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FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS GERAIS


FEAMIG

Célio Lúcio da Apresentação


Fabiana Siqueira
Joaquim Cristovam de Freitas
Raquel Gregório de Almeida
Ruthe Rebello Pires Novaes

EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS DE
SEGURANÇA PARA O TRABALHO COM
ELETRICIDADE

Belo Horizonte
2

2007
Célio Lúcio da Apresentação
Fabiana Siqueira
Joaquim Cristovam de Freitas
Raquel Gregório de Almeida
Ruthe Rebello Pires Novaes

EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS DE
SEGURANÇA PARA O TRABALHO COM
ELETRICIDADE

Trabalho apresentado ao Programa de


Pós-graduação em Engenharia de
Segurança do Trabalho como avaliação à
disciplina de Segurança em Eletricidade e
como requisito parcial à obtenção do título
de Especialista em Engenharia de
Segurança do Trabalho.

Belo Horizonte
3

2007
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

1. Figuras:

Figura 1- Capacete classe A/B.................................................................................................13


Figura 2 - Capuz......................................................................................................................13
Figura 3 - Óculos contra impacto............................................................................................14
Figura 4 - Luva de segurança de alta tensão............................................................................18
Figura 5 – Luva de cobertura...................................................................................................18
Figura 6 – Manga.....................................................................................................................19
Figura 7 – Vestimenta condutiva..............................................................................................22
Figura 8 – Cinto pára-quedista.................................................................................................23
Figura 9 – Cinturão abdominal.................................................................................................23
Figura 10 – Cadeira para trabalho em altura............................................................................24
Figura 11 – Manta anti-estática................................................................................................24
Figura 12 – Mantas Bipartidas.................................................................................................25
Figura 13. – Mantas zip-one.....................................................................................................25
Figura 14 – Varas Universal Telescópicas modelo standard...................................................26
Figura 15 – Batões pega-tudo...................................................................................................26
Figura 16 – Cabo tipo-alavanca................................................................................................27
Figura 17 – Coberturas flexíveis..............................................................................................27
Figura 18 – Cobertura protetora..............................................................................................29
Figura 19 – Cobertura para postes...........................................................................................28
Figura 20 – Cobertura para chave-faca.....................................................................................29
Figura 21 – Foto retirada por Thermovisor e máquina comum................................................30
Figura 22 – Representação do resistor ligado entre o neutro do transformador e o terra.........33
Figura 23 – Detector de alta tensão..........................................................................................34
Figura 24. – Detector de alta tensão por contato......................................................................34
Figura 25 – Multi-uso Detectavolt...........................................................................................34
Figura 26 – Detector de fases....................................................................................................34
4

2. Quadros

Quadro 1- Ensaios laboratoriais de acordo com a NBR 8221..................................................13


Quadro 2 – Inspeções a serem realizadas nas luvas..................................................................17
Quadro 3 – Ensaios laboratoriais de acordo com a NBR 10622...............................................17
Quadro 4 - Ensaios laboratoriais de acordo com a NBR 12576 e AMSI Z 14 OSHA.............20
Quadro 5 – Ensaios laboratoriais de acordo com AMSI Z 14 OSHA .....................................21
Quadro 6 – Quadro para especificar vestimenta quanto ao grau de risco.................................17
Quadro 5 – Ensaios laboratoriais de acordo com a CEI/IEC 60895... .....................................21

3. Tabelas

Tabela 1– Classe de luvas.........................................................................................................17


5

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.........................................................................................................................7

1.1. Problema do trabalho de pesquisa...............................................................................8

1.2. Objetivo geral................................................................................................................8

1.3. Objetivo específico.........................................................................................................8

1.4 Justificativa....................................................................................................................8

2 REFERENCIAL TEÓRICO..............................................................................................9

2.1. Norma Regulamentadora dos Equipamentos de Proteção Individual.....................9

2.2 Choque Elétrico............................................................................................................10

2.3 Efeitos Causados por Acidentes com Eletricidade....................................................11

2.4 Queimaduras Causadas por Choque Elétrico e Arco Voltaico...............................11

2.5 Equipamentos Elétricos Aplicáveis na Indústria.....................................................11

2.6 Medidas de Controle do Risco Elétrico......................................................................11

3 DESCRIÇÃO DOS PRINCIPAIS EPI’s UTILIZADOS PARA O TRABALHO COM

ELETRICIDADE ..................................................................................................................12

3.1. Proteção para a cabeça...............................................................................................12

3.1.1Capacete..........................................................................................................................12

3.1.2 Capuz...........................................................................................................................13

3.2. EPI para proteção dos olhos e face............................................................................14

3.2.1 Óculos...........................................................................................................................14

3.2.2 Protetor Facial.............................................................................................................15

3.3 Equipamento de Segurança em eletricidade para as mãos......................................15

3.3.1 Luvas............................................................................................................................16
6

3.3.1.1 Luvas de Segurança de alta tensão ..........................................................................17


3.3.1.2. Luvas de Cobertura...................................................................................................18
3.3.2 Manga..........................................................................................................................19
3.4 Equipamentos de segurança em eletricidade para os pés......................................19
3.4.1 Calçados de Segurança em Eletricidade..................................................................19
3.4.1.1 Calçados de Proteção solado isolante.......................................................................20
3.4.1.2 Calçados de Proteção solado condutivo...................................................................20
3.5 Vestimenta Anti-chamas para eletricistas...............................................................21
3.6 EPI para proteção contra quedas em diferença de nível.......................................22
3.6.1 Dispositivo trava-quedas...........................................................................................22
3.6.2 Cinturão.....................................................................................................................23
3.6.3 Cinto pára-quedista..................................................................................................23
3.6.4 Cadeira para trabalho em altura............................................................................23
4 DISPOSITIVOS AUXILIARES DE SEGURANÇA PARA EXECUÇÃO DE
TRABALHOS COM ELETRICIDADE...............................................................................24
4.1 Mantas anti-estáticas..................................................................................................24
4.2 Mantas Bipartidas.......................................................................................................25
4.3 Mantas "ZIP-ON"………..........................................................................................25
4.4 Varas e bastões............................................................................................................26
4.5 Bastões pega-tudo com acionamento externo-interno.............................................26
4.6 Cabos tipo alavanca....................................................................................................27
4.7 Coberturas flexíveis para cabos energizados...........................................................27
4.8 Cobertura protetora para rede de distribuição.......................................................27
4.9 Cobertura para postes................................................................................................28
4.10 Cobertura para chave faca.........................................................................................29
5 EQUIPAMENTOS E SISTEMAS DE PROTEÇÃO ELÉTRICA...............................29
5.1 Análise termográfica de Sistemas Elétricos.............................................................29
5.2 Sistema de Proteção de Curto circuito a terra em baixa tensão LIMITER.. ......31
5.3 Instrumentos de segurança para serviços em Eletricidade....................................32
5.3.1. Detector de alta tensão...............................................................................................32
5.3.2 Detector de alta tensão por contato..........................................................................33
5.3.3 Multi-uso Detectavolt................................................................................................33
5.4.4 Detector de fases.........................................................................................................34
5.5 Aparelhos de Medição Portáteis - Multímeros........................................................35
7

6 CONCLUSÃO.....................................................................................................................36
REFERÊNCIAS......................................................................................................................37

1 INTRODUÇÃO

O trabalho que dignifica o homem é o mesmo que pode gerar danos à integridade física do
trabalhador. Partindo dessa concepção, as organizações buscam, cada vez mais, conhecer e
aplicar práticas de Segurança do Trabalho e compatibilizá-las com a atividade laboral de seus
empregados.

A construção e manutenção de um ambiente de trabalho seguro e saudável não é uma tarefa


fácil, ela requer disciplina, dedicação, convencimento e capacitação técnica. Os riscos
associados ao exercício profissional possuem uma ampla variedade de agentes causais.
Antecipar, conhecer, avaliar e controlar esses riscos é obrigação legal do empregador e
compromisso dos profissionais especializados em segurança e saúde.

Uma maneira realmente eficaz de impedir o acidente é trabalhar com a prevenção,


conhecendo e controlando riscos, aí se encontra a importância da Segurança do Trabalho cujo
exercício ultrapassa o aspecto legal, culminando no aspecto social de zelar por vidas. Sob este
aspecto, o presente trabalho apresenta e discute os equipamentos e dispositivos utilizados
para o trabalho com eletricidade.

A importância da eletricidade para a sociedade é imensurável, pois, além de estar presente no


cotidiano das pessoas, tornou-se insumo básico nos processos de produção e condição
essencial para manter e elevar a qualidade de vida da população. Porém, há o lado adverso
desta tecnologia, haja vista que, os trabalhadores expostos a este tipo de atividade, sofrem
grandes riscos de acidentes, e em sua maioria: acidentes fatais.

Ao contrário de outros riscos, que são facilmente percebidos pelo homem, o risco com a
eletricidade é invisível, não sendo perceptível a olho nu. Devido a essa situação foi necessário
desenvolver uma série de equipamentos de segurança para garantir que estes acidentes não
ocorram, e normatizações do Poder Público para preservar os trabalhadores.
8

Cabe ao Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, regulamentar toda a Legislação referente


à Segurança do Trabalho, dentre esta legislação, destaca-se as Normas Regulamentadoras –
NR, que tratam de disposições de obediência obrigatória tanto pelas empresas privadas e pelas
públicas, como pelos órgãos públicos de administração direta e indireta, e ainda pelos órgãos
dos poderes legislativos e judiciário, que possuem empregados regidos pela consolidação das
leis do trabalho – CLT.

Esta obra procura mostrar os equipamentos e dispositivos de proteção individual e coletiva


existentes no mercado para prevenir acidentes, tanto na industria como no lar, bem como
apresentar as Normatizações aplicáveis.

1.1 Problema do Tema do Trabalho de Pesquisa

Demonstrar os equipamentos e dispositivos de segurança existentes no mercado para evitar


acidentes com equipamentos elétricos e trabalhadores.

1.2 Objetivo Geral

Conhecer os equipamentos de proteção individual e coletiva bem como equipamentos e


dispositivos para evitar acidentes no trabalho com eletricidade.

1.3 Objetivos Específicos

- Identificar os equipamentos de proteção individual e de proteção coletiva.


- Identificar o potencial de risco da eletricidade na vida do trabalhador.
- Conhecer as exigências da legislação como a NR-10.
- Conhecer sistemas de manutenção a fim de evitar acidentes com eletricidade.

1.4 Justificativa

- Verificar o nível de enquadramento das medidas adotadas pelas empresas quanto as


exigências da nova NR-10.
- Conhecer as atividades das empresas para adequação dentro da legislação.
- Conhecer as não conformidades entre as medidas adotadas e as exigidas pela NR-10
9

- Verificar se as exigências estão sendo eficazes para a redução do número de acidentes do


trabalho em sistemas elétricos.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Norma Regulamentadora dos Equipamentos de Segurança Individual

A Norma Regulamentadora nº 6 do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, considera


como Equipamento de Proteção Individual – EPI todo dispositivo individual, de fabricação
nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador.

Por essa norma, a empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI
adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes
circunstâncias:
a) Sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou
não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou
de doenças profissionais e do trabalho;
b) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
c) Para atender a situação de emergência. (BRASIL, 2001)

A recomendação ao empregador, quanto ao EPI adequado ao risco existente em determinada


atividade, é de competência, segundo a NR-06:
a) Do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho –
SESMT;
b) Da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, nas empresas desobrigadas de
manter o SESMT.

O EPI de fabricação nacional ou importado, só poderá ser colocado à venda, comercializado


ou utilizado, quando possuir o Certificado de Aprovação – CA, expedido pelo Ministério do
Trabalho e Emprego.
A NR-6 estabelece obrigatoriedades ao empregador relacionadas ao EPI, quais sejam:

a) Adquirir o tipo adequado à atividade do empregado;


b) Fornecer ao empregado somente EPI aprovado pelo MTE e de empresas
cadastradas no DNSST / MTA;
10

c) Treinar o trabalhador sobre o seu uso adequado;

d) Tornar obrigatório o seu uso;

e) Substituí-lo, imediatamente, quando danificado ou extraviado;

f) Responsabilizar-se pela sua higienização e manutenção periódica;

g) Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada no EPI. (BRASIL,


2001)

A responsabilidade do empregado, quanto ao EPI, segundo, ainda, a NR-06, é:

a) Usá-lo apenas para finalidade a que se destina;


b) Responsabilizar-se por sua guarda e conservação;

c) Comunicar ao empregador qualquer alteração que torne impróprio para uso.


(BRASIL, 2001)

2.2 Choque Elétrico

O choque elétrico é uma descarga de corrente elétrica que passa pelo corpo da pessoa e as
conseqüências podem ser mais ou menos graves, dependendo da corrente (intensidade,
resistência e voltagem) e do trajeto percorrido no corpo pela corrente, isto é, pode entrar em
um braço e sair pela perna ou entrar por um braço e sair no outro braço, nestes casos a lesão é
mais grave, pois atravessa diretamente o coração causando a parada cardíaca ou fibrilação que
consiste em aceleração do coração, queimaduras e até mesmo a morte, dependendo da
intensidade de corrente elétrica no momento do acidente e das condições físicas da pessoa.

2.3 Efeitos Causados por Acidentes com Eletricidade.

Acidentes envolvendo eletricidade são bastante comuns e, na maioria das vezes, facilmente
evitáveis. Os efeitos da corrente elétrica sobre o organismo dependem essencialmente da
intensidade e duração da corrente, do tipo (alternada ou contínua) e do caminho percorrido
pela mesma. Podem causar queimaduras simples e profundas, alterações cardíacas e
medulares, tromboses vasculares e contraturas musculares intensas, que podem levar a
fraturas, causar queda do operário após o contato com a corrente elétrica tornando os efeitos
mais sérios e até levando-o ao óbito.
11

2.4 Queimaduras Causadas por Choque Elétrico e Arco Voltaico

O arco elétrico é uma descarga elétrica que ocorre a partir de um ponto sob tensão entre fase e
fase ou entre fase e a terra, normalmente provocada pela proximidade excessiva de uma
estrutura metálica ou de uma pessoa, provocando o arco elétrico que produz graves
queimaduras no corpo humano, porque tanto o arco elétrico quanto ao choque elétrico, há
uma passagem de corrente entre dois pontos do corpo humano, estas queimaduras podem
atingir a pele, músculos, gorduras e até ossos, são mais graves, pois causam a desidratação do
corpo com o efeito de cozimento das células levando a pessoa à morte e na maioria das vezes
instantâneas.

2.5 Equipamentos Elétricos Aplicáveis na Industria

Uma industria emprega em suas instalações equipamentos de diversos tipos e versões como
motores, transformadores, painéis elétricos, inversores de freqüência para acionamento de
motores elétricos em geral, subestações, relés de proteção de corrente, relés de proteção a
terra, relés de proteção de tensão elétrica, chaves seccionadoras de contato tipo faca,
disjuntores de alta e baixa tensão, sensores, etc. Muitas vezes, os projetos são elaborados em
desacordo com as normas técnicas, os equipamentos mais antigos possuem tecnologias
ultrapassadas, sendo que, a união desses e outros fatores pode colocar a vida do trabalhador
nos serviços em eletricidade em risco.

2.6 Medidas de Controle do Risco Elétrico

De acordo com a NR-10, para todas as intervenções em instalações elétricas devem ser
adotadas medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais,
mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir a segurança e a saúde do trabalhador
como:
- Desenergizar os circuitos das instalações antes de liberação para o trabalho
- Seccionar os circuitos, bloqueando o religamento.
- Medir e constatar a ausência de tensão no circuito.
- Instalar aterramento temporário.
- Proteger os elementos energizados.
12

- Sinalizar para impedir a energização do circuito de alimentação do equipamento.

A medida mais eficiente no controle do risco é evitar que o acidente ocorra, para que isto
aconteça, a manutenção dos equipamentos deve ser constante e com eficiência, mas nem
sempre isto é suficiente, neste caso é necessária a implementação de equipamentos de
proteção individual e coletiva a fim de amenizar os efeitos causados pelos acidentes com
eletricidade.

3 DESCRIÇÃO DOS PRINCIPAIS EPI’s UTILIZADOS PARA O TRABALHO


COM ELETRICIDADE

3.1 Proteção para a cabeça

3.1.1 Capacete

Existem duas classes de capacetes:


- Classe A: capacete com aba total ou frontal, tipo boné ou jóquei, para uso geral, EXCETO
para o trabalho com energia elétrica.
- Classe B: capacete com aba total ou frontal, tipo boné ou jóquei, para uso geral,
INCLUSIVE para o trabalho com energia elétrica.

As classes são de três tipos:


Tipo I: capacete com aba total;
Tipo II: capacete com aba frontal;
Tipo III: capacete sem aba.

As exigências feitas para um capacete de classe B englobam todas as feitas para a classe A, e
a eles agrega exigências relativas ao isolamento dielétrico. Neste sentido, pode-se considerar
que a classe B engloba a classe A.

Capacetes de segurança (Figura 01) devem ser os mais confortáveis possíveis, este conforto
pode ser conseguido através de algumas variáveis:
13

            1. Coroa flexível;


            2. Tira de absorção de suor, facilmente removível e lavável;
            3. Suspensão de tecido,
            4. Jugular, carneira e coroa feitas de material não irritante.

Via de regra, os capacetes classe B, tem como matéria prima o polietileno de alta densidade
na fabricação dos seus cascos. O polietileno é um composto de combustão lenta, e é resistente
aos raios ultra-violetas, à ação da água, e possui alta resistência mecânica.

FIGURA 01: Capacete classe A/B

Ensaios Realizados Especificações


Tensão aplicada e Corrente O Capacete deverá suportar uma tensão
de Fuga (acreditado pelo alternada (valor eficaz a 60 Hz) por três minutos,
Inmetro e credenciado pelo com uma corrente máxima de fuga conforme
Ministério do Trabalho e especificado na norma de ensaio.
Emprego)

Rigidez Dielétrica O capecete deve suportar uma tensão alternada


Instrumento utilizado: de 30 kV (valor eficaz a 60 Hz) sem ocorrer
Hipot AC 60 kV, fabricação Serta, perfuração
Modelo ET4500CA
 
Quadro 01 Ensaios laboratoriais de acordo com a NBR 8221

3.1.2 Capuz:

Capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra riscos de origem térmica
14

Fig 02: Capuz


3.2 - EPI para proteção dos olhos e face

3.2.1 – Óculos

a) óculos de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;


b) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação ultra-violeta;
c) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação infra-vermelha;
d) óculos contra impacto

Proteção dos olhos do usuário contra impactos de partículas volantes frontais.


Requisitos necessários para segurança e conforto do usuário segundo a Norma ANSI
Z.87.1/1989 da American National Standards Institute (Instituto de Padrões Nacionais
Americanos):
 Armação em plástico rígido, colocada internamente aos óculos e com sistema
“flutuante” e barra de sobrancelhas.
 Ponte nasal “giratória” e macia.
 Sistema de ajuste nas laterais para regulagem de altura e profundidade.
 Hastes em material plástico maleável, tipo espátula, articulada através de pinos
metálicos reguláveis.
 A lente deve ser única em policarbonato de alto impacto e com camada de proteção
Ultra Dura – UD-. È aprovado pela Norma ANSI Z.87.1/1989 da American National
Standards Institute (Instituto de Padrões Nacionais Americanos).
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Figura 03- Óculos de Contra Impacto


Fonte: Power Wing

Cuidados a serem observados durante a utilização dos óculos contra impacto :


 A limpeza deve ser feita após cada uso.
 Devem ser limpos com pano macio umedecido com água morna e detergente neutro,
em seguida secar a temperatura ambiente.
 Pode ser usado pano especial para limpeza de óculos.
 Não use solventes, desengraxantes clorados (tal como tricloroetileno) ou abrasivos
para limpeza em nenhuma parte dos óculos.

3.2.2 Protetor facial

a) protetor facial de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade intensa.

3.3 Equipamentos de segurança em eletricidade para mãos

Para impedir a circulação de correntes elétricas que causariam danos físicos ou mesmo
representar risco à vida dos profissionais na manutenção de redes vivas, foram desenvolvidos
equipamentos de proteção individuais, especialmente para mãos, com materiais elastoméricos
naturais ou artificiais.

Elastômeros são polímeros com propriedades físicas parecidas com a borracha ou látex. São
produzidos por plantas como Hevea brasiliensis (seringueira brasileira), Parthenium
argentatun (Guayle cultivados na Argentina, Austrália e África) e Taraxacum offnale (Dente
de leão). Possuem uma forma complexa formada por lipídios, proteínas, poliisoprenóides,
isoprenóides e outras substâncias.
16

Elastômero sintético é produzido através de derivados do petróleo ou gás natural. Porém,


independente da fonte de matéria-prima, são adicionados ao elastômero carga mineral,
aceleradores, antioxidantes, e outros produtos para estabilização do material.

Os materiais com elastômero, como qualquer outro equipamento de segurança em


eletricidade, devem ser submetidos a vários ensaios elétricos como de resistividade, corrente
de fuga, descarga parcial, tensão residual, carga espacial, rigidez dielétrica e rigidez dielétrica
impulsiva.

Mesmo com todos os teste supracitados, atenção especial deve ser dada para os seguintes
defeitos no material em uso, que quando apresentados, comprometem a segurança:
 Buraco, rasgo, bolha, mancha por ação de químicos, furo ou corte;
 Rachaduras, sinais de queimaduras, afinamento de superfícies, trincas ou descosturas;
 Falta de elasticidade, dureza excessiva ou qualquer mudança de textura;
 Objeto estranho dentro;
 Qualquer outro defeito ou dano que possa danificar suas propriedades isolantes;

Porém, um problema verificado é que o elastômero pode causar reações alérgicas no


profissional, causando inchaço e dores de cabeça.

3.3.1 Luvas

A NBR 10622 fixa condições mínimas exigíveis para as luvas isolantes de borracha de
proteção contra choques elétricos que possam atingir os eletricistas quando em contato com
condutores ou equipamentos elétricos energizados.

A NBR 10624 padroniza dimensões de luvas isolantes para proteção contra descargas
elétricas que possam atingir os eletricistas quando em contato com condutores ou
equipamentos elétricos energizados.

TABELA 01
Classe de luvas
 Classe das luvas Tensão máxima de uso (V)
17

corrente contínua corrente alterada


0 750 500
0 1500 1000
1 11250 7500
2 25500 17000
3 39750 26500
4 54000 36000
Fonte: NBR 10622

A fabricação das luvas deve ser de forma que produza um acabamento uniforme e sem
emendas e com as superfícies desprovidas de irregularidades.

Inspeções Problemas
Inspeção visual Superfícies internas e externas
desprovidas de regularidades

Insulflar ar nas luvas Furos ou rasgos principalmente


Manualmente ou com nos dedos indicadores e polegar
dispositivo adequado  
Quadro 02: Inspeções a serem realizadas nas luvas e
problemas encontrados pelos próprios funcionários.

Ensaios Realizados Especificações


Ensaio dimensional ou ensaio com As dimenões devem atender as espessuras, tamanhos e
rastreabilidde comprimentos especificados na norma.

Inspeção visual com insulflador Considerados como não prejudiciais as irregularidades


penumático presentes no cano da luva, nas condições que se esticar
o material, a irregularidade tende a desaparecer; e ao ser
dobrada, pemanece no mesmo lugr

Ensaio de tensão aplicada A luva deverá suportar a tensão nominal alternada de


acordo com sua classe durante três minutos, com uma
  corrente de fuga.
Quadro 03: Ensaios laboratoriais de acordo com a NBR 10.622

Há no mercado luvas fabricadas pelo processo de múltipla imersão. Apenas as primeiras


séries de imersão são em solução de borracha amarela, seguidas de imersões de acabamento
preto. O interior amarelo ajuda a evitar uma inversão da luva no uso ou no armazenamento, o
18

que facilita a higienização, e quando ocorre um dano físico por corte ou risco, o interior
amarelo aparecerá como advertência.

3.3.1.1 Luvas de segurança alta tensão

São luvas confeccionadas em borracha de resistência (como elastômeros). Quando


corretamente utilizada oferece proteção contra choques elétricos, queimaduras e lesões sérias.

São fornecidas para baixa voltagem (classe 0,0 e 0) e para as voltagens de teste 10,20,30 e 40
kv (classes 1,2,3 e 4).

Cuidados a serem observados durante a utilização das luvas de segurança alta tensão:
 As mãos devem estar limpas e secas antes de calçar as luvas.
 Nunca deve ser utilizado junto às luvas anéis, relógios e objetos afiados.
 Se algum sinal de dano físico ou deterioração for observado, como inchamento,
amolecimento, endurecimento, pegajosidade, deterioração por ação de ozônio ou luz
solar, as luvas não devem ser utilizadas.
 Devem ser armazenadas na embalagem protetora quando não estiverem sendo utilizadas
e afastadas da irradiação de qualquer fonte de calor.

Figura 04- Luva de segurança de alta tensão


Fonte:Duráveis Equipamentos de Segurança Ltda

3.3.1.2 Luva de cobertura (alta tensão)

As luvas isolantes de borracha devem ser usadas sempre com luvas protetoras de couro. Estas
luvas são confeccionadas em vaqueta de couro bovino na palma, dorso e dedos, com tira de
ajuste no dorso, fechamento em fivela de plásticos e punho em raspa. É uma proteção para as
mãos contra agentes abrasivos e escoriantes.
19

Figura 05- Luva de cobertura


Fonte: Campro Equipamentos de Proteção Individual
Cuidados a serem observados durante a utilização das luvas de segurança alta tensão:
 As mãos dever estar limpas e secas antes de calçar as luvas.
 Nunca use as luvas molhadas.
 As luvas devem ser inspecionadas visualmente antes da utilização na parte interior e
superfície externa.
 Ao final das atividades, guarde-a em local adequado, distante da umidade e longe de
substâncias agressivas e intempéries.

3.3.2 Manga

A manga de segurança (FIGURA 6) é utilizada para proteção do braço e do antebraço contra


choques elétricos;

Fig 06: Manga

3.4 Equipamentos de segurança em eletricidade para pés


20

Para os pés, o equipamento utilizado são calçados confeccionados com tecnologia suficiente
para ser além de protetor para descarga elétrica, um bom calçado. As capas protetoras são
feitas de fibra de vidro e Epoxy suportanto até 50 kv.
Deve ser em couro, colarinho acolchoado, solado em poliuretano bidensidade, isolante
térmico, biqueira frontal em material resinado termoconformado com espessura mínima de
1,3 mm de alta resistência mecânica e térmica.

3.4.1 Calçados de segurança em eletricidade

A Proteção dos pés do usuário deve ser utilizada obrigatoriamente nos trabalhos de campo.

Os cuidados a serem observados durante a utilização dos calçados de segurança em


eletricidade, são os seguintes:
 Por se tratar de um calçado de fabricação rústica, procure sempre fazer uso de meias de
algodão.
 Deve estar sempre limpo. Antes de subir em torres, certificar se o solado não está
impregnado de óleo ou graxa.
 A sujeira acumulada dever ser removida periodicamente com pano levemente úmido.
Deve-se aguardar a secagem e aplicar produto de engraxe.
 Não pode ser seco e armazenado próximo a fontes de calor. Altas temperaturas afetam
negativamente o couro, endurecendo-o e favorecendo sua quebra devido à perda de
flexibilidade e elasticidade.

3.4.1.1 Calçados de proteção solado isolante

Utilizado em caso de contato acidental com circuitos abertos até 600Vac sob condições secas.
Norma utilizada NBR 12576 – calçado de proteção- Determinação da resistência do solado à
passagem da Corrente Elétrica, e à norma norte americana ANSI Z-14 Proteção de sapatos da
OSHA – Occupational Safety and Health Administration (Segurança Ocupacional e
Administração de Saúde).

Ensaios Realizados Especificações


Tensão aplicada e corrente de fuga O Calçado deverá suportar a tensão nominal de 14 kv
21

(acreditado pelo Inmetro e credenciado alternada durante um minuto. A corrente de fuga na


pelo Ministério do Trabalho e Emprego) elevação de tensão e durante a aplicação de 14 kv
  alternada, não deverá exceder 0.5 mA.
Quadro 04: Ensaios laboratoriais de acordo com a NBR 12576 e ANSI Z-14 OSHA

3.4.1.2 Calçados de proteção solado condutivo

Utilizado para as seguintes proteções:


 Proteção tipo 1: onde há acumulo para onde há acúmulo de eletricidade estática.
 Proteção tipo 2: proteção contra choque elétrico devido à entrada e saída de linha
energizada.

A Norma utilizada é a norma norte americana ANSI Z-14 Proteção de sapatos da OSHA.
Ensaios Realizados Especificações
Resistência ôhmica do salto e do solado Calçado para proteção tipo 1: resistência entre
(acreditado pelo Inmetro e credenciado pelo 25.000 e 500.000 ohms.
Ministério do Trabalho e Emprego. Calçado para proteção tipo 2: resistência máxima de
  10.000 ohms.
Quadro 05: Ensaios laboratoriais de acordo com a ANSI Z-14 OSHA

3.5 Vestimenta Anti-Chamas para Eletricistas

A nova NR-10 – Segurança em Instalações Elétricas e Serviços em Eletricidade, publicada


pela Portaria 598 do MTE de 08 de dezembro de 2004, trouxe como uma das principais
inovações a obrigatoriedade da utilização de vestimentas de proteção ao risco de arco elétrico,
conforme item 10.2.9.2. “As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades,
devendo contemplar a condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas”.
(210.023-1VI=4).

A norma define também no item 10.1.2. “Esta NR se aplica às fases de geração, transmissão,
distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação,
manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades,
observando-se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes, na
ausência ou omissão destas, as normas internacionais cabíveis”. Como no Brasil não tem uma
norma específica, deve-se utilizar Norma Internacional, sendo a NFPA 70E (National Fire
Protection Association) a norma de referencia mais utilizada para vestimentas para
eletricistas.
22

A especificação da roupa anti-chama deve atender requisitos de segurança como a categoria


do risco e a capacidade de proteção da roupa através do Valor de Desempenho Térmico do
Arco –ATPV como mostra a tabela abaixo.

Categoria do Risco Descrição da Roupa ATPV min em Cak/c m2


0 Uma camada de algodão comum 0 a 1,2 Cal/cm2
1 Camisa e calça resistente a chamas, 1 camada 1,2 a 4,0 cal/cm2
2 Camisa de algodão + conjunto resistente a chamas 4,1 a 8,0 cal/cm2
Camisa de algodão + conjunto resistente a chamas + capa
3 múltiplas camadas 8,1 a 25 Cal/cm2
Quadro 06: Quadro Para Especificar Vestimenta Quanto ao Grau de Risco

Protege contra choque elétrico devido à entrada e saída da linha energizada. O usuário
também deve ter proteção em operações em que exista risco de contaminação com soluções
químicas líquidas, tóxicas ou alergênicas e partículas secas e úmidas. A norma utilizada para
ensaios de laboratório é a CEI/IEC - International Electrotechnical Commission -60895
(Comissão Eletrotécnica Internacional).

Ensaios realizados Especificações


Blindagem Eletrostática Fator de Blindagem maior ou igual a 99%
(acreditado pelo Ministério do Trabalho e
Emprego)
 
Quadro 07: Ensaios laboratoriais de acordo com a CEI/IEC 60895
23

Figura 07- Vestimenta Condutiva


Fonte: Ritz do Brasil

3.6 EPI para proteção contra quedas com diferença de nível

3.6.1 - Dispositivo trava-queda


O Dispositivo trava-queda de segurança serve para proteção do usuário contra quedas em
operações com movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado com cinturão de
segurança para proteção contra quedas.

3.6.2 – Cinturão

Trata-se de um cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda em


trabalhos em altura;

3.6.3 – Cinto pára-quedista

Cinto Paraquedista (FIGURA 08) é composto por um cinturão abdominal (FIGURA 12)
acoplado ao cinto. Possui composição em poliester, é composto de 3 pontos de ancoragem
sendo uma frontal, uma dorsal e duas laterais.  Apresenta fivelas para encaixe de ferramentas.
A resistência do cinto é de aproximadamente: 1500 Dah. Seu peso aproximado é de 1,34 Kg.  

A abertura de sua cintura varia entre 80 a 120 cm.  É um equipamento de fácil ajuste com
regulagem nas pernas.
24

Figura 08: Cinto pára-quedista Figura 09: Cinturão abdominal

3.6.4 Cadeira para trabalho em altura

A cadeira (FIGURA 10) é um produto desenvolvido para complementar a linha de


equipamentos segurança. Tem como Principais Características:
 Possui dupla trava automática, sendo 1 trava quedas da própria cadeira e 1 trava
automática na manivela dispensando acionamento de freio manual.
 Cabo de aço galvinizado de 48 mm, passante pelo sistema de engrenagens.
 Fácil movimentação e manuseio.
 Assento anatômico com proteção lateral, e suporte para colocação de ferramentas.
 Resistência de 1060 Kg.
 Possui peso aproximado de 18 Kg.

Figura 10: Cadeira para trabalho em altura


25

4 Dispositivos Auxiliares de Segurança para execução de trabalhos com eletricidade

4.1 Mantas anti-estáticas

São utilizadas principalmente pelos técnicos que dão manutenção nos cabos de alta voltagem
devido a sua forma cria uma barreira isolante entre o trabalhador e a eletricidade,
possibilitando grande mobilidade e isolamento do técnico.

Figura 11: Mantas anti-estáticas

4.2 Mantas Bipartidas (com entalhe).

Este tipo de manta Isolante foi desenhado para aumentar a versatilidade e flexibilidade . O
desenho bipartido é ideal para cobrir pinos de montagem, cruzetas com isoladores ou em
qualquer lugar onde um cabo, pino ou proteção interfere na colocação correta de um
equipamento de cobertura. 

Figura12: Mantas Bipartidas


26

4.3 Mantas "ZIP-ON" 

A cobertura de equipamentos energizados torna-se simples com este tipo de manta isolante
pois sua flexibilidade permite uma aplicação rápida e fácil através da fixação segura do
velcro. As Mantas estilo "ZIP-ON" podem ser usadas para coberturas aéreas e subterrânea,
dando uma barreira protetora para os eletricistas. 
As mantas de baixa voltagem são feitas de borracha natural, enquanto as mantas de alta tensão
são SALCOR tipo II. 

Figura 13: Mantas zip-one

4.4 Varas e bastões

Varas Telescópicas construídas de Fibra de Vidro. As varas telescópicas são construídas em


secções FRP tubulares enchidas com espuma e vazadas, são utilizadas para manuseio de fios
energizados, não conduzindo a eletricidade ao trabalhador.
27

Figura 14:Varas Universal Telescópicas modelo Standard.

4.5 Bastões Pega-Tudo com acionamento externo e interno  

O Bastão Pega-Tudo de acionamento externo são feitos de fibra de vidro com enchimento de
espuma, fabricado e testado de acordo com a norma ASTM F711 e NBR. A vara de
acionamento do gancho é montada na parte externa do bastão, para que possa ser facilmente
limpo antes do uso. 

Figura 15: Bastões pega-tudo

4.6 Cabos tipo Alavanca 

Com garras de corte cizelante, o cortador reforçado corta materiais semi-duros e moldes até
1/2" e materiais duros até 3/8”.   O cortador "Tie Wire Cutter" é primeiramente usado para
cortar arames de amarração tipo pré-formada e condutores em cobre ou alumínio. 

Fig 16: Cabo tipo-alavanca


28

4. 7 Coberturas Flexíveis para Cabos Energizados  

Coberturas para as linhas de eletricidade provaram ser o equipamento mais seguro para a
proteção dos eletricistas contra toques acidentais em linhas energizadas. Hoje em dia, as
coberturas para linhas e outras coberturas são consideradas como equipamento indispensável
para a proteção dos eletricistas.

Figura 17: Coberturas flexíveis

4.8 Cobertura Protetora para Rede de Distribuição (entre galhos de árvores)  

O isolamento pode ser usado de forma permanente ou provisória, onde for necessário este tipo
de proteção flexível e à prova d’água. Feito com material Salcor, é próprio para o campo.

Resiste a ozona/corona e ultra violeta, mesmo em baixas temperaturas.  

Figura 18: Cobertura protetora

4.9 Cobertura para Postes (Capotões) 


29

Utilizada para minimizar vazamentos de corrente, as coberturas para postes são em material
termoplástico.

Figura 19: Cobertura para postes

4.10 Cobertura para Chave Faca 

Construída em material termoplástico, máxima voltagem usada: 35 kv ou 20 kv no chão 

Figura 20: Cobertura para chave-faca


30

5 EQUIPAMENTOS E SISTEMAS DE PROTEÇÃO ELÉTRICA

5.1 Análise Termográfica de Sistemas Elétricos

É a técnica de medição de temperatura sem contato físico, através da radiação infravermelha


emitida pelos corpos, possibilitando a formação de imagens térmicas, denominadas
termogramas, o aparelho que realiza esta medição é o Thermovisor

Características de um Aparelho Thermovisor da Flir Systems:


Thermovisor ThermaCAMTM-E25, de fabricação da Flir Systems, com faixa de medição de
-20 a +900 Graus Celsius, precisão de mais ou menos 2% da leitura, monitor 2,5”
policromático cores 16 bits, resolução 160 X 120 pixels, classe de isolamento IP 54, peso 0,7
Kg.

Os serviços de Inspeção Termográfica nas instalações elétricas visam detectar, quantificar e


apontar falhas por sobreaquecimento em conexões e equipamentos elétricos através da
radiação infravermelha emitida pelos componentes, com formação de imagens térmicas
denominadas “Termogramas” e auxiliar na prevenção de falhas e interrupções dos processos
produtivos, acidentes com pessoal e equipamentos.

Das aplicações da termografia, a mais difundida é a inspeção de redes e sistemas elétricos em


geral. A ocorrência de falhas na rede de transmissão, distribuição e sistemas elétricos, causa
interrupção no fornecimento de energia elétrica, provocando graves problemas á produção e
todo sistema.

A detecção de um componente defeituoso baseia-se na elevação de sua temperatura, em


função de um aumento anormal de sua resistência ôhmica, devido a ocorrência de oxidação,
corrosão ou deficiência de contato. Desta forma, um componente defeituoso se apresenta
como um ponto quente em comparação com o ambiente ou outros componentes
de maior demanda, quando os pontos deficientes da rede ou sistema elétrico tornam-se mais
evidentes.
31

Os componentes mais freqüentemente inspecionados são: conectores, chaves seccionadoras,


reatores, indutores, redes de distribuição e transmissão, barramentos, fusíveis, disjuntores,
banco de capacitores e resistores, transformadores, contatores, cabos, muflas e painéis
elétricos em geral, na baixa, média e alta tensão.
Além dos sistemas elétricos, podem ser inspecionados fornos, caldeiras, tubulações e mancais.

A análise termográfica é um sistema de manutenção preditiva que todo engenheiro de


segurança deve cobrar do setor de manutenção da empresa para que seja realizada pelo menos
duas vezes ao ano a fim de diminuir os riscos e probabilidade de ocorrer um arco elétrico
durante uma intervenção pelo operador de manutenção

Figura 21: Foto retirada por um Thermovisor e máquina digital comum


Fonte: Arquivo Técnico Belgo Mineira Bekaert
5.2 Sistema de Proteção de Curto Circuito a Terra em baixa Tensão LIMITER

O curto fase-terra pode ocorrer de forma franca (sem arco) onde o nível é extremamente
elevado ou através de arco elétrico, em um nível mais reduzido porém de alta energia, em
ambos o poder de destruição é muito grande. Em curto com arco o risco de incêndio é muito
alto.

É comum acontecer acidentes pessoais em eventos de manutenção em painéis elétricos


através de curto fase terra provocado acidentalmente, causando explosão com ejeção de gases
quentes e fragmentos metálicos do painel.
32

O sistema LIMITER é de tecnologia desenvolvida pela SENIOR ENGENHARIA, e consiste


em um conjunto de equipamentos que limita a corrente de falta à terra em sistemas de baixa
tensão e consiste basicamente em instalação de resistor de alto valor entre o neutro do
transformador de potencia e o sistema de aterramento.

Ocorrendo um curto-circuito entre uma das fases e a terra, a corrente passa a circular pelo
neutro do transformador limitada através dos resistores em baixo valor, o arco elétrico só
acontece se um segunda fase entrar em contato com o terra.

Vantagens:
- Evita a parada do equipamento durante a ocorrência do evento.
- Evita o arco elétrico
- Evita acidentes pessoais
- Evita perda de equipamentos por explosões

Desvantagens:
- Interfere no funcionamento de circuitos monofásicos.
33

TRANSFORMADOR

RESISTOR R

TERRA

Figura 22: Representação do resistor ligado entre o neutro do transformador e a terra

5.3 Instrumentos De Segurança para Serviços em Eletricidade

5.3.1 Detector de alta Tensão

Detector de alta tensão por aproximação (FIGURA 3), para tensões de1kV a 800kV,
indicação de tensão através de sinal sonoro e luminoso.
Alimentação: 1(uma) bateria alcalina de 9V.
Teste de funcionamento incorporado ao aparelho
.Modelos disponíveis:
Ref.: H-1990-ST-138 - para tensões de 1 kV a 138 kV. Marca Hitz
Ref.: H-1990-ST-800 - para tensões de1 kV a 800 kV. Marca Hitz
34

Figura 23: Detector de alta tensão –


Fonte: Hitz do Brasil

5.3.2 Detector de alta tensão por contato

Detector de alta tensão por contato (FIGURA 4), para tensões de 1kV a 170 kV, indicação de
tensão através de sinal sonoro e luminoso Alimentação: 1 (uma) bateria alcalina de 9V.
Teste de funcionamento incorporado ao aparelho.
Modelos disponíveis:
* Ref.: CT 5-15 - 05 a 15kV Ref.: CT 1-20 - 1 a 20kV, Marca Hitz
* Ref.: CT 12-36 - 12 a 36kV Ref.: CT 5-35 - 5 a 35kV, Marca Hitz
* Ref.: CT 60-170 - 60 a 170kV Ref.: CT 20-70 - 20 a 70kV, Marca Hitz
(*Conforme norma IEC-1243)

Figura 24: Detector de alta tensão por contato


Fonte: Hitz do Brasil

5.3.3 Multi-uso detectavolt

Detectores de tensão por aproximação para tensões a partir de 110V (Multi-uso) e 1kV
(Detectavolt) a 15kV (FIGURA 5) , indicação de tensão através de sinal sonoro e luminoso.
35

Alimentação: 1 (uma) bateria alcalina de 9 V. Teste de funcionamento incorporado ao


aparelho.
Modelos disponíveis:
Detectavolt - Ref.: DTV-15, Marca Hitz
Multi-uso - Ref.: DMU-15, Marca Hitz

Figura 25: Multi-uso Detectavolt, marca Hitz


Fonte: Hitz do Brasil

5.4.4 Detector de fases

O Detector de fases (FIGURA 6) serve como indicador de presença de tensão elétrica em


condutores nús, energizados, através de sinais luminosos diferenciados, que identificam a
faixa de tensão, sem utilização de chave seletora.
Atua na faixa de 20 a 600 V ou > (maior que) 600 V.
Alimentação: 2 pilhas tamanho AA, 1,5v.

Figura 26: Detector de fases


36

5.5 Aparelhos de Medição Portáteis – Multímetros

No item 10.4.3 na NR-10,”Nos Locais de trabalho só podem ser utilizados equipamentos,


dispositivos e ferramentas elétricas compatíveis com a instalação elétrica existente,
preservando-se as características de proteção, respeitadas as recomendações do fabricante e
as influencias externas.(C = 210.044-4/I = 3)

A especificação de multímetros é baseada em normas internacionais, a Comissão


Eletrotécnica Internacional – IEC é a referencia mais utilizada para este fim e que desenvolve
padrões gerais internacionais para segurança de equipamentos elétricos de uso em laboratório,
controle e medição. O mais atual padrão editado pela IEC é o 61010 que especifica categorias
de sobretensão para um sistema elétrico de distribuição baseado na distância a partir da fonte
de energia e na propagação natural de energia de transientes à medida que esta percorre o
sistema. Assim na medida em que o eletricista se aproxima da fonte de energia, ele entra
numa área de classificação de categoria mais alta, e um nível maior de proteção ao usuário do
seu equipamento de teste será necessário.

Regiões de Energia proposta pela IEC1010-1 para multímetros digitais:


CAT I – Aparelhos para trabalhos em laboratórios eletrônicos, a níveis de sinais elétricos
onde o risco de arco elétrico e explosão do aparelho é muito pequeno.
CAT II – Aparelhos para trabalhos em eletrodomésticos, ferramentas portáteis e cargas
monofásicas, onde os circuitos estão mais distantes da fonte de energia.
CAT III - Aparelhos para trabalhos em sistemas de distribuição trifásica, sistemas de
iluminação predial, e dispositivos de painel de distribuição.
CAT IV - Aparelhos destinados aos trabalhos mais próximos da fonte de energia como três
fases de conexão de utilidades, medidores de eletricidade, entradas externas e de serviços.

A categoria dos aparelhos significa que foram construídos para oferecer segurança ao
operador nos trabalhos em regiões indicadas pela norma, a diferença entre uma categoria e
outra está relacionada na construção do aparelho como , isolamento, componentes, distância
entre filetes na placa de circuito impresso, etc.
37

6 CONCLUSÃO

Cabe a Engenheiro de Segurança do Trabalho conhecer detalhadamente o sistema que


envolve a eletricidade em sua empresa, para desta forma antecipar o risco e cobrar das
equipes de manutenção elétrica, um plano eficaz de manutenção, que seja mantido e
realizado em sua íntegra. Avaliando os riscos ao quais os empregados estarão expostos,
poderão ser fornecidos os equipamentos de proteção individual EPI, porém, não basta dar o
EPI para o empregado, só isto não garante a sua segurança é preciso conscientização dos
riscos oferecidos pelo trabalho com energia elétrica.

O presente trabalho trouxe a oportunidade de conhecer os equipamentos de segurança em


eletricidade e os sistemas de manutenção que ajudam a prevenir acidentes com eletricidade e
garantir a saúde do trabalhador. Concluímos que os conhecimentos adquiridos serão muito
úteis para a nossa vida como engenheiros de segurança do trabalho.
38

REFERÊNCIAS

PEREIRA, Joaquim Gomes, Chefe dos Auditores Fiscais DRT-SP, Eng. Eletricista e de
Segurança no Trabalho, Coordenador do GTT da NR-10 e Docente de Cursos de Engenharia
de Segurança no Trabalho , em Entrevista Concedida à Protenge,
http://www.protenge.com.br/-Acesso em 30/04/2007.

FRANÇA, João Luiz, Nova NR 10- Curso Básico: Segurança em Instalações e Serviços
em Eletricidade, Revisão: 05, Belo Horizonte-2005
Belgo Mineira Bekaert – BMB, Arquivo Técnico do Setor de Engenharia e Manutenção,
Vespasino. 2007.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. NR-10 de 08/12/2004. Dispõe sobre


Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade.

ANSI Z 87.1.1989 da American National Standards Institute. Disponível parcialmente em:


http://www.ansi.org. Acesso em 15 maio 2007.

ANSI Z-14 Protective Footwear (Proteção de sapatos) da OSHA – Occupational Safety and
Health Administration (Segurança Ocupacional e Administração de Saúde). Parcialmente
disponível em: http://www.osha.gov. Acesso em: 13 maio 2007.

Campro. Equipamento de Proteção Individual http://www.campro.com.br Acesso 15 maio


2007.

CEI/IEC 60895 da International Electrotechnical Commission (Comissão Eletrotécnica


Internacional. Disponível em: http://www.iec.ch. Acesso em 15 maio 2007.

Duráveis Equipamentos de Segurança Ltda http://www.duraveis.com.br. Acesso 15 maio


2007.

Ensaio de Equipamentos de Segurança. Disponível no site da Eletronorte:


http://www.eln.gov.br. Acesso em 12 maio 2007.

Manual de equipamento de proteção individual Telemig Celular. Disponível em:


http://www.telemigcelular.com.br. Acesso em 13 maio 2007

Manual de Instruções Técnicas COPEL disponível em: http://www.copel.com. Acesso em: 14


maio 2007.

MSA do Brasil http://www.msanet.com. Acesso em 15 maio 2007

NBR 10622- luvas isolantes de borracha. Disponível parcialmente em:


http://www.abnt.org.br. Acesso em: 12 maio 2077.

NBR 8221- capacetes de segurança para uso na indústria e especificação. Disponível


parcialmente em: http://www.abnt.org.br. Acesso em 12 maio 2007.
Power Wing http://www.powerwing.com.br. Acesso em 15 maio 2007
Ritz do Brasil http://www.ritzbrasil.com.br. Acesso em 15 maio 2007

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