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Passando pelos corredores caminhando a meios passos, Emily prestava mais

atenção nocenário ao seu redor do que em sua companhia que falava sem parar de alguma
fofoca do momento. Algumas lâmpadas piscavam periodicamente aos sons de gravetos
ciscando as janelas causando uma desarmonia de sons e somando isso à brisa de invernos
que se aproximava, a menina ficou um pouco tensa aproximando-se involuntariamente de
sua amiga, pensando que era os quadros de antigos reitores cabulentos e ranzinzas
catalisadores da sensação de estar sendo observada.
Encontrava-se na escola em um incoveniente sábado noturno na companhia de sua
melhor amiga Jessie, pois como participantes do comitê ‘de boas vindas’ da escola havia
sido ironicamente forçada a se voluntariar em prol à organização e decorações de início de
ano da instituição, bem pelo menos Emilly fora, Jesse parecia achar tudo simplismente
muito "cooperativo" e "Extrovertidissimo". Quando o grupo separou todas as tarefas e tudo
foi resolvido, cada um foi a seu designado posto em partes diferenciadas do prédio e entre
esses integrantes se encontrava a dupla que estava “coincidentemente” designada para a
ala de educação infantil no prédio à leste onde estavam atualmente.
Depois de uma caminhada de 10 minutos chegaram aos seus destino final , Jesse
agora procurando opinião da amiga disse que tomaria conta dos corredores se Emilli
cuidasse da sala de aula principal, aceitando o acordo caminhou até a porta de carvalho e
olhou pela janelinha que se encontrava um pouco acima, na sala em meio ao breu
conseguia distinguir algumas mesas e cadeiras, dos quais teve certeza após entrar e ligar a
luz, fechando a porta percebeu que não havia nada demais alguns papéis coloridos e
números à paredes, um tatame com brinquedos, tv com videocassetes e a mesa da
professora, Emily começou pegando alguns itens de decoração que havia separado e
começou seu trabalho no ambiente enquanto sentia alguns calafrios, sua trilha sonora sendo
os barulhos agudos que passavam pelas frestas das janelas.
Quando a sala estava praticamente finalizada, as luzes são precipitadamente
apagadas e os sinais de emergência passam a iluminar a sala junto com o semi abrilhantar
da lua, preocupada Emily escuta uma forte movimentação do lado de fora e quando se
aproxima da porta, bisbilhota pela janela para ver se tem algum sinal da amiga, vendo de
canto de olho uma caixa de faixas esparramada pelo chão tem uma sensação de mal estar
e tenta sair para procurar a parceira quando algo se choca contra a porta, fechando-a
novamente e derrubando a protagonista.
Um balde de tinta azul havia sido jogado e suja-ra toda a janela impossibilitando a
visão do outro lado, ainda paralisada no chão outras pancadas foram debatidas contra a
porta, esperou algum tempo antes de aproximar-se agora lentamente para a porta. A mão
trêmula, engoliu em seco e abriu a porta com certa tensão, com a saída entreaberta observa
a figura de Jesse ser arrastada por outra silhueta desconhecida, que sentindo-se observada,
olhou de repente para trás.
Com os pelos dos braços e pernas arrepiados fechou com prontidão a porta e
rapidamente à trancou, com os olhos marejados e respiração ofegante tentava entender sua
situação, porém no meio de seu tráfego raciocínio ouviu a porta ser balançada por causa da
tranca que não permitia a entrada do indivíduo. Pensando em um método de fuga, vendo
que as janelas eram muito pequenas e que não tinha tempo para abrir a ventilação, com as
barriga embrulhada e forte sensação de pressão baixa correu e se jogou para debaixo da
mesa da professora, tampou os ouvidos com mãos frias e fechou seus olhos, estava
tremendo e tentava prender a respiração ofegante em meio de soluços cortantes na
garganta, com o choro já preso aproveitou e suprimiu um fino grito quando, ouviu a porta ser
escancarada e a messas das crianças serem jogadas contra a parede.
Passos iam se aproximando e quando abriu os olhos se arrependeu, pois viu à sua
frente jeans ensanguentados, com a mente em branco trincou os dentes e tentou se
esgueirar o mais longe que podia em seu pequeno espaço, pensando que a morte
certamente chegaria fechou muito bem os olhos e fez só o'que podia: esperou.
Porém,ao contrário do que pensava, ouviu passos se distanciando e esperou alguns
instantes para desabar completamente entre uma mistura de choros,soluços e falta de ar,
parecia um ataque de pânico.
Foi respirando mais lentamente até chegar em um nível de calma sensato para
situação, pensando que era hora de fugir desse inferno repentino que estava se instalando
foi o mais quieta possível à porta escancarada ao chão e olhou para os dois lados do
corredor, vendo um trilha de sangue seguindo para esquerda decidiu correr para direita e
tentar sua sorte.De modo ofegante e desajeitado correu o máximo que pode em busca de
ajuda ,mesmo que estivesse com vontade de ficar paralisada , mesmo que estivesse com
vontade de gritar, mesmo que estivesse com MEDO.

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