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Marina B. Sobral
História da Música IV
A passagem do século XIX para o XX foi marcada, na música, pelo surgimento da ideia
de quebra de modelos tradicionais. Alguns artistas viam necessidade de uma nova arte que
atendia os desejos do novo mundo contemplado por máquinas, fábricas e grandes cidades. Uma
arte que se destinava a alguém que vivia nesse mundo, ou seja, alguém que “não era deixado”
contemplar a arte sentado pacificamente. Junto a isso, procurava expressar os lugares mais
escondidos da alma com o objetivo de olhar para dentro de si mesmo e deixar transbordar para
o mundo.
Após alguns anos, em um momento que buscava recuperar a música autêntica francesa
que ele acreditava ter se perdido, compôs a obra para dois pianos En Blanc et Noir, como o nome
já sugere, “preto no branco”, o bem e o mal, a França e os inimigos da França – Primeira Guerra
Mundial. Além disso, Paris se tornou a grande capital cultural e muitas vezes parecia ressaltar
mais a música estrangeira do que a nacional, assim, Debussy reagiu enfrentando o mundo com
sua música. Algumas das obras dos últimos anos de vida, antes de falecer de câncer em 1918,
foram três sonatas de câmera, estudos para piano, Seis Epígrafes Antigas procurando seguir a
música tradicional francesa. Com isso, se conclui que foi uma “figura de transição” entre os
séculos, pois não foi um radical, mas também não de prendeu às regras tradicionais.
Fontes:
Vista do A Poética do Conflito na obra para dois pianos En Blanc et Noir de Claude Debussy
(udesc.br)
Livro: