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MÁQUINAS
ELÉTRICAS
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Curso Técnico de Automação Industrial
Máquinas Elétricas
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Presidente da FIEMG
Robson Braga de Andrade
Gestor do SENAI
Petrônio Machado Zica
Elaboração
Rogério Silva Batista
Unidade Operacional
CFP-JMS
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Sumário
LISTA DE FIGURAS......................................................................................................................... 5
LISTA DE TABELAS...................................................................................................................... 11
APRESENTAÇÃO.......................................................................................................................... 12
1. MOTORES ELÉTRICOS............................................................................................................... 1
1.1 HISTÓRICO.................................................................................................................................. 1
1.2 UNIVERSO TECNOLÓGICO DOS MOTORES ELÉTRICOS:.............................................................................. 3
1.3 COMPONENTES DOS MOTORES ELÉTRICOS........................................................................................... 3
1.4 TIPOS DE MOTORES ELÉTRICAS ........................................................................................................ 5
1.5 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DOS MOTORES ELÉTRICOS ...................................................................... 7
1.6 PARTICULARIDADES DOS MOTORES ELÉTRICOS .................................................................................. 13
1.7 MOTORES MONOFÁSICOS .............................................................................................................. 19
1.8 MOTOR ASSÍNCRONO DE INDUÇÃO TRIFÁSICO ..................................................................................... 23
1.9 GERADORES E MOTORES DE CORRENTE CONTÍNUA............................................................................... 37
1.10 MOTOR DE PASSO
.................................................................................................................................................... 50
2.TRANSFORMADORES .............................................................................................................. 64
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3.2 RESFRIAMENTO........................................................................................................................... 81
3.3 CONEXÕES DO TRANSFORMADOR TRIFÁSICO....................................................................................... 82
4.1 ATERRAMENTO........................................................................................................................... 84
4.2 LIGAÇÕES À TERRA...................................................................................................................... 84
4.3 ELETRODOS DE ATERRAMENTO........................................................................................................ 84
4.4 CONDUTORES DE ATERRAMENTO..................................................................................................... 86
4.5 CONDUTORES DE PROTEÇÃO - SEÇÕES MÍNIMAS................................................................................. 87
4.6 TIPOS DE CONDUTORES DE PROTEÇÃO.............................................................................................. 89
4.7 ATERRAMENTO POR RAZÕES DE PROTEÇÃO....................................................................................... 89
4.8 ATERRAMENTO E EQUIPOTENCIALIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO.......................... 90
4.9 COMPATIBILIDADE COM CONDUTORES PEN DA EDIFICAÇÃO.................................................................... 91
5. COMPONENTES ELÉTRICOS................................................................................................... 95
DISPOSITIVOS DR........................................................................................................................... 95
DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS (DPS)................................................................................. 96
FUSÍVEIS DIAZED.............................................................................................................................. 97
FUSÍVEIS NH................................................................................................................................... 97
MINI DISJUNTORES 5SX1.................................................................................................................. 98
BOTÕES DE COMANDO E SINALEIROS- .................................................................................................. 98
RELÉS AUXILIARES............................................................................................................................. 98
RELÉS DE IMPULSO - ........................................................................................................................ 99
RELÉ HORÁRIO............................................................................................................................... 100
MINUTERIAS................................................................................................................................... 100
TRANSFORMADORES DE SEGURANÇA.................................................................................................... 100
TOMADAS INDUSTRIAIS...................................................................................................................... 101
CONTATORES................................................................................................................................. 101
RELÉ TÉRMICO DE SOBRECARGA......................................................................................................... 102
CHAVES SECCIONADORAS.................................................................................................................. 102
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Lista de figuras
FIG. 1 – UNIVERSO DOS MOTORES ELÉTRICOS......................................................................... 3
FIG.2 - ROTOR................................................................................................................................. 4
FIG. 3 - ESTATOR............................................................................................................................ 4
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.................................................................................................................................... 66
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Lista de tabelas
TAB.1 – CONVERSÃO DE POTÊNCIAS....................................................................................... 28
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Apresentação
O SENAI deseja , por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua
curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre
os diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada !
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1. Motores Elétricos
1.1 Histórico
O ano de 1866 pode ser considerado, em termos práticos, como o ano de
nascimento da máquina elétrica, pois foi nesta data que o cientista alemão Wemer
Siemens inventou o primeiro gerador de corrente contínua auto-induzido.
Entretanto, deve-se mencionar que esta máquina elétrica, que revolucionou o
mundo em poucos anos, foi o último estágio de um processo de estudos,
pesquisas e invenções de muitos outros cientistas, durante quase três séculos.
Em 1600 o cientista inglês William Gilbert publicou, em Londres, a obra intitulada
"De Magnete", descrevendo a força de atração magnética. O fenômeno da
eletricidade estática já havia sido observado pelo grego Tales, em 641 AC, ele
verificou que ao atritar uma peça de ârnbar com pano esta adquiria a propriedade
de atrair corpos leves, como pêlos, penas, cinzas, ete.
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• Rotor bobinado
com anéis coletores
com comutadores
• Rotor em curto-circuito ou gaiola de esquilo
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umas das outras. A superfície desse conjunto pode ser ranhurada no sentido
longitudinal, para permitir a colocação de barras condutores de alumínio ou cobre,
ou pode também o conjunto ser furado e, nesses furos, serem colocadas as
barras condutoras.
Nos extremos do conjunto de chapas, são fundidos dois anéis que provocam o
curto-circuito entre as barras colocadas nas ranhuras ou nos furos.
Fig.2 - Rotor
1.3.2- Estator
É parte fixa do motor e não gira durante o seu funcionamento, nele ficam
alojadas as bobinas de campo. O estator é responsável pela criação de um
campo magnético que influencia o motor. É constituído de um conjunto de chapas
de ferro-silício contendo ranhuras longitudinais. O número de ranhuras varia de
acordo com a rotação do motor, potência e tipo de bobinado.
Fig. 3 - Estator
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O motor síncrono não tem partida própria, necessitando, portanto, que o rotor seja
arrastado até a velocidade síncrona por um meio auxiliar. Existem motores em
que a partida é dada por condutores em gaiola embutidos na face dos pólos do
rotor. Inicia-se a partida como motor de indução e no momento certo excita-se os
pólos do rotor e o motor entra em sincronismo.
1.4.2 Motor Assíncrono
A partir do momento que os enrolamentos localizados nas cavas do estator são
sujeitos a uma corrente alternada, gera-se um campo magnético no estator,
consequentemente, no rotor surge uma força eletromotriz induzida devido ao fluxo
magnético variável que atravessa o rotor. A f.e.m. induzida dá origem a uma
corrente induzida no rotor que tende a opor-se à causa que lhe deu origem,
criando assim um movimento giratório no rotor.
Como podemos constatar o princípio de funcionamento do motor de indução
baseia-se em duas leis do eletromagnetismo, a Lei de Lenz e a Lei de Faraday
Lei de Faraday: "Sempre que através da superfície abraçada por um circuito tiver
lugar uma variação de fluxo, gera-se nesse circuito uma força eletromotriz
induzida. Se o circuito é fechado será percorrido por uma corrente induzida".
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Lei de Lenz: "O sentido da corrente induzida é tal que esta pelas suas ações
magnéticas tende sempre a opor-se à causa que lhe deu origem".
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Supõe-se agora, que haja uma espira de fio de cobre com seu centro demarcado,
que será colocada no centro do campo magnético dos eletroímãs.
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Considerando que a espira ficará fixa pelo seu centro no centro dos eletroímãs e
que terá plena liberdade de girar para a esquerda ou para a direita, supõe-se que,
nesse momento, a polaridade dos eletroímãs apresenta-se assim:
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Nota-se que, com isso, haverá um desvio no sentido das linhas força magnética.
Portanto, numa situação em que existem dois campos magnéticos defasados de
900 haverá um desvio das linhas de força magnética.
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Com isso, a espira receberá um forte impulso. Como as bobinas dos eletroímãs
estão sendo alimentadas por corrente alternada, à medida que a espira é
impulsionada, estará havendo a variação na corrente que circula pelas bobinas.
Como a espira está girando na velocidade aproximada de variação do campo
magnético, quando ela tiver dado 1/4 de volta, estará havendo também a inversão
do sentido da corrente elétrica pelas bobinas.
Haverá, então, a inversão da polaridade dos eletroímãs, o que acarretará o
surgimento de linhas de força magnética no sentido contrário ao anterior.
Conseqüentemente, com 1/4 de volta, o campo magnético formado pela espira
desaparecerá por completo.
Fig.18 – Princípio de
funcionamento do motor
Porém, à medida que a espira vai girando até completar meia volta, irá surgindo
um novo campo magnético que será máximo a 90" do campo magnético dos
eletroímãs.
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Portanto,
Então, pode-se afirmar que, neste caso, a velocidade de variação dos campos
magnéticas no estator é correspondente a 120 vezes por segundo.
A variação do campo magnético do estator é tão rápida que pode-se imaginar que
o campo magnético praticamente descreve um movimento de rotação para a
esquerda ou para a direita a uma velocidade de 60 rotações por segundo. Nessa
rotação, o campo magnético arrasta consigo o rotor.
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Onde:
ns = velocidade síncrona em rpm - 120 = constante
f = freqüência da rede elétrica
P = número de pólos do motor
Por exemplo, num motor alimentado com uma tensão elétrica de 6OHz, tendo
dois pólos magnéticos, qual será o número de rpm desse motor?
Solução:
Calcula-se a velocidade do campo magnético girante:
Para facilitar o estudo deste conteúdo, foi dito, até aqui, que o rotor acompanha a
velocidade de rotação do campo magnético do estator, ou seja, se o campo
magnético do estator está a uma velocidade de rotação de 60 vezes por segundo,
o rotor estará girando a uma velocidade de 60 voltas por segundo. Porém, esta
não é a realidade porque, para que o rotor gire, é necessário que ocorra nele uma
indução. Essa indução, por sua vez, provocará o aparecimento de um campo
magnético defasado do campo magnético do estator.
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E, para que haja indução no rotor, sua velocidade de rotação não pode ser igual à
velocidade de rotação do campo magnético do estator. Se o rotor acompanhar a
velocidade de rotação do campo magnético do estator, deixará de haver nele a
indução de corrente. Sem indução (e sem campo magnético defasado), o rotor
perde velocidade. Girando a uma velocidade um pouco menor, o rotor terá
novamente corrente induzida e campo magnético defasado.
Consequentemente:
onde:
S = escorregamento
ns = velocidade síncrona
nr = velocidade do rotor
Por esse motivo, os motores de corrente alternada do tipo indução são chamados
assíncronos.
Daí, conclui-se que:
Observa-se que:
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Porém, mesmo diminuindo seu movimento, a espira não chega a parar, pois o
impulso que recebeu anteriormente é suficiente para fazer com que ela ultrapasse
o ponto neutro.
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Dessa forma, devido aos impulsos e aos pontos neutros, a espira apresenta um
movimento de rotação pulsante.
c) universal - é o único tipo de motor monofásico que pode ser alimentado por
tensão contínua ou alternada. É utilizado em equipamentos como liquidificadores,
furadeiras, enceradeiras e eletrodomésticos em geral.
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1-Enrolamento de trabalho
2- Interruptor centrífugo
3- Enrolamento de partida
4- Capacitor de partida
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• Potência: 3 HP
• Pólos: 2
• Frequência: 60 Hz
• Conjugado: 6,04 Nm
• Tensão: 110/220 V
• Carcaça: G56H
• RPM: 3480
• In: 30,8/15,4 A
• Rendimento (100%): 78,5
• F.P. (100%): 0,83
• Isolamento: F
• Ruído: 50 dB(A)
• Corrente a vazio: 15,0/7,50 A
• Ip / In: 7
Fig.34 – Motor monofásico
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Legenda
Curva A = Rendimento
Curva B = Fator de potência
Curva C = Escorregamento
Curva D = Corrente em 110 V
Apresenta algumas desvantagens, sendo uma delas a de não poder variar a sua
rotação sem a utilização de equipamentos especiais.
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1.8.4 Funcionamento
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sobre o rotor e provocar seu movimento. O esquema a seguir mostra como agem
as três correntes para produzir o campo magnético rotativo num motor trifásico.
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É a tensão para a qual o motor foi projetado. Pelas normas, o motor deve ser
capaz de funcionar satisfatoriamente com tensões de até 10% acima ou abaixo da
nominal, desde que a freqüência da rede seja igual à tensão nominal. Caso haja
simultaneamente variação de tensão e freqüência, haverá alteração no
funcionamento do motor.
As tensões trifásicas mais encontradas nas instalações industriais são 220, 380 e
44OV. Porém, são encontradas indústrias de origem ou influência norte-
americana que especificam motores para 230, 460 e 575V.
Esse tipo de ligação exige seis terminais no motor, o que permite comutar o motor
em dois fechamentos: triângulo () - para a menor tensão - e estrela (Y) - para a
maior tensão.
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Os motores trifásicos, para que possam ser ligados às diversas tensões para as
quais foram fabricados, apresentam, na sua caixa de ligações, três, seis, nove ou
12 terminais. Os terminais saem dos enrolamentos e poderão ser fechados de
acordo com o diagrama gravado na placa. Os motores podem ter seus terminais
identificados por número, como por exemplo:
• entrada da bobina - 1, 2, 3, 7, 8 e 9;
• saída da bobina - 4, 5, 6, 10, 11 e 12.
Na ligação em estrela, o final das fases se fecha em si, e o início se liga à rede.
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Os motores trifásicos com seis terminais só podem ser ligados em duas tensões
uma a 3 vezes maior do que a outra. Por exemplo:
220V/38OV ou 440/76OV.
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É o fator que, aplicado à potência nominal, indica a carga permissível que pode
ser aplicada continuamente ao motor sob condições especificadas pelo fabricante.
É a capacidade de sobrecarga contínua,
Ou seja, uma reserva de potência que dá ao motor capacidade de suportar
melhor o funcionamento em condições desfavoráveis.
Rendimento (n)
É o dado que expressa as perdas no motor elétrico. Trata-se de uma relação
matemática entre a potência de saída - que é a potência efetiva transformada em
potência mecânica no eixo -e a potência de entrada - que é a potência absorvida
da rede elétrica.
Essa relação pode ser representada através da seguinte expressão matemática:
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Pe = In . Vn . cos . 3
Onde:
In = corrente nominal
Vn = tensão nominal
cos = fator de potência
3 = fator do circuito trifásico
Onde:
• contatos acidentais;
• penetração de corpos sólidos estranhos;
• penetração de água.
As normas da [EC (international Electrotechnical Commission) da ABNT (NBR
6146) definem o grau de proteção dos equipamentos por meio das letras IP
seguidas de dois algarismos. O primeiro algarismo indica o grau de proteção
contra contatos acidentais e penetração de corpos sólidos estranhos.
Classes de isolação
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onde:
In = corrente nominal
P = potência em watt
3 = fator de multiplicação do circuito trifásico
Vn = tensão nominal
cos = fator de potência
n (eta, letra grega) = rendimento
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Pa= V x I x 3
Pe= V x I x 3 x cos
Pr= V x I x 3 x sen
Pp= Pe – Ps
Ps=Pe x n
Quando a corrente elétrica entra num motor elétrico assíncrono (tipo gaiola), ela
se decompõe em duas modalidades de atuação, porque um tipo chamado
corrente reativa ou magnetizante forma um campo magnético no enrolamento do
estator do motor e o outro tipo faz girar o rotor deste mesmo motor fornecendo
energia ativa(mecânica)capaz de acionar uma máquina operatriz, produzindo,
portanto, trabalho.
Diante disso, verificasse que a corrente total ou aparente ficará mal aproveitada
todas as vezes que a corrente reativa aumentar, isto é, à medida que o ângulo
for crescendo. Neste caso, os reflexos na rede elétrica serão os seguintes:
• Potência: 7,5 HP
• Pólos: 4
• Frequência: 60 Hz
• Conjugado: 30,2
Nm
• Tensão: 220/380 V
• Carcaça: 112M
• RPM: 1740
• In: 20,0/11,6 A
• Rendimento
(100%): 88,0
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Rendimento: curva A
Fator de potência : curva B
Escorregamento: curva C
Corrente em 220V: curva D
1.9.1 Construção
As máquinas de CC são
compostas basicamente por duas
partes: o estator e o rotor. O
estator (ou carcaça) é a parte fixa
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Fig.48 – Motor CC
Fig.50 – Princípio de
funcionamento do motor CC
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E =k x n x
Onde:
No gerador de CC com
excitação independente, as
bobinas de campo são
construídas com várias espiras
de fio relativamente fino. Essas
espiras são alimentadas
(excitadas) por uma fonte
externa, como mostra a
representação esquemática da
figura ao lado.
Fig.51 – motor CC com excitação independente
Quando esse gerador começa a funcionar, mesmo sem excitação, aparece uma
força eletromotriz (fem) de pequeno valor devido ao magnetismo residual.
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gradual. Isso ocorre até que haja a saturação magnética. Quando isso acontece,
o acréscimo da corrente excitadora não aumenta o fluxo magnético.
Quando o gerador é posto em carga, a tensão por ele fornecida diminui. Isto se
deve a três fatores:
Ao acrescentar carga ao gerador, uma corrente circula pela carga e pela bobina
de excitação, fazendo com que aumente o fluxo indutor e, por conseguinte, a
tensão gerada.
Ao elevar-se a tensão, a corrente aumenta e, conseqüentemente, aumenta
também o fluxo indutor. Isso se repete até que se verifique a saturação
magnética, quando a tensão se estabiliza.
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Observação
A corrente do gerador deve alimentar tanto a carga como a bobina de campo, pois
ambas estão em paralelo. Assim, a tensão gerada diminui com o aumento de
carga.
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com o induzido. O outro é formado por várias espiras de fio fino ligadas em
paralelo com o induzido.
Nesse gerador, a tensão mantém-se constante tanto em carga como em vazio, já
que ele reúne as características dos geradores em série e em paralelo.
- +
Fig.54– Gerador cc misto
A tensão gerada é controlada através de reostato em série com a bobina de
campo em paralelo e de reostato em paralelo com a bobina de campo em série.
Observação
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Podemos observar que a corrente que circula pela espira faz este movimento nos
dois sentidos: por um lado, a corrente está entrando e, por outro, saindo. Isso
provoca a formação de duas forças contrárias de igual valor (binário), das quais
resulta um movimento de rotação (conjugado), uma vez que a espira está presa à
armadura e suspensa por mancal.
Essas forças não são constantes em todo giro. A medida que o condutor vai se
afastando do centro do pólo magnético, a intensidade das forças vai diminuindo.
Nos motores, para que haja força constante, as espiras colocadas nas ranhuras
da armadura devem estar defasadas entre si e interligadas ao circuito externo
através do coletor e escova, conforme figura abaixo.
E0 =n . . k
Onde:
n é a rotação
é o fluxo magnético
k é a constante da máquina
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A corrente total que circulará pela armadura (Ia) será dada por:
Onde
E é a tensão aplicada
Eo é a força contra-eletromotriz
Ra é a resistência
Esse tipo de motor é indicado para casos em que é necessário partir com toda a
carga. Por isso, eles são usados em guindastes, elevadores e locomotivas, por
exemplo.
Como tendem a disparar (aumentar a rotação), não é recomendável que esses
motores funcionem a vazio, ou seja, sem carga.
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1.9.7 Comutação
Nos motores e geradores de corrente contínua, a ligação da armadura com o
circuito externo é feita por meio de escovas que se apoiam sobre as lâminas do
coletor.
Quando se alimenta o motor ou se retira a corrente gerada pelo gerador, as
escovas fecham, durante a rotação, no mínimo, duas lâminas do coletor em curto.
Isso provoca um faiscamento.
Esse faiscamento acontece porque, no momento em que a escova está
comutando de uma lâmina para outra, a corrente que circula na bobina tem seu
sentido inverti do. A figura abaixo ilustra esta situação.
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Em conseqüência, ocorre uma redução das linhas nos campos magnéticos das
extremidades A' e D' e uma intensificação nas extremidades B' e C'. Todavia, a
intensificação em B' e C' não compensa a redução que se verifica em A' e D'. Isto
se deve à saturação magnética que provoca a redução do fluxo magnético total.
Tab.5
– Códigos para placa de ligações do motor cc
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Dicas de Manutenção
• Evitar um
funcionamento
prolongado, a fim de
evitar um
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Abaixo segue uma figura onde podemos ver as partes mencionadas (o rotor à
esquerda e o estator a direita).
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Para que um motor de passo funcione, é necessário que sua alimentação seja
feita de forma seqüencial e repetida. Não basta apenas ligar os fios do motor de
passo a uma fonte de energia e sim ligá-los a um circuito que execute a
seqüência requerida pelo motor.
Existem três tipos básicos de movimentos o de passo inteiro e o de meio passo
e o micropasso, tanto para o motor bipolar como para o unipolar. O de
micropasso tem sua tecnologia não muito divulgada, e baseia-se no controle da
corrente que flui por cada bobina multiplicado pelo numero de passos por
revolução.
Internamente, os motores têm seus enrolamentos similares a figura.
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Abaixo segue uma tabela com a seqüência que deve ser alimentada as bobinas
do motor.
Para que se obtenha uma rotação constante é necessário que a energização das
bobinas seja periódica. Esta periodicidade é proporcionada por circuitos
eletrônicos que controlam a velocidade e o sentido de rotação do motor.
A pequeno ângulo deslocado pelo rotor depende do número de dentes do
mesmo,assim como o número de fases do motor. Preferimos não explicar mais
detalhadamente este tópico minuciosamente, por ser de grande dificuldade de se
explicar à movimentação dos dentes do rotor pelo estator bidimensionalmente.
Em geral, o número de dentes do rotor multiplicado pelo número de fases revela o
número de passos por revolução.
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Por se tratar de sinais digitais, fica fácil compreender a versatilidade dos motores
de passo. São motores que apresentam uma gama de rotação muito ampla que
pode variar de zero até 7200 rpm; apresentam boa relação peso/potência;
permitem a inversão de rotação em pleno funcionamento; alguns motores
possuem precisão de 97%; possuem ótima frenagem do rotor e podem mover-se
passo-a-passo. Mover o motor passo-a-passo resume-se ao seguinte: se um
determinado motor de passo possuir 170 passos, isto significa que cada volta do
eixo do motor é dividida 170 vezes, ou seja, cada passo corresponde a 2,1 graus
e o rotor tem a capacidade para mover-se apenas estes 2,1 graus.
Aplicação #1
A primeira aplicação relatada é de um scanner óptico. O projetista do laser
utilizado para o scanner tem que rotacionar precisamente uma rede de difração
com o controle do computador para ajustar a freqüência do laser. A rede precisa
ser posicionada com um erro máximo de 0.05º. A alta resolução do micromotor de
passo e a ausência de movimentos não previstos quando este pára o tornam
ideal.
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Aplicação #2
Esta segunda aplicação tem por objetivo mostrar o uso dos motores de passo,
acoplado a engrenagens, na movimentação de telescópios. Comparadas às
aplicações que utilizam apenas micromotores, as engrenagens apresentam baixa
eficiência, desgaste e podem ser barulhentas.
As engrenagens são justamente úteis, para romper grandes inércias, pois a
inércia refletida de volta para o motor através das engrenagens é dividida pelo
quadrado da inércia aplicada a elas. Desta maneira, grandes cargas inerciais
podem ser movimentadas enquanto o rotor mantem uma carga menor.
No caso descrito era necessário vasculhar fenômenos celestiais em velocidade
baixa de 15º por hora e em velocidade alta em 15º por segundo.
Assim, utilizando uma caixa de engrenagens que reduz de 30:1, 30 revoluções
dadas pelo motor equivalem a uma rotação de 360º dada pelo telescópio, foi
desenvolvido o projeto.
A velocidade de tracking de 15º por hora corresponde 1.25 revoluções por hora,
ou em torno de 9 passos por segundo para uma resolução de 25000 passos por
revolução. A velocidade de 15º por segundo requere 1.25 rps para o mesmo
motor. A lei do inverso do quadrado faz com que o motor sofra uma carga de
1/900 da inércia rotacional do telescópio. Na figura abaixo mostra o esquema do
projeto.
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Destaca-se que o diodo zener foi utilizado como intuito de absorver o campo
eletromagnético reverso produzido pelo motor quando o mesmo é desligado. A
inversão observada nos pinos de entrada 3 e 4 do ULN2003 são necessárias
para manter a ordem certa de ativação das bobinas.
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Abaixo segue a tabela que se espera encontrar para este circuito, trabalhando
por conseqüência em passo inteiro.
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Assim, deve-se constatar somente um bobina do motor ser ativada por vez, após
a etapa amplificadora constituída pelos transistores de potência TIP120. Como
explicado anteriormente, os diodos são utilizados para proteger o circuito de
tensões inversas provocadas pelo armazenamento de energia dos indutores. No
caso específico, podemos verificar que a alimentação do motor é idêntica a
alimentação da parte lógica.
1.11 Servo-Motor
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enviado. Enquanto esse código persistir na entrada, o servo irá manter a sua
posição angular. Se o código de entrada variar a posição angular também varia.
Na prática os servo-motores são usados no controlo de aviões telecomandados,
robots, etc.
Os servo-motores são
extremamente úteis em robótica.
Os motores são pequenos,
possuem internamente o circuito
de controle, engrenagens
redutoras, mecanismo de
posicionamento por feedback e
são extremamente potentes para o seu tamanho.
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0V
18ms
1ms 1ms
s
20ms
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Este sinal deve repetir-se para que o servo se posicione na posição angular
pretendida e se mantenha lá imóvel.
Uma forma de gerar este tipo de sinal é usando um microcontrolador. Neste caso
foi usado o PIC16F84 da Microchip.
2.Transformadores
2.1 Transformador monofásico
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O mesmo ocorre num solenóide ou bobina quando percorrida por uma corrente
alternada.
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Então, se for colocada outra bobina ao lado desta ou em seu interior, a bobina 1
envolverá a bobina 2 com uma intensidade de campo magnético variável
Uma bobina ligada a uma fonte variável (corrente alternada) induz, na outra
bobina, uma corrente alternada na mesma freqüência. A bobina ligada à fonte,
para produzir o campo magnético variável, é chamado campo indutor - é
denominado enrolamento primário, e a bobina onde aparece a f.e.m. induzida,
devido ao campo induzido, é chamada enrolamento secundário, que é
responsável pela alimentação das cargas.
Onde:
L = indutância eletromagnética
= fluxo magnético (Wb)
I = intensidade da corrente elétrica (A)
= . S . cos
onde:
Então:
L = . N² . A
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V=
t
onde:
Assim, de acordo com a lei de Lenz, a f.e.m. induzida é uma reação à variação do
fluxo que a produziu, e essa lei pode ser enunciada da seguinte maneira:
"O sentido de uma f.e.m. induzida é tal que se opõe, pelos seus efeitos, à causa
que a produziu."
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Quando há variação de fluxo magnético num condutor, surge uma f.e.m. induzida
entre seus terminais. Se o condutor for de grandes dimensões, conforme
diagrama a seguir, pode-se observar que, dentro deste condutor, pode-se
encontrar vários percursos fechados e, em cada percurso, o fluxo magnético varia
em função do tempo e, portanto, forças eletromagnéticas induzidas fazem circular
no interior do condutor, correntes induzidas chamadas correntes de Foucault.
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A corrente de Foucault também pode ser aproveitada como trabalho útil, por
exemplo, nos fornos de indução, nos instrumentos de medição (amortecimento do
ponteiro, etc.).
le=corrente de excitação
I1 = corrente do primário
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I1 = I’1 + Ie
onde:
I1 = corrente primária
I’1 = componente de carga
Ie = corrente de excitação
onde:
N1 = número de espiras do primário
N2 = número de espiras do secundário
I1 = corrente do primário
I2 = corrente do secundário
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= N1 = I2 = E1
N2 I1 E2
Pe = Pp + Ps
Onde:
Pe = potência de entrada
Pp = potência responsável pelas perdas no transformador
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Ps = potência de saída
% = Ps
Pe
onde:
% = percentagem do rendimento
Ps = potência cedida à carga (potência de saída)
Pe = potência absorvida da rede (potência de entrada)
2.9 Regulação
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sendo:
2.10 Núcleo
As chapas que compõem o núcleo são isoladas uma da outra, para evitar o
aumento de correntes parasitas. A isolação dessas chapas pode ser por:
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2.11 Autotransformador
É um transformador cujos enrolamentos primário e secundário são conectados
em série, tornando-se um único enrolamento.
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Fig. 106 – TC
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O transformador de isolação, pelo fato de não ter o secundário ligado à terra, evita
que uma falha na isolação possa fazer com que uma corrente de fuga passe
através do operador e da terra, no caminho de volta ao transformador de
distribuição, que é aterrado. Em outras palavras, interrompe o circuito de fuga e,
com isso, protege o operador.
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3.Transformadores trifásicos
Transformadores trifásicos são equipamentos que transferem a energia elétrica
de um enrolamento primário para o secundário, devido à indução eletromagnética
alterando ou não os níveis de tensão e correntes trifásicas, porém mantendo-se a
freqüência constante.
3.1 Tanque
O conjunto de bobinas e núcleo é colocado num recipiente próprio denominado
tanque. Fora do tanque, existem seis terminais: três para entrada da rede trifásica
e quatro para a saída. Nota-se que, ( fig. seguinte) no lado da tensão mais
elevada, os terminais são próprios para alta- tensão: têm muitas "saias" e são
bem mais longos.
O isolador para a tensão mais baixa é bem menor em comprimento, tem menos
"saias" e os seus terminais (parafusos de fixação do condutor) têm maior
diâmetro, pois a corrente nesses terminais é bem maior que a existente no lado
de alta-tensão.
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3.2 Resfriamento
Como foi visto anteriormente, no transformador monofásico, as perdas geram
calor, provocando o aquecimento dos enrolamentos.
Na ventilação forçada,
empregam-se ventiladores
que impelem ar frio para
dentro do transformador. A
contínua circulação de ar
frio retira o calor dos pontos
onde ele é gerado.
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Do mesmo modo que na ligação estrela, essa ligação (triângulo) pode ser
utilizada no enrolamento primário ou secundário.
Ligação em ziguezague
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4.1 Aterramento
Qualquer que seja sua finalidade (proteção ou funcional) o aterramento deve ser
único em cada local da instalação.
NOTA:
A seleção e instalação dos componentes dos aterramentos devem ser tais que:
Devem ser tomadas precauções para impedir danos aos eletrodos e a outras
partes metálicas por efeitos de eletrólise.
NOTAS
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NOTA
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A seção não deve ser inferior ao valor determinado pela expressão seguinte
(aplicável apenas para tempos de atuação dos dispositivos de proteção que não
excedam 5 s):
S=
I .t
k
Onde:
S é a seção do condutor, em milímetros quadrados;
I é o valor (eficaz) da corrente de falta que pode circular pelo dispositivo de
proteção, para uma falta direta, em ampéres;
t é o tempo de atuação do dispositivo de proteção, em segundos;
NOTAS
NOTAS
1 - A temperatura inicial considerada é de 30º C.
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Tab.10 - Valores de k para condutores de proteção que sejam veia de cabos multipolares
NOTAS
1 - A temperatura inicial do condutor é considerada igual a 70º C para o PVC e a
90º C para o EPR e o XLPE.
2 - A temperatura final do condutor é considerada igual a 160º C para o PVC e a
250º C para o EPR e o XLPE.
Tab.11 - Valores de k para condutores de proteção que sejam capa ou armação de cabo
Tab.12 - Valores de k para condutores de proteção nus onde não haja risco de dano em qualquer
material vizinho pelas temperaturas indicadas
Condições
Material do condutor Visível e em Condições Risco de
áreas restritas normais incêndio
1)
Temperatura máxima 500º C 200º C 150º C
Cobre
k 228 159 138
Temperatura máxima 300º C 200º C 150º C
Alumínio
k 125 105 91
Temperatura máxima 500º C 200º C 150º C
Aço
k 82 58 50
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A seção de qualquer condutor de proteção que não faça parte do mesmo cabo ou
do mesmo invólucro que os condutores vivos deve ser, em qualquer caso, não
inferior a:
NOTA - As canalizações metálicas de água e gás não devem ser usadas como
condutores de proteção.
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Condutor PEN - Nos esquemas TN, quando o condutor de proteção tiver uma
seção maior ou igual a 10 mm² em cobre ou a 16 mm² em alumínio, nas
instalações fixas, as funções de condutor de proteção e de condutor neutro
podem ser combinadas, desde que a parte da instalação em referência não seja
protegida por um dispositivo a corrente diferencial-residual. No entanto, a seção
mínima de um condutor PEN pode ser de 4 mm², desde que o cabo seja do tipo
concêntrico e que as conexões que garantem a continuidade sejam duplicadas
em todos os pontos de conexão ao longo do percurso do condutor periférico. O
condutor PEN concêntrico deve ser utilizado desde o transformador e limitado a
uma instalação que utilize acessórios adequados.
O condutor PEN deve ser isolado para as tensões a que possa ser submetido, a
fim de evitar fugas de corrente.
Se, a partir de um ponto qualquer da instalação, o neutro e o condutor de
proteção forem separados, não é permitido religá-los após esse ponto. No ponto
de separação, devem ser previstos terminais ou barras separadas para o
condutor de proteção e o neutro. O condutor PEN deve ser ligado ao terminal ou
barra previsto para o condutor de proteção.
NOTAS
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NOTA
- Ligação equipotencial
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NOTAS
1 - A ligação equipotencial pode incluir condutores, capas metálicas de cabos e
partes metálicas da edificação, tais como tubulações de água e eletrodutos ou
uma malha instalada em cada pavimento ou em parte de um pavimento. É
conveniente incluir as armaduras do concreto da edificação na ligação
equipotencial.
2 - As características das ligações equipotenciais por razões funcionais (por
exemplo, seção, forma e posição dos condutores) dependem da gama de
freqüência dos sistemas de tecnologia da informação das condições presumidas
para o ambiente eletromagnético e das características de imunidade/freqüência
dos equipamentos.
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NOTAS
1 - O principal objetivo desta prescrição é restringir a corrosão.
2 - No cálculo da queda de tensão deve ser ignorado o efeito devido aos
percursos paralelos.
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5. Componentes elétricos
Dispositivos DR
NBR 5410/97 - Uso obrigatório em todo o território nacional conforme lei 8078/90,
art. 39-Vl11, art. 12, art. 14.
Instalação segura, sua família protegida
Em se tratando de instalações elétricas, todo cuidado
é pouco. Uma falha na instalação, em
eletrodomésticos, ou um simples fio descascado
podem colocar em risco a sua casa e a saúde de sua
família. Como todas as funções biológicas do corpo
humano são realizadas por meio de pequenos
impulsos elétricos, é fácil imaginar os distúrbios que a
passagem de uma corrente elétrica de origem
externa (choque elétrico) pode causar à saúde das
pessoas.
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Fusíveis Diazed
Fusíveis NH
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Monopolares
Curva B 6 a 32A
Curva C 0,5 a 80A
Bipolares
Curva B 6 a 32A
Curva C 0,5 a 80A
Tripolares
Curva C 0,5 a 80A
Relés auxiliares
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Relés de impulso -
Substituem com vantagens os tradicionais
sistemas de interruptores paralelos e
intermediários;
Com ligações simplificadas e circuito de
comando utilizando pulsadores, permitem
economia nos condutores e na mão de
obra da instalação;
Pode ser encontrado com comando
centralizado, permitindo a existência de um
impulso mestre que atua sobre os outros
impulsos.
Ideal para aplicações em grandes
corredores, salas amplas, garagens, ou
qualquer instalação residencial, comercial
ou industrial, onde se necessite ligar e
desligar uma carga de vários pontos diferentes.
Disponíveis nas versões mono, bi e tripolares além de tipos específicos para
comando centralizado.
Exemplos de aplicação:
Circuito de iluminação trifásico 230V AC.
Controle de circuito de iluminação trifásico através de vários pulsadores ligados
em paralelo
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Relé horário
Minuterias
Permite o desligamento de cargas após o acionamento das mesmas
mediante a um tempo pré determinado.
Utilizada em escadarias, garagens e outros locais amplos.
Pode ser utilizada com dispositivo de pré-aviso.
Transformadores de Segurança
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Tomadas industriais
Contatores
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Faixas de 40 - 57 / 100
ajuste / 50 - 63 / 100
Fusíveis 57 - 70 / 125
máximos 63 - 80 / 125
recomendados (gL/gG)
Altura ( H ) 73
Largura ( L ) 50
Dimensões (mm)
Profundidade
106
(P)
Peso (kg) 0,31
Base de fixação individual BF 67 D
Chaves seccionadoras
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Referências Bibliográficas
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