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CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRO - CEDERJ UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE


FLUMINENSE DARCY RIBEIRO - UENF LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
AD1 - 2021/1

Disciplina: Língua Portuguesa na Educação II


Coordenador: Prof. Thiago Oliveira
Tutora à distância: Profª Caroline Delgado

Bakhtin, teórico do final de 1920, acredita que a ideologia influencia o


pensamento. Uma linguagem que vai tratar do meio para o indivíduo. Não é apenas a
linguagem que fala a forma como o homem se comunica. O autor vai para a linguagem
do sujeito, ou seja, se importa com o ser humano perante a fala. Além disso, se preocupa
com as práticas desse discurso. O sujeito é que manda no discurso. Ou melhor, ele é o
agente do discurso. Ele traz a língua como filosofia da linguagem, devendo essa língua
ser cultivada no uso social. Quanto mais ricas as relações, vai se alterando o nível de
consciência do sujeito. Para o autor há uma dualidade entre dois mundos: o mundo da
vida e o mundo da teoria. O da vida é onde esta a realidade e as histórias o passado
histórico, já o mundo da teoria, são os conhecimentos científicos, conquistados pela
objetividade da elaboração teórica utilizados por nós, como por exemplo, a ética.Sua
teoria fala sobre os Signos linguísticos. Surge para dá significado a alguma coisa, sendo
ele, social. O signo é a palavra ideológica, produção humana e possui grande força de
poder ideológico. Outro elemento fortemente destacado no Círculo de Bakhtin é a
heteroglossia dialogizada ou dinamicidade semiótica, dizendo ser o mais importante o
encontro das vozes sociais que se cruzam dando origem a novas vozes. O Círculo de
Bakhtin dá o nome de diálogo para essa troca, inclui-se até o monólogo, pois se dirige a
um interlocutor previsto( plateia, ouvinte). Através da leitura fazemos o papel dialógico,
uso das vozes sociais, do discurso alheio, que lá na frente repercutirá em nossas vidas
apropriadas pelas formas de ler. A leitura na visão bakhtiniana pode conduzir o leitor
para terras e espaços nunca vistos, propagando a descoberta de novos pensamentos que
se converteram em desenvolvimento da consciência. A partir do momento em que se
tem vida, existe dialogia, faz-se pergunta, dar-se-á respostas, vive e interage com os
outros. Dessa forma Bakhtin afirma a sua utopia, que é a igualdade entre as vozes, onde
as vozes se equivalem. Dessa forma, podemos perceber a riqueza da linguagem
defendida pelo autor, perante tal constatação a leitura nessa potência dialogizada não
poderia exercer o mesmo papel da leitura monológica ensinada até os nossos dias na
escola, quando a leitura e escrita é um ato mecânico realizado pela decodificação do
código alfabético.

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