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Fortaleza
2021
1) O que é juízo sintético a priori e qual a sua diferença em relação ao juízo analítico?
(D2): P é a posteriori (empírico) = df Quando P pode ser conhecido apenas pela experiência;
(D3): P é analítico =df Quando P é verdadeiro somente em virtude dos significados dos seus
termos constituintes;
(D4): P é sintético =df Quando P não é verdadeiro ou falso somente em virtude dos
significados dos seus termos constituintes.
Ao forncecer uma síntese em sua filosofia crítica das posições defendidas pelas
tradições empirista e racionalista, Kant afirmou que existem conceitos que não são obtidos
por meio da experiência, nesse sentido são a priori, conceitos puros ou categorias, porém
esses conceitos só contribuem para a ampliação do nosso conhecimento quando são aplicados
à nossa experiência dos fenômenos. Essas categorias só podem ser pensadas em relação com
os objetos da experiência possível. Por exemplo, a categoria da causalidade é um conceito
puro, mas não pode ser empregado como meio de deduzir a existência de Deus, uma vez que
Deus não é objeto da experiência atual ou possível.
Ao tratar desse tópico pelo seu “Idealismo Transcendental”, Kant o faz como uma
analogia à revolução copernicana, que afirmou ser apenas aparente que o sol e as estrelas
estão a girar ao nosso redor, mas tão somente as percebemos assim porque estamos em
movimento. De modo análogo, devemos rejeitar o pressuposto de toda a filosofia passada de
que o modo como experienciamos os objetos do mundo corresponde a como as coisas
realmente são. Isso é questionado pois as formas da intuição e os conceitos puros do
entendimento são aspectos inerentes ao sujeito cognoscente, e esses são responsáveis pelo
conhecimento humano adquirido pela sensibilidade . Assim, todas as intuições dos objetos do
mundo são por nós experienciadas por meio de uma estrutura espaço-temporal,
consequentemente, parte do aparato cognitivo do sujeito. Ademais, essas intuições são
conceitualizadas a partir de conceitos, que fazem parte do entendimento humano. Portanto,
nunca conheceremos como as coisas-em-si são, à parte dos aparatos internos das faculdades
cognitivas da mente humana.
Bibliografia
KANT, Immanuel. Crítica da Razão Pura. 5ª Edição. Trad.: Manuela Pinto e. Alexandre
Morujão. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001.