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Para tanto, através da fundação de instituições de ensino – como, de acordo com o exemplo do
autor, a Universidade de São Paulo (USP) – controla-se a camada intelectual da sociedade produzindo
conteúdo dentro dos interesses da elite a fim de veiculá-los em equipamentos midiáticos que também
existem sob o controle dela – a exemplo da Globo (O Globo, emissora etc.) sob tutela da Família
Marinho, ou a Folha de São Paulo, Estadão etc.
Assim, a elite controla um processo completo capaz de alienar e manipular informações ao seu
favor, de acordo com a lógica de Jessé.
A análise não é só válida como atemporal em todo o panorama histórico brasileiro. O Brasil foi
construído, historicamente, em cima de pilares que mantenham os privilégios das classes mais abastadas –
talvez por uma herança histórica do ideário colonial, do uso das terras por países
imperialistas/monarquistas etc. Assim, Jessé calca suas opiniões em argumentos fortemente embasados e
que permitem uma análise mais crítica da sociedade contemporânea brasileira.
Olhando, para tanto, o cenário atual a partir da crítica de Jessé, percebe-se a influência dos
veículos de comunicação nas políticas do país que “protegem” as elites. Desde a Diretas Já, na qual a
Rede Globo foi um pivô importante da manutenção da opinião pública, até atualmente, com a
disseminação de “fake news” que manchem as imagens de determinados segmentos políticos em prol de
uma ideologia populista que, por trás, mantém a estrutura econômica atual, não democratizando o acesso
à informação, à cultura, à educação, privando a sociedade de um pensamento autônomo, mantendo um
pensamento uno orientado pela elite.
Portanto, a elite não faz só a classe média de tola; o faz a todas as classes.