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ARGUMENTO

Um argumento consiste de frases alinhadas, com


sentidos que se completam e que nos permite
concluir algo.
• Um argumento pode ser verdadeiro ou falso,
dependendo de como ele é construído.
• Um argumento é composto por: duas ou mais
premissas que relacionam-se gerando uma
conclusão.

Premissa1 Premissa 2 Conclusão

Todo gato é Frajola é Frajola é


um felino. um gato um felino

A LÓGICA é a ciência que estuda a relação entre as


premissas e as conclusões, elaborando leis para que
se possa verificar o valor de verdade de argumentos.
Busca tornar o pensamento/ argumentação
clara e remover ambiguidade na comunicação.
FALÁCIAS

Falácias são argumentos inválidos, usados para


justificar ou rebater uma posição, mas que por
aparentarem ser válidos, acabam convencendo
muitas pessoas.

Você comete uma falácia quando não rebate (ou


justifica) seu argumento corretamente, seja errando
na construção formal do argumento, seja desviando
o foco, apelando à emoção ou a causas duvidosas
por exemplo, em vez de tratar do argumento em si.
NOTAS

1. Frases que não podem ser podem ser consideradas


argumentos (falaciosos ou não)
• Perguntas
• Ordens / imperativo
• Opiniões/ gostos
• Sentimentos
Motivo: Não se pode determinar/ provar seu valor de
verdade (se são verdadeiras ou falsas)

2. O que faz uma frase ser falaciosa, ou não, é o modo no


qual ela é utilizada. A utilização errada do argumento.
Por exemplo, simplesmente dizer que “homens não choram” não
consiste em uma falácia (são palavras ao vento), porém dizer que
“Mulheres é que são sensíveis, portanto homens não choram” isso
sim categoriza uma falácia, pois está se tentando concluir algo
que não tem como ser concluído a partir da informação inicial.
3. A nomeação das falácias é um acordo formal, por isso
você irá encontrar mesmas falácias com nomes
diferentes dependendo da fonte.

4. Em alguns casos será possível identificar mais de uma


falácia dentro de um mesmo contexto.
FALÁCIA DO ESPANTALHO
(Homem de palha)
Você distorce um argumento para torná-lo mais
fácil de atacar.

A falácia do espantalho consiste em apresentar


de forma caricata o argumento da outra pessoa, com
o objetivo de atacar essa falsa ideia em vez do
argumento em si. Deturpar, citar de maneira
incorreta, desconstruir e simplificar demais o ponto
de vista do adversário são formas de cometer essa
falácia. Em geral, o argumento espantalho é mais
absurdo que o argumento real, facilitando o ataque.
Além disso, acaba levando o oponente a perder
tempo defendendo-se da interpretação ridícula de
seu argumento, em vez de sustentar sua posição
original.
Simplificando: Você ouve o que seu oponente
diz, interpreta isso de forma distorcida, de modo
que seu argumento fique parecendo mais fraco do
que realmente é, e por fim ataca esse argumento,
mostrando como é falho. Assim fica mais fácil de
criticar o adversário.
É como se, numa luta, você atacasse um
espantalho e não uma pessoa real.
FALÁCIA DO ESPANTALHO
(Homem de palha)

Argumento: Tucano
Espantalho: Imagem desfigurada pintada pelo artista
Falácia: A crítica ao tucano foi feita a partir da imagem mal
feita dele e não do próprio.
APELO ÀS CONSEQUÊNCIAS

O argumento é considerado verdadeiro ou falso


em função das consequências desejadas ou
indesejadas a que ele conduz.

O “apelo às consequências” consiste em falar a favor ou


contra a verdade de uma declaração apelando às
consequências de aceitar ou de rejeitá-la. Apenas porque
uma proposição leva a algum resultado desfavorável não
significa que ela é falsa. Da mesma forma, o simples fato de
que uma proposição tem consequências positivas não a
torna automaticamente verdadeira.
No caso de consequências positivas, um argumento pode
apelar às esperanças de uma audiência, o que, por vezes,
toma a forma de pensamento positivo. No caso de
consequências negativas, tal argumento pode por sua vez
apelar para os temores de uma audiência. Por exemplo,
seguindo a linha de Dostoievski: “Se Deus não existe, então
tudo é permitido.” Pondo à parte discussões sobre
moralidade objetiva, o apelo às consequências sombrias de
um mundo puramente materialista não diz nada sobre se o
antecedente é verdadeiro ou não.
APELO ÀS CONSEQUÊNCIAS

Argumento: “Gases das vacas estão matando o planeta”


Consequência: “ter que se livrar do gado” (indesejado)
Como a consequência é indesejada,
o argumento é considerado falso.
APELO À
AUTORIDADE IRRELEVANTE
O argumento para a declaração ou reputação de
alguma autoridade a fim de validar o
argumento.

Este raciocínio é absurdo quando a conclusão se baseia


exclusivamente na credibilidade do autor da proposição e
não nas razões que ele apresentou para sustentá-la.
Embora, por vezes, pode ser apropriado citar uma
autoridade para suportar uma opinião, muitas vezes não é.
Em particular, um apelo à autoridade é especialmente
impróprio se:
• A pessoa não está qualificada para ter uma opinião de
especialistas sobre o assunto;
• Especialistas na área discordam sobre a questão;
• A autoridade estava fazendo uma piada, estava
bêbado ou não estava falando sério quando deu sua
declaração.

Um apelo semelhante que merece atenção é o apelo à


autoridade vaga, onde uma ideia é atribuída a um coletivo
vago. Por exemplo, Todos os dentistas indicam...
APELO À
AUTORIDADE IRRELEVANTE

Área de especialidade do professor: Química


Área que aconselha: Fidelidade
AMBIGUIDADE
(equívoco)
O argumento usa a ambiguidade da linguagem
para apoiar uma conclusão.

Falácias de ambiguidade são cometidas quando existe um


duplo sentido em alguma palavra do argumento, seja nas
premissas, seja na conclusão.
São geradas pela falta de clareza no uso de uma frase ou
palavra.
• A palavra ou frase pode ser ambígua, caso em que
tem mais de um sentido distinto;
• A palavra ou frase pode ser vaga. Nesse caso não tem
um sentido distinto.

Exemplo
• Todas as leis são criadas pelo governo.
• A lei da gravidade é uma lei.
• Portanto, a lei da gravidade foi criada pelo governo.
Nesse argumento, a palavra “lei” foi usada em dois
sentidos diferentes. No primeiro caso se trata de uma lei
política, criada para a sociedade. Já no segundo, trata-se de
uma lei natural.
AMBIGIDADE
(equívoco)

“um outro dia” e “hoje” são apresentado de forma


ambígua em suas utilizações
FALSA DICOTOMIA
(Falso Dilema/ rac. Preto e Branco)

Consiste em limitar o numero de opções


(geralmente duas), enquanto na realidade há
mais opções.

Falsa dicotomia, falso dilema, pensamento preto e branco


ou falsa bifurcação é uma falácia lógica que descreve uma
situação em que dois pontos de vista alternativos,
geralmente opostos, são colocados como sendo as únicas
opções, quando na realidade existem outras opções que
não foram consideradas.
Essa falácia é usada para defender pontos de vista em
geral, ela muitas vezes é usada em uma comparação em
que uma das opções é completamente descartada pelo seu
proponente, restando apenas a que lhe interessa.
Forma Lógica
• Se A é verdadeiro, então B é falso.
• Se B é verdadeiro, então A é falso.
Exemplo:
Marcos está atrasado para o trabalho. Ou seu carro
quebrou, ou dormiu demais. Ligamos para ele e não
estava em casa, então seu carro deve ter quebrado.
Esse argumento é um falso dilema, pois há muitas
outras razões pelas quais Marcos poderia estar se
atrasando para o trabalho.
FALSA DICOTOMIA
(Falso Dilema)

Opções apresentadas: Banda 1 ou banda 2 do abacate


Opções possíveis: Banda 1, banda 2 e o caroço (3ª opção
que foi removida da exposição)
CAUSA QUESTIONÁVEL
(Causa falsa /Post hoc)
ocorre quando concluímos existir uma relação
causal entre dois eventos pelo mero fato de
ocorrem em sequência.
Também conhecida como “correlação coincidente”, esta
falácia define como causa de um evento, sem provas, uma
ocorrência anterior ou simultânea àquele evento.
Entretanto, Dois eventos podem ocorrer um depois do
outro ou, em conjunto, porque eles são correlacionados,
por acidente ou devido a algum evento desconhecido; não
se pode concluir que eles estão causalmente conectados
sem provas.
Forma Lógica
• Ocorreu A, e depois ocorreu B.
• Logo, A é a causa de B.
Nas circunstâncias em que B é indesejado, a falácia toma a
forma de "Evitando que A aconteça, B não acontecerá".
Exemplos:
• O galo sempre canta antes do nascer do Sol.
• Logo, o sol nasce porque o galo canta.”

• Uma pessoa se muda para uma república.


• O fogão da república passa a apresentar problemas.
Os antigos moradores da república então dizem:
• "Nós nunca tivemos problemas com o fogão até que você
se mudou para cá. Logo você é a causa desse problema."
CAUSA QUESTIONÁVEL
(Causa falsa /Post hoc)

O fato de o castor subir até o topo da montanha não é a


causa para o nascer do sol. A relação de causalidade foi
feita de maneira arbitrária.
APELO À EMOÇÃO

Manipula uma resposta emocional no lugar de


um argumento válido ou convincente.

O apelo à emoção pode ser feito de modos muito


distintos, provocando a seu receptor uma sensação boa,
como de alegria e excitação, ou ruim, como medo e culpa.
Utilizando-se do modelo do “Apelo à consequência”,
no apelo à emoção, desconsidera-se a validade dos
argumentos, levando em conta apenas os que lhe parecem
agradáveis ou não danosos, sendo considerada um modo
irracional de se jugar algo. Essa falácia é comumente usada
em propagandas, com o apelo à emoção visual, como fotos
de lugares bonitos, pessoas felizes ou outra que cause uma
sensação positiva às pessoas.
É importante dizer que às vezes um argumento
logicamente coerente pode inspirar emoção, ou ter um
aspecto emocional, mas o problema e a falácia acontecem
quando a emoção é usada no lugar de um argumento
lógico, ou, para tornar menos claro o fato de que não
existe nenhuma relação racional e convincente para
justificar a posição de alguém.
APELO À EMOÇÃO

Aqui utilizou-se o Medo


de ter uma universidade dirigida por sapos
para impedir atrapalhar a eleição do senhor Sapo
GENERALIZAÇÃO APRESSADA
(Estatística Insuficiente)
Uma conclusão é tirada sobre uma grupo com
base em uma amostra que não é grande o
suficiente para validá-la.

Ocorre quando o tamanho de uma amostra/ referência


apresentada é pequeno demais para sustentar/ justificar
uma generalização, ou seja, apesar de ser possível que
apenas uma amostra represente a população, a amostra é
insuficiente para comprovar a afirmação.
Exemplos:
1. “Se um do grupo é assim, logo todos também são”
2. Imagine que uma pessoa diz o seguinte: “Tenho certeza
que o candidato a presidente da república do PF, Partido
das Falácias, vai ter a maioria dos votos. Fiz uma
pesquisa com as pessoas que conheço e praticamente
todas disseram que irão votar nele”. No exemplo, uma
conclusão geral (“vai ter a maioria dos votos”) é tirada a
partir de alguns poucos exemplos (“pessoas que
conheço”).
É precipitado chegar a essa conclusão a partir de poucos
exemplos. Embora o grupo de pessoas entrevistado apoie o
PF, essa não é necessariamente a opinião da maioria das
pessoas do país. Portanto, ocorreu no argumento acima
uma generalização apressada ou, como também é
conhecido, de estatística insuficiente.
GENERALIZAÇÃO APRESSADA
(Estatística Insuficiente)

Com apenas um único exemplar de comida


ambos os esquilos logo concluíram que
Toda comida tinha aquela aparência
APELO À IGNORÂNCIA

tenta provar que algo é falso ou verdadeiro a


partir de uma ignorância (falta de
conhecimento) sobre o assunto.

A falácia do apelo à ignorância (argumentum ad


ignorantum) ocorre quando, para afirmar que algo é
verdadeiro, dizemos que é verdadeiro pois não tem
informações que provem que é falso, e vice-versa.
Uma pessoa que acredita em duendes pode afirmar que
eles existem porque não foi provado que eles não existem,
ou alguém que acredita em fantasmas porque não foi
comprovado que eles não existem.
EXEMPLO: Durante muito tempo várias pessoas tentaram
provar que existe vida fora da Terra. Como muita
investigação foi feita e nada foi descoberto, devemos
concluir que não existe vida extraterrestre. No argumento
acima, a única justificativa para a conclusão (“não existe vida
extraterrestre”) é o desconhecimento se existe ou não vida
em outros planetas. Ou seja, a ignorância é usada para
justificar a conclusão do argumento, por isso é um apelo à
ignorância.
A forma específica do apelo à ignorância é o argumento da
incredulidade pessoal, onde a incapacidade de uma pessoa para
imaginar algo leva a uma crença de que o argumento que está sendo
apresentado é falso. Por exemplo: “Eu não entendo a teoria
quântica, logo ela é balela”.
APELO À IGNORÂNCIA

Partindo da ignorância de não saber o que é,


o coelho assume que objeto no céu são alienígenas.
“ NENHUM
ESCOCÊS DE VERDADE...”
Fazer uma afirmação sobre uma característica de um
grupo e, quando confrontado com um exemplo
contrário, afirmar que esse exemplo não pertence
realmente ao grupo.

Essa falácia foi descrita pela primeira vez em 1975 por


Antony Flew em seu livro Thinking about Thinking
(Pensando sobre pensar), em que ele nos dá o seguinte
exemplo: Hamish está lendo o jornal e se depara com uma
notícia sobre um inglês que cometeu um crime hediondo, à
qual reage dizendo: “Nenhum escocês cometeria algo tão
terrível.” No dia seguinte, ele lê outra notícia em que um
escocês é autor de um crime ainda pior. Em vez de mudar
sua opinião sobre os escoceses, Hamish afirma: “Nenhum
escocês de verdade faria tal coisa”
Este argumento costuma aparecer quando alguém faz uma
generalização sobre um determinado grupo (Todo
programador é anti-social) e depois é desafiado com
evidências que o desmentem (Rodrigo é um programador, e
não é anti-social). Em vez de reavaliar sua posição ou
contestar a evidência, a pessoa foge do desafio redefinindo
arbitrariamente o critério para se pertencer àquele grupo
(Sim, mas Rodrigo não é um programador de verdade).
Aqui, não está claro o que ele considera um “verdadeiro
programador”; a categoria não é precisamente definida
como, por exemplo, as de pessoas de olhos azuis. A
ambiguidade permite que a mente teimosa redefina as
coisas a seu bel prazer.
“ NENHUM
ESCOCÊS DE VERDADE...”

Por não ter uma definição clara, o dono do escolhe


arbitrariamente quem ele julga ser ou não,
um “porco de verdade”.
FALÁCIA GENÉTICA

Consiste em aprovar ou desaprovar algo


baseando-se unicamente em sua origem.

Em vez de examinar a validade da proposta, ataca-se a sua


origem histórica, ou a origem da pessoa que a defende.
Procura-se ridicularizar uma ideia, prática ou instituição
simplesmente tendo em conta sua origem ou seu estado
anterior. Ignora-se a situação atual, transferindo o mérito ou
demérito do estado anterior.
Em resumo: A conclusão é baseada unicamente na origem
de algo ou de alguém, em vez de seu significado ou contexto
atuais.
Considere o seguinte argumento: “É claro que ele defende
os sindicalistas em greve; afinal, ele é da mesma vila”. Aqui,
em vez de avaliar o argumento fundamentando-se em seus
méritos, ele é rejeitado pelo fato de que a pessoa vem da
mesma vila que os manifestantes. Esse pedaço de
informação é usado então para inferir que o seu argumento
é, portanto, inválido.
“Como homens e mulheres que vivem no Século 21, nós não
podemos manter essas crenças da Idade do Bronze”. Por
que não? - alguém poderia perguntar. Devemos rejeitar
todas as ideias que se originaram na Idade do Bronze,
simplesmente porque elas surgiram nesse período da
história?
FALÁCIA GENÉTICA

Aqui o fato de as ideias terem se desenvolvido na rua é


usado para atacar sua credibilidade
CULPA POR ASSOCIAÇÃO

Consiste em desacreditar um argumento por


este possuir alguma associação com ideias de
pessoas detestáveis ou sem credibilidade.

Relaciona-se o argumento a uma pessoa, movimento social,


categoria de indivíduos ou ideia que é assumido como
absolutamente ruim. Portanto, partilhar sequer um único
atributo com o grupo citado converteria alguém em um de
seus membros, o que conferiria a ele todos os males
associados a esse grupo, resultando da rejeição do
argumento.
“Não podemos deixar que as mulheres dirijam carros,
porque nos países infiéis as pessoas deixam suas mulheres
dirigirem automóveis”.
• Argumento: “mulheres dirigirem carros”
• Grupo/ conduta odiada: “países infiéis”
• Conclusão: Para não compartilharem de um costume
comum aos do grupo odiado, o argumento é rejeitado.

A rejeição do argumento não é feita por uma contra


argumentação, mas pela manipulação do desejo de não
querer se associar ao grupo/ ideal mal visto pela sociedade.
CULPA POR ASOCIAÇÃO

Argumento: Investir em educação


Pessoa odiada/ sem credibilidade: Ditador
Conclusão: Para não se associar ao ditador
o argumento é rejeitado.
AFIRMAR A CONSEQUÊNCIA

O erro surge de presumir que, se a


consequência é verdadeira, então o
antecedente deve também ser verdadeiro.

INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS PARA ENTENDER A FALÁCIA:


Uma das várias formas válidas de argumento é conhecida
como modus ponens (o modo de afirmar mediante afirmação) e tem
a seguinte forma: Se A então C; A, portanto C.
Onde “A” é chamado de antecedente; “C” é o consequente.
Exemplo
Se chover (A), o chão molha (C)
Sempre que Chover (A), o chão vai ficar molhado (C).
Sempre que A acontecer, C também vai acontecer.

A FALÁCIA OCORRE ao se deduzir que: se a consequência é


verdadeira, então o antecedente deve também ser
verdadeiro: “O chão está molhado, logo choveu”, o que, na
realidade, não necessariamente é o caso, já que muitas
coisas podem molhar o chão além da chuva.
Por exemplo, Pessoas que vão para a universidade são mais
bem sucedidas na vida. Maria é bem sucedida; portanto, ele
deve ter frequentado a universidade. Claramente, o sucesso
de Maria pode ser resultante de sua educação acadêmica,
mas poderia ser também resultante de sua criação, ou de
seu empenho em superar dificuldades. De modo mais geral,
não se pode dizer que, porque educação acadêmica implica
sucesso, que, se alguém é bem sucedido, então ele deve ter
recebido essa educação.
AFIRMAR A CONSEQUÊNCIA
APELO A HIPOCRISIA
(tu quoque/ você também)
Consiste em evitar críticas ao virar as próprias
críticas contra o acusador
– você responde críticas com críticas.

Por ser uma variação da Ad Hominem, aqui ataca-se pessoa


que apresentou um argumento e não o argumento que
apresentou.
Essa falácia ocorre quando se acusa o outro de hipocrisia ou
inconsistência em viver de acordo com o que prega em lugar
de atacar o argumento propriamente dito.
Portanto, ao rebater uma acusação com outra acusação, o
objetivo é desviar a atenção do mérito do argumento e
colocá-la na pessoa que expressou aquela ideia. Essa
característica torna o apelo à hipocrisia um tipo de ataque
ad hominem. E, claro, mesmo que haja inconsistência da
pessoa, o argumento dela ainda pode ser correto.
Exemplo:
• Mãe: Você deveria parar de fumar. É prejudicial à sua
saúde.
• Filha: Por que eu deveria ouvir você? Você começou a
fumar quando tinha 16 anos!
No lugar de argumentar contra o argumento da mãe, a filha
ataca a pessoa acusando-a de hipocrisia. Contudo, o fato da
mãe seguir ou não seus próprios concelhos não influencia na
validade de seu argumento.
APELO A HIPOCRISIA
(tu quoque/ você também)

Aqui a garota acusa o irmão de ser hipócrita em lugar de


atacar o seu argumento
BOLA DE NEVE
(ladeira escorregadia)
Leva as consequências futuras de um
argumento a um extremo desagradável e
exagerado

A bola de neve tenta desacreditar uma proposição,


argumentando que a sua aceitação, sem dúvida levará a
uma sequência de eventos dos quais, um ou mais deles
serão indesejáveis.
Se você comer bolo (premissa inicial), suas veias não entupir,
seu sangue não vai conseguir circular e você vai morrer
(consequência exagerada). A falácia consiste em colocar a
"consequência exagerada" como única possibilidade,
ignorando tudo o mais que pode ocorrer entre "comer o
bolo" e "morre com as veias entupidas".
Como não se apresenta nenhuma prova de que tais
hipóteses extremas realmente ocorrerão, esta falácia toma a
forma de um apelo à emoção do medo. Embora a sequência
de eventos possa até ser plausível (embora improvável),
esse tipo de argumento parte do princípio de que todas as
transições são inevitáveis, então se você aceitar a premissa
inicial, a consequência exagerada é “inevitável”.
BOLA DE NEVE
(ladeira escorregadia)

Argumento: “o valentão entrar no seu jardim”


Consequência exagerada: “Ele vai comer seus bebês”
APELO À POPULARIDADE

Considera um argumento verdadeiro ou falso


tendo como base a opinião da maioria

Também conhecida como apelo ao povo, tal argumento usa


o fato de que um número considerável de pessoas, talvez
mesmo a maioria, acredita em algo, como evidência de que,
portanto, esse algo deve ser verdade. Alguns dos
argumentos que tem impedido a aceitação generalizada de
ideias pioneiras são desse tipo.

"A maioria das pessoas acredita em alienígenas,


portanto eles existem."
"A maioria das pessoas acredita em Deus,
portanto ele deve existir."
"Se algo é popular,
significa que este algo é objetivamente bom."
APELO À POPULARIDADE

Aqui o fato de as ideias terem se desenvolvido na rua é


usado para atacar sua credibilidade
AD HOMINEM

Você ataca o caráter ou traços pessoais do seu


oponente em vez de refutar o argumento dele.

Um argumento ad hominem é aquele que ataca o


caráter de uma pessoa e não o que ele ou ela está
dizendo, com a intenção de desviar a discussão e
desacreditar o seu argumento.
Ataques ad hominem podem assumir a forma de
golpes pessoais e diretos contra alguém, ou mais
sutilmente jogar dúvida no seu caráter ou atributos
pessoais. O resultado desejado de um ataque ad
hominem é prejudicar o oponente de alguém sem
precisar de fato se engajar no argumento dele ou
apresentar um próprio.
Exemplo: Depois de Ana apresentar de maneira
eloquente e convincente uma possível reforma do
sistema de cobrança do condomínio, Samuel
pergunta aos presentes se eles deveriam mesmo
acreditar em qualquer coisa dita por uma mulher que
não é casada, já foi presa e, pra ser sincero, tem um
cheiro meio estranho.
AD HOMINEM

Em lugar de atacar o argumento do usuário 226, Rodrigo


apenas atacou a pessoa dele chamando-o de “estúpido”
RACIOCÍNIO CIRCULAR

Sua conclusão tem como base algo que já está


incluso no seu argumento inicial.

Raciocínio circular é um tipo de argumento falacioso que


consiste em justificar a conclusão que está sendo defendida
usando a própria conclusão, com palavras um pouco
diferentes. No raciocínio circular, nenhuma informação útil é
acrescentada para sustentar a conclusão. Não raro, a
proposição é reescrita para fazer com que tenha a aparência
de um argumento válido. Por exemplo:
“Homossexuais não devem exercer cargos públicos. Ou seja,
qualquer funcionário público que se revele um homossexual
deve ser despedido. Por isso, eles farão qualquer coisa para
esconder seu segredo, e assim ficarão totalmente sujeitos a
chantagens. Consequentemente, não se deve permitir
homossexuais em cargos públicos.” Esse é um argumento
completamente circular; a premissa e a conclusão são a
mesma coisa. (Um argumento como o acima foi realmente
utilizado como um motivo para que todos os empregados
homossexuais do Serviço Secreto Britânico fossem despedidos.)
Exemplo: A palavra de Zorbo, O Grande, é impecável e
perfeita. E todos sabemos disso pois ele diz isso no seu
manuscrito “O Grande e Infalível Livro das Melhores e Mais
Verdadeiras Coisas Ditas Por Zorbo Que São Definitivamente
Verdadeiras e Nunca Devem ser Questionadas”.
RACIOCÍNIO CIRCULAR

Aqui o leão marinho se diz confiável devido a um livro


escrito pelo próprio leão marinho.
COMPOSIÇÃO E DIVISÃO

Consiste em afirmar que o todo possui a mesma


propriedade da parte e vice versa
.
Uma pessoa comete a falácia da composição ao inferir que,
como as partes de um TODO têm uma determinada
característica/ qualidade, então o todo também deve ter
aquela característica/ qualidade e vice versa.
Na falácia da divisão, acontece o inverso. É cometida
quando se infere que as partes devem ter um atributo que
pertence ao todo. Por exemplo: “Nosso time é imbatível.
Cada um dos nossos jogadores conseguirá se destacar mais
que qualquer jogador do time adversário.” Embora possa ser
verdade que o time como um todo seja invencível, isso
poderia ser resultado de como as habilidades de cada
jogador funcionam juntas, em equipe – portanto, não se
pode usar o sucesso do time como evidência de que o
talento individual de cada jogador seja imbatível por si só.
Exemplo1 : Daniel era uma criança precoce com uma
predileção por pensamento lógico. Ele sabia que átomos são
invisíveis, então logo concluiu que ele, por ser feito de
átomos, também era invisível. Nunca foi vitorioso em uma
partida de esconde-esconde.
Exemplo 2: Se um grupo de 40 homens é capaz de levantar
um carro, então cada homem individualmente é capaz de
levantar um carro.
COMPOSIÇÃO E DIVISÃO

Dizer que o trabalho de uma colmeia é eficiente não é o


mesmo que dizer que cada abelha da colmeia é eficiente

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