Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução
Evandro Ribeiro
Quando falamos em ligações químicas devemos de início observar
dois tipos de ligações que ocorrem nos compostos químicos:
1- ligações intramoleculares: -ocorrem entre os átomos para
formar “moléculas”; -responsáveis pelas propriedades
químicas dos compostos; -são elas: iônica, covalente e
metálica.
2- ligações (ou forças) intermoleculares: -ocorrem entre as
“moléculas”; -responsáveis pelas propriedades físicas dos
compostos; -são elas: íon-dipolo; dipolo-dipolo, dipolo-
induzido e ligação de hidrogênio.
São conhecidos na natureza atualmente pouco mais de 112
elementos. Porém, já foram caracterizados cerca de 10 milhões de
compostos químicos. Estes compostos são formados por
combinações específicas de átomos de elementos diferentes, ou
seja, átomos se unem para formar compostos com propriedades
específicas ou moléculas. Esta união dos átomos acontece devido
ao que é chamado de ligação química, isto é, se quando ocorre a
aproximação entre dois átomos for verificado o surgimento de uma
força de atração suficientemente forte para mantê-los unidos, estes
ficarão ligados quimicamente.
A partir do estudo das ligações químicas é possível responder a
perguntas como:
Por que os átomos se combinam para formar moléculas?
Como os átomos se mantêm unidos numa ligação química?
Por que a molécula da água tem uma ligação química num ângulo
de 104,5º?
Por que as moléculas do DNA, portador do código genético se ligam
em curiosas formas como hélice?
Em um átomo isolado, os elétrons se encontram sob a influência de
apenas um núcleo e dos outros elétrons do próprio átomo, porém,
quando outro átomo se aproxima, estes elétrons passam a sofrer a
influência de outro núcleo e de outros elétrons. A interação pode
produzir atração entre os átomos e com isso, um novo arranjo
eletrônico energeticamente mais favorável é produzido.
A partir do desenvolvimento da mecânica quântica e da resolução
da equação de Schrödinger, compreendeu-se a relação entre as
propriedades químicas dos elementos e a sua estrutura eletrônica.
Uma propriedade que quase todos os átomos possuem é a
capacidade de se combinar para formar espécies mais complexas.
A maneira como os átomos formam as ligações químicas está
relacionado com sua estrutura eletrônica. Ligação química é um
processo que possibilita estado energético menor (e assim maior
estabilidade) do que o do átomo isolado.
Com as evidências experimentais de que os elétrons se comportam
como onda e também como partícula, além do fato de que a energia
é quantizada, tornou-se possível explorar o mundo microscópico em
sua intimidade, descobrindo-se a causa das propriedades muitas
vezes observadas no nosso mundo macroscópico. Através da
estrutura eletrônica de camadas dos átomos explicam-se as
propriedades periódicas. A energia e a forma dos orbitais explicam,
em última análise, a reação química, a reatividade química e a
forma como novas substâncias são formadas. Na química moderna,
fazemos sempre a relação entre as propriedades químicas de uma
certa substância com a estrutura geométrica e eletrônica de suas
moléculas. A ligação química, sendo a interação de dois átomos (ou
grupos de átomos), está intimamente ligada ao rearranjo da
estrutura eletrônica, ou melhor. A natureza da ligação química é
revelada a partir da estrutura eletrônica dos átomos, mostrando
como esta afeta as propriedades macroscópicas das substâncias.
TOM ( teoria dos orbitais moleculares) e a TLV (teoria da ligação de
valência)
Os três tipos mais comuns de ligações químicas, consideradas
fortes e que estão presentes na maioria das moléculas (ligação
iônica, ligação covalente e ligação metálica), são discutidas em
detalhe. Os trabalhos do químico americano Gilbert Lewis, seguidos
dos desenvolvimentos dados por Irving Langmuir e Linus Pauling,
resultaram nas bases dos conceitos iniciais para explicar a
formação da ligação química. Estes conceitos iniciais estão
baseados no compartilhamento de pares de elétrons, formando
ligações covalentes, ou pela doação/recepção de elétrons,
formando cátions e ânions, que interagindo eletrostaticamente
formam a ligação iônica, à luz da Regra do Octeto. A Regra do
Octeto, por sua vez, foi proposta em virtude da inércia química
observada para os gases nobres (frente aos conhecimentos da
época), e sua associação com as configurações eletrônicas de suas
camadas de valência, contendo oito elétrons. Devido à sua
importância histórica, e sua profunda influência sobre o ensino de
Química até os dias de hoje, a Regra do Octeto será abordada no
tópico que se segue.
As ligações são representadas por fórmulas químicas.
Fórmula molecular H2O, C6O6H11
Uma vez associada à idéia da estabilidade química dos gases
nobres às suas configurações eletrônicas com oito elétrons na
camada de valência (com exceção do hélio, que tem dois elétrons
em sua camada de valência), foi natural propor-se que os átomos
que não tinham esta configuração estável, tendem a compartilhar,
ou doar/receber elétrons, em número suficiente para adquirir esta
configuração estável. Estas idéias foram muito úteis para
racionalizar a formação de substâncias covalentes como Cl 2 e CH4 ,
ou de substâncias iônicas como NaCl. Consideremos o caso da
formação de uma substância covalente, por exemplo, o Cl 2 . O
átomo de Cl, número atômico 17, tem sete (7) elétrons em sua
camada de valência, o que pode ser determinado tanto utilizando a
posição do elemento na Tabela Periódica, como pela aplicação das
regras de Pauling para a determinação das distribuições eletrônicas
dos átomos, 1s2 2s2 2p5 . Como o átomo de cloro não atinge o
octeto, esta configuração poderá ser atingida se compartilhar um
par de elétrons com outro átomo de cloro, formando a molécula Cl-
Cl. Representando esta situação através dos diagramas de pontos
propostos por Lewis, onde os elétrons são representados por
pontos e, sempre que possível aos pares. Essa situação é
representada do seguinte modo:
1-Ligação iônica ou eletrovalente: é a ligação que ocorre entre
metal e ametal através da transferência de elétron do metal para o
ametal;
A LIGAÇÃO IÔNICA: (eletrovalente ou heteropolar)
1- ocorre com transferência definitiva de elétrons;
2- há a formação de íons;
os íons se arranjam em retículos cristalinos (são sólidos
cristalinos):
3-Apresentam alto ponto de fusão e ebulição;
2- Ligação covalente ou molecular: é a ligação que ocorre entre
ametal e ametal, ametal e hidrogênio e hidrogênio e hidrogênio
através do compartilhamento de elétrons.
A LIGAÇÃO COVALENTE:(molecular ou homopolar) • ocorre com
compartilhamento de elétrons;
1- não há a formação de íons;
2- ligação covalente apolar ocorre com átomos iguais;
3- ligação covalente polar ocorre com átomos diferentes;
e) CaBr2 e HBr
2. As ligações químicas nas substâncias K(s), HCl(g), KCl(s) e Cl2(g)
são, respectivamente:
a) Covalente apolar, covalente polar, iônica e metálica;
b) Iônica, covalente polar, metálica e covalente apolar;
c) Covalente apolar, covalente polar, metálica e covalente apolar;
x d) Metálica, covalente apolar, iônica e covalente polar;
b) metálica
c) dipolo-dipolo
d) covalente apolar
e) covalente polar
6-(UNI-RIO) O dióxido de carbono (CO2) é um gás essencial no
globo terrestre. Sem a presença desse gás, o globo seria gelado e
vazio. Porém, quando ele é inalado em concentração superior a
10%, pode levar o indivíduo à morte por asfixia. Esse gás apresenta
em sua molécula um número de ligações covalentes igual a:
x a) 4.
b) 1.
c) 2.
d) 3.
e) 0.
a) metálica.
b) covalente.
c) dipolo induzido.
x d) iônica.