Coordenador: Prof. Thiago Oliveira Tutora à distância: Profª Caroline Delgado
Bakhtin, teórico do final de 1920, acredita que a ideologia influencia o
pensamento. Uma linguagem que vai tratar do meio para o indivíduo. Não é apenas a linguagem que fala a forma como o homem se comunica. O autor vai para a linguagem do sujeito, ou seja, se importa com o ser humano perante a fala. Além disso, se preocupa com as práticas desse discurso. O sujeito é que manda no discurso. Ou melhor, ele é o agente do discurso. Ele traz a língua como filosofia da linguagem, devendo essa língua ser cultivada no uso social. Quanto mais ricas as relações, vai se alterando o nível de consciência do sujeito. Para o autor há uma dualidade entre dois mundos: o mundo da vida e o mundo da teoria. O da vida é onde esta a realidade e as histórias o passado histórico, já o mundo da teoria, são os conhecimentos científicos, conquistados pela objetividade da elaboração teórica utilizados por nós, como por exemplo, a ética.Sua teoria fala sobre os Signos linguísticos. Surge para dá significado a alguma coisa, sendo ele, social. O signo é a palavra ideológica, produção humana e possui grande força de poder ideológico. Outro elemento fortemente destacado no Círculo de Bakhtin é a heteroglossia dialogizada ou dinamicidade semiótica, dizendo ser o mais importante o encontro das vozes sociais que se cruzam dando origem a novas vozes. O Círculo de Bakhtin dá o nome de diálogo para essa troca, inclui-se até o monólogo, pois se dirige a um interlocutor previsto( plateia, ouvinte). Através da leitura fazemos o papel dialógico, uso das vozes sociais, do discurso alheio, que lá na frente repercutirá em nossas vidas apropriadas pelas formas de ler. A leitura na visão bakhtiniana pode conduzir o leitor para terras e espaços nunca vistos, propagando a descoberta de novos pensamentos que se converteram em desenvolvimento da consciência. A partir do momento em que se tem vida, existe dialogia, faz-se pergunta, dar-se-á respostas, vive e interage com os outros. Dessa forma Bakhtin afirma a sua utopia, que é a igualdade entre as vozes, onde as vozes se equivalem. Dessa forma, podemos perceber a riqueza da linguagem defendida pelo autor, perante tal constatação a leitura nessa potência dialogizada não poderia exercer o mesmo papel da leitura monológica ensinada até os nossos dias na escola, quando a leitura e escrita é um ato mecânico realizado pela decodificação do código alfabético.