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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

ESCOLA DE ARTES E ARQUITETURA


ARQUITETURA E URBANISMO
TEOLOGIA, CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
ALUNA: SARA CARMO CONCEIÇÃO

ATIVIDADE 02: A ELITE FAZ A CLASSE MÉDIA DE TOLA?


A fala de Jessé de Sousa se embasa em fatos históricos para criar uma tese própria que sustenta
um controle dos meios midiáticos e, por consequência, da informação veiculada e de suas implicações na
sociedade, pela elite monetária da sociedade brasileira a fim de manipular e alienar a classe média,
sustentando-a como “tola”.

Para tanto, através da fundação de instituições de ensino – como, de acordo com o exemplo do
autor, a Universidade de São Paulo (USP) – controla-se a camada intelectual da sociedade produzindo
conteúdo dentro dos interesses da elite a fim de veiculá-los em equipamentos midiáticos que também
existem sob o controle dela – a exemplo da Globo (O Globo, emissora etc.) sob tutela da Família
Marinho, ou a Folha de São Paulo, Estadão etc.

Assim, a elite controla um processo completo capaz de alienar e manipular informações ao seu
favor, de acordo com a lógica de Jessé.

O processo é lógico e completo; e é de interesse da nata econômica manter seus benefícios


conquistados dentro de um sistema capitalista corrupto como o implantado no Brasil. No entanto, por se
tratar de uma minoria – quantitativa – a elite necessita das movimentações de massa para a manutenção
de um status quo que corrobore com suas vontades e estados. A classe média, ao se colocar em uma
posição acrítica frente às informações veiculadas, corre o risco de passar por um processo de alienação a
fim de se transformar em uma massa de manobra política da elite. Para Jessé, aparenta-se que a classe
média já se faz completamente alienada pela elite brasileira.

A análise não é só válida como atemporal em todo o panorama histórico brasileiro. O Brasil foi
construído, historicamente, em cima de pilares que mantenham os privilégios das classes mais abastadas –
talvez por uma herança histórica do ideário colonial, do uso das terras por países
imperialistas/monarquistas etc. Assim, Jessé calca suas opiniões em argumentos fortemente embasados e
que permitem uma análise mais crítica da sociedade contemporânea brasileira.

Olhando, para tanto, o cenário atual a partir da crítica de Jessé, percebe-se a influência dos
veículos de comunicação nas políticas do país que “protegem” as elites. Desde a Diretas Já, na qual a
Rede Globo foi um pivô importante da manutenção da opinião pública, até atualmente, com a
disseminação de “fake news” que manchem as imagens de determinados segmentos políticos em prol de
uma ideologia populista que, por trás, mantém a estrutura econômica atual, não democratizando o acesso
à informação, à cultura, à educação, privando a sociedade de um pensamento autônomo, mantendo um
pensamento uno orientado pela elite.
Portanto, a elite não faz só a classe média de tola; o faz a todas as classes.

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