no desenvolvimento de procedimentos
educacionais.
Introdução
270
Os espaços virtuais ou ciberespaços apresentam um cenário
de aceleração dos “fluxos e laços entre nações” (HALL, 1999,
p.69) baseada na informação e tecnologia, onde a comunicação
é o elemento primordial. Portanto, nesse cenário o sentimento de
pertencer a um lugar é alterado pela ruptura da distância e do tempo.
271
ressignificação da memória e amplitude de sua preservação.
272
Tabela 1 Evolução da Internet no Brasil.
273
(...) devemos falar de identificação, e vê-la como
um processo em andamento. A identidade surge
não tanto da plenitude da identidade que já está
dentro de nós como indivíduos, mas de uma falta
de inteireza que é preenchida a partir de nosso
exterior, pelas formas através das quais nós
imaginamos ser vistos, por outros.
274
nos diferentes suportes justifica a importância de guardar fatos
históricos de uma sociedade. Com relação a isto, Guarnieri (1989)
apud Filho (2011, p.23) afirma que: “Preservar a memória cultural de
uma sociedade não significa atrelá-la ao passado e impedir o seu
desenvolvimento, mas sim conservar seus pilares constituintes a fim
de não perder conhecimentos e identidades”.
Nessa conjuntura, o conceito de memória se instaura como
um processo histórico que ressalva as características culturais de
um determinado povo. A sociedade responsável pela produção de
conhecimentos e divulgação da informação tem o dever de registrar
sua história e, por meio desta, identificar novas identidades culturais.
Para Loweenthal (1989, p. 27), “A memória é, portanto, o único meio
de rever o passado no presente”.
275
A memória não pode existir sem o suporte técnico,
como algo puramente cerebral; o passado não
pode sobreviver sem os suportes técnicos que nos
inscrevem numa determinada cultura, tradição.
Posto que a memória não é possível sem artifícios
como a linguagem, a escrita, falar de memória é
falar de esquecimento.
276
(2008) assegura que o ciberespaço é uma “tecnologia da memória”
(Barros, 2011).
277
Em um tempo em que a preservação está fortemente ligada
à memória escrita ou à memória oral, as mídias digitais tendem a
repensar velhas práticas e postular novos paradigmas para o resgate
e a preservação da memória.
Considerações finais
278
Referências Bibliográficas
ARRUDA, Eucidio P. Museu virtual, prática docente e ensino
de história: apropriações dos professores e potencialidades
de elaboração de um museu virtual orientado ao visitante.
Florianópolis: Anais Eletrônicos do IX Encontro Nacional dos
Pesquisadores do Ensino de História, 2011.
279
GEHRKE, Mirian Engel. Rotinas digitais de comunicação: internet
e sociabilidade contemporânea. Porto Alegre: UFRGS, 2002.
281
VIDEOS NA EAD: NOVAS FORMAS DE CONSTRUÇÃO DO
CONHECIMENTO
Resumo
Introdução
282
estabelecimento da comunicação, provocando intensas mudanças
em nossa maneira de viver e, principalmente, de aprender.
284
Amparados nas ideias de Moran (1995 - 2005), Nova e
Alves (2003), Dalllacosta (2007), Schnaid, Timm e Ferreira (2003),
Caetano e Falkembach (2007), reconhecemos o vídeo como uma
importante ferramenta multimídia a ser utilizada em atividades da
educação a distância por ser dinâmico, por possibilitar aprendizagem
e atingir todos os sentidos do sujeito social, despertando antes da
compreensão, a sensibilidade para se chegar à razão.
O vídeo é sensorial, visual, linguagem falada,
linguagem musical e escrita. Linguagens que
interagem superpostas, interligadas, somadas,
não separadas. Daí a sua força Nos atinge por
todos os sentidos e de todas as maneiras. O vídeo
nos seduz, informa, entretém, projeta em outras
realidades (no imaginário) em outros tempos
e espaços. O vídeo combina a comunicação
sensorial-cinestésica, com a audiovisual, a intuição
com a lógica, a emoção com a razão. Combina,
mas começa pelo sensorial, pelo emocional e pelo
intuitivo, para atingir posteriormente o racional.
(MORAN 1995, p. 2).
285
O vídeo parte do concreto, do visível, do imediato,
do próximo, que toca todos os sentidos. Mexe
com o corpo, com a pele - nos toca e “tocamos”
os outros, que estão ao nosso alcance, através
dos recortes visuais (...). O vídeo explora também,
e basicamente, o ver, o visualizar, o ter diante de
nós as situações, as pessoas, os cenários, as
cores, as relações espaciais (MORAN, 1995, p.
28).
286
Já Nova e Alves (2003) atentam para o fato de que temos pela
primeira vez na história a possibilidade de integrar, com rapidez e
eficácia, todos os tipos de mídia num único suporte. A partir disso,
abre-se um espaço para a criação de novas linguagens, novas
interações entre pensamento e comunicação, propiciando o sujeito
tornar-se coautor do seu processo de construção e difusão do saber.
Visualizam-se, portanto, caminhos para aproximar as distâncias e
fronteiras entre emissores e receptores, consequentemente trazendo
para a EAD à lógica da cultura digital que emerge das novas gerações.
287
A autora ressalta ainda que a indexação de vídeos é um
procedimento que pode modificar a maneira de se trabalhar os vídeos
saindo da linearidade para a possibilidade de se navegar dentro
deles, selecionar as partes de acordo com os objetivos a que se
propõe facilitar o planejamento pedagógico e tornar a aprendizagem
mais participativa. Segundo Jonassen (1996):
288
Sua utilização representa uma oportunidade positiva no
processo de ensino-aprendizagem, se levarmos em consideração que
é a figura do/a professor/a, ao pensar, elaborar, estruturar e articular
sua utilização para complementar e sensibilizar o que se pretende
ensinar, o grande diferencial do processo de ensino-aprendizagem.
289
“Estudamos as teorias e, por meio dos vídeos, podíamos entender
melhor e comparar o entendimento das leituras”. Aluno/a cursista
EAD.
290
certa ansiedade provocada pelo processo de mudança no sentido
de se utilizar formas não convencionais de compartilhamento, de
experiências e de aprendizagens.
Considerações Finais
Referências
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uma opção para uso do vídeo na EAD. CINTED-UFRGS – Novas
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Acesso em 30/09/2011.
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291
alunos. Revista Renote: Novas Tecnologias em Educação. V 5 n.
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edu.br/revista_athena/Revista%20Athena_set2003.pdf>. Acesso em:
25/10/2011.
292
EDUCAÇÃO AMBIENTAL:
TURISMO SUSTENTÁVEL NO CIRCUITO MANTIQUEIRA
Introdução
293
para atender os novos esquemas mentais cognitivos. Mudanças essas
que se utilizam do desenvolvimento da tecnologia, principalmente
internet e as redes sociais para alterarem radicalmente a prática
pedagógica do educador.
294
matrículas em cursos superiores a distância devido, principalmente,
ao preconceito com esta modalidade de ensino. Diante dessa
realidade educacional procura-se rever conceitos e paradigmas da
prática educativa como: o papel do professor e aluno, as formas de
avalição e os espaços de aprendizagem (FILATRO, 2010).
Desenvolvimento
295
garante maior flexibilidade, menos sofisticação além de proporcionar
a construção de forma prática e sequencial fazendo uso da inter e
transdisciplinaridade (FILATRO, 2010). Prova disto são as atividades
das aulas teóricas e práticas que buscam a contextualização dos
temas e subtemas trabalhados no mapa de atividades. Nas aulas
práticas buscou-se conduzir o cursista de maneira a atingir os
objetivos de aprendizagem propostos no planejamento. Consolidando
desta maneira a autonomia do aluno na construção do conhecimento
e na reflexão de como empregar esses conhecimentos em sua
comunidade.
296
Espera-se ainda, como resultado para o trabalho, que o curso
atenda diferentes estilos de aprendizagem e possa ir ao encontro
de possibilidades empreendedoras dos cursistas com propostas de
sustentabilidade local.
297
Foram estudados todos os itens que compõem um curso virtual
para Web. Esse momento foi importante para definir o método
pedagógico, o ambiente virtual, o design que foi usado que são
pressupostos imprescindíveis para o AVA.
298
2 - Análise do Design Instrucional do Curso, constituída pela
análise do planejamento e dos aspectos específicos dos recursos
de design adotados como: o Mapa de Atividades, a Matriz do D.I e o
Storyboard.
299
Finalmente ainda há como sugerir um empenho específico
para possibilitar aos alunos do ensino médio contato e acesso a
EaD. E, pela análise, sugestões e opiniões da avaliação final. O DI e
toda equipe poderão ter elementos para aprofundar e produzir outras
versões e adequações a este público.
Considerações finais
301
cada momento. Neste sentido, o objetivo é sempre desafiar o aluno,
utilizando os recursos da internet o máximo possível, estimulando
assim sua produção permanente (FRANCO, 2010).
302
Referências
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Silva. Modelos Pedagógicos para EaD: Uma Análise Conceitual.
(artigo) In: CD do ESUD 2012 – IX Congresso Brasileiro de Ensino
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MORAN, José Manoel. Educação Inovadora Presencial e a Distância
– Disponível em http://www.eca.usp.br/prof/moran/inov_1.htm Acesso
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303
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acessado em 10/set/2012
304
O USO DE UMA REDE SOCIAL PARA O ENSINO DE
LÍNGUA ESTRANGEIRA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
EM UM PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
Resumo
Este trabalho é o relato e análise da experiência de uso da rede social
Facebook como estratégia para ensino-aprendizagem de Francês como
Língua Estrangeira (FLE) em um projeto de extensão universitária da
Universidade Federal de São João del-Rei. A revisão de literatura mostra
que as redes sociais possibilitam situações reais de interação em que a
língua estrangeira (LE) pode ser utilizada. Tal utilização representa uma das
etapas de apropriação da Internet pelo ensino de LEs. Acredita-se também
que a integração entre os meios tecnológicos, o interesse dos alunos
e as práticas didáticas promovem a melhoria dos processos de ensino-
aprendizagem de LE. A coleta de dados realizou-se mediante a aplicação
de um questionário semiestruturado sobre os hábitos de uso da Internet e
da rede social e acerca da aprendizagem de FLE. Aponta-se que as redes
sociais atuam como meio de comunicação e ferramenta didática empregada
em favor do ensino-aprendizagem de FLE, cabendo aos professores
refletirem sobre sua possibilidade de utilização como estratégia para o
ensino de idiomas. As redes sociais são comumente acessadas por grande
parte da população atendida pelo projeto e têm sido utilizadas para troca
de informações e comunicação na LE pelos professores e alunos. Foram
criadas três categorias sobre a utilização da rede social no projeto: didático-
pedagógica; interacional e administrativa, sendo que o uso da rede social foi
avaliado positivamente.
305
Introdução
306
principalmente, as redes sociais. Em seguida, apresenta-se a análise
dos dados obtidos mediante a aplicação de questionários entre alunos
inscritos no projeto de extensão e, por fim, são apontadas algumas
considerações a que os autores chegaram após a realização deste
trabalho.
307
utilizados para a audição e repetição do idioma - nas instituições de
ensino, atentando para a aprendizagem das habilidades orais.
309
Tendo em vista que, na atualidade, o Facebook é uma
das redes sociais mais utilizadas no mundo, Santos e Ribeiro
(2012) consideram que ela oferece diversas possibilidades de
aprimoramento no aprendizado de LEs, uma vez que ela permite
o acesso de informações em vídeo, áudio, texto e a comunicação
síncrona ou assíncrona - através de bate-papo online ou mural4,
respectivamente. Além disso, pressupondo que as aulas de LE são
também aulas sobre a cultura, veiculada e produzida no idioma
aprendido, a utilização da rede para a aprendizagem de FLE permite a
comunicação e divulgação, entre alunos e professores, de conteúdos
originais e atuais veiculados na língua-alvo, possibilitando, tal como
afirma Quadros (2012), a construção do conhecimento da língua e da
cultura estrangeira.
310
em Letras da UFSJ. Todavia, com sua expansão, ele passou a
receber como professores estudantes de outros cursos, como
Psicologia e Engenharia Mecânica, que tem, assim, sua formação
universitária ampliada. Acredita-se que o estreitamento de laços com
outros estudantes de outros cursos possa contribuir para o trabalho
realizado pelo projeto e seja alargada a reflexão sobre os processos
de ensino-aprendizagem de LEs.
311
respostas voluntárias oferecidas por dezoito alunos do projeto.
312
mecanismos facilitadores do estudo e do trabalho. Neste sentido,
torna-se claro que a utilização da rede social, entre os investigados,
não tem sido vista como uma ferramenta potencializadora do
trabalho e estudo, mas como meio de contato social e diversão dos
participantes.
5 É interessante notar que o termo regular (assim como bom e excelente) foi bastante utilizado
nas respostas dos alunos. Consideramos que a utilização de tais termos apontam para um
modelo escolar de aprendizagem em que o grupo no Facebook é tomado como um espaço
virtual anexo ao espaço físico da sala de aula.
313
Categorias Pontos positivos Pontos negativos Sugestões
314
• postura passiva na aprendizagem: os alunos apenas recebem
as informações postadas no grupo e pouco interagem
com elas. São exemplos desta categoria: a checagem de
postagens realizadas no grupo pelo professor e por colegas
de curso e o acesso ao grupo somente quando marcado6 em
alguma postagem realizada;
Considerações finais:
315
(2010) quando tal autora afirma que o professor não ocupa o papel
de detentor exclusivo do conhecimento buscado pelo aluno. Em
outros termos, a utilização da Internet permite ao aluno criar redes
de relacionamento e de contatos que auxiliem em seus processos
de ensino-aprendizagem, possibilitando o desenvolvimento de sua
autonomia.
Referências:
316
de aprendizagem numa sala de aula de idiomas: breves
considerações a partir de uma investigação em Psicologia
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DO DESENVOLVIMENTO, 2011. Brasília. Anais do VIII Congresso
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(Mestrado em Linguística Aplicada) - Faculdade de Letras,
Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. 2006.
LIMA, P. R. T. Novas tecnologias da informação e comunicação na
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do estado de Santa Catarina. 2001. 83 f. Dissertação (Mestrado em
Ciência da Computação) - Universidade Federal de Santa Catarina,
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estrangeiras: breve retrospectiva histórica. In: 7o. ENCONTRO DO
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Gráfica e Editora Palloti, 2006. 68-84.
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317
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das ferramentas tecnológicas. Anagrama - Revista científica
interdisciplinar de graduação, São Paulo, 5 (3), 1-12, 2012.
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língua inglesa. In: GLOBAL CONGRESS ON ENGINEERING AND
TECHNOLOGY EDUCATION, 2005, São Paulo. Global Congress on
Engineering and Technology Education, 2005.
318
Educação E PLANEJAMENTO ambiental: As
Tecnologias da informação e Comunicação
(TIC´s) na formação continuada dos docentes E
CONSULTORES AMBIENTAIS
Resumo
O uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) pode se
converter em instrumentos de formação continuada. O objetivo deste
trabalho é apresentar o Programa de Treinamento Profissional em banco de
dados e informações municipais, uma atividade de extensão oferecida pela
UNIPAC Barbacena. A finalidade principal do grupo e do referido treinamento
é qualificar docentes, de áreas interdisciplinares para atuarem no magistério
e em pesquisa, no campo da Gestão Ambiental e promover as habilidades
de leitura e interpretação de dados obtidos em sites públicos como IBGE.
Tem como resultado a capacitação de docentes e a oferta de um programa
de extensão universitária, além da organização de banco de dados com
informações municipais, aplicados ao ensino e ao planejamento ambiental.
1 Introdução
319
professores dos cursos de Geografia-Meio Ambiente e Tecnologia em
Gestão Ambiental e conta com o envolvimento de quinze discentes
dos mesmos cursos. O grupo tem como objetivos principais qualificar
docentes de áreas interdisciplinares para atuar (no magistério e em
pesquisa) no campo da Gestão Ambiental e envolver os discentes
em estudos e pesquisas neste campo de conhecimento.3
320
busca de dados e informações, disponibilizadas na rede mundial de
computadores, de preferência em língua portuguesa e que possam
ser aplicados no campo da Educação e da Gestão Ambiental:
planejamento ambiental, estudos ambientais, educação ambiental,
gestão do território.4
321
profissionais incorporarão conhecimentos teóricos, técnicos e
operacionais. Continuando, o autor informa que esta perspectiva
implica em profundas mudanças no sistema educativo ampliando,
consideravelmente, possibilidades das ações educativas ao poderem
incorporar os recursos oferecidos pelas novas tecnologias.
322
para capacitar gestores, discentes e docentes envolvidos no campo
da gestão ambiental visando a contribuir para a formação dos futuros
profissionais das áreas de Geografia e de Gestão Ambiental.
323
Para tanto, as atividades desenvolvidas pelo GPGAS, na
construção deste banco de dados, envolvendo docentes e discentes,
estimularam os mesmos pela busca de novos conhecimentos.
2 Metodologia
324
disponíveis gratuitamente e escolhidos pelo professor orientador do
programa, devido à complexidade e amplitude das bases de dados, a
saber: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto
de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), Fundação João Pinheiro
(FJP), Departamento de Informática do SUS (DATASUS), Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), Assembleia
Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Instituto Brasileiro de Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e prefeituras
municipais.
325
3 Resultados
4 Considerações finais
Referências
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de Pesquisa Gestão Ambiental e Sociedade. Barbacena: UNIPAC,
2012. 10f.
329
ANÁLISE CRÍTICA DA INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO:
A UTILIZAÇÃO DO COMPUTADOR NAS ESCOLAS E
O PAPEL DO DOCENTE NO PROCESSO DE ENSINO-
APRENDIZAGEM
Resumo
A preocupação com a disseminação e a democratização do acesso e uso das
Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDCI) vem ganhando
grande destaque nos últimos anos. Neste contexto, propõe-se uma análise
crítica de como o computador pode ser utilizado para potencializar o processo
de ensino aprendizagem, como objeto de aprendizagem. Discute-se também
o uso de computadores em uma visão instrucionista e construcionista.
Trata-se de um artigo de revisão bibliográfica, que tenta encontrar respostas
às maneiras de como os computadores estão sendo disponibilizados aos
alunos, como estão sendo utilizados os laboratórios de informática instalados
nas escolas e as possibilidades de uso dos computadores em atividades
escolares. Como resultado contata-se a necessidade de usar o computador
de forma construtiva e significativa para que o conhecimento se consolide.
Introdução
330
TV-Escola, as caixas de DVDs que foram enviadas para as escolas,
contendo toda a coleção de programas do TV-Escola. Na década
de 1980 começaram a ser usados os microcomputadores. Em 1997
a internet começou a disponibilizar imagens e sons e passou a ser
distribuída nos lares e escolas.
Nessa época no Brasil, final dos anos 1990, foi criado o Proinfo,
programa que visa a implantar o uso de computadores na educação
pública. Esse programa passou por várias fases, enfrentou mudanças
de governo e perdura. Programas e iniciativas governamentais para
a implantação de novas tecnologias nas escolas já existem no Brasil
há anos.
331
Temos acesso fácil e rápido a uma infinidade de textos científicos,
embora ainda existam livros importantes que não estão disponíveis.
332
de preâmbulo para estudos mais aprofundados e posteriores.
Entendemos que para formular um problema de pesquisa nesse tema
é preciso certo cuidado. Precisamos colher informações em artigos
acadêmicos, organizá-las no tempo e na história para que possam
ser relacionadas aos avanços tecnológicos
335
como respostas práticas a esta forma mais democrática de inserção
das TDIC no contexto das escolas. São elas: 1) melhorar os canais
de comunicação entre os órgãos do sistema de ensino (secretarias
de educação, diretorias regionais, núcleos de apoio pedagógico e
outros) e as escolas onde haja a percepção dessa necessidade e a
intenção de buscar mudanças partindo de encontros e reuniões com
presença física ou um grupo (ou fórum) pela internet; 2) o incentivo
ao uso de programas (ou “softwares”) abertos que favorecem as
propostas pedagógicas que desafiam o aluno e incentivam para
que ele seja autor, envolvendo criatividade e pensamento crítico no
lugar de programas conhecidos como “softwares educacionais” que
na maior parte dos casos apresentam informações, explicações e
ações que devem ser repetidas ou reproduzidas; 3) nos cursos de
formação de professores propor e criar condições para que sejam
feitos planos pedagógicos, discutir e refletir sobre o papel que terá o
aluno em tais atividades; 4) O uso das TDIC para ajudar a melhorar
a comunicação dentro da escola, e a transparência e publicidade
das regras, decisões, horários, locais e responsáveis para ações
programadas ou desenvolvidas, bem como opiniões, avaliações e
considerações sobre essas ações.
336
Os Laboratórios de Informática e a Real Situação do Uso
das TDIC nas Escolas Brasileiras
337
professores quanto ao uso das TDIC, a autora apresenta:
338
da prática tradicional para a digital, focando a memorização e a
reprodução de conhecimentos.
339
da instrução seja o caminho para a melhor aprendizagem. (Papert,
2008).
Considerações Finais
341
reorientação de suas práticas pedagógicas, se interajam mais com
as possibilidades vindas das TDIC e que busquem inserir novas
maneiras de ensinar e aprender no ambiente escolar.
342
Referências
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org.br/?p=581>2005 > Acesso em: 25/10/12
344
Matemática
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA:
ALINHANDO EXPECTATIVAS, SOMANDO ESFORÇOS
Resumo
Este artigo tem o propósito de relatar a experiência relacionada à atuação
docente da primeira turma do curso a distância de Licenciatura em
Matemática da Universidade Federal de Roraima (UFRR). Depois de dois
anos de expectativas, formulações e reformulações do Projeto Político
Pedagógico (PPP), o curso foi aprovado pelo Conselho de Ensino Pesquisa
e Extensão (Cepe) e pelo Conselho Universitário (Cuni) da UFRR. Outras
dificuldades ainda maiores foram enfrentadas: desde assuntos mais
elementares dentro de educação a distância até os conceitos básicos da
disciplina Metodologia da Aprendizagem em EAD. Foram estes os grandes
desafios, principalmente para os alunos. O objetivo deste relato é fazer uma
análise dessa experiência docente e também realçar a contribuição dos
tutores no desenvolvimento da aprendizagem dos discentes, que somado
aos esforços dos educandos resultou finalmente num bom desempenho de
toda a equipe.
1 Introdução
347
Nesse sentido, os cursos de graduação que começaram
em 2012.1, tais como o curso de Licenciatura em Informática e
Licenciatura em Matemática já se fazem presentes em cinco polos
do estado de Roraima. Estão eles em Amajari, Boa Vista, São João
da Baliza, Rorainópolis e Alto Alegre.
348
A demanda por qualificação também é uma necessidade atual
do estado, em que segundo o ultimo EDUCASENSO-2007, existem
4378 professores trabalhando nas diversas áreas do conhecimento
sem o ensino superior adequado. Destes 750 professores estão na
disciplina de Matemática em escolas de ensino médio e fundamental,
sendo uma das áreas de maior carência em formação superior. A
Secretaria de Educação do Estado de Roraima prevê uma demanda
de formação superior a 6282 professores nas diversas áreas de
formação. Daí conclui-se a necessidade e a importância da educação
a distância no estado.
349
adquirir competências profissionais e pessoais.
2 Desenvolvimento
351
professores formadores que possivelmente atuariam nas disciplinas
referentes ao primeiro ano de curso. O Nead ofereceu o Curso de
Capacitação e Criação de Sala Virtual no MOODLE, entre o período
de 16 de abril a 17 de junho de 2011, com carga horária de 26 horas.
A proposta desta capacitação era oferecer, dentre outros pontos, um
histórico da EAD na UFRR e no Brasil, noções de ambientes virtuais
de aprendizagens e uma introdução e utilização do MOODLE.
Básica (DMAT)
2ª 60 Introdução à Informática Marcelo Souza (DMAT)
(DMAT)
352
alunos para que pudessem seguir adiante sem maiores percalços.
Para isso montou-se uma proposta em que os tutores nos polos
pudessem assistir aos alunos e instruir individualmente aqueles que
apresentassem muitas dificuldades no uso da plataforma MOODLE
e no Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA. Pois, conforme as
atribuições de um tutor, entende-se que
353
Quadro 3 – Súmula - DERCA/UFRR
Data Descrição
14/03/2012 Abertura da turma e videoconferência na UNIVIRR a
respeito do curso e outras informações.
16/03/2012 Historia da EaD no Brasil e no mundo
19/03/2012 Fórum com os polos a respeito das mídias utilizadas
para EaD no seu início.
22/03/2012 Fórum sobre o exercício proposto na plataforma AVA
26/03/2012 Chat sobre a história da EaD no mundo e as mídias
utilizadas.
27/03/2012 Videoconferência com os polos sobre a utilização do
MOODLE e suas ferramentas.
30/03/2012 Chat com os alunos sobre como mudar o perfil no AVA.
03/04/2012 CHAT sobre exercícios de fixação no ambiente AVA
05/04/2012 Videoconferência sobre as ferramentas de conversação
no Moodle entre alunos e professores.
10/04/2012 Como enviar os questionários e utilizar a tecla Print
Screen para adicionar a imagem postando no exercício
pedido.
12/04/2012 Como fazer pesquisa no google utilizando os diversos
recursos avançados
16/04/2012 Orientação sobre acesso aos tutores e acesso ao
sistema.
18/04/2012 Orientação sobre acesso aos tutores e acesso ao
sistema.
19/04/2012 CHAT sobre as atividades avaliativas
20/04/2012 Diretrizes, legislações e resoluções que permitiram a
EaD no Brasil.
24/04/2012 Diretrizes, legislações e resoluções que permitiram a
EaD no Brasil.
26/04/2012 Diretrizes, legislações e resoluções que permitiram a
EaD no Brasil.
28/04/2012 AVALIAÇÃO
08/05/2012 Teorias de aprendizagem dentro da EaD
10/05/2012 Aprendizagem na rede e seus benefícios.
15/05/2012 Como garantir a aprendizagem significativa no AVA.
17/05/2012 CHAT revisão da disciplina e levantamento de dúvidas
19/05/2012 AVALIAÇÃO FINAL
354
Para que a aprendizagem desenvolvesse de forma significativa,
foi imprescindível o conhecimento da realidade do aluno, sua formação
anterior, a utilização de diversas técnicas que pudessem auxiliá-los no
domínio do conteúdo, a aceitação de que a disciplina seria um aliado
do aluno na sua busca para o conhecimento e o desenvolvimento de
habilidades com as novas tecnologias de informação e comunicação,
visando a instrumentá-los para receberem as demais disciplinas.
3 Considerações Finais
355
Referências
356
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO PARA A APRENDIZAGEM NA
EDUCAÇÃO MATEMÁTICA
Resumo
Este trabalho buscou investigar questões sobre a importância significativa
dos jogos no ensino-aprendizagem da matemática através de considerações
vindas da utilização dos jogos enquanto recurso didático. Para tanto, são
delineadas considerações teóricas sobre atividades lúdicas, bem como
do desenvolvimento da capacidade criativa que o lúdico proporciona na
resolução de problemas. Portanto, neste trabalho, buscou-se destacar as
contribuições e a importância dos jogos e da resolução de problemas como
instrumentos e recursos de aprendizagem na construção do conhecimento
matemático, pois através das atividades lúdicas bem elaboradas, planejadas
e adaptadas aos conteúdos trabalhados, é possível auxiliar o aluno no
desenvolvimento da capacidade criativa e no raciocínio lógico, além do
entendimento dos conteúdos matemáticos desenvolvidos pelo professor em
sala de aula.
357
1 Introdução
358
pela atividade ou tédio por seus resultados.
O jogo no Ensino de Matemática, como atividade lúdica, aborda
a atividade lúdica de forma intencional no processo de ensino-
aprendizagem na Educação Matemática, ou seja, a construção do
conhecimento através dos jogos.
O papel pedagógico do jogo matemático e a importância do jogo
no contexto educacional, onde o mesmo precisa sempre estimular
de forma desafiadora os discentes, devem tornar a aprendizagem
mais atraente.
A intervenção pedagógica e o jogo abordam a importância
do educador como mediador entre o jogo e o discente, ou seja, o
educador precisa organizar uma ação educativa estimulando sempre
seus alunos.
359
está muito relacionado com a ação de jogar. Ou seja, o que importa
não é apenas o resultado que a atividade vai ter, mas a própria ação,
o momento vivido; onde, quem vivencia, tem momentos de encontro
consigo mesmo e com o outro, com a fantasia e a realidade, além da
expressividade.
O jogo é um eficiente meio estimulador das inteligências e,
quando consegue realizar-se plenamente, corta todos os elos entre
o domínio lúdico e o universo. Socialmente, o jogo impõe o controle
dos impulsos, das vontades, das emoções dos jogadores, pois há
necessidade de aceitação das regras, mas sem que se alienem a
elas, posto que sejam as mesmas estabelecidas pelos que jogam e
não impostas por qualquer estrutura alienante. (ANTUNES, 1999).
Os jogos didáticos (ou educativos) estão direcionados a
estimular o desenvolvimento cognitivo e são instrumentos importantes
para o desenvolvimento do conhecimento escolar mais elaborado
(calcular, ler e escrever), pois abre caminhos para a percepção total
do discente. Onde, com o jogo, o sujeito expõe sua inteligência,
vontade, traço dominante, personalidade, porque jogando, não
esconde seus sentimentos, o que revela toda sua espontaneidade.
Contudo, o que traz a ludicidade para a sala de aula, é muito mais
uma atitude lúdica do educador e dos educandos.
Segundo Chateau (1987), o que caracteriza a atividade lúdica
não é a energia utilizada, mas sim o sentido em que essa energia é
orientada. Assim, o verdadeiro jogo conduz a resultados que podem
ir, desde o simples empilhar de cubos à montagem delicada de uma
construção mais elaborada.
Através das novas atividades e de uma personalidade flexível,
o jogo se afirma de múltiplas maneiras, ou seja, os sujeitos aprendem
através dos jogos que são utilizados pelo professor em sala de aula.
Portanto, é de grande importância a atividade lúdica, pois o sujeito
que joga ativamente e com interesse, mergulha fundo em seu jogo
360
que, para ele é coisa séria. Nesse sentido, o jogo é uma atividade
essencial, permitindo ao discente liberdade de ação, pulsão interior,
naturalidade, atitude e prazer raramente encontrados em outras
atividades escolares, ou seja, essa seriedade que se tem ao jogar é
diferente da seriedade que consideramos, por oposição ao jogo, à
vida séria.
O jogo não é uma tarefa imposta, não se liga a interesses
materiais imediatos, mas absorve a criança, estabelece limites
próprios de tempo e de espaço, cria ordem e equilibra ritmo com
harmonia, porque o lúdico é muito mais do que um simples ato
de brincar, fazendo com que o sujeito se expresse, comunicando
com o mundo, além de sentir-se crescer com suas proezas lúdicas.
(HUIZINGA, 1999).
Ao pensarmos em uma atividade lúdica, precisamos considerar
o tempo e o espaço de brincar, a relação entre os meios e fins; os
participantes e objetos do jogo; além das ações físicas e/ou mentais
de cada participante, levando em consideração a importância das
várias possibilidades de ação que os sujeitos precisam ter para
determinar o que deve ser feito. Sendo assim, essa atividade
deve propiciar uma experiência de plenitude, com os sujeitos se
envolvendo por inteiro, estando flexíveis e saudáveis, o que fará com
que o jogo tenha significados.
Para que o jogo seja significativo, o trabalho pedagógico
precisa oferecer estímulos externos e a influência de parceiros,
bem como a sistematização de conceitos em situações onde não
há presença de jogos. Portanto, o jogo precisa estar presente nas
atividades curriculares, estimulando o desenvolvimento integral do
indivíduo e trabalhando conteúdos.
Segundo Furth et al. (1995), a criança sob a pressão de mostrar
resultados, pode memorizar uma fórmula dada no que se refere a
multiplicação ou a divisão, sem tentar compreendê-la, pela simples
361
e válida razão de que ainda não desenvolveu os instrumentos
mentais necessários para esta compreensão. Nesse sentido, para o
desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático, o mediador deve
organizar jogos voltados para a classificação, seriação, sequência,
espaço, tempo e medida; respeitando o interesse do aluno e
trabalhando a partir de sua atividade espontânea, ouvindo suas
dúvidas, formulando desafios à capacidade de adaptação da criança
e acompanhando seu processo de construção do conhecimento.
Na Educação Matemática, o material lúdico usado, precisa
ter uma estruturação que permita ao aluno compreender os
conceitos matemáticos, ou seja, o jogo será material de ensino
se for considerado promotor de aprendizagem, além de serem
valiosos quando despertam o interesse, estimularem o indivíduo
para o desenvolvimento da aprendizagem e envolverem progressos
expressivos no desempenho dos participantes.
Segundo Conholato, (1992), todo jogo pode ser aplicado para
muitas crianças, mas seu efeito sobre a inteligência será sempre
pessoal e impossível de ser generalizado.
Enfim, o uso do jogo educativo deve ser intencional, permitindo
a aprendizagem de conceitos matemáticos e culturais. Deve
permitir maior liberdade de expressão e representação, porque
é na ação do jogo que o sujeito pode conhecer-se, estabelecer e
analisar suas dificuldades e limites de sua competência enquanto
jogador e reavaliar, refletir no que precisa ser trabalhado, para o
desenvolvimento de suas habilidades e potencialidades com intuito
de evitar novas derrotas.
362
como dar oportunidades para que a criança jogue, e através do jogo
represente papéis, é também fundamental que o educador, além de
observar, proporcione um espaço de tempo para que as crianças falem
de seus jogos. Ouvir a criança falar de suas produções lúdicas é mais
uma estratégia pedagógica, a qual aqueles que trabalham no campo
lúdico nunca devem desprezar. (KISHIMOTO, 1999)
363
adquirido. O conjunto de ações a serem executadas pelo educador
deve ser com métodos adequados, podendo tomar parte o uso de
algum instrumento para se atingir o objetivo decorrente da negociação
pedagógica acontecida no espaço escolar. Dessa forma, o professor
vivência a unicidade do significado do jogo e do material pedagógico, na
elaboração da atividade de ensino, considerando, nos planos afetivos e
cognitivos, os objetivos, a capacidade do aluno, os elementos culturais
e os instrumentos (materiais e psicológicos) capazes de colocar o
pensamento da criança em ação.
364
4 A intervenção pedagógica e o jogo
366
Contudo, o educador precisa pensar nas atividades que serão
propostas com clareza de intenção no desenvolvimento e evolução
dos discentes. Também, é fundamental o encaminhamento da
atividade com a definição de como ela será realizada, prevendo a
ocupação do espaço e o limite de tempo, de acordo com a natureza
da própria atividade, permitindo a realização dos movimentos do jogo
em sua plenitude.
5 Considerações Finais
367
“constroem seu próprio conhecimento”, buscam diferentes soluções
para o desenvolvimento de uma melhor jogada, repensam situações
e elaboram novas estratégias de resolução de problemas dentro do
jogo.
Referências
369
ALGUNS CRITÉRIOS DE DIVISIBILIDADE
RESUMO:
1 INTRODUÇÃO
370
Para o desenvolvimento deste trabalho, estudaremos alguns
requisitos necessários. Por exemplo, no tópico 2, introduziremos o
conceito de divisibilidade, apresentaremos algumas propriedades da
divisão e exemplificaremos este conceito; no tópico 3, enunciaremos
e apresentaremos a demonstração do importante Algoritmo da
Divisão; no tópico 4, abordaremos o Máximo Divisor Comum de dois
números inteiros e ofereceremos alguns exemplos. Já no tópico 5,
apresentaremos os critérios de divisibilidade por 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9,
10 e 11, mostraremos porque cada um desses critérios são válidos e
daremos algumas aplicações deles.
2 DIVISIBILIDADE
a) n|n
b) d|n → ad|an
c) ad|na e a ≠ 0 →d|n
d) 1|n
e) n|0
f) d|n e n ≠ 0 → |d| ≤ |n|
g) d|n e n|d → |d| = |n|
h) d|n e d ≠ 0 → (n|d)|n
Antes de introduzir o algoritmo de divisão, enuncia-se o chamado
Teorema de Eudoxius:
371
Teorema 2.1 - Dados a e b inteiros com b ≠ 0, então a é um múltiplo
de b ou se encontra entre dois múltiplos consecutivos de b, isto é,
correspondendo a cada par de inteiros a e ≠ 0 existe um inteiro q tal
que, para b > 0,
qb ≤ a < (q+1)b,
e para b <0,
qb ≤ a < (q-1)b.
3 x 4 ≤ 11 < 3 x 4
-3 x 4 ≤ -11 < ( -3 + 1) x 4
Se a = 11 e b = -4, tomamos q = -2
4 O ALGORITMO DA DIVISÃO
a = qb + r,
372
com 0 ≤ r < b, q é chamado de quociente e r de resto da divisão de
a por b.
qb ≤ a < (q+1)b
Disto, temos (qb +r) – (q1b +r1) = 0, o que implica que, b(q –q1)
= r1 – r, logo b|(r1 – r). Mas, como r1 < b e r < b, temos |r1
–r| < b e, portanto, como b|(r1 – r) devemos ter r1 – r = 0, o que
implica r = r1 . Logo, q1b = qb. Assim, q1 = q, uma vez que b ≠ 0.
cqd.
373
Exemplo 4.1 - mdc (14,35) = 7.
374
6 CRITÉRIOS DE DIVISIBILIDADE
Demonstração - Seja N = anan-1 ... a2a1a0, onde an, an-1, ..., a2, a1, a0,
são os algarismos de N. Temos que,
será divisível por 2 se, e somente se, a0 for divisível por 2 (pois todos
os outros termos da soma são divisíveis por 2), ou seja, se seu último
algarismo for par. cqd
375
Demonstração - Considere um número N = anan-1 ... a2a1a0, onde an,
an-1, ..., a2, a1, a0, são os algarismos de N. Como estamos considerando
a representação dele na base 10, ele pode ser escrito na forma:
N = 10n. an+ ... + 103. a3 + 102. a2 + 10. a1 + a0.
10 = 9 +1
100 = 99 +1
1000 = 999 +1
10000 = 9999 +1
Obtendo:
376
Exemplo 5.2 - 234 é divisível por 3, pois a soma de seus algarismos
é igual a 2+3+4 = 9, e como 9 é divisível por 3, então 234 é divisível
por 3.
Demonstração - seja N = anan-1 ... a2a1a0, onde an, an-1, ..., a2, a1, a0,
são os algarismos de N.
N = 10n. An + ... + 103. a3 + 102. a2 + 10. a1 + a0 = 100 . (10n - 2. an +
... + 101. a3+ a2) + 4k.
N = 10n. an+ ... + 103. a3 + 102. a2 + a1 a0 = 100.(10n - 2. an + ... +
101. a3+ a2) + a1a0.
377
Teorema 5.4 - Um número natural N é divisível por 8 quando o
número formado pelos três últimos algarismos da direita de N for
divisível por 8.
Demonstração - Seja N = anan-1 ... a2a1a0, onde an, an-1, ..., a2, a1,
a0, são os algarismos de N. Assim,
N = 10n. an + ... + 103. a3 + 102. a2 + a1.10 + a0 = (2.5)n. an + ... +
(2.5)1. a1 + a0 = 5.( 2n.5n-1. an + ... + 2 . a1) + a0,
378
Teorema 5.6 - Um número natural N é divisível por 6 se, e somente
se, N é divisível por 2 e por 3.
379
O que é um absurdo, pois, N deveria ser escrito em uma das
formas: (i), (ii), (iii), (iv) ou (v). Portanto, N é divisível por 6.
cqd.
380
o que implica 10k + i é múltiplo de 7, o que conclui a prova.
cqd.
N = 10n. an+ ... + 103. a3 + 102. a2 + 10. a1 + a0.
10 = 9 +1
100 = 99 +1
381
1000 = 999 +1
10000 = 9999 +1
Obtendo:
382
Demonstração - Seja N = anan-1 ... a2a1a0, onde an, an-1, ..., a2, a1,
a0, são os algarismos de N. Assim,
N = 10n. an + ... + 103. a3 + 102. a2 + a1.10 + a0 = 10.(10n-1. an +
... + a1) + a0,
439087
Si (soma das ordens ímpares) = 7+0+3 = 10
Sp (soma das ordens pares) = 8+9+4 = 21
Si-Sp = 10-21
Como a subtração não pode ser realizada, acrescenta-se o
menor múltiplo de 11 (diferente de zero) ao minuendo, para que
384
a subtração possa ser realizada: 10+11 = 21. Então, temos a
subtração 21-21 = 0.
Como zero é divisível por 11, o número 439.087 é divisível por 11.
7 APLICAÇÕES
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
9 REFERÊNCIAS
[1] MIYASCHITA, Wagner Yuwamamoto. Sistemas de Numeração.
Bauru. UNESP, 2002.
Resumo
O relato de experiência em questão traz a memória das ações do Programa
de Educação e Desenvolvimento Social, a partir de um intercâmbio
de perspectivas de ações entre a UFSJ e a Universidade de Artes de
Braunschweig, na comunidade ribeirinha Santa Izabel, no município Careiro
Castanho (AM-Brasil). O Projeto integra professores de diversas áreas
do conhecimento da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) e
prevê a interação sociocultural entre artistas, arte educadores, educadores,
pessoas interessadas na troca de diferentes saberes, dos diferentes
modos de se construir e habitar o mundo, buscando a sensibilização, a
conscientização e a consequente transformação das pessoas, no que diz
respeito aos paradigmas sociais, políticos, econômicos e ambientais que o
planeta vem enfrentado. No presente relato, apresentam-se experiências de
duas visitas técnico-pedagógicas realizadas em dois momentos distintos,
em que destacamos intervenções desenvolvidas pela equipe da UFSJ
na comunidade no campo da educação e do desenvolvimento social, das
quais se destacam: a trajetória da viagem, o encontro com a associação
de moradores, o contato dos educandos e educadores do Projeto Igarité -
Centro de Mídias de Educação do Amazonas e o acompanhamento técnico-
pedagógico no que tange à formação de professores que atuam e atuarão
na região.
1 Introdução
389
de São João del-Rei (UFSJ), que vem sendo desenvolvida desde
o ano de 2003, quando foi aprovado pelo edital PROEXT do MEC/
SESu na forma de projeto, ampliando suas ações, em 2005, se
constituindo como um Programa, tendo como plano central a
Educação de Jovens e Adultos (EJA), tendo suas ações novamente
ampliadas no ano de 2009, quando passou a abordar não só a EJA,
mas também a educação de uma forma mais ampla, vista como um
todo, responsável e promotora do desenvolvimento social e humano.
Suas ações passaram a se constituir em processos interdisciplinares
e interprofissionais a fim de promover maior impacto social e
educativo nas pessoas envolvidas tendo como metodologia ações
divididas em encontros de formação, acompanhamento escolar,
promoção de espaços de discussão, atividades laborais, seminários
pedagógicos e seminários artístico-culturais, pautados na troca de
saberes e experiências com grupos distintos, com o foco em ações
que privilegiam a educação, suas relações com o mundo do trabalho.
390
para os temas ligados à educação, à arte e a sustentabilidade por
meio da cooperação internacional entre artistas, arte-educadores,
universidades e comunidades ribeiras às margens do Rio Tupana,
município da cidade do Careiro Castanho, Amazonas - Brasil. Tem
por base a crença na troca de diferentes saberes entre pessoas
de diferentes lugares do mundo e meios, sejam eles social,
cultural e/ou físico, capazes de promover a organização social
e o desenvolvimento sustentável. A partir de suas vivências e
percepções das necessidades destas comunidades, surgiram ideias
e possibilidades de cooperações entre diversas entidades, órgãos
e comunidades ribeiras, em especial as localizadas junto ao Rio
Tupana, no que diz respeito ao trabalho no âmbito da educação,
voltada para a educação básica, constituindo um Grupo de Estudos
que vem desenvolvendo ações de forma experimental com crianças
e pessoas jovens e adultas moradoras da comunidade Santa Izabel.
391
tal, foram realizadas duas visitas técnico-pedagógicas a Comunidade
de Santa Izabel, público alvo das ações deste relato, as quais serão
relatadas no decorres deste trabalho.
392
de “rabeta” (canoa de madeira, com pequeno motor de popa, utilizada
pelos ribeirinhos como transporte na região) a partir da BR 319. Na
região, a floresta amazônica ainda não sofreu o impacto da devastação
causada pela ação de madeireiras e fazendeiros interessados na
exploração dos recursos naturais, o que torna a região bastante rica
em madeira, frutos nativos e animais silvestres. Os ribeirinhos ou
“caboco beradero” (como eles mesmos gostam de ser chamados)
extraem a base proteica de sua alimentação da pesca, na época da
seca, e da caça de animais silvestres, nos períodos de cheia, uma
vez que a oferta de peixes durante a estação da cheia, período em
que a várzea é alagada, migram para os igapós (pedaço da floresta
invadida pela água) em busca da abundância de alimento presente
nestas áreas, o que dificulta a pesca artesanal.
393
urbana, é cada vez mais valorizada pelos habitantes dessa área,
quase sempre tomada como referência em detrimento de seu
artesanato regional. Desde nossa chegada à comunidade, pudemos
perceber grande desinteresse, principalmente por parte dos jovens,
pelos hábitos e costumes tradicionais da região.
394
que permitiria o uso deste tipo de tecnologia. Nem mesmo há energia
elétrica, como dito acima, para recarga das baterias. Esse tipo de
problema configura-se como uma espécie de alienação decorrente
da inversão de valores causada pela “necessidade de consumo”
vinda dos grandes centros, encarada como um sinal de como uma
sociedade rural que possui grande potencial, em muitos de seus
aspectos produtivos, pode torna-se, cada vez mais, dependente do
consumo exagerado e inconsciente de produtos, que pouco pode
beneficiá-la, e tampouco colabora para o desenvolvimento de uma
economia sustentável e consciente.
3 Metodologia e Desenvolvimento
395
Por meio das ações do projeto Afluentes, realizou-se, em
março de 2011, a primeira visita da UFSJ à comunidade ribeira de
Santa Izabel, representada pelas professoras Maria Lúcia Monteiro
Guimarães do Departamento de Ciências da Educação e da
professora Juliana Motta, do Departamento de Letras Artes e Cultura,
juntamente com a professora Angela Camara Correa Gelhaar, docente
da Universidade de Artes de Braunschweig, tendo por objetivo uma
visita de cunho técnico-pedagógico capaz de realizar um diagnóstico
da comunidade, a fim de pautar e contribuir para o planejamento
das ações junto à comunidade. Na oportunidade, foram realizadas
diferentes atividades.
396
Fundamental, e daqueles outros jovens e adultos que desejavam
ingressar e dar continuidade aos seus estudos. Os resultados
da avaliação permitiram um melhor norteamento para os futuros
trabalhos, desenvolvidos pelos professores/educadores desses
educandos, acompanhadas pelos educadores Simone Donha e
Thiago Cavalli.
397
A partir dessa nova realidade, surgiu a necessidade de uma
segunda visita, realizada no final do ano de 2012, a qual teve por
objetivo garantir, junto à comunidade em consonância com o
poder público, a continuidade das ações de escolarização de seus
moradores.
398
meio de um de seus polos, localizado no município de Manaus, capital
do Estado. Com relação à cartografia social, assim como foi orientado
pelo professor Alfredo Wagner, é necessário que a comunidade se
manifeste e apresente a intenção da construção desse trabalho.
4 Considerações Finais
Referências
401
A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL: ALGUMAS
REFLEXÕES
Aline Oliveira Guidis1
Luiz Carlos Dias Rocha2
Otto Carlos Kielblock Júnior3
Aloísia Rodrigues Hirata4
Dorothy Campos da Fonseca5
Resumo
Este artigo teve por objetivo abordar a educação a distância (EAD) no Brasil,
enfocando sua definição, origem, público alvo, metodologias, potencialidades
e limitações. É uma pesquisa bibliográfica, cujo aporte teórico foi feito por
meio de leitura de livros e artigos científicos. Os resultados mostraram que
a modalidade de ensino a distância vem se expandindo muito devido às
suas características e especificidades, oferecendo ensino de qualidade a
um custo reduzido, propiciando inclusão e flexibilidade. Na EAD, o ensino
se sustenta no tripé educando – educador - tecnologias de informação e
comunicação e a responsabilidade do sucesso e alcance dos objetivos recai
tanto sobre a instituição quanto professores/tutores, tecnologias adotadas
e, sobretudo, sobre o aluno. Concluiu-se que a educação a distância é uma
boa estratégia para a inclusão social, pois é uma tipologia de ensino de
baixo custo e fácil acesso a uma camada expressiva da população.
Palavras-chave: Educação A Distância (EAD), Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (LDB), Políticas Públicas.
402
Introdução
Desenvolvimento
404
A Educação a Distância para DIAZ BORDENAVE (1986, p.34)
pode ser entendida como:
uma forma de organização de ensino-
aprendizagem na qual alunos de diversas
idades e antecedentes estudam, em grupos ou,
individualmente em seus lares, locais de trabalho
ou outros lugares, com materiais auto-instrutivos,
distribuídos por meio de comunicação, garantida
a possibilidade de comunicação com docentes,
orientadores/tutores ou monitores.
407
parcelas da sociedade. Nota-se um foco, sobretudo, nas pessoas com
pouco tempo disponível para frequentar uma instituição de ensino,
em indivíduos que tiveram que deixar seus estudos, pessoas que
já possuem algum curso superior, estudantes com poucos recursos
para pagar um curso particular e, principalmente, em alunos com
determinação para melhorar seu grau de instrução e sua vida.
408
alcance geográfico (do alcance local para a
globalização); estudo em tempo livre (comunicação
assincrônica); comunicação em tempo real;
estudo em novos ambientes de aprendizagem;
oportunidades de interação, não necessariamente
presencial, mas certamente personalizadas,
cruzando distâncias; canais para informação a
outros: um a outro, um a um grupo, e um a muitos;
grupo a grupo, e muitos a muitos; interatividade;
diálogo que seja discursivo: professores e alunos
concordam quanto a metas de aprendizagem,
tornando suas idéias acessíveis uns aos outros,
proporcionando feedback mútuo; possibilidade de
feedback rápido.
Conclusão
410
desempenho que alunos do ensino regular presencial. Assim sendo,
a educação a distância precisa ser pensada como uma forma de
aproximar social, política, cultural e economicamente as pessoas e
não de modo a distanciá-las e reforçar preconceitos. Para que isso
aconteça efetivamente, é necessário que se criem políticas públicas
eficazes e que incentivem e valorize esta modalidade de ensino tal
qual a modalidade presencial.
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411
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NISKIER, A. Educação a distância: a tecnologia da esperança. São
Paulo: Loyola, 1999, 128p.
412
A sala de aula virtual na perspectiva de
estudantes da Rede e-TEC Brasil: resultados
parciais de um projeto de extensão do IF
Sudeste MG CAmpus Barbacena
Resumo
O presente trabalho apresenta resultados parciais do projeto de extensão
intitulado “Experimentações e Aplicações em Ambientes Virtuais de
Aprendizagem (AVA): implantação de um modelo para docência em cursos
técnicos oferecidos a distância pelo IF Sudeste MG Campus Barbacena”.
Foram estudados 94 discentes de cursos na modalidade EAD do IF Sudeste
MG – Campus Barbacena. O objetivo principal foi traçar um perfil dos
estudantes e verificar como esses se relacionam com a sala de aula virtual,
delimitar suas principais dificuldades, os recursos utilizados e as relações
estabelecidas entre material didático e as ferramentas da plataforma Moodle.
Os dados foram coletados por meio de questionário online, com perguntas
fechadas, através da ferramenta LimeSurvey. Os resultados indicam que
a sala de aula virtual deve ser (re)pensada a partir da colaboração entre
professores e estudantes.
1 Introdução
413
Com o avanço das Tecnologias da Informação e Comunicação
(TICs), que diminuem os espaços e a temporalidade, torna-se
necessário discutir como ocorre a aprendizagem e repensar o papel
da escola. Nesse contexto, o referido projeto tem como objetivo
compreender o processo ensino e aprendizagem a distância e
implantar um modelo para docência no IF Sudeste MG Campus
Barbacena, a partir da colaboração no processo ensino-aprendizagem
na EaD.
414
uma escola, uma equipe docente ou um
professor com muitos anos de experiência, com
sólidas concepções objetivistas e com práticas
eminentemente transmissivas, provavelmente
acabarão utilizando as TIC para complementar
as aulas expositivas com leituras e exercícios
autoadministráveis na rede, mas dificilmente
farão uso destas para que os estudantes
participem em fóruns de discussão, trabalhem de
maneira colaborativa ou procurem e contrastem
informações diversas sobre um determinado tema.
415
2 Procedimentos Metodológicos
416
3 Resultados Parciais
417
Tabela 1: Caracterização da Faixa Etária por Gênero
Idade Gênero Total %
Masculino 3 10%
18 - 23
Feminino 9 13%
Masculino 2 7%
24 - 29
Feminino 9 13%
Masculino 7 23%
30 - 35
Feminino 11 16%
Masculino 4 13%
35 - 45
Feminino 27 38%
Masculino 14 47%
Mais de 45
Feminino 14 20%
418
Ensino Fundamental.
Total %
Nível de escolarização
Pai Mãe Pai Mãe
Não estudou 16 16 17% 17%
1ª a 4ª série do EF 51 52 54% 55%
5ª a 8ª série do EF 11 11 12% 12%
Ensino Médio incompleto 4 4 4% 4%
Ensino Médio completo 8 8 9% 9%
Ensino Superior incompleto 2 0 2% 0%
Ensino Superior completo 1 2 1% 2%
Pós Graduação 1 1 1% 1%
419
3.2 A sala de aula virtual
420
consideram que a organização da sala facilita seu estudo; 15%
consideram que falta melhor organização da sala de aula, para
facilitar seu estudo, e 1% foi indiferente a construção da sala de aula.
421
fortalece a noção de que o aprendizado ocorre particularmente bem
em ambientes colaborativos, quando são criados diferentes espaços
de interação entre os participantes dos cursos. Conforme aponta
Moran (2000, p. 139), “educação a distância não é só um “fast-
food” onde o aluno se serve de algo pronto. Educação a distância é
ajudar os participantes que equilibrem as necessidades e habilidades
pessoais com a participação em grupos-presenciais e virtuais”.
422
4 Conclusões Preliminares
423
por parte daqueles envolvidos no processo ensino-aprendizagem, na
modalidade EaD, para que os estudantes não sejam prejudicados
pelo uso da tecnologia. Através do perfil dos estudantes, poderemos
repensar o modelo para a docência, tendo em vista que a educação
é um processo de troca, sendo necessário criar condições para que
o estudante de fato aprenda, construindo o conhecimento de forma
autônoma e colaborativa.
Referências
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e ensinar com as tecnologias da informação e da comunicação. Porto
Alegre: Artmed, 2010.
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Editora Artes Medicas Sul Ltda. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999.
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tecnologias. Disponível em http://www.eca.usp.br/moran/inov.htm.
Acesso em jan. 2000.
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virtuais: perfil condições e competências. In: Psicologia da Educação
Virtual: aprender e ensinar com as tecnologias da informação e da
comunicação. Porto Alegre: Artmed, 2010.
SABATINNI, Renato M.E. Ambiente de Ensino e Aprendizagem via
Internet. Disponível em http://www.ead.edumed.org.br/file.php/1/
PlataformaMoodle.pdf . Acesso em 25 set. 2012. (2007)
424
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA COMO POSSIBILIDADE DE
CAPACITAÇÃO E INCLUSÃO SOCIAL DE JOVENS RURAIS
DO SUL DE MINAS
Aloísia Rodrigues Hirata1
Luiz Carlos Dias Rocha 2
Aline Oliveira Guidis3
Alexandre Augusto Rossini Kurachi4
Nildo Batista5
Resumo
A dificuldade de acesso à educação tem contribuído para a migração de
jovens rurais para os centros urbanos. O presente trabalho teve por objetivo
conhecer a realidade dos jovens rurais do Sul de Minas Gerais e estudar
a Educação a Distância - EAD, como ferramenta viável para sua inclusão
social. Realizou-se uma pesquisa exploratória, por meio de entrevista
estruturada com 129 jovens rurais, representando 40 municípios da região.
Os resultados evidenciaram dados importantes da população estudada:
44,2% trabalham em atividades rurais com a família; para 40,6% a educação
é a alternativa para melhorar suas condições de vida e que pretendem
continuar os estudos; 66,7% tem acesso a internet e 75,2% afirmaram que
não pretendem sair do meio rural. Considerando que a EAD é uma opção
efetiva de acesso ao ensino, entende-se que pode ser uma ferramenta
de inclusão social capaz de possibilitar a melhoria da qualidade de vida e
permanência digna do jovem no campo.
Palavras-chave: Juventude Rural. Educação à Distância (EAD). Inclusão
Social.
425
Introdução
426
Dentre as dificuldades, enfrentadas pela juventude rural,
está a conciliação entre o trabalho e o estudo. Dados do IBGE (2010)
evidenciaram que no campo, cerca de 23% da população apresenta
déficit de alfabetização, contrapondo cerca de 7% constatados na
cidade. Os números comprovam a ação de fatos apontados em
pesquisas na literatura (ABRAMOVAY, 1998; SILVA, 2002; SOUZA,
2012).
427
de pessoas em locais e tempos distintos (ITS BRASIL, 2013).
Desenvolvimento
428
foram analisados estatisticamente de forma descritiva, por meio de
tabelas simples e cruzadas, utilizando-se o software estatístico SPSS
(SPSS, 2003).
Os resultados evidenciaram que o público alvo deste estudo
foi composto na maioria por jovens do sexo masculino (76%), da cor
branca (78,3%), com ensino médio incompleto (47,6%), de religião
católica (89,1%). Em relação à educação, a maioria (85,3%) estudou
em escolas municipais e, na sua visão, a categoria escola é vista
como uma oportunidade de crescimento e necessidade. Destes
jovens, cerca de 20% já havia cessado os estudos pelo menos uma
vez, sendo que dentre os motivos apresentados observou-se: por
não gostar de estudar (28,6%), por morar distante da escola (14,3%),
devido a dificuldades financeiras (10,7%) e por outros motivos
(35,7%) (Tabela 1).
429
Tabela 1. Distribuição dos dados dos entrevistados considerando o sexo,
a raça, a escolaridade, a continuidade dos estudos e os motivos para os
jovens cessarem os estudos.
Distribuição dos dados por sexo do entrevistado
Resposta Percentual
Masculino 76,0
Feminino 24,0
Distribuição dos dados pela cor/raça do entrevistado
Branca 78,3
Negra/parda/mestiça/mulata/Amarela/ 21,7
indígena
Distribuição dos dados pela religião do entrevistado
Católica 89,1
Cristianismo/evangélico/ateu 10,9
Distribuição dos dados pela escolaridade do entrevistado
Fundamental incompleto 4,8
Fundamental completo 8,7
Ens. Médio incompleto 47,6
Ens. Médio completo 27,8
Ens. Tec. médio incompleto 2,4
Superior incompleto 6,3
Superior completo 2,4
Distribuição dos dados pelo tipo de instituição de ensino do
entrevistado
Escola municipal 85,3
Escola estadual 14,0
Outras 0,7
Distribuição dos dados dos entrevistados que já pararam os
estudos
Sim 20,2
Não 79,0
Não respondeu 0,8
Distribuição dos dados em função das razões do cessamento
dos estudos
Dificuldades financeiras 10,7
Por não gostar de estudar 28,6
Por morar distante da escola 14,3
Outros motivos 35,7
Não sabe/não respondeu 10,7
430
Os autores Ferreira & Alves (2009) afirmaram que obstáculos
de ordem econômica e cultural estão presentes para que os jovens
rurais parem de estudar, destacando-se:
a escassez de recursos financeiros da família,
que não lhes permite custear a passagem de
ônibus até a cidade; a necessidade da presença
mais permanente de jovens nas atividades
agropecuárias; as dificuldades de acesso à
escola - longas distâncias, falta de transporte ou
precárias condições da estrada; e o desinteresse
pelo estudo, pois os conteúdos das disciplinas não
estão adaptados à sua realidade social. Contudo,
ainda com maior peso está o entendimento de
muitos jovens - e, principalmente, de seus pais
- de que para ser agricultor não é necessário
estudar (FERREIRA & ALVES, 2009, P.248).
431
Tabela 2. Distribuição dos dados dos entrevistados considerando os
benefícios da educação para o futuro, realização de cursos fora do ensino
regular e pelo desejo de realizar cursos profissionalizantes e superiores.
432
O desempenho de atividades rurais também é uma realidade
para 44,2% dos jovens entrevistados, que afirmaram atuar nos
serviços rurais próprios da família. Aos dezesseis anos 75,3% dos
jovens já havia desempenhado função remunerada por conta própria
pela primeira vez, sendo que destes 30,2% relataram que os recursos
eram demandados na complementação da renda familiar (Tabela 3).
Tabela 3. Distribuição dos dados dos entrevistados, considerando a
ocupação, idade de início de trabalho, participação dos jovens na renda
familiar, expectativa de futuro, possibilidade de melhorias, ações políticas e
reconhecimento de políticas para o meio rural.
Distribuição dos dados em função da ocupação dos jovens
entrevistados
Resposta Percentual
Atividade domestica na própria casa 9,3
Atividade domestica para terceiros 3,1
Atividades rurais próprias 44,2
Atividades rurais assalariadas 12,4
Atividades na cidade 3,1
Outras 15,5
Não sabe/não respondeu 12,4
Distribuição dos dados dos jovens em relação a idade do início do
trabalho remunerado
Até os 16 anos 75,3
Acima de 16 anos 8,3
Não respondeu/não se lembra 16,6
Distribuição dos dados pela participação dos jovens na
complementação da renda familiar
Sim 30,2
Não 64,3
Não sabe/não respondeu 5,5
Distribuição dos dados pela expectativa de futuro pelos jovens
Futuro será muito melhor 67,7
Futuro será pouco melhor 10,2
Não sabe/não respondeu 22,1
Distribuição dos dados quanto ao que pode melhorar as condições
de vida
Estudar 40,6
Trabalhar 25,8
Outros 27,3
Não sabe/não respondeu 6,3
433
Distribuição dos dados em relação as ações políticas para o
desenvolvimento
Investir em educação 27,0
Ofertar cursos profissionalizantes 22,2
Criar oportunidades de emprego 15,1
Outros 20,8
Não sabe/não respondeu 15,0
Distribuição dos dados em função do reconhecimento de políticas
para o meio rural
Pronaf/pronaf jovem 59,5
Emater/MG 10,8
Outros 10,8
Não sabe/não respondeu 18,9
435
Todas as opções acima 7,1
Outros 4,4
Não sabe/não respondeu 16,8
436
em diversos mecanismos que vão desde os computadores nas
escolas, centros de inclusão digital até os celulares. Entretanto,
Viero & Silveira (2011) relataram que apenas 1,7% dos trabalhadores
agrícolas no Brasil são usuários de Internet.
Considerações finais
437
Agradecimentos
Os autores agradecem ao IFSULDEMINAS e a EMATER/MG,
pelo apoio financeiro e técnico durante a realização do trabalho.
Referências Bibliográficas
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439
CONCEPÇÕES DE DEFICIÊNCIA E CONFIANÇA:
IMPLICAÇÕES PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE
UNIVERSITÁRIOS
André Luiz Barreto Simas1
Maria Nivalda de Carvalho-Freitas2
Jéssica Faria Souto3
Victor Dinalli Ornellas Iglesias4
Resumo
A presente investigação busca responder as seguintes questões: será que
a predisposição maior ou menor para confiar nas pessoas se relaciona
com as concepções que as pessoas têm em relação à deficiência? Ou a
deficiência é algo tão pregnante que, mesmo entre pessoas que têm uma
propensão maior para confiar, a confiança nas possibilidades das pessoas
com deficiência (PcDs) é menor? As matrizes de interpretação da deficiência
identificam os tipos de concepções sobre a deficiência compartilhadas e
construídas ao longo da história. O construto confiança é definido como uma
disposição de alguém em estar vulnerável às ações de outrem. A pesquisa foi
realizada por meio de questionários com 800 universitários que poderão vir
a trabalhar com PcDs em função da Lei de Cotas. Os resultados evidenciam
que a percepção de confiança ou desconfiança influencia na maneira como
as pessoas concebem a deficiência. Esse resultado indica que a deficiência,
por si só, não é um atributo que modifique a propensão para confiar das
pessoas. Considerando os resultados da presente pesquisa, sugere-se a
inclusão de conteúdos que focalizem aspectos relacionais e que promovam
a reflexão e a ressignificação dos processos de confiança nos outros, como
elementos relevantes na formação para o trabalho com PcDs.
440
Introdução
441
presente estudo: espiritual, normalidade, inclusiva, matriz técnica
(desempenho, benefício e vínculo).
442
com as concepções de deficiência historicamente construídas e
compartilhadas pelas pessoas? Ou a deficiência é algo tão pregnante
que, mesmo entre pessoas que têm uma propensão maior para
confiar, a confiança nas possibilidades das PcDs é menor?
Método
Participantes
443
Tabela 1 Caracterização da Amostra
De 31 a 40 anos 6,3%
Engenharias 28,5%
UFJF 6% Ciência da 4%
Computação
UFU 3%
Teatro 3,9%
Arquitetura 2,1%
444
Instrumentos
Procedimentos
Resultados
445
Concepções de deficiência dos universitários
446
elas podem desempenhar o trabalho com a mesma produtividade e
potencialidade que as demais.
Vínculo - -
Inclusão 0,08* -
Desempenho - 0,074*
Espiritual - -
447
Fonte: DADOS DA PESQUISA, 2012.
* Correlação é significante ao nível de 0,05 (2-tailed)
** Correlação é significante ao nível de 0,01 (2-tailed)
Quanto às correlações dos fatores, embora apresentem baixa
intensidade, observam-se, na Tabela 3, indicações de que:
Considerações finais
448
o trabalho com pessoas com deficiência, constatou-se que aqueles
que tinham uma percepção negativa da inclusão e da deficiência,
compartilhavam de crenças e atitudes que, potencialmente, dificultam
a inserção, permanência e crescimento dessas pessoas nas
organizações. O presente estudo aponta que aqueles profissionais
que têm uma predisposição maior para desconfiar demonstram uma
resistência maior em relação às PcDs.
Referências bibliográficas
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449
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ROTTER, J. A new scale for the measurement of interpersonal trust.
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450
A UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL (UAB):
LEVANTAMENTO DE ESTUDOS PRODUZIDOS NO BANCO
DE TESES DA CAPES DE 2006 A 2011
1. Introdução
451
desenvolvimento da modalidade de educação a distância, com a
finalidade de expandir e interiorizar a oferta de cursos e programas
de educação superior no País.
O Sistema UAB é integrado por universidades públicas que
oferecem cursos de nível superior para camadas da população
que têm dificuldade de acesso à formação universitária, por meio
do uso da metodologia da educação a distância. Assim, propicia a
articulação, a interação e a efetivação de iniciativas que estimulam
a parceria dos três níveis governamentais (federal, estadual e
municipal) com as universidades públicas e demais organizações
interessadas, enquanto viabiliza mecanismos alternativos para o
fomento, a implantação e a execução de cursos de graduação e pós-
graduação de forma consorciada.
452
2. O Levantamento de Estudos
454
apresentadas. Em razão disso, a distribuição dos estudos nestas
categorias em nível de mestrado, doutorado e profissionalizante se
configuram da seguinte maneira:
Quadro 3: Categorias Temáticas – Mestrado.
Categorias Mestrado
Formação de Professores 12
Material Didático 9
Processos de Ensino e Aprendizagem 8
Políticas Públicas 7
Ambiente Virtual de Aprendizagem: 5
Evasão 5
Tecnologia em EAD 2
Gestão 2
Avaliação 2
Metodologias de Ensino 1
Polos 1
Tutoria 1
Total 55
455
Quadro 6: Distribuição dos trabalhos e todas as categorias temáticas
Total de Temáticas
Formação de Professores 19
Ambiente Virtual de Aprendizagem 11
Processos de Ensino e Aprendizagem 11
Material Didático 10
Políticas Públicas 9
Evasão 6
Gestão 3
Avaliação 2
Tecnologia em EAD 2
Experiências Internacionais 1
Metodologias de Ensino 1
Polos 1
Tutoria 1
TOTAL 77
456
Quadro 7: Distribuição dos trabalhos nas áreas de concentração –
Mestrado
Area de Concentração - Mestrado
Educação 34
Administração 3
Ensino de Ciências e Matemática 3
Lingüística 2
Outros 13
TOTAL 55
458
(quadro 12) foram produzidos 8 trabalhos, sendo a UnB responsável
pela produção de 6.
Quadro 11: Instituições da região nordeste
Nordeste
Instituição Estado Qtade
UFAL AL 11
UFC CE 8
UECE CE 3
UFPB PB 3
UNEB BA 2
UFMA MA 2
UFRN RN 1
Sul
Instituição Estado Qtade
UFSC SC 4
UFPel RS 3
UFRGS RS 2
ULBRA RS 2
UCPEL RS 2
UFTPR PR 1
UNISUL SC 1
Univali SC 1
UFPR PR 2
459
Considerações Finais
Referências
460
UTILIZAÇÃO DE CHATs: UMA APROXIMAÇÃO DE
REALIDADES NA TUTORIA A DISTÂNCIA
Introdução
461
Distância (CEAD) da Universidade Federal de Lavras (UFLA), com a
utilização de chats como meio de promover esta formação.
463
Esta sala de tutoria tem como objetivo principal possibilitar a
interlocução entre estes/as tutores/as com os/as professores/as
formadores/as e com o/a coordenação de tutoria. Como os cursos
de licenciatura na UFLA são bastante recentes nesta modalidade,
percebeu-se a necessidade de desenvolver, dentro da perspectiva
de ampliação dos diálogos, uma atividade de formação continuada
para ampliar o uso de interfaces que o Moodle possui e que estão
disponibilizadas para uso, e que muitos/as tutores/as não utilizavam
no seu cotidiano.
464
possibilidades de uso e, ainda, no próprio artigo foi possível perceber
que existem processos de uso das interfaces que não podem ser
negligenciados; no caso dos chats o roteiro de direcionamento do
trabalho é altamente exigido.
Chats
465
que o/a tutor/a participasse ativamente de decisões e definições de
posturas para garantir o sucesso dos trabalhos dentro dos cursos de
EaD.
466
Administração Pública, Filosofia, de Letras Inglês, Letras Português
e Pedagogia, e para isso foi escolhida uma disciplina que estava
acontecendo naquele momento.
469
1. O horário de atividades de vocês deve ser
divulgado para o cursista, disponibilizem
os seus horários para que o cursista saiba
o momento em que você estará online.
Combine uma vez por semana um horário
para chat, esta ferramenta é muito apropriada
para conversas rápidas e para tirar dúvidas.
2. Esteja disponível para participar dos Encontros
Presenciais que devem acontecer no Polo.
Você é responsável pelo sucesso das
atividades, prepare-se estudando o conteúdo
que você irá ministrar. Se tiver dúvidas
converse com o/professor/a formador/a.
Fique por dentro da programação, entre em
contato com o tutor/a presencial para verificar
se está tudo organizado no polo.
OBS. Quando você assumir a responsabilidade
de viajar para o Polo, certifique-se da sua
disponibilidade com antecedência para evitar
imprevistos.
3. Não é permitido utilizar e-mails pessoais para
troca de informações. O AVA é o veículo de
comunicação que deve ser utilizado em todos
os momentos para a interação com os/as
estudantes.
4. Os/as tutores/as presenciais estão trabalhando
no controle de frequência dos/as estudantes,
procure estar sempre em contato para sua
informação. (FRADE, 2013, p. 6).
472
disciplinas seria disponibilizado o recurso
de “Sala de Reuniões”. Este recurso permite
como na WebConf o uso de som e imagem.
(FRADE, 2013, p. 8).
Considerações finais
Referências bibliográficas
ALVES, Lynn; BARROS, Daniela; OKADA, Alexandra. Moodle:
Estratégias Pedagógicas e Estudos de Caso. Salvador: EDUNEB,
2009.
FRADE, Elaine das Graças. Manual de Tutoria. Orientações para o
trabalho de Tutoria: roteiros para chats. CEAD/UFLA. 2013
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SERRA, A.R.C. e SILVA, J. A. R. Por uma educação sem distância:
recortes da realidade brasileira. São Luis: Eduema. 2008.
474
CONTANDO HISTÓRIAS: ALFABETIZANDO EM TURMAS
INCLUSIVAS
Resumo
475
1 Introdução
476
pesquisa duas turmas do terceiro ano das series iniciais do ensino
fundamental, posteriormente formando uma única classe. No decorrer
dessas atividades de observação evidenciaram-se as necessidades
educacionais dos alunos que compunham o cenário acadêmico.
Considerando que havia uma defasagem em relação ao convívio
social, relação professor/aluno e aluno/aluno, tornando-se necessário
a elaboração de um projeto que suprisse esta carência, contemplando
as abordagens inclusivas e as praticas de leitura e escrita.
477
Compreendendo dessa maneira que “a arte agiliza nossa
imaginação, amplia os limites da intelecção, abre espaço para o
sonho, a fantasia, para a criação de mundos possíveis, de novas
possibilidades de ser e de sentir”. (Duarte Júnior, 2008, p. 125). As
atividades artísticas potencializam e sensibilizam as práticas sociais,
provocando um contato inerente entre o individuo e seu entorno. A
partir da arte o sujeito adquire a percepção do mundo, cria sentido
simbólico e liberta seu próprio eu, tornando-se um ser sensível e
ativo.
478
das histórias se estruturou com a finalidade de explanar de forma
reflexiva o movimento de inclusão, permitindo-se assim trabalhar
com diversas temáticas que abordem esta perspectiva. Assim,
utilizamos as seguintes histórias: Sitio do Pica Pau Amarelo, Bailarina
soldadinho de chumbo, Elmer: o elefante xadrez, Gato pirado, Uma
amiga diferente, A porquinha de rabo esticadinho e Nem todas as
girafas são iguais.
479
sua vida. Alfabetizar significa aprender à escrita e a leitura em seu
todo, quanto o aluno conhece e utiliza esse sistema apropria-se do
mundo a sua volta.
480
dedoches utilizados para a cotação da história Elmer: o elefante
xadrez e o boneco de pano para narrar a história do Gato pirado.
481
ordem e disciplina, no entanto o que realmente acontece é a extinção
de uma dinamização do trabalho escolar, excluindo as práticas de
interação entre os alunos. As dificuldades se acentuavam devido ao
distanciamento entre os componentes do grupo, os quais estavam
domesticados a manterem uma relação superficial.
482
REFERÊNCIAS
483
UTILIZAÇÃO DE RECURSOS DA EAD COMO
FERRAMENTA DE TREINAMENTO PROFISSIONAL E
DESENVOLVIMENTO DA EQUIPE DE FISIOTERAPIA DO
HOSPITAL REGIONAL DR. JOÃO PENIDO - FHEMIG
484
1 Introdução
485
acordo com as necessidades e preferências de cada indivíduo. Os
funcionários envolvidos em um treinamento via Web têm acesso não
apenas a programas de aprendizagem, mas também a informações
e documentações 24 horas por dia, de qualquer parte do mundo.
(DORNELLES, 2001). Este é um argumento positivo da EAD, pois
permite que os participantes tenham flexibilidade e decidam sobre o
ritmo e intensidade de suas atividades durante o curso (NAKAMURA,
2009).
486
2 Métodos
Os treinamentos
Coleta de Dados
A coleta de dados ocorreu através da aplicação de questionários,
487
com a utilização dos seguintes instrumentos, na forma descrita
abaixo:
488
poucas palavras e não acrescentar nenhuma informação às
discussões do módulo.
3 Considerações Finais
489
público. Tal fato gerou uma grande demanda de treinamento para
adaptação dos novos funcionários à realidade do hospital.
Referências
490
reação, suporte à transferência e impactos no trabalho. Revista de
Administração Contemporânea, v. 10, n. 1, p. 95-116, jan./mar. 2006 .
491
disposição de futuros profissionais para
Trabalhar com Pessoas com DeficiênciA
492
Introdução
493
SegundoAjzen (1985; 1988; 1991) as intenções comportamentais
(disposições) refletem a motivação para agir. No entanto, a execução
de uma ação não depende apenas da motivação, mas também do
maior ou menor controle sobre o comportamento, definidas como
crenças sobre o controle, que se refere às crenças da pessoa acerca
do grau de facilidade ou dificuldade em executar uma determinada
ação.
Metodologia
495
ST), que é uma escala autoadministrada, proposta por Carvalho-
Freitas (2007; 2012), para a avaliação das concepções de deficiência
historicamente reproduzidas.
Análise de dados
Resultados
496
1992; Tanaka e Manzini, 2005). Por outro lado, é possível identificar
entre parte desses futuros profissionais uma disposição orientada
para a acessibilidade, em que os pressupostos do modelo social
da deficiência são predominantes (Finkelstein, 1980; Oliver,
1996), indicando uma mudança na disposição para trabalhar com
pessoas com deficiência.
497
não na deficiência ou na pessoa com deficiência propriamente dita.
Considerações finais
498
inserir pessoas com deficiência, tais como: falta de conhecimento
sobre recursos materiais, tecnológicos e de processos para garantir
a acessibilidade dos espaços físicos, além de falta de convivência
com as pessoas com deficiência.
499
se com Filkenstein (1980) com relação a que, quando se desvia o
foco das pessoas com deficiência para a organização material e
social em que ela está inserida, abrem-se novos caminhos para a
pesquisa. Além disso, possibilita-se, assim, a ressignificação dos
processos de inclusão e exclusão nas organizações, favorecendo-se
o desenvolvimento de políticas da diversidade que contribuam para a
inclusão de todas as diferenças, preservando-se tanto a autonomia,
quanto o real poder de contribuição das PcDs. Ou seja, enfatiza-
se aqui algo muito maior do que apenas implementar políticas
afirmativas, uma vez que se está de fato visando evitar e corrigir a
discriminação.
Referências bibliográficas
501
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– 2010. Recuperado de http://www.mte.gov.br/rais/2010/arquivos/
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the Law, 23, 3–20. 2005.
502
CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA NA EAD NOS ÚLTIMOS
DEZ ANOS: REFLEXÕES A PARTIR DE UMA REVISÃO
BIBLIOGRAFICA
Resumo
Apresentamos uma revisão bibliográfica pautada em estudos dos últimos
dez anos referente às contribuições da Psicologia para a Educação a
Distância (EAD). Apesar de a EAD, na sua versão contemporânea baseada
nas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), ser modalidade
relativamente nova de ensino e aprendizagem, permanecem questões
que vão além do distanciamento físico. A Psicologia se mostra como saber
que tem contribuído nessa área, levantando questões que envolvem, por
exemplo, o lugar da afetividade nas interações on-line e da aprendizagem
significativa como favorecedora de um clima de interesse, curiosidade e
motivação no contexto da EAD. Em nossa revisão articulamos e sintetizamos
artigos científicos que abordam a temática. A partir da análise, concluímos
que o conceito motivação tem se mostrado importante para a discussão
da temática da inclusão na EAD. Porém, outros desafios persistem na
integração Psicologia-EAD-Inclusão, sugerindo que novos estudos sejam
realizados.
1
Graduanda do curso de Psicologia da UFSJ (liviaresende23@yahoo.com.br)
2
Graduanda do curso de Psicologia da UFSJ (alinemarques_l@hotmail.com)
3
Graduanda do curso de Psicologia da UFSJ (biank_ferreira25@hotmail.com)
4
Graduanda do curso de Psicologia da UFSJ (marisilvareis@yahoo.com.br)
5
Professor do curso de Psicologia da UFSJ, doutor em Educação (UFMG) (densilva@ufsj.
edu.br)
503
1 Introdução
504
teorias psicológicas aplicadas à EAD, a interatividade e a evasão.
Ainda se tratando do trabalho de Franca, Matta e Alves (2012),
podemos constatar que as publicações que relacionam Psicologia
e EAD vêm crescendo a cada ano, ao longo da década analisada, e
que ainda há muito que se estudar sobre essa relação.
505
Foi ressaltado por Fialho et al (2007) que “a interatividade deve
ser constante mesmo que sem o contato pessoal direto” e isso reflete
essa questão da sociabilidade entre tutor e aluno, e a dificuldade
de interação promovida pela distância entre eles. Também há de
se destacar o fator da qualidade de como o processo é conduzido,
entrando em questão o didático-pedagógico, uma vez que a interação
interfere no processo de aprendizagem.
Assim, além dos já conhecidos problemas
trazidos da transposição dos métodos presenciais
de ensino para os virtuais, tais como falhas nos
métodos de avaliação, têm-se o agravamento
de questões como a falta de motivação e a
consequente evasão. (FIALHO et al, 2007, p. 14).
507
de frustração ou embaraço para os de esperança e admiração.
509
apassivador, onde o aquele que recebe o conhecimento não é instigado
a pensar no que lhe está sendo transmitido, apenas reproduzindo o
que foi passado.
511
Assim, parte-se da crença de que as TICs podem ofertar um
amplo leque de possibilidades diversas de aprender o que seria
vantajoso, pois poderia ativar a aprendizagem de um maior número
de pessoas, diminuindo o número de evasão e/ou retenção.
http://www.engr.ncsu.edu/learningstyles/ilsweb.html
513
Considerações finais
Referências
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515
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2001.
516
ADAPTAÇOES CURRICULARES PARA EDUCAÇÃO
INCLUSIVA: QUESTIONAR TEORIAS, REINVENTAR
PRÁTICAS
Resumo
A educação especial é um assunto em discussão e em desenvolvimento
pelos profissionais da educação, causando diversas dúvidas, principalmente,
quando se dirige à temática do currículo, das adaptações curriculares. Este
é o mais complexo dos problemas referentes à educação especial. Neste
sentido, este artigo demonstra como se concebe as adaptações curriculares,
conforme a visão da Secretaria de Educação Especial (MEC) e de alguns
teóricos renomados. Para isso, enfocam-se referenciais bibliográficos
e experiências didáticas em sala de aula inclusiva, refletindo a teoria e a
prática.
517
Há grandes falhas no modelo de ensino público brasileiro,
uma vez que existe boa parcela de alunos, digamos de baixa renda,
excluídos do verdadeiro contexto escolar, qual seja, um lócus em que
se potencializam ao máximo suas capacidades cognitivas e sociais.
Mesmo dentro das escolas, este estudante comum pode ser nulo e
o seu aprender-fazer não lhe cria condições de sonhar, de apreciar
o belo, sentir-se um membro importante no cenário histórico em que
vive. Esse quadro talvez se agrave no instante em que se pensa na
Educação Especial e Inclusiva, em que muitos sabem de seus limites
e se veem fadados “à predição de que pouco ou nada evoluirão, além
do que está previsto no quadro geral das especificações estáticas
de seus níveis de comprometimento, (...) quocientes de inteligência,
predisposições para o trabalho e de outras tantas mais.” (MANTOAN,
p. ??).
518
Tendo em vista os alunos com necessidades educacionais
especiais, nosso trabalho objetiva questionar quais os processos
pedagógicos lhes são assegurados, conforme recomendações
do Ministério da Educação (MEC) e como ainda estes mesmos
processos pedagógicos ainda não apresentam uma sustentação
firme e satisfatória no âmbito escolar devido à falta de estrutura
de toda rede pública educacional. A lei apregoa um ideal, mas na
prática a realidade é outra, mais complexa e complicada. A pesquisa
bibliográfica foi o recurso metodológico, realizado a partir de leituras
seletivas e críticas acerca do tema, juntamente com a prática docente.
As concepções aqui explicitadas se fundamentam nas perspectivas
de autores como: Glat (2003), Cerqueira e Ferreira M. A. (2000),
MEC – Secretaria de Educação Especial, Teresa Égler Mantoan, etc.
519
Também conforme o Mantoan (2003), pensar na educação de
modo a criar dois caminhos: um para educação inclusiva, outro para
educação regular, um para alunos comuns, outro para especiais,
aumenta ainda mais a exclusão, aumenta mais a distância entre
os trabalhos a serem desenvolvidos na escola em prol dos alunos.
Teremos então segregação entre as práticas educativas, em vez de
colaboração. Conforme a estudiosa, para haver a interação eficaz entre
ensino regular e especializado, é preciso uma transformação plural
no currículo (engessado pelos conteúdos) e organização escolar, nas
diretrizes e políticas educacionais, nas práticas pedagógicas, etc.
520
Dessa maneira, retomamos as idéias de Mantoan, expostas
anteriormente e as questionamos: como promover tamanha
democratização do ensino em salas de aula tão diversificadas num
contexto desolador e injusto como o nosso? Como os professores
devem se posicionar diante tais alunos público alvo da educação
especial3, sem excluí-los do currículo comum e ao mesmo tempo
oferecendo-lhes mecanismos de aprendizagem mais satisfatórios
conforme o seu nível de entendimento cognitivo? Possibilitar um
ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa para alunos comuns é
o mesmo que para alunos surdos, com déficit cognitivo? Os alunos
devem aprender todos ao mesmo tempo, da mesma maneira, sob a
voz uníssona de um professor, com os mesmos materiais?
3 Alunos considerados deficientes são os que “(...) têm impedimentos de longo prazo, de
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que em interação com diversas barreiras podem
ter restringida sua participação plena e efetiva na escola e na sociedade.” (SEE, 2008, pág. 15).
Podemos dizer que o público desta modalidade de ensino são os cegos, com baixa visão, surdos,
aqueles com déficit intelectual, deficiente físico e alunos com altas habilidades/superdotação,
hiperativos, com transtornos funcionais específicos, como: discalculia, disortografia, etc. O fato
é que as categorizações não esgotam o pensar sobre quem é o público alvo, e sim, nos faz
refletir sobre sua capacidade de modificação “(...) a fim de superar a situação de exclusão.”
(SEE, 2008, pág. 15). Com o passar do tempo, desenvolveu-se categorias para as deficiências,
como: leve, moderada, severa.
521
Adaptar o ensino, assim como outros aparatos
pedagógicos não conduzem à inclusão. Esta
inovação implica em uma mudança de paradigma
educacional, que gera uma reorganização geral
das práticas escolares: planejamentos, formação
de turmas, currículo, avaliação, gestão do
processo educativo em seu todo. (MANTOAN, p.
4, 2011).
522
Segundo Cerqueira e Ferreira (2000), “talvez em nenhuma outra
forma de educação os recursos didáticos assumam tanta importância
como na educação especial de pessoas deficientes.” (CERQUEIRA;
FERREIRA, 2000, p. 24).
523
adapta no modo possível, em que a escola e sua estrutura permitem.
É forte o desgaste físico-mental deste profissional no contexto de
sala de aula e fora dela – visto que seu trabalho com planejamentos
aumenta - e isto não tem sido alvo de discussão até então. 6 É
importante investir no contexto de aprendizagem, na orientação ao
professor, munindo-o de recursos próprios à realidade de sua classe,
já que “a vida na sala de aula é organizada e construída por seus
participantes”. (CASTANHEIRA, GREEN e DIXON, 2007, p. 12).
524
explicada para todos ao mesmo tempo, com iguais condições de
material didático. Vejamos o resultado deste mesmo exercício feito
pela aluna E.7, 16 anos, cujo diagnóstico apresenta déficit intelectual,
frequenta o Atendimento educacional no contraturno e é inclusa em
sala regular:
525
É explícita a dificuldade da menina, tanto no quesito resolução
de problemas estruturais da língua, quanto na interpretação do
enunciado. Mesmo com a explicação em sala de aula, o atendimento
individualizado em classe regular, nos exemplos explícitos, não foi
suficiente para que ela percebesse, por exemplo, a importância do
sinal travessão no discurso direto. Na questão 8 ela parece completar
o nome do programa que tinha sido mencionado, “programa da
eldiga”. Na questão 9, a aluna também não compreende o Discurso
indireto e acaba criando uma resposta para a pergunta: “-Vamos à
igreja hoje, bem?” Não houve entendimento nestas duas tarefas. Esta
não-compreensão, esta lacuna de interpretação e grande dificuldade
de resolução da questão (e de tantas outras), são devidas – além
da dificuldade da menina - também a falhas vindas desde séries
remotas, da organização pedagógico-escolar e do próprio papel
familiar no desenvolvimento global dos filhos.
526
Entre várias imagens, a aluna escolheu esta logo abaixo, com
um homem cortando uma árvore. No instante de realizar esta tarefa
em dupla, a turma estava animada e compromissada. A aluna EPAEE
também, porém quis agir individualmente, como muitas vezes o faz.
527
turma, há alunos também surdos e de baixa-visão, e o fenômeno do
bullying. E para eles? Como o ensino aprendizagem se processa sem
a adaptação? Diante de casos assim, é preciso um debate pedagógico
entre os professores, equipe multidisciplinar, família, aluno EPAEE e
até mesmo com as turmas (que muitas vezes excluem os colegas
com alguma deficiência). Conforme os diagnósticos feitos na escola,
a aluna avançou cognitivamente, é preciso dar continuidade em
seu progresso, mas com investigações / pesquisas científicas mais
eficazes e melhor interação entre professores / equipe multidisciplinar
e família.
Considerações finais
Referências
estudos referentes à leitura / à ortografia, etc, a menina se sente constrangida, talvez pela
própria dificuldade cognitiva que já sabe lhe pertencer. Muitas vezes também ela se nega ou
não consegue acompanhar a leitura de textos narrativos, um pouco extensos, do livro didático.
Como então ajudá-la, sem as adaptações curriculares?
528
BRASIL, Ministério da Educação. Diretrizes nacionais para a educação
especial na educação básica. Secretaria de Educação Especial–MEC/
SEESP, 2001.
BRASIL, Ministério da Educação. Saberes e práticas da inclusão:
Dificuldades de comunicação e sinalização deficiência visual.
Secretaria de Educação Especial–MEC/SEESP, Brasília, 2006.
BRASIL, Ministério da Educação. Projeto Escola Viva - Garantindo o
acesso e permanência de todos os alunos na escola - Alunos com
necessidades educacionais especiais, Adaptações curriculares de
grande porte Brasília: Secretaria de Educação Especial, 2000.
BRASIL, Ministério da Educação. Projeto Escola Viva - Garantindo o
acesso e permanência de todos os alunos na escola - Alunos com
necessidades educacionais especiais, Adaptações curriculares de
pequeno porte Brasília: Secretaria de Educação Especial, 2000.
BRASIL, Ministério da Educação – Secretaria de Educação Especial
(SEESP). Política nacional de educação especial na perspectiva da
educação inclusiva. Brasília: MEC, 2008.
CASTANHEIRA, Maria Lucia; GREEN, Judith e DIKSON, Carol.
Práticas de letramento em sala de aula: uma análise de ações letradas
como construção social. Revista Portuguesa de Educação. Braga, v.
20, n. 2, p.7-38, 2007.
CERQUEIRA, jonir Bechara; FERREIRA, Elise de Melo Borba. Recursos
didáticos na educação especial. Disponível em: http://deficienciavisual4.
com.sapo.pt/txt-recursos_didaticos_EE.htm#autores. Acesso em
20/09/2012
COIMBRA, Ivanê Dantas. Educação contemporânea e currículo
escolar: alguns desafios. Candombá – Revista Virtual, v. 2, n. 2, p.
67–71, jul – dez 2006. Disponível em: <revistas.unijorge.edu.br/
candomba/2006v2n2/pdfs/IvaneDantasCoimbra2006v2n2.pdf>.
Acesso em 02 de julho de 2012.
Conselho Nacional de Educação. Câmara de educação básica.
Resolução cne/ceb Nº 2, de 11 de Fevereiro de 2001. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/res2_b.pdf>. Acesso em
28 de junho de 2012.
529
GASPARINI A. et al. O professor, as condições de trabalho e os efeitos
sobre sua saúde. Revista Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 2,
p. 189-199, maio/ago 2005
GLAT, Rosana Oliveira; GOMES, Eloísa Silva. Adaptação curricular.
Disponível em: <www.cnotinfor.pt/inclusiva/entrada_pt.html>. Acesso
em 28 de junho de 2012.
530
A AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: ALGUMAS
ABORDAGENS
531
Introdução
532
de ensino aprendizagem e apreensão do conhecimento.
533
guerras. Em Roma, no entanto, o aprendizado de
valores morais e disciplinares era essencial e a
família tinha uma função muito vital nessa época.
(JÉLVES, 2008, p.16-24).
534
No Brasil Império, a educação era voltada para a formação das
elites dirigentes do país. Foram fundadas escolas superiores, porém,
o acesso era mediante realização de provas seletivas e, apenas, os
que faziam parte da Corte eram beneficiados. No entanto, outras
mudanças acontecem, Jélvez (2008, p. 69) esclarece que:
Em 1827 foi promulgada uma lei que determinava
a criação de escolas de primeiras letras em todas
as cidades e vilas, além de escolas para meninas
nas cidades mais populosas. (...) Rui Barbosa
realizou a proposta que ficou conhecida como a
reforma do ensino primário, devido ao alto índice
de analfabetos. (JÉLVEZ, 2008, p.69).
535
Já no período desenvolvimentista, a partir de 1955, com o então
presidente Juscelino Kubitschek, inicia-se um acelerado processo
de desenvolvimento na área econômica. Embora a educação fosse
uma de suas metas, não teve grandes mudanças. Entretanto, em
1961 é promulgada a primeira lei de diretrizes e bases da educação
nacional. Nessa época houve grande atuação da União Nacional
dos Estudantes com reivindicações de melhorias, atuação de Paulo
Freire, com o método de alfabetização de adultos e a discussão
acerca da coexistência da escola pública e escola privada.
536
nacional brasileira. A legislação vigente foi sancionada em no dia
20 de dezembro de 1996, mediante aprovação da Lei nº 9.394 que
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Esta lei
discute os princípios e fins da educação nacional e afirma que: “a
educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de
liberdade tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando,
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho”. Embora retome aspectos das leis anteriores, detalha as
novas finalidades e a estrutura organizacional da educação no país.
537
facilidade para planejar seus programas de estudo e avaliar o
progresso realizado e, até mesmo, porque preferem estudar a sós
a estudar em classes numerosas. Preti (2002, p.20) ressalta, ainda,
que:
a EAD oferece serviços educativos aos quais
não tiveram acesso a diversos setores ou grupos
da população, por inúmeros motivos, tais como:
localização geográfica ou situação social, falta
de oferta de determinados níveis ou cursos na
região onde moram ou ainda questões pessoais
familiares ou econômicas, que impossibilitavam
o acesso ou continuidade do processo educativo.
(PRETI, 2002, p.20).
538
No nível superior destaca-se o Programa
LOGOS que, em 13 anos de existência (1977 a
1991), atendeu a cerca de 50.000 professores,
qualificando aproximadamente 35.000 em 17
estados brasileiros. (PRETI, 2002, p.20).
540
a avaliação é uma tarefa didática essencial
para o trabalho docente. Por apresentar uma
grande complexidade de fatores, ela não pode
ser resumida a simples realização de provas e
atribuição e notas. A mensuração apenas fornece
dados quantitativos que devem ser apreciados
qualitativamente. (LIBÂNEO, 1991, p.63).
541
estabelece claramente o que vai ser avaliado;
se apresenta como corretiva, oferecendo
informações sobre os erros e suas eventuais
causas, orientando para a resposta correta
e o modo de alcançá-la; seleciona técnicas
adequadas para avaliar o que realmente se deseja
avaliar; utiliza conscientemente um conjunto
diferenciado de técnicas de avaliação, tendo
em conta as suas possibilidades e limitações de
aplicação; define a avaliação como um meio para
alcançar fins e não um fim em si mesma; encara o
erro como um elemento fundamental à produção
de conhecimento pelo ser humano. (FONSECA,
2011, p.3).
542
metodologias utilizadas, a fim de garantir ensino de qualidade a uma
parcela significativa da população.
Considerações finais
Referências Bibliográficas
ANUÁRIO BRASILEIRO ESTATÍSTICO E DE EDUCAÇÃO ABERTA E
A DISTÂNCIA (ABRAEAD). “Cursos voltados para profissionalização
por EAD crescem e motivam projetos nacionais”. In: http://www.abraead.
com.br/noticias.cod=x1.asp. Acesso em 08 de fevereiro de 2011.
BARROS NUNES. Ivônio. A História do EaD no mundo. In: LITTO,
Fredric Michael; FORMIGA, Manuel Marcos Maciel (Orgs.). Educação
a distância: o
estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.
FERREIRA, Jéssica R.; BETEMPS, P. “Educação a Distância”. In: http://
www.slideshare.net/paulo23/educao-a-distnciappt20. Acesso em 12 de
novembro de 2011.
HAYDT, R. C. Avaliação do processo ensino-aprendizagem. São Paulo:
Ática, 2002.
544
PRETI, O. Educação a Distância: uma prática educativa mediadora e
mediatizada. In: http://www.nead.ufmt.br/index.asp?pg=7. Acesso em
12 de novembro de 2011.
SANTOS, J.F.S. Avaliação no Ensino a distância. In: Revista
Iberoamericana de Educación. Disponível em: http://www.rieoei.
org/1372.htm. Acesso em 10 de novembro de 2011.
545
A PRÁTICA DA TUTORIA COMO MEDIAÇÃO E INCLUSÃO:
EXPERIÊNCIAS DO POLO UAB FRANCA/SP
Resumo
Tendo em vista a expansão dos cursos na modalidade EAD, surgiram novas
demandas e espaços de aprendizagem que se diferenciam claramente dos
cursos na modalidade presencial. O presente trabalho de pesquisa tem por
objetivo o estudo da relação entre tutor e alunos dentro de um contexto de
Educação a Distância por meio da análise de relatos de experiências dos
tutores presenciais do polo UAB Franca/SP. Nesse contexto, o papel do tutor
se reveste de grande importância, uma vez que se constitui como mediador
entre a proposta pedagógica dos cursos oferecidos, os recursos midiáticos e
os alunos. A relação entre tutor e aluno é essencial tanto para contribuir para
a permanência deste no curso, quanto para estimular o sucesso acadêmico
dos graduandos e pós-graduandos. A qualidade dessa relação, bem como
a parceria tutor e tutorado, reflete diretamente na aprendizagem e permite o
desenvolvimento da autonomia intelectual.
1 Introdução
546
para a redução das desigualdades que ainda atravancam seu
desenvolvimento. A EAD pode servir como meio de atingir populações
do interior, distante dos centros universitários, levando novas
oportunidades de formação profissional que os cursos tradicionais,
por seus custos e operacionalização, certamente não iriam conseguir
atingir em curto espaço de tempo.
547
mesmo do planeta. Criando uma situação que há pouco tempo era
inimaginável. Aliar a EAD e seus recursos a projetos de formação e
capacitação profissional representam não só uma redução de custos
como também uma agilidade que por outras vias não seria possível.
548
O Polo UAB foi criado em outubro de 2008, mediante acordo
entre a Prefeitura Municipal e o Ministério da Educação. O Polo
oferece atualmente quatro cursos de graduação (Administração
Pública, Pedagogia, Matemática e Educação Musical) e nove cursos
de especialização. Possui parcerias com seis universidades (UFSJ,
Unirio, UFF, Unesp, UFSCar e Unifal). O Polo atende a cerca de 1000
alunos dos cursos de graduação e pós-graduação. É nesse contexto
social que desenvolvemos a prática de tutoria.
549
aprendiz, orientado por sua autonomia intelectual e por seu ritmo em
sala de aula.
550
intercâmbio. Segundo NisKier o papel do tutor compreende:
• comentar os trabalhos realizados pelos
alunos;
• corrigir as avaliações dos estudantes;
• ajudá-los a compreender os materiais do
curso através de discussões e explicações;
• ajudar os alunos a planejarem seus trabalhos;
• organizar círculos de estudo;
• fornecer informações por telefone, fac-símile
e e-mail;
• supervisionar trabalhos práticos e projetos;
• atualizar informações sobre o progresso dos
estudantes;
• fornecer feedback aos coordenadores sobre
os materiais dos cursos e as dificuldades dos
estudantes;
• servir de intermediário entre a instituição e os
alunos (1999, p. 393).
551
• Atualização constante de informações e lembretes.
552
A visão que se tem do professor hoje é a de
alguém que desenvolve uma prática complexa
para a qual contribuem muitos conhecimentos
de diferentes naturezas. Ele é mais do que uma
correia de transmissão, alguém que simplesmente
serviria de ligação entre o saber constituído e os
alunos. Seu papel agora tende a ser mais exigente:
precisa se tornar capaz de criar ou adaptar boas
situações de aprendizagem, adequadas a seus
alunos reais, cujos percursos de aprendizagem
ele precisa saber reconhecer (Weisz, 2001, p.
118).
553
dos educadores tornarem-se educacionais, na
medida em que as impregna das finalidades
políticas da cidadania que interessa aos
educandos. Se, de um lado, a sociedade precisa
da ação dos educadores para a concretização
de fins, de outro, os educadores precisam do
dimensionamento político do projeto social para
que sua ação tenha real significação enquanto
mediação da humanização dos educandos
(SEVERINO, 1991, p. 66).
3 Considerações finais
Referências
GATTI, B., Formação continuada de professores: a questão psicossocial.
Cadernos de Pesquisa, n.119, 2003,15p. Disponível em: <http://scielo.
br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=SO100-15742003000200010>.
Acesso em: 12/02/2013.
Introdução
Diante da expansão da Educação a Distância (EAD) no
Brasil e no mundo, já constatada na literatura, e da ampliação de
possibilidades tecnológicas relacionadas a essa modalidade de
ensino, praticamente todas as instituições de ensino superior (IES)
vêm demonstrando interesse em desenvolver projetos nessa área,
seja na graduação, pós-graduação ou extensão.
556
especializadas para desenvolverem seus projetos, deixando os
profissionais docentes e administrativos da própria IES como meros
espectadores de todo o processo.
O cenário
558
por um conteudista contratado pela IES, por vezes da própria instituição
e por vezes um docente externo à instituição. Toda a produção era
orientada e supervisionada por uma equipe de designers instrucionais,
editores e revisores de linguagem com experiência na produção de
EAD, porém, externos ao convívio acadêmico institucional. Mesmo
sendo na IES os docentes conteudistas, eles não foram envolvidos
para a apropriação da proposta; eles apenas seguiam a orientação
para suas produções, mas não conheciam exatamente a metodologia
da proposta.
559
semestre letivo e anúncio das ações futuras da IES. A notícia não foi
bem recebida pelos docentes e assim suscitaram questionamentos
e dúvidas que levaram à percepção de que mais do que uma
capacitação, o corpo docente precisava se envolver em uma
formação (continuada) que permitisse a real inclusão da EAD na
cultura institucional.
Momento de reflexão...
• Do CEAD
560
- conhecimento?
• Da Equipe Administrativa
• Da Equipe Docente
O recomeço
561
de divulgação e inclusão de mais um aspecto na cultura institucional.
A experiência
562
e receio
• Concluintes da 1ª turma: 23
• Histórico da EAD.
563
- Módulo 5 = 40h = Docência: planejamento e tutoria na EAD
= 3 semanas
564
atuação na modalidade EAD. Da mesma forma ocorreu com a questão
da remuneração pelo trabalho realizado, compreendendo os papéis de
tutoria, docente responsável pela disciplina e conteudista.
Olá!
Após assistir aos vídeos, ler a apostila deste módulo
e as primeiras postagens dos colegas, chego à
conclusão de que estamos em um momento-chave
no que se refere ao ensino a distância. Isso ocorre
porque o tutor é peça-chave dessa engrenagem.
EAD não pode existir sem a figura de um tutor
comprometido, compreensivo, qualificado. Este
profissional deve possuir conhecimento técnico
sim (treinamento, capacitação etc.), além de
conhecimento da disciplina a ser ministrada
(óbvio). O problema é que tudo o que elenquei
acima esbarra na questão primordial que envolve
educação: reconhecimento.
566
os próprios envolvidos no curso que a iniciativa foi fundamental para
que a cultura da EAD se iniciasse e se desenvolvesse de forma
sólida e clara na IES. Observamos, inclusive, no primeiro depoimento
citado, o reconhecimento da necessidade de um esforço mútuo e
contínuo para que o processo de EAD efetivamente se solidifique
institucionalmente.
Para aqueles que atuaram como formadores nesse processo,
a satisfação com o dever cumprido e com o êxito alcançado também
fortaleceram a crença nas possibilidades dialógicas e interativas
necessárias a EAD, posto que os cursistas tiveram a capacidade de
reconhecer tais características no próprio processo de mediação do
curso.
Referências
<http://EAD.unit.br/simposioregional/htm/download.php?file=../gt01/
TUTORIA_REATIVA.pdf>. Acesso em: 15 nov. 2012.
567
São Paulo: Loyola, 2003. p. 217-230.
(Endnotes)
568
INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA:
BARREIRAS ATITUDINAIS E DE ESCOLARIZAÇÃO EM
FOCO
Resumo
Segundo dados do IBGE (2010), 23,9% da população brasileira é constituída
por pessoas com deficiência (PcDs). Apesar do aumento das matrículas das
PcDs em escolas regulares (Brasil, 2012), apenas 0,7% dessas pessoas
possuem emprego formal (RAIS, 2010). O objetivo dessa pesquisa foi fazer
levantamento da escolarização das PcDs de São João del-Rei e das escolas
da cidade que tinham alunos com deficiência. A estratégia metodológica
adotada foi a de bola de neve. Foram feitas entrevistas, aplicado
questionários e realizado grupos de discussão com as PcDs. Participaram
da pesquisa 55 PcDs com idade superior a 18 anos; e 20 escolas. Das
PcDs, 21,2% tem ensino médio completo; 13,5% tem curso superior; 64,8%
já teve reprovação escolar; e 51,9% não está estudando. A maioria das
adaptações nas escolas se circunscreve às adequações arquitetônicas.
Outras pesquisas serão necessárias para identificar os principais motivos
do alto índice de reprovação escolar entre as PcDs.
1 Discente do curso de Psicologia da universidade Federal de São Joao Del Rei (UFSJ).
Bolsista de Iniciação Científica do CNPq. E-mail: Victor.dinalli@yahoo.com.br
2 Professora do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal de São
João del-Rei (UFSJ). Coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Diversidade, Acessibilidade e
Trabalho (NACE – www.ufsj.edu.br/incluir). (nivalda@ufsj.edu.br)
3 Graduando do curso de Psicologia da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ).
(a.luiz88gmail.com)
4 Graduanda do curso de Psicologia da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ).
(jefsouto@gmail.com)
569
1. Introdução
570
para PcDs e à inclusão dessas pessoas no sistema educacional da
cidade.
Método
Resultados
572
Tabela 1 – Caracterização das instituições de ensino
Ensino Fundamental
do 1° ao 5° ano = Sim = 16%
24%
Possui Não = 84%
Grau de
Ensino Fundamental funcionário
Ensino
do 6° ao 9° ano = com deficiência
28%
Outros = 8%
574
Tabela 2 – Caracterização sociodemográfica das pessoas com
deficiência
Casado = 18,5%
Masculino = 44,4% Divorciado = 5,6%
Sexo Estado
Feminino = 55,6% Outros = 5,6%
civil
Não respondeu =
1,8%
Até 20 anos = 20,4%
De 21 a 30 anos =
29,6%
De 31 a 40 anos =
18,6% Católica = 85,2%
Não respondeu =
18,4%
575
Até 1 salário mínimo =
18,5%
Mais de 1 a 2 salários
mínimos = 37%
Amarela = 5,6%
Mais de 2 a 3 salários
Branca = 50% mínimos = 7,4%
Indígena = 3,7% Mais de 3 a 5 salários
Renda
Cor/Raça mínimos = 18,5%
Parda = 22,2% familiar
Mais de 5 a 10
Preta = 16,7%
salários mínimos =
Não respondeu = 14,8%
1,8%
Mais de 10 salários
mínimos = 1,9%
Não respondeu =
1,9%
Auditiva = 16,7%
Física = 46,3%
Congênita = 59,3%
Tipo de
Intelectual = 25,9% Deficiência
deficiência Adquirida = 40,7%
Múltipla = 1,8%
Visual = 9,3%
576
Tabela 3 – Caracterização escolar das pessoas com deficiência
Variável Observações Variável Observações
Ensino Fundamental
Incompleto = 25,8%
Ensino Fundamental
Completo = 11,1%
Ensino Superior
Completo = 9,3%
Mestrado = 3,7%
Doutorado 1,8%
A escola ou
ambiente virtual
e materiais
Sim = 64,8%
Sim = 18,5% Já teve
estão
reprovação Não = 35,2%
adaptados Não = 22,2% escolar
para receber
(atender) PcDs Não respondeu = 59,3%
Sim = 25,9%
Sim = 7,4% A escola
Estuda com possui Não = 20,4%
Não = 35,2%
outras PcDs atividades
inclusivas Não respondeu =
Não respondeu = 54,7%
53,7%
578
e de, ademais, interagirem entre si. Já nos encontros subsequentes,
os participantes mostraram-se mais a vontade para falar de si e para
interagir com os outros. O último encontro caracterizou-se por um ser
de feedback, no qual os participantes relataram suas opiniões acerca
do Grupo Focal.
Conclusões
579
processo de inclusão está muito longe de ser verdadeiramente
efetivo. Percebeu-se ta mbémque falta nas escolas adequações
que contemplem a necessidade dos diversos tipos de deficiência.
A população, de maneira geral, possui um conceito distorcido da
deficiência, da pessoa com deficiência e da inclusão – demonstram
não saber como realizar tal processo. As adaptações, geralmente,
privilegiam as pessoas com deficiência física, e mesmo assim essas
não têm todas suas necessidades atendidas. Deste modo, não se está
incluindo, mas sim inserindo a PcD, perpetuando a marginalização
e a segregação das PcDs. Tal panorama torna-se mais evidente
quando se verifica que 64,8% já tiveram reprovação escolar.
580
Referências
AFONSO, L. Oficinas em dinâmicas de grupo: um método de
intervenção psicossocial. Belo Horizonte (MG): Edições do Campo
Social, 2002.
581