MATERIA: APOCALIPSE

PROFESSOR: JOÃO ANTÔNIO

ALUNO: WALLEFF FARIAS REIS

ATIVIDADE

Interpretação historicista de Ap 13, com especial atenção a ferida de morte (v.3)

e ao período (v.5). Siga o seguinte roteiro: intertextualidade (Ap 13 e Dn 7)
análise da estrutura literária, Análise do texto e referências de EGWhite.

Interpretação Historicista
A interpretação historicista de apocalipse 13 segue as seguintes
conclusões, a besta que emerge do mar é um poder que se levanta do mar, ou
seja, de um lugar com muitas águas que significa lugar povoado, esse poder se
levanta de uma nação. As imagens usadas no texto com referência ao leão urso
e leopardo, levam ao comparativo com os animais também mencionados no livro
de Daniel no capítulo 7. Ali em Daniel 7 mostra uma sequência lógica de reinos,
Babilônia, Medo-pérsia e Grécia e podemos dizer que este poder não faz parte
destas nações que reinaram no passado, mas pode trazer características. O
reino posterior a estes mencionados é Roma Papal. Este poder recebe também
sua autoridade do próprio Dragão, ou seja, é um poder que recebe a autoridade
do próprio Satanás como assim entendido pela interpretação historicista.
O verso 3 apresenta este poder sendo golpeado e ferido. Seguindo a
interpretação, através da história se entende que este poder se refere ao domínio
Papal que por sua vez foi ferido em 1798 com a prisão do Papa Pio VI.
Moore (2013, p.28) afirma que “A ferida mortal que foi infringida à besta
do mar é a incapacidade da Igreja Católica, nestes últimos duzentos anos, de
impor seus princípios e sua filosofia de governo aos Estados laicos, tanto às
ditaduras quanto às democracias”.
O mesmo poder tem buscado se restabelecer desde então e terá sua
ferida restaurada quando novamente o Papa e todo o sistema religioso
reconquistar sua autoridade plenamente. Isto teve sua volta ao início da cura da
ferida com o Tratado de Latrão que ocorreu em 11 de fevereiro de 1929 entre o
Vaticano e o estado italiano. Dentre outras coisas importantes, esse tratado
estabeleceu o catolicismo como a religião do estado e estabeleceu o vaticano
como um estado independente, tornando o papa como soberano mais uma vez.
 O verso 5 descreve as obras deste poder e o período em que ele oprimiria
os Santos filhos de Deus 42 meses que equivalem na interpretação historicista
a 1260 anos, sendo cada dia equivalente a 1 ano. Os 1260 anos começaram em
538 D.C e finalizaram em 1798 D.C com a abertura da ferida mortal ao poder
Papal. este período é o mesmo mencionado em Daniel 7:25, um tempo dois
tempos e metade de um tempo que a jogaria a verdade por terra.

Intertextualidade com Daniel 7

O apocalipse faz varias referências ao antigo testamento, este é o caso de
apocalipse 13 com Daniel 7, a linguagem de ambos os capítulos nos levam a
entender que existe uma intertextualidade entre eles, ao ler Apocalipse 13:2 e
Daniel 7:3-7 é possível identificar que João usou os mesmos símbolos descritos
por Daniel.
Os dois capítulos mostram características deste poder, em Daniel chamado de
chifre pequeno e em apocalipse de besta do mar. Em apocalipse 13 e Daniel 7
é possível perceber que as obras de ambos são praticamente idênticas
mostrando a relação de ambos os capítulos.

Estrutura Literária
A estrutura do livro de apocalipse usa símbolos, repetição de temas e quiasmos.
A estrutura do capítulo 13 aponta para uma interpretação que foge do futurismo
e preterismo.

Espírito de Profecia
Ellen White fala do período de tempo do v.5
Os períodos aqui mencionados — “quarenta e dois meses” e “mil, duzentos e
sessenta dias” — são o mesmo, representando igualmente o tempo em que a
igreja de Cristo deveria sofrer opressão de Roma. Os 1.260 anos da supremacia
papal começaram em 538 de nossa era e terminariam, portanto, em 1798. Nessa
ocasião um exército francês entrou em Roma e tomou prisioneiro o papa, que
morreu no exílio. Posto que logo depois fosse eleito novo papa, a hierarquia
papal nunca pôde desde então exercer o poder que antes possuíra (O Grande
Conflito, p. 266).
Ellen White falando dos 1260 dias
“Foi-lhe dada autoridade para agir quarenta e dois meses” — os três anos e
meio, ou 1.260 dias de Daniel 7 durante os quais o poder papal deveria oprimir
o povo de Deus. Esse período, conforme declarado em capítulos anteriores,
começou com a supremacia papal em 538, e terminou em 1798. Nesta
oportunidade o poder papal receberia a “chaga mortal”, e cumpriu-se a predição:
“Se alguém leva para cativeiro, para cativeiro vai.”
Ellen White Identifica quem é a Besta semelhante a Leopardo.
Em Apocalipse 13 aparece outra besta, “semelhante a leopardo”, à qual o
dragão deu “o seu poder, o seu trono e grande autoridade”. Este símbolo, como
a maioria dos protestantes têm crido, representa o papado, que se sucedeu no
poder e trono e autoridade uma vez mantidos pelo Império Romano. A respeito
da besta semelhante a leopardo é declarado: “Foi-lhe dada uma boca que
proferia arrogâncias e blasfêmias [...] e abriu a sua boca em blasfêmias contra
Deus, para Lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam
no Céu. Foi-lhe dado também que pelejasse contra os santos e os vencesse.
Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação”. Apocalipse
13:2, 5-7. Esta profecia, que é quase idêntica à descrição da ponta pequena
de Daniel 7, refere-se inquestionavelmente ao papado.
MOORE, Marvin. Apocalipse 13: leis dominicais, boicotes econômicos, decretos
de morte, perseguição religiosa. isso poderia acontecer? Tradução de
Rosangela Lira. 1. ed. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2013.

WHITE, Ellen. O grande conflito: acontecimentos que mudarão o seu futuro.

Tradução de Hélio L. Grellmann. 1.ed. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2011.