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Escola Estadual de Ensino Médio Coronel Barros

Os complexos regionais brasileiros

Caroline Holzlechner Rohde


301
Geografia

Coronel Barros – RS
2021
Introdução
No presente trabalho iremos tratar sobre os complexos regionais brasileiros de
Pedro Pinchas Geiger, na década de 1960 divido em complexo regional da
Amazônia, complexo Regional do Nordeste e complexo regional do Centro-Sul
e sobre os Quatro Brasis, que depois formaram as 5 regiões atuais do Brasil.
Os Complexos Regionais do Brasil são uma regionalização criada pelo
geógrafo brasileiro Pedro Pinchas Geiger, na década de 1960. Essa divisão
levou em consideração não apenas a localização dos estados, mas seus
aspectos naturais e socioeconômicos. O geógrafo criou então três regiões:
Região Amazônica, Região Centro-Sul e Região Nordeste.

Complexo regional da Amazônia


O complexo regional da Amazônia é a maior das regiões, porém é a menos
povoada e seus estados contam com as mais baixas densidades demográficas
do país.
É uma região em diversidade natural, tem rede fluvial importante e nela está a
Floresta Amazônica. As atividades econômicas de maior importância são o
extrativismo mineral e vegetal, a agropecuária e a indústria.
Na indústria se destaca a Zona Franca de Manaus, que é uma região industrial
que opera pela concessão benefícios especiais para as indústrias que ali se
instalaram, como isenção de impostos para produtos industrializados,
incentivos fiscais e concessão de terrenos.
A região também é vista como uma importante área da expansão da fronteira
agrícola, o que pode agravar o desmatamento da Floresta Amazônica.
Esta região compreende os estados:
Amazonas, Pará, Acre, Rondônia, Roraima, Amapá, centro-oeste do Tocantins,
a centro-norte do Mato Grosso e a faixa oeste do Maranhão
Complexo Regional do Nordeste
O Complexo Regional do Nordeste abriga cerca de 25% da população
brasileira, que está mais concentrada nas capitais litorâneas, e ocupa 20% do
território nacional. Foi a primeira região a ser explorada pelos europeus, porém
com o passar dos anos, passou por um movimento migratório para o Centro-
Sul, e, posteriormente para a Amazônia. Nos últimos anos vem ocorrendo uma
tendência de inversão nesse movimento migratório, muito por conta dos
investimentos que a região vem recebendo.
A economia da região é baseada na agropecuária, com a produção de cana-
de-açúcar, cacau e algodão. Outro destaque é o turismo fruto da grande
diversidade de atrações existentes ao longo do litoral da região. A indústria
vem ganhando importância em cidades como Feira de Santana (BA), Goiana
(PE), Camaçari (BA).
No Complexo Regional do Nordeste os maiores períodos de estiagem e alguns
dos menores índices socioeconômicos do país. Todavia, o complexo regional
tem recebido obras para minimizar essas limitações, como, por exemplo, a
construção da transposição do Rio São Francisco
Esta região compreende os estados:
Ceará, Piauí, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe,
Bahia, o leste do Maranhão, e o norte de Minas Gerais.

Complexo regional do Centro-Sul


É a região mais povoada, desenvolvida economicamente e industrialmente,
onde estão situados os grandes centros de gestão econômica e política. No
Centro-Sul, se concentra as sedes das corporações privadas que participam da
produção, distribuição e circulação de mercadorias.
A região tem infraestrutura desenvolvida, com aeroportos, rodovias, portos e
ampla rede rodoferroviária, que possibilita a integração entre os três setores
econômicos. A região experimentou a modernização agrícola constituindo-se
na principal região exportadora de commodities no país.
É a região mais urbanizada e abriga as principais capitais do país, como Rio de
Janeiro e São Paulo e capital do país, Brasília. No entanto, apesar de
desenvolvida e de centralizar grande parte da produção do PIB do país, é a
região onde encontramos os mais expressivos índices de desigualdade social
do Brasil, com uma má distribuição de renda, de qualidade de vida e de
consumo.
Esta região compreende os estados:
Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa
Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, parte de Minas Gerais, centro-sul do
Mato Grosso e o sul de Tocantins.
Os Quatro Brasis
A divisão regional do território brasileiro em “quatro Brasis” foi proposta pelo
professor Milton Santos, em 2001.
O principal critério utilizado nessa regionalização é o “meio técnico-científico-
informacional”. Como a informação e as finanças são diferentemente irradiadas
pelo território brasileiro, formam “quatro brasis”, representados pela Região
Amazônica, Região Nordeste, Região Centro-Oeste e Região Concentrada.

A Região Amazônica abrange os estados do Norte do país, sem o Tocantins,


e apresenta baixa densidade demográfica. Possui sistemas de movimentos
rápidos – como aviões – e lentos – como transportes por rios – muito eficientes.
Outras características dessa região são uma reduzida concentração
tecnológica e urbana, quando comparada às outras regiões, e a presença
marcante de atividades tradicionais, o que representa um paradoxo, pois no
nosso território são utilizadas complexas técnicas de informação, como a rede
de internet.
A Região Nordeste dos “quatro Brasis” coincide com a delimitação oficial
atual, compreendendo todos os estados da Região Nordeste. É uma área de
povoamento antigo, onde o meio mecanizado surgiu de forma pontual e pouco
densa, tendo uma instalação de infraestruturas e redes informacionais
descontínua pelo território.
A Região Concentrada é formada pelos estados do Sudeste e do Sul e,
além de possuir a maior densidade demográfica do país, é onde o
desenvolvimento da ciência e da tecnologia se apresenta de forma mais
contínua pelo território, sendo a expressão mais intensa do meio técnico-
científico-informacional. Tem como polo as metrópoles de São Paulo e do Rio
de Janeiro, cidades que concentram a maior parcela das informações sobre
economia nacional. A modernização generalizada nessa região e a intensa
circulação interna, bem como com outras regiões e países, destacam uma
divisão territorial do trabalho. Além disso, essa área também concentra níveis
elevados de sistemas de saúde, educação, lazer e serviços modernos, como a
publicidade, cujas demandas são garantidas pelo consumo dessa grande
concentração produtiva e populacional.
A Região Centro-Oeste compreende, além dos estados do Centro-Oeste,
delimitados pelo IBGE, o estado de Tocantins. Essa região surge como uma
área de ocupação periférica do país, com um sistema urbano formado por
poucos núcleos distantes entre si. Caracteriza-se também por se basear em
uma agropecuária modernizada, mas que responde a sedes localizadas na
Região Concentrada.
Conclusão
Concluímos que com este trabalho aprendemos um pouco mais sobre as
regiões do Brasil, e como elas surgiram, a partir de tarefas parecidas como
turismo, pecuária, indústrias, extrativismos, agricultura, entre outras coisas que
serviram para dividir as regiões.

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