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FACULDADE OSWALDO CRUZ

CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL

ISABELLA PALUMBO GELME


LARA ARRUDA FERREIRA
LETICIA LOPES MARTINS
MARIANA NAKHOUL

PROTEÇÃO SOLAR: PROPOSTAS DE FORMULAÇÕES DE


FOTOPROTETORES QUE ABSORVEM RADIAÇÕES UVA, UVB E LUZ
VISÍVEL

São Paulo
2018
ISABELLA PALUMBO GELME
LARA ARRUDA FERREIRA
LETICIA LOPES MARTINS
MARIANA NAKHOUL

PROTEÇÃO SOLAR: PROPOSTAS DE FORMULAÇÕES DE FOTOPROTETORES QUE


ABSORVEM RADIAÇÕES UVA, UVB E LUZ VISÍVEL

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado à


Faculdade Oswaldo Cruz como parte dos requisitos
para a obtenção do título de Tecnólogo em Química
Industrial.

Orientadora: Professora Mestre Catherine Tolomei Fabbron Appas

São Paulo
2018
AGRADECIMENTOS

As nossas famílias e amigos pelo incentivo e apoio em todos os momentos.


A Juliana Flor por sua ajuda e paciência.
A nossa orientadora Catherine Tolomei Fabbron Appas pela confiança, suporte e apoio.
E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da nossa formação.
RESUMO

O presente trabalho traz considerações a respeito da Proteção Solar com a formulação de um fotoprotetor
que atue tanto na região do UV quanto na região da luz visível. Faz-se importante formular um protetor
solar que absorva o comprimento de onda da luz visível, pois, o contato com esta luz e os efeitos adversos
causados tem ficado mais frequentes a cada dia. A pesquisa se justifica considerando que a proteção solar
contra a luz visível apresenta poucas informações e é pouco explorado em literatura, em sites e até mesmo
em produtos. A problemática do trabalho ancorou-se em responder em que medida o referencial teórico
pode oferecer suporte ao tema; em como os conhecimentos dos comprimentos de ondas, tipos de filtros e
seus componentes atuam na formulação destes fotoprotetores; de que maneira o desenvolvimento do
produto ocorre; e em que circunstâncias se pode definir a eficácia do produto desenvolvido. A metodologia
é de abordagem qualitativa, os procedimentos de coleta de dados se dão em laboratórios de desenvolvimento
e literatura específica.

Palavras-chave: Proteção solar. Fotoprotetor. Luz visível.


ABSTRACT

This academic work presents considerations about the Sun Protection with the formulation of a sunscreen
that acts both in the UV region and in the region of visible light. It is important to formulate a sunscreen
that absorbs the wavelength of visible light, because the contact with this light and adverse effects have been
more frequent among the people these days. The research is justified considering that the sun protection
against visible light presents little information and is little explored in literature, in websites and even in
products. The academic work was anchored in answering what extent the theory supports the theme; in how
the knowledge of wavelengths, types of filters and their components acts in the formulations of this
sunscreens; how the product development occurs; and under what circumstances the efficacy of the product
can be defined. The methodology is qualitative approach, the data collection procedures are given in
development laboratories and specific literature.

Keywords: Sun protection. Sunscreen. Visible light.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Tabela do Mercado Global de Cuidados com o Sol, 2017–2021 (valor de varejo, US$
milhões). ........................................................................................................................................ 21
Figura 2: Tabela dos Principais Mercados Globais de Cuidados com o Sol, 2017–2021 (valor de
varejo, US$ milhões). .................................................................................................................... 21
Figura 3: Radiação Não-Ionizante. ................................................................................................ 23
Figura 4: Espectro da Radiação Ultravioleta. ................................................................................ 25
Figura 5: Níveis de Penetração da R-UV na Pele. ......................................................................... 25
Figura 6: Tabela das Cores da Luz Absorvida e Cores Complementares. .................................... 27
Figura 7: Pirâmide da Representação da Estrutura Básica de um Protetor Solar. ......................... 30
Figura 8: Tabela dos Valores de Espalhabilidade de Alguns Emolientes. .................................... 34
Figura 9: Tabela das Possíveis Misturas na Natureza. .................................................................. 39
Figura 10: Representação de Emulsão O/A e A/O. ....................................................................... 39
Figura 11: Tabela de Exemplos de Emulsionantes Para Emulsões Com Proteção Solar. ............. 40
Figura 12: Escala de Notas. ........................................................................................................... 45
Figura 13: Tabela da Classificação dos Fototipos pela Escala Fitzpatrick.................................... 53
Figura 14: Determinação do FPS in vivo com Simulador Solar. .................................................. 53
Figura 15: Tabela de Comparação das Metodologias FDA x Colipa. ........................................... 54
Figura 16: Desempenho do Tinosorb® A2B. ................................................................................ 60
Figura 17: Molécula do Tinosorb® A2B. ..................................................................................... 60
Figura 18: Molécula do Tinosorb® M. ......................................................................................... 61
Figura 19: Características orgânicas e inorgânicas do Tinosorb® M. .......................................... 61
Figura 20: Gráfico da Ação do Tinosorb® M e Tinosorb® A2B na região da luz visível. .......... 62
Figura 21: Valor de FPS Calculado para Protetor Solar Facial FPS 50 - Stick............................. 63
Figura 22: Valor de FPS Calculado para Protetor Solar FPS 60 - Fluido. .................................... 63
Figura 23: Parâmetros de UVA Calculados para Protetor Solar Facial FPS 50 - Stick. ............... 64
Figura 24: Parâmetros de UVA Calculados para Protetor Solar FPS 60 - Fluido. ........................ 64
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

A - Absorbância do Produto no Comprimento de Onda Definido


a – Área
a.C. – Antes de Cristo
A/O – Emulsão Água em Óleo
A/O/A – Emulsão Água e Óleo em Água
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Nacional
AZ/NZS – Australia Standard/Standard New Zealand
cm – Centímetros
COLIPA – European Cosmetics Association (Colipa Sun Protection Factor Test Method)
DNA – Ácido Desoxirribonucleico
EC – Emenda Constitucional
EU – União Europeia
EUA – Estados Unidos da América
F – Frequência
FDA – Food and Drug Administration (Department Of Health And Human Services)
FPS – Fator de Proteção Solar
H+ - Íon Hidrogênio
HLB – Balanço Hidrofílico/Lipofílico
HOMO – Highest Occupied Molecular Orbital
INCA – Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva
IPD - Immediate Pigment Darkening
IV – Radiação Infravermelha
IV-A – Infravermelho A
IV-B – Infravermelho B
IV-C – Infravermelho C
LUMO – Lowest Unoccupied Molecular Orbital
M – Peso Molecular Total do Emulsionante
MED – Minimal Erythema Dose
mg – Miligramas
Mh – Peso Molecular da Parte Hidrofílica
min – Minutos
nm – Nanômetros
O/A – Emulsão Óleo em Água
O/A/O – Emulsão Óleo e Água em Óleo
OPP – One Page Product
PEG – Polietilenoglicol
pH – Potencial Hidrogeniônico
PPD - Persistent Pigment Darkening
PVP – Polivinilpirrolidona
RDC – Resolução da Diretoria Colegiada
rpm – Rotações Por Minuto
SIM – Sistema de Informações de Mortalidade
TiO2 – Dióxido de Titânio
UV – Ultravioleta
UVA – Ultravioleta A (Ultraviolet Aging)
UVB – Ultravioleta B (Ultraviolet Burning)
UVC – Ultravioleta C (Ultraviolet Cancer)
V – Velocidade de Propagação de Onda (m/s)
Y – Comprimento de Onda (m)
Zn2+ - Íon Zinco
ZnO – Óxido de Zinco
λ – Comprimento de Onda
λc – Comprimento de Onda Crítico
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 12
2 REVISÃO LITERÁRIA ...................................................................................................... 14
2.1 HISTÓRIA DOS COSMÉTICOS .................................................................................. 14
2.1.1 Idade média ............................................................................................................ 15
2.1.2 Idade moderna ....................................................................................................... 16
2.1.3 Idade contemporânea ............................................................................................ 17
2.1.4 Século XX ............................................................................................................... 18
2.1.5 Século XXI .............................................................................................................. 18
2.2 ORIGEM DO FILTRO SOLAR ..................................................................................... 19
2.3 ESCOLHA DO FILTRO SOLAR .................................................................................. 20
2.4 MERCADO DO FILTRO SOLAR................................................................................. 21
3 RADIAÇÕES ........................................................................................................................ 23
3.1 RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA .................................................................................... 23
3.1.1 Radiação UVA ....................................................................................................... 25
3.1.2 Radiação UVB ........................................................................................................ 26
3.1.3 Radiação UVC ....................................................................................................... 26
3.2 LUZ VISÍVEL ................................................................................................................ 26
3.3 INFRAVERMELHO ...................................................................................................... 28
4 ESTRUTURA DE FORMULAÇÃO .................................................................................. 30
4.1 VEÍCULOS ..................................................................................................................... 31
4.2 ESPESSANTES .............................................................................................................. 32
4.3 EMOLIENTES ............................................................................................................... 33
4.4 FILTROS SOLARES ..................................................................................................... 35
4.4.1 Filtros orgânicos .................................................................................................... 36
4.4.2 Filtros inorgânicos ................................................................................................. 37
4.5 EMULSIONANTES ....................................................................................................... 38
4.6 FORMADORES DE FILME .......................................................................................... 40
4.7 AGENTES SENSORIAIS .............................................................................................. 41
4.8 ATIVOS .......................................................................................................................... 42
4.9 CONSERVANTES ......................................................................................................... 42
4.10 FRAGRÂNCIA .............................................................................................................. 43
4.11 AJUSTE DE PH.............................................................................................................. 45
5 DESENVOLVIMENTO DE FORMULAÇÕES ............................................................... 47
5.1 PRODUTOS ................................................................................................................... 47
5.2 ROTULAGEM ............................................................................................................... 50
5.3 TESTES .......................................................................................................................... 51
5.3.1 Determinação do FPS ............................................................................................ 52
5.3.2 FPS “in vivo” – Seco .............................................................................................. 52
5.3.3 FPS “in vivo” – Resistente à Água e ao Suor ...................................................... 55
5.3.4 FPS “in vitro” ........................................................................................................ 55
5.3.5 Determinação de Fator de Proteção UVA ........................................................... 56
5.3.6 Teste de Estabilidade ............................................................................................. 58
5.3.7 Teste dos Filtros ..................................................................................................... 59
5.3.8 Testes dos Protetores Solares................................................................................ 62
5.3.8.1 Determinação do FPS in vivo ............................................................................... 63
5.3.8.2 Parâmetros de UVA por País e Bloco Econômico............................................... 63
5.4 MERCADO DE PROTETORES QUE ABORVEM LUZ VISÍVEL ............................ 64
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 66
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 68
ANEXO A – LISTA DE FILTROS ULTRAVIOLETAS PERMITIDOS PARA
PRODUTOS DE HIGIENE PESSOAL, COSMÉTICOS E PERFUMES ............................. 79
12

1 INTRODUÇÃO

Por ser o maior órgão do corpo humano, estar visível aos olhos e ser mais suscetível aos
efeitos externos, a pele é importante para as pessoas em termos de bem-estar e aparência. Para um
bom cuidado da pele quando exposta ao Sol, é necessário que se faça a utilização de produtos
cosméticos para proteção e prevenção (MOREIRA, 2014).

O Sol é essencial para a saúde e desempenho do corpo pois realiza a síntese da vitamina D
que contribui para a formação dos ossos e evita o raquitismo. Porém alguns pontos negativos
podem também ser destacados, como o câncer de pele, melasmas, queimaduras, foto
envelhecimento, entre outros (FLOR et al., 2007, p. 153).

Atualmente, a exposição a lâmpadas fluorescentes, televisão, computadores, smartphones


e tablets que emitem luz visível aumentaram significativamente. A luz visível pode ser relacionada
diretamente aos fenômenos oxidativos, sendo a principal causadora de radicais livres, promovendo
a elastose, e as alterações pigmentares comuns na pele (SCHALKA et al., 2012, p. 46).

A importância de formular um fotoprotetor, mais comumente chamado de protetor solar,


que proteja contra o comprimento de onda da luz visível, se dá pelo fato de que o contato com esta
luz e os efeitos adversos que são causados tenham ficado mais frequentes entre as pessoas a cada
dia (OLIVEIRA, 2017).

Entretanto, os filtros solares desenvolvidos oferecem proteção contra as radiações UVB e


UVA. Existem dois tipos de filtros disponíveis no mercado, os filtros orgânicos e os inorgânicos.
Os filtros orgânicos disponibilizam proteção bem limitada a luz visível. Já os filtros inorgânicos,
por serem partículas refletivas, podem oferecer proteção a luz visível dependendo
preferencialmente do tamanho da partícula. Assim, pode-se observar que as partículas de grande
tamanho e, visíveis podem disponibilizar boa proteção na faixa da luz visível (SCHALKA et al.,
2012, p. 46).

Pesquisa feita pela Mintel sobre Bronzeadores e Protetores Solares no Brasil, lançada em
março de 2018, mostrou que 28% dos brasileiros estão interessados em protetores solares que
protegem a pele também contra a luz visível. (MARTINS, 2018)
13

O Brasil se estabelece como o terceiro maior mercado do mundo de protetores solares,


valendo US$ 536 milhões, perdendo somente para os EUA (US$ 1,50 bilhão) e China (US$ 1,25
bilhão) pois com o clima quente na maioria dos estados brasileiros há uma busca maior por um
aspecto bronzeado. (MARTINS, 2018)

Este trabalho se justifica considerando que a proteção solar contra a luz visível apresenta
poucas informações e é pouco explorado na literatura, em sites e até mesmo em produtos
(HOFMEISTER; LISBOA, 2018).

O objetivo geral deste trabalho consiste em desenvolver formulações de protetor solar que
atue também na área da luz visível.

Os objetivos específicos são explorar o referencial teórico; aprofundar os conhecimentos


com abordagem nos diferentes comprimentos de ondas, tipos de filtros e principais componentes
dos fotoprotetores; desenvolver uma formulação de um produto e seus testes; e definir a eficácia
do protetor solar desenvolvido.

A problemática do trabalho sobre o desenvolvimento de protetores solares contra a luz


visível está ancorada nas seguintes perguntas:

1) Em que medida o referencial teórico pode oferecer suporte ao tema?


2) Como os conhecimentos nos comprimentos de ondas, tipos de filtros e seus componentes
atuam na formulação destes fotoprotetores?
3) De que maneira a realização dos produtos ocorrem?
4) Em que circunstâncias pode-se definir a eficácia dos produtos desenvolvidos?
A metodologia do trabalho é de abordagem qualitativa, os procedimentos de coleta de dados
se dão em laboratórios de desenvolvimento e literatura específica. A hipótese sustentada aponta
para a eficiência do produto tendo em vista a inovação.
14

2 REVISÃO LITERÁRIA

Em um mundo onde a preocupação das pessoas se dá muito mais na aparência física, a vida
sem cosméticos não é uma opção para a maioria. Shampoos, condicionadores, hidratantes,
maquiagens, protetores solares e cosméticos em geral fazem parte da gama extensa de produtos
deste ramo, que muitos não sabem, mas sem a química isso não seria possível. A fabricação e os
possíveis efeitos de cada um dos produtos cosméticos são resultados de reações químicas
previamente estudadas.

Segundo o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, a palavra “cosmético” tem como


significado ingredientes com o que se procura conservar ou restabelecer a beleza da pele ou dos
cabelos.

Segundo ANVISA, RDC nº 07, de 10 de fevereiro de 2015, define-se que cosméticos são
preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes
do corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e
membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los,
perfumá-los, alterar sua aparência e/ou corrigir odores corporais e/ou protegê-los ou mantê-los em
bom estado.

2.1 HISTÓRIA DOS COSMÉTICOS

O surgimento dos cosméticos não pode ser definido a partir de uma data específica, mas
existem evidências do uso desde a pré-história, onde pinturas e tatuagens eram comuns entre os
homens, utilizavam diferentes ingredientes naturais, como por exemplo a casca de árvores, terra e
seiva de folhas e flores (TREVISAN, 2011).

Acredita-se que as antigas civilizações egípcias iniciaram o uso do cosmético com a


intenção de embelezar e rejuvenescer, prática similar à utilizada atualmente. Dentre os
conhecimentos transmitidos a cada geração no Antigo Egito observa-se o uso do mel, leite, farelos
vegetais, gorduras e cera de abelha para desenvolver cremes e pastas para o uso como maquiagens
e para se proteger dos raios do sol (BUTLER, 2000, p.14).
15

Na Grécia Antiga a higiene pessoal já era valorizada, nos manuscritos de Hipócrates foram
encontradas algumas orientações sobre a higiene, banhos de sol e água e também a importância
dos exercícios físicos para as pessoas. Um médico grego chamado Galeno de Pérgamo desenvolveu
durante o Império Romano um precursor dos cremes modernos, nele continham componentes como
cera de abelha, óleo de oliva e água de rosas, o produto foi batizado como Unguentum Refrigerans,
por sua característica de se fundir em contato com a pele, assim, liberando sua fase interna e
produzindo uma sensação refrescante. Este conceito ainda é muito utilizado nas emulsões de água
em óleo (SOUZA, 2018).

2.1.1 Idade média

A decadência do Império Romano deu início a Idade Média, foi um período em que o
cristianismo reprimiu o culto à higiene e a exaltação da beleza. O cristianismo pregava que só a
intervenção divina poderia curar os males do corpo (BOUCINHAS, 2016).

A chamada Idade das Trevas na Europa, resultou na repressão da aplicação dos cosméticos
em geral, assim, a utilização destes produtos foi completamente extinta, sendo meramente
difundida por aqueles que viajavam entre a Europa e países do Oriente, como a China, o Japão e a
Índia. A Índia e os países Árabes nesta época acumularam a maior parte do desenvolvimento
científico, assim a cosmetologia começou a acompanhar o desenvolvimento da medicina
(BUTLER, 2000, p.27).

Na Europa as cidades, ruas e casas eram completamente sujas, as pessoas deste continente
tomavam cerca de um banho ao ano, e higiene pessoal foi resumida a lavar as mãos antes das
refeições e limpar os dentes com um pano, a disseminação da informação naquela época advertiu
que a água poderia abrir os poros e permitindo a introdução de diversas doenças (TREVISAN,
2011).

No momento em que o Império Islâmico começou a declinar a influência do Cristianismo


enfraqueceu, a Europa voltou a obter o conhecimento na área da ciência e acabou se beneficiando
dos desenvolvimentos obtidos pelos povos Árabes (BUTLER, 2000, p.28).
16

2.1.2 Idade moderna

Alguns acontecimentos marcaram bem o início da Idade Moderna no século XV, o


Renascimento, a invenção da tipografia e o descobrimento da América. O Humanismo e o
Renascimento, trazem de volta a importância com a beleza e o crescimento das artes e do
conhecimento (TREVISAN, 2011).

Com o Renascentismo e com o descobrimento da América, no século XV,


percebemos o retorno a busca do embelezamento. Todos os costumes e hábitos de
vida da época são retratados pelos pintores, como por exemplo, a Mona Lisa, de
Leonardo da Vinci, que retrata a mulher sem sobrancelhas, face ampla e alva, de
tez suave e delicada (PIRES, 2011, p. 1).
Há um grande aparecimento da Itália e da França como dois grandes centros produtores de
cosméticos, que somente são usados pela alta elite pelo seu custo ser bastante alto. O arsênico
começa a ser usado como pó facial no lugar do chumbo. A Rainha Elizabeth I, da Inglaterra, no
século XVI popularizou o uso de tinta branca a base de chumbo para tentar clarear a pele, fazendo
com que muitas outras mulheres aderissem à moda, mesmo existindo uma variedade de outros
produtos com o mesmo propósito. Esse estilo da Rainha ficou bastante conhecido como Máscara
da Juventude (PINTO, 2013, p. 39).

Em Paris, as lojas começavam a vender inúmeros produtos relacionados a beleza. Mas nessa
época o costume de não tomar banho regularmente perduravam por toda população. Por conta desta
situação a produção de perfume ganhou muita força na França e representa uma importância muito
grande na economia do país desde o reinado de Luis XIV (1638-1715). Porém a intensificação da
produção de perfumes vem à tona quando o italiano Giovanni Maria Farina, em 1725, mudou-se
para Alemanha e desenvolveu a mais antiga perfumaria do mundo. Na cidade de Colônia ele
desenvolveu o Eau de Cologne em homenagem a cidade, que se tornou o preferido mundo a fora,
sendo copiado em diversos países, ganhando a denominação de água de colônia que mais tarde
virou sinônimo de perfume (TREVISAN, 2011).

No entanto é perceptível que as mudanças são constantes com o decorrer das épocas, uma
hora é permitido cuidar da beleza, e logo em seguida já não é mais. Esse tipo de situação fez com
que a cosmetologia demorasse a se tornar popular e ser conhecida entre as pessoas.

Na Inglaterra do século XVI, o Puritanismo, liderado por Oliver Cromwell (1599-


1658), provocou um período de obscurantismo, durante o qual o uso de
17

cosméticos e perfumes foi banido. Mais tarde, em 1770, o parlamento inglês


editaria um ato que restringiria o uso de cosméticos. Ele estabelecia: “qualquer
mulher que... se imponha, seduza e atraia ao matrimônio qualquer um dos súditos
de Sua Majestade por utilizar pinturas, perfumes, cosméticos, produtos de
limpeza, dentes artificiais, cabelos falsos, espartilho de ferro, sapatos de saltos
altos, enchimento nos quadris, irá incorrer nas penalidades previstas pela Lei
contra a bruxaria e o casamento será considerado nulo e sem validade
(TREVISAN, 2011).

2.1.3 Idade contemporânea

Na Idade Contemporânea, por volta do século XIX, os cosméticos voltaram a ser populares,
porém, ainda eram preparados manualmente, cada família possuía sua receita para fabricação de
sabonetes, água de rosas e creme de pepino. Com o passar do tempo às mulheres começaram a
expor mais o corpo resultando em um maior consumo de cosméticos, buscando uma maior
variedade de produtos. Indústrias na França, Japão, Inglaterra e Alemanha começaram a fornecer
novas matérias-primas para a produção de cosméticos e produtos de higiene em grandes marcas,
que ao final do século XIX se consolidaram no mercado. Um exemplo delas é a Colgate nos Estados
Unidos (SOUZA, 2018).

O trabalho de Thomas Graham sobre coloides e emulsões publicado em 1861 e a descoberta


do bórax em 1856 permitiram a obtenção dos verdadeiros “cold creams”, mais estáveis que o
unguento de Galeno (BUTLER, 2000, p. 44)

Os principais marcos da preparação de bases para cremes no século XIX incluem


a introdução da lanolina purificada por Liebreich e da vaselina por Cheseborough
em 1870. No começo do século XX uma nova indústria surgiria para suprir esta
demanda. Paralelamente a esse progresso tecnológico, os conhecimentos
científicos contribuíram decisivamente para o desenvolvimento de numerosas
fórmulas de preparações mais eficientes e seguras (TREVISAN, 2011).
No século XX, a fisiologia da pele e dos cabelos passou a ser mais bem estudada. Por volta
de 1920, pesquisas básicas começaram a ser realizadas para melhor compreender os efeitos do ato
de barbear e de aparar os pelos. Em 1928, foi vendido nos EUA o primeiro protetor
solar industrializado, contendo como ingredientes ativos o cinamato de benzila e o salicilato de
benzila (SOUZA, 2008).
18

2.1.4 Século XX

No século XX surgem as primeiras fabricações de cosméticos industrialmente, deixando de


lado o desenvolvimento de produtos dentro de uma “cozinha”. As maquiagens passam a ter um
lugar exclusivo na vida das pessoas, o filtro solar também ganha importância por prevenir os
grandes danos causados pela exposição ao sol, os consumidores pedem para que os produtos sejam
mais eficazes pois querem realçar sua beleza com produtos mais leves e enxergar resultados em
menos tempo. Por meados de 1990 a modelo da Lancôme Isabella Rossellini, apresenta o primeiro
manifesto dizendo que todas as mulheres, de todas as idades podem ser belas. Com isso, a busca
por creme para o combate de celulites, autobronzeadores ganham força no mercado. Surgem as
primeiras linhas de cosméticos assinadas pelos diferentes tipos de celebridades e os cosméticos
multifuncionais (PIRES, 2011).

Uma das maiores revoluções desse século aparece quando a nanotecnologia é inserida na
formulação dos cosméticos. Com isso, a Lancôme desenvolve o primeiro creme facial composto
por nanocápsulas de vitamina E que serve para prevenir o envelhecimento da pele, sendo esta
fórmula desenvolvida e patenteada por uma Universidade de Paris. Nesse tempo se instaura o
marco de início do uso da nanotecnologia por diversas empresas pelo mundo todo e em diversos
tipos de produtos (TREVISAN, 2011).

O século XX foi decisivo para a solidificação da cosmetologia como ciência, mas


a significativa evolução dos cosméticos aconteceu realmente nos últimos anos 50
quando eles deixaram definitivamente o mundo dos preparados caseiros e
ganharam caráter industrial. [...] assim sendo, nosso velho e bom cosmético que
exercia função apenas na aparência, para poder atender a este novo
comportamento do consumidor, precisou buscar meios de evolução, meios que
viabilizassem níveis de atuação mais intensos para garantir beleza sim, mas
primordialmente saúde (SOUZA, 2008, p. 19).

2.1.5 Século XXI

No século XXI, os nanocosméticos se tornaram uma parte bem conhecida e desenvolvida


das demais industrias. Como por exemplo, os protetores solares que tem em sua formulação TiO2
nanoparticulado, que torna o produto mais eficiente.
19

Um nanocosmético pode ser definido como sendo uma formulação cosmética que
veicula ativos ou outros ingredientes nanoestruturados com propriedades
superiores em sua performance em comparação com produtos convencionais. A
escala nanométrica corresponde à bilionésima parte do metro. Os nanocosméticos
têm várias vantagens sobre os cosméticos convencionais, como melhor penetração
nas camadas mais internas da pele onde os ativos são mais necessários, e uma
distribuição mais homogênea das substâncias. Por exemplo, formulações de
protetores solares com TiO2 nanoparticulado prometem tornar esses produtos
mais eficientes (TREVISAN, 2011).
Por conta de a população estar se tornando cada vez mais velha, a aparência jovial ainda é
um ponto que pesa muito. Portanto a procura por cremes anti-idade ganha extrema importância.
Para uma melhor eficácia, as enzimas tomam o lugar dos alfa-hidroxiácidos, que são usados nos
cremes contra envelhecimento da pele (SOUZA, 2008, p. 19).

Nos dias atuais, a indústria de cosmetologia é um dos ramos que mais cresce e que mais
produz, o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking da América Latina e é o sétimo colocado no
mundo. Essa colocação explica-se, pois, os cosméticos fazem parte do cotidiano da maior parte das
pessoas, sendo alguns deles indispensáveis no dia-a-dia, até os homens que antigamente diziam
que esse tipo de produto era somente para mulheres, já se renderam aos cuidados (SOUZA, 2008,
p. 20).

2.2 ORIGEM DO FILTRO SOLAR

O cuidado com a pele sempre foi uma necessidade humana. Desde os primórdios, mais
especificamente no Egito Antigo, por volta de 7800 a.C. haviam indícios de filtros solares feitos
com mamona. Junto com esse principal ingrediente também havia magnólia, jasmim e óleo de
amêndoas. Na Grécia, por volta de 400 a.C. há relatos de que os atletas que competiam nus nos
Jogos Olímpicos utilizavam uma mistura de óleo de oliva e areia para se protegerem. A ideia de
querer ganhar cor na pele por meio de exposição ao sol só começou a ganhar força por volta de
1930, tendo início na França, porém, alguns anos antes já existiam registros da fabricação de filtros
em escala comercial nos Estados Unidos e na Austrália (LINARDI, 2018).

Os registros contam que a fórmula do primeiro protetor realmente eficaz é datada de 1944,
pelo americano Benjamin Greene. Sua ideia surgiu ao ver os soldados voltando da Segunda Guerra
Mundial cheio de queimaduras. Com isso, formulou um produto a base de petróleo, de cor vermelha
20

e bem viscoso, sendo mais tarde batizado pela marca Coppertone. Ao longo dos anos os protetores
começaram a ser formulados a partir dos diferentes tipos de pele. Atualmente esse produto se
tornou indispensável no dia-a-dia para a prevenção de várias doenças de pele (PERCÍLIA, 2008).

2.3 ESCOLHA DO FILTRO SOLAR

A escolha do filtro correto pode ser feita a partir de diversos fatores, o primeiro a ser observado
é o FPS, que mede quanto tempo a pele exposta ao sol demora a ficar vermelha. Quanto mais clara
a pele e maior a intensidade da radiação solar, menor é esse tempo. Por exemplo, quando é utilizado
um filtro solar com FPS 30 a pele exposta leva 30 vezes mais tempo para ficar vermelha comparada
com a não utilização do filtro. Por tanto, peles claras necessitam de protetores solares com maior
FPS, em peles negras o FPS escolhido pode ser menor, pois apresenta maior presença de melanina,
que é um protetor natural da pele (CARDOSO et al, 2014, p.06).

O fator seguinte a ser considerado é a idade, sendo importante diferenciar o uso de produtos
em adultos e crianças. Em produtos infantis são utilizadas maiores concentrações de filtros físicos
(inorgânicos), pois apresentam pele sensível e suscetível à irritação. Até os 6 meses de idade não é
recomendado o uso de filtros solares, a criança não deve ser exposta diretamente ao sol, a proteção
indicada deve ser por meio de roupas, bonés, entre outros. Para adultos, existem diversos produtos
no mercado, grande parte deles é feito de filtros químicos (orgânicos) ou até mesmo uma mistura
entre filtros químicos e físicos. Formulações que contém apenas filtros físicos não são muito
aceitas, por deixarem a pele esbranquiçada (PAGAN, 2017).

Outro ponto a ser considerado na escolha é o tipo de pele que o produto será aplicado, para
peles oleosas e acnéicas é recomendado o uso de protetores “Oil-free” que são versões livres de
óleos, e muitas vezes possuem texturas fluidas para melhor aplicação. Para peles secas é indicado
o uso de protetores hidratantes em forma de creme (ARIMATÉIA, 2012).

Por fim a escolha deve ser feita de acordo com a finalidade e o modo de apresentação
desejada, existem diversos produtos no mercado desde cremes até sprays que possuem versões
específicas para cada tipo de aplicação. Para esportistas e banhistas recomenda-se o uso de loções,
sprays ou mousses por ser de fácil aplicação e na maioria das vezes possuir resistência a água e ao
21

suor. As versões em creme, gel-creme e sérum tem ação hidratante por possuir em sua composição
água, óleo e emolientes (LAGO, 2016).

2.4 MERCADO DO FILTRO SOLAR

De acordo com os últimos dados da Euromonitor, o mercado global de cuidados com o sol foi
avaliado em US$ 9,8 bilhões em 2017, conforme Figura 1 e 2.

Figura 1: Tabela do Mercado Global de Cuidados com o Sol, 2017–2021 (valor de varejo, US$ milhões).

Fonte: Euromonitor.

Figura 2: Tabela dos Principais Mercados Globais de Cuidados com o Sol, 2017–2021 (valor de varejo,
US$ milhões).

Fonte: Euromonitor.

A categoria de Sun Care cresceu 5,1% no leste da Europa e 1,3% na Europa Ocidental no
ano de 2016 (em relação a 2015). Cresceu mundialmente 2,8%, com produtos específicos para
bebês e crianças, crescendo acima da média geral (CORONADO, 2017).

Independente do impacto causado pela crise no consumo de produtos de higiene pessoal,


os itens relacionados a proteção solar continuam em plena expansão no Brasil. Segundo
Euromonitor as vendas cresceram 57,5% nos últimos 5 anos e atingiram US$ 2,958 bilhões em
2016. Para os próximos cinco anos, a expectativa é que o mercado cresça 22,3%, chegando a R$
3,751 bilhões em 2021 (MENDONÇA, 2017).
22

Na hora da compra 61% dos brasileiros buscam protetores solares faciais que
ofereçam hidratação à pele, e 51% procuram produtos que sejam resistentes ao
suor. Outros benefícios mencionados são produtos com vitaminas (44%) e com
propriedades antienvelhecimento (43%) (MARTINS, 2018).
23

3 RADIAÇÕES

As ondas se propagam em um determinado meio, ou seja, a velocidade da onda depende do


meio que ela se propaga. O comprimento de onda nada mais é que uma variação completa no
espaço da posição (BORGES, 2009, p. 3).

Essas variações possuem como características o número de vibrações ocorridas por


segundo, a velocidade que ela se propaga e sua intensidade. Portanto o comprimento de onda é
determinado por essa velocidade e intensidade de propagação. Se for falar de uma onda qualquer,
sendo ela uma luz ou um som, o comprimento de onda do mesmo será medido da distância que a
propagação completa for feita em um determinado meio. Para calcular o comprimento de onda, usa
a Equação 1 (INCB, 2018):

V=YxF (1)

3.1 RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

A radiação eletromagnética irradiada pelo sol apresenta um espectro de comprimentos de


onda bem largo. É capaz de ser dividida em duas grandes regiões conforme a capacidade de
ionização atômica: radiação ionizante e radiação não-ionizante. A radiação ionizante é subdividida
em raios-X e raios gama, ao mesmo tempo que a radiação não-ionizante (Figura 3), subdivide-se
em radiação ultravioleta, luz visível e radiação infravermelha (RIBEIRO, 2004, p. 2).

Figura 3: Radiação Não-Ionizante.

Fonte: RIBEIRO, 2004, p. 2.


24

Apesar de ser uma fonte de energia extremamente necessária em nossas vidas, a luz do sol
pode ser excessivamente danosa à saúde humana. A Mesma não possui a capacidade de penetrar
profundamente em nossos organismos, porém é capaz de atingir áreas externas do corpo humano
como pele, olhos e mucosa. Sendo esta exposição de forma abundante, os riscos de se obter câncer
de pele, fotoenvelhecimento, cataratas e outras doenças aumentam significativamente (RIBEIRO,
2004, p. 3).

O câncer de pele é o tipo mais habitual de doença de pele e corresponde a mais da metade
dos diagnósticos de câncer. Existem dois tipos de câncer de pele, os não-melanoma e os
melanomas. O câncer do tipo não-melanoma é o mais reiterado no Brasil e condiz a 30% de todos
os tumores malignos ocorridos no país. O INCA estima que no ano de 2018 serão cerca de 165.580
novos casos, sendo 85.170 em homens e 80.410 em mulheres. Portanto, há estudos do SIM que
registraram em 2013, 1.769 mortes sendo 1.000 homens e 769 mulheres decorrentes deste tipo de
câncer. Já o tipo melanoma é o tipo de câncer gerado nos melanócitos (celular produtoras de
melanina, substância que compõem a cor da pele). Este tipo corresponde somente a 3% dos
ocorridos na pele, sendo o mais grave por causa de sua alta possibilidade de metástase. O INCA
estima que em 2018 serão registrados 6.260 novos casos, sendo 2.920 em homens e 3.340 em
mulheres. Já o SIM registrou em 2013, 1.547 mortes, sendo 903 em homens e 644 em mulheres
(INCA, 2018).

O fotoenvelhecimento cutâneo é o envelhecimento da pele causado por uma exposição à


radiação UV em excesso, devido à insuficiência de cuidados com a pele durante o período de
exposição ao sol. Quando os raios ultravioletas penetram na pele que está exposta, danificam as
fibras de colágeno, provocando algumas alterações na textura e cor da pele, levando a uma pele
mais áspera e amarelada. A gravidade deste processo depende essencialmente da duração e
intensidade à exposição UV, da cor da pele e da sua capacidade em se bronzear (FERREIRA et al.,
2013, p. 5)

Todo o espectro que abrange as radiações é classificado tanto pela sua intensidade de
energia quanto pelo seu comprimento de onda (λ). A radiação ultravioleta (Figura 4) é a divisão do
espectro da luz entre 100 e 400 nm. Sendo subdividida em outros itens em conformidade com seus
diferentes efeitos biológicos: UVA (bronzeante), UVB (eritematosa) e UVC (germicida)
(RIBEIRO, 2004, p. 2).
25

Figura 4: Espectro da Radiação Ultravioleta.

Fonte: RIBEIRO, 2004, p. 3.

3.1.1 Radiação UVA

A radiação UVA pode ser conhecida também como bronzeante, por conta de penetrar mais
profundamente na pele induzindo a pigmentação e proporcionando o bronzeamento por meio do
escurecimento da melanina. A mesma é mais abundante que as demais radiações correspondendo
de 90 a 95% da radiação ultravioleta que incide na superfície terrestre, além de ocupar a maior
faixa do espectro. A intensidade desta radiação se faz presente no decorrer do ano todo, porém
durante o dia um aumento na intensidade da incidência pode ser observado entre 10 e 16 horas.
Histologicamente, pode causar alterações dérmicas e epidérmicas (Figura 5), com decorrência de
diminuição de elasticidade da pele, danos no sistema vascular periférico e indução ao câncer de
pele, dependendo do tipo de pele e da frequência, tempo e intensidade de exposição (LOPES et al.,
2012, p.186).

Figura 5: Níveis de Penetração da R-UV na Pele.

Fonte: KIGUTI et al., 2009, p. 9.


26

3.1.2 Radiação UVB

A radiação UVB atinge toda a superfície terrestre após penetrar na atmosfera. Pode também
ser chamada de luz eritematogênica, pois é a maior responsável pelas lesões crônicas de pele, como
o eritema e o câncer cutâneo. Por possuir alta energia, quando entra em contato com a atmosfera
terrestre, é fortemente absorvida pelo ozônio estratosférico (O3), devido a diminuição da camada
de ozônio a incidência de UVB na superfície da Terra tem aumentado significativamente causando
danos adversos à saúde humana. A exposição demasiada a essa radiação pode suprimir o sistema
imunológico da pele e ainda causar mutações severas na estrutura do DNA. Além destes grandes
danos, a UVB é responsável pela maioria das queimaduras solares aumentando assim, o risco do
aparecimento do câncer, reduzindo a chance de o organismo reconhecer uma célula maligna a
tempo de destruí-la (SANTOS, 2010, p. 30).

3.1.3 Radiação UVC

A radiação UVC carrega elevadas energias, sendo excessivamente prejudicial à saúde


humana, está radiação tem o maior poder em causar câncer conforme sua exposição por ter um
poder de destruição da epiderme muito grande. Em consequência de absorver oxigênio e ozônio na
estratosfera, nenhuma radiação UVC chega à superfície terrestre. Portanto, caso esse tipo de
radiação atingisse a superfície da Terra, os danos seriam praticamente irreparáveis (FLOR et al.,
2007, p. 154).

3.2 LUZ VISÍVEL

O universo é coberto por luzes, e nossos olhos conseguem ver apenas uma pequena fração
delas. Essa luz que temos a possibilidade de ver, é chamada de luz visível. Ao decorrer do tempo
à física foi evoluindo e com isso perceberam que a luz se comporta similarmente as ondas
27

eletromagnéticas, pois possui uma oscilação e em uma determinada variação de tempo ou


frequência, ela se propaga no vácuo (HALLIDAY et al., 2009, p. 2).

No caso da luz, os elétrons presentes nos átomos que constituem a matéria, ao


receberem energia por colisões, excitam-se e passam a ocupar níveis energéticos
mais altos. Ao retornarem aos níveis energéticos originais, a energia que haviam
recebido é devolvida ao meio sob a forma de luz, capaz de impressionar nossas
retinas (BARDINE, 2018).
A determinação das cores para essa luz é feita através da frequência, a cada faixa de
frequência possui uma cor e essa faixa de cores é conhecida como espectro de luz visível (VIEIRA,
2013).

Luz visível, também chamada de radiação visível é um elemento do espectro solar, onde o
seu comprimento de onda é formado pelas cores violeta, azul, verde, amarela e vermelha (Figura
4). Das cores violeta ao vermelho, o comprimento de onda varia de 400 até 720 nm (OLIVEIRA
et al., 2001, p. 163).

Figura 6: Tabela das Cores da Luz Absorvida e Cores Complementares.

Fonte: KOTZ;JUNIOR, 1998.


A luz branca solar resulta da superposição das infinitas cores do espectro visível,
e isso pode ser evidenciado quando um raio de luz branca do Sol atravessa um
prisma de vidro. A decomposição da luz branca é explicada pela diferença no
valor da velocidade de propagação de cada luz colorida em meios materiais: a
velocidade de propagação, nos meios materiais, aumenta do violeta para o
vermelho (BARDINE, 2018).
A zona da luz visível está entre o infravermelho e a luz ultravioleta no espectro da radiação.
A radiação infravermelha possui uma frequência menor que a luz visível, já a luz ultravioleta possui
uma frequência maior (PIEDADE, 2016).
28

O risco na vida humana por conta da exposição a esse tipo de luz visível é bem grande,
causando lesões e risco a saúde da pele. O DNA sofre danos tendo como resultado o
fotoenvelhecimento e indo mais fundo, dependendo do caso, o câncer. Por conta disso, é
indispensável uma proteção adequada (BAPTISTA, 2015).

Os tipos existentes de filtros solares para esta luz, são os orgânicos que possuem uma
proteção limitada contra a luz visível e os inorgânicos que por serem partículas, dependendo do
tamanho, podem ser mais eficazes para a proteção. Quanto maior forem essas partículas, maior
será a proteção oferecida (TUCHINDA et al., 2006, p. 105).

Atualmente nos cosméticos, essas partículas maiores pigmentares, não são muito bem-
vindas por deixarem uma coloração esbranquiçada na pele após a aplicação. Porém com a adição
de óxido de ferro na formulação, essa característica esbranquiçada é corrigida (DIFFEY e FAAR,
1991).

3.3 INFRAVERMELHO

Entre os espectros eletromagnéticos emitidos pela radiação solar apenas algumas frações
destes espectros atingem a superfície terrestre, como por exemplo a radiação infravermelha, que
representa grande parte da radiação solar que chega a Terra, sendo responsável pelo aquecimento
do planeta (EBERLIN et al., 2016, p. 116; MASSON; SCOTTI, 2003).

A radiação infravermelha apresenta comprimentos de onda de 760 nm a 1 mm, estas ondas


são percebidas na forma de calor e podem penetrar profundamente na pele. A radiação IV é
classificada em IV-A, IV-B e IV-C de acordo com o comprimento de onda e sua penetração nas
camadas da pele, esta classificação tem respectivamente os seguintes valores para comprimentos
de onda, 760 nm a 1440nm, 1440 nm a 3000nm e de 3000nm a 1mm (BORGES; KHURY, 2013,
p. 5).

A radiação IV pode causar dois tipos de efeitos: o térmico, que pode ser
benéfico ou danoso dependendo da dose, e o dano oxidativo, que fica mais
restrito à faixa próxima do IV-A. A IV-A atinge mais profundamente a
pele, sendo que 35% da radiação se concentra na epiderme, 48% na derme
17% no tecido subcutâneo (EBERLIN et al., 2016, p. 116).
29

Estas radiações, que podem ser bloqueadas pela água, são capazes de atravessar a epiderme
e serem absorvidas pela derme, onde sua energia se transforma em calor (NEVES, 2008, p. 11).

Por penetrar profundamente na pele, a radiação IV deixa grande quantidade de energia na


derme, pode gerar alterações na pele e provocar doenças como a hiperpigmentação, descamação e
atrofia epidérmica. Entretanto, o calor fornecido estimula a circulação do sangue e o metabolismo
geral (BALOGH et al., 2011, p. 734).
30

4 ESTRUTURA DE FORMULAÇÃO

As formulações cosméticas utilizam diversas matérias-primas, a escolha destas é fundamental


e representam 65% do custo de produção do produto. Geralmente as matérias-primas são inócuas
para a saúde, alguns componentes são exceções, e é preciso que sejam estritamente controlados, o
uso industrial destas substâncias químicas segue as normas dos órgãos reguladores
(GALEMBECH; CSORDAS, 2009, p. 15).

“... as matérias-primas são utilizadas nas formulações de acordo com suas propriedades
funcionais e físico-químicas, as quais são derivadas de suas respectivas estruturas químicas.”
(PEDRO, 2008).

Portanto a formulação genérica de um protetor solar pode ser definida por uma pirâmide (Figura
7) onde a mesma mostra da sua base para o topo a necessidade de adição dos componentes para
que a formulação tenha sucesso e caminhe conforme o esperado (FLOR, 2017, p. 46).

Figura 7: Pirâmide da Representação da Estrutura Básica de um Protetor Solar.

Fonte: FLOR, 2017, p. 47.


31

4.1 VEÍCULOS

Na formulação de um protetor solar todos os ingredientes se fazem importantes influenciando


rigorosamente em seu efeito final. A escolha dos veículos a serem usados na fabricação de um
protetor solar não são menos importantes pois são esses itens que fazem com que a apresentação
final seja de boa qualidade e que garantem a eficácia do FPS do mesmo. Os protetores podem ser
formulados de diversas maneiras: cremes, óleos, loções, géis, sprays, entre outros (SOUZA, 2016,
p. 22).

Entre os tipos de veículos utilizados na formulação de um protetor, os mais comuns são os


não-iônicos, emulsões água/óleo (A/O), óleo/água (O/A), A/O/A ou O/A/O e os géis não-iônicos
(CABRAL et al., 2013, p. 109).

Os veículos não-iônicos não possuem carga ionizável, indicando um equilíbrio entre as


porções hidrofóbicas e hidrofílicas das moléculas. São representados pelos ésteres de glicol e de
glicerol, ésteres de sorbitano, polissorbatos, ésteres de ácidos graxos e poliglicóis. Esse grupo tem
uma importância muito grande pois tem baixa toxicidade, menores problemas de correspondência
com outros materiais e tem sensibilidade à mudança de pH e adição de eletrólitos. Sua principal
vantagem é o seu baixo poder de irritabilidade cutânea, além daquelas características já citadas
acima. Porém, ostentam maior custo que os demais concorrentes (BARROS, 2016).

A emulsão água/óleo (A/O) é aquela formada por um sistema heterogêneo de dois líquidos
que não se misturam, onde uma fase fica espalhada na outra em forma de microesferas. Podendo
as fases serem: fase externa ou contínua, fase interna, descontínua ou dispersa. No caso da A/O os
componentes hidrossolúveis formam a fase interna e os componentes oleosos na fase externa. Esse
tipo de emulsão possui um alto grau de ação emoliente e dissolvente, sendo essenciais na
formulação de demaquilantes e cremes de limpeza em geral (MACHADO; FERNANDES, 2016,
p. 5).

A emulsão óleo/água (O/A) tem a fase interna formada pelos componentes oleosos e a fase
externa pela água. Por possuírem uma menor quantidade de óleo em sua formulação são menos
oleosas, menos emolientes, tem secagem mais rápida e sua preparação é mais barata e menos difícil.
Podem eventualmente formar espuma e são naturalmente laváveis com água. Por possuir tantas
32

qualidades que tornam uma formulação mais prática, esse é o tipo de emulsão mais comum no
segmento cosmético (MACHADO; FERNANDES, 2016, p. 5).

As emulsões mistas ou emulsões A/O/A e O/A/O possuem ao mesmo tempo emulsão A/O
e O/A, ou seja, uma gota de óleo pode reter diversas partículas de água e estar suspensa em uma
fase aquosa (MACHADO; FERNANDES, 2016, p. 5).

Os géis são os veículos adquiridos por um espessante hidrofílico, podendo ser eles naturais
ou sintéticos. Os géis normalmente não oferecem o mesmo nível de proteção que as emulsões, que
são de longe o melhor veículo para os protetores solares. Esse tipo de veículo tem a característica
de ser transparente em sua maioria, para que esse feito aconteça é necessário que os filtros sejam
hidrossolúveis, sendo uma técnica de extrema delicadeza e podendo ter que se fazer uso de
solventes indesejados, como por exemplo o álcool etílico (FLOR et al., 2007, p. 157).

4.2 ESPESSANTES

Um ingrediente fundamental para a formulação de protetores solares são os espessantes


poliméricos. Polímeros são macromoléculas formadas a partir da junção de moléculas menores
denominadas monômeros. A reação que transforma monômeros em polímeros é chamada de reação
de polimerização (RODOLFO et al., 2006, p. 18).

Espessantes são substâncias que impedem a mobilidade da fase aquosa alterando sua
viscosidade, auxiliando e impedindo o rompimento da emulsão (STAMM, 2012).

Os polímeros têm a capacidade de aumentar viscosidade das emulsões, influenciar a


homogeneidade da distribuição dos filtros, impacta positivamente em sua estabilidade, influenciam
diretamente no sensorial e na texturização do produto. Os critérios de escolha dos polímeros devem
ser: faixa de pH, tolerância a eletrólitos e poder de emulsificação. A escolha do polímero ideal para
uma emulsão com FPS vai depender do pH final do produto e deverá ser eficiente na faixa de pH.
Polímeros mais resistentes a eletrólitos proporcionam maior viscosidade as emulsões nas quais são
adicionados eletrólitos, as emulsões com proteção solar possuem grande quantidade de fase oleosa
e por esse motivo são mais difíceis de serem estabilizadas, portanto, quanto maior for o poder de
33

emulsificação do polímero, maior sua contribuição para a estabilização das emulsões (FLOR, 2017,
p. 46).

Espessantes poliméricos incluem acrilatos, celuloses, gomas, como guar, xantana e locusta,
ceras de alto peso molecular/alto ponto de fusão, incluem o álcool estearílico e ésteres PEG,
produzem estruturas cristalinas que possibilitam a suspensão dos componentes insolúveis
(ABRUTYN, 2016, p. 54).

A adição de polímeros que possuem resistência a água, formadores de película, é a


estratégia mais usual para conseguir resistência à água, estes polímeros proporcionam leve
sensação residual e, em muitos casos, aparência natural (RIGANO, 2015, p.41).

4.3 EMOLIENTES

Pode ser chamado de emoliente qualquer substância hidrofóbica que possa criar um filme
sobre os corneócitos mais externos da pele, fazendo com que a perda de água transepidermal seja
reduzida, produzindo um estado de hidratação. A presença de umidade no interior das células
córneas mantém a elasticidade, a flexibilidade e a maciez da pele, o que permite a melhora da
aparência (SILVA, 2009, p. 20-21).

Existem vários tipos de emolientes como ésteres, ceras, ácidos e álcoois graxos, óleos
minerais ou naturais, silicones, que podem ser classificados quanto suas propriedades físico-
químicas como ponto de fusão, ponto de turvação, polaridade, insaturação, peso molecular e tipos
de cadeias. Todas estas características influenciam nas propriedades sensoriais de um produto,
tanto pelo seu mecanismo quanto pela sua interação com a pele (KAMERSHWARL; MISTRY,
2001, p. 52).

Óleos vegetais e animais sempre foram usados com finalidade de tratar a pele e os cabelos,
foram predominantes até a o final do século XIX, quando o óleo mineral e o petrolato se tornaram
comercialmente disponíveis como produtos da destilação do petróleo. Outros emolientes como
lanolina e óleos vegetais hidrogenados se tornaram mais comuns no início do século XX. A
produção de ésteres sintéticos desenvolveu-se durante as décadas de 1930 e 1940 e eram
34

principalmente derivados dos lubrificantes sintéticos que eram desenvolvidos para finalidades
militares (BASF, 2016).

Os ésteres formam a classe mais extensa de emolientes, e algumas propriedades


moleculares dessas matérias-primas podem ditar as características dos
cosméticos. Por exemplo, quanto maior a sua cadeia, os ésteres se mostram menos
irritantes, com toque mais substantivo e mais difíceis de serem emulsificados.
Moléculas mais ramificadas promovem toque seco e diminuição na viscosidade.
Insaturações aumentam a penetração cutânea, mas tornam a emulsificação mais
difícil. A presença de hidroxilas aumenta a solubilidade dos ésteres em água e
torna a emulsificação mais fácil (BARROS, 2018).
A solubilização dos componentes de um filtro solar deve ser considerada uma das principais
propriedades de alguns emolientes, podendo influenciar na capacidade de penetração dos ativos,
absorção dos filtros orgânicos e na espalhabilidade do produto. Quanto maior o poder de
espalhabilidade do emoliente maior será a proteção da pele (SANTOS, 2010, p.64).

Os emolientes, dependendo de seu coeficiente de espalhabilidade, são


classificados em baixa, média ou alta espalhabilidade. Emolientes de baixa
espalhabilidade possuem coeficiente de espalhabilidade abaixo de 500 mm2/10
min. Emolientes de média espalhabilidade possuem coeficientes entre 500 e 1000
mm2/10 min e emolientes de alta espalhabilidade coeficiente acima de 1000
mm2/10 min. Os emolientes de baixa espalhabilidade proporcionam sensorial
mais rico, intenso, sendo associados a proteção e restauração, enquanto que os
emolientes de alta espalhabilidade proporcionam sensorial mais leve e seco. Para
preencher o vazio sensorial entre emolientes de baixa e alta espalhabilidade, são
utilizados emolientes de média espalhabilidade (Figura 8). Quando se utiliza uma
mistura de emolientes de baixa, média e alta espalhabilidade, tem-se a “cascata de
emolientes”, que proporciona uma sensação mais prazerosa ao consumidor,
durante a aplicação do produto (FLOR, 2017, p. 50).

Figura 8: Tabela dos Valores de Espalhabilidade de Alguns Emolientes.

Fonte: FLOR, 2017.


35

Por exercerem várias funções os emolientes são de fundamental importância para a


composição de um fotoprotetor, tais como repor os óleos naturais da pele, agir como solubilizante
e solvente para componentes ativos, agindo como auxiliar de dispersão para produtos insolúveis,
proporcionando efeito de retenção de umidade em combinação com produtos adequados. Logo, a
escolha do emoliente depende do tipo de aplicação e da estabilidade desejada da emulsão para
atingir as propriedades sensoriais desejadas (RODRIGUES; SALKA, 2001, p. 66).

4.4 FILTROS SOLARES

Os filtros solares podem ser químicos (orgânicos) ou físicos (inorgânicos). Eles podem ser
divididos através de três mecanismos básicos: reflexão, dispersão e absorção dos raios ultravioleta;
eles devem ter um amplo espectro de proteção (280-400 nm) para proteger a pele tanto dos raios
UVB quanto dos raios UVA (SCHALKA; REIS, 2011, p. 508–509).

Normalmente os compostos inorgânicos refletem a radiação e os compostos orgânicos


absorvem. Em relação ao espalhamento e reflexão do produto, depende muito do tamanho da
partícula do filtro inorgânico e não está ligado em ser um composto químico ou físico (LOPES,
2014).

Para garantir uma proteção eficiente tanto no UVB quanto no UVA, é necessária
uma mistura adequada de filtros. O filtro Ethylhexyl Methoxycinnamate
(Nuviguard OMC), por exemplo, absorve somente na região UVB, já o filtro
Diethylamino Hydroxybenzoyl Hexyl Benzoate (Uvinul® A Plus) absorve
somente na região do UVA. Ao misturar estes dois filtros, praticamente toda
região do UVA e UVB estará coberta. Observa-se, porém, que a faixa de 320 a
340 nm ainda fica parcialmente descoberta pois a absorção dos dois filtros é baixa
nesta região. Adicionando o filtro Bis-Ethylhexyloxyphenol Methoxyphenyl
Triazine (Tinosorb® S), é finalmente construído um sistema de filtros eficiente,
que cobre toda a faixa do UVA e do UVB com alta intensidade de absorção
(FLOR, 2017, p.48).

Segundo ANVISA, RDC nº 47, de 16 de março de 2006, decretou uma lista de filtros
ultravioleta permitidos para o uso em cosméticos, perfumes e higiene pessoal (Anexo A). O
propósito dessa lista é determinar quais filtros podem ser utilizados na formulação com o fim de
proteger a pele. Determinam também, a máxima concentração autorizada de cada um e em
determinadas condições.
36

Pesquisas continuam sendo feitas com objetivo de aumentar o número de filtros solares
disponíveis no mercado que possui capacidade de melhorar a espalhabilidade e aumentar o espectro
de absorção até o visível. Quanto maior for a opção de filtros disponíveis, menor será a chance de
os consumidores estarem expostos a filtros iguais. A impregnação da pele a longo prazo pelos
mesmos componentes e a maior chance dos consumidores encontra-los em outros produtos são
razões que aumentam os riscos alergênicos (MASSON; SCOTTI, 2003, p. 42–44).

4.4.1 Filtros orgânicos

Os filtros orgânicos são formados por moléculas orgânicas capazes de absorver radiação
UV, transformando-a em uma radiação de baixa energia, tornando-a uma radiação não prejudicial
ao indivíduo (FLOR, 2007, p. 153).

De acordo com a região de proteção ultravioleta, os filtros orgânicos são frequentemente


classificados como filtros UVA e UVB por conta de não possuírem uma proteção ampla de todo
espectro UV. Como por exemplo, as avobenzonas e as benzofenonas protegem somente em UVA
e os cinamatos e silicilatos que protegem exclusivamente no UVB (GLASER; PRODANOVIC,
2009).

As estruturas desses filtros orgânicos apresentam frequentemente anéis benzênicos, sendo


formado por pelo menos dois grupos substituintes nas posições orto como uma amina ou um grupo
metoxila ou para como um anel aromático, um doando elétron e outro atraindo elétron. Esses
substituintes possuem um efeito chamado batocrômico, que aumenta a intensidade de absorção
(UTUMI, 2007).

Quando esses compostos absorvem a radiação UV, os elétrons do orbital HOMO


(orbital molecular ocupado demais alta energia) são excitados para orbital LUMO
(orbital molecular vazio de mais baixa energia) e, ao retornarem para o estado
inicial, o excesso de energia é liberado em forma de calor. Há diferentes filtros
solar orgânico e cada um deles têm especificadas as suas propriedades químicas,
físicas, características de toxicidade e de UV (PESSOA, 2012, p. 3).
Inserção de cadeias alquílicas é outra característica importante desse tipo de estrutura, pois
auxilia na lipofilia molecular, que serve para medir o grau de afinidade do composto com um
37

ambiente apolar, aumentando a adesão da substância na pele, evitando ser retirada pelo contato
com a água (SHAATH, 2007).

O butilmetoxidibenzoilmetano é um filtro orgânicos UVA muito utilizado mundialmente,


contendo propriedades resultantes de um equilíbrio químico entre uma cetona ou um aldeído e um
enol. Este filtro previne a radiação de penetrar nas células vitais, bloqueiam também a produção de
oxigênio, tendo uma ação inflamatória, porém não possui uma característica estável, sendo
necessário incluir outro filtro, que atue como estabilizante. Recomenda-se ter um cuidado com a
escolha da combinação de diferentes tipos de filtros, pois essa combinação pode causar resultados
inversos e dar algum tipo de irritabilidade quando em contato com a pele (MACHADO et al., 2011,
p. 945).

4.4.2 Filtros inorgânicos

O uso dos filtros físicos aumentou durante a década de 1990, devido sua segurança, eficácia,
atoxicidade e principalmente por permitir o bloqueio dos raios UVA (CHIROLLI et al., 2009).

Embora sejam oriundos de metais, o dióxido de titânio e o óxido de zinco são as substâncias
mais utilizadas, pois possuem propriedades óticas diferentes, quando na forma de micropartículas
(SILVA et al., 2015).

Os óxidos quando incorporados às formulações ficam suspensos, o tamanho das partículas


dos óxidos é importante não apenas na eficácia do fotoprotetor como também na aparência
cosmética do produto. Um ponto negativo é a tendência em deixar uma película branca sobre a
pele, podendo ser esteticamente desagradável (FLOR et al., 2007, p. 156).

Na reflexão ou dispersão, os raios incidem nas partículas inorgânicas e são


refletidas de volta ou espalhadas para várias direções, por esse motivo que as
partículas dos filtros físicos são opacas quando aplicadas sobre a pele. Estes filtros
solares são impermeáveis apresentando baixo potencial alergênico, recomendados
para o uso em formulações de protetores solares infantis, para mulheres gestantes
e pessoas com peles sensíveis (FONSECA; LUBIS, 2011, p. 4).
Quando as partículas utilizadas apresentam tamanho pequeno, possuem tendência a agregar
e aglomerar, resultando na diminuição da sua eficácia. As partículas podem ser revestidas com
sílica ou dimeticone, para prevenir a coalescência, diminuindo a formação de aglomerados, e
38

aumentando a fotoestabilidade dos agentes inorgânicos, esta tecnologia possui um custo final
elevado. O encapsulamento é considerado uma nova abordagem, que tem se mostrado estável
durante a manipulação e após a aplicação do produto na pele (DUARTE, 2014, p. 28).

O óxido de zinco e o dióxido de titânio possuem índices de refração


substancialmente diferentes: 1,9 para o óxido de zinco e 2,6 para o dióxido de
titânio. Isto significa tecnicamente que o dióxido de titânio é inerentemente um
pigmento branco mais forte, sendo assim é mais difícil torná-lo transparente em
produtos acabados, ou seja, nos produtos solares. O óxido de zinco, com seu índice
de refração menor pode ser mais facilmente incorporado nas formulações
(ARAUJO; SOUZA, 2008, p. 3).
Os filtros inorgânicos são semicondutores, os elétrons das moléculas inorgânicas quando
estão sob ação da luz UV são excitados, portanto, também são capazes de absorver esta radiação.
Na absorção, a luz é convertida em outra forma de energia, como o calor, por exemplo. Neste caso,
o filtro tem a capacidade de absorver predominantemente a radiação UVB e um pouco a radiação
UVA, o qual, dependendo do tamanho de sua partícula, é refletido (BAILLO; LIMA, 2012, p. 274).

Existem diversas restrições regulatórias globais, das concentrações que podem ser
utilizadas de cada filtro em uma formulação de protetor solar. Na Europa o limite para utilização
do ZnO e TiO2 são de 10%, nos EUA 25%, já no Japão não tem restrição. Esses limites muitas
vezes são muito maiores do que os estabelecidos para filtros químicos (AIKENS, 2006, p.62).

Em solução aquosa o ZnO pode produzir íons bivalentes (Zn2+), devem ser evitadas
matérias-primas contendo grupos funcionais carboxila, como por exemplo, emulsificantes do tipo
estearato e polímeros a base de acrilato (AIKENS, 2006, p.64).

4.5 EMULSIONANTES

O processo de emulsão passou a ser estudado pelo fato de ter se tornado um sistema bem
frequente no dia a dia das pessoas. Vários tipos de misturas são possíveis atualmente e atendem a
diversos segmentos (Figura 9) (LISBÔA, 2012).
39

Figura 9: Tabela das Possíveis Misturas na Natureza.

Fonte: LISBÔA, 2012, p. 2.

No cosmético, a maioria das emulsões são O/A por conta de a aplicação na pele do produto
final ser melhor e para evitar oleosidade. Porém possuem também A/O, mas é mais usado quando
a finalidade do produto é ter como característica aspecto oleoso (Figura 10) (LYSSANT, 1974).

Figura 10: Representação de Emulsão O/A e A/O.

Fonte: SANTOS, 2008, p. 11.

O responsável pela estabilidade e pela rápida formação da emulsão no produto final são os
emulsionantes por conta de oferecer uma boa distribuição das fases da emulsão. Os emulsionantes
são moléculas anfipáticas que possuem em sua composição química uma parte apolar, a hidrofóbica
que representa a cauda e a polar, a hidrofílica que representa a cabeça (RAMALHO, 2016).

A escolha dos emulsionantes mais adequados para cada tipo de produto depende
de vários fatores. A regra de Bancroft é muito útil na preparação de emulsões e na
escolha dos emulsionantes. Segundo a regra, para a preparação de emulsões de
óleo em água deve optar-se por emulsionantes essencialmente hidrofílicos, que
sejam bastante solúveis em água. Analogamente, na preparação de emulsões de
água em óleo, os emulsionantes usados devem ter caráter maioritariamente
hidrofóbico. Ou seja, os emulsionantes selecionados devem ser preferencialmente
solúveis na fase continua (RAMALHO, 2016).
A solubilidade dessa emulsão é calculada pelo HLB (Equação 2), que é o quociente entre
as frações hidrofílicas e hidrofóbicas das moléculas de emulsionante (FLOR, 2017, p. 49).
40

Quanto maior for o peso molecular da parte hidrofílica da molécula do


emulsionante, maior será o HLB. Quanto maior for o HLB, maior será a
solubilidade do emulsionante em água, que levará a formação de um maior
número de micelas e consequentemente um maior poder de emulsificação da fase
oleosa (FLOR, 2017, p. 49-50).

20 . Mh
HLB = (2)
M

Na Figura 11 estão apresentados os mais indicados emulsionantes para a formulação dos


protetores solares usados nas atuais indústrias (SLAHEDDINE; HOWARD, 2007).

Figura 11: Tabela de Exemplos de Emulsionantes Para Emulsões Com Proteção Solar.

Fonte: FLOR, 2017, p. 50.

4.6 FORMADORES DE FILME

Os formuladores devem considerar às exigências dos protetores solares, uma vez que são
utilizados ao ar livre e muitas vezes entram em contato com a água, sendo proveniente do suor em
atividades físicas ou até mesmo na praia e piscina (PAULA, 2001).

A expressão “à prova d’água” já não é mais usada para protetores solares, pois
trazia sensação exagerada de segurança aos consumidores, aumentando o risco de
eles se exporem a queimaduras. Essa expressão é substituída por outras, como
“resistente à água” ou “muito resistente à água”, quando é definido como
“resistente à água” quando o FPS é mantido após 40 minutos de imersão na água,
ou “à prova de água” se mantido após 80 minutos de imersão (RIGANO, 2015;
FERREIRA et al., 2005).
Quando estão em contato com a água ou suor os filtros hidrossolúveis perdem sua atividade
na formulação ou são eliminados totalmente (DOMIOGE, et al., p. 60, 2002).

Para conseguir resistência à água ou suor devem ser adicionados às formulações


agentes filmógenos que fixam os filtros na pele, impedindo sua retirada ao
41

entrarem em contato com a água. Os formadores de filme que conferem resistência


à água são os copolímeros de polivinilpirrolidona (PVP), eicosano, hexadeceno e
tricotanil (CABRAL et al., 2011).
Necessário tomar cuidado na aplicação do protetor solar, prevenindo o contato do produto
com os olhos, pois ele pode aderir à membrana mucosa dos olhos causando prolongada irritação
devido à dificuldade de retirada (MILESI; GUTERRES, 2002).

4.7 AGENTES SENSORIAIS

Os modificadores de sensorial são matérias primas muito utilizadas em produtos para


fotoproteção, tornando-os mais agradáveis durante e após a aplicação na pele, mascarando o
sensorial oleoso dos filtros UV. Eles proporcionam um sensorial mais seco, aveludado e sedoso.
Existem diferentes tipos de modificadores de sensórias, partículas como Sílica, Nylon-12 e Amido
(FLOR, 2017, p. 50).

As características sensoriais de uma formulação podem influenciar diretamente


na escolha do produto e na adesão ao seu uso. Considerando a importância deste
parâmetro na área cosmética, torna-se de grande valia a realização de estudos de
avaliação sensorial, uma vez que, esses podem influenciar significativamente no
sucesso do produto, devido às percepções de qualidade para um formulador e um
consumidor serem diferentes (MERCURIO, 2012, p. 17).
Análise sensorial faz parte do dia a dia de todos os consumidores, no momento em que
experimentam qualquer produto. A interpretação das propriedades e características do produto
cosmético é realizada por humanos através do olfato, paladar, tato e visão, permitindo avaliar o
produto detectando diferenças, preferencias ou aceitação (SANTOS et al., 2005, p 53).

Esta avaliação é uma valida e confiável ferramenta de pesquisa, e contribui para nas áreas
de desenvolvimento de produtos, controle de qualidade, desenvolvimento de processos e
marketing. A análise avalia também o comportamento do produto frente ao mercado consumidor
(MEILGAARD et al., 1999, p. 17).

A análise sensorial é um método de avaliação qualitativo e pode ser aplicado em


indústrias de consumo de várias áreas, visto que a competição de aceitação para
melhor comercialização de determinados produtos são verdadeiras batalhas o que
suscita aos setores de produção a necessidade de aperfeiçoamento da qualidade de
seus produtos (GONÇALVES et al., 2017, p.93).
42

A avaliação sensorial é realizada com humanos, conforme mencionado anteriormente.


Geralmente quando empresas realizam este teste existe um treinamento adequado para regular as
percepções dos participantes dentro de uma escala e uma aplicabilidade. O analista sensorial deve
escolher uma ferramenta simples para conseguir medir as diferenças sensoriais com uma grande
quantidade de participantes. Existem duas fontes de variação mais utilizadas, a primeira delas é
pela diferença que cada pessoa percebe um estimulo, e a segunda é o modo como os participantes
demonstram este estimulo, nestes casos os treinamentos minimizam as variações e a pesquisa
conclui-se com dados mais precisos (FÉDERLE et al., 2016, p. 62).

4.8 ATIVOS

Muitos aditivos podem ser incorporados às formulações de filtros solares com o objetivo
de melhorar seu desempenho. A escolha dos ativos deve se ater as normas vigentes de cada lugar
do mundo. Alguns exemplos destes compostos podem ser formadores de filmes que aumentam a
resistência a água e melhora a proteção, óleos e extratos com características especificas como o
óleo de andiroba que é um bom repelente para insetos, ativos hidratantes como D-Pantenol, extratos
e proteínas, manteiga de Karité um emoliente de origem vegetal com propriedades fotoprotetoras,
aceleradores de bronzeamento, partículas refletoras de luz e vitaminas antioxidantes
(CHEREPANOV, DAYAN, 2017, p. 42).

Antioxidante é qualquer substância que, presente em baixas concentrações quando


comparada a do substrato oxidável, atrasa ou inibe a oxidação de maneira eficaz. Os antioxidantes
são capazes de interceptar os radicais livres, doando um elétron ao radical hidrogénio, assim capta
e neutraliza o radical livre prevenindo o ataque do alvo biológico (JASKI et al., 2011, p. 7).

4.9 CONSERVANTES

Os intitulados como conservantes, são compostos químicos que possuem atividades


biológicas, este elemento está presente na formulação de cosméticos, medicamentos, produtos de
higiene e em praticamente todos os produtos existentes no mercado. Esse componente vem
43

recebendo bastante atenção, principalmente na linhagem dos cosméticos e medicamentos, por


conta de os conservantes serem agentes alergênicos e irritantes a pele. À medida que o uso desse
material aumenta na composição dos produtos, a sensibilidade sentida pelo consumidor, se
intensifica (PUPO, 2012).

Nos cosméticos, os conservantes, também conhecido como preservantes, possuem a função


de aumentar a vida útil dos produtos, impedindo que bactérias, fungos, leveduras e mofos se
desenvolvam. Mesmo sendo um componente importante, deve-se ter atenção na escolha, porque
dependendo do preservante utilizado, pode provocar mudança no produto como na cor, odor e
consistência, podendo também provocar danos à própria saúde dos consumidores (BARROS,
2016).

Porém não é tão simples incluir o conservante na formulação de um cosmético, por existir
alguns problemas, como, por exemplo, não ter compatibilidade química com algum outro
componente que está presente na fórmula desenvolvida, causando alguma reação indesejada
(BARROS, 2016).

Para conservar um cosmético tradicional existe, par ao formulador, uma gama


enorme de conservantes dos quais dos quais ele pode fazer o uso durante o
desenvolvimento de uma fórmula. De forma geral encontrar o(s) conservante(s)
ideal(is), que atenda(m) a todos os critérios de observação, segurança e toxidade,
representa um desafio para o formulador. Na tentativa de contribuir com os
formuladores brasileiros, a ANVISA, por meio de sua Câmara Técnica de
Cosméticos (Catec), criou a RDC nº 162, de 11 de setembro de 2001, que traz
uma lista dos conservantes cujo o uso é permitido em produtos comercializados
no Brasil (PEREIRA et al., 2011).
A contaminação dos microrganismos, muitas vezes, acontece na fabricação ou no processo
de uso do produto do consumidor. Na fabricação, a contaminação pode ser através do equipamento,
da água, do utensilio, da matéria prima ou pelo próprio processo ou pelo ambiente (LANNA;
VIANA, 2013, p. 582).

4.10 FRAGRÂNCIA

Quando compramos um protetor solar, ou qualquer cosmético em geral, a primeira coisa


que fazemos quando o produto está em nossas mãos é sentir seu cheiro, pois a fragrância é uma
44

das características que mais analisamos quando estamos falando sobre esse tipo de produto
(NEVES, 2010, p. 17).

Trata-se de uma técnica ou ferramenta baseada na linguagem primitiva do instinto


e da emoção. Fragrâncias e perfumes têm sido usados por milhares de anos e
transmitem mensagem de beleza (perfumes e cremes), limpeza (sabonetes e
produtos para limpar a casa), funcionalidade (detergentes em pó, por exemplo).
Esses cheiros têm o poder de desencadear efeitos mentais e psicológicos, e
oferecem um caminho seguro para o desenvolvimento de novos produtos, espaços
e tecnologias (BACCHI, 2010, p. 18)
Fragrâncias são compostos incorporados aos produtos de cuidado pessoal para aperfeiçoar
seu odor ou para passar uma impressão estética no usuário. São desenvolvidas por empresas
especializadas conhecidas como “casa de fragrâncias”, formada por perfumistas, químicos,
avaliadores, pessoal de marketing e outros profissionais. Dependendo da ocasião, a casa de
fragrância pode desenvolver fragrância de acordo com as tendências do mercado ou, podem
trabalhar seguindo diretrizes fornecidas pelo cliente (SCHUELLER; ROMANOWSKI, 2005, p.
50).

Para a criação das fragrâncias, os perfumistas utilizam uma variedade de óleos essenciais
muito grande, que vão desde os naturais até os sintéticos. Os óleos naturais são tirados de fontes
vegetais, como folhas, raízes, flores, ervas, entre outros. Atualmente o que mais vem acontecendo
é a substituição dos óleos naturais pelas matérias-primas sintéticas, justificando-se por existirem
notas que podem ser alcançadas artificialmente que não são encontradas na natureza. Algumas das
notas mais utilizadas na linha dos cosméticos são: cítricas, frutosas, herbáceas, floral, samambaia,
oriental (SCHUELLER; ROMANOWSKI, 2005, p. 51).

A escolha da fragrância é um ponto extremamente importante na formulação de um protetor


solar. Essa importância se faz necessária por conta do efeito psicológico que causa nos
consumidores. Portanto a escolha deve ser feita sempre por um especialista, que conheça
muitíssimo o mercado e suas vertentes olfativas. A escolha precisa levar em consideração o ativo
utilizado na formulação do produto, que normalmente tem cheiro muito forte, fazendo com que
não se possa escolher qualquer fragrância. Sabe-se que o cheiro da formulação pode interagir com
a fragrância de modo a sugerir proteção, sendo assim, a escolha da fragrância pode ser um ponto
positivo. (NEVES, 2010, p. 20).

Muitas vezes, além da eficácia dos ativos, a fragrância transmite ou reforça a


sensação de funcionalidade de um produto. Por exemplo, um creme para o rosto
com água termal deve transmitir um cheiro de leveza e frescor. Com isso, o
45

consumidor associa a fragrância ao posicionamento do produto. A fragrância está


sempre intimamente ligada à funcionalidade do produto, especialmente em
mercados de massa (ONETO, 2010, p. 18).
Para a formulação de um produto com certas fragrâncias é necessário que alguns cuidados
sejam tomados para mantê-la no produto até que ele seja aberto pelo consumidor, como por
exemplo: temperatura de adição no processo, influência da luz, compatibilidade com outras
matérias-primas, compatibilidade com o frasco. Existem algumas matérias-primas na composição
das fragrâncias que, acima de certa temperatura, volatilizam (Figura 12) e isso descaracteriza o
produto (DALANEZE, 2018).

Figura 12: Escala de Notas.

Fonte: Cosmética em Foco.

4.11 AJUSTE DE PH

O potencial hidrogeniônico ou pH, determina a concentração de íons de hidrogênio (H+)


presentes em uma substância. Os valores variam de 0 a 14, os valores de pH 0 a 7 são considerados
ácidos, o pH em torno de 7 é considerado neutro e os valores acima de 7 são denominados alcalinos
ou básicos (SOUZA, 2008).

O valor do pH cutâneo de mulheres e homens varia de 5,0 a 5,5. Estes valores podem variar
de acordo com a área analisada e depende também de fatores externos. O pH cutâneo é considerado
46

levemente ácido e contribui para as atividades bactericida e fungicida da pele (MELO; CAMPOS,
2016, p. 37).

Uma propriedade importante para um cosmético é o pH, este deve ser o mais próximo
possível do pH natural da região onde será aplicado (GALEMBECH; CSORDAS, 2009, p. 22).

As emulsões com proteção solar possuem pH na faixa de 5,5 – 7,55, dependendo


do tipo de filtro utilizado. Nas emulsões com filtros hidrossolúveis por exemplo,
Phenilbenzimidazole Sulfonic Acid, é preciso garantir que o pH do produto final
fique acima de 7 para não ocorrer a cristalização da forma ácida do filtro, que não
absorve a radiação UV. No caso das emulsões que não utilizam filtros
hidrossolúveis, é indicado um pH mais próximo ao pH da pele (aproximadamente
5,5). Dessa formam os polímeros utilizados em emulsões com proteção solar
devem atuar nessa faixa de pH (5,5 – 7,5) (FLOR, 2017, p.46).

Para ajustar o pH dos produtos cosméticos, são utilizadas substâncias ácidas ou alcalinas.
Estes agentes reguladores de pH são classificados como neutralizantes, alcalinizantes, acidulantes.
Os agentes mais utilizados como acidulantes são os ácidos carboxílicos e hidro carboxílicos, como
por exemplo o ácido cítrico e o ácido láctico. Os alcalinizantes são de origem orgânica ou
inorgânica, por exemplo as alcanolaminas e o aminometil propanol, o hidróxido de sódio, o
hidróxido de potássio e também o hidróxido de amônio (AMIRALIAN; FERNANDES, 2018, p.
29).
47

5 DESENVOLVIMENTO DE FORMULAÇÕES

A fim de atingir o objetivo deste trabalho que consiste em desenvolver propostas de


formulações de fotoprotetores que atuem na área da luz visível, este capítulo destina-se ao
desenvolvimento das formulações de um Protetor Solar FPS 60 – Fluido, e um Protetor em Stick
FPS 50.

5.1 PRODUTOS

O primeiro produto desenvolvido foi o Protetor Solar FPS 60 – Fluido (Tabela 1), este
protetor solar possui textura ultrafluida oferecendo praticidade em sua aplicação e rápida absorção.
Não possui textura oleosa pois não contém óleos em sua composição, sendo então “oil free”. Por
apresentar alta proteção contra os raios UVA (PPD 20,9) e UVB proporciona ótima proteção contra
o sol e ação antienvelhecimento. É resistente a água. Possui mecanismo de controle da oleosidade
com sílica, que reduz a oleosidade produzida pela pele deixando-a “matte”, sem brilho, além de
auxiliar na redução e no controle da acne. Este protetor solar contém tecnologia contra a luz visível
pois os filtros Tinosorb® A2B e o Tinosorb® M utilizados em conjunto, abrangem a faixa do
visível, a partir de 400 nm, e protegem a pele das luzes provenientes dos eletroeletrônicos.

Tabela 1: Fórmula do Protetor Solar FPS 60 – Fluido.

PROTETOR SOLAR FPS 60 – FLUIDO


COMPONENTES % FUNÇÃO
1 Água desmineralizada q.s.p. Veículo
(Aqua)
2 EDETA BD 0,05 Sequestrante
(Tetrasodium EDTA)
3 LUVISKOL K 30 POWDER 1,50 Polímero de Fixação
FASE I (Polyvinylpyrrolidone (PVP))
4 Tinosorb A2B 14,00 Filtro Solar
(Tris-Biphenyl Triazine (and) Aqua (and)
Decyl Glucoside (and) Butylene Glycol
(and) Disodium Phosphate (and) Xanthan
Gum)
48

Continuação da Tabela 1
Tabela 1: Fórmula do Protetor Solar FPS 60 – Fluido.

COMPONENTES % FUNÇÃO
5 Tinosorb M 14,00 Filtro Solar
(Methylene Bis-Benxotriazolyl
FASE I Tetramethylbutylphenol (and) Aqua (and)
Decyl Glucoside (and) Propylene Glycol
(and) Xanthan Gum)
6 Uvinul A Plus 4,00 Filtro Solar
(Diethylamino Hydroxybenzoyl Hexyl
Benzoate)
7 NUVIGUARD OMC 800 6,50 Filtro Solar
(Ethylhexyl Methoxycinnamate)
FASE II 8 CETIOL AB 2,00 Emoliente
(C12-15 Alkyl Benzoate)
9 CETIOL OE 4,00 Emoliente
(Dicaprylyl Ether)
10 EUMULGIN VL 75 6,00 Emulsionante
(Lauryl Glucoside (and) Polyglyceryl-2
Dipolyhydroxystearate (and) Glycerin)
11 CETIOL ULTIMATE 5,00 Emoliente
(Undecane (and) Tridecane)
12 HANSA CARE DECA 5,00 Silicone
FASE III (Cylopentasiloxane)
13 Silica MSS-500W 3,00 Modificador de
(Silica) Sensorial
14 PREVINT PLUS 0,20 Conservante
(Phenoxyethanol (and) Methylisothiazoline
FASE IV (and) Aqua)
15 Fragrância q.s. Aditivo de Odor
(Perfum)
16 1,2 PROPYLENE GLYCOL CARE 1,00 Umectante
(Propylene Glycol)
FASE V 17 Keltrol CG-LAX-T 0,25 Estabilizante/Espessante
(Xanthan Gum)
18 ÁCIDO CÍTRICO (Sol. 10%) pH 5,5 – 7,0 Ajuste de pH

PROCEDIMENTO
- Pesar a FASE I e homogeneizar;
- Pesar a FASE II e homogeneizar;
- Verter a FASE I sobre a FASE II e agitar;
- Pesar a FASE III, homogeneizar e adicionar na mistura;
- Adicionar separadamente os componentes da FASE IV e homogeneizar;
- Adicionar a FASE V e homogeneizar. Se necessário, ajustar o pH.

O segundo produto é o Protetor Solar Facial FPS 50 – Stick (Tabela 2), possui alta proteção
contra raios UVA, UVB e luz visível, pois contém filtros inorgânicos em sua formulação que
49

refletem a luz solar e a luz visível, não as deixando entrar em contato com a pele. O Stick foi
especialmente desenvolvido para ser utilizado por pessoas com peles sensíveis. Deve ser aplicado
em pequenas áreas, como o rosto. Possui alta resistência à água.

Tabela 2: Fórmula do Protetor Solar Facil FPS 50 – Stick.

PROTETOR SOLAR FACIAL FPS 50 – STICK


COMPONENTES % FUNÇÃO
1 Uvinul A Plus 6,00 Filtro Solar
(Diethylamino Hydroxybenzoyl Hexyl
Benzoate)
2 CETIOL CC 10,00 Emoliente
FASE I (Dicaprylyl Carbonate)
3 CETIOL AB 2,00 Emoliente
(C12-15 Alkyl Benzoate)
4 NUVIGUARD OMC 800 8,00 Filtro Solar
(Ethylhexyl Methoxycinnamate)
5 6401 CANDEÚBA S 11,00 Agente de Consistência
(Candelilla Cera and Oxidized
Polyethylene and Cetyl Palmitate)
6 7205 BEESWAX S 10,00 Agente de Consistência
(Cera Alba and Paraffin)
7 TINOGARD TT 0,20 Estabilizante
(Epentaerythrityl Tetra-di-t-buty Antioxidante
Hydroxyhydrociannamate)
8 CETIOL SB 45 2,50 Emoliente
(Butyrospermum Parkii (Shea) Butter)
FASE II 9 CETIOL SENSOFT 3,00 Emoliente
(Propylheptyl Caprylate)
10 HANSA CARE 350 5,00 Silicone
(Dimethicone)
11 HANSA CARE 3018 5,00 Silicone
(Stearyl Dimethicone)
12 ÓLEO MINERAL USP 13,30 Veículo
(Parffinum Liquidum)
13 COSMEDIA DC 3,00 Polímero Resistente a
(Hydrogenate Dimer Dilinoleyl and Água
Dimethylcarbonate Copolymer)
14 Z-Cote 10,00 Filtro Solar
(Zinc Oxide (and)
Triethoxycaprylylsilane)
FASE III 15 T-Lite 8,00 Filtro Solar
(Titanium Dioxide (and) Hydrated
Silica (and) Aluminum Hydroxide
(and) Hydrogen Dimethicone)
16 Tinosorb M 3,00 Filtro Solar
(Methylene Bis-Benxotriazolyl
FASE IV Tetramethylbutylphenol (and) Aqua
(and) Decyl Glucoside (and) Propylene
Glycol (and) Xanthan Gum)
50

Continuação da Tabela 2
Tabela 2: Fórmula do Protetor Solar Facial FPS 50 – Stick.

PROCEDIMENTO
- Pesar a FASE I, aquecer a mistura entre 75–80ºC e homogeneizar;
- Pesar a FASE II, aquecer a mistura acima de 85ºC e homogeneizar;
- Deixar a FASE II esfriar, quando a temperatura dessa FASE estiver abaixo de 80ºC, verter
a FASE I sobre a FASE II;
- Pesar a FASE III e adicionar na mistura anterior (enquanto a temperatura estiver entre 75–
80ºC), deixar homogeneizando por 10 minutos;
- Na sequência, adicionar a FASE IV e homogeneizar.

5.2 ROTULAGEM

Segundo a ANVISA, a rotulagem tem como objetivo estabelecer as informações


indispensáveis que devem figurar nos rótulos dos produtos de higiene pessoal, cosméticos e
perfumes, concernentes a sua utilização, assim como toda a indicação necessária referente ao
produto.

A rotulagem de um produto cosmético deve atender, o estabelecido na RDC no 15/2015 e


também devem atender a RDC no 30/2012, para protetores solares na rotulagem principal de um
produto para proteção solar, é obrigatório destacar, o número de proteção solar precedido por
“FPS”, ou das palavras de fator de proteção solar, e deve indicar a proteção UVA e UVB. Protetores
solares devem conter as seguintes advertências de rotulagem: faixa etária de uso, indicação para
pele irritada ou lesionada, e em casos de irritação suspender o uso e procurar auxílio médico
(AMIRALIAN; FERNANDES, 2017, p. 31).

A RDC no 30/2012 informa também algumas advertências e instruções de uso que deverão
conter na rotulagem do produto alguns dizeres, como: Necessária a reaplicação do produto para
manter sua efetividade; Ajuda a prevenir as queimaduras solares; Para crianças menores de 6 (seis)
meses, consultar um médico; Este produto não oferece nenhuma proteção contra insolação; Evite
exposição prolongada das crianças ao sol; Aplique abundantemente antes da exposição ao sol.
(Caso exista um período de espera antes da exposição também deverá conter na embalagem);
Reaplicar sempre, após sudorese intensa, nadar, banhar-se, secar-se com toalha e durante exposição
51

ao sol. (Caso o fabricante determine um tempo para a reaplicação, deverá constar no rótulo do
produto); se a quantidade aplicada não for adequada, o nível de proteção será significativamente
reduzido (ANVISA, 2012).

A legislação proíbe a utilização de apelos terapêuticos, figuras ou símbolos que possam


confundir o consumidor nas informações relacionadas a origem do filtro solar (GRADIM, 2016, p.
20).

Embora existam protetores solares que bloqueiem a ação do espectro de luz visível na pele,
seja pela combinação dos filtros Tinosorb® A2B e Tinosorb® M, pela presença de pigmentos ou
pela presença de filtros físicos, sua grande maioria não apresenta em sua rotulagem alguma
indicação que estes produtos possam proteger a pele contra a radiação da luz visível, mesmo
atualmente com o interesse crescente para este tipo de produto (GABBI, 2014).

A rotulagem exigida para protetores solares impossibilita, a comercialização de um mesmo


produto por todo o globo. Os Estados Unidos da América e o Canadá exigem que o rótulo descreva
a composição do produto em uma tabela, identificando os ingredientes ativos, as funções, e
concentrações, por considerarem o produto como medicamento. A União Europeia não considera
filtros solares como medicamentos, e exige somente os dados de rotulagem descritos na EC nº
12123/2009. Os mercados Asiáticos, do Oriente Médio, Mercosul e alguns Países Sul-americanos,
acompanham a mesma exigência da UE (AZZINI, 2017, p. 36).

De forma geral, os dados obrigatórios na rotulagem são a logomarca, descrições que


abrangem o tipo do produto, finalidade, composição, modo de uso, advertências, dados do
fabricante, origem, número do lote, validade, e se o produto é inflamável (GRADIM, 2016, p. 20).

5.3 TESTES

Após as formulações serem desenvolvidas a realização de alguns testes são necessários para
determinar alguns aspectos importantes para a eficácia do produto, são eles determinação do FPS,
proteção UVA e teste de estabilidade.
52

5.3.1 Determinação do FPS

O FPS é um valor numérico com intuito de qualificar no decorrer do tempo ao qual a pele
estará protegida contra queimadura solar empregando um protetor solar específico. A determinação
do FPS analisa a eficácia da ação dos protetores solares na faixa do UVB do espectro
eletromagnético sendo eficaz aquele produto que ampara a pele contra queimadura solar. O valor
do FPS equivale a razão entre o tempo de exposição à radiação UV para formação de eritema na
pele protegida e o tempo para o mesmo efeito, com a pele desprotegida (Equação 3)
(FRANQUILINO, 2014, p. 20).

MED (pele protegida)


FPS = MED (pele sem proteção) (3)

Segundo ANVISA, RDC nº 237, de 22 de agosto de 2002, os produtos de Higiene Pessoal,


Cosméticos e Perfumes que não proclamem um valor de FPS em sua rotulagem, mas declarem na
mesma que “contém filtro solar”, deverão comprovar proteção solar no mínimo de FPS 2, através
de sua formulação ou ensaio “in vivo” ou “in vitro” ou por trabalhos científicos.

Os produtos de proteção solar são considerados grau de risco 2, portanto, é indispensável o


registro na ANVISA anteriormente ao seu lançamento no mercado. Como parte da documentação,
os fabricantes devem exibir relatórios de testes de eficácia in vivo, acompanhando as metodologias
Colipa ou FDA, as mais usadas no mercado (KHURY; SOUSA, 2010, p. 72).

5.3.2 FPS “in vivo” – Seco

Quando precisamos realizar testes com produtos cosméticos para a determinação de sua
eficácia, devemos faze-los de maneira in vivo, que significa que o teste será feito com seres vivos.

Metodologia Colipa

A metodologia Colipa seleciona de 10 a 20 voluntários entre 18 e 60 anos, de fototipos II e


III, segundo a escala Fitzpatrick (Figura 13). Depois da avaliação dermatológica, os voluntários
53

são colocados à exposição no simulador solar. Essa exposição é necessária pois através dela será
medido o valor da MED, e que deve ser feita sem o uso de nenhum tipo de proteção. Essa exposição
é feita em uma sequência de raios UVB com potência aumentada em progressão geométrica, sendo
sempre 25% a mais em relação à anterior. Depois de aplicada a radiação (Figura 14), o voluntário
retorna ao laboratório após 24 horas para interpretação do resultado. Avalia-se a competência que
aquele determinado voluntário tem em resistir a radiação UVB sem se queimar, determinando
assim o valor da MED da pele desprotegida (NEVES, 2008, p. 19).

Figura 13: Tabela da Classificação dos Fototipos pela Escala Fitzpatrick.

Fonte: MOTA; BARJA, 2006, p. 2562.

Para determinar o FPS na pele protegida, são aplicados, no quadrante superior das
costas do voluntário, 2 mg/cm2 de pretor solar com ingredientes ativos. Após 20
minutos (tempo de absorção do produto) é feita a irradiação com o simulador no
local protegido pelo produto. Depois de 24 horas, o voluntário retorna ao
laboratório, quando é realizada a avaliação da MED com a pele protegida e o
cálculo do FPS é feito (FRANQUILINO, 2014, p. 20).

Figura 14: Determinação do FPS in vivo com Simulador Solar.

Fonte: NEVES, 2008, p. 21.


54

O cálculo é feito a partir da média das medições, sendo que a aprovação só será apresentada
com uma variação de ± 20% do valor encontrado na embalagem. Portanto, entende-se que quanto
maior for o FPS, maior será a proteção, em outras palavras, maior será o tempo que a pele ficará
protegida quando exposta a radiação UVB. Também é possível entender de maneira que uma
pessoa pode ficar 20 minutos exposta ao Sol sem proteção, com a utilização de um protetor com
FPS 15 será possível ficar 300 minutos (20 minutos x FPS 15) ao Sol sem se queimar (NEVES,
2008, p. 19).

Metodologia FDA

A metodologia da FDA para o teste in vivo é exatamente igual ao da Colipa (Figura 15)
porém a quantidade de voluntários é de 20 a 25 voluntários e a faixa etária de 18 a 50 anos. Porém
a média final encontra-se um valor de FPS que não poderá ser inferior ao que é apresentado na
embalagem, e a variação não pode ser maior que 5% (INMETRO, 2012).

Figura 15: Tabela de Comparação das Metodologias FDA x Colipa.

Fonte: NEVES, 2008, p. 20.


55

5.3.3 FPS “in vivo” – Resistente à Água e ao Suor

O método de resistência à água e ao suor é similar ao de determinação do FPS, sendo


acrescido a necessidade do voluntário ser mergulhado em água entre os ciclos de medida. Para esse
processo é utilizada água potável entre 23-32ºC em piscina com turbilhonamento. Os passos para
o teste baseiam-se em aplicar o produto e esperar 15 minutos. Após essa etapa, o voluntário é
mergulhado por 20 minutos, seguido por um descanso fora da água por 15 minutos, voltando a ser
mergulhado por mais 20. Após dois ciclos, espera a área do teste secar naturalmente e a expõe ao
simulador solar. Caso após todo esse processo, o produto conservar pelo menos 50% de proteção
a seco será aprovado como “resistente à água”. O produto só será classificado como “muito
resistente à água” ou “à prova d’água” e ao suor caso passe pelo mesmo procedimento só que com
4 ciclos de imersão e descanso, e exibir o mesmo resultado de proteção que o anterior (NEVES,
2008, p. 19-20).

5.3.4 FPS “in vitro”

Por conta da determinação do FPS através do método in vivo ter uma longa duração de
tempo, envolver seres humanos tendo assim que possuir um planejamento cuidadoso e por ter
dificuldades de determinar altos valores de FPS, os métodos in vitro passaram a serem
desenvolvidos e aperfeiçoados (TEIXEIRA, 2016).

Diversos testes in vitro foram propostos para determinar a eficácia UV de diversos


protetores solares. Esses métodos são baseados nas técnicas de análise espectrofotométricas por
serem mais confiáveis (NEVES, 2008).

Numa delas, proposta por Cumpelik mede-se a transmissão de uma solução do


moderador diluída num solvente apropriado. O segundo método proposto por
Robertson e Groves envolve a medição da transmissão ótica através de um filme
fino do produto diluído. Nota-se que este último método é o único a ser incluído
numa das propostas para determinar a eficiência dos moderados na faixa UVA.
Estes métodos são de natureza física, e, apesar de serem precisos, sofrem certas
limitações porque não consideram nenhum fator envolvendo a interação da pele
humana com o produto (ALVES et al., 1991).
56

Outro método in vitro desenvolvido foi o Mansur pelo Sayre, que o produto a ser medido é
aplicado sobre um abstrato formado de epiderme de camundongo fêmea sem pelos e é colocado
sobre uma placa de quartzo e assim é medido pelo espectrofotômetro (ALVES et al., 1991).

Após uma comparação entre o método Mansur com o teste in vivo feito em humanos, os
métodos mostraram uma correlação apresentando o mesmo erro de 8% e além disso, ele foi
considerado superior em relação aos outros testes in vitro (MELO, 2015).

Dentre as análises mais solicitadas, encontra-se a determinação do FPS in vitro


em produtos fotoprotetores para acompanhamento no desenvolvimento das
formulações e realização de análise previa para futuro registro junto à Anvisa/MS.
Atualmente, a Agência só aceita o teste “in vivo” para estes produtos (RIBEIRO
et al., 2004, p. 85).
Os métodos in vitro possuem diversas vantagens como ser mais em conta e mais rápido do
que o in vivo e ser mais seguro pelo fato de não utilizar voluntários humanos. Atualmente, é pouco
utilizado por possuir algumas dificuldades técnicas, como encontrar um substrato adequado que
precisa ter diversas características técnicas como transparência suficiente a UVB e boa afinidade
com o produto que simule a absorção (SILVA, 2007).

Entretanto, a técnica in vitro por espectrofotometria pode ser utilizada em testes


comparativos e orientativos, tendo grande aplicação na previsão do FPS antes de
serem realizados os testes em voluntários humanos, reduzindo o risco de
queimaduras aos quais estes indivíduos são submetidos ao executarem o teste
(SILVA, 2007).

5.3.5 Determinação de Fator de Proteção UVA

Para determinar a proteção nessa região solar, ainda não possui nenhuma norma ou método
padronizado universalmente. Porém, para fazer essa determinação, utilizam-se diversos métodos
in vivo e in vitro (NEVES, 2008).

O nível mínimo de proteção aceito nesse teste é de 1/3 do valor do FPS mediante ao
comprimento de onda de 370 mm. Esse método é apenas uma recomendação, porém atualmente
está começando a ser considerado pelas empresas como uma norma e com isso está sendo mais
aplicado para obter o resultado (FERREIRA, 2007).

O PPD é o teste in vivo mais utilizado frequentemente. Se baseia na resposta de


pigmentação persistente na pele frente a radiação UVA. Ou seja, a pele fica exposta de duas a
57

quatro horas a radiação UVA e depois sofre a determinação do estudo. Outro método utilizado
também é o IPD, semelhante ao PPD, tendo como diferença o tempo de duração, sendo
determinado após dois minutos e é muito pouco utilizado por conta de apresentar variações em seu
resultado (SILVA, 2007).

Já os testes in vitro destacam-se o comprimento de onda crítico que é utilizado o


espectrofotômetro UV com esfera de interação, onde inicialmente é determinado o espectro da
absorbância do produto na faixa entre 290-400 nm. Com isso o comprimento de onda crítico é
calculado através da Equação 3, tendo o resultado em porcentagem (SILVA, 2007):

(3)

No método UVA/UVB é medido a absorção do produto entre a faixa 290-400 nm e após


isso é calculado a razão das áreas sob a curva UVA e UVB conforme a Equação 4, onde é
expressada em porcentagem (KHURY et al, 2010):

(4)

A Austrália é o único país que possui método oficial para medição da proteção
UVA. O documento, denominado de Australian Standard ou AZ/NZS 2604:1998,
regula todas as análises relativas à eficiência de protetores solares, como medição
de proteção solar UVB (FPS), teste de resistência à água e medição de proteção
UVA. A norma australiana para a região UVA é baseada em medidas
espectrofotométricas e é composta de três tipos diferentes de procedimentos, para
atender a diferentes tipos de produtos. O resultado (independente do
procedimento) é expresso em porcentagem (KHURY; SOUZA, 2010).

Já no método UVA Balance é utilizado tanto resultados in vivo como in vitro e é


determinado através da razão da proteção UVA (in vivo) e proteção UVB (in vitro) conforme a
Equação 5 (KHURY; SOUSA, 2010).:
58

(5)

O PPD in vitro é resultante da curva espectrofotométrica do protetor. Após isso, ocorre uma
comparação dos resultados in vivo e in vitro e se derem diferentes, deverão sofrer um reajuste na
curva de absorção com uma constante C para que assim os resultados sejam iguais e com essa curva
ajustada, calcula se o PPD in vitro e o resultado também é expresso em porcentagem (NEVES,
2008).

O método in vitro para determinação do FP-UVA foi desenvolvido na tentativa


de se aproximar ao máximo às condições do teste in vivo pela metodologia PPD,
de modo a tentar se obter um valor de FP-UVA consistente com o obtido in vivo.
O objetivo desta metodologia é determinar o FP-UVA in vitro, antes e após a
irradiação, correlacionando com o valor do FPS obtido in vivo. Como resultado
complementar tem-se a razão FPS/FPUVA, à partir do valor de FPS in vivo; a
razão UVA/UVB e o comprimento de onda crítico (SOUZA, 2016).

5.3.6 Teste de Estabilidade

O teste de estabilidade para os produtos cosméticos serve para fornecer informações sobre
o grau de estabilidade em certas condições, desde a fabricação até o término da sua validade. A
contribuição deste teste é para determinar o tempo de validade, aperfeiçoamento do produto e
também determinar a segurança e a confiabilidade (FRANQUILINO, 2014).

Fornece subsídios para o aperfeiçoamento das formulações; estima o prazo de


validade; auxilia no monitoramento da estabilidade organoléptica, físico-química
e microbiológica para proporcionar maior segurança dos produtos cosméticos e
farmacêuticos (LARENTES, 2009).
O teste inicial para os produtos cosméticos mais indicado é o teste de centrifugação. O
processo de centrifugação causa estresse na amostra, devido ao aumento da força da gravidade
tendo como consequência um aumento na mobilidade das partículas, que pode causar a
desestabilização de uma emulsão através de uma separação de fases ou precipitação. A ANVISA
aconselha que o produto seja submetido a centrifugação pelo menos 30 minutos e com uma
velocidade de 3.000 rpm. Se por acaso for observado alguma instabilidade, a reformulação deverá
ser realizada, porém se forem consideradas estáveis, o próximo passo são outros testes de
estabilidade (SILVA et al., 2013).
59

Segundo o Guia de Estabilidade de Produtos, o próximo teste é o de estabilidade preliminar


com a finalidade de ter os resultados do produto em sua fase inicial de desenvolvimento que tem
duração de até 15 dias. O teste de estabilidade acelerada tem como objetivo determinar o tempo de
vida útil do produto e a compatibilidade da formulação com a embalagem. Possui a duração de 90
dias a 1 ano e é feita em escala laboratorial e piloto de fabricação. Outro teste é o de estabilidade
de longa duração que determina os limites dos produtos e o prazo de validade estimado no teste de
estabilidade acelerada. As amostras para este teste são armazenadas em temperatura ambiente e
analisadas até o prazo estimado no teste acelerado (ANVISA, 2004).

O teste de estabilidade preliminar é realizado na fase inicial do desenvolvimento e nesse


método empregam-se condições extremas de temperatura e tem o objetivo de acelerar as reações
entre os componentes e as características do produto. As temperaturas normalmente usadas pela
estufa são de 37ºC, 40ºC, 45ºC e 50ºC com uma tolerância de ±2ºC e em relação às temperaturas
baixas, variam de 5ºC ± 2 ºC na geladeira e -5 ºC ou -10 ºC ± 2ºC. Já o teste de estabilidade
acelerado também é feito no início do desenvolvimento e serve como auxiliador para determinar a
estabilidade dessa formulação (ANVISA, 2004).

5.3.7 Teste dos Filtros

O Tinosorb® A2B é um filtro orgânico UV da BASF que tem as partículas finamente


moídas (micronizadas) com uma capacidade de absorção extremamente alta e com uma afinidade
muito grande com a água, assim quando adicionado a uma emulsão fica na fase aquosa. Por mais
que seja um filtro orgânico, para se tornar micronizado o mesmo deve passar por um processo de
polimerização. Esse filtro protege das radicações UVAII e UVB com desempenho de tripla ação,
ou seja, absorve, reflete e dispersa a luz, (Figura 16) ajudando na prevenção de câncer de pele e
envelhecimento causados pela incidência de raios solares na pele (CERDEIRA et al., 2016).
60

Figura 16: Desempenho do Tinosorb® A2B.

Fonte: BASF, 2016.

Tinosorb® A2B, ou Tris-Biphenyl Triazine (Figura 17), proporcionando uma proteção


equilibrada. Esse filtro possibilita formulações com FPS mais altos e possibilita fotoestabilidade
alta, ou seja, a resposta que o filtro possui quando exposto à luz podendo ser solar ou artificial
(CERDEIRA et al., 2016).

Figura 17: Molécula do Tinosorb® A2B.

Fonte: BASF, 2016.

Quando adicionado à fase aquosa de formulações cosméticas, o Tinosorb® A2B


fornece aos filtros solares a leveza exigida pelos consumidores. Seu espectro
exclusivo de absorção e efeito de dispersão das partículas micronizadas
proporcionam maior desempenho do FPS, com menores concentrações de filtro
UV quando comparado a outros ingredientes convencionais (OKI, 2016).
61

O Tinosorb® M (methylene bis-benzotriazolyl tetramethylbutylphenol) (Figura 18)


também produzido pela BASF sendo considerado um dos principais filtros do mercado que atua
com uma proteção no amplo espectro (BERNARDES; CORRÊA, 2013, p. 118)

Figura 18: Molécula do Tinosorb® M.

Fonte: BASF.

O Tinosorb® M é um filtro orgânico que realiza a proteção UVA e UVB. Mesmo sendo
um filtro orgânico, ele também tem a propriedade de reflexão e dispersão da radiação, sendo
considerado também como um filtro particulado (Figura 19) (BASF, 2017).

Figura 19: Características orgânicas e inorgânicas do Tinosorb® M.

Fonte: BASF.

Por conta de o Tinosorb® A2B e o Tinosorb® M serem filtros particulados, os mesmos são
indicados para alcançar altos valores de FPS no protetor solar e são eficientes na proteção contra a
luz visível e radiação infravermelha (ELIZA, 2018).
62

Segundo material da BASF, foi realizado um teste para os filtros Tinosorb® M e Tinosorb®
A2B apresentado no gráfico abaixo (Figura 20), que representa a eficácia destes filtros quando
submetidos a uma faixa de comprimento de onda (400-480 nm), para visualização de como se
comportam na luz visível, mesmo não existindo testes específicos para essa radiação, ainda assim
é possível visualizar. No gráfico também estão representadas as curvas de outros 4 filtros. É
possível analisar que os dois filtros em questão são os que tem maior eficácia na região do visível
podendo ser utilizados em conjunto para uma maior eficiência e harmonia na fórmula do protetor
solar.

Figura 20: Gráfico da Ação do Tinosorb® M e Tinosorb® A2B na região da luz visível.

Fonte: BASF, Apresentação Interna.

5.3.8 Testes dos Protetores Solares

Para realização da eficácia do FPS das fórmulas apresentadas anteriormente, foi utilizado o
Sunscreen Simulator da BASF onde são exibidos valores de FPS, e parâmetros de UVA por país e
bloco econômico.
63

5.3.8.1 Determinação do FPS in vivo

A simulação do fator de proteção solar in vivo (SPF, ISO 24444) demonstra a eficiência do
protetor solar. Essa eficiência é a razão entre o FPS e a concentração total do filtro UV (em %).
Portanto, quanto maior esse valor, menor a quantidade necessária de filtro para atingir um
determinado FPS. Isso significa que é possível um maior grau de liberdade na escolha de outros
ingredientes em uma formulação de protetor solar. Os valores obtidos para o Protetor Solar Facial
FPS 50 - Stick e Protetor Solar FPS 60 – Fluido estão representados na Figuras 21 e 22,
respectivamente.

Figura 21: Valor de FPS Calculado para Protetor Solar Facial FPS 50 - Stick.

Fonte: Sunscreen Simulator BASF.

Figura 22: Valor de FPS Calculado para Protetor Solar FPS 60 - Fluido.

Fonte: Sunscreen Simulator BASF.

5.3.8.2 Parâmetros de UVA por País e Bloco Econômico

Nas tabelas das Figuras 23 e 24 são representados os parâmetros de UVA in vivo e in vitro
das formulações em questão.
64

Figura 23: Parâmetros de UVA Calculados para Protetor Solar Facial FPS 50 - Stick.

Fonte: Sunscreen Simulator BASF.

Figura 24: Parâmetros de UVA Calculados para Protetor Solar FPS 60 - Fluido.

Fonte: Sunscreen Simulator BASF.

5.4 MERCADO DE PROTETORES QUE ABORVEM LUZ VISÍVEL

O número de casos de câncer de pele continua crescendo em todo o mundo, mesmo com o
aumento no consumo de protetores solares. Um dos motivos pode ser a ação da luz visível, que
também causa danos à pele e não é bloqueada por protetores solares convencionais
(ZIEGLER,2017).

Existem atualmente diversos produtos que protegem a pele contra a luz infravermelha (IV)
e a luz visível azul, radiação emitida por lâmpadas artificiais e eletroeletrônicos como: telas de
computadores, tablets e smartphones. Segundo pesquisa Mintel no mais recente relatório sobre
65

Bronzeadores e Protetores Solares no Brasil, mostrou-se que 28% dos brasileiros estão interessados
em protetores solares que protegem a pele da luz visível (MARTINS, 2018).

Os consumidores começam a priorizar além da proteção contra a luz infravermelha e a luz


visível azul os produtos que protegem a pele também dos danos da poluição e do estresse, com
vitaminas e ações anti-idade, antioxidante, energizante, clareadora, entre outras (MENDONÇA,
2018).

“Filtros de alta cobertura, com base e cor fazem parte dos últimos lançamentos em
fotoproteção. Ao contrário do que muitos pensam, a cor não é meramente estética, ela serve como
uma barreira física à luz visível” (MARÇAL, 2018).

Hoje, os formuladores devem considerar não somente a proteção solar propriamente dita,
UVA e UVB, mas sim as demais radiações relacionadas aos espectros da luz visível (NUNES,
2018)

Usando um ingrediente multibenefícios que complementará a fórmula também com


benefícios contra os efeitos da radiação UVA e UVB, o formulador pode utilizar um ingrediente
inovador para sustentar em sua formulação o claim de proteção contra a luz visível (MENDONÇA,
2018).

Produtos de maquiagem já apresentam proteção que conseguem absorver a luz visível, mas
como em sua maioria possuem cor ainda não foram desenvolvidos para restante do
corpo (BAPTISTA, 2018).
66

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste Trabalho de Conclusão de Curso abordamos o tema proteção solar. O foco central foi
apresentar propostas de formulações de fotoprotetores que atuam na faixa das radiações UVA,
UVB e luz visível dando ênfase em toda a parte literária para que o suporte ao tema seja de
completo conhecimento. Embora não existam muitas bases teóricas sobre o tema referente a luz
visível, foi possível encontrar material que nos fornecesse a base necessária para o
desenvolvimento e entendimento do tema abordado.
Um protetor solar depois de formulado apresenta características específicas diante de
alguns pontos como por exemplo, sua atuação na faixa do comprimento de onda de cada espectro
de radiação, o tipo de filtro escolhido determina em que faixa o mesmo irá atuar e seus componentes
definem suas principais características sendo elas, aparência, espalhabilidade, resistência à água,
sensorial, entre outras.
A formulação de um protetor solar consiste em diversas etapas além de misturar os
componentes da fórmula e suas quantidades. A formulação começa partindo da determinação do
tipo de produto que será formulado, realizando uma simulação da quantidade e tipos de filtros que
serão utilizados, buscando as características e a estrutura específica que o produto deverá ter e por
fim pode-se adicionar aditivos para a melhora das especificidades do produto final.
A fim de determinar a eficácia dos produtos, existem diversos testes que podem ser
aplicados, sendo eles: a determinação do FPS, da proteção UVA e teste de estabilidade. Entretanto,
para o produto que atue também na faixa do espectro visível, ainda não foram desenvolvidos testes
específicos, contudo algumas matérias primas e ativos apresentam testes já realizados. Para os
filtros Tinosorb® A2B e Tinosorb® M por exemplo, tem-se espectros de absorção na região do
visível. Existe a possibilidade da realização de testes teóricos, como o Sunscreen Simulator da
BASF, que é ferramenta que permite estimar o FPS, as várias métricas UVA.
Os resultados obtidos com o Simulador da BASF para o Protetor Solar Facial Stick mostram
valor de FPS 53,4 para FPS 50, demonstrando que o mesmo é eficaz dentro do esperado; os
parâmetros de UVA para o Mercosul, onde está inserido o Brasil, apresenta valor desejável, sendo
o mesmo 1/3 do valor do FPS, neste caso 17,8. Já para o Protetor Solar Fluido mostra valor de FPS
64,5 para FPS 60, demonstrando que o mesmo é eficaz; os parâmetros de UVA para o Mercosul,
apresenta valor de 20,9, estando também dentro do almejado.
De acordo com o apresentado, pode-se concluir que a indústria de protetores solares
requisita grande interdisciplinaridade. A via percorrida desde o desenvolvimento do protetor até a
67

sua aprovação para ser impulsionado no mercado propõe o trabalho de entendedores de diversas
áreas. Todos em conjunto, em um trabalho delicado de percepção, desenvolvimento e orientação,
poderão assegurar a apropriada proteção da pele frente aos efeitos adversos da radiação ultravioleta.
68

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79

ANEXO A – LISTA DE FILTROS ULTRAVIOLETAS PERMITIDOS PARA


PRODUTOS DE HIGIENE PESSOAL, COSMÉTICOS E PERFUMES

Máxima
Nº Substância
Concentração
ORDEM (NOME INCI)
Autorizada
Sulfato de Metila de N,N,N–trimetil–4-(2,
oxoborn–3-ilidenometil) anilínio
1 6%
CAMPHOR BENZALKONIUM
METHOSULFATE
3,3’- (1,4-fenilenodimetileno)bis (ácido 7, 7–
dimetil–2-oxo-biciclo – (2.2. 1) 1 –
10% (expresso
2 heptilmetanosulfônico e seus sais
como ácido)
TEREOHTALYLIDENE DICAMPHOR
SULFONIC ACID (& SALTS)
1–(4-terc-butilfenil-3-(4-metoxifenil) propano–1,3–
3 diona 5%
BUTYL METHOXY DIBENZOIL METHANE
Ácido alfa – (2-oxoborn-3-ilideno) tolueno–4–
sulfônico e seus sair de potássio, sódio e
6% (expresso como
4 trietanolamina
ácido)
BENZYLIDENE CAMPHOR SULFONIC ACID
& SALTS
2–ciano–3,3’–difenilacrilato de 2–etilexila 10% (expresso
7
OCTOCRYLENE como ácido)
2-metoxicinamato de 2–etilexila
8 3%
CINOXATE
2,2’-dihidroxi–4–metoxibenzofenona
9 3%
BENZOPHENONE - 8
Anatranilato de mentila
10 5%
METHYL ANTHRANILATE
Salicilato de trietanolamina
12 12%
TEA SALICILATE
Ácido 2–fenilbenzimidazol–5–sulfônico e seus sais
de potássio, sódio e trietanolamina 8% (expresso como
15
PHENYLBENZYLIMIDAZOL SULFONIC ACID ácido)
(&SODIUM, POTASSIUM, TEA SALTS)
4–Metoxicinamato de 2–etilhexila
16 OCTRL (ou ETHYLHEXYL) 10%
METHOXYCUNNAMATE
2–Hidroxi–4–metoxibenzofenona–(Oxibenzona)
17 10%¹
BENZOPHENONE -3
Ácido 2–hidroxi-4-metoxibenzofenona 5-sulfônico
e seu sal sódio (Sulisoobenzona e Sulisobenzona 10% (expresso
18
sódica) como ácido)
BENZOPHENONE – 4 (ACID)
80

5% (expresso como
18 a BENZOPHENONE – 5 (Na)
ácido)
Ácido 4–aminobenzóico
19 15%
PABA
Salicilato de homomentila
20 15%
HOMOSALATE
Polímero de N – {(2 e 4)[(2-oxoborn-3-
ilideno)metil]benzil} acrilamida
21 6%
POLYACRYLAMIDOMETHYL BENZYLIDENE
CAMPHOR
Dióxido de titânio
22 25%
TITANIUM DIOXIDE
N–Etoxi–4– aminobenzoato de etila
24 10%
PEG – 25 PABA
4–Dimetil–aminobenzoato de 2–etilhexila
25 8%
OCTYL (ou ETHYLHEXYL) DIMETHYL PABA
Salicilato de 2–etilhexila
26 5%
OCTYL (ou ETHYLHEXYL) SALICILATE
4–Metoxicinamato de isopentila
27 5%
ISOAMYLp - METHOXYCINNAMATE
3–4’- metilbenzilideno–d–l–cânfora
28 4%
4 – METHYL BENZYLIDENE CAMPHOR
3– Benzilideno cânfora
29 2%
3–BENZYLIDENE CAMPHOR
2, 4, 6 – Trianilin–(p–carbo–2’–etil–hexil- 1’–oxi) –
30 1, 3, 5 – triazina 5%
OCTYL (ou ETHYLHEXYL) TRIAZONE
Óxido de zinco
31 25%
ZINC OXIDE
2–(2H-benzotriazol–2–il) –2– metil –6– {2–metil–
3– (1, 3, 3, 3, -tetrametil–1- ((trimetilsilil)oxi) –
32 15%
disiloxanil) propil} fenol
DROMETRIZOLE TRISILOXANE
Ácido benzoico, 4, 4’ –[[6–[[4–[[(1, 1–dimetil –
etil)amino] carbonil] fenil] amino]–1, 3, 5–triazina
33 –2, 4– diil] diimino] bis-, bis 92–etilhexil) 10%
DIOCTYL (ou DIETHYLEXYL)
BUTAMIDOTRIAZONE
,2’–metileno–bis–6–(2H–benzotriazol–2–il)-4–
(tetrametil–butil) – 1, 1, 3, 3 – fenol Metileno bis –
34 benzotriazolil tetraetil butil fenol 10%
METHYLENE BIS-BENZOTRIAZONYL
TETRAMETHYLBUTYLPHENOL
Sal monossódico do ácido 2,2’ –bis–(1,4–fenileno)
10% (expresso em
35 1H–benzimidazol–4, 6–dissulfônico
ácido)
BISIMIDAZYLATE
81

(1, 3, 5)–triazina–2, 4–bis {[4-(2–etil–hexiloxi)–2 –


36 hidróxi] – fenil}–6–(4–metoxifenil_ 10%
ANISOTRIAZINE
Dimeticodietilbenzalmalonato
37 10%
POLYSILICONE-15
Éster helílico do ácido 2-[4-(dietilamino)-2-
hidroxibenzoil]-,benzoico
38 10%
DIETHYLAMINO HYDROXYBENZOYL HEXIL
BENZOATE
(1) Para concentrações maiores que 0,5%, incluir advertência na rotulagem: contém
oxibenzona.
Fonte: ANVISA, RDC nº 47, de 16 de março de 2006.

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