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Padrão-ouro

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David Hume

Ouro, metal chave do sistema, junto com a prata

Prata, metal importante do sistema, junto com o ouro

O padrão-ouro, também chamado de estalão-ouro, foi o sistema


monetário cuja primeira fase vigorou desde o século XIX até a Primeira Guerra
Mundial.
A teoria pioneira do padrão-ouro, chamada de teoria quantitativa da moeda, foi
elaborada por David Hume em 1752, sob o nome de modelo de fluxo de
moedas metálicas e destacava as relações entre moeda e níveis
de preço (base de fenômenos da inflação e deflação). De acordo com a teoria
aplicada ao comércio internacional e nos dizeres do economista René
Villarreal, "os países superavitários sofreriam processos inflacionários,
enquanto que nos países deficitários os preços se moveriam em sentido
inverso, até que se restabelecesse o equilíbrio".
[1]

Cada banco era obrigado a converter as notas bancárias por ele emitida


em ouro (ou prata), sempre que solicitado pelo cliente. A introdução de notas
bancárias sem esse lastro causou escândalos na França. Com o padrão-ouro,
utilizado principalmente pela Inglaterra, o sistema conseguiu estabilidade e
permaneceu desde 1870 até o término da Primeira Guerra Mundial. Em alguns
países periféricos, o sistema não foi adotado por se achar que a presença
desses países e seus problemas de financiamento desestabilizariam o sistema.
Dessa forma, a circulação de papéis-moeda foi feita pelo chamado sistema de
"curso forçado". No Brasil, o sistema foi adotado imperfeitamente, durante
o Segundo Reinado e no início da República Velha (Governo Campos Sales).
Em termos internacionais, o padrão-ouro significou a adoção de um regime
cambial fixo por parte de praticamente todos as grandes potências econômicas
do último quartel do século XIX. Cada país se comprometeu em fixar o valor de
sua moeda em relação a uma quantidade específica de ouro, e a realizar
políticas monetárias, de compra e venda de ouro, de modo a preservar tal
paridade definida.
Operando no regime de padrão-ouro, o banco central de cada país mantém
grande parte de seus ativos de reserva internacional sob a forma de ouro. As
diferenças entre as reservas de ouro sob a propriedade de cada país refletia,
portanto, as suas necessidades comerciais. Isto porque, nesse padrão, os
fluxos de ouro financiavam os desequilíbrios nas balanças de pagamentos de
cada país. Se um país fosse deficitário em sua balança de pagamentos, isto é,
se a soma de bens e serviços importados do exterior fosse superior à soma de
bens e serviços exportados pelo país, este deveria corrigir o déficit exportando
ouro. Os países superavitários, por sua vez, tornavam-se importadores de
ouro.
As "regras do jogo" prevalecentes no sistema de padrão-ouro eram simples: a
quantidade de reservas de ouro do país determinava a sua oferta monetária.
Se um país fosse superavitário em sua balança de pagamentos, deveria
importar ouro dos países deficitários. Isso elevaria sua oferta interna de moeda,
levando a uma expansão da base monetária, o que provocaria um aumento
de preços, o que, no final das contas, tiraria competitividade dos seus produtos
nos mercados internacionais, freando assim, novos superávits. Já se o país
fosse deficitário na balança comercial, exportaria ouro, sofreria contração
monetária, seus preços internos baixariam e, no final, aumentaria a
competitividade de seus produtos no exterior.
Em resumo, o padrão-ouro visava uma situação de equilíbrio na economia
internacional de modo que cada país mantivesse uma base monetária
consistente com a paridade cambial, mantendo assim uma balança comercial
equilibrada.
O padrão-ouro dito clássico foi o primeiro sistema monetário internacional e
vigorou de 1870 até 1914 (início da Primeira Guerra Mundial) período em que
o Reino Unido era a potência hegemônica e, por sua importância no comércio
internacional, bem como pelo desenvolvimento acelerado de suas instituições
financeiras, impôs ao mundo o padrão-ouro, quando Londres era o centro
financeiro do mundo. A Primeira Guerra levou ao fim do padrão libra-ouro e,
posteriormente, não se chegou a um acordo até Bretton Woods, em 1944.
 Assim, o período compreendido entre 1914 e 1944 caracteriza-se pela
[2]

desordem monetária e pela inexistência de um país claramente hegemônico,


enquanto potencias médias buscavam uma posição de liderança. Ainda em
plena guerra, os Estados Unidos e a Inglaterra iniciaram negociações para uma
reestruturação econômica, que resultaram na Carta do Atlântico, em 1941, uma
espécie de precursor de Bretton Woods . Após o fim da guerra, quando os
Estados Unidos emergem como nova potência mundial, o Ocidente passa a ter
uma nova ordem monetária e econômica internacional. Ao se tornarem a nação
hegemônica, os Estados Unidos impõem ao mundo o dólar como moeda
internacional e a supremacia do país, também no campo monetário e na
condução das finanças mundiais. [2][3]

Em 1944, nos termos dos Acordos de Bretton Woods, o padrão libra-ouro


(1870 - 1914) dá lugar ao padrão dólar-ouro .
O sistema de Bretton Woods vigeu até 15 de agosto de 1971, quando
os Estados Unidos aboliram unilateralmente a conversibilidade do dólar em
ouro, determinando, além da extinção do próprio padrão-ouro, o surgimento
do sistema flutuante. O regime de flutuação pode ser totalmente livre (como no
caso das principais moedas internacionais, o que não impede eventuais
intervenções dos bancos centrais nos mercados), ou variar no regime de
bandas ajustáveis (cuja referência de variação pode estar ligada a uma cesta
de moedas). Mesmo o Direito Especial de Saque do FMI, moeda puramente
contábil, tem seu valor determinado em função da variação relativa de um
coquetel de moedas, com base no dólar, no iene, na libra esterlina e no euro. A
"anarquia" monetária e cambial vivida desde o desmantelamento do modelo de
Bretton Woods e os perigos inerentes aos regimes de flutuação (isto é, com ou
sem intervenção das autoridades financeiras) tendem a propiciar uma
concentração dos regimes monetários nacionais em torno de três principais
moedas: o dólar americano, o euro e o iene (esta podendo ser substituída, no
futuro, pelo renminbi chinês). Tentativas de restaurar o equilíbrio com base em
novas paridades fracassaram e, desde 1973, com as modificações introduzidas
no convênio constitutivo do FMI, a economia mundial vive num regime de
ausência total de paridades correlacionadas, ou seja, o mundo vive sem um
Sistema Monetário Internacional formal e, apesar das instabilidades, esse
período não pode ser caracterizado como caótico, o que suscita o
questionamento sobre a necessidade real de um Sistema Monetário
Internacional formal. [3][4]

Índice

 1História
o 1.1Início
o 1.2A crise da moeda de prata e das cédulas (1750-1870)
o 1.3O padrão de câmbio-ouro (1870–1914)
o 1.4Impacto da Primeira Guerra Mundial (1914–25)
o 1.5O padrão barra-ouro e o declínio do padrão-ouro (1925-31)
o 1.6Depressão e Segunda Guerra Mundial (1932–1946)
 1.6.1Prolongamento da Grande Depressão
 1.6.2Os britânicos hesitaram em retornar ao padrão-ouro
o 1.7Padrão dólar-ouro (1946-1971 )
o 1.81971: fim do padrão dólar-ouro e colapso do sistema Bretton Woods
 2Teoria
o 2.1Diferentes definições
o 2.2Vantagens
o 2.3Desvantagens
 3Defensores de um padrão-ouro renovado
 4Ouro como reserva atualmente
o 4.1Acordo de Washington (1999)
 5Padrão-ouro no Brasil
 6Terminologia do padrão-ouro
 7Referências

História
Início
O padrão-ouro não foi pré-projetado, mas sim surgiu a partir de uma aceitação
geral da utilidade do ouro como uma moeda universal.  Quando as mercadorias [5]

competem pelo papel da moeda, aquela que com o passar do tempo perde o
menor valor toma o papel.  O uso do ouro como dinheiro data de centenas de
[6]

anos sendo que as primeiras moedas de ouro conhecidas foram cunhadas na


cidade-estado grega de Lídia, na Ásia Menor, por volta de 610 a.C. Sabe-se
que as primeiras moedas cunhadas na China datam de 600 a.C.  Durante [7]

a Idade Média, a moeda de ouro Soldo do Império Bizantino, também


conhecida como Bezante, circulou pela Europa e Mediterrâneo. Mas assim que
a influência econômica do Império Bizantino declinou, o mundo europeu tendeu
a considerar a prata, ao invés do ouro, como a moeda de escolha, levando ao
desenvolvimento de um padrão-prata. Pennies de prata, baseado
no Denário romano, tornou-se a moeda básica da Grã-Bretanha por volta da
época do Rei Offa, 796 d.C., e moedas semelhantes, incluindo o denari italiano,
o denier francês, e o dinero espanhol circularam pela Europa. Depois da
descoberta espanhola de grandes depósitos de prata em Potosí e
no México durante o século XVI, o comércio internacional passou a depender
de moedas como o dólar espanhol, o taleiro de Maria Theresa, e, na década de
1870, o dólar de comércio dos Estados Unidos.
Nos tempos modernos, as Índias Ocidentais Britânicas foram uma das
primeiras regiões a adotar o padrão-ouro. Depois da proclamação da Rainha
Ana em 1704, o padrão-ouro das Índias Ocidentais Britânicas era um padrão-
ouro de facto com base na moeda de ouro espanhola dobrão. No ano de 1717,
o mestre da Casa da Moeda Real, Sir Isaac Newton, estabeleceu uma nova
razão de cunhagem entre a prata e ouro que teve efeito na retirada da prata de
circulação e a inclusão da Grã-Bretanha no padrão-ouro. No entanto, apenas
em 1821, depois da introdução da soberania do ouro pela nova Casa da Moeda
Real em Tower Hill no ano de 1816, o Reino Unido foi colocado formalmente no
padrão-ouro, a primeira das grandes potências industriais. Logo seguiram
o Canadá em 1853, Newfoundland em 1865, e os Estados Unidos e
Alemanha de jure em 1873. Os Estados Unidos usaram a Águia como sua
unidade, e a Alemanha introduziu marco de ouro, enquanto o Canadá adotou
um sistema dual baseado tanto na Águia de ouro americana quanto na
Soberania de ouro britânica.
A Austrália e a Nova Zelândia adotaram o padrão-ouro britânico, assim como
as Índias Ocidentais Britânicas, enquanto Newfoundland era o único território
do Império Britânico a introduzir sua própria moeda de ouro como padrão.
Sucursais da Casa da Moeda Real foram estabelecidas em Sydney, Nova
Gales do Sul, Melbourne, Vitória e Perth, Austrália Ocidental com o objetivo de
cunhar soberanos de ouro a partir dos ricos depósitos de ouro da Austrália.
A crise da moeda de prata e das cédulas (1750-1870)
No final do século XVII, guerras e o comércio com a China, que vendeu à
Europa mas teve pouco uso para os bens europeus, drenaram a prata das
economias da Europa Ocidental e dos Estados Unidos. As moedas foram
cunhadas em números cada vez menores, e havia uma proliferação de notas
de bancos e ações usadas como dinheiro.
Na década de 1790, a Inglaterra, que sofria uma grande escassez de moedas
de prata, cessou a cunhagem das moedas de prata maiores, emitiu moedas de
prata em "fichas" e prensou moedas estrangeiras. Com o fim das guerras
napoleônicas, a Inglaterra começou um programa massivo de recunhagem que
criou soberanos de ouro, coroas e meias-coroas, e eventualmente pences de
cobre em 1821. A recunhagem de prata na Inglaterra após uma grande seca
produziu uma explosão de moedas: a Inglaterra atingiu ceca de 40 milhões
de shillings entre 1816 e 1820, 17 milhões de meias-coroas e 1,3 milhões de
coroas de prata. A Lei de 1819 para a retomada dos pagamentos em numerário
definiu 1823 como a data para a retomada da conversibilidade, mas alcançada
já em 1821. Por toda a década de 1820, pequenas notas eram emitidas pelos
bancos regionais, que foram finalmente restritos em 1826, enquanto foi
permitida ao Banco da Inglaterra a criação de sucursais regionais. Em 1833, no
entanto, as notas do Banco da Inglaterra ganharam força legal, e a retomada
pelos outros bancos foi desencorajada. Em 1844, o Bank Charter
Act estabeleceu que as notas do Banco da Inglaterra, completamente
vinculadas ao ouro, eram de cunho legal. De acordo com a interpretação estrita
do padrão-ouro, essa lei de 1844 marca o estabelecimento de um padrão-ouro
completo para o dinheiro britânico.
Os Estados Unidos adotaram um padrão-prata baseado no dólar fresado
espanhol em 1785. Isto foi codificado na Lei da Casa da Moeda e Cunhagem, e
pelo uso por parte do Governo Federal do "Banco dos Estados Unidos" para
guardar suas reservas, bem como estabelecendo uma razão fixa de ouro em
relação ao dólar americano. Isso era, na verdade, um padrão-prata derivado,
visto que não se exigia que o banco mantivesse uma relação da prata com a
moeda emitida. Começou uma longa série de tentativas nos Estados Unidos
para criar um padrão bimetálico para o dólar americano, que continuaria até a
década de 1920. As moedas de ouro e prata tinham cunho legal, incluindo o
real espanhol, uma moeda de prata cunhada no hemisfério ocidental. Devido à
grande dívida tomada pelo Governo Federal americano para financiar a Guerra
Revolucionária, moedas de prata cunhadas pelo governo deixaram de circular,
e em 1806 o Presidente Jefferson suspendeu a produção de moedas de prata.
O Tesouro dos Estados Unidos foi colocado em rígido padrão de dinheiro,
fazendo negócios apenas em moedas de ouro e prata como parte
do Independent Treasury Act de 1848, que legalmente separou as contas do
Governo Federal do sistema bancário. Entretanto, as taxas fixas do ouro e da
prata sobrevalorizaram a prata em relação à demanda por ouro no comércio e
empréstimos com a Inglaterra. A fuga do ouro em favor da prata levou à
procura do ouro, incluindo a Corrida do Ouro da Califórnia de 1849. Seguindo
a Lei de Gresham, a prata se multiplicou nos Estados Unidos, que comerciava
com outros países que usavam a prata, enquanto o ouro se tornou escasso.
Em 1853, os EUA reduziram o peso das moedas de prata para mantê-las em
circulação, e em 1857 removeram a condição de cunho legal da cunhagem
estrangeira.
Em 1857, a crise final da era dos bancos livres das finanças internacionais
começou, com os bancos norte-americanos suspendendo o pagamento em
prata, repercutindo no jovem sistema financeiro internacional dos bancos
centrais. Nos Estados Unidos, esse colapso foi um fato que contribuiu para a
Guerra Civil Americana, e em 1861 o governo dos EUA suspendeu o
pagamento em ouro e prata, terminando de fato com as tentativas de formar
um padrão-prata para o dólar. Durante o período 1860-1871, várias tentativas
de ressuscitar os padrões bimetálicos foram feitas, incluindo uma baseada no
franco de ouro e prata. No entanto, com o rápido influxo de prata dos novos
depósitos descobertos, a expectativa de escassez da prata acabou.
A interação entre os bancos centrais e a moeda base formou a fonte primária
da instabilidade monetária durante este período. A combinação que produziu
estabilidade econômica foi uma restrição da oferta de novas notas, um
monopólio do governo na emissão de notas diretamente, e indiretamente, um
banco central e uma unidade única de valor. Tentativas de evitar essas
condições produziram crises monetárias periódicas: com as notas
desvalorizando, ou a prata parando de circular como uma reserva de valor, ou
havendo uma depressão com os governos demandando espécies como
pagamento, diminuindo o meio circulante na economia. Na mesma época,
havia uma necessidade dramaticamente expandida por crédito, sendo que os
grandes bancos estavam sendo fretados em vários estados, incluindo, em
1872, o Japão. A necessidade de uma base sólida em assuntos monetários
produziria uma rápida aceitação do padrão-ouro no período que se seguiu.
A título de exemplo, e seguindo a decisão da Alemanha após a Guerra franco-
prussiana de exigir reparações para facilitar um movimento para o padrão-ouro,
o Japão obteve as reservas necessárias após a Guerra Sino-Japonesa de
1894-1895. É debatido se o padrão-ouro fornecia a um governo autenticidade
suficiente quando ele buscava pegar empréstimos no exterior. Para o Japão,
mudar para o ouro era considerado vital para ganhar acesso aos mercados de
capital do Ocidente.
[8]

O padrão de câmbio-ouro (1870–1914)


No final do século XIX, alguns dos países restantes que utilizavam o padrão-
prata começaram a atrelar suas moedas de prata aos padrões-ouro do Reino
Unido ou dos Estados Unidos. Em 1898, a Índia britânica atrelou a rúpia de
prata à libra esterlina em taxa fixa, enquanto em 1906, os Estabelecimentos
dos Estreitos adotaram um padrão de câmbio-ouro contra a libra esterlina com
os Straits dollar de prata sendo fixados a 2s 4d.
Na virada do século, a Filipinas atrelou o peso/dólar de prata ao dólar dos EUA
a 50 cents. Uma atrelação semelhante a 50 cents ocorreu por volta da mesma
época com o peso de prata do México e o iene de prata do Japão. Quando o
Sião adotou um padrão de câmbio-ouro em 1908, apenas a China e Hong
Kong permaneceram no padrão-prata.
Impacto da Primeira Guerra Mundial (1914–25)
Durante a Primeira Guerra Mundial, a maioria dos países abandonou o padrão-
ouro, principalmente devido às expansões monetárias e fiscais realizadas por
eles durante a guerra, as quais desequilibraram enormemente o comércio
internacional.
Os governos encararam uma necessidade de financiar altos níveis de
despesas, mas com fontes limitadas de receita tributária, conversibilidade
suspensa da moeda com o ouro em inúmeras ocasiões no século XIX. O
governo britânico suspendeu a conversibilidade (ou seja, ele saiu do padrão-
ouro) durante as Guerras Napoleônicas e o governo dos Estados Unidos
durante a Guerra de Secessão. Em ambos os casos, a conversibilidade foi
reassumida após a guerra. O teste real, no entanto, veio com a Primeira Guerra
Mundial, um teste que "falhou totalmente" de acordo com o economista Richard
Lipsey.[5]

A fim de financiar os custos da guerra, a maior parte dos países beligerantes


saíram do padrão-ouro durante a guerra, sofrendo níveis significantes
de inflação. Como os níveis de inflação variavam entre os estados, quando eles
voltaram para o padrão após a guerra a um preço determinado por eles
próprios (alguns, por exemplo, escolheram entrar a preços do pré-guerra), os
bens de alguns países estavam subvalorizados e alguns sobrevalorizados.  Em
[5]

última análise, o sistema tal como estava não poderia lidar rapidamente o
suficiente com os grandes déficits e excedentes criados no balanço de
pagamentos. Isto foi previamente atribuído à crescente rigidez dos salários
(principalmente em termos de cortes de salários) trazida com o advento
do trabalho sindicalizado, mas hoje é mais razoável pensar como uma falha
inerente ao sistema que veio a ser descoberta devido às pressões da guerra e
a rápida mudança tecnológica. Em qualquer caso, os preços não alcançaram o
equilíbrio na época da Grande Depressão, o que serviu para matá-lo
completamente.  Por exemplo, a Alemanha abandonou o padrão-ouro em 1914
[5]

e não poderia retornar para ele efetivamente, visto que o país perdeu grande
parte de suas reservas de ouro restantes em reparações. O banco central
alemão emitiu marcos sem lastro e virtualmente sem limite para comprar
moeda estrangeira para mais reparações e para apoiar os trabalhadores
durante a ocupação do Ruhr, finalmente levando à hiperinflação da década de
1920.
O padrão-ouro espécie terminou no Reino Unido e no resto do Império
Britânico com a eclosão da Primeira Guerra Mundial. As notas do Tesouro
substituíram a circulação dos soberanos de ouro e meio soberanos de ouro. No
entanto, legalmente, o padrão-ouro espécie não foi revogado. O fim do padrão-
ouro foi realizado com sucesso por apelos ao patriotismo quando alguém pedia
ao Banco da Inglaterra para resgatar seus papéis-moeda em troca de ouro em
espécie.
Depois da Guerra, as autoridades inglesas iniciaram a política de retorno ao
padrão-ouro, buscando valorizar sua moeda até o mesmo patamar de compra
que tivera antes das hostilidades. Para isso foram usados os mecanismos de
inspiração liberal dos superávits orçamentários e subidas das taxas de juro. O
economista John Maynard Keynes ainda relativamente pouco conhecido à
época, criticou essa política de revalorização e deflação num pequeno livro
chamado Monetary Reform mas não foi atendido. [9]
O padrão barra-ouro e o declínio do padrão-ouro (1925-31)

William McKinley concorreu à presidência dos Estados Unidos com base no padrão-ouro.

Em 1925, a Grã-Bretanha retornou ao padrão-ouro em conjunto com a


Austrália e África do Sul, quando o padrão ouro-espécie foi oficialmente
encerrado.
A Lei Britânica do Padrão-Ouro de 1925 introduziu o padrão barra-ouro e
simultaneamente revogou o padrão do ouro-espécie. O novo padrão barra-ouro
não previa o retorno à circulação das moedas de ouro. Pelo contrário, a lei
compelia as autoridades a vender barras de ouro à demanda a um preço fixo.
Este padrão barra-ouro durou até 1931.
Em 19 de setembro de 1931, o Reino Unido deixou o padrão-ouro revisado,
 forçado a suspender o padrão barra-ouro devido a grandes fluxos de ouro
[10]

saindo do país para o outro lado do Oceano Atlântico. Os britânicos se


beneficiaram da partida apesar da consequente inflação.  Eles agora poderiam [11]

usar a política monetária para estimular a economia através da diminuição das


taxas de juros. A Austrália e a Nova Zelândia já haviam sido forçadas para fora
do padrão-ouro pelas mesmas pressões relacionadas à Grande Depressão, e o
Canadá rapidamente segui o Reino Unido.
Outros países europeus que mantiveram a convertibilidade e a paridade de
suas moedas entre o período de 1929 e 1936
foram Bélgica, França, Itália, Países
Baixos, Polônia, Suíça e Tchecoslováquia (até 1934), chamados por alguns
autores de "Bloco Ouro". [12]

Depressão e Segunda Guerra Mundial (1932–1946)


Prolongamento da Grande Depressão

Alguns historiadores econômicos, tais como o professor Barry Eichengreen,


dos Estados Unidos, culpam o padrão-ouro da década de 1920 pelo
prolongamento da Grande Depressão.  Outros, incluindo o Diretor do Federal [13]

Reserve Ben Bernanke e o ganhador do Prêmio Nobel de economia Milton


Friedman colocam algum grau de culpa no Fed.  O padrão-ouro limitou a [14]

flexibilidade da política monetária do banco central ao restringir a sua


habilidade de expandir a oferta monetária, e assim sua habilidade de diminuir
as taxas de juros. Nos Estados Unidos, o Federal Reserve foi obrigado por lei a
ter 40% de ouro atrelados à demanda de notas do Fed e, desse modo, não
poderia expandir a oferta monetária além do que era permitido pelas reservas
de ouro em seus cofres. [15]

No começo da década de 1930, o Federal Reserve defendeu o preço fixo dos


dólares em relação ao padrão-ouro ao aumentar as taxas de juros, tentando
aumentar a demanda por dólar. O seu compromisso e adesão ao padrão-ouro
explica por que os Estados Unidos não se engajaram na política
monetária expansionista. Para competir na economia internacional, os EUA
mantiveram altas taxas de juros. Isto ajudou a atrair investidores internacionais,
que compraram ativos estrangeiros com ouro. Maiores taxas de juros
intensificaram a pressão deflacionária sobre o dólar e reduziram os
investimentos nos bancos americanos. Os bancos comerciais também
converteram as Notas do Federal Reserve em ouro em 1931, reduzindo as
reservas de ouro do Fed e forçando uma redução correspondente no volume
das Notas do Federal Reserve em circulação.  Esse ataque especulativo ao
[16]

dólar criou um pânico no sistema bancário dos Estados Unidos. Temendo uma
iminente desvalorização do dólar, muitos depositantes estrangeiros e
domésticos retiraram fundos dos bancos dos EUA para convertê-los
em ouro ou outros ativos. [16]

A contração forçada da oferta monetária causada pelas pessoas que retiravam


seu dinheiro do sistema bancário durante crises de pânico resultou
em deflação. Até mesmo as taxas nominais de juros caíram, enquanto as taxas
reais (ajustadas pela inflação) de juros permaneceram altas, recompensando
aqueles que guardavam dinheiro ao invés de gastá-lo, causando uma maior
desaceleração na economia.  A recuperação nos Estados Unidos foi mais lenta
[17]

que na Grã-Bretanha, em parte devido a relutância do Congresso em


abandonar o padrão-ouro e deixar a moeda americana flutuar assim como a
Grã-Bretanha fez. [18]

O Congresso aprovou a Lei de Reserva de Ouro em 30 de janeiro de 1934. A


medida nacionalizou todo o ouro ao ordenar os bancos do Federal Reserve a
entregar sua oferta ao Tesouro dos Estados Unidos. Em retorno, os bancos
receberam certificados de ouro a serem usados como reservas contra
depósitos e notas do Federal Reserve. A lei também autorizou o presidente a
desvalorizar o dólar de ouro para que ele não tivesse mais do que 60% de seu
preço existente. Com esta autoridade, o presidente, em 31 de janeiro de 1934,
fixou o valor do dólar de ouro em 59,06 cêntimos.
Os britânicos hesitaram em retornar ao padrão-ouro

Durante o período 1939-1942, o Reino Unido esgotou a maior parte do seu


estoque de ouro em compras de munições e armas à base do cash-and-
carry dos Estados Unidos e outros países. Esse esgotamento das reservas do
Reino Unido convenceu Winston Churchill da impraticabilidade do retorno ao
padrão-ouro, nos moldes vigentes no pré-guerra. De forma mais simples,
a guerra levou a Grã-Bretanha à falência
John Maynard Keynes, que lutou contra o padrão-ouro, propôs colocar o poder
de imprimir dinheiro nas mãos de um Banco da Inglaterra, de propriedade
privada. Keynes, ao advertir sobre as ameaças da inflação, disse que "por um
contínuo processo de inflação, os governos podem confiscar, secretamente e
sem serem observados, uma importante parte da riqueza de seus cidadãos.
Por este método, eles não apenas confiscam, mas eles confiscam
arbitrariamente. E enquanto este processo empobrece muitos, ele enriquece
outros".
[19]

Muito possivelmente devido a isso, o Acordo de Bretton Woods (1944)


estabeleceu a criação do Fundo Monetário Internacional e um sistema
monetário internacional baseado na convertibilidade de várias moedas
nacionais em um dólar americano que era, por sua vez, convertível em ouro.
Desse modo, as autoridades deveriam exigir dos bancos e demais instituições
monetárias que negociassem seus passivos respeitando esse preço fixo em
relação ao ouro, como forma de estabilizar a economia.
Padrão dólar-ouro (1946-1971 )
Ver artigo principal: Acordos de Bretton Woods
Após a Segunda Guerra Mundial, um sistema semelhante ao padrão-ouro,
algumas vezes chamado "padrão dólar-ouro", foi estabelecido pelos Acordos
de Bretton Woods. Sob este sistema, muitos países fixaram suas taxas de
câmbio em relação ao dólar dos Estados Unidos. Os EUA prometeram fixar o
preço do ouro em aproximadamente $ 35 por onça troy (31,104 gramas).
Implicitamente, portanto, todas as moedas atreladas ao dólar também tinham
um valor fixo em termos de ouro. [5]

Observe-se que o padrão dólar-ouro não pôde ser seguido pelos países
periféricos (inclusive o Brasil), que adotaram, então, formas de curso forçado e
alternativas como o crawling peg. [carece  de fontes]

Essa fase do padrão-ouro, o padrão dólar-ouro, terminaria em 1971, quando os


EUA abandonaram inteiramente o sistema de Bretton Woods, em razão das
crescentes necessidades de financiamento decorrentes da Guerra do Vietnã. [3]

1971: fim do padrão dólar-ouro e colapso do sistema Bretton


Woods
Sob a administração do Presidente francês Charles de Gaulle até 1970, a
França reduziu suas reservas de dólar, trocando-as por ouro do governo
americano, reduzindo a influência econômica dos Estados Unidos no exterior.
Nos anos seguintes, quando os bancos centrais europeus mostraram a
intenção de resgatar, em ouro, o máximo possível de seus inflados estoques
de dólares, Nixon, ao mesmo tempo em que impunha um congelamento
de preços e salários nos Estados Unidos - na vã tentativa de controlar
a inflação no país - decidiu, em 15 de agosto de 1971, unilateralmente e sem
prévio aviso, pôr fim ao que restava do padrão-ouro, acabando com a
convertibilidade direta do dólar em ouro e quebrando o sistema de Bretton
Woods (o "Choque Nixon"). Os EUA não mais honrariam o compromisso
assumido em 1944 e, pela primeira vez na história, o dólar tornava-se
totalmente fiduciário, ou seja, sem qualquer lastro em ouro. Mesmo aquele
tênue elo com o ouro, mantido desde 1933, estava agora definitivamente
cortado, e o mundo voltava ao sistema fiduciário dos anos 1930, com a
diferença que nem mesmo o dólar possuía agora qualquer ligação com o
ouro.Essa decisão foi ratificada na reunião do Fundo Monetário Internacional,
realizada na Jamaica em 1973, de modo que o ouro se tornaria doravante
apenas uma mercadoria e não mais meio de pagamento. Isso levou a que o
sistema monetário internacional passasse a atuar no chamado esquema
das taxas flutuantes de câmbio.[20]

Esta era para ser uma medida temporária, com o preço do ouro em dólar e a
taxa oficial de câmbio constantes. A revalorização das moedas era o principal
objetivo do plano. Mas nenhuma revalorização oficial ou resgate ocorreu.
Posteriormente, o dólar flutuou. Afinal, para restaurar uma ordem monetária
internacional, agora sem qualquer vínculo com o ouro, os EUA levaram o
mundo a implementar o Acordo Smithsoniano, firmado em 18 de
dezembro de 1971. Por esse acordo, o dólar foi desvalorizado, passando de
US$ 35 para $ 38 por onça troy de ouro, enquanto as moedas de outros países
foram apreciadas. No entanto, a conversibilidade em ouro jamais seria
retomada. Em outubro de 1973, o preço do metal foi aumentado para $ 42,22
por onça. Em outubro de 1976, o governo americano mudou oficialmente a
definição do dólar, e todas as referências ao ouro foram removidos dos
regulamentos. A partir de então, o sistema monetário internacional seria
constituído de pura moeda fiduciária.

Teoria
A moeda-mercadoria é difícil de se guardar e transportar. Além disso, ela não
permite que um governo manipule ou restrinja o fluxo do comércio dentro de
seus domínios com a mesma facilidade que uma moeda fiduciária permite.
Desse modo, a moeda-mercadoria deu lugar ao dinheiro representativo, e o
ouro e outras espécies foram mantidas como sua contraparte.
O ouro era uma forma comum de dinheiro devido a sua raridade, durabilidade,
divisibilidade, fungibilidade e facilidade de identificação,  muitas vezes em
[21]

conjunto com a prata. A prata foi o típico meio de circulação médio, com o ouro
funcionando como o metal da reserva monetária.
O padrão-ouro foi especificado de várias formas diferentes, quanto ao modo do
atrelamento da moeda ao ouro, incluindo a quantidade de espécie por unidade
de moeda. A própria moeda era apenas papel, portanto não possuindo nenhum
valor intrínseco, mas era aceita pelos comerciantes pois poderia ser resgatada
a qualquer hora pela espécie equivalente. Um silver certificate dos Estados
Unidos, por exemplo, poderia ser resgatado por uma peça real de prata.
O dinheiro representativo e o padrão-ouro protegem os cidadãos
da hiperinflação e outros abusos da política monetária, como foi visto em
alguns países durante a Grande Depressão. No entanto, eles possuíam seus
problemas e suas críticas, e portanto foram parcialmente abandonados pela
adoção internacional dos Acordos de Bretton Woods. Esse sistema
posteriormente entrou em colapso em 1971, na época em que quase todas os
países haviam adotado moedas inteiramente fiduciárias.
De acordo com a análise keynesiana, a rapidez com que cada país deixou o
padrão-ouro tem relação direta com a recuperação econômica da Grande
Depressão. Por exemplo, a Grã-Bretanha e a Escandinávia, que deixaram o
padrão-ouro em 1931, recuperaram-se muito mais cedo do que a França e
Bélgica, que permaneceram com o ouro por muito mais tempo. Países como a
China, que possuía um padrão-prata, quase evitaram inteiramente a
depressão. A conexão entre deixar o padrão-ouro, como um forte preditor da
severidade da depressão por que passa o país, e a demora na sua
recuperação foi mostrada ser consistente para dezenas de países, incluindo
aqueles em desenvolvimento. Isto pode explicar por que a experiência e a
duração da depressão diferiram entre as economias nacionais. [22]

Diferentes definições
Um padrão-ouro com 100% de reserva, ou um padrão-ouro
completo ou padrão-ouro clássico, existe quando uma autoridade monetária
possui ouro suficiente para converter todo o dinheiro representativo que ele
emitiu em ouro à taxa de câmbio prometida. Ele é algumas vezes chamado
de gold specie standard (padrão ouro-espécie) para ser identificado mais
facilmente de outras formas de padrão-ouro que haviam existido em várias
épocas. Oponentes de um padrão com 100% de reserva consideram tal padrão
difícil de implementar, dizendo que a quantidade de ouro no mundo é muito
pequena para sustentar a atividade econômica mundial aos preços correntes
do ouro. A implementação faria o preço do ouro subir consideravelmente. No
entanto, defensores do padrão-ouro haviam dito que qualquer quantidade de
ouro pode servir como a reserva: "Uma vez que uma moeda é estabelecida,
qualquer estoque de moeda torna-se compatível com qualquer nível de
emprego e renda real".  De acordo com eles, os preços dos bens e serviços
[23]

irão se ajustar à oferta de ouro.


Em um sistema padrão-ouro internacional (que é necessariamente baseado em
um padrão-ouro interno, nos países considerados),  o ouro (ou uma moeda
[24]

conversível em ouro a um preço fixo) é usado como meio de pagamento


internacional. Sob tal sistema, quando as taxas de câmbio sobem acima ou
caem abaixo da taxa fixada por mais do que o custo de enviar o ouro de um
país para o outro, grandes fluxos para dentro ou para fora do país ocorrem até
que as taxas retornem ao nível oficial. As regras internacionais do padrão-ouro
frequentemente limitam e definem quais entidades têm o direito de resgatar a
moeda pelo ouro. Sob os Acordos de Bretton Woods, eles eram chamados
de Direitos Especiais de Saque (DES).
Vantagens

 A estabilidade dos preços no longo prazo tem sido descrita como a


grande virtude do padrão-ouro.  Sob o padrão-ouro, elevados níveis de
[25]

inflação são raros, e a hiperinflação é quase impossível visto que a oferta


monetária pode somente crescer à taxa que a oferta de ouro cresce.
Aumentos de preços por toda a economia causados por quantidades
crescentes de moeda em busca de uma oferta constante de bens são raros,
visto que a oferta de ouro para uso monetário é limitada pelo ouro
disponível que pode ser cunhado em moeda. Altos níveis de inflação sob
um padrão-ouro são normalmente vistos apenas quando a guerra destrói
uma grande parte da economia, reduzindo a produção de bens, ou quando
uma nova grande fontes de ouro torna-se disponível. Nos Estados Unidos,
um desses períodos de guerra foi o da Guerra Civil, que destruiu a
economia do sul,  enquanto a corrida do ouro na Califórnia tornou grandes
[26]

quantidades de ouro disponíveis para cunhagem. [27]

 O padrão-ouro limita o poder dos governantes de inflacionar preços


através da emissão excessiva do papel-moeda. Ele fornece taxas de
câmbio internacionais fixas entre os países que o adotam, e assim reduz a
incerteza no comércio internacional. Historicamente, os desequilíbrios entre
os níveis de preços nos diferentes países seria parcial ou inteiramente
compensados por um mecanismo de ajuste automático no balanço de
pagamentos chamado de "mecanismo de fluxo de preço-espécie".
 O padrão-ouro torna o déficit crônico nos gastos do governo mais difícil,
visto que ele evita que os governos inflacionem o valor real de suas dívidas.
 Um banco central não pode ser um comprador ilimitado de última instância
[28]

da dívida do governo. Um banco central não deve criar quantidades


ilimitadas de dinheiro à sua vontade, pois há uma oferta limitada de ouro.
Desvantagens

Preço do ouro (US$ por onça) de 1968 a 2010, em dólares nominais e ajustada pela inflação.

 A quantidade total de ouro que já foi extraída foi estimada em 142 mil
toneladas métricas.  Isto é menor do que o valor da moeda circulante nos
[29]

Estados Unidos sozinha, onde mais de $ 8,3 trilhões está em circulação ou


em depósito (M2).  Portanto, um retorno ao padrão-ouro, se também
[30]

combinado com o fim das reservas bancárias fracionais, resultaria em um


aumento significativo no valor atual do ouro, o que pode limitar seu uso nas
aplicações correntes. [31]

 A deflação recompensa os poupadores  e pune os devedores.  Os [32][33] [34][35]

encargos da dívida real portanto aumentam, levando os tomadores de


empréstimos a cortarem os gastos para o pagamento de suas dívidas ou
darem calote. Os emprestadores tornam-se mais ricos, mas podem
escolher poupar uma parte de sua riqueza adicional ao invés de gastá-la
toda.  O montante total de despesas é portanto propenso a cair.
[36] [36]

 Os economistas ortodoxos acreditam que as recessões econômicas


podem ser mitigadas em grande parte pelo aumento da oferta monetária
durante os declínios econômicos.  Seguir um padrão-ouro significaria que o [37]

volume de dinheiro seria determinado pela oferta de ouro, e portanto


a política monetária não poderia mais ser usada para estabilizar a
economia em tempos de recessão econômica.  Tal razão é muitas vezes [38]

empregada para culpar parcialmente o padrão-ouro pela Grande


Depressão, citando que o Federal Reserve não poderia expandir o crédito
suficientemente para compensar as forças deflacionárias que afetavam o
mercado. [39]

 A política monetária seria essencialmente determinada pela taxa de


produção do ouro.  Flutuações na quantidade de ouro que é extraído
[40]

poderia causar inflação se houvesse um aumento, ou deflação se houvesse


um declínio.  Alguns mantinham a opinião de que isto contribuiu para a
[40][41]

severidade e duração da Grande Depressão, visto que o padrão-ouro


forçou os bancos centrais a manter a política monetária muito apertada,
criando deflação. [31][42]

 Apesar de o padrão-ouro possibilitar a estabilidade de preços no longo


prazo, no curto prazo ele traz alta volatilidade nos preços.  É argumentado
[41][43]

por Anna Schwartz, entre outros, que este tipo de instabilidade nos níveis
de preços no curto prazo pode levar à instabilidade financeira visto que os
emprestadores e os tomadores de empréstimos tornam-se incertos quanto
ao valor da dívida. [44]

 James Hamilton afirmou que o padrão-ouro pode ser suscetível


a ataques especulativos quando a posição financeira de um governo
aparenta ser frágil, embora outros afirmem que esta ameaça desencoraja
os governos a adotarem políticas arriscadas (ver risco moral).  Por [42]

exemplo, alguns acreditam que os Estados Unidos foram forçados a


aumentar suas taxas de juros no meio da Grande Depressão para defender
a credibilidade de sua moeda após incomuns políticas de crédito fácil na
década de 1920. [42][45]

 Se um país quisesse desvalorizar sua moeda, um padrão-ouro


geralmente produziria mudanças mais nítidas do que os declínios suaves
vistos nas moedas fiduciárias, dependendo do método de desvalorização. [46]

 A maioria dos economistas são a favor de uma taxa de inflação positiva


porém baixa. Isto parcialmente reflete o medo de choques deflacionários,
mas se deve principalmente devido ao fato de eles acreditarem que os
bancos centrais ainda possuem algum papel a desempenhar no
amortecimento das flutuações no produto e desemprego. Os bancos
centrais podem exercer esse papel com mais segurança quando uma taxa
positiva de inflação lhes dá espaço para conter o crescimento da moeda
sem induzir o declínio dos preços. [47]

 É difícil manipular um padrão-ouro para se adequar à demanda por


moeda de uma economia, fornecendo restrições práticas contra as medidas
que os bancos centrais poderiam usar para responder às crises
econômicas. [48]

 O mercado de metais preciosos pode ser facilmente manipulado por


monopólios. [49][50][51][52][53]

Defensores de um padrão-ouro renovado


O retorno ao padrão-ouro já foi defendido por Henry Ford  e é atualmente
[54]

apoiado por muitos seguidores da Escola


Austríaca, objetivistas, libertarianistas do livre mercado e, nos Estados Unidos,
por constitucionalistas estritos em grande parte porque eles se opõem ao papel
do governo em emitir moeda fiduciária através dos bancos centrais. Um
número significativo de defensores do padrão-ouro também pedem pelo fim da
reserva bancária fracional.
Poucos políticos atualmente defendem o retorno para o padrão-ouro, além dos
participantes da Escola Austríaca e alguns economistas da oferta. No entanto,
alguns economistas proeminentes expressaram simpatia com uma base de
moeda forte, e argumentaram contra a moeda fiduciária politicamente
controlada, incluindo o ex-Presidente do FED Alan Greenspan (ele próprio um
ex-objetivista), e o macroeconomista Robert Barro. Greenspan defendeu o
retorno para um padrão-ouro 'puro' em seu artigo de 1966, Gold and Economic
Freedom, no qual ele descreveu os apoiadores da moeda fiduciária como
"estadistas do bem-estar social" que usavam as políticas monetárias para
financiar deficits de gastos.  Barro argumenta em favor da adoção de alguma
[55]

forma de "constituição monetária" que forneceria estabilidade para a política


monetária ao invés de permitir que as decisões sobre política monetária fossem
feitas na base da política, mas sugere que o que forma esta constituição - por
exemplo, um padrão-ouro, algum outro padrão baseado na mercadoria, ou uma
moeda fiduciária com regras fixas para determinação da quantidade de moeda
- é consideravelmente menos importante. O congressista americano Ron
Paul continuamente defendeu o restabelecimento do padrão-ouro, mas não é
mais um defensor ferrenho, passando a apoiar uma cesta de mercadorias que
emerge dos mercados livres. [56]

Por enquanto, o sistema monetário global continua a confiar no dólar dos


Estados Unidos como uma moeda de reserva com a qual as transações
importantes, como o próprio preço do ouro, são medidas.  Uma série de
[57]

alternativas foi sugerida, incluindo moedas baseadas na energia, e cestas de


mercados de moedas ou mercadorias, sendo o ouro uma das alternativas.
Em 2001, o Primeiro-ministro da Malásia Mahathir bin Mohamad propôs uma
nova moeda que seria usada inicialmente para o comércio internacional entre
as nações muçulmanas. A moeda que ele propôs se chamava denário islâmico
de ouro e foi definido como 4,25 gramas de ouro puro (24 quilates). Mahathir
Mohamad promoveu o conceito com base em seus méritos econômicos como
uma unidade estável de conta e também como um símbolo político para criar
uma maior unidade entre os países islâmicos. O suposto propósito desse
movimento seria reduzir a dependência do dólar dos Estados Unidos como
uma moeda de reserva, e para estabelecer uma moeda sem base em dívida de
acordo com a lei islâmica, que é contra a cobrança de juros.  No entanto, a
[58]

moeda proposta por Mahathir não conseguiu se firmar.


Em 2011, o legislativo do estado de Utah, Estados Unidos aprovou uma lei que
aceitava o ouro emitido federalmente e as moedas de prata como moedas de
cunho legal para pagar impostos.  Uma legislação semelhante está em
[59][60]

consideração em outros estados do país. O EIIL defende o uso do padrão-ouro


em suas terra como uma maneira de enfrentar o poderio do dólar americano e
de cumprir o que está no alcorão e na sunna. [61]

Ouro como reserva atualmente


Ver artigo principal: Reserva de ouro
O franco suíço foi baseado em uma exigência de 40% de reservas legais de
ouros a partir de 1936, quando acabou a conversibilidade com o ouro,  até
[62]

2000. As reservas de ouro são guardadas em quantidades significativas por


muitos países como um meio de defender sua moeda, e fazer hedge contra
o dólar dos Estados Unidos, que forma o grosso das reservas líquidas de
moeda.
Tanto as moedas de ouro como as barras de ouro são amplamente negociadas
nos mercados e, portanto, ainda servem como reserva privada de riqueza.
Algumas moedas de emissão privada, como a moeda de ouro digital, são
atreladas a reservas de ouro.
Acordo de Washington (1999)
Em 26 de setembro de 1999, para proteger o valor do ouro como reserva,
quinze bancos centrais da Europa (incluindo os bancos centrais dos onze
países que, na época, constituíam a Eurozona, mais o Banco Central
Europeu e mais os bancos centrais da Suécia, da Suíça e do Reino Unido)
estabeleceram o primeiro Acordo de Washington do Ouro (Central Bank Gold
Agreement), no qual declaravam que o ouro permaneceria como um elemento
importante das reservas monetárias globais e concordaram em limitar
coletivamente as suas vendas do metal a 2 000 toneladas, nos cinco anos
seguintes (400 t ao ano). Também anunciaram que seus contratos
de derivativos não aumentariam no mesmo período. Na época, os bancos
signatários respondiam por aproximadamente 45% das reservas globais de
ouro. Posteriormente, os bancos declararam que, naquele mesmo mês, seus
contratos de leasing já atingiam um total de 2 119,32 toneladas de ouro.
Outros importantes detentores de reservas do metal - incluindo EUA, Japão,
Austrália, o FMI e o BIS, comprometeram-se informalmente com o acordo ou
anunciaram que suspenderiam suas vendas de ouro. [63]

Padrão-ouro no Brasil
Com os problemas das desvalorizações cambiais persistentes, o Governo do
Presidente Washington Luís tentou uma reforma econômica-financeira
consubstanciada na Lei 5 108 de 18 de dezembro de 1926, escrita dentro das
regras doutrinárias do padrão-ouro tentando uma estabilização monetária:
previa o emprego de recursos para atingir a conversibilidade e a cunhagem do
cruzeiro, que possibilitavam a circulação metálica e de ouro. Tais medidas não
puderam ser executadas e com a Crise de 1929 foram totalmente
abandonadas. [64]

Terminologia do padrão-ouro
 gold-stand (br.: padrão-espécie): modalidade de conversão de papel-
moeda em ouro amoedado;
 bullion-standard (br.: padrão-barra): a conversão é para ouro em barra.
 gold-exchange standard (br.:padrão de câmbio-ouro ou padrão-divisas):
conversão em divisas para o comércio internacional.
Referências
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3. ↑ Ir para:a b c O Sistema Monetário Internacional: uma interpretação a partir do conceito de hegemonia mundial. Por Pedro Lopes Marinho.

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10. ↑ Barry J. Eichengreen (15 de setembro de 2008).  Globalizing capital: a history of the international monetary system  (em inglês). [S.l.]: Princeton University Press.
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13. ↑ (em inglês) Eichengreen, Barry (1992) Golden Fetters: The Gold Standard and the Great Depression, 1919–1939. Preface.

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15. ↑ The original Federal Reserve Act provided for a note issue which was to be secured ... by a 40% reserve in gold (em inglês)

16. ↑ Ir para:a b «FRB: Speech, Bernanke-Money, Gold, and the Great Depression -March 2, 2004». Federalreserve.gov. 2 de março de 2004. Consultado em 24 de julho de 2010

17. ↑ "In the 1930s, the United States was in a situation that satisfied the conditions for a liquidity trap. Over 1929–1933 overnight rates fell to zero, and they remained on the floor
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18. ↑ The European Economy between Wars; Feinstein, Temin, and Toniolo (em inglês)

19. ↑ John Maynard Keynes Economic Consequences of the Peace, 1920.

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27. ↑ http://eh.net/encyclopedia/article/whaples.goldrush Arquivado julho 9, 2012 no WebCite A produção acumulada durante a corrida do ouro na Califórnia de 1792 até 1847 foi de
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Arquivado do original  em 16 de outubro de 2011

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