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UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA

AFRO-BRASILEIRA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA
CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

Primeira lista de exercı́cios de Geometria Diferencial de Curvas.


Professor: Rafael Diógenes.
Aluno:

1. Sejam a e b constantes não nulas. Verifique que a aplicação α(t) = (acos t, bsen t), t ∈ R,
é uma curva parametrizada diferenciável. Descreva o traço de α. O que representa
geometricamente o parâmetro t?

2. Obtenha uma curva regular α : R → R2 tal que α(0) = (2, 0) e α0 (t) = (t2 , et ).

3. Considere α : I → R2 tal que α00 (t) = 0, ∀t ∈ I. O que podemos dizer a respeito de α?

4. Seja α : I ⊂ R → R2 uma curva parametrizada que não passa pela origem. Suponha
que α(t0 ) é o ponto do traço de α que esteja o mais próximo da origem e que α0 (t0 ) 6= 0.
Mostre que α(t0 ) e α0 (t0 ) são ortogonais.

5. Seja α : I ⊂ R → R2 uma curva parametrizada e v ∈ R2 um vetor fixado. Suponha que


hα0 (t), vi = 0 para todo t ∈ I e que hα(t0 ), vi = 0 para algum t0 ∈ I. Prove que α(t) é
ortogonal à v para todo t ∈ I.

6. Seja α : I → R2 uma curva regular. Prove que |α0 (t)| é constante se, e só se, para cada
t ∈ I, o vetor α00 (t) é ortogonal a α0 (t).

7. Considere a aplicação
  
t
α(t) = sen t, cos t + ln tg , t ∈ (0, π).
2

Prove que:

(a) α é uma curva parametrizada diferenciável;


(b) α0 (t) 6= 0 para todo t 6= π2 ;
(c) o comprimento do segmento da reta tangente, compreendido entre α(t) e o eixo
y, é constante igual a 1. O traço dessa curva é chamado tratriz.

8. Considere um cı́rculo de raio a rolando sobre o eixo x sem deslizar. Um ponto desta
circunferência descreve uma ciclóide. Supondo que para o tempo t = 0 o ponto da
circunferência coincide com a origem do sistema de coordenadas, obtenha uma curva
parametrizada diferenciável cujo traço é a ciclóide. Esta curva é regular?

9. A hipociclóide é a trajetória descrita pelo movimento de um ponto fixo P pertencente


ao cı́rculo de raio r, que gira no interior de um cı́rculo fixo de raio R > r.

(a) Obtenha uma curva parametrizada diferenciável cujo traço é a hipociclóide;


(b) Essa curva é regular? Caso negativo, encontre seus pontos singulares;
(c) Esboce o traço da hipociclóide quando R = 4r, neste caso a hipociclóide recebe o
nome particular de astróide;
(d) Esboce o traço da hipociclóide quando R = 5 e r = 2;
(e) Esboce o traço da hipociclóide quando R = 4 e r = 1.

10. A epiciclóide é a trajetória descrita pelo movimento de um ponto fixo P, pertencente a


um cı́rculo de raio r, que gira sobre a parte externa de um cı́rculo de raio R > r.

(a) Obtenha uma curva parametrizada diferenciável cujo traço é a epiciclóide;


(b) Essa curva é regular? Caso negativo, encontre seus pontos singulares;
(c) Esboce o traço da epiciclóide quando R = r, neste caso a epiciclóide recebe o
nome particular de cardióide;
(d) Esboce o traço da epiciclóide quando R = 3 e r = 1;
(e) Esboce o traço da epiciclóide quando R = r = 1.

11. Verifique que as curvas regulares α(t) = (t, et ), t ∈ R, e β(r) = (ln r, r), r ∈ (0, ∞), têm
o mesmo traço.

12. Calcular o comprimento do arco da curva parametrizada

(a) α(t) = (t, cosh t) entre t = a e t = b;


(b) β(t = (at + b, ct + d) entre t = 0 e t = 10;
(c) γ(t) = (rsen t, rcos t) entre t = 0 e t = 2π;
(d) φ(t) = r(t − sen t, 1 − cos t) entre t = 0 e t = 2π.

13. Reparametrizar pelo comprimento de arco a curva

(a) α(t) = (a(t − sen t), a(1 − cos t)), 0 < t < 2π.
(b) α(t) = (et cos t, et sen t) 0 < t < 2π.
(c) α(t) = (rcos (2t), rsen (2t)), 0 < t < 2π.
(d) α(t) = (at + b, ct + d) m < t < n.
(e) α(t) = (t, 2t) a < t < b.

14. Seja η um campo de vetores ao longo do cı́rculo α(t) = (cos t, sen t). Em cada um dos
seguintes casos, expresse as coordenadas de η :

(a) η(t) é o vetor de α(t) para a origem de R2 .


(b) η(t) = α0 (t) − α00 (t).
(c) η(t) é o vetor de α(t) até α(π).

15. Obtenha o diedro de Frenet, a curvatura, os valores de r onde a curvatura é máxima


e/ou mı́nima (se existir) e esboce os traços (com o diedro de Frenet) das seguintes
curvas regulares:

(a) α(r) = (r, r3 ), r ∈ R;


(b) α(r) = (r, r4 ), r ∈ R;
(c) α(r) = (cos r(2cos r − 1), sen r(2cos r − 1)), r ∈ R (cardióide);
(d) α(r) = (acos r, bsen r), r ∈ R, a > 0, b > 0 (Elipse);

2
(e) α(r) = (acosh r, bsenh r), r ∈ R a > 0, b > 0 (Hipérbole);
(f) α(r) = (cos (ar), sen (br)), r ∈ R a 6= b;
(g) α(r) = a(cos r + rsen r, sen r − rcos r), r > 0;
(h) α(r) = a(cos 3 r, sen 3 r), r ∈ R;
(i) α(r) = a(r − sen r, 1 − cos r), r ∈ (0, 2π) (ciclóide);
Z t Z r 
cos u sen u
(j) α(r) = √ du, √ du , r > 0;
0 u 0 u
(k) α(r) = (2atg r, 2acos 2 r), r ∈ R (Curva de Agnesi);
(l) α(r) = sen r, cos r + ln tg 2r , r ∈ (0, π) (Tractrix).


16. Considere uma curva cujo traço é o gráfico de uma função definida por y = f (x), onde
f : I → R é uma função diferenciável (C ∞ ). Determine a sua curvatura. Use isto para
calcular a curvatura da curva cujo gráfico é determinado pela função:

(a) f (x) = ln x, x ∈ (0, ∞);


(b) f (x) = sen (ax2 ) no ponto (0, 0);
x
(c) f (x) = acosh , a 6= 0 (catenária).
a
17. Seja r = r(θ) uma curva regular dada em coordenadas polares. Verifique que o com-
primento do arco da curva de θ0 a θ1 é dado por
Z θ1 p
l= r2 + (r0 )2 dθ.
θ0

e a curvatura
2(r0 )2 − rr00 + r2
k(θ) = 3 .
(r2 + (r0 )2 ) 2
18. Calcule as curvaturas das curvas dadas em coordenadas polares e esboce os traços das
curvas:

(a) r = acos θ (cı́rculo);


(b) r = aθ (espiral de Arquimedes);
(c) r = a(1 + cos θ) (cardióide).
Z
2
19. A curvatura total de uma curva α : I → R PCA é dada por k(s)ds. Se α é apenas
Z I
0
regular, a fórmula torna-se k(t)|α (t)|dt. Encontre a curvatura total das seguintes
I
curvas:

(a) α(t) = (cos (t)(2cos (t) − 1), sen (t)(2cos (t) − 1)), I = (0, 2π).
(b) β(t) = (t − sen (t), 1 − cos (t)), I = (0, 2π).
(c) γ(t) = (cosh (t), senh (t)), I = (0, a), a > 0.

20. Seja α(s) uma curva regular PCA. A evoluta de α é a curva definida por β(s) = α(s) +
1
n(s), onde n(s) é o vetor normal e k(s) a curvatura de α. Prove que:
k(s)
(a) β é uma curva diferenciável se k(s) 6= 0, ∀s.

3
(b) Suponha que k(s) 6= 0, ∀s, então β é regular se k 0 (s) 6= 0, ∀s.
(c) Nas condições do item anterior o vetor tangente à evoluta em s é paralelo ao vetor
normal a α em s.

21. Seja α(s) uma curva regular PCA e tal que k(s) > 0 e k 0 (s) > 0 ∀s. Verifique que o
comprimento do arco da evoluta de α entre s0 e s1 é igual à diferença entre os raios de
curvatura em s0 e s1 .

22. Obtenha a evoluta das seguintes curvas:

(a) α(r) = (3sen r − 2sen 3 r, 3cos r − 2cos 3 r).


(b) α(r) = (t2 , t3 ).
 2
r3

r
(c) α(r) = , .
1 + r2 1 + r2
(d) α(r) = (acos r, bsen r), a > 0, b > 0.

23. Sejam α : I → R2 uma curva regular PCA com curvatura k(s) e λ uma constante real.
A curva paralela αλ : I → R2 de α é definida por

αλ (s) = α(s) + λ · n(s).


k(s)
Mostre que se λk(s) 6= 1 então αλ é regular e que sua curvatura é dada por .
|1 − λk(s)|
24. Descreva todas as curvas planas regulares tais que:

(a) tem curvatura constante;


(b) todas suas retas tangentes se interceptam num ponto fixado;
(c) todas suas retas normais se interceptam num ponto fixado.

25. Prove que toda curva regular plana cuja curvatura é da forma
1
k(s) = , a 6= 0,
as + b
é uma espiral logaritma.

26. Determine as curvas planas de modo que:


1
(a) a curvatura seja k(s) = .
cosh s
(b) (Espiral de Cornu) seja PCA com curvatura k(s) = 2s e tal que α(0) = (0, 0).
1
(c) A curvatura seja k(s) = s− 2 .
a
(d) A curvatura seja k(s) = a+s2
(a constante).
1
27. Determine a curva α tal que α(1) = (1, 1), α0 (1) = (0, 1) e k(s) = , para todo s > 0.
s

“Nada é pequeno se feito com amor.”


Santa Teresinha do Menino Jesus

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