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Faculdade Pitágoras

Curso de enfermagem

Maria Cristiane Rodrigues Santos de Matos

Qualidade de vida no trabalho em enfermagem

Resenha crítica apresentada


para a disciplina Gestão em Saúde.
Professora Rafaela Bittencourt.

Teixeira de Freitas-BA
Outubro de 2020
QUALIDADE DE VIDA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM
NO AMBIENTE DE TRABALHO

A qualidade de vida é um conceito amplo e subjetivo, atrelado ao bem


estar sociocultural, físico e psicológico dos indivíduos, sendo sinônimo de
saúde e longevidade. Desse modo, viver com qualidade consiste na
capacidade de gerenciar melhor o stress, os padrões impostos, os
objetivos, as relações interpessoais e os cuidados com a saúde.
Portanto, isso tem que ser levado em consideração visando a relação ao
ambiente de trabalho dos enfermeiros. Podendo ser vitimas de problemas
físicos e emocionais em contato com o tempo de trabalho no ambiente
hospitalar.
No ambiente hospitalar, os trabalhadores estão expostos a uma série de
riscos ocupacionais uma vez que são decorrentes de fatores físicos,
químicos e biológicos. Como resultado, na rotina dos profissionais de
enfermagem, o que se observa são as jornadas exaustivas e ininterruptas
de plantões. A sobrecarga de tarefas, além da convivência com a dor e o
sofrimento alheio coloca esses profissionais da saúde em situações mais
propensas a doenças relacionadas ao trabalho.
 Os fatores que mais interferem na QV consistem em:
Baixos salários, riscos ocupacionais, condições laborais precárias,
desvalorização profissional.
Para a OMS, a definição de qualidade de vida é a “a percepção que um
indivíduo tem sobre a sua posição na vida, dentro do contexto dos
sistemas de cultura e valores nos quais está inserido e em relação aos seus
objetivos, expectativas, padrões e preocupações”. Trata-se de uma
definição que contempla a influência da saúde física e psicológica, nível de
independência, relações sociais, crenças pessoais e das suas relações com
características inerentes ao respetivo meio na avaliação subjetiva da
qualidade de vida individual. Neste sentido, poderemos afirmar que a
qualidade de vida é definida como a “satisfação do indivíduo no que diz
respeito à sua vida quotidiana”.
Os conceitos mostram que a qualidade de vida no trabalho abrange
aspectos subjetivos (satisfação das necessidades intrínsecas e pessoais) e
conteúdos objetivos e concretos, como a organização no trabalho.

Além do duplo sentido (subjetivo e objetivo) os programas costumam


apresentar muitas dificuldades para serem implantados. Como envolvem
custos para a empresa e têm como alvo principal os empregados e não a
organização, torna-se penoso conseguir a adesão da alta administração.
Esses programas, no entanto, orientam-se também em direção a
melhorias na eficácia organizacional, já que esta tem como pré-requisito a
satisfação do indivíduo, que se intensifica por meio da participação nas
decisões e da melhoria das condições em que se desenvolve seu trabalho.
Assim, um programa de melhoria da qualidade de vida no trabalho pode
permitir reconciliar os objetivos dos indivíduos em situação de trabalho e
os propostos pelas organizações.

A Organização Mundial da Saúde, no ano de 1979, defendeu como


estratégia a necessidade de desenvolver programas especiais de atenção à
saúde dos trabalhadores, visando promover melhorias nas condições de
qualidade de vida e trabalho nos países em desenvolvimento (FREITAS,
1985). Os programas de QVT têm como objetivo criar uma organização
mais humanizada. Mediante maior grau de responsabilidade e de
autonomia no trabalho, recebimento mais constante de feedback sobre o
desempenho, maior variedade e adequação de tarefas e ênfase no
desempenho do indivíduo. Nesse sentido, esses programas constituem
uma das mais eficazes formas de obtenção do comprometimento das
pessoas para os programas de qualidade total, já que favorecem o
envolvimento dos empregados
Nas decisões que influenciam suas áreas de trabalho.
DETONI (2001) afirma que são muitas as interpretações para Qualidade de
Vida no Trabalho. Elas passam pelo foco médico com o diagnóstico de
doenças do indivíduo, até a exigência de elementos estruturais para o
desenvolvimento de uma atividade produtiva. Embora tenha sido uma
preocupação do ser humano muito remota, a ideia “sempre esteve
voltada para facilitar ou trazer satisfação e bem estar ao trabalhador na
execução de sua tarefa.”
 Indicadores de qualidade de vida no trabalho na Enfermagem são:
 A inter-relação pessoal
 A comunicação interprofissional
 As condições de trabalho
 A organização e divisão do trabalho
 Os direitos no trabalho
 A motivação e segurança.

Qualidade de vida no trabalho é muito mais que programas


internos de saúde ou lazer e passa a ser discutida num
sentido mais amplo, incluindo qualidade das relações de
trabalho e as consequências na saúde das pessoas, neste
estudo citamos o estresse na saúde das enfermeiras.

É uma evolução da Qualidade Total. Significa condições


adequadas e os desafios de respeitar e ser respeitado como
profissional.
Para que os trabalhadores em geral tenham uma qualidade de vida
satisfatória, torna-se necessário ter uma equipe interdisciplinar de apoio
ao trabalhador. Na enfermagem, principalmente, por ser uma atividade
que lida com vidas, para que esse trabalho se desenvolva num clima de
harmonia, o olhar atento dessa equipe torna-se essencial.
Deve envolver a identificação dos problemas, o planejamento de situações
novas e solução de problemas, com o intuito de aprimorar o trabalho.
A avaliação de desempenho, treinamento e desenvolvimento de pessoal,
desenvolvimento organizacional, solução de problemas e tomada de
decisões são algumas ações que podem ser desenvolvidas no ambiente de
trabalho.
Para mudar a qualidade de vida no trabalho das equipes de saúde da
família do

Município de Medina, propõem-se algumas estratégias, a saber:

• Oficina de trabalho com os profissionais de enfermagem para ouvi-los


sobre os Problemas por eles identificados como causadores de inferência
de na qualidade de vida no trabalho;
• Elaborar estratégias de superação das dificuldades, com vistas a
melhorar o ambiente de trabalho;
• Elaborar propostas de ajustes no ambiente de trabalho que venha
ajudar no processo de trabalho da equipe e, consequentemente, na
satisfação com o trabalho
• Aplicar o instrumento da Organização Mundial de Saúde (1998)
-WHOQOL Simplificado para identificar as principais áreas que precisam
ser trabalhadas com as equipes.
Conclui que o Bem-estar, dos profissionais de enfermagem resultando em
baixa produtividade, insatisfação com o trabalho, estresses, entre outros.

Espera-se que com a execução do projeto de intervenção seja possível


agrupar os

Profissionais, priorizar as dificuldades e buscar coletivamente alternativas


de solução ou mesmo para atenuar os males que o trabalho possa estar
acarretando a essa categoria.
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Biblioteca virtual de Enfermagem.

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