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Vedada a transmissão e reprodução deste material (art. 184 CP).

Aluno ANDRÉ PASCHOAL


CPF - 25993848855
MATÉRIA: DIREITO CIVIL – FAMILIA
PROF: FLAVIO MONTEIRO DE BARROS
AULA 01

contato@cursofmb.com.br
Classificações de Família

Prezados alunos vamos iniciar nesta aula o estudo do Direito de


família.

Antes da Constituição de 1988, a família se resumia ao Casamento


e a Constituição Cidadã passou a prever 3 modalidades de família:

1ª Casamento

2ª União Estável

3ª Família Monoparental ou Unilinear é a comunidade que vivem


qualquer dos pais e seus descendentes, então, filhos que moram com a
mãe é família monoparental ou unilinear. A partir da Constituição de
1988 ampliou o rol de família.

Ex: Imaginemos um sujeito de 50 anos que mora junto com a mãe


de 80 anos é uma família monoparental ou unilinear.

Este rol da Constituição é um rol meramente exemplificativo, pois o


Supremo Tribunal Federal admitiu outros formas de famílias, portanto,
além dessas três é ainda possível outras modalidades de família, o STF
reconheceu como família : a união de pessoas do mesmo sexo, seria a
família homoafetiva, portanto, entidade familiar e o STF reconheceu
isso com base no principio da afetividade, a família nasce do afeto,
também com base no principio da igualdade e da proibição de
discriminação , com base na função social da família e pelo principio da
dignidade da pessoa humana, principio do afeto, principio da igualdade
e da proibição da discriminação, em suma uma serie de princípios
justificaram consideram também como família a união homoafetiva, isto
é, pessoas do mesmo sexo.

Mas afinal, o que é família?

A lei Maria da Penha 11.340/20061 define família basicamente


como sendo o vinculo afetivo que une as pessoas com uma identidade
de projeto de vida. Pode-se conceituar família assim, o vinculo afetivo
1LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a
mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas
de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência
contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o
Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências.
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que une pessoas que tem identidade de projetos de vida, portanto o que
faz nascer família é o vinculo afetivo e a identidade de projeto de vida.

Natureza jurídica da família:

A Família não é pessoa jurídica, porque ela não consta no rol do de


pessoas jurídicas artigo 44 do CC2 prevê as pessoas jurídicas:
Sociedades, fundações e associações e a família não consta neste rol
das pessoas jurídicas a família não tem personalidade jurídica.

Qual a natureza jurídica da família? R: Ela tem natureza de


instituição social, família é isso, instituição que existe na sociedade e é a
base da sociedade e deve ser protegida pelo Estado através de leis
cogentes, leis que não podem ser alteradas por vontade das partes.

Espécies de Classificação da Família:

Família Matrimonial: que deriva do casamento

Família informal: que deriva da união estável, chamada de


usucapião de direito de família.

Família homoafetiva: união de pessoas do mesmo sexo, modelo


de família similar ao casamento, similar a união estável mas, união de
pessoas do mesmo sexo, o STF mandou aplicar à união homoafetiva as
normas da união estável, portanto, tudo o que se aplica á união estável

2 Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:

I - as associações;

II - as sociedades;

III - as fundações.

IV - as organizações religiosas

V - os partidos políticos

VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada (

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se aplica à união homoafetiva, nesta união homoafetiva tem os seguinte
direitos:

a) Tem direito a alimentos;


b) Tem direito a herança;
c) Qualquer discussão deverá propor na vara família e não vara
cível;
d) Tem direito usar nome um do outro;
e) Direito de converter em casamento e é possível casamento
de pessoas do mesmo sexo;
f) Possível adoção em conjunto de duas pessoas do mesmo
sexo se for família homoafetiva podem adotarem em conjunto;
g) Em suma, pode escrever um ao outro como dependente
previdenciário para receber pensão.

Gera-se os mesmos direitos e deveres para da união estável.

Família Monoparental ou Unilinear: Artigo 2263 CF é a


convivência com seus pais ou descendentes.

3Da Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem e do Idoso


(Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)

Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.

§ 1º O casamento é civil e gratuita a celebração.

§ 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.

§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade
familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.

§ 4º Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus
descendentes.

§ 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.

§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 66, de
2010)

§ 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento


familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício
desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.

§ 8º O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos
para coibir a violência no âmbito de suas relações.

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Família Anaparental: São pessoas que não possuem seus pais,
duas pessoas que convivem sob o mesmo teto, com mesmo projeto de
vida, mas, não visam à satisfação sexual, Ex: o caso de duas cunhadas,
duas irmãs que moram juntas.

Família Eudemonista: É a convivência de pessoas com laços de


família com laços afetivos que se auxiliam mutualmente. Ex; seis
pessoas que moram na mesma casa e se auxiliam que tenham em 1º
lugar: o afeto; 2ª : a solidariedade e auxilio; 3º: a responsabilidade
reciproca (participar do rateio das despesas da casa como: comunidade
de artistas, músicos unidos com mesmo projeto de vida, com a mesma
responsabilidade reciproca, modernamente isso poderia ser classificado
como família também.

Família Mosaico ou Pluriparental: é aquela que se forma após o


desfazimento de relações pretéritos. Ex: dois divorciados com filhos que
vão morar juntos, viúvo que foi morar junto com outra viúva constitui
união estável e passam a ser padrasto ou madrasta dos filhos, já se os
viúvos se casarem tornaram-se cônjuge, mas ainda é padrasto e
madrasta dos filhos e essa é a família mosaico.

Agora o enteado não tem direito a alimentos segundo a


jurisprudência atual, mas o enteado pode adotar o patronímico do
padrasto ou madrasta, desde que mantenha seu nome original, pode
acrescentar não suprimir seus apelidos de família diz no artigo 57,§ 8º
da lei de registro públicos4.

A lei admitiu direito de visitas do padrasto por achar salutar ao


enteado.

Família Paralela: é o concubinato adulterino ou impuro, pessoa


casada e na constância do casamento passa a ter paralelamente outro
relacionamento.

4 LEI Nº 6.015, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1973.


Art. 57. A alteração posterior de nome, somente por exceção e motivadamente, após audiência do Ministério Público,
será permitida por sentença do juiz a que estiver sujeito o registro, arquivando-se o mandado e publicando-se a
alteração pela imprensa, ressalvada a hipótese do art. 110 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 12.100, de
2009).
§ 8o O enteado ou a enteada, havendo motivo ponderável e na forma dos §§ 2 o e 7o deste artigo, poderá requerer ao
juiz competente que, no registro de nascimento, seja averbado o nome de família de seu padrasto ou de sua madrasta,
desde que haja expressa concordância destes, sem prejuízo de seus apelidos de família. (Incluído pela Lei nº
11.924, de 2009)
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A posição dominante é que não se trata de família e sim uma
sociedade de fato, porque a lei não pode estimular adultério, isto não
merece a proteção da lei, a família paralela não merece a proteção da
lei porque o sujeito que pratica adultério está violando os deveres
conjugais, embora o adultério não seja mais crime é uma conduta ilícita
sob ponto de vista civil, portanto, a lei não pode estimular o adultério, a
rigor a família paralela não é família é uma sociedade de fato.

Portanto, a mulher que vive em concubinato adulterino é chama-se


concubina. NÃO TEM DIREITO:

a) NÃO Tem direito a alimentos;


b) NÃO Tem direito a herança;
c) NÃO Tem direito usar nome um do outro;
d) Em suma, NÃO tem direito a praticamente nada, terá
participação nos aquestos: que são os bens adquiridos com esforço
econômico comum, são os bens que ela ajudou a pagar mais está no
nome do outro, para evitar o enriquecimento sem causa ela teria direito
participar nos aquestos, não meio a meio como na meação, mas, na
medida que contribuiu. Ex. o sujeito comprou um imóvel e ela o ajudou
com 30% então teria direito a 30% no que contribui, NÃO tem regime de
bens, não tem alimentos, não tem herança, não tem direito ao nome,
não tem nada, apenas aos aquestos na medida da sua contribuição e
única.

Há ainda alguns julgados dizendo que a concubinato adulterino, a


mulher teria direito a indenização dos serviços domésticos que prestou
para evitar o enriquecimento sem causa, Ex: então, sujeito casado ia
para Ribeirão Preto toda semana e arrumou uma concubina e lá dormia
na casa da concubina e almoçava e estava economizando com Hotel,
neste caso a concubina teria direito a indenização pelos serviços
domésticos prestados.

Família Poliafetiva, poliamor ou plurima: abrange o homem que


convive com mais de uma mulher ; ou mulher que convive com mais de
um homem, lembra a poligamia que era o homem quem era casado com
mais de uma mulher ou a poliandria que era a mulher casada com mais
de um homem. Ex: homem teria um arem de mulheres, já que é proibido
casarem; eles convivem juntos.

Essa é uma família?

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1ª corrente: SIM, é valido, com base no principio do afeto e da
liberdade autonomia da vontade.

2ª corrente: NÃO É FAMILIA e sociedade de fato. Porque o código


penal incrimina a bigamia artigo 235 CP, o sujeito casar-se com mais de
uma pessoa e ter mais que um cônjuge, e fora do casamento não pode
validar mais de um relacionamento, pois viola o principio da monogamia.

Vale lembrar que o CNJ proíbe que os cartórios lavrem escrituras


de família poliafetiva, diz que por ora não é possível lavrar essa escritura
porque viola o principio da monogamia.

Entretanto, as decisões do CNJ têm caráter administrativa.

Nada obsta, portanto, que, através de uma decisão judicial, a união


poliafetiva seja considerada família, com todos os efeitos (alimentos,
herança, nome, pensão previdenciária etc.).

No âmbito administrativo, pacificou-se que não se equipara á união


estável. Então, cartório de notas não podem lavrar escrituras de
poliafetiva.

A tendência é que este entendimento seja mantido em eventuais


ações judiciais, mas sempre há uma esperança de uma juiz mais liberal
considera como sendo família.

Ex. imaginemos que alguém entrem com uma ação de


reconhecimento de união poliafetiva para ter os mesmos
reconhecimentos de uma união estável, a tendência poder judiciário é
manter esses entendimento do CNJ, mas nada obsta que juiz liberal
considere união poliafetiva com união estável.

Família extensa ou ampliada: No ECA prevê família de


origem e família substituta.

Família de Origem têm duas espécies:

a) Família natural - formada por pais e seus filhos, nesta


família natural chamada de guarda natural ou legal e não necessita da
decisão juiz, por força de lei tem a guarda.
b) Família extensa ou ampliada - quando a criança mora com
parentes próximos, ou seja, avós, tios e irmãos. Neste caso a guarda
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chama-se parental, mas é necessário o juiz conceder uma ordem judicial
de guarda.

O ECA ainda prevê Família Substituta.

Família substituta: e a guarda que não seja legal nem a guarda


parental.

Abrange a tutela e a adoção.

A colocação em família substituta dependem sempre de decisão


judicial e é uma medida excepcional, isto é, só se coloca a criança ou
adolescente em família substituta em ultimo caso, quando a família de
origem for disfuncional, isto é, quando não tiver as mínimas condições
morais, psicológicas e sociais para prover o desenvolvimento da
personalidade da criança ou adolescente.

Cuidado!!!!!!!! POBREZA EXTREMA (MISÉRIA) NÃO AUTORIZA


COLOCAR CRIANÇA EM FAMILIA SUBSTITUTA. O Estado deve
auxiliar esta família que necessita de recursos.

Atualmente, devido a tantas modalidades de família, há quem dizem


que o direito não deveria ser Direito de Família e sim Direito das
Famílias.

As normas de direito de família, via de regra, são normas cogentes,


normas de ordem públicas que não podem ser alteradas por vontade
das partes.

Direito de Família é um ramo do direito Público ou direito


privado?

Direito Público: É aquele que o Estado é um dos titulares da


relação jurídica. Ex. Direito Penal, Direito Processual Civil, Processo
penal, Constitucional, Direito Administrativo, Direito tributário.

Direito Privado: É entre particulares e o Estado NÃO é um titular


dessa relação jurídica, direito mais intimo que existe que se desenvolve
na esfera intima da pessoa.

Então, para a posição dominante é que o Direito de Família é ramo


do direito privado.

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Bom depende, se entende que Direito de Público é o que tem
normas cogentes, o Direito de Família é ramo de direito publico.

Se entender que o Direito de “Publico” é o Estado que induz o


sujeito em uma relação o direito de família não seria Direito Público.

A posição dominante é que direito publico: que o Estado é um


sujeito dessa relação, então, neste sentido, o Estado não faz parte da
família de ninguém, Direito de Família é um ramo de direito privado,
embora, suas normas sejam cogentes.

O direito de Família é um direito personalíssimo, logo, são


intransferíveis e irrenunciáveis. Ex. não pode transmitir a condição de
ser filho de fulano e transferir o direito a outro ser filho. Se vive em união
estável não pode renunciar a condição de companheiro e faz contrato de
namoro, o contrato de namoro é nulo artigo 166 CC fraude a lei, este
contrato está fraudando uma norma cogente, norma de direito publico.

Eficácia Horizontal dos direitos fundamentais: Seria incidência


dos direitos fundamentais nas relações particulares, para evitar abuso
de direito poder econômico e manter equilíbrio entre as partes.

Ex. para expulsar o associado da Associação será preciso um


processo administrativo onde ele terá o direito a ampla defesa, perceba,
que há incidência direitos fundamentais nas relações de particulares.

No direito de família também, tem essa eficácia horizontal no


sentido que os direitos fundamentais incidem nas relações de direito de
família impedem que um abuse do outro, os direitos fundamentais que
merecem destaques são:

a) Principio da Dignidade da Pessoa humana


b) Principio da solidariedade
c) Principio da isonomia, igualdade

Se a norma violar estes três princípios a norma será nula.

Eficácia vertical dos direitos fundamentais: é a incidência dos


direitos fundamentais nas relações do Estado com particulares,
impedem o arbítrio do Estado:

a) Impede a Pena de morte


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b) Assegura direito à vida
c) Assegura igualdade

PRINCÍPIOS DE DIREITO DE FAMILIA


ART.1º INCISO 3º5 DA CONSTITUIÇÃO

Princípios da Dignidade da pessoa humana: é um dos


fundamentos da República. É o respeito aos valores inerentes a pessoa
humana. Ex. o STJ considera bem de família imóvel de uma pessoa
solteira, viúvo, sumula 3646 STJ.
Ex. Teoria do desamor é o abandono afetivo, embora pai pagasse
os alimentos nunca quis saber do filho, essa teoria manda indenizar por
abandono afetivo, que está ligado ao principio da dignidade da pessoa
humana.
Principio da solidariedade: é um dos objetivos da Republica, uma
das metas que se deve buscar, deve ajudar ao próximo, deve ajudar
pessoas que você nem conhece, deve ajudar pessoas familiar, a lei
prevê dar alimentos, regime de bens, comunhão indivisa de vida, ter
projeto comum de vida art. 15117 CC.

Principio igualdade entre filhos artigo 227 8§6º CF: perante a lei
a igualdade entre filho é absoluto, todos têm o mesmo direito e deveres.
Ex. filhos adotivos, afetivos, filho oriundo por inseminação, filho fora do
casamento, filho incestuoso(engravidou a filha) perante a lei todos serão
iguais e não existe exceção.
Agora é possível beneficiar um filho em detrimento do outro através
do testamento e doação até a metade do patrimônio que é chamado
disponível os 50%, mas perante a lei os filhos são iguais e a lei não
pode prevê mais direito a um do que a outro.

5 Art. 1º da CF: Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e
do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
III - a dignidade da pessoa humana;

6 SÚMULA 364 do STJ : O conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também o imóvel pertencente a
pessoas solteiras, separadas e viúvas
7 Art. 1.511 do CC : O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos

cônjuges.
8 Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta

prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de
2010)

§ 6º Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações,
proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.

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A Constituição veda designações discriminatórias e o Código civil
também no artigo 1593 9 a lei não pode usar expressão discriminatórios.
Ex. filho espúrio, incestuoso e adulterino.

Principio igualdades entre cônjuges artigos 1.511 CC e 226


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CF
Direito e deveres iguais, portanto, não há hierarquia entre cônjuges,
o que há é igualdade de condições para gerir e sustentar a família e há
responsabilidade para prover a família, os dois governam a família, a
chamada família democrática, onde todos opinam, até o filho pode
opinar.
Antes da Constituição a família era hierárquica, o marido era o
chefe e a mulher colaboradora e quem decidia era o marido e se
houvesse divergência entre eles, prevalecia a opinião do marido, e a
mulher quando se casava tornava-se incapaz de praticar atos da vida
civil, casamento baixava o estado da mulher, isso perdurou até o
Estatuto da Mulher em 1962.
Veja que a estrutura do casamento antes era a prevalência da
vontade do marido e após Constituição Federal/88 os dois opinam. Ex.
fixação de Domicilio se houver divergência o juiz decide, permitir o filho
de 16 anos casar-se, se houver divergência o juiz decide, permitir o filho
ou seja, qualquer divergência que houver o juiz decide porque não
existe mais o poder marital.
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Principio da não intervenção ou da liberdade - Artigo 226 §7º
CF:
É o que proíbe o Estado ou outra pessoa, seja do direito publico ou
privado, interferir coercitivamente no planejamento família, a forma de
gerir a família é decisão do casal. Ex. qual escola o filho ira estudar, qual
a religião é melhor por filho, quantos filhos pretendem ter.
O Estado e ninguém poderá interferir. Ex. uma lei que preveja que o
casal só poderia ter 2 filhos; Escola que imponha religião e torna
obrigatória não pode por interferir no planejamento familiar.
Ex. lei da palmada proíbe o castigo imoderado e proíbe castigos
físicos, os pais podem dar palmadas de forma moderada a fim de
educar, mas imoderada não.

9 Art. 1.593. do CC :O parentesco é natural ou civil, conforme resulte de consangüinidade ou outra origem.
10 Art. 226 da CF § 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e
pela mulher.
11 Art 226 da CF § 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o

planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos
para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.
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