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Índice
I. Anotações da aula
II. Lousas
I. ANOTAÇÕES DA AULA
1931 – Edmund Mezger – “Ratio essendi” ou teoria da identidade: Tipicidade compreendida como essência
da ilicitude.
Por isso, quem adota essa teoria falam em injusto penal = fato típico e ilícito. Teoria não aceita no
Brasil.
Para essa teoria as excludentes de ilicitude funcionam como elementos negativos do tipo.
Eugenio Raúl Zaffaroni – Ele trabalha com a ideia de antinormatividade. A tipicidade conglobante é
aquela que engloba, abrange a antinormatividade. De uma forma muito simples, para falar em tipicidade
em direito penal, não basta que haja a violação da norma penal (tipo penal), o agente deverá transgredir
o ordenamento jurídico como um todo.
Resume-se na fórmula: tipicidade conglobante: tipicidade convencional + antinormatividade.
Ele antecipa a análise da ilicitude.
ADEQUAÇÃO TÍPICA
Espécies:
- Imediata ou de subordinação imediata: o fato se amolda diretamente ao tipo penal. Não há
necessidade de utilização de nenhuma outra norma.
- Mediata ou de subordinação mediata, ampliada ou por extensão: o fato não se encaixa
diretamente no tipo penal. É necessário utilizar uma outra norma, uma norma de
extensão ou complementar da tipicidade.
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Normas de extensão da tipicidade:
- art. 14, II – tentative – norma de extensão temporal (porque permite a aplicação da lei penal a
um momento anterior a consumação).
- art. 29, “caput” – participação – norma de extensão pessoal (porque permite a aplicação da lei
penal à pessoas diversas dos autores).
- art. 13, §2º - omissão penalmente relevante - norma de extensão de ampliação da conduta
(porque aquela conduta que só era praticada por ação, passa também a ser praticada por
omissão).
CULPABILIDADE
Natureza Jurídica:
Conceito:
“Juízo de reprovabilidade”, juízo de censura sobre a formação e a manifestação da vontade do agente.
Coculpabilidade
(Zaffaroni)
Culpabilidade:
- Agente
- Família, sociedade ou do Estado.
Essa teoria não tem previsão legal, mas pra quem a admite, ela funciona como uma atenuante inominada
(art. 66 do CP).
2 perspectivas fundamentais:
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1ª – Identificação crítica da seletividade do sistema penal e a incriminação da vulnerabilidade: o direito
penal escolhe exatamente as pessoas mais frágeis para punir.
2ª – Reprovabilidade mais acentuada nos crimes praticados por pessoas dotadas de elevado poder
econômico.
A Coculpabilidade às avessas não pode ser usada como agravante, por ausência de previsão legal.
- Imputabilidade
- Potencial consciência da ilicitude
- Exigibilidadede conduta diversa
O que muda aqui é o tratamento jurídico das descriminantes putativas. A estrutura da culpabilidade é
exatamente a mesma.
Imputabilidade
O CP não define a imputabilidade penal, mas sim a falta da imputabilidade. Mas do conceito de
inimputabilidade, podemos chegar a inimputabilidade.
Elementos:
Inimputabilidade
Causas:
a) - Menoridade
b) - Doença mental
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c) - Des. Mental incompleto
d) - Des. Mental retardado
e) - Embriaguez completa, fortuita ou acidental.
a) Biológico: é inimputável todo aquele que não tem a plena capacidade/desenvolvimento mental.
b) Psicológico: aquele que no momento da conduta apresenta alguma alteração de comportamento. Ele
não precisa ter nenhuma enfermidade/anomalia mental.
c) Biopsicológico: ele representa a fusão dos dois sistemas anteriores. É inimputável quem apresenta
alguma enfermidade mental e, em razão desse problema mental, ela apresenta uma alteração de
comportamento.
No Brasil, o sistema Biopsicológico é a regra geral, prevista no art. 26, “caput”, CP. No entanto, o Brasil
adota o sistema Biológico, no tocando aos menores de 18 anos. E mais, o Brasil também adota o sistema
Psicológico para a embriaguez completa, fortuita ou acidental.
a) Menoridade
Para os maiores de 18 anos existe uma presunção absoluta (“iuris er de iure”) de inimputabilidade. Não
cabe prova em sentido contrário.
b) Doença mental
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A expressão “doença mental” deve ser interpretada em sentido amplo para abranger qualquer
enfermidade, congênita ou adquirida, permanente ou transitória, que retira do agente a capacidade de
entendimento e de autodeterminação. Ex.: delírio febril dos pneumônicos.
O doente mental que pratica um crime durante um intervalo de lucidez será tratado como imputável
(Sistema Biopsicológico).
Surdo Mudo
Indígena
Perícia Médica:
É a prova em contrário.
Efeitos da inimputabilidade:
- Menores de 18 anos – ECA
- Demais inimputáveis – Justiça Penal
Sentença absolutória:
Imprópria – “é a condenação do inimputável” – ele tinha tudo pra ser condenado, mas ele é inimputável,
não tem culpabilidade e sem culpabilidade não há condenação. Então, o juiz absolve, mas aplica uma
medida de segurança CPP, art. 386, parágrafo único, III. Nessa absolvição imprópria, o juízo de
culpabilidade é substituído pelo juízo de periculosidade.
Semi imputabilidade
A perturbação da saúde mental também é uma doença mental, porém, em menor grau, sem privá-lo
totalmente da sua capacidade de entendimento e autodeterminação (não há elimina).
Sistema Biopsicológico
II. LOUSAS
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