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Curso de Eletricidade Predial

Unidade 2 | Texto Base

Dimensionamento de instalações elétricas prediais

Introdução

Para melhor compreender a necessidade e a função do ato de ‘dimensionar’ é conveniente saber


exatamente o que significa tal verbo.

Conforme indica o Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa: dimensionar “é o ato de calcular as


dimensões ou proporções de um objeto em função do uso. Isso significa que a chave de tudo está na
frase ”...em função do uso”, pois é adequando a utilização de cada objeto que fazemos seu correto
dimensionamento.

Comparativamente, é possível imaginar como seria difícil atravessar a rua se o semáforo para
pedestres abrisse durante apenas três segundos, ou como seria complicado carregar um caderno com
100.000 folhas que fosse previsto para durar do curso primário até concluirmos o curso superior. Ou
ainda, como poderíamos nos alimentar utilizando talheres com cabos que tivessem 2 metros de
comprimento?

Todas as situações acima são exageradas e elas não acontecem justamente devido ao fato de alguém
haver planejado ou feito um projeto “dimensionando” quanto tempo necessitamos para atravessar a
rua, quantas folhas um caderno pode ter ou o tamanho adequado de cada talher. Isso significa que
projetar, que dizer “arquitetar uma idéia, planejar”, é a maneira mais correta de realizar algo, pois,
dessa forma, são reduzidos o custo do material e o tempo de mão-de-obra para executar o projeto
dimensionado.

Graças ao progresso trazido pelas normas que padronizam processos e procedimentos, todos os itens
a serem considerados em uma instalação são, de algum modo, calculados empiricamente ou por meio
de fórmulas. Devido à experiência de outras pessoas que estudaram, quantificaram, pesquisaram e
adotaram procedimentos para estimar as necessidades em instalações prediais, é possível verificar
alguns métodos de instalação, especificar adequadamente as emendas e conexões, dimensionar o
nível de iluminação num ambiente, calcular a potência elétrica necessária para uma carga específica
ou cargas genéricas e projetar o circuito adequado para cada aplicação ”em função do uso”.

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Métodos de instalação

Basicamente existem dois métodos de instalação:

1 - Com eletroduto embutido em que os eletrodutos são instalados dentro de paredes, pisos ou lajes
e, posteriormente cobertos com massa de cimento, ficando embutidos e, portanto, invisíveis em virtude
do acabamento nas paredes e pisos. O eletricista só tem cesso a eles em seus pontos de partida e
chegada nas caixas de passagem.

FIGURA 1

2 - Com eletroduto aparente em casos em que é mais fácil realizar a instalação aparente dos
eletrodutos, como em uma casa já pronta ou em galpões comerciais ou industriais. Esse método utiliza
canaletas, eletrodutos, perfilados ou eletrocalhas instalado-os diretamente sobre paredes ou pisos de
maneira que não há a necessidade de quebrá-los.

FIGURA 2

Os dois métodos são possíveis e viáveis quando empregados de acordo com cada necessidade específica.

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Não se deve esquecer que, por razões de segurança, é imprescindível utilizar eletrodutos nas
instalações prediais, pois estes facilitam quaisquer manutenções ou acréscimos posteriores que sejam
necessários. O emprego de eletrodutos evita riscos de acidentes ou interrupção do circuito que
acontecem quando alguém tropeça ou se enrosca em cabos largados em pisos ou forros.

Normalização

Todos os serviços realizados e os projetos criados devem obrigatoriamente estar de acordo com as
normas que se referem aos assuntos correlatos, porque não basta que as instalações funcionem bem.
Elas precisam manter o perfeito funcionamento pelo maior tempo possível, para não correrem risco de
ser danificadas ou ainda pior, de prejudicar a saúde e a vida de clientes e usuários.

Como você já sabe, a entidade brasileira que controla e coordena as normas em nosso país é a ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas) e as principais normas que envolvem as instalações
elétricas são:
♦ NBR 5410/04 – Instalações elétricas de baixa tensão que abrange as instalações elétricas
de baixa tensão (até 1.000 V) e é voltada basicamente à segurança e à proteção dos usuários e
dos equipamentos instalados.
♦ NBR 5413 – Iluminância de interiores – procedimento que especifica como deve ser o
procedimento para definir a iluminância de interiores e as cargas de iluminação necessárias.
♦ NBR 5419/01 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas – que define as
maneiras pelas quais estimamos as instalações adequadas para a proteção de estruturas contra
descargas atmosféricas.

Cálculos de Dimensionamento

Todo dimensionamento envolve cálculos e fórmulas através dos quais é possível definir precisamente
quais são as cargas necessárias para cada aplicação. Por meio dos cálculos, são definidos os
parâmetros para que seja possível optar pelo método adequado de instalação (aparente ou embutida),
definir a seção e o material do eletroduto, a bitola e o tipo de isolação dos condutores ou cabos e se os
dispositivos de proteção dos circuitos (disjuntores) serão simples ou com alguma proteção adicional.

A prática indica a seqüência de dimensionamento, que é a seguinte:


1 – Estabelecer a quantidade mínima de pontos de iluminação
2 - Dimensionar da potência de iluminação.
3 – Estabelecer a quantidade de tomadas, de uso geral e específico.
4 – Dimensionar da potência das tomadas de uso geral e específico.
5 – Dividir a instalação em circuitos terminais.
6 – Calcular a corrente dos circuitos.
7 – Dimensionar os condutores.
8 – Dimensionar os eletrodutos.

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9 – Dimensionar os dispositivos de proteção dos circuitos.


10 – Dimensionar o quadro de distribuição de acordo com a quantidade de circuitos da instalação.

Nesta unidade, estudaremos até o item 6 da lista acima, ou seja, até o cálculo da corrente dos
circuitos.

Dimensionamento da potência de iluminação

Quando se faz um projeto de instalação predial, é preciso, inicialmente, estabelecer a quantidade


mínima de pontos de iluminação a serem considerados por ambiente. Para definir qual deve ser a
quantidade de pontos e a potência a ser instalada, é primordial seguir as recomendações das normas
NBR 5410 e NBR 5413.

Observação
De acordo com a norma NBR 5410/04 “pontos” são as localizações de aparelhos fixos de consumo
destinados à iluminação e tomadas de corrente que são os locais onde são alimentados os aparelhos
eletrodomésticos, eletroindustriais e as máquinas equipamentos de escritórios.

Conforme as recomendações das normas, deve-se considerar o seguinte:


 Cada ambiente deve possuir pelo menos um ponto de luz no teto, controlado por um interruptor de
parede.
 Nos banheiros, as arandelas devem ficar a 60 cm, no mínimo, do limite do boxe.

A potência mínima de iluminação deve ser considerada em função da área de cada ambiente, ou seja:
 Para áreas externas em residências não há critérios definidos na NBR 5410, portanto, os pontos
de iluminação vão ser determinados de acordo com as necessidades do cliente que as indica ao
projetista.
 Em ambientes com área de até 6 m², o valor mínimo é de 100VA.
 Para ambientes acima de 6m², o valor mínimo de 100VA é válido para os primeiros 6m². A partir
daí, são acrescentados 60VA a cada 4m² inteiros considerados.

Para compreender melhor essa determinação da norma, são apresentados alguns exemplos a seguir.

Exemplo 1
Consideremos um quarto com a largura (L) de 2,2m e o comprimento (C) de 3,5 m.

A área (A) desse cômodo é obtida multiplicando-se a largura (L) pelo comprimento (C) ou seja:
A=LxC
Substituindo os valores na expressão, tem-se:
A = 2,2 x 3,5
A = 7,7m².

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Portanto, a área a ser considerada é de 7,7m2. O problema é que esse valor ultrapassa os 6m2. Como
resolver esse problema?

A NBR 5410 determina que, para os primeiros 6m², são considerados os 100VA. Mas, restam ainda,
1,7m². Como esse valor não chega a 4m², não são acrescentados os 60 VA, ficando previsto para a
sala apenas 100VA, o que corresponde ao valor mínimo estabelecido pela norma.
É preciso observar que, esse valor estimado de 100VA não é necessariamente o valor total da
potência de uma lâmpada. Para iluminar o ambiente, duas lâmpadas de 50VA podem ser instaladas,
ou até mesmo quatro lâmpadas de 25VA, pois elas estarão perfeitamente dentro do valor mínimo
previsto pelas normas.

Exemplo 2
Consideremos, agora, uma sala com a largura (L) de 3,0m e o comprimento (C) de 3,8m. Sua área
será:
A = L x C + 3,0 x 3,8 = 11,4m².
A = 11,4m2

Já sabemos que para os primeiros 6m², a potência mínima de 100VA. Como 11,4m2 correspondem a
uma área maior do que 6m2 (valor máximo de área permitido pela norma para estabelecer um ponto
de iluminação com potência de 100VA), é preciso descobrir a área que sobra, que é:
11,4m2 – 6m2 = 5,4m2

Como 5,4m² correspondem a um valor superior a 4m², acrescenta-se mais 60VA de potência ao
circuito. O valor restante, ou seja, 1,4m² está abaixo de 4m² e não é considerado. Por isso, considera-
se como valor mínimo de potência de iluminação neste ambiente, apenas os dois primeiros valores:
100 + 60 = 160VA

Observações
1 - As indicações da norma referem-se sempre a valores mínimos para cada ambiente. Isso não
impede que sejam acrescentados outros pontos ou maior potência em cada ambiente, dependendo do
uso e das preferências dos moradores da residência ou usuários do prédio comercial ou industrial.
2 - Para o dimensionamento de iluminação em prédios não-residenciais, ou seja, áreas de trabalho
comerciais ou industriais, usa-se o método de lumens, descrito em norma própria (NBR 5413 –
Iluminação de interiores – procedimentos).

Dimensionamento da potência de tomadas

Da mesma maneira que é preciso considerar a área de cada ambiente para prever sua iluminação
mínima, também é necessário tomar como referência as dimensões de cada ambiente a fim de definir
a potência de tomadas.

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Devido ao grande número de aparelhos eletrodomésticos presentes até nas residências mais simples,
hoje mais que ontem, utiliza-se muito mais energia elétrica em todos os ambientes. Assim, um bom
projeto de distribuição das tomadas de força torna-se essencial.

A NBR 5410 estabelece que as tomadas dividem-se basicamente em dois tipos:

2. Tomada de Uso Geral ou TUG - na qual podem ser ligados os aparelhos móveis ou portáteis
que funcionam algum tempo e depois são removidos.

FIGURA 3

2. Tomada de Uso Específico ou TUE que alimenta os aparelhos estacionários que, embora possam
ser removidos, trabalham sempre em determinado local, como por exemplo, o chuveiro, a máquina
de lavar roupa, o aparelho de ar condicionado etc.

FIGURA 4

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Dimensionamento de Tomadas de Uso Geral (TUGs)

Os aparelhos utilizados nas tomadas de uso geral são eletrodomésticos em geral, tais como: aspirador
de pó, secador de cabelos, furadeira etc.

O dimensionamento das tomadas de uso geral depende não só do tamanho de cada ambiente, mas
também do tipo de utilização de cada tomada. As orientações contidas na NBR 5410 indicam sempre o
procedimento que atendem às necessidades mínimas de cada ambiente.

Para elaborar o projeto de distribuição das tomadas, deve-se considerar o seguinte:


 Em subsolos, varandas, garagens ou sótãos, recomenda-se pelo menos uma tomada por
ambiente.
 Para ambientes com área até 6m² deve-se instalar, no mínimo, uma tomada.
 Para ambientes com área maior que 6m², calcula-se o perímetro, que é a soma do comprimento de
cada lado do ambiente, e divide-se o valor resultante por 5 (uma tomada a cada 5m). O resultado
corresponde à quantidade de tomadas do ambiente. Elas devem ser espalhadas o mais
uniformemente possível;
 Em copas, cozinhas ou combinação delas, deve-se ter uma tomada de uso geral a cada 3,5m de
perímetro ou fração de perímetro. Acima da bancada da pia devem ser previstas, no mínimo, duas
tomadas de corrente, no mesmo ponto ou em pontos distintos.
 Nos banheiros deve haver, no mínimo, uma tomada junto ao lavatório a uma distância de 60cm do
limite do boxe.

Observação
Para ambientes tais como banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias
e locais semelhantes, deve-se atribuir, no mínimo, 600VA por tomada, com limite máximo de até 3
tomadas, adotando-se 100VA para as tomadas excedentes.

Para compreender melhor essas orientações, a seguir são apresentados dois exemplos de
dimensionamento de TUGs.

Exemplo 1
Consideremos, inicialmente, uma sala com a largura (L) de 2,2m e o comprimento (C) de 3,5m. Seu
perímetro será a soma das medidas das quatro paredes do cômodo, ou seja:
P=L+L+C+C

Simplificando a expressão, tem-se:


P = (2 x L) + (2 x C)
P = (2 x 2,2) + ( 2 x 3,5)
P = 4,4 + 7
P = 11,4m

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Em seguida, divide-se o valor obtido por 5:


n = 11,4 ÷ 5 = 2

Esse resultado indica que deverão ser instaladas 2 tomadas: uma a cada cinco metros. Porém, como
ainda sobram 1,4m, mais uma tomada deverá ser instalada, totalizando assim três TUGs.

Este valor estimado de 3 tomadas não é necessariamente o valor final, porém é, segundo a NBR 5410,
o número mínimo admissível para esta área. Por conveniência, pode-se estabelecer que o comum
seria ter uma tomada por parede, no mínimo, pois é normal mudar a disposição dos móveis em uma
sala. Por esse motivo, fica bem dimensionado o valor de 4 tomadas de uso geral para esse ambiente.

Exemplo 2
O segundo exemplo considera uma cozinha com a largura (L) de 3,0 m e o comprimento (C) de 3,8 m.

Tem-se, então:
P = 2L + 2C
P = (2 x 3,0) + (2 x 3,8)
P = 6 + 7,6
P = 13,6m

Em relação a cozinhas, a NBR 5410 orienta que as tomadas sejam instaladas a cada 3,5m ou fração
de perímetro. Assim, o valor do perímetro (13,6m) será dividido por 3,5
n = 13,6 ÷ 3,5
n = 3,88

Esse resultado indica uma tomada para cada um dos três primeiros 3,5 m do perímetro, o que
resultará em três tomadas e mais uma para os 0,88m (fração) restantes, totalizando assim quatro
TUGs na cozinha.

Deve-se considerar 600VA para as três primeiras tomadas e 100VA para cada uma das tomadas
excedentes:
P = (3 x 600) + 100
P = 1.800 + 100
P = 1900VA

Observação
Para cada tomada prevista, a potência deve ser de, no mínimo, 100VA em cada uma. Esta será a
carga mínima de potência nos demais cômodos ou dependências.

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Seguindo as normas e a boa prática das instalações elétricas, não se deve esquecer que em todo e
qualquer projeto, o cliente deve ser consultado e, sempre que possível, deverá ser instalada uma
quantidade maior de pontos de tomada de uso geral que o valor mínimo calculado indica. Assim, evita-
se a utilização de extensões e benjamins, reduzindo o desperdício de energia e evitando comprometer
a segurança da instalação.

Dimensionamento de tomadas de uso específico (TUEs)

A quantidade de aparelhos que utiliza tomadas de uso específico é determinada de acordo com o
número de aparelhos cuja utilização conhecemos, antecipadamente, e que estarão fixos numa
determinada posição no ambiente. Os aparelhos utilizados nestas tomadas são, em geral, chuveiro,
torneira elétrica, secadora e lavadora de roupas, microondas etc.

O dimensionamento da potência de cada tomada vai depender, então, diretamente da potência


nominal do equipamento a ser alimentado.

Observação
A potência nominal é a potência indicada na identificação do aparelho, ou em sua especificação
contida no manual de instalação.

Veja alguns exemplos:


 Torneira elétrica: 3.000W a 5000W
 Geladeira: 500W a 800W
 Chuveiro: 5.600W a 6.500W
 Máquina de Lavar: 600W a 2.000W
 Secadora de roupas: 2500W a 5000W
 Torradeira: 500W a 1.200W
 Ferro de passar roupa: 400W a 1.600W
 Secador de cabelos: 500W a 1.600W

Como em cada cômodo, estes aparelhos já possuem local pré-determinado, deve-se prever suas
tomadas instaladas a, no máximo, 1,5m de cada equipamento.

Deve-se lembrar, ainda, que para circuitos que contêm chuveiros, torneiras e aquecedores, é
conveniente considerar uma potência maior, pois estes podem ser facilmente trocados pelo usuário da
residência.

Divisão dos circuitos

Para fins de estudo desta unidade, consideraremos o circuito elétrico como sendo o conjunto de

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componentes e condutores e cabos, ligados ao mesmo equipamento de proteção. Assim, cada


conjunto de condutores, eletrodutos, tomadas, luminárias e disjuntores constitui um circuito elétrico.

Em uma instalação predial, existem dois tipos básicos de circuito:


 Circuito de Distribuição – liga o quadro do medidor, na origem da instalação, ou da entrada de
energia ao quadro de distribuição.
 Circuito Terminal – é aquele que parte do quadro de distribuição e alimenta diretamente lâmpadas,
tomadas de uso geral e tomadas de uso específico.

Observação
A instalação elétrica seja ela residencial, comercial ou industrial, deve ser subdividida em circuitos
terminais, pois isso facilita a manutenção e reduz a interferência entre eles.

A norma NBR 5410 estabelece alguns critérios para a divisão da instalação elétrica em circuitos
terminais. Segundo esses critérios, deve-se:
 Prever circuitos de iluminação separados dos circuitos de TUGs, procurando limitar a corrente total
do circuito a 10A.
 Prever circuitos independentes, exclusivos para cada equipamento que possua corrente nominal
superior a 10A.
 Limitar a potência total para 1.270VA em instalações 127V e 2.200 VA em 220V.

Em linhas gerais, pode-se dizer que deverá haver, no mínimo, três circuitos terminais em uma
instalação predial:
 Um para iluminação;
 Um para tomadas de uso geral
 Um para tomada de uso específico (chuveiro).

Uma boa recomendação é separar um pouco mais os circuitos terminais utilizando os seguintes
critérios:
o Para os circuitos de iluminação, pode-se separá-los em área social e área de serviço:
 Social: sala, dormitórios, banheiro, corredor e hall.
 Serviço: copa, cozinha, área de serviço e área externa.
o Para os circuitos de tomada de uso geral, tem-se:
 Social: sala, dormitórios, banheiro, corredor e hall.
 Serviço 1: Copa.
 Serviço 2: Cozinha.
 Serviço 3: Área de serviço.
o Para os circuitos de tomada de uso específico, deve-se ter:
 Uma tomada para o chuveiro elétrico.
 Uma tomada para cada equipamento que possua corrente maior que 10A.

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Para resumir, pode-se dizer que haverá um circuito independente para cada carga que possua
corrente nominal superior a 10A, havendo, portanto, apenas uma tomada e um dispositivo de proteção
para o referido circuito.

Nas instalações alimentadas com duas ou três fases, as cargas devem ser distribuídas entre as fases
de modo que se obtenha o melhor equilíbrio possível.

Para melhor compreender como fazer essa distribuição de circuitos, estude cuidadosamente os
exemplos a seguir.

Exemplo 1
Consideremos uma casa com dois dormitórios, uma sala, uma copa, uma cozinha, uma área de
serviço e um banheiro, cujo proprietário é muito preocupado com segurança e uso responsável de
energia. Por isso, solicitou que o projeto da instalação elétrica seja realizado dentro dos parâmetros da
norma, sem economias “porcas”. Quais cargas de tomada específica é possível prever nesta
residência e quantos serão os circuitos correspondentes?
Antes do início do projeto, o dono da residência informou ao projetista a previsão dos seguintes
equipamentos que o profissional anotou em sua planilha:
1 - Nos dormitórios haverá um aparelho de ar condicionado em cada um (220V, 5 A) e um computador
(127V, 4A) em um deles.
2 - Na sala e na copa e na copa não haverá nenhuma tomada de uso específico.
3 - Na cozinha haverá uma geladeira (127V, 4A), um forno de microondas (127V, 7A) e uma torneira
elétrica (220V, 20A).
Na área de serviço serão instaladas uma lavadora (127V, 6A) e uma secadora (127V, 12A).
No banheiro haverá um aquecedor para a torneira da pia (220V, 20A) e um chuveiro (220V, 32A).

Seguindo as exigências da NBR 5410, o projetista concluiu que haverá um circuito para cada
equipamento que possua corrente acima de 10A, ou seja:
Circuito 1 - Uma torneira elétrica da cozinha (20A);
Circuito 2 - Um chuveiro elétrico no banheiro (32A);
Circuito 3 - Um aquecedor para a torneira da pia do banheiro (20A);
Circuito 6 - uma secadora (12A);
Os circuitos restantes foram assim agrupados:
Circuito 4 – dois aparelhos de ar condicionado para os dormitórios (2 x 5A);
Circuito 5 – uma geladeira (4A) e um forno de microondas (7A) na cozinha.
Circuito 7 - uma lavadora (6A), na lavanderia.
Circuito 8 – Computador (4A) e demais TUGs dos dormitórios;
Circuito 9 – TUGs da sala e copa.

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Observe que cada cliente terá gostos e necessidades específicas. Assim, o exemplo dado acima é
apenas uma sugestão. Em uma residência com a mesma quantidade de cômodos, é possível eliminar
alguns circuitos e cargas conforme seja conveniente ou, ainda, acrescentar mais alguns circuitos, de
acordo com as necessidades do cliente.

Cálculo da corrente elétrica dos circuitos

Considerando que cada circuito alimentará uma determinada carga, correspondente à soma dos
equipamentos ligados ao circuito, dizemos que cada circuito terá sua potência total a ser suprida.

Não se deve esquecer que a potência elétrica tem uma relação direta com a tensão e a corrente
utilizadas, sendo obtida pela fórmula:

P=VxI

Nessa expressão:
P = Potência elétrica
V = Tensão elétrica
I = Corrente elétrica

Isto significa que basta multiplicarmos o valor da tensão pelo valor da corrente para que se obtenha o
valor da potência.

Todavia, é preciso lembrar que, normalmente, nos equipamentos são indicados apenas os valores de
tensão e potência, isso significa que para se obter o valor da corrente deve-se utilizar a uma outra
expressão:
I=P÷V

Por exemplo, se o cliente tiver um forno de microondas que consome 900W, com tensão de 127V, a
sua corrente elétrica será:
I=P÷V
I = 900 ÷ 127
I = 7A

A partir do valor da corrente de cada circuito é que se define a bitola do condutor e o dispositivo de
proteção – nesse caso, um disjuntor – mais adequado para a proteção desse condutor.

Para calcular a corrente elétrica dos circuitos procede-se da seguinte maneira:


3. Determina-se a potência total do circuito.
3. Determina-se a tensão de utilização no circuito, aplicando-se a fórmula I = P ÷ V.

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Exemplo 1
Imaginemos, em uma residência, um circuito de iluminação que atenda:
1 – a dois dormitórios: 2 x 160VA
2 – à sala: 100VA
3 – ao banheiro: 100VA
3 – ao hall: 100VA

O valor total da potência deste circuito será :


P = (2 x 160) + (3 x 100)
P = 320 + 300
P = 620VA.

Como normalmente os circuitos de iluminação residenciais são alimentados em 127V, a corrente do


circuito será:
I=P÷V
I = 620 ÷ 127
I = 4,9A

Exemplo 2
Um banheiro deverá ter um TUE para um chuveiro dos mais modernos e completos que possui um
regulador de temperatura que atinge a potência máxima de 7.500W. Para determinar sua corrente, é
preciso lembrar que todo circuito alimentador para chuveiros tem a tensão de 220V. Assim:
I=P÷V
I = 7.500 ÷ 220
I = 34,0 A

Apenas após calcular a corrente de cada circuito é que é possível especificar os condutores e o
disjuntor adequados.

Observação
Dimensionar a fiação de um circuito é definir a bitola dos cabos alimentadores do circuito de forma que
seja garantido que a corrente que circular por ele, durante um tempo ilimitado, não provocará
superaquecimento.

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Como organizar o dimensionamento dos circuitos

Até agora, foram fornecidos exemplos de cálculos sem a colocação dos circuitos nos respectivos
diagramas e ambientes contidos em um planta. Nesta última parte do texto-base, será demonstrado
como organizar os dados para depois transpô-los para os diagramas inseridos na planta. A planta é a
mesma que foi usada na unidade 1.

FIGURA 5

Os equipamentos que o cliente solicitou para a instalação são:


• Chuveiro (5600W/220V/25,5A)
• Secadora de roupas (2200W/220W/10A)
• Torneira elétrica (3000W/220W/13,6A)
• Bomba para o poço (2400VA/220V/10,9A)

Como se trata de uma planta com vários cômodos, é necessário utilizar uma tabela auxiliar para
organizar todos os valores dimensionados por cômodo. Veja a tabela, já contemplando as tomadas de
uso específico.

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Cômodo Área (m2) Iluminação (W) Perímetro (m) TUG (VA) TUE (W)
Sala
Dormitório
Cozinha 3000
2200
Lavanderia
2400
Garagem
Banheiro 5600
Corredor

Agora, começaremos calculando a área e dimensionando a iluminação dos cômodos:


A sala possui largura (L) de 3,35 e o comprimento (C) de 4,0m. Sua área será:
A=LxC
A = 4,0 x 3,35
A = 13,4m²

Como esse valor de área (13,4m²) é superior a 6m², considera-se 100VA e efetua-se o cálculo da área
restante:
13,4m² - 6m² = 7,4m²

Como 7,4m² correspondem a um valor maior que 4m², acrescenta-se mais 60VA de potência. O valor
restante, ou seja, 3,4m2 estão abaixo de 4m² e não é considerado. Por isso, considera-se como valor
mínimo de potência de iluminação na sala, apenas os dois primeiros valores:
100VA + 60VA = 160VA

Agora que o dimensionamento foi realizado, basta completar a tabela. Veja como ficou:

Cômodo Área (m2) Iluminação (W) Perímetro (m) TUG (VA) TUE (W)
Sala 13,4 160
Dormitório
Cozinha 3000
2200
Lavanderia
2400
Garagem
Banheiro 5600
Corredor

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Agora, veja o dimensionamento da potência de iluminação dos demais cômodos:

Dormitório: A = 3,4 x 3 = 10,2m2. A potência de iluminação do dormitório é 160VA.


Cozinha: A = 4,15 x 3 = 12,45m2. A potência de iluminação do dormitório é 160VA.
Lavanderia: A = 3,50 x 3 = 10,5m2. A potência de iluminação da lavanderia é 160VA.
Garagem: A = 1,75 x 2,90 = 5,075m2. Como a área é menor que 6m2, a potência de iluminação a ser
adotada é 100VA.
Banheiro: A = 2,15 x 2,20 = 4,73m2. Como a área é menor que 6m2, a potência de iluminação a ser
adotada é 100VA.
Corredor: A = 2,15 x 1 = 2,15m2. Como a área é menor que 6m2, a potência de iluminação a ser
adotada é 100VA.

Agora veja como ficou a tabela:

Cômodo Área (m2) Iluminação (W) Perímetro (m) TUG (VA) TUE (W)
Sala 13,4 160
Dormitório 10,2 160
Cozinha 12,45 160 3000
2200
Lavanderia 10,5 160
2400
Garagem 5,075 100
Banheiro 4,73 100 5600
Corredor 2,15 100

Veja a planta com os pontos de iluminação identificados e localizados em seus respectivos cômodos.

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FIGURA 6

O próximo passo é dimensionar as tomadas de uso geral de acordo com a NBR 5410. Para melhor
entendimento, vamos analisar cada cômodo separadamente. Veja como ficou:

Sala: como a área é superior a 6m2, a potência de tomadas deve ser dimensionada através do
perímetro:
P = 2L + 2C
P = (2 x 4) + (2 x 3,35)
P = 8 + 6,7
P = 14,7m

Em seguida, divide-se o número obtido por 5: 14,7 ÷ 5 = 2,94

Como a NBR 5410 determina que seja dimensionada uma tomada a cada 5m ou fração de perímetro,
a sala deverá possuir no mínimo três tomadas de 100VA. Veja como ficou a tabela.

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Cômodo Área (m2) Iluminação (W) Perímetro (m) TUG (VA) TUE (W)
Sala 13,4 160 14,7 3x100VA -
Dormitório 10,2 160
Cozinha 12,45 160 3000
2200
Lavanderia 10,5 160
2400
Garagem 5,075 100
Banheiro 4,73 100 5600
Corredor 2,15 100

Agora, vamos dimensionar as tomadas de uso geral para os demais cômodos:


Dormitório: como a área é superior a 6m2, a potência de tomadas deve ser dimensionada através do
perímetro:
P = 2L + 2C
P = (2 x 3,4) + ( 2 x 3)
P = 6,8 + 6
P = 12,8m
Em seguida divide-se o número obtido por 5:
12,8 ÷ 5 = 2,56

Como a NBR 5410 determina que seja dimensionada uma tomada a cada 5m ou fração de perímetro,
o dormitório deverá possuir no mínimo três tomadas de 100VA.

Cozinha: para a cozinha, a potência de tomadas deve ser dimensionada através do perímetro:
P = 2L + 2C
P = (2 x 4,15) + (2 x 3)
P = 8,3 + 6
P = 14,3m

Em seguida divide-se o número obtido por 3,5:


14,7 ÷ 3,5 = 4,085

Como a NBR 5410 determina que seja dimensionada uma tomada a cada 3,5m ou fração de
perímetro, a cozinha deverá possuir no mínimo cinco tomadas. As três primeiras de 600VA e as duas
restantes serão de 100VA.

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Lavanderia: para a lavanderia, a potência das tomadas deve ser dimensionada através do perímetro:
P = 2L + 2C
P = (2 x 3,50) + (2 x 3)
P = 13m

Em seguida, divide-se o número obtido por 3,5:


13 ÷ 3,5 = 3,7

Como a NBR 5410 determina que seja dimensionada uma tomada a cada 3,5m ou fração de
perímetro, a lavanderia deverá possuir no mínimo quatro tomadas. As três primeiras de 600VA e a
restante será de 100VA.

Corredor e garagem: a NBR 5410 estabelece pelo menos uma tomada de 100VA em cada cômodo.

Banheiro: a NBR 5410 estabelece pelo menos uma tomada perto do lavatório com potência de
600VA. Agora veja como ficou a tabela completa:

Cômodo Área (m2) Iluminação (W) Perímetro (m) TUG (VA) TUE (W)

Sala 13,4 160 14,7 3x100 -

Dormitório 10,2 160 12,8 3x100 -

Cozinha 12,45 160 14,3 3x600 e 2x100 3000

2200
Lavanderia 10,5 160 13 3x600 e 1x100
2400

Garagem 5,075 100 - 1x100 -

Banheiro 4,73 100 - 1x600 5600

Corredor 2,15 100 - 1x100 -

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FIGURA 7

O próximo passo é dividir todas as cargas em circuitos terminais. Para isso será utilizada uma tabela
para organizar as informações. Veja a tabela:

Circuito (nº) Cômodo Iluminação (W) TUG (VA) TUE (W)

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Para estabelecer o(s) circuito(s) de iluminação é necessário calcular a potência total de iluminação da
casa:
P = 160 + 160 + 160 + 160 + 100 + 100 + 100
P = 940VA

Como a potência não ultrapassou 1270VA, apenas um circuito alimentará toda a iluminação da casa: é
o circuito 1. Veja como ficou a tabela.

Circuito (nº) Cômodo Iluminação (W) TUG (VA) TUE (W)


Sala
Dormitório
Cozinha
1 Lavanderia 940 - -
Garagem
Banheiro
Corredor
2
3
4
5
6

Agora é a vez das tomadas de uso geral. Como as tomadas da cozinha e da lavanderia não podem
estar no mesmo circuito dos outros cômodos, vamos dividi-las em 3 circuitos:
• No circuito 2 ficarão duas tomadas de 600VA e uma tomada de 100VA da cozinha;
• No circuito 3 ficarão duas tomadas de 600VA e uma de 100VA da lavanderia;
• No circuito 4 ficarão uma tomada de 600VA da lavanderia, uma tomada de 600VA e uma de
100VA da cozinha.
Veja como ficou a tabela.

Circuito (nº) Cômodo Iluminação (W) TUG (VA) TUE (W)


Sala
Dormitório
Cozinha
1 Lavanderia 940 - -
Garagem
Banheiro
Corredor
2 Cozinha - 1300 -
3 Lavanderia - 1300 -
Cozinha
4 - 1300 -
Lavanderia
5
6

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O próximo passo é somar a potência dos demais cômodo e verificar se a potência não ultrapassa
1270VA:
P = sala + dormitório + garagem + corredor + banheiro
P = 300 + 300 + 100 + 100 + 600
P = 1400VA

Como a potência ultrapassou 1270VA, faremos a seguinte distribuição:


• No circuito 5 ficarão as tomadas da sala, dormitório, garagem e corredor;
• No circuito 6 ficará a tomada do banheiro.

Veja como ficou a tabela:

Circuito (nº) Cômodo Iluminação (W) TUG (VA) TUE (W)


Sala
Dormitório
Cozinha
1 Lavanderia 940 - -
Garagem
Banheiro
Corredor
2 Cozinha - 1300 -
3 Lavanderia - 1300 -
Cozinha
4 - 1300 -
Lavanderia
Sala
Dormitório
5 - 800 -
Garagem
Corredor
6 Banheiro - 600 -

Agora, basta destinar um circuito para cada tomada de uso específico de acordo com a previsão dos
equipamentos a serem instalados na casa.

Veja como ficou a tabela completa:

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Circuito (nº) Cômodo Iluminação (W) TUG (VA) TUE (W)


Sala
Dormitório
Cozinha
Lavanderia
1 940 - -
Garagem
Banheiro
Corredor

2 Cozinha - 1300 -
3 Lavanderia - 1300 -
Cozinha
4 - 1300 -
Lavanderia
Sala
Dormitório
5 - 800 -
Garagem
Corredor
6 Banheiro - 600 -
7 Banheiro - - 5600
8 Cozinha - - 3000
9 Lavanderia - - 2200
10 Lavanderia - - 2400

Veja como ficou a planta com a divisão de circuitos, mas ainda sem o dimensionamento dos
condutores pois esse assunto será estudado na próxima unidade.

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FIGURA 8

Neste ponto, vamos interromper o estudo do dimensionamento das instalações elétricas, porque se
trata de um assunto bastante complexo e que, por isso, foi dividido em duas partes. Na próxima
unidade, você estudará o dimensionamento dos condutores, eletro dutos e dispositivos de proteção.

Por enquanto, dedique-se ao firme estudo desta unidade, fazendo os exercícios com muita atenção
para poder seguir em frente sem tropeços.

Bons estudos!

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