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INTRODUÇÃO A ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO

C/A = aço (tração) + concreto (compressão)

Pasta = cimento + água


Argamassa = pasta + agregado miúdo (areia)
Concreto = argamassa + agregado graúdo (brita)
Concreto armado = concreto + armadura passiva (aço)
Concreto protendido = concreto + armadura ativa (aço)

Compressão: resistência do concreto à compressão (f c) – de 20MPa a 50MPa (usual)


Tração: resistência do aço à tração (f s) – 500MPa e 600MPa (usual)

Problema do concreto armado: fissuração:


• Estético
• Sensação de desconforto e insegurança
• Redução da inércia (I= bxh³/12  A medida que diminui altura, diminui a inércia da peça)
• Corrosão

Aderência entre o concreto e o aço: εs = εc


Coeficiente de dilatação térmica do concreto: varia de 0,9 x 10-5 /ºC a 1,4 x 10-5 /ºC (conc.);
Do aço: 1 x 10-5 / ºC ;
Do concreto armado: 10-5 /ºC
O concreto fornece proteção contra corrosão ao aço tanto física (cobrimento), quanto química
(meio alcalino)

Vantagens do C/A: Economia, fácil execução, adaptação às formas, resistência à água,


“ecologicamente correto”, baixo custo de manutenção, resistência a efeitos térmicos e
atmosfera, estrutura monolítica.
Desvantagens do C/A: Peso próprio elevado, dificuldades de reformas, demolição e
desmontes, impermeabilidade, não é bom isolante térmico nem acústico.

CONCRETO

Principal característica: resistência a compressão (fc)

Em um ensaio de compressão axial, mede-se força e desloc., F, ∆ l e ∆ t (Gráfico σ c x ε c).


Variáveis obtidas: resistência à compressão (fc), gráfico σ c x ε c (F e ∆ l ), módulo de
elasticidade Ec (fc e ∆ l) e coeficiente de Poisson (ν).

Fatores que interferem na resistência à compressão: Fator A / C (quanto maior A/C, menor fc),
cura, idade, forma e dimensão do corpo de prova (CP), adensamento.

Em um projeto, a resistência a compressão que é especificada é a característica (fck).


É a resistência de referência aos 28 dias e que tem 95% de chance de ser ultrapassado.
Caso não tenha os dados dos ensaios, só o valor de fcm, calcula-se o desvio padrão conforme
norma (4MPa < δ < 7Mpa):
4Mpa: Utilizado quando houver um tecnologista de serviço na obra e todos os materiais forem
medidos em peso
5,5Mpa: Quando houver tecnologista, o cimento for medido em peso e os demais agregados
em volume. O volume deve ser corrigido de acordo com a umidade pré determinada e água.
7Mpa: Quando o cimento for medido em peso e os demais em volume, sendo apenas a água
corrigida em função de um valor de umidade estimado.

A resistência obtida no ensaio de compressão nos CP’s não é a mesma existente na estrutura,
existe um valor de correção. (fck,estrut. = 0,85 x fck,ensaio).

Modulo de Elasticidade (Ec): Relação entre a tensão de compressão atuante e a deformação


longitudinal ocasionada por esta tensão.
EcM = tg ϕ M
Ec0 = tg ϕ 0

Quando não forem feitos ensaios (gráfico), pode-se estimar o valor de módulo de elasticidade
usando a expressão:

Coeficiente de Poisson (v): Representa a relação entre as deformações transversais e


longitudinais na peça.
Fck = 11Mpa  v=0,15
Fck = 26Mpa  v=0,25
Valor aproximado: v=0,20
Diagrama σc versus εc (tensão x deformação):
Diagrama simplificado: O diagrama simplificado vale para concretos usuais (“normais”) com
carregamento de curta duração.

Para tensões baixas, vale a Lei de Hooke: σ c ≤ 0,5 fc => σ α ε => Ecs

Resistência à tração (fct):


Existem três maneira de medir:
ensaio de tração direta fct:

ensaio de tração indireta ou tração na flexão fct,f

ensaio de compressão diametral ou ensaio brasileiro fct,sp


Retração: É uma deformação independente do carregamento. É a diminuição do volume
devido à perda de água. Varia com a umidade do ambiente, a espessura da peça e o fator A/C.
Para minimizar os efeitos da retração, pode-se manter o processo de cura por pelo menos 7
dias e fazer juntas de concretagem.
Expansão: inverso da retração.

Variação de temperatura: Ocorre devido a causas pelo meio ambiente e pelo calor de
hidratação (barragens). Para minimizar os efeitos da temperatura, pode-se prever esses efeitos
nos cálculos e prever juntas de dilatação (30m).

Fluência (deformação lenta): É o aumento da deformação, sem que haja uma mudança no
carregamento da peça (ϕ = Coeficiente de Fluência). Os fatores que influenciam são:
composição do concreto, umidade do ambiente, espessura da peça e idade do concreto por
ocasião do carregamento (prazo de desforma).
Consequências da fluência e retração: Aumento da flecha e da curvatura dos pilares com
cargas excêntricas; Perdas de tensão em cabos de peças de C/P; Fissuração das superfícies
externas das peças de C/A.

Outras propriedades:
Estanqueidade  Impermeabilização
Isolamento Térmico  Revestimento
Isolamento Acústico  Revestimento

Deformabilidade do concreto: O concreto apresenta um comportamento elasto-plástico.


Tipos de deformação:
Que dependem do carregamento: imediata elástico; imediata plástica; lenta elástica e lenta
plástico (Fluência).
Que independem do carregamento: causadas por retração/expansão e por variação de temp.
Def = P/A  A= pi x d² / 4
AÇO:

Principal característica: Resistência à tração (fy)


Ensaios de resistência e gráfico σs x εs (tensão x deformação)

Classificações (tipo/classe do aço):


Aço tipo A: aço de dureza natural; mistura- se ferro com carbono, laminado à quente, sem
qualquer tratamento posterior. (Barras)
fyk = limite de escoamento característico; aquele que tem 95% de chance de ser ultrapassado ;
εyk = (fyk/Es) = deformação unitária limite de escoamento ;
Es = tg α = módulo de deformação longitudinal do aço.

Aço tipo B: após ser laminado à quente, é encruado (deformado) a frio. (Fios)
fyk = limite de escoamento convencional; é a tensão correspondente a uma deformação
residual de 2‰;
εyk = (fyk/E s) + 2‰ = deformação unitária limite de escoamento;
0,7 fyk = limite de proporcionalidade; ponto até onde é válida a Lei de Hooke (comportamento
perfeitamente elástico)

Módulo de Elasticidade (Es): Para todos os aços utilizados em concreto armado, seja ele classe
A ou B, o ângulo α é sempre constante, sendo então constante o valor de Es, que é dado por:
Es = 210.000 MPa (2.100.000 kgf/cm2)

Limite de escoamento: O limite de escoamento dos aços empregados em concreto armado


varia entre 250 MPa (2.500 kgf/cm 2) e 600MPa (6000 kgf/cm 2), sendo sua nomenclatura
baseada neste limite de escoamento, seja ele real ou convencional, sendo feita a notação da
seguinte forma: CA–50 A, em que: CA (concreto armado), 50 (limite de escoamento: fyk =
50kgf/mm2), A (tipo A).

Classificações: Dimensões ( φ )
Classificações: Conformação Superficial (η) – Aderência

- Os eixos das nervuras transversais ou cristas devem formar com a direção do eixo da barra
um ângulo igual ou superior a 45º;
- As barras devem ter pelo menos duas nervuras longitudinais contínuas e diametralmente
opostas, exceto no caso em que as nervuras transversais estejam dispostas de forma a se
oporem ao giro da barra dentro do concreto;
- A altura média das nervuras ou cristas, ou a profundidade das mossas, deve ser igual ou
superior a 0,04 do diâmetro nominal;
- Espaçamento médio das nervuras transversais, cristas ou mossas, medido ao longo da mesma
geratriz, deve estar entre 0,5 e 0,8 do diâmetro nominal;
- As saliências devem abranger pelo menos 85% do perímetro nominal da seção transversal da
barra ou do fio.

Comprimento das barras:


Comercialmente: L = 11,00 ± 9% ( ≈ 10 à 12 m)  vergalhão
Aço cortado e dobrado  transporte H eV

Exigências de Qualidade: Limite de escoamento (ensaio à tração), alongamento mínimo de


ruptura, trabalhabilidade (ensaio de dobramento).

Problemas: Fadiga: pontes (solicitações alternadas)

CONCRETO ARMADO:

Ação conjunta do concreto e do aço.


Principais características:
Comportamento elétrico (concreto – isolante. Aço – corrosão)
Defesa contra Agentes Químicos (limite na presença de materiais que causam oxidação e
cobrimentos mínimos)
Resistência às altas temperaturas (>550ºC). Cobrimento, tipo do concreto, tipo de armadura e
tipo de construção e estabilidade da estrutura.

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