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Contas

Prof: Fernando Aprato


1. Conceito
De acordo com o Prof. Antônio Lopes de Sá, a conta é o instrumento de registro que tem por
finalidade reunir fatos contábeis da mesma natureza, sendo aberta para encerrar os valores
de realização passada, presente ou futura, recebendo um título que a identifica.

Contas são elementos do patrimônio que merecem registro e controle individualizado. Cada
grupo de elementos semelhantes, integrantes do patrimônio, é considerado de forma
conjunta como uma “conta”, para possibilitar o registro e controle dos respectivos aumentos
e reduções de valores, decorrentes da ocorrência de fatos contábeis.

Assim, por conta entende-se um nome que agrega elementos patrimoniais de


características semelhantes e que, por isso, demandam controle e acompanhamento
conjunto, e em separado dos demais elementos patrimoniais.
Conta é o nome técnico que identifica cada componente do patrimônio (Bens, Direitos e
Obrigações ou Patrimônio Líquido) e cada elemento de resultado (Despesas e Receitas).

A função da conta é representar a variação patrimonial que um fato promove no


patrimônio da empresa.

É através das contas que o Patrimônio é controlado.

É através das contas que a contabilidade consegue exercer o seu papel. Todos os
acontecimentos que ocorrem diariamente na empresa (como compras, vendas,
pagamentos e recebimentos) são registrados pela contabilidade em contas próprias.

Assim, toda movimentação de dinheiro efetuada dentro da entidade é registrada em uma


conta denominada Caixa, os objetos comercializados pela entidade são registrados em uma
conta denominada Mercadorias/Estoques, e assim por diante.
Como exemplo, temos:

► o nome Veículos, para designar a conta que comporta os elementos patrimoniais que
possuem características que permitam sua classificação como veículos (automóveis de
passeio, utilitários, caminhões, motocicletas, etc.);

► o nome Estoques, para designar a conta que comporta os elementos patrimoniais que
tenham a característica de serem destinados à venda ou ao consumo no curto prazo
(mercadorias, produtos, matéria-prima, itens de almoxarifado, etc.);

► o nome Máquinas e equipamentos, para designar a conta que comporta elementos


patrimoniais que tenham por características o uso nas atividades industriais ou
administrativas como, por exemplo, computadores, prensas, serras, caldeiras, etc.;
► o nome Fornecedores, para designar a conta que indica a obrigação de pagar um valor aos
fornecedores pela aquisição (a prazo) de bens (mercadorias, matérias-primas e produtos).

► o nome Receita bruta de vendas, designando um motivo pelo qual o patrimônio


aumentou durante um determinado período de tempo – a realização de operações de venda;

► o nome Receita de aluguéis, designando também um motivo pelo qual o patrimônio


aumentou durante um determinado período de tempo – a realização de locação de imóvel
para terceiros;

► o nome Custo da mercadoria vendida, designando um motivo pelo qual o patrimônio


diminuiu durante um determinado período de tempo – a entrega a clientes de mercadorias
que estavam no patrimônio da empresa.
2. Contas sintéticas e analíticas
As contas, propriamente ditas (definidas no item anterior), são denominadas contas
analíticas. Contas analíticas são aquelas que demandam controle e acompanhamento em
separado das demais. Assim, para cada fato contábil ocorrido, serão alterados os valores
patrimoniais das respectivas contas analíticas envolvidas.

Exemplificando, quando há compra de móveis a prazo:

► a conta analítica que representa móveis (conta Móveis) tem seu valor patrimonial
aumentado, pela entrada de novos móveis no patrimônio; e
► a conta analítica que representa a obrigação de pagar pelos móveis (conta
Fornecedores) tem – também – seu valor patrimonial aumentado, pelo surgimento da
obrigação de pagar pelos móveis adquiridos a prazo.
Ora, se uma conta (propriamente dita) é uma conta analítica, o que seria uma conta
sintética? Uma conta sintética é um nome que referencia um conjunto de contas
analíticas ao mesmo tempo. Assim, o valor patrimonial de uma conta sintética é igual à
soma (algébrica) dos valores patrimoniais das contas analíticas que a compõem.

São exemplos notórios de contas sintéticas as contas denominadas:


1 – Ativo;
2 – Passivo; e
3 - Patrimônio Líquido.

A conta sintética Ativo tem um valor patrimonial equivalente à soma dos valores
patrimoniais de todas as contas analíticas que representam recursos (bens/direitos).
A conta sintética Passivo tem um valor patrimonial equivalente à soma dos valores
patrimoniais de todas as contas analíticas que representam obrigações.

Resumindo, contas sintéticas são conjuntos formados por contas analíticas e, ao contrário,
contas analíticas são elementos de conjuntos representados por contas sintéticas.

# Referência Nome Código


(1) conta sintética Ativo 1
(2) conta sintética Ativo Circulante 1.1
(3) conta sintética Caixa 1.1.1
(4) conta analítica (em relação à conta Caixa) Caixa-Porto Alegre 1.1.1.1
(4) conta analítica (em relação à conta Caixa) Caixa-Novo Hamburgo 1.1.1.2
3. Elementos essenciais das contas
Os elementos da conta são as informações que cada conta deve trazer, para bem descrever
e caracterizar o elemento patrimonial a que se refere, no sistema contábil de informações,
são eles:
1) Nome da conta;
2) Data do lançamento;
3) Histórico do lançamento;
4) Valor debitado;
5) Valor creditado;
6) Saldo devedor ou credor.

Os aumentos e reduções no valor patrimonial da conta são registrados quando da


ocorrência de fatos contábeis que ensejem tais aumentos/reduções. O registro desses
aumentos e dessas reduções (lançamento) será efetuado de acordo com a natureza de
cada conta.
4. Funcionamentos das contas
O funcionamento das contas ocorre pelo sistema de débito e crédito (método das partidas
dobradas).

Ao registrarmos um fato contábil, devemos observar dois aspectos:

► a aplicação de recursos da entidade, por convenção contábil é chama DÉBITO;

► a origem de recursos aplicados, por convenção contábil é chamada CRÉDITO.

Exemplo: Compra de uma máquina a vista.


O Débito ocorrerá na conta de Máquinas (AP) onde está sendo aplicado os recursos da
entidade.
O crédito ocorrerá na conta Caixa ou Bancos C/C (AC) de onde se originam os recursos da
entidade.
Ainda por convenção contábil, como as contas possuem dois lados (esquerdo e direito),
dependendo da natureza do saldo da conta, os aumentos de valor podem ser registrados
num lado e as reduções no outro.

► DEBITAR a conta significa lançar os valores no lado esquerdo do razonete.

► CREDITAR a conta significa lançar os valores no lado direito do razonete.


Conceito de Débito e Crédito no Ativo e nas Despesas

Por representarem os investimentos da entidade (bens e direitos) e seus gastos (despesas),


estas contas têm obrigatoriamente natureza devedora, apresentando sempre saldos
devedores ou nulos (exceto as contas retificadoras).

CONTAS DE ATIVO OU DESPESA


Débitos ( D ) Créditos ( C )
AUMENTOS REDUÇÕES
Conceito de Débito e Crédito no Passivo, Patrimônio Líquido e nas Receitas

Por representarem as fontes de recursos da entidade, que podem ser provenientes de


terceiros (passivo) ou de suas próprias atividades (receitas), estas contas têm
obrigatoriamente natureza credora, apresentando sempre saldos credores ou nulos (exceto
as contas retificadoras) e, assim, os aumentos de valor virão através de créditos e as
diminuições por débitos.

CONTAS DE PASSIVO, PATRIMÔNIO LÍQUIDO E RECEITA


Débitos ( D ) Créditos ( C )
REDUÇÕES AUMENTOS
Conceito de Débito e Crédito nas Contas Retificadoras

Essas contas, por representarem retificações (reduções) de seus grupos, funcionam de


forma inversa ao funcionamento das contas dos grupos a que pertencem. Assim, as contas
retificadoras de ativo são de natureza credora, aumentando-se o seu saldo mediante
crédito e as de passivo e patrimônio líquido aumentando seu saldo mediante débito.

CONTAS RETIFICADORAS
ATIVO PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Créditos ( C ) Débitos ( D ) Débitos( D ) Créditos ( C )
AUMENTOS REDUÇÕES AUMENTOS REDUÇÕES
Exemplos de contas retificadoras do ATIVO:
1) Perda Estimada p/Redução ao Valor Realizável Líquido;
2) Perda Estimada em Créditos de Liquidação Duvidosa;
3) Perda Estimada p/Redução ao Valor Recuperável;
4) Depreciação Acumulada;
5) Amortização Acumulada;
6) Exaustão Acumulada.

Exemplos de contas retificadoras do PASSIVO:


1) Juros a Vencer, a Transcorrer, A apropriar ou a Amortizar.;
Exemplos de contas retificadoras do PATRIMÔNIO LÍQUIDO:
1) Capital a Realizar ou a Integralizar;
2) Gastos na Emissão de Ações;
3) Prejuízos Acumulados;
4) Ações em Tesouraria;
5) Ajustes de Avaliação Patrimonial (quando devedor);
6) Ajustes Acumulados de Conversão (quando devedor).
CONTAS RETIFICADORAS
ATIVO PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Créditos ( C ) Débitos ( D ) Débitos( D ) Créditos ( C )
AUMENTOS REDUÇÕES AUMENTOS REDUÇÕES
Contas NATUREZA/SALDO PARA AUMENTAR PARA REDUZIR
ATIVO DEVEDOR DEBITAR CREDITAR
PASSIVO CREDOR CREDITAR DEBITAR
PATRIMÔNIO
CREDOR CREDITAR DEBITAR
LÍQUIDO
DESPESAS DEVEDOR DEBITAR CREDITAR
RECEITAS CREDOR CREDITAR DEBITAR
RETIFICADORA
CREDOR CREDITAR DEBITAR
DE ATIVO
RETIFICADORA
DEVEDOR DEBITAR CREDITAR
DE PASSIVO e PL
5. Teoria das contas
5.1. Teoria personalista
Esta teoria atribuía às pessoas a responsabilidade para cada conta, de forma que o
responsável pelo caixa devia à empresa o equivalente ao valor registrado nessa conta. Os
terceiros de quem a empresa tinha valores a receber eram os devedores e, por fim, os
terceiros a quem a entidade devia, eram os seus credores. Por esta teoria, as contas
representavam as pessoas que eram responsáveis por determinados bens e/ou direitos, ou
as que detinham o direito a crédito perante a entidade.

Essa teoria classificava as contas em três grandes grupos:

1) Contas dos Agentes Consignatários: essas contas representavam os bens da empresa.


Existiam pessoas que recebiam em consignação os bens da entidade, sobre os quais eram
os responsáveis e, portanto, os devedores.
2) Contas dos Agentes Correspondentes: representavam os direitos e obrigações da
entidade com terceiras pessoas, ou seja, os correspondentes eram os devedores e credores
da empresa. As contas dos agentes correspondentes – que correspondem aos direitos e
obrigações – se subdividem em contas dos agentes correspondentes a débito (Direitos –
Ativo) e em contas dos agentes correspondentes a crédito (Obrigações – Passivo).

► As contas dos agentes correspondentes a débito são as que referenciam todos os


direitos – ATIVO – da empresa/azienda. Os agentes correspondentes a débito são aqueles
que contrataram com a empresa e, no âmbito desse contrato, deram a ela algum direito.
Assim, entende-se que os direitos da empresa/azienda são devidos por agentes que se
correspondam com a empresa através desses direitos.
► As contas dos agentes correspondentes a crédito são as que referenciam todas as
obrigações – PASSIVO – da empresa/azienda. Os agentes correspondentes a crédito são
aqueles que contrataram com a empresa e, no âmbito desse contrato, a sujeitaram a
alguma obrigação. Assim, metaforicamente, entende-se que as obrigações da
empresa/azienda são créditos da titularidade de agentes que se correspondam com a
empresa através dessas obrigações.
3) Contas dos Proprietários: eram as contas do Patrimônio Líquido e suas variações,
inclusive as receitas e as despesas, por interferirem diretamente no patrimônio líquido. As
contas dos proprietários são as que referenciam a diferença entre os recursos
(bens/direitos) e as obrigações – PATRIMÔNIO LÍQUIDO – da empresa/azienda, bem como
seus respectivos aumentos e reduções (aumentos do patrimônio líquido representam
RECEITAS e reduções do patrimônio líquido representam DESPESAS). O valor da diferença
entre recursos (bens/direitos) e obrigações corresponde ao valor que sobra para os
proprietários – a ser a eles entregue ao final da existência da empresa/azienda. Assim, os
proprietários podem ser vistos como “credores” da empresa no valor dessa diferença (entre
recursos e obrigações).
5.2. Teoria materialista
Na Teoria Materialista as contas e a entidade mantêm uma relação material, e não pessoal,
ou seja, só deveriam existir enquanto houvesse também os elementos materiais por ela
representados na entidade. As contas por essa teoria, eram classificadas em:

Contas Integrais: eram aquelas representativas de bens, direitos e obrigações (com


terceiros), ou seja, ativo e passivo exigível. As contas integrais, também chamadas de
elementares são as que representam valores patrimoniais – recursos (bens/direitos) e
obrigações. Em outras palavras, as contas integrais referem-se apenas a ativos ou passivos,
excluídos os itens que compõem a situação líquida do patrimônio ou suas variações
(Patrimônio Líquido, receitas e despesas).
Contas Diferenciais: eram as representativas de receitas, despesas e patrimônio líquido. As
contas diferenciais, também chamadas derivadas, são as que evidenciam a diferença entre
recursos (Bens/Direitos) e Obrigações, ou seja, evidenciam a situação líquida do patrimônio
(o Patrimônio Líquido), bem como suas variações (receitas e despesas).
5.3. Teoria patrimonialista
A escola patrimonialista distingue os elementos que compõem o patrimônio (estática
patrimonial) dos elementos que o modificam (dinâmica patrimonial). Com base nesta
teoria, surgiu uma importante classificação das contas, pela qual estas são divididas em
patrimoniais (representativas do aspecto estático) e de resultado (as quais demonstram a
dinâmica patrimonial).

Esta teoria reflete o pensamento contábil mais moderno quanto à classificação das contas,
que se reflete nos principais demonstrativos contábeis exigidos pela Lei das S/A (Lei n°
6.404, de 1976 – e alterações posteriores), quais sejam: (1) o Balanço Patrimonial e (2) a
Demonstração do Resultado do Exercício.
Contas de Resultado: compreendem as Receitas e as Despesas, que devem ser encerradas
quando da apuração do resultado do exercício. Este resultado, lucro ou prejuízo, será
incorporado ao patrimônio da entidade através das contas do patrimônio líquido ou se
prejuízo destacado na conta de “Prejuízos Acumulados”.
6. Classificação das contas
6.1. Quanto aos elementos que registram
A função das contas é representar os elementos patrimoniais (bens, direitos, obrigações e
o patrimônio líquido) e o resultado (receitas e despesas).
Classificamos as contas quanto aos elementos em: patrimoniais e de resultado.

Contas Patrimoniais são aquelas que ficam constantemente representadas no patrimônio.


Um exemplo de conta Patrimonial é a conta caixa. Caixa é um elemento do patrimônio que
registra o numerário disponível.
As contas patrimoniais (BP) representam a situação estática, de dado momento, do
patrimônio da entidade e podem ser de Ativo, Passivo e de Patrimônio Líquido.
No Ativo, encontram-se, por exemplo, as contas: caixa, mercadorias, veículos, imóveis,
aplicações financeiras, etc.

No Passivo, são encontradas as contas: fornecedores, contas a pagar, empréstimos


bancários, salários a pagar, etc.

No Patrimônio Líquido, entre outras, estão as contas Capital e Prejuízos Acumulados.

Contas de Resultado são aquelas que não representam elementos constantes) que, em
última análise, se incorporarão ao Patrimônio Líquido. do patrimônio, mas somente os
motivos das alterações do patrimônio como um todo e os respectivos valores (em um
determinado período de tempo) que, em última análise, se incorporarão ao Patrimônio
Líquido.
As contas de resultado representam a situação dinâmica da entidade.

As Contas de resultado são as receitas e despesas que, respectivamente, aumentam e


diminuem o Patrimônio Líquido. Estas contas são transitórias, pois ao final de um dado
período (denominado exercício) seu saldo é incorporado ao Patrimônio Líquido.

Ao final de cada período de apuração (exercício), devem ser relacionadas as contas de


resultado e apresentado seu comportamento durante o referido período. Esta
apresentação consiste em uma demonstração financeira denominada “Demonstração do
Resultado do Exercício”.
É fácil compreender que toda Receita aumenta o Lucro, ou seja, quanto maior a Receita,
maior o lucro. Sendo o Lucro uma conta do Patrimônio Líquido, podemos concluir ainda
que, quanto maior a Receita, maior será o Patrimônio Líquido. Ora, as regras de
contabilização definem que o Patrimônio Líquido deve ser creditado pelos aumentos e
debitado pelas diminuições. Portanto, se toda receita aumenta o Patrimônio Líquido, toda
receita deverá ser creditada (primeira regra).

Inversamente à Receita, toda Despesa ou Custo reduz o lucro, e consequentemente o


Patrimônio Líquido. Se toda despesa ou custo reduz o Patrimônio Líquido, ambas devem ser
debitadas.

Na figura abaixo podemos verificar o impacto no Patrimônio Líquido do mecanismo de


débito e crédito nas contas de Receitas e Despesas.
CONTAS DE RECEITAS CONTAS DE CUSTOS e DESPESAS

CRÉDITO Aumenta PL DÉBITO Diminui PL

DÉBITO Diminui PL CRÉDITO Aumenta PL


CONTAS NATUREZA DAS CONTAS

ATIVO
Nome DEVEDORAS
Elemento Qualitativo DESPESAS
Capital Social
APLICAÇÕES

PASSIVO e PL
Elemento Saldo
CREDORAS RECEITAS
Quantitativo R$ 10.000,00
ORIGENS
CONTAS PATRIMONIAIS CONTAS DE RESULTADO

Registram BENS, DIREITOS e Registram RECEITAS, CUSTOS


OBRIGAÇÕES e DESPESAS

São base para apuração do


Balanço Patrimonial
RESULTADO na DRE: Lucro ou Prejuízo
Contas de compensação

Contas de compensação constituem sistema próprio para controle e registro dos fatos
relevantes que resultam em assunção de direitos e obrigações da entidade cujos efeitos
materializar-se-ão no futuro e que possam se traduzir em modificações no patrimônio da
entidade.

Exceto quando de uso mandatório por ato de órgão regulador, a escrituração das contas de
compensação não é obrigatória. Nos casos em que não forem utilizadas, a entidade deve
assegurar-se que possui outros mecanismos que permitam acumular as informações que de
outra maneira estariam controladas nas contas de compensação.
6.2. Quanto ao funcionamento do mecanismo
Débito e Crédito
Quanto a sua funcionalidade, as contas se dividem em:

Contas Unilaterais: são aquelas que sofrem variações somente em um sentido (registro a
débito ou registro a crédito).

Exemplo: as contas de receitas serão via de regra creditadas e as de despesas debitadas.

Contas Bilaterais: São aquelas que sofrem variações nos dois sentidos, aceitando tanto
registro de débito quanto de crédito.

Exemplo: Caixa, Banco Conta Movimento, Duplicatas a receber, etc. Elas podem apresentar
tanto saldo devedor quanto saldo credor. Quando apresenta saldo devedor, é chamada de
Conta bilateral ativa e quando apresenta saldo credor, é chamada de Conta bilateral
passiva.
6.3. Quanto a estabilidade de seu saldo
Quanto a sua estabilidade, as contas se dividem em:

Contas estáveis devedoras: são as que apresentam sempre saldo devedor. Exemplos: Caixa,
Bancos, Duplicatas a Receber, Estoques, Despesas, etc.

Contas estáveis credoras: são as que apresentam sempre saldo credor. Exemplos:
Fornecedores, Tributos a Recolher, Salários a Pagar, Receitas, etc.

Constas instáveis: são aquelas que podem apresentar, ora saldo devedor, ora credor.
Exemplos: Ajuste de Avaliação Patrimonial

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