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HISTORIA DE SUMÉ

Com as longas estiagens cada vez mais freqüentes, o sistema hídrico entrou em colapso, inclusive para consumo humano,
trazendo grandes preocupações sobre a viabilidade não só de Sumé, mas de toda a região, nas primeiras décadas do século
XXI, pois medidas abrangentes, definitivas e eficazes, parecem cada vez mais distantes.

Na atualidade, Sumé é destaque na região do Cariri em vários aspectos, principalmente na área de saúde. Possui um
Hospital Oftalmológico que é referência em toda a Paraíba, sedo ainda a sede do CISCO - Consórcio Intermunicipal de
Saúde do Cariri Paraibano.

Na área educacional, o destaque é a Escola Agrotécnica Municipal Deputado José Gonçalves de Queiroz.
História de Sumé ::

A cidade de Sumé está localizada no sul da Paraíba, na sub-região denominada Cariris Velhos. Está a 250 Km da Capital João
Pessoa e a 130 Km de Campina Grande. O Clima é seco com temperatura acima dos 25 'C na maior parte do ano.

A população atual é de 15.035 pessoas residentes, sendo 10.877 na área urbana do município.

Segundo informações do TRE/PB, nas eleições de 2004, estavam regularmente inscritos para votarem 11.101 eleitores.

Inicialmente Sumé foi denominada São Tomé, em função do rio de mesmo nome que cortava a Vila. No início do século, se
destacou pelas fazendas de gado e pelas rotas de tropeiros.

Em 1911 esteve no epicentro da Revolta comandada por Augusto Santa Cruz, promotor da cidade de Monteiro, então sede
do Município. O movimento armado, contrário ao Presidente do Estado João Lopes Machado, foi sufocado após a derrota
nas eleições do candidato do Partido Democrata, Joaquim do Rêgo Barros. Mesmo assim, São Tomé foi elevado a distrito
no mesmo ano de 1911.

Durante a revolução de 1930, São Tomé sofreu ameaça de invasão por tropas armadas vindas de Princesa Isabel, cidade
revoltosa. O bando, comandado pelo cangaceiro Benzinho Vidal, recebera ordem de eliminar vários adversários do Coronel
Zé Pereira. Quando soube que os homens estavam no Riacho Pedra Comprida, próximo da Vila, e se preparavam para o
ataque, o Padre Sílvio Celso de Melo foi ao encontro deles e negociou a paz. Além de uma possível quantia em dinheiro,
coube aos moradores de São Tomé dar comida aos visitantes e não denunciar a presença deles à polícia, esta, aquartelada
em Monteiro. Os bandidos foram à Vila, almoçaram na casa de Antonio Jacinto, com bois doados por fazendeiros, e foram
embora. A polícia, que acabou tomando conhecimento do fato, chegou à noite, jantou o resto do almoço e partiu no
encalço dos cangaceiros. O encontro foi no dia seguinte no município de Camalaú, resultando em várias baixas dos dois
lados, forçando os bandidos a retornarem para Princesa Isabel. Ficou marcado para os habitantes de Sao Tomé a extrema
disciplina dos cangaceiros, maior muito mais do que a demonstrada pelas forças legais.

Em 1950, numa memorável campanha política, a UDN e o PSD, Partido Social Democrático, formaram uma grande
coligação, juntando o ministro Zé Américo e Rui Carneiro contra o forte partido que fora formado por Getúlio Vargas, o
PTB, comandado, na Paraíba, por Argemiro de Figueiredo. Vitoriosa, a Coligação elegeu José Américo para Governador e
Rui Carneiro para Senador, dando-se a posse no início de 1951. A grande amizade de José Farias com Zé Américo ensejou a
independência de Sumé, tal como prometido em grande comício realizado em São Thomé , mesmo contrariando alguns
caciques da UDN, como Oswaldo Trigueiro e João Feitosa, de Monteiro. O compromisso de independência foi de tal ordem,
que a lei de emancipação política saiu logo no mês de fevereiro de 1951, com a instalação da comarca ocorrendo em 1º de
abril daquele ano, nossa data magna. José Farias – como não poderia ser diferente, foi o nosso prefeito escolhido em
eleição, aclamado com extravagante maioria, como era esperado.
Em 1951 a cidade alcançou a autonomia. Devido já existir outra São Tomé, adotou-se o nome de SUMÉ. Esta palavra foi
encontrada em várias tribos indígenas, representando sempre um curandeiro e amigo dos nativos que teria ensinado a
eles, entre outras coisas, a arte do plantio de várias culturas. Os Jesuítas, sempre perspicazes na prática de disseminar os
seus credos, associaram este personagem, levado quase à divindade pelos índios, ao apóstolo São Tomé, pela simples
semelhança sonora. Os sumeenses, em 1951, inverteram o processo, adotando um nome advindo efetivamente do
vocábulo dos primeiros habitantes da região: os Índios Cariris.

Sumé passou, durante o Século XX, por diferentes ciclos de desenvolvimento econômico e também foi palco de grande
produção cultural.

A construção do açude público pelo DNOCS no final da década de 50 resultou no momento áureo da agricultura da cidade.
Com capacidade aproximada de 43 milhões de metros cúbicos, o açude proporcionou a implantação de um perímetro
irrigado com extensão superior a 12 Km, onde se desenvolveu a cultura intensiva do tomate que, na época da colheita,
empregava grande parte mão-de-obra disponível. Ao lado do tomate, também se produzia banana, milho e diversos tipos
de hortaliças.

Com as longas estiagens cada vez mais freqüentes, o sistema hídrico entrou em colapso, inclusive para consumo humano,
trazendo grandes preocupações sobre a viabilidade não só de Sumé, mas de toda a região, nas primeiras décadas do século
XXI, pois medidas abrangentes, definitivas e eficazes, parecem cada vez mais distantes.

Na atualidade, Sumé é destaque na região do Cariri em vários aspectos, principalmente na área de saúde. Possui um
Hospital Oftalmológico que é referência em toda a Paraíba, sedo ainda a sede do CISCO - Consórcio Intermunicipal de
Saúde do Cariri Paraibano.

SUMÉ ASPECTOS ECONÔMICOS E SOCIAIS

Com 16.456 habitantes, em 2007 a taxa de crescimento populacional do município foi de 1,36% ao ano, entre 2000 e 2007,
maior que a estadual (0,84%) e maior que a nacional (1,21%). A cidade apresentava em 2000, um predomínio de mulheres
e uma estrutura populacional formada principalmente por adultos (25 a 64 anos). Observando-se a pirâmide etária,
verifica-se um maior número de pessoas na faixa de 15 a 19 anos.

Quanto aos indicadores de educação, Sumé tinha em 2000, 95,88% de pessoas freqüentando curso de nível fundamental
(considerando a parcela da população entre 7 a 14 anos de idade), o que os coloca em situação superior à estadual e
superior à nacional. A escolaridade da população de 25 anos ou mais de idade foi a seguinte:   24,48% sem instrução ou
menos de um ano de estudo;  49,93% com 1 a 4 anos de estudo;  11,79% com 5 a 8 anos de estudo;  7,74% com 9 a 11 anos
de estudo;  3,03% com 12 anos ou mais de estudo e 3,03% não determinado.

No que se refere ao rendimento familiar per capita, Sumé possuía em 2000, a maior parte de suas famílias concentradas na
classe “até meio salário mínimo” (50,79%), seguida da classe “mais que meio até 1 salário mínimo” (29,94%) e da “mais que
1 até 3 salários mínimos” (11,98%). Cabe ressaltar que a proporção de famílias sem rendimento ou com rendimento de até
1 salário mínimo situava-se acima daquela registrada no Estado e acima da do País.

Em 2005, a administração pública possuía o maior peso na economia municipal. A relevância econômica do setor
“Administração Pública em Sumé” é confirmada pelo elevado número de pessoas ocupadas no setor. Além da
administração pública, o setor “Outras Atividades de Serviços” (que abrangem, entre outros, organizações associativas e
manutenção de equipamentos domésticos, de informática e pessoais) também apresentam destaque, respondendo por
29,63% das unidades locais.
ASPECTOS SOCIAIS

CULTURA

Nascido em 28 de junho de 1930, no sítio Várzea, do Major Napoleão Bezerra Santa Cruz, município de Sumé, na Paraíba,
desde cedo se encantou pela música e pela poesia. Costumava ser convidado para animar bailes e festas em sua cidade
natal cantando obras de sua autoria ou de outros artistas, especialmente do mestre Luiz Gonzaga.

Na Cidade Maravilhosa produziu com Luiz Gonzaga o LP “Ô Veio Macho” no qual foram incluídas seis parcerias dos dois.
Entre elas está “Matuto aperreado” na qual o poeta relata as agruras do sertanejo nordestino nas lidas com a cidade
grande. Em 1983, lançou seu primeiro LP com onze músicas, entre elas “Numa Sala de Reboco”, que deu nome ao disco,
produzido pelo Quinteto Violado na gravadora Chantecler. “Numa Sala de Reboco” é uma das músicas mais cantadas nos
salões e latadas do nordeste.

DESENVOLVIMENTO

Através de convênio firmado, no valor de R$ 200 mil, entre a Prefeitura de Sumé e o Departamento de Estradas e Rodagem
(DER), foram executadas na cidade as obras de pavimentação asfáltica do caminho de acesso ao Centro de
Desenvolvimento Sustentável do Semiárido (UFCG).

São mais de cinco quilômetros que estão sendo recuperados para melhorar o acesso aos bairros da várzea redonda e carro
quebrado, que se inicia desde o centro da cidade, na Rua Higino Monteiro, passando pelas Ruas Hugo Santa Cruz, Rua
Francisco Braz, indo até o Campus da UFCG e campo de aviação.

Após o recapeamento asfáltico, a Prefeitura de Sumé fará a sinalização das vias para dar maior segurança aos motoristas e
pedestres. O prefeito doutor Neto também já solicitou ao Detran a vinda de profissionais para realizarem palestras na
comunidade e nas escolas sobre educação no trânsito.

ECO TURISMO

Apó s 24 anos, o açude de Sumé voltou a sangrar em 2009, atraindo a atençã o de curiosos que se dividiam entre o
sangradouro e a ponte que dá acesso à cidade. A ú ltima vez que o açude de Sumé havia sangrado foi em 1985. Veja
abaixo algumas fotos do sangradouro e do açude.

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